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LEI ORGÂNICA
(Vide Emenda à Lei Orgânica nº 29/2007)

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS/MT.


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Promulgada em 05 de Maio de 1990 PREÂMBULO


concorda com nossa Política de Privacidade
Personalizar Rejeitar Aceitar todos

O povo do Município de Rondonópolis, por intermédio


de seus representantes na Câmara Municipal, inves몭dos
dos Poderes Cons몭tuintes atribuídos pelo ar몭go 11
parágrafo único, do ato das Disposições Cons몭tucionais
Transitórias da Cons몭tuição Federal bem como pelo
Ar몭go 24 do Ato das Disposições Cons몭tucionais
Transitórias da Cons몭tuição do Estado de Mato Grosso,
com o propósito de assegurar o bem‐estar de todo
cidadão mediante a par몭cipação do povo no processo
polí몭co, econômico e social do nosso município,
repudiando assim, toda forma autoritária de governo,
promulga, sob a proteção de Deus, a Lei Orgânica de
Rondonópolis. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)

TÍTULO I
PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 1º O município de Rondonópolis, Pessoa Jurídica


de Direito Público Interno, é ente dotado de autonomia
polí몭ca, administra몭va, financeira e legisla몭va, nos
limites estabelecidos nas Cons몭tuições Federal e
Estadual e nesta Lei Orgânica. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)
Art. 2ºA Lei Orgânica é a diretriz máxima do âmbito
municipal, tendo supremacia sobre qualquer outro ato
norma몭vo. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 45/2014)

Art. 3º Em relação aos habitantes locais, é dever do


Município de Rondonópolis, nos termos das
Cons몭tuições Federal, Estadual e desta Lei Orgânica:

I ‐ garan몭r os direitos sociais à educação, à saúde, ao


trabalho, ao lazer, à segurança, à proteção à
maternidade, à infância, à juventude, ao idoso e à
família, à assistência aos desamparados, ao transporte,
à habitação e à u몭lização dos recursos naturais de forma
sustentável, de modo a garan몭r o equilíbrio ambiental;

II ‐ assegurar a prestação dos serviços públicos


básicos de maneira eficaz e eficiente,
independentemente de sua modalidade de execução;

III ‐ promover o desenvolvimento econômico, social e


humano;

IV ‐ zelar pala observância das Cons몭tuições e leis


federais, estaduais e municipais. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

São deveres dos munícipes e do Poder Público


Art. 4º
do Município de Rondonópolis:

I ‐ construir uma sociedade livre, justa, fraterna e


solidária;

II ‐ garan몭r o desenvolvimento local, regional e


nacional;

III ‐ promover o bem de todos, combatendo o


preconceito de origem, cor, étnica, gênero, credo
religioso, idade, preferência sexual, ou qualquer outra
forma de discriminação;

IV ‐ preservar o Patrimônio Público e zelar pela


limpeza da cidade;

V ‐ cumprir e fazer cumprir o que determinam as


Cons몭tuições Federal e Estadual, bem como esta Lei
Orgânica, e as demais leis. (Redação dada pela Emenda
à Lei Orgânica nº 45/2014)
Art. 5º SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)

Art. 6º SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 45/2014)

Art. 7º SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 45/2014)

Art. 8º SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 45/2014)

Art. 9º O Governo Municipal é exercido pelo Prefeito


Municipal e pela Câmara de Vereadores e será gerido,
tanto na administração direta quanto na indireta, pelos
princípios da:

I ‐ Legalidade;

II ‐ Impessoalidade;

III ‐ Moralidade;

IV ‐ Publicidade;
V ‐ Eficiência;

VI ‐ Par몭cipação popular; e

VII ‐ Descentralização administra몭va. (Redação dada


pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 10 São Poderes do Município, independentes e


harmônicos, o Legisla몭vo e o Execu몭vo.

Parágrafo Único ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela


Emenda à Lei Orgânica nº 5/2007)

Art. 11 São Símbolos do Município de Rondonópolis o


Brasão, o Hino, a Bandeira e suas cores. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. A sede do Município é a cidade de


12
Rondonópolis, com limites definidos em lei.

Art. 13 A alteração territorial do Município, por


desmembramento de parcela de sua área ou
incorporação de área de outro ou de outros municípios,
bem como pela fusão da área total dependerá de
consulta prévia às populações das respec몭vas áreas,
obedecido o que dispõe as Cons몭tuições Federal e
Estadual, além de outra legislação per몭nente. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

São obje몭vos fundamentais do Município de


Art. 14
Rondonópolis:

I ‐ garan몭r, no âmbito de sua competência, a


efe몭vidade dos direitos fundamentais da pessoa
humana;

II ‐ Icolaborar com os governos Federal e Estadual na


cons몭tuição de uma sociedade livre, justa, fraterna e
solidária;

III ‐ promover o bem‐estar e o desenvolvimento da


comunidade local;

IV ‐ promover adequado ordenamento territorial, de


modo a assegurar a qualidade de vida de sua população.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 15 O Poder Municipal pertence ao Povo de


Rondonópolis, que o exerce por meio de seus
representantes eleitos ou diretamente, nos termos da
Cons몭tuição Federal, da Cons몭tuição do Estado de Mato
Grosso e desta Cons몭tuição.

Art. 16 O Governo Municipal garan몭rá a par몭cipação


direta da população na formulação e execução das
polí몭cas públicas definidas em Lei:

I ‐ pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto;

II ‐ pelo plebiscito;

III ‐ pelo referendo e veto populares,

IV ‐ pela inicia몭va popular no processo legisla몭vo, nos


termos das Cons몭tuições Federal e Estadual e desta Lei
Orgânica;

V ‐ pelo livre acesso, por qualquer cidadão, aos


documentos públicos, na forma da lei.

VI ‐ pela livre par몭cipação em audiências públicas, na


forma da lei. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 45/2014)

TÍTULO II
DAS COMPETÊNCIAS DO MUNICÍPIO

CAPÍTULO I
DAS COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS

Art. 17Ao Município compete legislar e prover a tudo


quanto respeite ao seu peculiar interesse e ao bem‐
estar de sua população, cabendo‐lhe priva몭vamente,
entre outras, as seguintes atribuições: (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

I ‐ suplementar as legislações federal e estadual, no


que couber; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 45/2014)

II ‐ elaborar o seu orçamento, prevendo a receita e


fixando a despesa, com base em planejamento
adequado; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 45/2014)

III ‐ ins몭tuir e arrecadar tributos, fixar e cobrar


preços, bem como aplicar rendas;

IV ‐ prestar constas e publicar balancetes nos prazos


fixados em lei;

V ‐ organizar o quadro e estabelecer o regime jurídico


único e plano de cargos, carreira e salários de seus
servidores das administrações direta e indireta;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

VI ‐ organizar o quadro e estabelecer o regime


jurídico único e plano de carreira de seus servidores da
administração direta, das autarquias e fundações
públicas;

VII ‐ dispor sobre a administração, u몭lização e


alienação de seus bens; (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 45/2014)

VIII ‐ adquirir bens, inclusive mediante


desapropriação por necessidade ou u몭lidade pública, ou
por interesse social;

IX ‐ organizar e prestar, prioritariamente, por


administração direta, ou sob regime de concessão,
permissão, ou parceria público privada, mediante
licitação, os serviços públicos de interesse local;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

X ‐ Os prazos das concessões ou permissões,


autorizados pelo Poder Legisla몭vo, serão definidos em
Lei.

XI ‐ elaborar o Plano Diretor conforme diretrizes


fixadas em lei federal;

XII ‐ dispor sobre o uso das áreas urbanas,


estabelecendo normas de edificações, de loteamento,
de arruamento e de zoneamento urbano,
par몭cularmente quanto à localização de áreas
industriais, comerciais e de serviços, no interesse da
saúde, higiene, sossego, bem‐estar, qualidade de vida,
recreação e segurança pública, obedecendo ainda o
seguinte:

a) reservar áreas para habitações populares, a serem


definidas no Plano Diretor;
b) promover e executar programas de moradias
populares condignas; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)

XIII ‐ dispor sobre concessão, permissão e autorização


dos serviços públicos locais;

XIV ‐ promover, no que couber, adequado


ordenamento territorial, mediante planejamento e
controle do uso, do parcelamento e da ocupação do
solo urbano;

XV ‐ regulamentar a u몭lização de logradouros e


estradas municipais, especialmente no perímetro
urbano:

a) permi몭ndo ou autorizando serviços de transportes


cole몭vos e de táxis e moto táxis, regulamentando as
respec몭vas tarifas, quando for o caso, e determinando o
i몭nerário, estacionamentos e os pontos de parada dos
mesmos;
b) fixando e sinalizando os limites das zonas de
silêncio, de tráfego e de estacionamento em via pública
em condições especiais;
e) disciplinando os serviços de carga e descarga
fixando a tonelagem máxima permi몭da a veículos que
circulem em vias públicas municipais; (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

XVI ‐ Criar e executar o Plano de Mobilidade e


Acessibilidade Urbana; (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 45/2014)

XVII ‐ sinalizar as vias urbanas e garan몭r a


conservação das estradas municipais e construir as que
se fizerem necessárias para o escoamento da produção
bem como regulamentar e fiscalizar a sua u몭lização;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

XVIII ‐ regulamentar e prover a limpeza das vias e


logradouros públicos, inclusive com remoção e
des몭nação do lixo domiciliar, hospitalar e de outros
resíduos; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
45/2014)

XIX ‐ coordenar as a몭vidades urbanas, fixando


condições e horários para funcionamento de
estabelecimentos industriais, comerciais, bancários e
similares, inclusive estabelecimentos hospitalares,
observadas as normas federais e estaduais per몭nentes;

XX ‐ criar, modificar, suprimir e organizar distritos


polí몭co‐administra몭vos, observada a legislação
complementar estadual, garan몭da a par몭cipação
popular; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
45/2014)

XXI ‐ conceder licença ou autorização para abertura e


funcionamento de estabelecimentos industriais,
comerciais e similares de acordo com a lei de
zoneamento;

XXII ‐ manter o serviço funerário municipal e dispor


sobre cemitérios, administrando, ou terceirizando a
administração por meio de lei complementar, daqueles
que forem públicos e fiscalizando os pertencentes a
en몭dades privadas; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014) (Expressão "complementar"
declarada incons몭tucional pelo Tribunal de Jus몭ça do
Estado do Mato Grosso, conforme ADI nº 1001105‐
80.2021.8.11.000)

XXIII ‐ disciplinar, autorizar e fiscalizar a afixação de


cartazes e anúncios bem como a u몭lização de quaisquer
outros meios de publicidades ou propaganda nos locais
sujeitos ao poder de polícia da administração pública
municipal, em atenção à não poluição visual, respeitada
a competência da União; (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 45/2014)

XXIV ‐ dispor sobre animais e mercadorias


apreendidas em decorrência de transgressão da
legislação municipal;

XXV ‐ dispor sobre a proteção, registro, vacinação e


captura de animais, com a finalidade precípua de
erradicação da raiva e de outras zoonoses de que
possam ser hospedeiros ou transmissores; (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

XXVI ‐ manter serviços de fiscalização em


estabelecimentos, impondo penalidades por infração de
suas leis e regulamentos;

XXVII ‐ dispor sobre construção e exploração de


mercados públicos e feiras livres para gêneros de
primeira necessidade e demais produtos compa몭veis
com a finalidade de abastecimento da população,
fiscalizando a venda desses gêneros quanto ao peso,
medida e estado de conservação, bem como as
condições locais de higiene;

XXVIII ‐ ins몭tuir no Plano Diretor a zona suburbana do


Município;

XXIX ‐ integrar consórcios com outros municípios para


a solução de problemas comuns e convênios com
terceiros;

XXX ‐ criar a comissão de licitação e de concorrência


públicas que será responsável pelas compras,
alienações, obras, serviços públicos e leilões, e terá
formação e funcionamento definidos em lei
complementar; (Expressão "complementar" declarada
incons몭tucional pelo Tribunal de Jus몭ça do Estado do
Mato Grosso, conforme ADI nº 1001105‐
80.2021.8.11.000)

XXXI ‐ criar o Conselho Municipal da Criança e do


Adolescente.
CAPÍTULO II
DAS COMPETÊNCIAS COMUNS

É competência do Município em comum com a


Art. 18
União e o Estado de Mato Grosso: (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

I ‐ garan몭r a saúde pública, universal e de boa


qualidade, em todos os níveis de atenção, priorizando a
atenção básica, com foco especial na prevenção e
educação em saúde à população; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

II ‐ garan몭r o ensino público e gratuito de boa


qualidade a todos. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)

III ‐ dar prioridade à criação e manutenção de creches


populares, universalizando o ensino infan몭l; (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

IV ‐ dispor sobre a par몭cipação direta da população


nos termos das Cons몭tuições Federal e Estadual;
V ‐ es몭mular a criação, a organização e o
desenvolvimento coopera몭vo, associa몭vo, consórcios de
produção e todas as formas de associação, concedendo‐
lhes assistência técnica e, em casos excepcionais,
autorizados por lei, incen몭vos financeiros e fiscais,
anis몭a ou remissão tributárias; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

VI ‐ assegurar que a comunidade envolvida no Plano


Diretor par몭cipe do processo de planejamento e
definição de programas e projetos prioritários;

VII ‐ assegurar, na aprovação dos loteamentos


populares, áreas des몭nadas a serviços públicos
essenciais a serem prestados àqueles que em tais
loteamentos vierem a fixar residência; (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

VIII ‐ Zelar pela guarda das Cons몭tuições, da Lei


Orgânica, das Leis e das Ins몭tuições democrá몭cas.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/2007)

IX ‐ cuidar da saúde e assistência social, da proteção e


garan몭a das pessoas portadoras de necessidades
especiais; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
45/2014)

X ‐ proteger os documentos, as obras e outros bens


de valor histórico, ar몭s몭co e cultural, os monumentos,
as paisagens naturais notáveis e os sí몭os arqueológicos
situados no município; (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 45/2014)

XI ‐ impedir a evasão, destruição e a


descaracterização de obras de arte e de outros bens de
valor histórico, ar몭s몭co e cultural;

XII ‐ proporcionar os meios de acesso à cultura, à


educação e à ciência;

XIII ‐ proteger o meio ambiente e combater a


poluição em qualquer de suas formas; (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

XIV ‐ preservar o meio ambiente através de polí몭cas


de incen몭vo a prá몭cas sustentáveis de exploração dos
recursos naturais; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)
XV ‐ fomentar a produção agropecuária e organizar o
abastecimento alimentar; (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 45/2014)

XVI ‐ promover programas de construção de moradias


e a melhoria de condições habitacionais e de
saneamento básico; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)

XVII ‐ combater as causas da pobreza e os fatores de


marginalização, promovendo a integração social dos que
se encontram em estado de fragilidade social; (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

XVIII ‐ registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões


de direitos de pesquisa e exploração de recursos
hídricos e minerais em seus territórios.

XIX ‐ estabelecer e implantar polí몭ca de educação e


orientação para a segurança do trânsito; (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

XX ‐ incen몭var as a몭vidades industriais e comerciais.


CAPITULO III
DAS COMPETÊNCIAS CONCORRENTES

Art. 19 Ao Município compete, concorrentemente, com


o Estado de Mato Grosso: (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 45/2014)

I ‐ manter, com a cooperação técnica e financeira da


União do Estado, programa de educação pré‐escolar e
de ensino fundamental;

II ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 45/2014)

III ‐ manter o Conselho Municipal de Defesa do


Consumidor composto por representações populares, e
en몭dades, além de representantes do Poder Execu몭vo,
Legisla몭vo, com dotação orçamentária própria;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

IV ‐ promover a educação, a cultura e a assistência


social;

V ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 45/2014)

VI ‐ Criar mecanismos que aprimorem as relações de


consumo e de vigilância sanitária; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

VII ‐ fazer cessar, no exercício do poder de polícia


administra몭va, as a몭vidades que violem as normas de
saúde, meio ambiente, sossego público, higiene,
segurança, funcionalidade, esté몭ca, moralidade, entre
outras de interesse da cole몭vidade. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

CAPÍTULO IV
DA CRIAÇÃO, MODIFICAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E
SUPRESSÃO DE DISTRITOS

Art. 20Mediante lei municipal, observada a legislação


estadual, poderá ser criado, modificado, organizado ou
suprimido um distrito polí몭co administra몭vo. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 21 As condições para que um território se


cons몭tua, modifique, organize ou suprima um distrito
serão definidas em Lei Complementar. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 22 Criado o distrito, o Execu몭vo, no prazo de dois


anos promoverá a implantação de, no mínimo, três dos
serviços indicados em consulta formulada ao colégio
eleitoral distrital e a criação e instalação de uma
subprefeitura.

TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO

Seção I
Disposições Gerais

Art. 23 O Poder Legisla몭vo é exercido pela Câmara


Municipal, composta por vereadores, representantes do
povo, eleitos no Município, em pleito direto, pelo
sistema proporcional, para um mandato de quatro anos.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)
Art. 24O número de Vereadores na Câmara Municipal,
a ser estabelecido por Resolução, será proporcional à
população do município, conforme dados fornecidos
pelo IBGE, respeitados os limites do art. 29, IV, da
Cons몭tuição Federal. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 43/2011)

Art. 25Cada Legislatura terá a duração de quatro anos,


iniciando‐se com a posse dos Vereadores no dia 1º de
janeiro sub seqüente à eleição, conforme art. 29 da
Cons몭tuição Federal.

Art. 26 Cons몭tuem receitas da Câmara Municipal:

I ‐ os repassasses efetuados pela Prefeitura


Municipal, nos termos da Lei;

II ‐ as resultantes de aplicação no mercado financeiro,


quando autorizados por Lei;

III ‐ o produto da venda, por hasta pública, de bens


móveis ou imóveis de sua propriedade, quando
autorizado em Lei;
IV ‐ demais fontes que a Lei vier a criar;

Parágrafo único. A soma destas receitas não poderá


ultrapassar o teto do duodécimo cons몭tucional.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Seção II
Das Atribuiçoes da Câmara Municipal

Art. 27 Cabe à Câmara de Vereadores, com sanção do


prefeito, apreciar todas as matérias de interesse local,
especialmente: (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)

I ‐ legislar sobre tributos municipais;

II ‐ votar o plano plurianual, as diretrizes


orçamentárias e os orçamentos anuais, bem como
autorizar abertura de créditos suplementares e
especiais;

II ‐ votar o plano plurianual, as diretrizes


orçamentárias e os orçamentos anuais, apresentar
emendas imposi몭vas ao orçamento, até o limite fixado
no art. 166 da Cons몭tuição Federal, bem como autorizar
abertura de créditos suplementares e especiais.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 59/2023)

III ‐ as leis de Diretrizes Gerais de Desenvolvimento


Urbano do Plano Diretor, do Parcelamento do Solo
Urbano ou Expansão Urbana, do Uso e Ocupação do
Solo Urbano e Expansão Urbana, o Código de Obras, o
Código de Posturas e o Código de Edificações. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

IV ‐ deliberar sobre obtenção e concessão de em


prés몭mos e operações de créditos, bem como a forma e
os meios de pagamento.

V ‐ autorizar subvenções e concessão de auxílios, no


interesse social:

VI ‐ autorizar a concessão e a permissão de serviços


públicos, bem como a concessão de obras públicas,
resguardado o princípio da obrigatoriedade da licitação,

VII ‐ autorizar a aquisição de bens imóveis:


VIII ‐ autorizar a concessão de uso de bens
municipais.

IX ‐ autorizar a permissão de uso de bens municipais


por prazo superior a seis meses:

X ‐ autorizar a alienação de bens imóveis;

XI ‐ autorizar consórcios com outros municípios e


convênios com terceiros; (Suspenso de forma cautelar
pelo Tribunal de Jus몭ça do Estado do do Mato Grosso,
conforme ADIN nº 1020695‐772020.8.11.000)

XII ‐ legislar sobre a atribuição e alteração da


denominação a próprios, vias e logradouros públicos;

XIII ‐ estabelecer os critérios para a delimitação do


perímetro urbano e sua expansão; bem como ins몭tuir
as zonas urbanas; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)

XIV ‐ autorizar convênios que importem em despesas


não previstas no orçamento anual ou que impliquem em
criação de en몭dades dotadas de personalidade jurídica
de direito público ou privado; (Suspenso de forma
cautelar pelo Tribunal de Jus몭ça do Estado do do Mato
Grosso, conforme ADIN nº 1020695‐772020.8.11.000)

XV ‐ legislar sobre a criação, alteração e ex몭nção de


cargos, empregos e funções públicas, e fixação da
respec몭va remuneração;

XVI ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 2/2007)

XVII ‐ convocar o Prefeito, Secretários Municipais,


diretores presidentes de autarquias e Empresas de
sociedades de economia mista, bem como qualquer
cargo de membro da diretoria, de livre
nomeação/exoneração pelo Poder Execu몭vo Municipal,
da administração direta, indireta e fundações,
acompanhado por servidor de carreira, se necessário,
para prestar informações sobre a matéria de sua
competência; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014) (Inciso XVII declarado
incons몭tucional pelo Tribunal de Jus몭ça do Estado do
Mato Grosso, conforme ADI nº 1000903‐
06.2021.8.11.0000)
XVIII ‐ dispor sobre a transferência temporária da
sede do governo municipal;

XIX ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 2/2007)

XX ‐ autorizar emissão de 몭tulos de dívida, aceita de


créditos e prestação de garan몭as;

XXI ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 2/2007)

Parágrafo único. As deliberações da Câmara de


Vereadores serão formadas pelo quorum definido no
Regimento Interno. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 2/2007)

Art. 28Compete à Câmara Municipal, priva몭vamente,


entre outras, as seguintes atribuições: (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

I ‐ eleger sua Mesa Diretora, bem como des몭tuí‐la na


forma desta Cons몭tuição Municipal e do Regimento
Interno.
II ‐ elaborar o Seu Regimento Interno;

III ‐ fixar, para a legislatura subsequente, a


remuneração do Prefeito, do Vice‐ Prefeito e dos
Vereadores, observando‐se o disposto no inciso V do
ar몭go 29 da Cons몭tuição Federal e o estabelecido nesta
Lei Orgânica; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 45/2014)

IV ‐ exercer, com o auxílio do Tribunal de Contas do


Estado a fiscalização financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial do Município;

V ‐ julgar as contas anuais do Município, noventa dias


após o parecer do Tribunal de Contas e apreciar os
relatórios sobre a execução dos planos de governo:

VI ‐ proceder a tomada de contas do Prefeito, quando


não apresentadas no prazo fixado em lei,

VII ‐ sustar os atos norma몭vos do Poder Execu몭vo


que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da
delegação legisla몭va,
VIII ‐ dispor através de resolução sobre a organização,
funcionamento, policia, criação, transformação ou
ex몭nção de cargos, empregos e funções de seus
serviços e fixar a respec몭va remuneração; (Redação
dada pela Emenda Cons몭tucional à Lei Orgânica nº
12/1997)

IX ‐ autorizar o Prefeito a se ausentar do Município,


quando a ausência exceder de dez dias. (Inciso IX
declarado incons몭tucional pelo Tribunal de Jus몭ça do
Estado do Mato Grosso, conforme ADI nº 1001409‐
79.2021.8.11.0000)

X ‐ mudar temporariamente a sua sede;

XI ‐ fiscalizar e controlar, diretamente, os atos do


Poder Execu몭vo, incluídos os da administração indireta
e funcional;

XII ‐ processar e julgar os Vereadores, na forma desta


Cons몭tuição;

XIII ‐ representar ao Procurador Geral da Jus몭ça, me


diante aprovação de dois terços dos seus membros,
contra o Prefeito, o Vice‐Prefeito e os Secretários
Municipais ou ocupantes de cargos da mesma natureza
pela prá몭ca de crime contra a Administração Pública de
que 몭ver conhecimento;

XIV ‐ tomar compromisso e dar posse ao Prefeito e ao


Vice‐Prefeito, conhecer de sua renúncia e afastá‐los
defini몭vamente do cargo, nos termos previstos em lei;

XV ‐ conceder licença ao Prefeito, ao Vice‐Prefeito e


aos Vereadores para afastamento de cargo;

XVI ‐ criar comissões especiais de inquéritos sobre


fato determinado que se inclua na competência da
Câmara Municipal, sempre que o requerer pelo menos
um terço dos membros da câmara;

XVII ‐ convocar o Prefeito ou Secretários Municipais,


se for o caso, ou os responsáveis pela administração
direta e fundações, para prestar informações sobre a
matéria de sua competência;

XVIII ‐ solicitar informações ao Prefeito Municipal


sobre assuntos referentes à Administração; (Inciso XVIII
declarado incons몭tucional pelo Tribunal de Jus몭ça do
Estado do Mato Grosso, conforme ADI nº 1000903‐
06.2021.8.11.0000)

XIX ‐ autorizar referendo e convocar plebiscito;

XX ‐ decidir sobre a perda de mandato de Vereador,


por voto secreto e maioria absoluta, nas hipóteses
previstas nesta Cons몭tuição;

XXI ‐ apreciar os vetos do Prefeito;

XXII ‐ julgar o Prefeito nas infrações polí몭co‐


administra몭vas;

XXIII ‐ referendar convênios com en몭dades de direito


público ou privado, firmados pelo Execu몭vo, no
interesse público, que deverão ser imediatamente
encaminhados à Câmara Municipal; (Suspenso de forma
cautelar pelo Tribunal de Jus몭ça do Estado do do Mato
Grosso, conforme ADIN nº 1020695‐772020.8.11.000)

XXIV ‐ zelar pela preservação de sua competência


legisla몭va em face da atribuição norma몭va do Prefeito;
XXV ‐ aprovar contrato de concessão de serviços
públicos, na forma da lei;

XXVI ‐ aprovar contrato de concessão administra몭va


ou de direito real de uso de bens municipais;

XXVII ‐ Outorgar 몭tulos e honrarias previstas em lei, a


pessoa que reconhecidamente tenham prestado
serviços relevantes ao Município. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 23/2007)

XXVIII ‐ estabelecer normas sobre despesas


estritamente necessárias com transporte, hospedagem
e alimentação individual, e respec몭va prestação de
contas, quanto ás verbas des몭nadas a Vereadores em
missão de representação da Casa;

XXIX ‐ aprovar previamente, por voto aberto, após


argüição pública (Saba몭na), a escolha de: (Redação
acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 42/2011)

a) Diretor Geral e/ou Presidente, bem como demais


Diretores do Serviço de Saneamento Ambiental de
Rondonópolis ‐ SANEAR; (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 48/2016) (Alínea "a" declarada
incons몭tucional pelo Tribunal de Jus몭ça do Mato
Grosso, conforme ADI nº 1001236‐55.2021.8.11.0000)
b) Diretor Geral e/ou Presidente, bem como demais
Diretores da Companhia de Desenvolvimento de
Rondonópolis ‐ CODER; (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 48/2016) (Alínea "b" declarada
incons몭tucional pelo Tribunal de Jus몭ça do Mato
Grosso, conforme ADI nº 1001236‐55.2021.8.11.0000)
c) Diretor Geral e/ou Presidente, bem como demais
Diretores de empresas de capital misto ou autarquias
ligadas à administração municipal, quando estes cargos
forem de livre nomeação e exoneração do Chefe do
Poder Execu몭vo. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 48/2016)

§ 1º As deliberações da Câmara sobre matérias de


sua competência priva몭va tomarão forma de resolução,
quando se tratar de matéria de sua economia interna e
de decreto legisla몭vo nos demais casos.

§ 2º É fixado em quinze dias, prorrogável por igual


período desde que solicitado e devidamente aprovado
pelo Plenário, o prazo para que os responsáveis pelos
Órgãos da Administração direta do Município prestem
as informações e encaminhem os documentos
requisitados pela Câmara Municipal na forma desta
Cons몭tuição. (§ 2º declarado incons몭tucional pelo
Tribunal de Jus몭ça do Estado do Mato Grosso, conforme
ADI nº 1000903‐06.2021.8.11.0000)

§ 3º O não atendimento no prazo es몭pulado no


parágrafo anterior faculta ao Presidente da Câmara
solicitar, na conformidade da legislação vigente, a
intervenção do Poder Judiciário para fazer cumprir a
legislação. (§ 3º declarado incons몭tucional pelo Tribunal
de Jus몭ça do Estado do Mato Grosso, conforme ADI nº
1000903‐06.2021.8.11.0000)

§ 4º A saba몭na disposta no inciso XXIX, será efetuada


de forma individual e discorrerá sobre assuntos
per몭nentes ao desempenho do cargo a ser ocupado.
(Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
48/2016)

Seção III
Da Estrutura
Art. 29 São órgãos da Câmara de Vereadores, o
Presidente da Câmara, a Mesa Diretora, o Plenário e as
Comissões.

Art. 30 As competências e atribuições dos órgãos da


Câma ra Municipal serão definidas pelo Regimento
Interno.

Seção IV
Dos Vereadores

Art. 31 O Vereador é o representante do povo para


exercer o Poder Legisla몭vo, a nível municipal, é membro
de um Poder, é um agente polí몭co.

Subseção I
Da Posse

Os vereadores, qualquer que seja seu número,


Art. 32
tomarão posse no dia 1º de janeiro, do primeiro ano de
cada legislatura, em sessão solene presidida pelo
Vereador mais votado entre os presentes e prestarão o
compromisso de bem cumprir o mandato e de respeitar
a Cons몭tuição Federal, a Cons몭tuição do Estado de
Mato Grosso, a Cons몭tuição Municipal e as demais leis

§ 1º O Vereador que não tomar posse, na sessão


prevista neste ar몭go, deverá fazê‐lo no prazo de quinze
dias, salvo mo몭vo devidamente jus몭ficado e aceito pela
Câmara de Vereadores.

§ 2º No ato da posse, os vereadores deverão


desincompa몭bilizar‐se e fazer declaração de seus bens,
repe몭da quando do término do mandato, sendo ambas
transcritas em livro próprio, resumidas em ata
divulgadas para o reconhe cimento público.

Subseção II
Dos Direitos e Deveres

Art. 33O Vereador é inviolável por opiniões, palavras e


votos proferidos no exercício de seu mandato e na
circunscrição do município.

Art. 34 O Vereador não poderá ser preso nem violado


em seus direitos cons몭tucionais, na circunscrição do
município de Rondonópolis, salvo em flagrante delito ou
desacato às autoridades cons몭tuídas.

Parágrafo Único ‐ Ocorrendo o flagrante, a Câmara


Municipal deverá ser oficializada, em 24 horas, para
adotar as providências necessárias.

Art. 35O Vereador terá direito a prisão especial, em


caso de processo criminal.

Art. 36 Fica assegurado ao Vereador o direito de


licenciar‐se nos casos de:

I ‐ doença devidamente comprovada;

II ‐ desempenho de missões de caráter cultural ou de


interesse do município;

III ‐ interesse par몭cular, por prazo máximo de 120


dias, sem remuneração;

IV ‐ adoção, maternidade e paternidade, conforme


dispuser a lei.
V ‐ Inves몭do no cargo de Prefeito Municipal
(provisoriamente), Secretário Municipal ou equivalente,
Secretário de Estado ou equivalente, Ministro de Estado
ou equivalente, Dirigente de Autarquia, Empresa Pública
ou equivalente ou ainda cargo parlamentar, tais como
Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual, desde
que não seja na condição de 몭tular. (Redação acrescida
pela Emenda à Lei Orgânica nº 56/2022)

Art. 37 É facultado ao Vereador afastar‐se do cargo,


com todos os direitos auferidos, para tratamento de
saúde, desde que constatada a enfermidade por uma
perícia médica, a critério de uma comissão do
Legisla몭vo.

Art. 38 Os Vereadores não serão obrigados a


testemunhar, perante a Câmara, sobre informações
recebidas ou prestadas em razão do exercício do
mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou
deles receberam informações.

Art. 39 É assegurado ao Vereador, livre acesso á


verificação e consulta de todos os documentos oficiais,
em qualquer órgão do Legisla몭vo e da Administração
Direta, bem como das verbas públicas repassadas aos
órgãos da Administração in direta.

Art. 40 São, entre outros, deveres do Vereador;

I ‐ respeitar, defender e cumprir as Cons몭tuições


Federais, Estadual, Municipal, e as leis:

II ‐ agir com respeito ao Execu몭vo e ao Legisla몭vo,


colaborando para o bom desempenho de cada um
desses poderes;

III ‐ representara comunidade comparecendo ás


reuniões, par몭cipando dos trabalhos do plenário e das
votações, dos trabalhos da Mesa Diretora e das
Comissões, quando eleito para integrar esses órgãos,

IV ‐ usar suas prerroga몭vas exclusivamente para


atender ao interesse público

Subseção III
Das Incompa몭bilidades
Art. 41Os contratos de prestação de serviços firmados
pelo Poder Execu몭vo com professores, instrutores,
agentes de vigilância e com o médico oncologista, ficam
prorrogadas até 31 (trinta e um) de dezembro de 1993.
(Redação dada pela Emenda Adi몭va Cons몭tucional à Lei
Orgânica nº 2/1993)

Art. 42 O Vereador não poderá, desde a posse:

I ‐ ser proprietário, controlador ou diretor de empresa


que goze bene몭cios decorrentes de contratos com
pessoa jurídica de direito público no Município ou nela
exercer função remunerada;

II ‐ ser 몭tular de mais de um cargo ou mandato


público ele몭vo;

III ‐ patrocinar causa contra o Município.

Subseção IV
Da Remuneração

Art. 43 A remuneração do mandato de Vereador será


fixada pela Câmara Municipal em cada legislatura, para
a subsequente estabelecido como limite máximo o valor
percebido como remuneração pelo Prefeito, e como
índice máximo de reajuste, o índice médio u몭lizado para
os vencimentos do funcionalismo público municipal de
Rondonópolis.

Subseção V
Da Ex몭nção do Mandato

Art. 44Ex몭ngue‐se o mandato do Vereador e assim


será declarado pelo Presidente da Câmara Municipal
quando:

I ‐ ocorrer falecimento, renúncia por escrito, cassação


de direitos polí몭cos ou condenação por crime funcional
ou eleitoral;

II ‐ deixar de tomar posse, sem mo몭vo justo aceito


pela Câmara, dentro do prazo estabelecido em lei;

III ‐ deixar de comparecer sem que esteja licenciado,


salvo nas hipóteses tratadas no Art. 18 do Regimento
Interno da Câmara Municipal de Rondonópolis, a três
sessões ordinárias consecu몭vas, ou a três sessões
extraordinárias, convocadas pelo Prefeito para
apreciação de matéria urgente; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 51/2017)

IV ‐ incidir nos impedimentos para o exercício do


mandato e não desincompa몭bilizar‐se até a posse e nos
casos supervenientes no prazo de quinze dias, contados
do recebimento de no몭ficação para isso promovida pelo
Presidente da Câmara de Vereadores.

§ 1º Ocorrido e comprovado o ato ou fato ex몭n몭vo, o


Presidente da Câmara, na primeira sessão, comunicará
ao Plenária e fará constar da ata, declaração de ex몭nção
do mandato e convocará imediatamente o respec몭vo
suplente.

§ 2º Se o Presidente da Câmara omi몭r‐se nas


providências listadas no parágrafo anterior, o suplente
de Vereador ou qualquer eleitor do Município poderá
requerer a declaração de ex몭nção de mandato por via
judicial.
§ 3º O disposto no inciso III não se aplicará às sessões
extraordinárias que forem convocadas pelo Prefeito,
durante os períodos de recesso da Câmara Municipal.

Subseção VI
Da Cassação do Mandato

ART. 45 PERDERÁ O MANDATO O VEREADOR:

I ‐ cujo procedimento seja incompa몭vel com o de


coro parlamentar, nos termos do Regimento Interno;

II ‐ que u몭lizar o mandato para a prá몭ca de atos de


corrupção ou de improbidade administra몭va;

III ‐ que deixar de comparecer a três sessões


ordinárias, em cada ano salvo licença, ou nas hipóteses
do Art. 18, do Regimento Interno da Câmara Municipal
de Rondonópolis; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 51/2017)

IV ‐ que perder ou 몭ver suspensos os direitos


polí몭cos;

V ‐ que fixar residência fora do Município;

VI ‐ que sofrer condenação criminal em sentença


transitada em julgado;

VII ‐ quando decretar a Jus몭ça Eleitoral, nos casos


previstos na Cons몭tuição Federal.

§ 1º São incompa몭veis com o decoro parlamentar,


além dos casos definidos no Regimento Interno, o abuso
das prerroga몭vas asseguradas a membros da Câmara
Municipal ou a percepção de vantagens indevidas.

§ 2º Nos casos previstos nos incisos I, II, III e VII, a


perda de mandato será decidida pela Câmara Municipal,
por voto secreto e maioria absoluta, mediante
convocação da respec몭va Mesa ou de par몭do polí몭co
representado na Câmara Municipal, assegurado amplo
direito de defesa. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 9/2007)

§ 3º Nos casos previstos nos incisos IV, V e VI, a perda


de mandato será declarada pela Mesa da Câmara, de
o몭cio ou mediante convocação de qualquer de seus
membros ou de par몭do polí몭co representado na
Câmara Municipal, assegurado amplo direito de defesa.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 9/2007)

Art. 46 Não perderá o mandato o Vereador:

I ‐ licenciado pela Câmara Municipal por mo몭vo de


doença;

II ‐ licenciado, sem remuneração, para tratar de


interesse par몭cular, pelo prazo máximo de 120 dias;

III ‐ inves몭do no cargo de Secretário Municipal, a


serviço ou em missão de representação da Câmara.

III ‐ Inves몭do no cargo de Prefeito Municipal


(provisoriamente), Secretário Municipal ou equivalente,
Secretário de Estado ou equivalente, Ministro de Estado
ou equivalente, Dirigente de Autarquia, Empresa Pública
ou equivalente ou ainda cargo parlamentar, tais como
Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual, desde
que não seja na condição de 몭tular. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 57/2022)

§ 1º O suplente deverá ser convocado nos casos de


vacância do cargo, dispostos nos incisos I, II e III do Art.
46, por ato do Presidente da Câmara Municipal de
Rondonópolis. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 49/2017)

§ 2º Na hipótese de inves몭dura no cargo de


Secretário Municipal, o Vereador poderá optar pela
remuneração do mandato.

Subseção VII
Do Suplente

Art. 47O suplente convocado nos casos de vacância do


cargo, dispostos nos incisos I, II e III do Art. 46, deverá
tomar posse dentro do prazo de quinze dias, salvo justo
mo몭vo, aceito pela Câmara Municipal de Rondonópolis,
sob pena de ser considerado renunciante. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 49/2017)

§ 1º O suplente de Vereador, quando no exercício do


Mandato Parlamentar, tem os mesmos direitos,
prerroga몭vas, deveres e obrigações do Vereador e como
tal deve ser considerado. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 49/2017)

§ 2º SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 49/2017)

Seção V
Das Reuniões

Art. 48 A legislatura, período de funcionamento da


Câmara de Vereadores, renova‐se a cada quatro anos
em 01 de janeiro, com a posse dos eleitos e divide‐se
em quatro sessões legisla몭vas. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 22/2007)

Art. 49 A Câmara Municipal reunir‐se‐á anualmente, em


sua sede no município de Rondonópolis‐MT, de 16 de
janeiro a 20 de dezembro. (Redação dada pela Emenda
à Lei Orgânica nº 37/2007)

Parágrafo Único ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela


Emenda à Lei Orgânica nº 37/2007)

Art. 50 A Câmara de Vereadores, durante as sessões


legisla몭vas, reunir‐se‐á ordinária, extraordinária e
solenemente, conforme dispuser seu Regimento
Interno.

§ 1º As reuniões ordinárias, realizáveis nos dias e


hora indicados no Regimento Interno, independem de
convocação.

§ 2º A sessão legisla몭va ordinária não será


interrompida sem a aprovação do projeto de diretrizes
orçamentárias, a lei do orçamento anual e o plano
plurianual de inves몭mentos do município.

§ 3º As reuniões da Câmara de Vereadores serão


públicas, salvo deliberação em contrário, tomada pela
maioria de dois terços de seus membros, para atender
mo몭vo relevante de preservação do decoro parlamentar
ou para outorga de honrarias, e realizáveis no recinto
declinado ao seu funcionamento.

§ 4º As sessões públicas da Câmara Municipal


poderão ser realizadas em outros locais que não de sua
de pendência, a serem definidos em seu Regimento
Interno.

§ 5º As reuniões da Câmara de Vereadores salvo as


solenes, somente serão abertas com a presença mínima
de um terço de seus membros e só deliberará com a
presença da maioria absoluta dos Vereadores.

Art. 51 A Câmara de Vereadores reunir‐se‐á


extraordinariamente e ou de interesse público
relevante, por convocação: (Redação dada pela Emenda
à Lei Orgânica nº 51/2017)

I ‐ do Prefeito;

II ‐ do Presidente da Câmara, por sua inicia몭va, ou a


requerimento da maioria absoluta dos membros da
Casa.

§ 1º As sessões legisla몭vas extraordinárias serão


convocadas com antecedência mínima de dois dias e
nelas não se tratará de matéria estranha à convocação.
§ 2º O Presidente da Câmara Municipal dará ciência
aos vereadores da convocação extraordinária através de
comunicação pessoal e escrita.

§ 3º Na sessão legisla몭va extraordinária, a Câmara


Municipal somente deliberará sobre a matéria para a
qual foi convocada e esta convocação será feita pelo
Presidente da Câmara em sessão ou fora dela, mediante
neste úl몭mo caso, comunicação pessoal ou escrita, com
prazo previsto no Regimento Interno.

Seção VI
Do Processo Legisla몭vo

Subseção I
Disposições Gerais

Art. 52 O processo legisla몭vo municipal compreende a


elaboração de:

I ‐ emendas à Cons몭tuição Municipal;


II ‐ leis;

III ‐ decretos legisla몭vos;

IV ‐ resoluções.

Subseção II
Das Emendas à Cons몭tuição Municipal

A Cons몭tuição Municipal poderá ser emendada


Art. 53
mediante proposta:

I ‐ de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara


Municipal;

II ‐ do Prefeito;

III ‐ da população, subscrita por cinco por cento do


eleitorado municipal.

§ 1º A Cons몭tuição Municipal não poderá sofrer


emendas na vigência de estado de si몭o ou estado de
defesa ou ainda no caso do Município estar sob
intervenção Federal ou Estadual.

§ 2º A proposta de emenda será discu몭da e votada


em dois turnos com inters몭cio mínimo de dez dias,
considerando‐se aprovada se ob몭ver dois terços dos
votos dos membros da Câmara Municipal, em ambos os
turnos.

§ 3º A emenda fica sujeita a referendo ou veto


populares, que serão realizados, se requeridos, no prazo
mínimo de sessenta dias, pela maioria dos membros da
Câmara, ou por cinco por cento do eleitorado do
Município, ficando a promulgação sob condição
suspensiva.

§ 4º O Poder Legisla몭vo dará ampla publicidade para


melhor cumprir o disposto no parágrafo terceiro.

§ 5º A Emenda à Cons몭tuição Municipal, aprovada,


será promulgada e publicada pela Mesa da Câmara
Municipal, com o respec몭vo número de ordem.

§ 6º A Emenda rejeitada ou prejudicada só poderá ser


apresentada novamente pós um ano.
Art. 54 Não será objeto de deliberação a proposta de
emenda à Cons몭tuição Municipal, tendente a ofender
ou abolir:

I ‐ a separação dos poderes;

II ‐ o princípio da harmonia e independência dos


poderes.

Subseção I
Das Leis

Art. 55A inicia몭va das leis complementares e ordinárias


cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara
Municipal, ao Prefeito, à Procuradoria do Município e
aos Cidadãos, na forma do art. 29‐XI, da Cons몭tuição
Federal.

São de inicia몭va priva몭va do Prefeito as leis que


Art. 56
disponham sobre:

I ‐ criação de cargos, funções ou empregos públicos


na administração pública direta, indireta ou aumento de
sua remuneração;

II ‐ servidores públicos do município, seu regime


jurídico, provimento de cargos, estabilidade e
aposentadoria;

III ‐ criação, estruturação e atribuições das Secretarias


do Município e órgãos da Administração Pública.

Art. 57 Não será admi몭do aumento da despesa


prevista:

I ‐ nos projetos de lei de inicia몭va do Prefeito;

II ‐ nos projetos de resolução sobre organização dos


serviços administra몭vos da Câmara Municipal.

Art. 58 O Prefeito poderá solicitar urgência para


apreciação de projetos de sua inicia몭va.

§ 1º Se a Câmara Municipal não se manifestar no


prazo máximo de quinze dias, esta deverá ser incluída
na ordem do dia, sobrestando‐se a deliberação quanto
aos demais assuntos, para que se ul몭me a votação.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 21/2007)

§ 2º O prazo de que se trata o parágrafo anterior não


ocorre no período do recesso da Câmara Municipal,
nem se aplica aos projetos de lei complementar.

§ 3º O Prefeito somente poderá solicitar urgência


para apreciação de projetos de sua inicia몭va no
momento de seu envio à Câmara Municipal.

Art. 59O Projeto de lei, após concluída a respec몭va


votação, se rejeitado pela Câmara Municipal, será
arquivado; se aprovado, será enviado ao Prefeito que,
aquiescendo, o sancionará no prazo de quinze dias
úteis.

§ 1º Se o Prefeito considerar o Projeto de Lei, no todo


ou em parte incons몭tucional ou contrário ao interesse
público, vetá‐lo‐á total ou parcialmente, no prazo de
quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e
comunicará, dentro de quarenta e oito horas, os
mo몭vos do veto ao Presidente da Câmara Municipal.

§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral


de ar몭gos, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

§ 3º Se o veto ocorrer durante o recesso da Câmara


Municipal, o Prefeito fará publicá‐lo.

§ 4º Decorrido o prazo de quinze dias estabelecido no


§ 1º, o silêncio do Prefeito importará em sanção.

§ 5º O veto será apreciado no prazo de trinta dias a


contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado
pelo voto da maioria absoluta dos membros da Câmara
Municipal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 10/2007)

§ 6º Se o veto não for man몭do, será o projeto


enviado, para promulgação, ao prefeito.

§ 7º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido


no § 5º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão
imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua
votação final, ressalvadas as matérias de que trata.

§ 8º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e


oito horas pelo Prefeito, nos casos dos parágrafos 4º e
6º, o Presidente da Câmara a promulgará e, se este não
o fizer em igual prazo, caberá ao Vice‐presidente fazê‐lo.

§ 9º Na apreciação do veto, a Câmara Municipal não


poderá introduzir qualquer modificação no texto
vetado.

Art. 60A meteria constante de projeto de lei rejeitado,


somente poderá cons몭tuir objeto de novo projeto na
mesma sessão legisla몭va, mediante proposta da maioria
absoluta dos membros da Câmara. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 11/2007)

Art. 61 A inicia몭va popular de projetos de lei de


interesse específico do Município, da cidade ou de
bairros apresentar se à através da manifestação de pelo
menos cinco por cento do eleitorado, conforme ar몭go
29‐ Xl da Cons몭tuição Federal.

§ 1º O projeto de lei será encaminhado à Presidência


da Câmara Municipal contendo as assinaturas com o
respec몭vo número do 몭tulo eleitoral de cada assinante,
e, a indicação de um responsável pelo projeto que terá
direito a par몭cipar do debate da matéria.
§ 2º Recebido o projeto, considerando‐o em
condições de tramitação em sua cons몭tucionalidade e
legalidade, a Presidência o despachará para as
comissões respec몭vas.

§ 3º Exarado o parecer das comissões, a Presidência


designará data para sua inclusão na ordem do dia, in
formando os responsáveis pelo projeto da data em que
o mesmo será apreciado pela Câmara Municipal.

§ 4º O responsável pelo projeto em número não


superior a um poderá par몭cipar dos debates, fazendo
uso da Tribuna pelo tempo regimental durante a Ordem
do Dia, na discussão da matéria.

§ 5º Os representantes não terão direito a voto, nem


apresentação de emendas aos projetos, salvo se
subscritas por no mínimo cinco por cento do número de
eleitores do município, bairro ou distrito.

§ 6º Na eventualidade de veto do Poder Execu몭vo, os


representantes que par몭ciparam da discussão do
projeto terão direitos a manifestarem‐se durante a
sessão em que esse veto for apreciado pela Câmara
Municipal, na mesma forma dos parágrafos 4º e 5º.

§ 7º Os projetos de inicia몭va popular poderão ser


redigidos sem observância da técnica legisla몭va,
bastando que definam a pretensão dos proponentes.

§ 8º A tramitação dos projetos de lei de inicia몭va


popular obedecerá às normas rela몭vas ao processo
legisla몭vo.

Art. 62 O Presidente da Câmara Municipal, antes de


remeter às comissões, mandará divulgar como ato
integrante do processo legisla몭vo o inteiro teor do texto
e da respec몭va exposição de mo몭vos, qualquer projeto
de lei recebido.

Art. 63 SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 15/2007)

Parágrafo Único ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela


Emenda à Lei Orgânica nº 15/2007)

Art. 64As leis complementares serão aprovadas por


maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal, e
receberão numeração dis몭nta das leis ordinárias.

Subseção IV
Dos Decretos e Resoluções

Art. 65 O decreto legisla몭vo des몭na‐se a regular


matéria de competência exclusiva da Câmara que
produza efeitos externos, não dependendo de sanção
ou veto do Prefeito Municipal.

Art. 66 A resolução des몭na‐se a regular matéria


polí몭co‐administra몭va da Câmara, de sua competência
exclusiva, não dependendo de sanção ou veto do
Prefeito Municipal.

Art. 67 O processo legisla몭vo das resoluções e dos


decretos se dará conforme determinado no Regimento
Interno da Câmara, observado, no que couber, o
disposto nesta Cons몭tuição Municipal.

Seção VII
Da Fiscalização Contábil, Financeira, Orçamentária,
Operacional e Patrimonial
Art. 68A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial do Município, quanto á
legalidade, legi몭midade, economicidade, aplicação de
subvenções e re núncia de receitas próprias ou
repassadas será exercida pela Câmara de Vereadores,
mediante controle externo, e pelos sis temas de
controle interno no Poder Execu몭vo, conforme previsto
em lei.

§ 1º O controle externo será exercido com o auxilio


do Tribunal de Contas do Estado.

§ 2º O parecer prévio do Tribunal de Contas do


Estado só deixará de prevalecer por decisão de dois
terços dos membros da Câmara de Vereadores.

Art. 69 As contas anuais da Prefeitura e da Câmara


ficarão durante sessenta dias, a par몭r de 15 de
fevereiro, em local de fácil acesso, à disposição de
qualquer munícipe para exame e fiscalização.

§ 1º Qualquer munícipe, par몭do polí몭co, associação


ou sindicato poderá comunicar ao Tribunal de Contas a
desobediência por parte da Prefeitura ou da Câmara ao
estatuído no caput do ar몭go.

§ 2º O munícipe, par몭do polí몭co, associação ou


sindicato poderá ques몭onar a legi몭midade das contas,
mediante pe몭ção escrita e assinada perante a Câmara
Municipal.

§ 3º A Comissão de Finanças e Orçamentos da


Câmara Municipal apreciará as objeções ou
impugnações do munícipe em sessão ordinária dentro
de no máximo vinte dias a contar de seu recebimento,
anexando suas conclusões à apreciação do parecer do
Tribunal de Contas. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 25/2007)

Art. 70 SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 13/2007)

I ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 13/2007)

II ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 13/2007)
Art. 71 SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei
Orgânica nº 16/2007)

I ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 16/2007)

II ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 16/2007)

Art. 72 SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 12/2007)

Art. 73 SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 12/2007)

Art. 74 SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 12/2007)

I ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 12/2007)

II ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 12/2007)
TÍTULO III

CAPITULO II
DO PODER EXECUTIVO

Seção I
Disposições Gerais

Art. 75 O Poder Execu몭vo é exercido pelo Prefeito do


Município, com funções polí몭cas, execu몭vas e
administra몭vas.

Art. 76 O Prefeito e o Vice‐Prefeito serão eleitos de


conformidade com a Legislação Específica. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 28/2007)

§ 1º SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 30/2007)

§ 2º SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 30/2007)

§ 3º SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 30/2007)

§ 4º SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 30/2007)

§ 5º SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 30/2007)

Art. 77 SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 18/2007)

I ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 18/2007)

II ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 18/2007)

III ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 18/2007)

IV ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 18/2007)

V ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 18/2007)

Parágrafo Único ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela


Emenda à Lei Orgânica nº 18/2007)

Art. 78 O Prefeito e o Vice‐Prefeito do Município


tomam posse no dia 1º de janeiro subseqüente a
eleição, em sessão solene perante a Câmara Municipal,
prestando o compromisso de manter, preservar e
cumprir as Cons몭tuições Federal, Estadual e Municipal,
observar e cumprir as leis e promover o bem geral do
município.

§ 1º O Prefeito e o Vice‐Prefeito apresentarão à


Câmara Municipal no ato da posse declaração de Bens
exigida também no término do mandato ou nos casos
de afastamento defini몭vo, que serão divulgados para
conhecimento público.

§ 2º Se, decorridos dez dias da data fixada para a


posse, o Prefeito ou Vice‐ Prefeito do Município, salvo
mo몭vo de força maior, devidamente comprovado e
aceito pela Câmara de Vereadores, não 몭ver assumido o
cargo, este será declarado vago.
§ 3º Para a posse, o Prefeito se desincompa몭bilizará
de qualquer a몭vidade que de fato ou de direito seja
incompa몭vel com o exercício do mandato.

Seção II
Das Atribuições do Prefeito Municipal

Art. 79 Compete, priva몭vamente, ao Prefeito


Municipal:

I ‐ representar o município em juízo e fora dele;

II ‐ exercer, com o apoio dos auxiliares diretos, a


direção superior da administração local;

III ‐ nomear e exonerar seus auxiliares diretos;

IV ‐ iniciar o processo legisla몭vo, na forma e nos casos


previstos nesta Cons몭tuição;

V ‐ sancionar, promulgar e mandar publicar dentro de


48 horas as leis aprovadas pela Câmara Municipal, bem
como expedir e publicar dentro de 48 horas, decretos e
regulamentos para sua fiel execução;

VI ‐ vetar Projetos de Lei, total ou parcialmente, no


prazo de quinze dias úteis contados da data de seu
recebi mento e comunicar dentro de 48 horas ao
Presidente da Câmara, os mo몭vos do veto;

VII ‐ dispor sobre a organização e o funcionamento da


Administração municipal, na forma da lei;

VIII ‐ remeter mensagens e planos de governo à


Câmara Municipal especificando por Secretarias
Municipais, por ocasião de abertura da sessão
legisla몭va, expondo a situação do Município
comprovadamente, e solicitando as providências que
julgar necessárias;

IX ‐ enviar à Câmara Municipal no segundo semestre


os projetos de lei do plano plurianual de inves몭mentos,
de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual,
conforme disciplinado nesta Cons몭tuição:

a) O Plano Plurianual e o Projeto de Lei de Diretrizes


Orçamentárias deverão ser publicados no Diário Oficial
do Município. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 27/2007)
b) os planos e projetos de que trata este ar몭go não
poderão sofrer alterações sem apreciação do Poder
Legisla몭vo;

X ‐ decretar desapropriação e intervenção em


empresa concessionária dos serviços públicos;

XI ‐ contrair emprés몭mos que beneficiem o


Município, desde que aprovados pela Câmara
Municipal;

XII ‐ realizar audiências públicas anuais com en몭dades


populares, sindicais e membros da sociedade civil.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 27/2007)

XIII ‐ fornecer a qualquer interessado, no prazo


máximo de quinze dias úteis, cer몭dões de atos,
contratos e decisões;

XIV ‐ criar, com aprovação da Câmara Municipal,


distritos, subprefeituras, administrações regionais ou
equivalentes:
a) os Diretores Distritais, Administradores Regionais
ou Subprefeitos serão eleitos para mandato de (02) dois
anos, com direito a reeleição, pelo voto direto e secreto,
pelos eleitores habilitados e inscritos nas suas
respec몭vas comunidades, devendo ser eleição
pluripar몭dária, bem como as atribuições dos cargos
serão delegadas pelo Prefeito Municipal, nas mesmas
condições dos seus auxiliares diretos. (Redação dada
pela Emenda Cons몭tucional à Lei Orgânica nº 11/1996)
b) os Subprefeitos e Administradores regionais
exercerão funções meramente administra몭vas.
(Redação dada pela Emenda Cons몭tucional à Lei
Orgânica nº 11/1996)
c) as funções e remuneração dos sub‐prefeitos e
administradores regionais serão definidos nos termos
da lei criadora dos respec몭vos cargos;

Parágrafo único. À habilitação a candidatura, sistema


eleitoral, direitos e deveres dos cargos serão definidos
por meio de Lei. (Redação acrescida pela Emenda
Cons몭tucional à Lei Orgânica nº 11/1996)

XV ‐ prestar, anualmente, à Câmara de Vereadores, a


par몭r de 15 de fevereiro até 1 de março, as contas
referentes ao exercício anterior, e colocá‐las na mesma
data, durante sessenta dias à disposição dos munícipes
para análise e ques몭onamento;

a) os balancetes mensais deverão estar à disposição


dos contribuintes a par몭r do instante em que forem
encaminha dos à Câmara de Vereadores;

XVI ‐ prover e ex몭nguir os cargos, empregos e


funções públicas municipais, na forma da Lei;

XVII ‐ exercer as demais atribuições previstas nesta


Cons몭tuição;

a) o Prefeito Municipal poderá delegar atribuições


sobre organização e funcionamento da administração
municipal aos Secretários municipais ou ao Procurador
Geral do Município; que observarão os limites traçados
nas respec몭vas delegações;
b) no ano de término de mandato, serão adotados
providências para que os balanços e prestações de
contas sejam ul몭mados até dez dias antes do término
do respec몭vo exercício, a fim constarem do termo
assinado pelos Prefeitos transmi몭ste e receptor do
cargo;

XVIII ‐ comparecer, quando convocada, à Câmara


Municipal para relatório geral sobre sua administração e
responder às indagações dos Vereadores, no máximo,
duas vezes por ano;

XIX ‐ ins몭tuir fundo habitacional para a construção de


casas, exclusivamente à população comprovadamente
de baixa renda.

a) lei complementar determinará os critérios a serem


adotados, neste caput, assim como os critérios de
distribuição e entrega de casas para a população de
baixa renda. (Expressão "complementar" declarada
incons몭tucional pelo Tribunal de Jus몭ça do Estado do
Mato Grosso, conforme ADI nº 1001105‐
80.2021.8.11.000)

XX ‐ celebrar convênios com en몭dades públicas ou


par몭culares, depois de devidamente autorizado pela
Câmara de Vereadores; (Suspenso de forma cautelar
pelo Tribunal de Jus몭ça do Estado do do Mato Grosso,
conforme ADIN nº 1020695‐772020.8.11.000)
XXXI ‐ declarar a u몭lidade ou necessidade pública, ou
interesse social, de bens para fins de desapropriação ou
de servidão administra몭va;

XXII ‐ declarar estado de calamidade pública, quando


ocorrerem fatos que a jus몭fiquem;

XXIII ‐ expedir atos próprios da a몭vidade


administra몭va;

XXIV ‐ contratar terceiros para a prestação de ser


viços públicos;

XXV ‐ prestar à Câmara de Vereadores, no prazo de 15


dias, as informações que esta solicitar;

XXVI ‐ aplicar muitas previstas em lei e contratos;

XXVII ‐ resolver sobre os requerimentos, reclamações


ou representações que lhe forem dirigidas, em matéria
da competência do Execu몭vo Municipal;

XXVIII ‐ aprovar, após o competente parecer do órgão


técnico da Prefeitura, projetos de edificação e planos de
loteamento, arruamento e zoneamento urbano ou para
fins urbanos;

XXIX ‐ transferir, temporariamente ou


defini몭vamente, a sede da Prefeitura;

XXX ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 38/2008)

XXXI ‐ publicar, até trinta dias após o encerramento


de cada bimestre, relatório resumido da execução
orçamentária;

XXXII ‐ entregar à Câmara de Vereadores, no prazo


legal, os recursos correspondentes às suas dotações
orçamentárias;

XXXIII ‐ convocar extraordinariamente a Câmara de


Vereadores;

XXXIV ‐ fixar as tarifas dos serviços públicos


concedidos ou permi몭dos bem como daqueles
explorados pelo próprio Município, conforme critérios
estabelecidos na legislação municipal;
XXXV ‐ requerer à autoridade competente a prisão
administra몭va de servidor público municipal omisso ou
remisso na prestação de contas dos dinheiros públicos;

XXXVI ‐ superintender a arrecadação dos tributos e


preços, bem como a guarda e a aplicação da receita,
autorizando as despesas e os pagamentos, dentro das
disponibilidades orçamentárias ou dos créditos
autorizados pela Câmara.

Seção III
Das Licenças

Art. 80 O Prefeito somente poderá licenciar‐se:

I ‐ por mo몭vo de doença, devidamente comprovada;

II ‐ por mo몭vo de licença maternidade;

III ‐ em razão de serviço ou missão de representação


do Município;

IV ‐ por mo몭vo de gozo de férias, por até 30 (trinta)


dias por ano, desde que cumprido no mínimo 12 (doze)
meses do mandato.

§ 1º O Regimento Interno disciplinará o pedido e o


julgamento, pelo plenário, das licenças previstas neste
ar몭go.

§ 2º O Prefeito regularmente licenciado nos termos


dos incisos I a IV deste ar몭go terá direito a perceber sua
remuneração integralmente. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 46/2015)

Seção IV
Das Incompa몭bilidades ou Das Proibições

Art. 81O Prefeito e o Vice‐Prefeito não poderão, desde


a posse, sob pena de perda de mandato:

I ‐ firmar ou manter contrato com o Município ou


com suas autarquias, empresas públicas, sociedades de
economia mista, fundações ou empresas
concessionárias de ser viço público municipal, salvo
quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
II ‐ aceitar ou exercer cargo, função ou emprego
remunerado, inclusive os de que seja demissível ad
nutum, na Administração pública direta ou indireta,
ressalvada a posse em virtude de concurso público,
aplicando‐se, nesta hipótese, o disposto no ar몭go 38 da
Cons몭tuição Federal;

III ‐ ser 몭tular de mais de um mandato ele몭vo;

IV ‐ patrocinar causas em que seja interessada qual


quer das en몭dades mencionadas no inciso I deste
ar몭go;

V ‐ ser proprietário, controlador ou diretor de


empresa que goze de favor decorrente de contrato
celebrado com o Município ou nela exercer função
remunerada.

§ 1º Entende‐se, no que couber, aos subs몭tutos do


Prefeito as incompa몭bilidades previstas neste ar몭go.

§ 2º As proibições previstas nos incisos 1 e V deste


ar몭go estendem‐se aos parentes até o 2º grau do
Prefeito e do Vice‐Prefeito, bem como dos respec몭vos
cônjuges;

Art. 82 O Prefeito e o Vice‐Prefeito não podem fixar


residência fora do Município. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

§ 1º O Prefeito não pode ausentar‐se do Município ou


afastar‐se do cargo, por mais de 15(quinze) dias úteis
consecu몭vos, nem do território nacional, por qualquer
prazo, sem prévia autorização da Câmara de
Vereadores, sob pena de cassação do mandato, salvo no
caso de licença disposto no Art. 80, IV. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 46/2015) (Expressão "por
qualquer prazo" declarada incons몭tucional pelo Tribunal
de Jus몭ça do Estado do Mato Grosso, conforme ADI nº
1001409‐79.2021.8.11.0000)

§ 2º Tratando‐se de viagem oficial, assim entendida a


realizada com pagamento de diárias pelos cofres
públicos, o Prefeito, no prazo de quinze dias da data de
retorno, deverá enviar a Câmara de Vereadores relatório
circunstanciado sobre o resultado da mesma. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)
Seção V
Da Subs몭tuição e da Sucessão

Art. 83 O Vice‐Prefeito subs몭tuirá o Prefeito nos casos


de licença e suceder‐lhe‐á, nos casos de vaga.

Parágrafo Único ‐ Considera‐se vago o cargo de


Prefeito, e assim será declarado pelo Presidente da
Câmara quando ocorrer morte, renúncia ou perda de
mandato.

Art. 84Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice‐


Prefeito, ou de vacância dos respec몭vos cargos, será
chamado sucessivamente para o exercício do Poder
Execu몭vo, o Presidente da Câmara Municipal, o
Secretário e o responsável pelos negócios jurídicos do
Município.

Parágrafo Único ‐ Os subs몭tutos legais do Prefeito


não poderão recusar a subs몭tuição, sob pena de
ex몭nção do mandato de Vice‐Prefeito ou de Presidente
da Câmara de Vereadores, conforme o caso.
Art. 85 Vagando os cargos de Prefeito e Vice‐Prefeito na
primeira metade do mandato, far‐se‐á eleição direta, na
forma da legislação eleitoral e no prazo máximo de
noventa dias; ocorrendo a vacância nos dois úl몭mos
anos de mandato, a eleição para ambos os cargos será
feita trinta dias após a úl몭ma vacância declarada pela
Câmara Municipal, na forma da lei.

Parágrafo único. Em qualquer dos casos, os eleitos


deverão completar o período restante do mandato de
seus antecessores. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)

Art. 86 SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 20/2007)

Seção VI
Dos Direitos e Deveres

Art. 87 São, entre outros, direitos do Prefeito:

I ‐ ser processado e julgado pelo Tribunal de Jus몭ça;


II ‐ inviolabilidade por opiniões e conceitos emi몭dos
no exercício do cargo;

III ‐ prisão especial, até o trânsito em julgado de


sentença condenatória;

IV ‐ remuneração mensal condigna;

V ‐ licença, nos termos da lei. (Redação dada pela


Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

São, entre outros, deveres do Prefeito: (Redação


Art. 88
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

I ‐ respeitar, defender e cumprir as Cons몭tuições


Federal e Estadual, como também esta Lei Orgânica e as
demais leis; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 45/2014)

II ‐ planejar as ações administra몭vas, visando sua


transparência, eficiência, economia e a par몭cipação
comunitária;

III ‐ atender às convocações, prestar esclarecimentos


e informações, no tempo e forma regulares, quando
solicitados pela Câmara Municipal; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014) (Inciso III declarado
incons몭tucional pelo Tribunal de Jus몭ça do Estado do
Mato Grosso, conforme ADI nº 1000903‐
06.2021.8.11.0000)

IV ‐ colocar à disposição da Câmara, no prazo


es몭pulado, as dotações orçamentárias que lhes forem
des몭nadas;

V ‐ apresentar, no prazo legal, relatórios das


a몭vidades e dos serviços municipais, sugerindo as
providências que julgar necessárias;

VI ‐ encaminhar ao Tribunal de Contas, no prazo


estabelecido, as contas municipais do exercício anterior;

VII ‐ deixar, conforme regulado nesta Lei Orgânica,


anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, as
contas municipais, inclusive em sí몭o eletrônico, de
forma a garan몭r‐lhe a compreensão, exame e
apreciação. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 45/2014)
Art. 89 Os direitos e deveres previstos nos ar몭gos
anteriores são extensivos, no que couberem, ao
subs몭tuto ou sucessor do Prefeito. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Seção VII
Da Responsabilidade

Art. 90 São crimes de responsabilidade do Prefeito


Municipal, apenados com a perda do mandato, afora os
definidos em leis federais e estaduais os atos que
atentarem contra: (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)
I ‐ a ordem jurídica cons몭tuída;
II ‐ o livre exercício do Poder Legisla몭vo;
III ‐ o exercício dos direitos polí몭cos, individuais e
sociais;
IV ‐ a segurança interna do País, do Estado e do
Município;
V ‐ a probidade de administração;
VI ‐ a lei orçamentária;
VII ‐ a Lei Orgânica. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)
§ 1º A perda de mandato será decidida com o voto,
ao menos, de dois terços da Câmara Municipal, após o
processo instaurado com base em representação
circunstanciada de Vereador ou eleitor devidamente
acompanhada de provas, assegurando‐se ampla defesa
ao Prefeito. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 45/2014)
§ 2º O Prefeito poderá ser afastado liminarmente de
suas funções, em qualquer fase do processo, por
decisão de dois terços dos integrantes da Câmara
Municipal, quando o ele ou seus subordinados diretos
impedir a plena apuração dos fatos ou quando se tratar
de ilícito con몭nuado. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)
§ 3º Se decorrido o prazo de cento e oitenta dias, a
decisão da Câmara Municipal não 몭ver sido proferida,
cessará o afastamento liminar do Prefeito, sem prejuízo
do regular pros seguimento do processo. (Ar몭go 90
declarado incons몭tucional pelo Tribunal de Jus몭ça do
Estado do Mato Grosso, conforme ADI nº 1001834‐
09.2021.8.11.0000)

Art. 91O Prefeito será julgado pelo Tribunal de Jus몭ça


nos crimes comuns.
§ 1º O Prefeito será afastado de suas funções, após
recebida a denúncia ou queixa‐ crime pelo Tribunal de
Jus몭ça, com o voto de dois terços, ao menos, da Câmara
Municipal.

§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o


julgamento não es몭ver concluído, cessará o
afastamento do Prefeito, sem prejuízo do regular
prosseguimento do processo criminal. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 92 O Vice‐Prefeito, ou quem vier a subs몭tuir o


Prefeito, fica sujeito ao mesmo processo do subs몭tuído,
ainda que tenha cessado a subs몭tuição.

Seção VIII
Da Ex몭nção do Mandato

Art. 93Ex몭ngue‐se o mandato do Prefeito, e assim será


declarado pelo Presidente da Câmara de Vereadores,
quando:

I ‐ ocorrer o seu falecimento;


II ‐ ocorrer a renúncia expressa do mandato;

III ‐ for condenado por crime comum, funcional ou


eleitoral;

IV ‐ incidir nas incompa몭bilidades para o exercício do


mandato e não se desincompa몭bilizar até a posse e, nos
casos supervenientes, no prazo de quinze dias, contados
do recebimento da no몭ficação para isso, promovida
pelo Presidente da Câmara de Vereadores;

V ‐ deixar de tomar posse na data prevista, sem


mo몭vo justo aceito pela Câmara de Vereadores por
decisão de dois terços de seus membros.

Parágrafo único. Ocorrido e comprovado o ato ou fato


ex몭n몭vo do mandato, o Presidente da Câmara de
Vereadores, na primeira Sessão, o comunicará ao
Plenário e o fará constar da ata a declaração de ex몭nção
do mandato, convocando, ato con몭nuo, o subs몭tuto
legal para a posse. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)

Seção IX
Da Cassação do Mandato

Art. 94São infrações polí몭co‐administra몭vas do


Prefeito Municipal sujeitas a julgamento pela Câmara de
Vereadores e apenada com a cassação do mandato:
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

I ‐ impedir o funcionamento livre e regular da


Câmara,

II ‐ impedir o exame de livros, folhas de pagamento e


demais documentos que devam constar dos arquivos
municipais, bem como a verificação de obras e serviços
por comissão de inves몭gação da Câmara ou auditoria,
regularmente ins몭tuída,

III ‐ desatender, sem mo몭vo justo, as convocações ou


os pedidos de informações da Câmara, quando feitos
atem pode forma regular;

IV ‐ retardar a regulamentação, a publicação ou


deixar de publicar as leis e atos sujeitos a essas
formalidades;
V ‐ deixar de apresentar à Câmara, no devido tempo,
e em forma regular, os projetos de lei rela몭vos ao plano
plurianual, às diretrizes orçamentárias e os orçamentos
anuais,

VI ‐ descumprir o orçamento aprovado para o


exercício financeiro;

VI ‐ descumprir o orçamento aprovado para o


exercício financeiro ou frustrar a execução orçamentária
e financeira das programações a que se refere as
emendas imposi몭vas 1úndadas no inciso II do Ar몭go 27
desta lei; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
59/2023)

VII ‐ pra몭car ato de sua competência contra expressa


disposição de lei, ou omi몭r‐se na prá몭ca daqueles de
sua competência;

VIII ‐ omi몭r‐se ou negligenciar na defesa de bens,


rendas, direitos ou interesses do Município, sujeitos à
administração da Prefeitura.

IX ‐ ausentar‐se do Município, por tempo superior ao


permi몭do em lei, ou afastar‐se do cargo sem
autorização da Câmara de Vereadores, nos casos
previstos em lei;

X ‐ proceder de modo incompa몭vel com a dignidade


e o decoro do cargo;

XI ‐ deixar de fazer declaração de bens, nos termos


desta Cons몭tuição;

XII ‐ não efe몭var, mensalmente, à Câmara Municipal,


os valores correspondentes ao duodécimo
cons몭tucional, conforme previsto em lei; (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

XIII ‐ atrasar pagamentos a contratados ou ao


funcionalismo público municipal. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Parágrafo Único ‐ Sobre o Vice‐Prefeito, ou quem vier


a subs몭tuir o Prefeito, incidem as infrações polí몭co‐
administra몭vas de que trata este ar몭go, sendo‐lhe
aplicável o pro cesso per몭nente, ainda que cessada a
subs몭tuição.
Art. 95 O processo de cassação do mandato será
regulado no Regimento Interno, observado o que
estabelecer esta lei.

Art. 96 A Câmara de Vereadores poderá afastar o


Prefeito denunciado cuja denúncia por infração polí몭co‐
administra몭va for recebida por dois terços de seus
membros, respeitado o art. 203 ‐ § 2º da Cons몭tuição
do Estado de Mato Grosso. (Ar몭go 96 declarado
incons몭tucional pelo Tribunal de Jus몭ça do Estado do
Mato Grosso, conforme ADI nº 1001834‐
09.2021.8.11.0000)

Seção X
Da Remuneração

Art. 97 A remuneração do Prefeito e do Vice‐Prefeito


será fixada pela Câmara de Vereadores, no fim da
legislatura, até a data das eleições municipais, para
vigorar na seguinte.

§ 1º Os índices de reajuste de remuneração do


Prefeito deverão ter como referência o menor índice
concedido ao funcionalismo municipal

§ 2º Não fará jus a remuneração o Prefeito que até


noventa dias do término do mandato não apresentar ao
Presidente da Câmara a competente declaração
atualizada de bens

Seção XI
Do Vice‐prefeito

Art. 98O Vice‐Prefeito, além de outras atribuições que


lhe forem conferidas pela legislação local, auxiliará o
Prefeito sempre que for por ele convocado para missões
especiais.

Art. 99 Observar‐se‐á, no que couber, quanto ao Vice‐


Prefeito rela몭vamente à posse, ao exercício, aos direitos
e deveres, às incompa몭bilidades, à declaração de bens e
à licença, o que esta Lei estabelece para o Prefeito.

Seção XV
Dos Auxiliares Diretos do Prefeito
Art. 100 O Prefeito Municipal, através de Ato
Administra몭vo, nomeará seus auxiliares diretos.

§ 1º Serão considerados auxiliares diretos ou cargos e


funções de livre nomeação por parte do Prefeito, os
Secretários Municipais ou equivalentes, presidente e
diretores de empresas municipais e os de seu gabinete,
incluindo‐se Secretário Par몭cular, Chefe de Gabinete,
Secretário Geral, Pro curador Geral do Município e
Auditor Interno, os administradores regionais ou sub‐
prefeitos.

§ 2º Os cargos ou funções em comissão, de livre


nomeação e exoneração do Execu몭vo, poderão ser
criados a nível de chefia e de assessoria, conforme
previsto na lei que organiza a estrutura da
administração pública.

§ 3º O Prefeito Municipal, através de Ato


Administra몭vo, que tornará público, estabelecerá as
atribuições dos auxiliares diretos, definindo‐lhes
competências, deveres e responsabilidades.

§ 4º Os auxiliares diretos do Prefeito Municipal são


solidariamente responsáveis, junto com este, pelos atos
que assinarem, ordenarem ou pra몭carem, devendo
sempre que convocados pela Câmara Municipal,
comparecerem na mesma para prestação de
esclarecimentos.

§ 5º Aplicam‐se aos auxiliares diretos do Prefeito os


mesmos impedimento previstos aos vereadores nesta
lei.

§ 6º Os auxiliares diretos do Prefeito Municipal serão


sempre nomeados em comissão e deverão fazer
declaração de bens no ato de sua posse em cargo ou
função pública municipal e quando de sua exoneração,
com remessa de cópia à Câmara Municipal e terão as
mesmas incompa몭bilidades dos Vereadores enquanto
permanecerem no cargo.

§ 7º Os demais cargos e funções, inclusive de chefia,


serão considerados de carreira, cujo acesso será
estabelecido pelo estatuto do funcionalismo público.

§ 8º O Poder Execu몭vo deverá elaborar e encaminhar


à Câmara Municipal o organograma funcional de sua
estrutura no qual constarão obrigatoriamente todos os
órgãos do Poder Público, as empresas municipais,
especificando cargos e funções.

§ 9º O Prefeito e seus auxiliares diretos incorrerão em


crime de responsabilidade quando atentarem contra as
Cons몭tuições Federal, Estadual ou Municipal, o livre
exercício de outros poderes, inclusive os direitos
polí몭cos sociais e individuais, a probidade na
administração, a Lei Orçamentária, ficando sujeitos à
suspensão do exercício de suas funções inclusive, à
des몭tuição e perda de mandato, independente de
outras decisões judiciais.

§ 9º O Prefeito e seus auxiliares diretos incorrerão em


crime de responsabilidade quando atentarem contra as
Cons몭tuições Federais. Estadual ou Municipal, o livre
exercício de outros poderes, inclusive os direitos
polí몭cos sociais e individuais, a probidade na
administração, a Lei Orçamentária e a inexecução total
ou parcial das emendas imposi몭vas ficando sujeitos à
suspensão do exercício de suas funções inclusive, à
des몭tuição e perda de mandato, independente de
outras decisões judiciais. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 59/2023)

§ 10 Ficam sujeitos à punição os auxiliares diretos do


Prefeito que violarem os direitos cons몭tucionais ou co
meterem crimes administra몭vos como corrupção,
tráfico de influência ou omissão dolosa, sendo que o
crime não prescreve com o afastamento ou demissão do
cargo.

§ 11 A competência dos Secretários Municipais


abrangerá todo o território do Município, nos assuntos
per몭nentes às respec몭vas secretarias; a dos sub‐
prefeitos e Administradores Regionais limitar‐se‐á aos
distritos correspondentes.

Seção XIII
Da Par몭cipação Popular

Subseção I
Da Consulta Popular

Art. 101 O Prefeito Municipal poderá realizar consultas


populares para decidir sobre assuntos de interesse
específico do Município, de bairro ou de distrito, ou
para validar decisão já tomada. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 102A consulta popular deverá ser realizada sempre


que a maioria absoluta dos membros da Câmara
Municipal a propuser.

Parágrafo único. A consulta popular, na modalidade


de plebiscito, também pode ser proposta por
documento encaminhado à Câmara Municipal contendo
a assinatura de, pelo menos, cinco por cento do
eleitorado inscrito no Município, com indicação da
numeração do documento de iden몭dade e do 몭tulo de
eleitor, com a zona de votação. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 103A votação da consulta popular será organizada


pelo Poder Execu몭vo com a par몭cipação de três
representantes da Câmara Municipal, no prazo máximo
de dois meses após a aprovação de proposição,
adotando‐se a cédula oficial que conterá as palavras
"SIM" e "NÃO", indicando, respec몭vamente, aprovação
ou rejeição da proposição. (Redação dada pela Emenda
à Lei Orgânica nº 45/2014)

Subseção II
Da Par몭cipação Popular

Art. 104 É assegurada, nos termos do art. 29 ‐ X da


Cons몭tuição Federal e do art. 181 ‐ 1 da Cons몭tuição do
Estado de Mato Grosso, a par몭cipação da população e
de suas en몭dades representa몭vas na gestão do
município, na formulação e na execução das polí몭cas,
planos, orçamentos, programas e projetos municipais.

Art. 105 É assegurada a par몭cipação dos munícipes,


Conselhos, En몭dades legalmente cons몭tuídas e Par몭das
Polí몭cos, através de audiências públicas, no processo de
elaboração e apreciação pela Câmara Municipal do
Plano Diretor, do Plano Plurianual, da lei de Diretrizes
Orçamentárias e do orçamento anual.

Parágrafo Único ‐ O Presidente da Câmara convocará


antecipadamente as audiências públicas com fim
específico, publicando nos jornais de circulação local
regular, data, local e horário.

Art. 106 O Poder Público es몭mulará o exercício do


trabalho coopera몭vo, comunitário e em mu몭rão como
forma legí몭ma de viabilizar anseios cole몭vos, colocando
a organização da administração direta e indireta à
disposição para favorecer e atender esta a몭vidade.

Art. 107 SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 14/2007)

I ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 14/2007)

II ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 14/2007)

III ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 14/2007)

IV ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 14/2007)

Art. 108 O Poder Execu몭vo es몭mulará a organização


dos cidadãos para quaisquer fins de interesse cole몭vo.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 109SUPRIMIDO. (Suprimido pelas Emendas à Lei


Orgânica nº 7/2007 e nº 8/2007)

Parágrafo Único ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pelas


Emendas à Lei Orgânica nº 7/2007 e nº 8/2007)

Art. 107 A Prefeitura Municipal es몭mulará a formação


de:

I ‐ coopera몭vas de pequenos agricultores e criadores


de animais de pequeno porte;

II ‐ coopera몭vas de construção de moradias para


população carente;

II ‐ coopera몭vas de crédito e de assistência ao


consumidor;

IV ‐ coopera몭vas de abastecimento rural e urbano.

Art. 108 A Prefeitura Municipal promoverá a


organização dos cidadãos para quaisquer fins de
interesse cole몭vo que facilitarem o desempenho e
auxiliem o Município, o Estado e a União a bem
atenderem às comunidades.

Art. 109As sociedades de que trata o art. 107 regem‐se


por estatutos elaborados pelos próprios membros e nos
quais estarão proibidas a몭vidades polí몭co‐par몭dárias
ou discriminação ideológica ou religiosa, bem como a
par몭cipação de pessoas residentes fora do Município ou
de ocupantes de cargos de confiança dos
administradores eleitos por voto popular.

Parágrafo Único ‐ nestas sociedades, não poderão


fazer parte comerciantes ou produtores, bem como
vendedores ou de qualquer modo interessados, em
fornecimento de bens, serviços ou financiamentos
remunerados, u몭lizáveis nas a몭vidades comunitárias e a
violação, além da responsabilidade penal, fica sujeita a
multas que os estatutos consignarão, aplicáveis aos
transgressores e aos membros das diretorias que não
zelarem pela observância deste preceito.

Art. 110 É direito de qualquer cidadão, seja diretamente


ou através de en몭dades legalmente cons몭tuídos ou
par몭dos polí몭cos, denunciar à Câmara Municipal e às
instâncias competentes qualquer prá몭ca de atos lesivos
aos direitos do cidadão.

§ 1º Caberá á Câmara Municipal encaminhar a


denúncia, no prazo de 48 horas, ao Poder Execu몭vo, o
qual disporá de dez dias para apurar a veracidade ou
não da denúncia e divulgação do resultado, podendo ser
concedido pelo Poder Legisla몭vo, dilatação do prazo.

§ 2º O Poder Execu몭vo, no prazo de dez dias, de verá


aplicar as sanções cabíveis, comunicando o resultado à
en몭dade ou par몭do polí몭co denunciante.

Art. 111 SUPRIMIR. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 45/2014)

Seção XIV
Da Transição Administra몭va

Art. 112Até trinta dias antes das eleições municipais, o


Prefeito Municipal deverá preparar, para entregar ao
sucessor e para publicação imediata, relatório da
situação da Administração municipal que conterá
informações atualizadas sobre:

I ‐ dívidas do município, por credor, com as datas dos


respec몭vos vencimentos, inclusive das dívidas a longo
prazo e encargos decorrentes de operações de crédito,
informando sobre a capacidade da Administração
Municipal realizar operações de crédito de qualquer
natureza.

II ‐ prestações de contas de convênios celebrados


com organismos da União e do Estado, bem como do
recebi mento de subvenções ou auxílios;

III ‐ situação dos contratos com concessionárias e


permissionárias de serviços públicos;

IV ‐ estado dos contratos de obras e serviços em


execução ou apenas formalizados, informando sobre o
que foi realizado e pago e o que há por executar e pagar,
com os prazos respec몭vos;

V ‐ transferências a serem recebidas da União e do


Estado por força de mandamento cons몭tucional ou de
convênios;

VI ‐ projetos de lei de inicia몭va do Poder Execu몭vo


em curso na Câmara Municipal, para permi몭r que a
nova Administração decida quanto a conveniência de
lhes dar prosseguimento, acelerar seu andamento ou
re몭rá‐los;

VII ‐ situação dos servidores do Município, seu custo,


quan몭dade e órgãos em que estão lotados e em
exercício.

É vedado ao Prefeito Municipal assumir, por


Art. 113
qual quer forma, compromissos financeiros para
execução de pro grama ou projetos após o término de
seu mandato, não previstos na legislação orçamentária.

TÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

CAPÍTULO I
DISPOSIÇOES GERAIS
Art. 114 A administração pública direta ou indireta
obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade, razoabilidade, eficiência, transparência e
par몭cipação popular, tendo um programa de
desenvolvimento ins몭tucional permanente, atendendo
às peculiaridades locais e aos princípios técnicos
convenientes ao desenvolvimento integrado da
comunidade.

Parágrafo único. Considera‐se programa de


desenvolvimento ins몭tucional a definição dos obje몭vos,
determinados em função da realidade local, a
preparação dos meios para a몭ngi‐los, o controle de sua
aplicação e a avaliação dos resultados ob몭dos. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 115 O Município iniciará o seu processo de


planejamento elaborando o Plano Diretor no qual
considerará, em conjunto, os aspectos 몭sico,
econômico, social e administra몭vo.

Parágrafo Único ‐ O Plano Diretor deverá ser


adequado aos recursos financeiros do Município e ás
exigências administra몭vas.
Art. 116 As autarquias, empresas públicas, sociedades
de economia mista e fundações controladas pelo
Município e suas subsidiárias dependem de lei para
serem criadas, transformadas, incorporadas,
priva몭zadas ou ex몭ntas.

CAPITULO II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS

Art. 117Lei Complementar, de inicia몭va exclusiva do


Poder Execu몭vo, ins몭tuirá regime único e o plano de
cargos, carreira e salários para os servidores da
administração direta, autárquica e fundacional.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)
(Expressão "complementar" declarada incons몭tucional
pelo Tribunal de Jus몭ça do Estado do Mato Grosso,
conforme ADI nº 1001105‐80.2021.8.11.000)

§ 1º A Lei assegurará aos servidores da administração


direta municipal isonomia de vencimentos para cargos,
funções e empregos de atribuições iguais ou
assemelhadas do mesmo poder ou entre servidores do
Execu몭vo e do Legisla몭vo, ressalvadas as vantagens de
caráter individual e as rela몭vas à natureza ou local de
trabalho.

§ 2º Aos servidores públicos municipais são


assegurados os seguintes direitos: (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

I ‐ piso salarial proporcional à extensão e à natureza,


ao grau de responsabilidade e à complexidade do cargo;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

II ‐ irredu몭bilidade de vencimentos, salvo disposto


em convenção ou acordo cole몭vo; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

III ‐ garan몭a de salário ou vencimento nunca inferior


ao salário ‐ minimo para os que percebem remuneração
variável;

IV ‐ décimo ‐ terceiro salário, com base na


remuneração integral ou no valor da aposentadoria;

V ‐ remuneração do trabalho noturno superior ao


diurno
VI ‐ salário‐família aos seus dependentes;

VII ‐ duração de trabalho normal não superior a oito


horas diárias e a quarenta e quatro horas semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da
jornada, mediante acordo ou convenção cole몭va do
trabalho, e o horário corrido:

VIII ‐ repouso semanal remunerado,


preferencialmente aos domingos,

IX ‐ remuneração do serviço extraordinário superior,


no mínimo em cinqüenta por cento ao normal

X ‐ gozo de férias anuais, remuneradas em pelo


menos um terço a mais do que o salário ou vencimento
normal;

XI ‐ licença maternidade, com duração até de cento e


oitenta dias, sem prejuízo do cargo ou emprego e do
salário, conforme legislação regulamentar; (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

XII ‐ licença‐paternidade, nos termos fixados em lei;


XIII ‐ proteção do mercado do trabalho da mulher,
mediante incen몭vos, nos termos da lei;

XIV ‐ redução dos riscos inerentes ao trabalho por


meio de normas de saúde, higiene e segurança;

XV ‐ adicional de remuneração para as a몭vidades


penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

XVI ‐ proibição de diferença de retribuição pecuniária,


de exercício de funções e de critérios de admissão por
mo몭vo do sexo, idade, cor ou estado civil;

XVII ‐ inamovibilidade, salvo quando for a pedido do


servidor;

XVIII ‐ direito à assistência médica. (Redação dada


pela Emenda à Lei Orgânica nº 54/2018)

Art. 118Os direitos e deveres dos servidores municipais


serão definidos em Estatuto do Servidor Público
Municipal, que deverá ser elaborado por Comissão
especialmente criada para este fim, com a par몭cipação
paritária dos representantes do funcionalismo
municipal, indicados pelo Sindicato da Categoria, por
inicia몭va do Poder Execu몭vo, para ser subme몭do à
apreciação da Câmara Municipal. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 119 Lei Complementar, de inicia몭va do Poder


Execu몭vo, autorizará o Município a Criar o ins몭tuto
próprio de Previdência e Assistência, a fim de garan몭r a
Seguridade de seus servidores, na forma do preceituado
em Legislação superior. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 119‐A Lei Complementar, de inicia몭va do Poder


Execu몭vo, autorizará o Município a Criar o Ins몭tuto de
Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Municipais,
a fim de garan몭r a realização das operações de
assistência à saúde dos servidores a몭vos, ina몭vos,
pensionistas e seus respec몭vos dependentes, em que o
몭tular opte pela adesão ao respec몭vo ins몭tuto, na
forma do preceituado em legislação superior e demais
leis municipais. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 54/2018)

Art. 120 O servidor público terá seu salário reajustado


periodicamente, pelo menos uma vez ao ano, de acordo
com índices oficiais da inflação mais percentual de
ganho real fixado em Lei.

Parágrafo único. Fica assegurado o úl몭mo dia ú몭l de


cada mês para o recebimento dos salários dos
servidores públicos municipais. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 121Adquirirá estabilidade funcional, após três anos


de efe몭vo exercício, o servidor municipal nomeado em
virtude de concurso público, desde que aprovado em
estágio probatório. (Redação acrescida pela Emenda à
Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 122O servidor tem adicional por tempo de serviço


na base de dois por cento da remuneração mensal por
ano de efe몭vo exercício. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 47/2015)

Os servidores públicos municipais terão direito


Art. 123
a licença‐prêmio de três meses, adquirida a cada
período de cinco anos de efe몭vo exercício no serviço
público municipal, sem prejuízo das férias
regulamentares, permi몭da sua conversão em espécie,
por solicitação do servidor, parcial ou totalmente,
RESSALVADO O INTERESSE PÚBLICO. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 124 Nenhum servidor poderá ser diretor ou


integrar conselho de empresa fornecedora ou que
realize qualquer modalidade de contrato com o
Município sob pena de demissão do serviço público.

Art. 125 A lei fixará os vencimentos dos servidores


públicos, sendo vedada a concessão de gra몭ficação,
adicionais ou quais quer vantagens pecuniárias por
decreto ou qualquer ato administra몭vo.

Art. 126 Aplica‐se aos servidores municipais, no que


couber, a Cons몭tuição Estadual.

Art. 127 Fica assegurado, fora do expediente normal,


direito de reunião em locais de trabalho aos servidores
públicos e suas en몭dades.

É obrigatória a fixação de quadro de lotação


Art. 128
numérica de cargos, empregos e funções, em toda
repar몭ção pública, sem o que, não será permi몭da a
nomeação ou contratação do servidor.

Art. 129 O Município deve ins몭tuir um fundo de


assistência ao funcionalismo público municipal,
podendo celebrar convênios.

Art. 130A administração pública direta ou fundacional


obedecerá dos seguintes princípios: (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

I ‐ os cargos, empregos ou funções públicas são


acessíveis aos brasileiros que preencham os critérios
estabelecidos em lei; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)

II ‐ ressalvadas as nomeações para cargo em comissão


declarado em lei, de livre nomeação e exoneração, a
inves몭dura em cargo, função ou emprego público
depende de aprovação prévia em concurso público de
provas e 몭tulos, o qual observará as seguintes
condições:

a) par몭cipação, na organização e nas bancas


examinadoras, de representante do Conselho
regulamentador do exercício profissional, quando for
exigido conhecimento técnico desta profissão;
b) contrato com prazo máximo de 06 (seis) meses,
prorrogável, uma única vez, por igual período; (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)
c) previsão de exames de saúde e de testes de
capacitação 몭sica necessários ao atendimento das
exigências para o desempenho das atribuições do cargo,
emprego ou função; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)
d) estabelecimento de critérios obje몭vos de aferição
de provas e 몭tulos quando possível, bem como para
desempate;
e) correção de provas sem iden몭ficação dos
candidatos;
f) SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)

Parágrafo Único ‐ O não preenchimento das vagas da


zona rural com concursados, fica o Execu몭vo autorizado
a realizar contrato com prazo estabelecido na alínea b,
do inciso IX, do caput que permite a recontratação.
b) com parte da redação modificada, acrescentando‐
lhe parágrafo único pela Emenda Cons몭tucional nº 06,
de 19 de julho de 1994.
g) direito de revisão de provas quanto a erro material,
por meio de recursos em prazo não inferior a cinco dias,
a contar da publicação dos resultados;
h) estabelecimento de critérios obje몭vos para
apuração da idoneidade e da conduta pública de
candidato, assegurada ampla defesa;
i) vinculação da nomeação dos aprovados a ordem
classificatória;
j) vedação de:
‐ fixação de limite máximo de idade;
‐ verificações concernentes à in몭midade e a liberdade
de consciência e de crença, inclusive polí몭ca e
ideológica;
‐ sigilo na prestação de informações sobre a idoneidade
e conduta pública do candidato, tanto no que respeite à
iden몭dade do informante como aos fatos e pessoas que
referir;
‐ prova oral eliminatória;
‐ presença, na banca examinadora, de parentes, até o
terceiro grau, consanguíneo ou afim, de candidatos
inscritos, admi몭dos à arguição de suspeição ou de
impedimentos, nos termos da lei processual civil, sujeita
a decisão a recursos hierárquicos no prazo de cinco dias;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)
‐ presença, nas comissões dos concursos públicos, de
servidores públicos municipais e agentes públicos
ocupantes de cargos e/ou funções de confiança.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Parágrafo Único ‐ A par몭cipação de que trata a letra a


será dispensada se, em dez dias, o Conselho não se fizer
representar, por 몭tular ou suplente, prosseguindo‐se o
concurso.

III ‐ o prazo de validade do concurso público será de


até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;

IV ‐ durante o prazo improrrogável previsto no edital


de convocação, aquele aprovado em concurso público
de provas ou de provas e 몭tulos será convocado com
prioridade sobre novos concursados para assumir cargo
ou emprego na carreira;

V ‐ os cargos em comissão e as funções de confiança


serão exercidos, preferencialmente, por servidores
ocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional,
nos casos e condições previstos em lei;

VI ‐ é garan몭do ao servidor público civil o direito à


livre associação;

VII ‐ o direito de greve será exercido nos termos e nos


limites definidos na Cons몭tuição Federal e em legislação
federal que a discipline; (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 45/2014)

VIII ‐ a lei reservará percentual dos cargos e empregos


públicos para as pessoas portadoras de deficiências e a
segmentos minoritários ou discriminados da sociedade
que venham a ser contempladas em polí몭cas
afirma몭vas, e definirá os critérios de sua admissão;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

IX ‐ a lei estabelecerá os casos de contratação por


tempo determinado, para atender necessidades
temporárias de excepcional interesse público,
obedecidas as seguintes normas:

a) realização de teste sele몭vo ressalvado casos de


calamidade pública ou grave perturbação da ordem
social;
b) contrato improrrogável, com prazo máximo de
doze meses, vedado recontratação; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 55/2019)
c) vedada a contratação de parentes de agentes
polí몭cos ou de ocupantes de cargos de confiança;
d) exarado o prazo previsto na alínea b, a
administração deverá criar legalmente o cargo e ins몭tuir
imediatamente o concurso público para preenchimento
da vaga;
e) os casos de necessidade temporária referidos no
inciso são definidos por calamidades públicas,
inundações e enchentes, epidemias e campanhas de
saúde pública e vacinação em massa;
f) aos contratos de funcionários por tempo
determinado decorrentes de convênios com órgãos da
administração estadual e/ou federal, aplicam‐se as
alíneas b e d ;

X ‐ a revisão geral da remuneração dos servidores


públicos municipais far‐se‐ á sempre no dia 1º de
janeiro de cada ano;
XI ‐ a diferença entre menor salário, incluindo
remuneração e proventos diversos, e o maior é de, no
máximo, oito vezes; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)

XII ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 45/2014)

XIII ‐ é vedada a vinculação ou equiparação de


vencimentos, para o efeito de remuneração de pessoal
do serviço público, ressalvado o disposto no art. 39, § 1º
da Cons몭tuição Federal;

XIV ‐ os acréscimos pecuniários percebidos por


servidor público não serão computados nem
acumulados, para fins de concessão de acréscimos
ulteriores, sob o mesmo 몭tulo ou idên몭co fundamento;

XV ‐ os vencimentos dos servidores públicos são


irredu몭veis e a remuneração observará o que dispõe o
ar몭go 37, XI, XIII, 150, II, 153, III e 153 § 2º, I, da
Cons몭tuição Federal; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)
XVI ‐ é vedada a acumulação remunerada de cargos
públicos, exceto, quando houver compa몭bilidade de
horários:

a) a de dois cargos de professor;


b) a de um cargo de professor com outro técnico ou
cien몭fico;
c) a de dois cargos priva몭vos da saúde; (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

XVII ‐ a proibição de acumular cargos estende‐se a


empregos e funções e abrange autarquias, empresas
públicas, sociedades de economia mista e fundações
man몭das pelo Poder Público; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

XVIII ‐ a todos os atos administra몭vos rela몭vos a


servidores públicos e funcionários da administração
indireta deve ser dada publicidade, na forma da lei, por
todos os meios de veiculação possíveis, incluindo‐se a
internet, em sí몭o eletrônico específico para este fim.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 131 Ao servidor público em exercício de mandato


ele몭vo aplicam‐se as seguintes disposições:

I ‐ tratando‐se de mandato ele몭vo federal, estadual


ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou
função;

II ‐ inves몭do no mandato de Prefeito, será afastado


do cargo, emprego ou função, sendo‐lhe facultado optar
pela sua remuneração;

III ‐ inves몭do no mandato de vereador, havendo


compa몭bilidade de horários, perceberá as vantagens de
seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo ele몭vo, e, não havendo
compa몭bilidade, será aplicada a norma do inciso
anterior;

IV ‐ em qualquer caso que exija o afastamento para


exercício de mandato ele몭vo, seu tempo de serviço será
conta do para todos os efeitos legais, exceto para
promoção por merecimento;

V ‐ para efeito de beneficio previdenciário, no caso de


afastamento, os valores serão determinados como se no
exercício es몭vesse.

Art. 132 O servidor será aposentado:

I ‐ por invalidez permanente, sendo os proventos


integrais quando decorrentes de acidente em serviço,
molés몭a profissional ou doença grave, contagiosa ou
incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos
demais casos;

II ‐ compulsoriamente, aos setenta anos de idade,


com proventos proporcionais ao tempo de serviço,

III ‐ voluntariamente:

a) aos trinta e cinco anos de efe몭vo serviço, se


homem, e aos trinta, se mulher, com proventos
integrais;
b) aos trinta anos de efe몭vo exercício em funções de
magistério, se professor, e vinte cinco, se professora,
com proventos integrais;
c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e
cinco, se mulher, com proventos proporcionais a esse
tempo;
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e
aos sessenta, se mulher, com proventos proporcionais
ao tempo de serviço.

§ 1º Lei complementar poderá estabelecer exceções


ao disposto no inciso III, a e c, no caso de exercício de
a몭vidades consideradas penosas, insalubres ou
perigosas.

§ 2º a Lei disporá sobre a aposentadoria em cargos


ou empregos temporários.

§ 3º O tempo de serviço público federal, estadual ou


municipal será computado integralmente para os efeitos
de aposentadoria e de disponibilidade.

§ 4º Os proventos de aposentadoria serão revis tos,


na mesma proporção e na mesma data, sempre que se
modificar a remuneração dos servidores em a몭vidade,
sendo também estendidos aos ina몭vos quaisquer
bene몭cios ou vantagens posteriormente concedidos aos
servidores em a몭vidade, Inclusive quando decorrentes
de transformação ou reclassificação do cargo ou função
em que se deu a aposentadoria, na forma da lei.
§ 5º O beneficio de pensão por morte corresponderá
á totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor
falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o
disposto no parágrafo anterior.

Art. 133A despesa com pessoal a몭vo e ina몭vo do


Município não poderá exceder o limite estabelecido em
Lei Complementar Federal.

Art. 134 Sob pena de responsabilização, a autoridade


que determinar o desconto em folha de pagamento do
servidor para associação e/ou sindicato, deverá efetuar
o repasse do desconto no prazo máximo de um dia ú몭l,
juntamente com a par cela de responsabilidade do
órgão.

CAPÍTULO III
DOS ATOS E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

Seção I
Da Publicação

Art. 135 A publicação das leis e atos municipais, serão


feitas pela Imprensa Oficial. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 26/2007)

§ 1º A publicação pela Imprensa Oficial, dos atos não


norma몭vos, poderá ser resumida. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 26/2007)

§ 2º Os atos efe몭vos externos só terão validade após


sua publicação.

§ 3º SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 19/2007)

a) SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 19/2007)
b) SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei
Orgânica nº 19/2007)
c) SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei
Orgânica nº 19/2007)
d) SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei
Orgânica nº 19/2007)

Art. 136 É obrigatória a publicação pela Imprensa


Oficial: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
24/2007)

a) os Editais de Tomada de Preços e concorrência


pública;
b) comunicação da data em que as contas do
município estarão a disposição da população;
c) comunicação das datas hábeis para pagamento dos
diversos impostos e taxas municipais;
d) comunicação sobre majoração dos preços dos
serviços públicos e do transporte cole몭vo.

Art. 137 A publicidade de atos, programas, obras,


serviços e campanha da administração direta deverá ter
caráter educa몭vo, informa몭vo ou orientação social, dela
não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos.

§ 1º A publicidade a que se refere este ar몭go


somente poderá ser realizada após aprovação pela
Câmara Municipal de plano anual de publicidade, que
conterá previsão dos seus custos e obje몭vos, na forma
da lei;
§ 2º A veiculação da publicidade a que se refere este
ar몭go é restrita ao território do Município, exceto
aquelas inseridas em órgãos de comunicação impressos
de circulação nacional.

§ 3º Fica o Município autorizado a veicular


propagandas a nível estadual e Nacional, quando esta se
referir á divulgação de eventos turís몭cos, tradicionais,
industriais, comerciais e econômicos que importem no
desenvolvimento municipal.

§ 4º O Poder Execu몭vo publicará e enviará ao Poder


Legisla몭vo, no máximo trinta dias após o encerramento
de cada trimestre, relatório completo sobre os gastos
publicitários da administração direta, fundações e
órgãos controlados pelo Poder Público, na fonte da lei.

§ 5º As empresas estatais que sofrem concorrência


de mercado deverão restringir sua publicidade ao seu
obje몭vo social, não estando sujeitas ao que é
determinado nos parágrafos 2º e 3º deste ar몭go.

§ 6º Verificada a violação ao disposto neste ar몭go,


caberá à Câmara Municipal, por maioria absoluta,
determinar a suspensão imediata da propaganda e
publicidade.

§ 7º O não cumprimento do disposto neste ar몭go


implicará em crime de responsabilidade, sem prejuízo
da sus pensão e da instauração imediata de
procedimento administra몭vo para sua apuração.

Seção II
Do Registro

Art. 138 O Município terá os livros que forem


necessários aos serviços e, obrigatoriamente, os de:

I ‐ termo de compromisso e posse;

II ‐ declaração de bens;

III ‐ atas das sessões da Câmara;

IV ‐ registro de leis, decretos, resoluções, regula


mentos, instruções e portarias;
V ‐ cópia de correspondências oficiais;

VI ‐ protocolo Índice de papéis e livros arquivados;

VII ‐ licitações e contratos para obras e serviços;

VII ‐ contabilidade e finanças;

IX ‐ contrato de serviços;

X ‐ contratos em geral;

XI ‐ concessões de permissões de bens imóveis e


serviços;

XII ‐ tombamento de bens imóveis;

XIII ‐ registros de loteamentos aprovados;

§ 1º Os livros serão abertos, rubricados e encerra dos


pelo Prefeito ou pelo Presidente da Câmara, conforme o
caso, ou por funcionário designado para tal fim.

§ 2º Os livros referidos neste ar몭go poderão ser


subs몭tuídos por fichas ou outro sistema
convenientemente auten몭cado.

Seção III
Da Forma

A formalização de atos administra몭vos de


Art. 139
competência do Prefeito far‐se‐á:

I ‐ mediante decreto, numerado em ordem


cronológica, nos seguintes casos:

a) regulamento de lei;
b) ins몭tuição, modificação ou ex몭nção de atribuições
não priva몭vas da lei.
c) abertura de créditos especiais, suplementares
extraordinários, autorizados em lei;
d) declaração de u몭lidade ou necessidade pública ou
de interesse social, para efeito de desapropriação ou de
servidão administra몭va;
e) aprovação de regulamentos ou regimentos de
órgãos da administração direta;
f) permissão de uso de bens e exploração de serviços
municipais;
g) medidas executórias do Plano Diretor;
h) criação, ex몭nção, declaração ou modificação de
direitos dos municipes, não priva몭vos de leis;
i) normas de efeitos externos não priva몭vas de leis;
j) fixação de alteração de preços dos serviços
prestados pelo Município e aprovação dos preços dos
serviços concedidos ou autorizados;
l) criação ou ex몭nção de gra몭ficações, quando
autorizadas em lei;
m) criação, alteração e ex몭nção de órgãos da
Prefeitura, quando autorizada em lei;
n) definição da competência dos órgãos e das
atribuições dos servidores da Prefeitura, não priva몭vas
de lei;
o) aprovação de estatutos dos órgãos da
administração indireta;
p) aprovação dos planos de trabalho dos Órgãos da
Administração direta;

II ‐ portaria numerada em ordem cronológica, nos


seguintes casos;
a) provimento e vacância dos cargos públicos e de
mais atos de efeitos individuais rela몭vos aos servidores
municipais;
b) lotação e relotação nos quadros de pessoal;
c) autorização para contratação e dispensa de
servidores sob o regime de legislação trabalhista;
d) criação de comissões e designação de seus
membros;
e) ins몭tuição e dissolução de grupos de trabalho;
f) autorização para contratação de servidores por
tempo determinado e dispensa;
g) abertura de sindicância e processos
administra몭vos, e aplicação de penalidades;
h) outros atos que, por sua natureza ou finalidade,
não sejam objeto de lei ou decreto.

Parágrafo Único ‐ Os atos constantes do inciso II deste


ar몭go poderão ser delegados.

Seção IV
Das Cer몭dões

Art. 140 A Prefeitura e a Câmara são obrigadas, no


prazo de quinze dias úteis, a fornecer, a qualquer
interessado, cer몭dões de atos, contratos e decisões
bem como atender as requisições judiciais, sob pena de
responsabilidade da autoridade ou servidor que negar
ou retardar a prá몭ca do ato.

Parágrafo Único ‐ A cer몭dão, rela몭va ao exercício do


cargo de Prefeito, será fornecida pelo órgão incumbido
do serviço de pessoal da Prefeitura, gratuitamente,
mediante o몭cio.

Seção V
Das Licitações

Art. 141Para a contratação de obras, serviços, compras,


alienação e concessão do direito de exploração dos
serviços públicos, a administração observará o que
prevê a Legislação Federal, além do que prevê esta Lei
Orgânica. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
45/2014)

CAPITULO IV
DOS BENS E DO PATRIMONIO DO MUNICIPIO

Art. 142 Cons몭tui patrimônio municipal todas as coisas


móveis e imóveis, direitos e ações que, a qualquer
몭tulo, pertençam ao Município. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 143Pertencem ao patrimônio municipal as terras


devolutas que se localizam dentro do perímetro urbano.

Art. 144Cabe ao Prefeito a administração dos bens


municipais, respeitada a competência da Câmara
quanto aos u몭lizados em seus serviços.

Os bens municipais deverão ser cadastrados na


Art. 145
forma estabelecida em decreto regulamentar. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 146 A alienação de bens municipais, subordinada a


existência de interesse público devidamente jus몭ficado,
será sempre precedida de avaliação e aprovação pelo
Legisla몭vo.

§ 1º O Município, preferentemente a venda ou


doação de seus bens imóveis, outorgará concessão de
direito real de uso mediante prévia autorização
legisla몭va e concorrência.
§ 2º A concorrência poderá ser dispensada por lei,
quando o uso se des몭nar a en몭dades assistenciais, ou
quando houver relevante interesse público,
devidamente jus몭ficado.

§ 3º A venda aos proprietários de imóveis lindeiros de


áreas urbanas remanescentes e inaproveitáveis para
edificação de obra pública, dependerá de lei e as áreas
resultantes de modificação de alinhamento serão
alienadas nas mesmas condições, quer sejam
aproveitável ou não.

Art. 147A aquisição de bens por compra ou permuta ou


do ação com encargos, dependerá de prévia avaliação,
autorização legisla몭va e concorrência pública.

Art. 148 O uso de bens municipais por terceiros poderá


ser feito mediante concessão, permissão ou autorização
de forma gratuita ou onerosa. (Redação dada pela Lei nº
3409/2000)

§ 1º A concessão administra몭va dos bens públicos de


uso especial e dominais, dependerá de lei e
concorrência e far‐se‐á mediante contrato sob pena de
nulidade do ato.

§ 2º A concorrência poderá ser dispensada mediante


lei, quando o uso se des몭nar a en몭dades assistenciais,
sindicais, coopera몭vistas e comunitárias, ou quando
houver interesse público relevante, devidamente
jus몭ficado.

§ 3º A permissão poderá incidir sobre qualquer bem


público, e será feito por Decreto, para a몭vidades ou
usos específicos tais como: distribuição de energia,
iluminação pública, águas pluviais e saneamento,
transmissão de energia, gás canalizados, dutovias,
(petróleo, derivados/produtos químicos,
telecomunicações, etc). (Redação dada pela Lei nº
3409/2000)

§ 4º A doação somente é permi몭da a en몭dades e


devidamente autorizada por lei municipal específica.

§ 5º São nulos e, portanto sem nenhum efeito


jurídico, os atos que, nos seis meses que antecederem
ao término do mandato do Prefeito, importarem em
alienação, a qualquer 몭tulo, de bens do patrimônio
municipal, ressalvando a possibilidade que excepciona a
regra no caso de saúde, educação, assistência social,
habitação para baixa renda, calamidades e segurança
pública, bem como aquela que proporcionar à atração
de a몭vidades empresariais para o município. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 44/2012)

As Cartas de Aforamento serão doadas a par몭r


Art. 149
de critérios que serão regulamentados por lei
complementar.

CAPÍTULO V
DAS OBRAS E SERVIÇOS PUBLICOS

Art. 150 E de responsabilidade do Município, mediante


licitação e de conformidade com os interesse e as
necessidades da população, prestar serviços públicos,
diretamente ou sob regi me de concessão ou permissão,
bem como realizar obras públicas, podendo contratá‐las
com par몭culares através de pro cesso licitatório.

Art. 151Nenhuma obra pública, salvo os casos de


extrema urgência devidamente jus몭ficados e definidos
em lei complementar será realizada sem que conste.
(Expressão "complementar" declarada incons몭tucional
pelo Tribunal de Jus몭ça do Estado do Mato Grosso,
conforme ADI nº 1001105‐80.2021.8.11.000)

I ‐ o respec몭vo projeto;

II ‐ o orçamento do seu custo,

III ‐ a indicação dos recursos financeiros para o


atendimento das respec몭vas despesas,

IV ‐ a viabilidade do empreendimento, sua


conveniência e oportunidade para interesse público;

V ‐ prazos para o seu início e término

VI ‐ prévia discussão e aprovação pela comunidade


diretamente envolvida e interessada;

VII ‐ autorização pela Câmara Municipal.

Art. 152 A concessão ou a permissão de serviços


públicos somente será efe몭vada com a autorização da
Câmara Municipal e mediante contrato, precedido de
licitação, quando restar demonstrado, por estudo de
natureza técnica e econômica, a impossibilidade ou
inviabilidade de outra forma de realização deste.

§ 1º Serão nulas de pleno direito as concessões e as


permissões, bem como qualquer autorização para a
exploração de serviços público, feitos em desacordo
com o estabelecido neste ar몭go.

§ 2º serviços concedidos ou permi몭dos ficarão


sempre sujeitos à regulamentação e à fiscalização da
administração municipal, cabendo ao Prefeito Municipal
aprovar as tarifas respec몭vas.

Art. 153 As en몭dades prestadoras de serviços públicos


são obrigadas, pelo menos uma vez por ano, a dar
ampla divulgação de suas a몭vidades, informando, em
especial, sobre planos de expansão e realização de
programas de trabalho, durante vigência contratual.

Art. 154 Nos contratos de concessão ou permissão de


serviços públicos serão estabelecidos, entre outros:

I ‐ os direitos dos usuários, inclusive as hipóteses de


gratuidade;

II ‐ as regras para a remuneração do capital e para


garan몭r o equilíbrio econômico e financeiro do
contrato;

III ‐ as normas que possam comprovar eficiência no


atendimento do interesse público, bem como permi몭r a
fiscalização pelo Município, de modo a manter o serviço
con몭nuo, adequado a acessível;

IV ‐ as regras para orientar a revisão periódica das


bases de cálculo dos custos operacionais e da
remuneração do capital, ainda que es몭pulada em
contrato anterior;

V ‐ a remuneração dos serviços prestados aos


usuários diretos, assim como a possibilidade de
cobertura dos custos por cobrança a outros agentes
beneficiados pela existência dos serviços;

VI ‐ as condições de prorrogação, caducidade,


rescisão e reversão da concessão ou permissão.
Parágrafo Único ‐ Na concessão ou na permissão de
serviços públicos, o Município reprimirá qualquer forma
de abuso do poder econômico, principalmente as que
visem à dominação o mercado, à exploração
monopolís몭ca e ao aumento abusivo de lucros.

Art. 155 O Município revogará a concessão ou a


permissão dos serviços que forem executados em
desconformidade com o contrato ou ato per몭nente,
bem como daqueles que se revelarem
manifestadamente insa몭sfatórios para o atendimento
dos usuários.

Parágrafo Único ‐ Na reincidência do não cumpri


mento dos encargos das Leis Trabalhistas implicará nas
sanções previstas no ar몭go 155 desta lei.

Art. 156 As tarifas dos serviços públicos prestados


diretamente pelo Município ou por órgãos de sua
Administração descentralizada serão fixadas pelo
Prefeito Municipal, cabendo à Câmara Municipal definir
os serviços que serão remunerados pelo custo, acima do
custo e abaixo do custo, tendo em vista seu interesse
econômico e social.
Parágrafo Único ‐ na formação do custo de serviço de
natureza Industrial computar‐se‐ão, além das despesas
operacionais e administra몭vas, as reservas para
depreciação e reposição dos equipamentos e
instalações, bem como previ são para expansão dos
serviços.

Art. 157 O Município poderá consorciar‐se com outros


municípios para realização de obras ou prestação de
serviços públicos de interesse comum.

§ 1º O consórcio será administrado por um Conselho


de Prefeitos;

§ 2º O Conselho Fiscal de cada município par몭cipante


será composto por um vereador, eleito em plenário por
maioria absoluta de votos e por um representante da
sociedade civil organizada, que deverá ser referendado
por, pelo me nos, cinco en몭dades de maior
representa몭vidade.

§ 3º Os consórcios só poderão ser celebrados se


houver a par몭cipação financeira de todos os municípios
envolvidos.
§ 4º Cada 몭po de consórcio terá estatuto próprio e
deverá ser aprovado pela Câmara Municipal.

§ 5º A cons몭tuição de consórcio com outros


municípios dependerá de autorização legisla몭va prévia.

§ 6º Os consórcios manterão um Conselho consul몭vo


do qual par몭ciparão os municípios integrantes, acresci
dos de uma autoridade execu몭va e de um conselho
municipal fiscal, composto por munícipes não‐
pertencentes ao serviço público.

Art. 158 Ao Município é facultado conveniar com a


União ou com o estado a prestação de serviços públicos
de sua competência priva몭va, quando lhe faltarem
recursos técnicos ou financeiros para a execução de
serviço em padrões adequados, ou quando houver
interesse mútuo para a celebração do convênio.

Parágrafo Único ‐ Na celebração de convênios de que


trata este ar몭go deverá o Município:

I ‐ propor os planos de expansão dos serviços


públicos: II ‐ propor critérios para fixação de tarifas;
III ‐ realizar avaliação periódica da prestação dos
serviços.

Art. 159 A criação pelo Município de en몭dade de


Administração indireta para execução de obras ou
prestação de serviços públicos só será permi몭da caso a
en몭dade possas assegurar sua auto‐sustentação
financeira.

Art. 160 Não serão subsidiados pelo Poder Público os


serviços prestados por par몭culares, salvo quando exis몭r
relevante interesse público e alcance social, autorizado
pela Câmara Municipal. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 161 Da direção das en몭dades da Administração


indireta e seus respec몭vos conselhos ou órgãos
norma몭vos a par몭cipação dos representantes dos
servidores será em conformidade com o ar몭go 134 da
Cons몭tuição Estadual.

CAPÍTULO VI
DA SEGURANÇA
Seção I
Da Guarda Municipal

Art. 162 O Município poderá, mediante aprovação da


Câmara Municipal, firmar convênios ou acordos com
órgãos de segurança pública, inclusive de outras esferas
de governo, com o propósito de prestar apoio, inclusive
financeiro, aos mesmos na execução de suas
atribuições. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 45/2014)

Art. 163Mediante convênio, celebrado com o Estado ou


União, o Município poderá estabelecer polí몭cas
estratégicas e de apoio, visando um melhor
desempenho da proteção dos bens, serviços e
instalações municipais, bem como a segurança da
população. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 45/2014)

Art. 164 SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 45/2014)

Art. 165 O Execu몭vo, nos termos da legislação Estadual


e Federal per몭nente, poderá criar um Corpo de
Bombeiros Voluntários.

CAPÍTULO VII
DA DEFESA DO CONSUMIDOR E DO ABASTECIMENTO

Art. 166 O Município deverá contar com um Sistema de


Defesa Municipal ao Consumidor, com obje몭vo de,
dentro da lei, defender o cidadão lesado em seus
direitos de comprador, contribuinte do município,
u몭lizador de serviços públicos ou privados.

Art. 167São órgãos que compõem o Sistema de Defesa


Municipal do Consumidor:

I ‐ O Conselho Municipal de Defesa do Consumidor


(CONDECON);

II ‐ O Fundo Municipal de Defesa do Consumidor;

III ‐ A Coordenadoria Municipal de Defesa do


Consumidor (PROCON);

Parágrafo único. Lei Complementar disporá sobre a


composição, funcionamento e manutenção dos órgãos
referidos no caput deste disposi몭vo. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014) (Expressão
"complementar" declarada incons몭tucional pelo
Tribunal de Jus몭ça do Estado do Mato Grosso, conforme
ADI nº 1001105‐80.2021.8.11.000)

Art. 168 SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 45/2014)

Art. 169 SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 45/2014)

Art. 170 SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 45/2014)

Art. 171O Conselho de Defesa do Consumidor terá


estatuto e Regimento Interno próprio, que definirá
também a atuação da Comissão de Defesa Execu몭va do
Consumidor e Acesso na Jurídica, resguardando o que
determina a Lei Municipal.

Os membros componentes do Conselho e da


Art. 172
Comissão Execu몭va atuarão sem remuneração e seus
serviços serão considerados de relevância para o
município.

O custo de operação do Conselho de Defesa do


Art. 173
Consumidor correrá por conta da municipalidade.

Art. 174 SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 45/2014)

O Município criará mecanismos para garan몭r o


Art. 175
abastecimento de alimentos:

I ‐ apoiando a produção nas propriedades da


agricultura familiar;

II ‐ promovendo ações específicas, visando a


orientação ao consumidor e a educação alimentar;

III ‐ es몭mulando o plan몭o de produtos básicos ou


hor몭fru몭granjeiros;

IV ‐ criando, através de lei, fundos específicos para o


desenvolvimento da produção e distribuição de
alimentos à população;
V ‐ promovendo o associa몭vismo e coopera몭vismo
entre os produtores da agricultura familiar; (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

CAPÍTULO VIII
DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL

Seção
Da Polí몭ca Urbana

A polí몭ca urbana a ser formulada e executada


Art. 176
pelo Poder Público com a par몭cipação popular, terá
como obje몭vo, o pleno desempenho das funções sociais
da cidade, a garan몭a do bem‐estar da população e a
melhoria da prestação dos serviços públicos municipais.

Art. 177 A execução da polí몭ca urbana está


condicionada às funções sociais da cidade
compreendidas como direito de acesso de todo cidadão
a moradia, transporte público, saneamento, energia
elétrica, gás, abastecimento, iluminação pública,
comunicação, educação, saúde, lazer, segurança e
trabalho as sim como a preservação do patrimônio
ambiental e cultural.

§ 1º O exercício do direito de propriedade atenderá a


sua função social, quando condicionado a função social
da cidade e às exigências do Plano Diretor e à u몭lização
respeitada a legislação urbanís몭ca estabelecida.

§ 2º Para os fins previstos nestes ar몭gos, o Poder


Público Municipal, exigirá do proprietário, adoção de
medidas que visem direcionar a propriedade para o uso
produ몭vo e as segurar:

a) acesso à propriedade e à moradia para todos;


b) justa distribuição dos bene몭cios e ônus
decorrentes do processo de urbanização;
c) prevenção de distorções da valorização da
propriedade;
d) regularização fundiária e urbanização especifica
para áreas ocupadas por população de baixa renda;
e) adequação, do direito de construir, às normas
urbanís몭cas;
f) meio ambiente ecologicamente equilibrado, como
um bem de uso comum do povo essencial à sadia
qualidade de vida, preservando e restaurando os
processos ecológicos essenciais e prevendo manejo
ecológico das espécies e ecossistemas, controlando a
produção, a comercialização e o emprego de técnicas,
métodos e substâncias que comportam risco para a vida
e o meio ambiente.

Art. 178Para assegurar as funções sociais da cidade e


de propriedade, o poder público usará principalmente
os seguintes instrumentos:

I ‐ imposto progressivo sobre imóvel;

II ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 36/2007)

III ‐ discriminação de terras públicas, des몭nadas


prioritariamente a assentamentos da população de
baixa renda;

IV ‐ inventários, registros, vigilância e tombamento de


imóveis;

V ‐ contribuição de melhorias;
VI ‐ tributação dos vazios urbanos;

VII ‐ parcelamento ou edificação compulsórios;

VIII ‐ declaração de área de preservação ou proteção


ambiental;

IX ‐ cessão ou concessão de uso.

Parágrafo Único ‐ Parágrafo único. O imposto


progressivo, a contribuição de melhoria e a edificação
compulsória obedecerão à legislação especifica.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 36/2007)

Art. 179O direito de propriedade territorial urbana não


pres supõe direito de construir, cujo exercício deverá ser
autorizado pelo Poder Público, segundo critérios que
forem estabelecidos em Lei Municipal.

Art. 180 O município adquirirá área des몭nada a


parcelamento em lotes urbanizados para assentamento
de pessoas comprovadamente carentes e que não
tenham outro imóvel urbano ou rural e que ainda não
tenham sido beneficiados anteriormente.
Parágrafo Único ‐ As áreas públicas excedentes a
quinze por cento de cada parcelamento não‐u몭lizadas
ou sub ‐ u몭lizadas serão prioritariamente des몭nadas a
assentamentos da população de baixa renda.

Art. 181 O estabelecimento de diretrizes e normas


rela몭vas ao desenvolvimento urbano deverá assegurar:

I ‐ a urbanização, regulamentação fundiária e a


몭tulação de áreas onde esteja situada a população
favelada e de baixa renda, salvo em área e risco.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 35/2007)

II ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 35/2007)

II ‐ a preservação, a proteção e a recuperação do


meio ambiente natural e cultural;

IV ‐ a criação de áreas de especial interesse


urbanls몭co, social, cultura, ambiental, turís몭co e de
u몭lização pública;

V ‐ a par몭cipação das en몭dades comunitárias no


estudo, no encaminhamento e na solução dos
problemas, projetos, planos e programas;

VI ‐ às pessoas portadoras de deficiências, o livre


acesso a edi몭cios públicos e par몭culares de frequência
pública, aos logradouros públicos e ao transporte
cole몭vo urbano gratuito;

VII ‐ a regulamentação de loteamentos clandes몭nos,


abandonados ou não‐ 몭tulados.

Parágrafo Único ‐ Essas diretrizes deverão ter


aprovação legisla몭va.

Art. 182Incumbe à administração municipal, promover


e executar programas de construção de moradias
populares e garan몭r, em nível compa몭vel com a
dignidade da pessoa humana, condições habitacionais
básicas e acesso ao transporte, apoiar a criação de
coopera몭vas e outras formas de organização com os
mesmos obje몭vos.

Parágrafo Único ‐ É de responsabilidade do Município


a fiscalização das obras executadas por esses programas
habitacionais.

Art. 183 O Município manterá serviço de natureza


técnica, des몭nada a orientar as populações de baixa
renda sobre construção de moradia e u몭lização de obras
comunitárias.

Art. 184Incumbe ao Município o projeto de execução


de plano básico do sistema viário que possibilite
iden몭ficar os corredores de maior concentração de fluxo
de veículos com sinalização gráfica e semafórica a qual
nunca poderá ser objeto de concessão e permissão

Art. 185 O Poder Público deverá manter atualizados:

I ‐ levantamentos de dados esta몭s몭cos das a몭vidades


de produção de bens dos setores primário, secundário e
terciário produzidas principalmente no município;

II ‐ levantamentos cadastrais dos imóveis públicos e


privados bem como o seu mapeamento urbano.

Art. 186 O Município usará meios para que:


I ‐ seja des몭nada zona de uso a pequenas indústrias
não poluentes e a prestação de serviço com poluição
sonora:

II ‐ sejam des몭nadas para área de reserva ambiental,


principalmente no fundo de vale e áreas alagadiças, o
mínimo de vinte e cinco metros quadrados por unidade
몭sica independente de lotes resultantes dos
parcelamentos urbanos.

§ 1º O Execu몭vo será responsabilizado pela omis são,


má conservação e má des몭nação de área de uso
público.

§ 2º As faixas de proteção de fundo de vale terão


largura tecnicamente aceitável de conformidade com
levanta mento do nível das máximas enchentes, as quais
serão delimitadas por vias marginais com largura nunca
inferior a trinta metros.

Seção II
Do Plano Diretor
Art. 187 O Município elaborará quinquenalmente o seu
Plano Diretor, através de inicia몭va do Prefeito, nos
limites da competência municipal, das funções da vida
cole몭va, abrangendo habitação, trabalho, circulação e
recreação e considerando em conjunto os aspectos
몭sicos econômicos, sociais e administra몭vos, nos
seguintes termos:

O Município procederá à revisão da Lei do seu


Art. 187.
Plano Diretor, através de inicia몭va do Prefeito, no
mínimo a cada 10 anos, nos limites da competência
municipal, das funções da vida cole몭va, abrangendo
habitação, trabalho, circulação e recreação e
considerando em conjunto os aspectos 몭sicos
econômicos, sociais e administra몭vos, nos seguintes
termos: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
63/2023)

I ‐ no tocante ao aspecto 몭sico‐territorial, o plano


deverá conter disposições sobre o sistema viário urbano
e rural, o zoneamento urbano, o loteamento urbano ou
para fins urbanos, a edificação e os serviços públicos
locais;
II ‐ no que se refere o aspecto econômico, o plano
deverá inscrever disposições sobre o desenvolvimento
econômico e integração da economia municipal à
regional;

III ‐ no referente ao aspecto social, deverá no plano


conter normas de promoção social da comunidade e
criação de condições de bem‐estar da população;

IV ‐ no que diz respeito ao aspecto administra몭vo,


deverá o plano consignar normas de organização
ins몭tucional, que possibilitem a permanente
planificação das a몭vidades públicas municipais e sua
integração nos planos estadual e nacional.

Parágrafo Único ‐ As normas municipais de edificação,


zoneamento e loteamento ou para fins urbanos,
atenderão às peculiaridades locais e à legislação Federal
e Estadual per몭nente. (Suprimido pela Emenda à Lei
Orgânica nº 63/2023)

§ 1º As normas municipais de edificação, zoneamento


e loteamento ou para fins urbanos, atenderão às
peculiaridades locais e à legislação Federal e Estadual
per몭nente. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 63/2023)

§ 2º O não cumprimento do previsto no caput do


Ar몭go 187, sem afastar as responsabilidades e sanções
previstas em lei, faculta ao Poder Legisla몭vo Municipal,
quando assim decidir por mais de 2/3 (dois terços) de
seus membros, a inicia몭va de procedera revisão nos
termos do referido ar몭go. (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 63/2023)

O Plano Diretor do Município, que deverá ser


Art. 188
elaborado com a par몭cipação das en몭dades
comunitárias, disporá sobre:

I ‐ o macrozoneamento, o parcelamento do solo


urbano, seu uso e ocupação, as construções, as
edificações, a proteção ao meio ambiente, o
licenciamento e a fiscalização bem como os parâmetros
urbanís몭cos básicos;

II ‐ a criação de áreas de especial interesse


urbanís몭co, ambiental, turís몭co e de u몭lização pública;
III ‐ a restrição quanto a ocupação das margens dos
rios, córregos e sua u몭lização visando segurança contra
enchentes e proteção ecológica‐ambiental.

A elaboração do Plano Diretor deverá respeitar


Art. 189
as normas da ABNT e es몭mular o adensamento urbano.

§ 1º Será criado um Conselho Municipal de


Planejamento, formado por representantes das dis몭ntas
en몭dades da sociedade civil, que terá par몭cipação na
elaboração e execução do Plano Diretor do Município.

§ 2º Caberá ao Poder Legisla몭vo discu몭r o Plano


Diretor com o Conselho Municipal de Planejamento
antes da aprovação defini몭va.

Seção II
Da Poli몭ca Agricola e Fundiaria

Art. 190 Compete ao Município es몭mular a produção


agropecuária no âmbito de seu território, em
conformidade com o disposto no inciso VIII, do ad. 7º da
Cons몭tuição Federal, dando prioridade à pequena
propriedade rural, através de planos de apoio ao
pequeno produtor, que lhe garantam assistência técnica
e jurídica, escoamento da produção através da abertura
e conservação de estradas municipais.

Art. 191A polí몭ca agrícola e fundiária, visando a fixação


do homem ao campo, o incremento da produção e
produ몭vidade e a melhoria das condições sócio‐
culturais do rurícola, terá sua coordenação unificada,
com prioridade aos pequenos e médios produtores.

Art. 192Para planejar a execução da polí몭ca agrícola e


fundiária, será criado o Conselho de Desenvolvimento
Agrícola do Município, de caráter norma몭vo‐
delibera몭vo, composto por representantes do Poder
Público, pequenos e médios produtores rurais,
en몭dades afins e do sistema coopera몭vista, o qual será
regulamento em lei.

Art. 193 O Plano da polí몭ca agrícola é fundiária tem


caráter de impera몭va para o setor público municipal e é
obrigatório por força de contratos e programas para
outras a몭vidades privadas de interesse público.
Art. 194O Município, mediante prévia autorização da
Câmara Municipal, fica autorizado a instalar e organizar
unidades de assentamento ou colonização.

Art. 195O Poder Público Municipal só beneficiará uma


única vez o munícipe em projetos de assentamento e
colonização.

Art. 196Todo o montante do ITR recebido deverá ser


aplica do exclusivamente na polí몭ca agrícola do
Município.

Art. 197 É obrigatória a par몭cipação coopera몭va em


todo projeto de colonização municipal.

Art. 198 Havendo interesse social, o Município poderá


pro mover desapropriações para o fim de fomentar a
produção agropecuária, de organizar o abastecimento
alimentar ou para assegurar a justa par몭lha social da
propriedade e dos meios de produção ao maior número
de famílias rurais.

Art. 199 O Município poderá des몭nar suas terras


devolutas para fins de atendimento da polí몭ca agrícola
da União e com o Plano Nacional de Reforma Agrária.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 200A des몭nação dos imóveis será feita através do


ins몭tuto da Concessão de Direito Real de Uso,
inegociáveis os 몭tulos pelo prazo de dez anos. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

Art. 201 O Município adquirirá terras na zona rural e


suburbana, des몭nada ao assentamento de famílias, com
vínculo agrícola ou hor몭culturas.

§ 1º A compra deve ser feita diretamente e aprova da


pelo Legisla몭vo.

§ 2º O Município garan몭rá recursos necessários para


o cumprimento do proposto neste ar몭go.

§ 3º O preço será estabelecido pelas partes


envolvidas, Execu몭vo, Legisla몭vo, técnicos e
des몭natários.

§ 4º Os parceleiros a serem beneficiados pelo


projeto, que será uma concessão, serão apresentados
pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

§ 5º Os bens adquiridos incorporam‐se


automa몭camente ao patrimônio do Município.

§ 6º A concessão será regulamentada por Lei


Complementar. (Expressão "complementar" declarada
incons몭tucional pelo Tribunal de Jus몭ça do Estado do
Mato Grosso, conforme ADI nº 1001105‐
80.2021.8.11.000)

Art. 202 Cabe ao Poder Execu몭vo, manter através da


Secretaria específica, um conjunto de máquinas
agrícolas, sementes, mudas, defensivos, para incen몭vo
ao desenvolvimento da produção nas pequenas
propriedades, bem como consorciar se com outros
municípios para a criação e manutenção de estradas
vicinais.

Art. 203 É dever do Município intervir diretamente, nos


limites de sua competência, no regime de u몭lização de
terra, seja para estabelecer a racionalização econômica
da malha fundiária, prevenir ou corrigir o uso an몭‐social
da propriedade, ou para realizar maior jus몭ça social, na
distribuição da propriedade rural de seu território,
respeitados os princípios da Cons몭tuição Estadual e
Federal.

Art. 204 Nos limites de sua competência, o Município


colaborará na execução do Plano Nacional de Reforma
Agrária, com os meios, instrumentos e recursos ao seu
alcance, inclusive planos, projetos, pesquisas e
assistência técnica, nos quais se reflitam as
caracterís몭cas regionais do problema agrário.

Art. 205Na formação da polí몭ca agrícola serão levados


em conta especialmente:

I ‐ os instrumentos credi몭cios e fiscais;

II ‐ a polí몭ca de preços e custos de produção, a


comercialização, armazenagem e estoques regulares;

III ‐ o incen몭vo à pesquisa e à tecnologia;

IV ‐ assistência técnica e extensão rural;

V ‐ o coopera몭vismo, sindicalismo e associa몭vismo;


VI ‐ a habitação, a educação e saúde para o
trabalhador rural;

VII ‐ a proteção e a exploração dos recursos naturais;

VIII ‐ a proteção do meio ambiente;

IX ‐ a formação profissional e a educação rural;

X ‐ o desenvolvimento da propriedade em todas as


suas potencialidades, a par몭r do zoneamento agro‐
ecológico;

XI ‐ o incen몭vo à produção de alimentos de consumo


interno;

XII ‐ a diversificação e rotação de culturas;

XIII ‐ áreas que cumpram a função social da


propriedade.

Art. 206 No âmbito de sua competência, o Município


através de órgão competente, controlará e fiscalizará a
produção, comercialização, uso, transporte e a
propaganda de agrotóxico e biocidas em geral, visando a
preservação do meio ambiente, a saúde dos
trabalhadores rurais e consumidores.

Art. 207O Legisla몭vo Municipal promoverá a avaliação


periódica dos resultados e abrangência social de apoio à
produção agropecuária e de reforma agrária favorecidos
com recursos públicos.

Art. 208 O Município de Rondonópolis, em consonância


com o Estado e a União, definirá nos termos da lei,
polí몭ca para o setor florestal, priorizando a u몭lização de
seus recursos e observando as normas de preservação e
conservação dos mesmos.

Art. 209 O percentual orçamentário des몭nado a


a몭vidade agrícola no Município, será sempre igual ou
superior ao orçamento antecedente.

Parágrafo Único ‐ É vedada a inclusão dos valores


recebidos pelo município a 몭tulo de ITR nos percentuais
orçamentários anteriores.

Seção IV
Da Saude

Art. 210 A saúde é direito de todos os municípios e


dever do Poder Público assegurada mediante polí몭cas
sociais e econômicas que visem a eliminação de riscos
de doenças e de outros agravos a ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção,
proteção e recuperação.

§ 1º O dever do Poder Público não exclui o das


pessoas, da família, das empresas e da sociedade.

§ 2º Entende‐se como saúde a resultante das


condições de alimentação, habitação, educação, renda,
meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer,
liberdade, acesso e posse da terra e aos meios de
produção e acesso às ações e serviços de saúde.

Art. 211A gratuidade das ações e serviços de saúde fica


preservada nos serviços públicos e privados contratados
ou conveniados, ressalvando‐se as cláusulas dos
contratos ou convênios estabelecidos com en몭dades
privadas.
Art. 212As ações e serviços de saúde são de natureza
pública, devendo sua execução ser feita
preferencialmente através de serviços oficiais e
suple몭vamente através de serviços de terceiros.

§ 1º Todas as ins몭tuições privadas de saúde ficarão


sob o controle de atendimento conforme os códigos
sanitários nacional, estadual e municipal de saúde, as
normas do Sistema Único de Saúde e os princípios desta
Cons몭tuição.

§ 2º É vedada a nomeação ou designação, para o


cargo ou função de chefia ou assessoramento da área
de saúde, em qualquer nível, de pessoas que par몭cipem
de direção, gerência ou administração de en몭dades que
mantenham contratos ou convênios com o Sistema
Único de Saúde, a nível municipal, ou seja, por ele
credenciadas. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 39/2009)

Art. 213 As ações e serviços de saúde integram uma


rede regionalizada, hierarquizada, descentralizada, com
par몭cipação popular, visando o atendimento integral
das pessoas, priorizando as a몭vidades preven몭vas, sem
prejuízo dos serviços assistenciais e cons몭tuem o
Sistema Municipal de Saúde, instância local do Sistema
único de Saúde.

Parágrafo Único ‐ A par몭cipação popular dar‐se‐á


através de dois órgãos delibera몭vos, o Conselho
Municipal de Saúde e a Conferência Municipal de
Saúde, e através das de mais disposições desta
Cons몭tuição.

Parágrafo único. O Controle Social, em nível de


decisão, será exercido através da par몭cipação e
fiscalização do Conselho Municipal de Saúde nos termos
da Legislação Federal, Estadual e Municipal. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 61/2023)

Art. 214 O Sistema Municipal de Saúde será gerido pelo


Conselho Municipal de Saúde, eleito em cada
Conferência.
§ 1º A composição, as competências e demais normas
do Conselho Municipal de Saúde de Rondonópolis
obedecerão os princípios da Lei Orgânica da Saúde,
complementar à Cons몭tuição Federal, e ao que dispõe a
Cons몭tuição do Estado de Mato Grosso.
§ 2º O Secretário Municipal de Saúde preside o
Conselho. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº
60/2023)

Art. 214.O Sistema Municipal de Saúde será gerido nos


termos da legislação Federal, Estadual e Municipal, pela
Secretaria Municipal de Saúde e pelo Conselho
Municipal de Saúde legalmente eleito;

Parágrafo único. A composição, as competências e


demais normas do Conselho Municipal de Saúde de
Rondonópolis obedecerão os princípios da Lei Orgânica
da Saúde, complementar à Cons몭tuição Federal, e ao
que dispõe a Cons몭tuição do Estado de Mato Grosso.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 61/2023)

Art. 215 A Conferência Municipal de Saúde será


convocada a cada dois anos ou extraordinariamente
pelo Conselho Municipal de Saúde e deverá ter a
par몭cipação de todos segmentos representa몭vos da
sociedade civil e dos profissionais de saúde.

Art. 215. A Conferência Municipal de Saúde será


obrigatoriamente convocada a cada 4 anos e deverá ter
a par몭cipação de todos os seguimentos representa몭vos
da sociedade civil, e dos profissionais de Saúde.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 61/2023)

§ 1º A Conferência Municipal de Saúde tem a


finalidade de avaliar a situação de saúde do Município e
estabelecer diretrizes das polí몭cas de saúde, de acordo
com os princípios do Sistema Único de Saúde e desta
Cons몭tuição e eleger o Conselho Municipal de Saúde.
(Parágrafo Único transformado em § 1º pela Emenda à
Lei Orgânica nº 62/2023)

§ 2º Sem prejuízo do preconizado no caput do Art.


215 da presente lei, excepcionalmente, a critério do
Chefe do Execu몭vo e ouvido o Conselho Municipal de
Saúde, poderá ser convocado convenção de saúde fora
do prazo previsto no caput do presente Ar몭go. (Redação
acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 62/2023)

O Sistema Municipal de Saúde será financiado


Art. 216
com recursos do orçamento do município, do Estado, da
Seguridade Social da União, além de outras fontes.

Art. 216. Compete ao Sistema Único de Saúde, através


da Secretaria de saúde com par몭cipação do Conselho
Municipal de Saúde. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 61/2023)

§ 1º Os recursos financeiros, provenientes das


diversas fontes, citadas no presente ar몭go, serão
administradas por um Fundo Único de Saúde Municipal
de Rondonópolis, vinculando a Secretaria Municipal de
Saúde, em conta bancária única e específica,
movimentada exclusivamente pela direção do Sistema
Municipal de Saúde de Rondonópolis, sob controle do
Conselho Municipal de Saúde.

§ 2º As verbas des몭nadas ao setor saúde não


poderão ser u몭lizadas em nenhum outro setor e o não
cumprimento cons몭tui crime de emprego irregular de
verbas ou rendas públicas.

§ 3º O orçamento municipal para o setor saúde estará


entre as três principais prioridades nos orçamentos anu
ais e nos demais instrumentos orçamentários.

§ 4º As verbas de direito para o setor saúde, de


proveniência municipal, serão repassadas mensalmente,
sob forma de duodécimos, ao Fundo Único de Saúde e
as verbas transferidas serão depositadas no Fundo
automa몭camente.

§ 5º Todas as verbas provenientes de multas, taxas,


emolumentos, preços públicos, outras arrecadações e
de outras fontes des몭nadas e referentes ao setor saúde
do município irão para o Fundo Único de Saúde.

§ 6º São vedados quaisquer incen몭vos fiscais e


des몭nações de recursos públicos para auxílio ou
subvenções às ins몭tuições privadas.

§ 7º As ações de saneamento e promoção nutricional,


embora gerenciadas pelo Conselho Municipal de Saúde,
serão financiadas por outros recursos específicos.

Art. 217 As competências do Município referentes ao


setor saúde, exercidas pela Secretaria Municipal de
Saúde, serão definidas em Lei Complementar, segundo
as diretrizes do Sistema Único de Saúde e esta
Cons몭tuição. (Expressão "complementar" declarada
incons몭tucional pelo Tribunal de Jus몭ça do Estado do
Mato Grosso, conforme ADI nº 1001105‐
80.2021.8.11.000)

O Sistema Municipal de Saúde adotará Polí몭ca


Art. 218
de Recursos Humanos própria, Modelo Assistencial e
Código Sanitário para o Município de Rondonópolis.

O Poder Público garan몭rá à população serviços


Art. 219
eficientes e gratuitos de Vigilância Sanitária e Vigilância
Epidemiológica.

Parágrafo Único ‐ A Secretaria Municipal de Saúde


manterá a população de Rondonópolis
permanentemente in formada, através de um eficiente
Programa de Educação em Saúde Comunitária, acerca
dos indicadores de Saúde e dos riscos de doenças e
agravos, com vistas ao enfrentamento e prevenção das
diferentes realidades epidemiológicas e sanitárias que
se apresentarem.

Art. 220O Sistema Único de Saúde será administrado


pela Secretaria Municipal de Saúde e gerido em
conjunto com o Conselho Municipal de Saúde. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 40/2009)
Art. 221O Poder Público Municipal criará bancos de
órgãos, de sangue e de outros produtos biológicos, na
medida em que se fizerem necessários.

Parágrafo Único ‐ Os doadores de Órgãos, de sangue


e de outros produtos biológicos terão incen몭vos
especiais, sendo vedada a comercialização.

Art. 222 O Conselho Municipal de Saúde, de caráter


delibera몭vo tem finalidade de formular e fiscalizar a
execução da polí몭ca municipal de saúde inclusive nos
seus aspectos econômicos e financeiros.

§ 1º A composição, a competência e demais normas


do Conselho Municipal de Saúde obedecerão aos
princípios da Lei Orgânica da Saúde nos níveis Federal,
Estadual e Municipal.

§ 2º O presidente e o vice‐presidente do Conselho


Municipal de Saúde serão eleitos entre os membros em
reunião convocada para este fim. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 40/2009)

Art. 223 O Poder Execu몭vo assegurará tratamento


odontológico completo, gratuito e de boa qualidade às
crianças de seis a quatorze anos de idade, da rede
escolar pública, podendo estendê‐lo prioritariamente à
idade pré‐escolar, às gestantes e nutrizes, dando
preferência às camadas sociais de baixa renda.

Parágrafo único. A Conferência Municipal de Saúde


tem a finalidade de avaliar a situação de saúde do
Município e estabelecer diretrizes das polí몭cas de
saúde, de acordo com os princípios do Sistema Único de
Saúde, desta Cons몭tuição e recompor o Conselho
Municipal de Saúde de acordo com legislação deste.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 40/2009)

Art. 224A rede de saúde do município de Rondonópolis


será distribuída do modo que orientarem as diretrizes
nacionais, setorizado, num sistema de referência e
contrarreferência assim hierarquizada: (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

I ‐ em todo aglomerado populacional, composto por


mil ou mais habitantes, onde houver a vontade expressa
de pelo menos dois terços da população envolvida,
patrocinada por suas en몭dades representa몭vas, o Poder
Execu몭vo construirá um Posto de Saúde padronizado,
devidamente equipado e em condições de
funcionamento no prazo máximo de Uma ano;

II ‐ Para cada aglomerado populacional de pelo me


nos vinte mil habitantes, onde já existam pelo menos
quatro Posto de Saúde, funcionando adequadamente, o
Poder Execu몭vo construirá e garan몭rá o funcionamento
adequado, no prazo máximo de dois anos, de um Centro
de Saúde, a nível de atenção primária, podendo ser
transformado em Policlínica ou Unidade Mista;

III ‐ está assegurado, ainda, a nível secundário, um


sistema ar몭culado, formado por Ambulatório de
Especialidades, outros serviços especializados e a rede
de hospitais, públicos e contratados ou conveniados;

IV ‐ hospital regional, de responsabilidade estadual,


será a referência terciária do Sistema Municipal de
Saúde de Rondonópolis;

V ‐ esgotados os recursos técnicos locais, o município


garan몭rá o acesso ao tratamento fora do domicílio,
priorizando as camadas sociais de baixa renda.
Parágrafo Único ‐ As estruturas de saúde deverão ser
distribuídas estrategicamente, privilegiando populações
de baixa renda, todas beneficiadas com telefone,
ambulância e transporte cole몭vo, de fácil acesso.

Art. 225O prefeito convocará anualmente o Conselho


Municipal de Saúde, para avaliar a polí몭ca de Saúde do
Município com ampla par몭cipação da sociedade, exceto
quando houver conferência. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 40/2009)

§ 1º O Distrito Sanitário poderá ultrapassar os limites


do município, mediante consórcio. (Parágrafo Único
transformado em § 1º pela Emenda à Lei Orgânica nº
61/2023)

Art. 226 SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 45/2014)

Art. 227 O Poder Público Municipal garan몭rá à


população o saneamento básico;

§ 1º Para cumprir o caput deste ar몭go estarão


garan몭dos nos orçamentos municipais recursos
adequados e específicos, podendo o município celebrar
convênios e cons몭tuir consórcios.

§ 2º As receitas próprias do Sistema de Água e Esgoto


são específicas e exclusivas ao mesmo, sendo vedada a
sua u몭lização como fonte de recursos para despesas
que não sejam referentes a execução dos serviços de
água e esgoto e/ou recuperação, operação,
conservação, manutenção e ampliação do Sistema de
Água e Esgoto. (Redação dada pela Emenda
Cons몭tucional à Lei Orgânica nº 10/1996)

Art. 228 SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 45/2014)

Art. 229 O disposto nesta seção será objeto de lei


Complementar, obedecendo as diretrizes da
Conferência Municipal de Saúde e as legislações
hierarquicamente superiores a esta Cons몭tuição que
definem e disciplinam o Sistema Único de Saúde.
(Expressão "complementar" declarada incons몭tucional
pelo Tribunal de Jus몭ça do Estado do Mato Grosso,
conforme ADI nº 1001105‐80.2021.8.11.000)
Seção V
Da Assisténcia Social

Art. 230A Assistência Social será prestada a que dela


necessitar, independentemente de qualquer
contribuição e tem por obje몭vo:

I ‐ proteção à família, à maternidade, à infância, à


adolescência, à velhice e aos desamparados;

II ‐ amparo à criança e ao adolescente carente, medi


ante ação integrada das áreas de saúde, educação e
assistência social;

III ‐ habilitação e reabilitação da pessoa portadora de


deficiências;

IV ‐ promover a integração comunitária de todas as


camadas proporcionando o seu desenvolvimento social,
cultural, despor몭vo e de lazer;

V ‐ es몭mular a par몭cipação popular através de


organizações representa몭vas na formulação e no
controle das ações sociais;

VI ‐ assegurar à população a assistência social voltada


para a promoção humana e social;

VII ‐ acompanhamento, por profissional técnico da


área de Serviço Social, da execução dos programas e
ações sociais;

VIII ‐ elaborar um programa de assistência social aos


flagelados de áreas ribeirinhas inundadas;

IX ‐ manter o serviço funerário municipal para


atender a indigentes, podendo para tanto celebrar
convênios com órgãos da administração pública, federal
e estadual, regulamentando‐o por lei complementar;
(Expressão "complementar" declarada incons몭tucional
pelo Tribunal de Jus몭ça do Estado do Mato Grosso,
conforme ADI nº 1001105‐80.2021.8.11.000)

X ‐ amparar e proteger todo indigente estabelecido


ou em trânsito no município.

Art. 231 A família, célula mater da sociedade, será


assegura da pelo município, na pessoa de seus membros
que a integram, coibindo qualquer violência no âmbito
dessas relações.

Art. 232 O município desenvolverá polí몭cas e


programas de assistência e proteção ao menor e ao
idoso, portadores ou não de deficiência com a
par몭cipação de en몭dades civis, obedecendo os
seguintes preceitos:

I ‐ criação de programas de prevenção, integração


social, de preparo para o trabalho de acesso aos bens de
ser silo viço e à escola e de atendimento especializado
para portadores de deficiência 몭sica e mensal;

II ‐ exigência obrigatória de existência de quadro


técnico responsável em todos os órgãos com atuação
nesses programas;

III ‐ assegurar condições dignas e de bem‐estar aos


idosos com atendimento geriátrico;

IV ‐ elaborar um programa de preparação para a


aposentadoria ao idoso e sua par몭cipação na
comunidade;

Art. 233 O Município assegurará a gratuidade:

I ‐ aos homens maiores de sessenta e cinco anos e às


mulheres maiores de cinqüenta e cinco anos no trans
porte cole몭vo urbano. (Redação dada pela Emenda
Modifica몭va Cons몭tucional à Lei Orgânica nº 3/1994)

II ‐ Aos deficientes 몭sicos e mentais e par몭cipantes de


Programas de Educação Especial e/ou seu
acompanhante no Transporte Cole몭vo Municipal.
(Redação dada pela Emenda Cons몭tucional à Lei
Orgânica nº 9/1995)

III ‐ aos guarda mirins devidamente uniformizados e


de posse da carteirinha de iden몭ficação no transporte
cole몭vo urbano. (Redação dada pela Emenda Adi몭va
Cons몭tucional à Lei Orgânica nº 4/1994)

O município assegurará garan몭a de emprego à


Art. 234
mulher, mediante o seguinte:

I ‐ proibição de exigência de testes de gravidez e de


esterilidade para admissão e manutenção do emprego;

II ‐ incen몭vo à saúde da mulher com assistência


materno‐infan몭l;

Art. 235 O Poder Execu몭vo estabelecerá normas para


construção de logradouros e edi몭cios de uso público e
para adaptação de veículos de transporte cole몭vo para
os portadores de deficiência;

Art. 236 O Município manterá convênios, apoio técnico


financeiro a todas as en몭dades beneficentes e de
assistência com fins exclusivamente filantrópicos, que
executarem programas sócio‐educa몭vos aos menores
carentes na forma da lei.

Art. 237 Ao Município, caberá a instalação da Fundação


Municipal de Assistência e Proteção à Maternidade,
Infância e Adolescência, que terá como obje몭vo:

I ‐ centralização da distribuição de recursos para


assistência à maternidade, infância e adolescência e
estabelecimento de critérios para tanto;
II ‐ elaboração e execução de programas baseados em
pesquisas de levantamentos, visando o amparo e
assistência a infância e adolescência carentes;

III ‐ trabalho de cooperação e integração com todas


as en몭dades do município que atuem nessas áreas;

IV ‐ assistência social, de saúde e psicologia à mãe


carente, carente na fase pré‐natal;

V ‐ ajuda à criação e manutenção de creches,


orfanatos e ins몭tuições afins;

VI ‐ celebração de convênios com órgãos públicos das


administrações do Estado, União e organismos
internacionais, viabilizando captação e aplicação de
recursos para o desenvolvimento dos projetos da
Fundação;

VII ‐ criação, manutenção e incen몭vo a cursos


teóricos e prá몭cos de capacitação profissional.

Art. 238 O Município centralizará toda a sua ação de


assistência a setor na Fundação des몭nando‐lhe verbas
próprias no orçamento municipal.

Art. 239 A Fundação Municipal de Assistência à


Maternidade, infância e Adolescência é regida por
estatutos e Regimentos Internos e próprios.

Art. 240 Fica criado o Conselho Municipal de Defesa e


Direito da Criança e do Adolescente com a finalidade de
gerir e fiscalizar as polí몭cas de atendimento à infância e
ao adolescente, composto paritariamente por
representantes de órgãos governamentais e não‐
governamentais.

Parágrafo Único ‐ A lei disporá acerca da organização,


composição e funcionamento do Conselho.

Seção VI
Da Educação

Art. 241A educação enquanto direito de todos e dever


do Poder Público e da sociedade, garan몭ndo os
princípios con몭dos no art. 206 da Cons몭tuição Federal,
deve cons몭tuir‐se em instrumento de desenvolvimento
da capacidade de elaboração e de reflexão crí몭ca da
realidade.

Art. 242É responsabilidade do Município, e direito de


todos, o ensino público gratuito e de boa qualidade na
educação infan몭l, ensino fundamental e educação de
jovens e adultos em colaboração com o Estado e a
União. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
34/2007)

Art. 243 Os professores do ensino fundamental, pré‐


escola e alfabe몭zação de adultos serão regidos por
estatuto próprio, a ser discu몭do e aprovado pela
Câmara Municipal e que obedecerá aos seguintes
princípios:

I ‐ plano único de carreira;

II ‐ ascensão funcional por 몭tulação e tempo de ser I

III ‐ admissão exclusivamente por concurso público de


provas e 몭tulos. IV piso salarial rela몭vo a 20 horas‐aulas;

V ‐ jornada de trabalho de quarenta horas semanais,


sendo vinte horas‐aula a몭vidade, des몭nadas ao
aperfeiçoamento do professor e realização de tarefas
próprias da a몭vidade docente, inclusive,
acompanhamento de alunos com ritmo de
aprendizagem.

VI ‐ subsídio do Poder Público Municipal aos


profissionais da educação que trabalharem na zona rural
ou em unidade escolar de di몭cil acesso, definidos os
casos em Lei; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)

VII ‐ aposentadoria com salário integral;

VIII ‐ gra몭ficação aos professores que assumirem


cargos de direção de escola;

IX ‐ SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 45/2014)

X ‐ transferência de docentes de uma escola


municipal para outra dar‐se‐á respeitando os critérios
definidos em lei complementar; (Expressão
"complementar" declarada incons몭tucional pelo
Tribunal de Jus몭ça do Estado do Mato Grosso, conforme
ADI nº 1001105‐80.2021.8.11.000)

XI ‐ incen몭vo à especialização e aperfeiçoamento.

Parágrafo Único ‐ O poder público é obrigado a


oferecer o regime de trabalho citado no inciso VI
conforme art. 237 da Cons몭tuição do Estado de Mato
Grosso sendo, porém, facultado ao professor conforme
normas a serem estabelecidas no Estatuto da Categoria.

Art. 244 A gestão das escolas municipais será feita


respeitando‐se os princípios democrá몭cos de eleição de
diretores, conforme Lei Complementar, obedecendo
ainda, as seguintes diretrizes:

I ‐ os diretores receberão o mandato de dois anos,


com direito a reeleição;

II ‐ poderão ser candidatos os professores que


possuam, no mínimo, habilitação de graduação em nível
superior e um ano de trabalho efe몭vo na Unidade
Municipal de Ensino que pretendam concorrer;
III ‐ na eleição de diretores votam os professores da
escola, o pai, mãe ou responsável pelo aluno, equipe
técnica, funcionários e os alunos, pertencentes à
Unidade Escolar. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)

Art. 245 Os Conselhos Escolares serão órgãos


norma몭vos, consul몭vos e delibera몭vos do sistema de
ensino da Rede Municipal.

Parágrafo Único ‐ A organização, composição e


atribuições dos Conselhos Escolares serão definidos e
disciplinas em lei complementar, elaborada e aprovada
pela Câmara Municipal, ouvidos os professores.

Art. 246É dever do Poder Público o provimento de


vagas em todo o Município de Rondonópolis, em
número suficiente para atender a demanda do ensino
na educação infan몭l, no ensino fundamental e na
educação de jovens e adultos, com a colaboração do
Estado e da União. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 33/2007)

Art. 247 Os recursos públicos serão des몭nados


exclusivamente às unidades escolares da Rede Pública
do Município. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 32/2007)

Art. 248 SUPRIMIDO. (Suprimido pela Emenda à Lei


Orgânica nº 45/2014)

Art. 249 As Unidades Escolares terão autonomia na


definição da polí몭ca didá몭co‐ pedagógica, respeitando
em seus currículos os conteúdos mínimos estabelecidos
na lei de diretrizes e bases da educação nacional, tendo
como referência os valores culturais e ar몭s몭cos,
nacional e regional, a iniciação técnico‐cien몭fica e os
valores ambientais.

Parágrafo Único ‐ Lei complementar definirá o


conjunto de Unidades Escolares da Rede Municipal de
Ensino em que se aplicarão este ar몭go. (Expressão
"complementar" declarada incons몭tucional pelo
Tribunal de Jus몭ça do Estado do Mato Grosso, conforme
ADI nº 1001105‐80.2021.8.11.000)

Art. As Unidades Escolares criadas pelas


250
comunidades indígenas serão reconhecidas pelo Poder
Público. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
32/2007)

Art. 251 Os temas transversais, educação ambiental,


educação para o trânsito, é몭ca, educação sexual,
cidadania, entre outros, serão enfa몭zados em todos os
graus de ensino nas disciplinas que disponham de
instrumentos e/ou conteúdos. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 32/2007)

Art. 252 A Educação Física é considerada disciplina


obrigatória no ensino fundamental devendo ser
ministrada por professores habilitados na área.

O Município aplicará anualmente nunca menos


Art. 253
de vinte e cinco por cento da receita resultante de
impostos, inclusive a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento da educação escolar.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)

§ 1º Lei Complementar definirá as despesas que se


caracterizam como manutenção e desenvolvimento do
ensino. (§ 1º declarado incons몭tucional pelo Tribunal de
Jus몭ça do Estado do Mato Grosso, conforme ADI nº
1001411‐49.2021.8.11.0000)

§ 2º A distribuição dos recursos públicos assegurará


prioridade ao atendimento das necessidades do ensino
público fundamental, pré‐escola e alfabe몭zação de
adultos.

§ 3º O Poder Execu몭vo repassará direta e


automa몭camente recursos de custeio mensal às
comunidades es colares públicas, que tenham diretores
e Conselhos Delibera몭vos, proporcionalmente ao
número de alunos na for ma da lei.

§ 4º É proibida qualquer forma de isenção tributária


ou fiscal para a몭vidades de ensino privado.

§ 5º Nos casos de anis몭a fiscal ou incen몭vos fiscais de


qualquer natureza, fica o Poder Público proibido de
incluir os vinte e cinco por cento des몭nados à Educação.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 45/2014)
(§ 5º declarado incons몭tucional pelo Tribunal de Jus몭ça
do Estado XX, conforme ADI nº 10000925‐
64.2021.8.11.0000)
§ 6º salário‐educação financiará exclusivamente o
desenvolvimento do ensino público.

§ 7º O Município publicará até trinta dias após o


encerramento de cada trimestre, informações
completas sobre receitas arrecadadas e transferência de
recursos des몭na dos à Educação, nesse período,
discriminando por unidade escolar.

§ 8º Parcela dos recursos públicos des몭nados à


educação escolar será u몭lizada em programas
integrados de aperfeiçoamento e atualização para os
professores em exercício no ensino público municipal,
na forma da lei.

Art. 254Os professores terão direito a par몭cipar dos


cursos de formação e de capacitação, segundo critérios
estabelecidos em lei.

Art. 255Cabe ao Poder Público Municipal promover o


atendimento educacional especializado aos portadores
de necessidades especiais.

Parágrafo único. O Poder Público deverá realizar


anualmente a chamada das crianças portadoras de
necessidades especiais para a Educação Escolar Especial
que será realizada por profissionais comprovadamente
especializados. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)

A organização e estrutura da Assistência Social


Art. 256
e da Saúde Escolar, assim como os recursos, serão de
responsabilidade dos órgâos próprios, a serem definidos
em lei complementar. (Expressão "complementar"
declarada incons몭tucional pelo Tribunal de Jus몭ça do
Estado do Mato Grosso, conforme ADI nº 1001105‐
80.2021.8.11.000)

Art. 257A Secretaria Municipal de Educação manterá


me renda escolar a todos os alunos da Rede Municipal
de Ensino.

Art. 258 O Município deverá ins몭tuir como órgão


norma몭vo, consul몭vo e delibera몭vo, o Conselho
Municipal de educação composto dos trabalhadores da
Educação, usuários das ins몭tuições oficiais de ensino e
outras en몭dades da Sociedade Civil vinculadas às
questões educacionais.
Parágrafo Único ‐ São atribuições do Conselho
Municipal de Educação:

I ‐ elaborar e manter atualizado o Plano Municipal de


Educação;

II ‐ examinar e avaliar o desempenho das unidades


escolares componentes do Sistema Municipal;

III ‐ fixar critérios para o emprego de recursos


des몭nados à Educação, provenientes do Município, do
Estado, da União ou de outra fonte, convênios de
quaisquer espécie;

IV ‐ fixar normas para fiscalização e supervisão no


âmbito de competência do Município dos
estabelecimentos componentes do Sistema Municipal
de Educação;

V ‐ estudar e formular proposta de alteração da


estrutura técnico administra몭va, da polí몭ca de recursos
humanos e outras medidas que visem o
aperfeiçoamento do ensino.
VI ‐ convocar anualmente a Assembléia Plenária de
Educação;

Seção VIII
Da Cultura

Art. 259O município garan몭rá a todos o pleno exercício


dos direitos culturais e o acesso às fontes de cultura, e
apoiará e incen몭vará a valorização e a difusão de suas
manifestações, dentro de suas possibilidades
financeiras. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 31/2007)

Art. 260Cons몭tuem patrimônio cultural municipal bens


de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou conjunto, portadores de referências
da sociedade nos quais se incluem:

I ‐ as formas de expressão;

II ‐ as criações cien몭ficas, ar몭s몭cas e tecnológicas,

III ‐ as obras, objetos, documentos, edificações e


demais espaços des몭nados ás manifestações ar몭s몭cas e
culturais;

VI ‐ os conjuntos urbanos e sí몭os de valor histórico,


paisagís몭co, ar몭s몭co, arqueológico, paleontológico,
ecológico e cien몭fico.

Art. 261 o Poder Público Municipal pesquisará,


iden몭ficará, cadastrará e valorizará o patrimônio
cultural do município através do Conselho de Defesa do
Patrimônio Histórico e Cultural, na forma da lei.

Art. 262 A Lei disporá sobre multas para os atos


rela몭vos à evasão, invasão, destruição,
descaracterização de obras de arte e de outros bens de
interesse histórico, ar몭s몭co, cultural ou ambiental,
sendo os seus valores adequados aos custos da
recuperação, restauração ou reposição do bem
extraviado ou danificado.

Art. 263 O Poder Público Municipal providenciará a


divulgação de informações sobre a vida cultural e
histórica da cidade.
Art. 264O Poder Público Municipal incen몭vará a livre
manifestação cultural mediante:

I ‐ criação, manutenção e abertura de espaços


públicos devidamente equipados e capazes de garan몭r a
produção, divulgação e apresentação das manifestações
culturais e ar몭s몭cas;

II ‐ desenvolvimento de intercâmbio cultural e


ar몭s몭co com outros municípios, integração de
programas culturais e apoio à instalação de casa da
cultura e de bibliotecas públicas, garan몭ndo acesso aos
seus acervos;

III ‐ compromisso com o aperfeiçoamento e


valorização dos profissionais da cultura;

IV ‐ apoio à produção cultural local;

V ‐ respeito à autonomia, à cria몭vidade e ao


pluralismo cultural;

VI ‐ es몭mulo à formação das en몭dades


representa몭vas dos produtores culturais, garan몭ndo a
par몭cipação d das as en몭dades na discussão de planos e
projetos de ação cultural;

VII ‐ par몭cipação das en몭dades representa몭vas da


produção cultural em Conselhos de Cultura, Casa da
Cultura e Eventos Culturais;

VIII ‐ cumprimento, por parte do município, de uma


polí몭ca cultural não‐intervencionista, visando à
par몭cipação de todos na vida cultural.

Art. 265O Município es몭mulará através de mecanismos


legais os empreendimentos privados que se voltem à
preservação e restauração do patrimônio cultural
histórico.

Art. 266 O Município concederá na forma da lei,


isenções fiscais aos proprietários de bens culturais
tombados, que atendam às recomendações de
preservação patrimonial.

Art. 267 O Poder Público criará o Sistema Municipal de


Cultura, que incluirá:
I ‐ a criação de um Conselho Municipal de Cultura;

II ‐ a elaboração de um Plano Municipal Decenal de


Cultura;

III ‐ a criação de um Fundo Municipal de Cultura;

IV ‐ a realização bienal de uma Convenção Municipal


de Cultura. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 45/2014)

Seção IX
Do Esporte e Lazer

Art. 268 O Município apoiará a prá몭ca de educação


몭sica, dos esportes, e de lazer no âmbito estudan몭l e
comunitário com forma de educação e integração social.

§ 1º O Execu몭vo através do órgão especializado


desenvolverá, anualmente, plano técnico e técnico‐
pedagógico de trabalho nas unidades escolares e no
âmbito comunitário.
§ 2º O plano de trabalho técnico, transformado em
calendário oficial para execução de eventos de esportes,
recreação e fazer, deverá ser publicado até o úl몭mo dia
do mês de fevereiro em jornal de circulação local
regular.

Art. 269As ações do Poder Público e a des몭nação de


recursos orçamentários para o setor deverão ser
direcionados:

I ‐ ao esporte educacional escolar;

II ‐ ao esporte não profissional e ao fazer comunitário,


acessível, gratuitamente, às camadas menos favorecidas
da população;

III ‐ à construção de espaços devidamente equipa dos


paras as prá몭cas espor몭vas e de lazer da população;

IV ‐ à promoção, es몭mulo e orientação à prá몭ca de


educação 몭sica, como premissa educacional e
preservação da saúde 몭sica e mental, atendendo a
todas as faixas etárias de trabalhadores e/ou
estudantes.
Art. 270 O Município dará amparo e incrementará a
prá몭ca espor몭va no âmbito das associações e en몭dades
ligadas aos deficientes 몭sicos, audi몭vos e visuais,
conforme critérios definidos em lei em Lei.

Art. 271A Lei definirá a liberação de subvenção pelo


Município para agremiações despor몭vas profissionais
condicionando ‐ a à priorização dos ar몭gos anteriores.

Art. 272O Município proporcionará meios de recreação


sadia e constru몭va à comunidade mediante:

I ‐ reserva de espaços Verdes ou livres, em forma de


parques, bosques, jardins assemelhados como base
몭sica da recreação urbana;

II ‐ construção e equipamento de parques infan몭s,


centros de juventude e edi몭cios de convivência
comunal;

III ‐ aproveitamento e adaptação de nos, vales,


colinas, montanhas, lagos, matas e outros recursos
naturais, como locais de lazer e recreação.
Art. 273 Os serviços municipais de esporte e recreação
ar몭cular‐se‐ão entre si e com as a몭vidades culturais do
Município, visando a implantação e o desenvolvimento
do turismo.

Seção X
Da Ciência e Tecnologia

Art. 274O Município, com a par몭cipação da sociedade,


promoverá e incen몭vará a pesquisa, o desenvolvimento
cien몭fico e a capacitação tecnológico, visando a solução
dos problemas sociais, o bem comum e o
desenvolvimento integrado da população

Parágrafo Único ‐ O Município poderá celebrar


convênios e cons몭tuir consórcios para cumprir os
obje몭vos do presente ar몭go.

Art. 275O Município apoiará e es몭mulará as empresas


que invistam em pesquisa, criação de tecnologia
adequada ao Município, formação e aperfeiçoamento
de seus recursos humanos e que pra몭quem sistemas de
remuneração que assegurem ao empregado,
desvinculado do salário, par몭cipação nos ganhos
econômicos resultantes da produ몭vidade de seu
trabalho.

CAPÍTULO IX
DO MEIO AMBIENTE

Art. 276 Todos têm direito ao meio ambiente


ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo‐se
ao município e à cole몭vidade o dever e direito de
preservá‐lo e defendê‐lo.

Parágrafo Único ‐ O direito ao ambiente saudável


estende‐se ao ambiente de trabalho, ficando o
Município obrigado a garan몭r e proteger o trabalhador
contra qualquer condição nociva à sua saúde 몭sica e
mental.

Art. 277 A Prefeitura Municipal, junto com as


organizações populares, zelará pela proteção e
recuperação global do meio ambiente, u몭lizando fiscais
próprios e de órgãos específicos do Estado e da
Federação para o cumprimento de toda a legislação
per몭nente estabelecida por instâncias legisla몭vas esta
duais ou federais.

Art. 278O Código Municipal do Meio Ambiente, a ser


regulamentado em lei complementar, terá, entre
outros, como obje몭vo: (Expressão "complementar"
declarada incons몭tucional pelo Tribunal de Jus몭ça do
Estado do Mato Grosso, conforme ADI nº 1001105‐
80.2021.8.11.000)

I ‐ zelar pela u몭lização racional dos recursos naturais


de modo a assegurar‐ lhes a perpetuação e minimização
do impacto ambiental;

II ‐ exigir, para instalação de obra ou a몭vidade


potencialmente causadora de significa몭va degradação
do meio ambiente, estudo prévio do impacto ambiental,
a que se dará publicidade, garan몭da a par몭cipação da
comunidade mediante audiência pública e de seus
representantes em todas as fases;

III ‐ promover a educação ambiental em todos os


níveis de ensino e conscien몭zação pública para
preservação do meio ambiente;
IV ‐ es몭mular e promover a recomposição da
cobertura vegetal na몭va em áreas degradadas públicas
ou par몭culares, nestas, sem ônus aos cofres públicos,
obje몭vando a consecução de índices mínimos
necessários a manutenção cio equilíbrio ecológico;

V ‐ controlar e regulamentar, no que couber, a


produção, a comercialização e emprego de técnicas,
métodos e substâncias que comportam riscos de vida,
qualidade de vida e do meio ambiente;

VI ‐ definir, criar e manter na forma da lei, áreas


necessárias a proteção das cavidades naturais, sí몭os
arqueológicos, paisagens naturais notáveis, outros bens
de valor histórico, turís몭co, cien몭fico e cultural;

VII ‐ definir espaços territoriais e seus componentes,


a serem especialmente protegidos pela criação de unida
desde conservação ambiental e tombamento de bens
de valor cultural;

VIII ‐ promover o zoneamento antrópico‐ambiental


do seu território, estabelecendo polí몭cas consistentes e
diferenciadas para a preservação de ambientes naturais,
paisagens notáveis, mananciais d água, áreas de
relevante interes se ecológico no contexto municipal, do
ponto de vista fisiológico, ecológico, hídrico e biológico;

CAPÍTULO X
DOS TRANSPORTES

Art. 279O transporte é um direito fundamental do


cidadão sendo responsabilidade do Poder Público
Municipal, o planejamento, o gerenciamento e a
operacionalidade dos vários modos de transporte.

Parágrafo único. Os modais de transporte de que


trata o "Caput" são os seguintes:

I ‐ cole몭vo: por ônibus e micro‐ônibus;

II ‐ individual: por táxi e moto‐taxi. (Redação


acrescida pela Emenda Cons몭tucional à Lei Orgânica nº
14/2001)

Art. 280Fica assegurada a par몭cipação popular


organizada, com poderes consul몭vos, no planejamento
e operação dos transportes.
Art. 281 É dever do Poder Público Municipal fornecer
trans porte com tarifa condizente com o poder
aquisi몭vo da população, bem como assegurar a
qualidade dos serviços.

O Poder Público Municipal deverá efetuar o


Art. 282
planejamento e a operação do sistema de transporte
local.

§ 1º O Execu몭vo Municipal definirá, segundo critérios


do Plano Diretor, o percurso, a frequência e a tarifa do
transporte cole몭vo local;

§ 2º A operação e execução do sistema será feita de


forma direta, cessando progressivamente as formas de
concessão ou permissão nos termos da lei municipal e
das disposições Transitórias.

Art. 283 O Poder Público Municipal só permi몭rá a


entrada em circulação de novos ônibus municipais
desde que estejam adaptados para o livre acesso e
circulação de pessoas portadoras de deficiência 몭sica e
motora.
Art. 284 As empresas que disponham de transporte
cole몭vo próprio para seus empregados, inclusive
trabalhadores rurais, subordinam‐se às normas
municipais a que se refere este ar몭go.

Art. 285 É obrigatório o uso de terminal rodoviário e


obediência aos locais de embarque de passageiros,
inclusive pelos cole몭vos interurbanos.

TÍTULO V
DA TRIBUTAÇÃO E DOS ORÇAMENTOS

CAPITULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL

Seção I
Da CompetÈncia Tributária

Art. 286 Compete ao Município, observando o disposto


nas Cons몭tuições Federal e do Estado de Mato Grosso,
ins몭tuir os seguintes tributos:

I ‐ impostos;
II ‐ taxas;

III ‐ contribuição de melhorias.

Art. 287 A competência tributária é indelegável, salvo


atribuições das funções de arrecadar ou fiscalizar
tributos ou de executar leis, serviços, atos ou decisões
administra몭vas em matéria tributária, conferidas a
outra pessoa jurídica de direito público.

Art. 288 A administração tributária é a몭vidade


vinculada e essencial ao município e deverá estar
dotada de recursos humanos e matérias necessárias ao
fiel exercício de suas atribuições, principalmente no que
se refere a:

I ‐ cadastramento dos contribuintes e das a몭vidades


econômicas;

II ‐ lançamento de tributos;

III ‐ fiscalização de cumprimento das obrigações


tributárias;
IV ‐ inscrição dos inadimplentes em divida a몭va e
respec몭va cobrança amigável ou encaminhamento para
cobrança judicial.

Art. 289O Município deverá criar colegiado cons몭tuído


paritariamente por servidores designados pelo Prefeito
Municipal e contribuintes indicados por en몭dades
representa몭vas de categorias econômicas e
profissionais, com atribuição de decidir, em grau de
recurso, as reclamações sobre lançamentos e demais
questões tributárias.

Art. 290 Sempre que possível os impostos terão caráter


pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte facultando á administração
tributária, especialmente para conferir efe몭vidade a
esses obje몭vos, iden몭ficar, respeitar os direitos
individuais e nos termos da Lei, o patrimônio, os
rendimentos e as a몭vidades econômicas dos
contribuintes.

Seção II
Das Limitações ao Poder de Tributar
Art. 291Sem prejuízo de outras garan몭as asseguradas
aos contribuintes, é vedado ao Município:

I ‐ exigir ou aumentar tributo sem lei que o


estabeleça,

II ‐ ins몭tuir tratamento desigual entre contribuintes


que se encontram em situação equivalente, proibida
qualquer dis몭nção em razão de ocupação profissional
ou função por eles exercida independentemente da
denominação jurídica dos rendi mentos, 몭tulos ou
direitos;

III ‐ cobrar tributos:

a) em relação a fatos gerados ocorridos antes do


inicio da vigência da lei que os houver ins몭tuído ou
aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido
publicada a lei que os ins몭tuiu ou aumentou;

IV ‐ u몭lizar tributo com efeito de confisco;

V ‐ estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou


bens, por meio de tributos intermunicipais, ressalvada a
cobrança de pedágio pela u몭lização de vias conservadas
pelo Poder Público;

VI ‐ estabelecer diferença tributária entre os bens e


serviços, de qualquer natureza, em razão de sua
procedência ou des몭no;

VII ‐ ins몭tuir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços da União, do Estado


e do Município;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos par몭dos
polí몭cos inclusive suas fundações, das en몭dades
sindicais dos trabalhadores, das ins몭tuições de
educação e de assistência social sem fins lucra몭vos,
observados os requisitos das leis;
d) os imóveis tombados pelos órgãos competentes;

§ 1º A vedação expressa na alínea a do inciso VII é


extensiva ás autarquias e ás fundações ins몭tuídas e
man몭das pelo Poder Público, no que se refere ao
patrimônio, á renda e aos serviços, vinculados a suas
finalidades essenciais ou delas decorrentes.

§ 2º O disposto na alínea a do inciso VII não


compreende o patrimônio, a renda e os serviços,
relacionados com a exploração de a몭vidades
econômicas, regidas pelas normas aplicáveis a
empreendimentos privados, ou em que haja contra
prestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo
usuário, nem exonera o promitente comprador de
obrigação de pagar imposto rela몭vamente ao bem
imóvel.

§ 3º As vedações expressas nas alíneas b e c do inciso


VII compreendem somente o patrimônio, a renda e os
serviços relacionados com as finalidades essenciais das
en몭dades nela mencionadas.

§ 4º A vedação estabelecida na alínea d do inciso VII


será suspensa sempre que caracterizado o dano por
ação ou omissão comprovada pelos órgãos
competentes, na forma da lei.

§ 5º As vedações expressas nas alíneas b e c do inciso


VII não se aplicam se os mesmos não 몭verem efetuado
prestação de contas patrimonial, financeiro e das
a몭vidades que efe몭vamente houverem exercido para a
comunidade no ano anterior.

Art. 292 Qualquer norma que envolva matéria


tributária, concessão ou revogação de isenções,
bene몭cios e incen몭vos fiscais tributários, só poderá ser
concedida através de lei específica e após ouvido
parecer de órgão representa몭vo das partes envolvidas
no sistema tributário.

Art. 293 É vedado ao Município fazer incidir imposto


sobre as operações a que se refere o ar몭go 155 ‐ 1 ‐ b,
da Cons몭tuição Federal.

Art. 294 As empresas públicas e as sociedades de


economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais
não extensivos a setor privado.

A concessão de isenção e de anis몭a de tributos


Art. 295
municipais dependerá de autorização legisla몭va,
aprovada por maioria de dois terços dos membros da
Câmara Municipal.
Art. 296A concessão de isenção, anis몭a ou moratória
não gera direito adquirido e será revogada de oficio
sempre que se apure que o beneficiário não sa몭sfazia
ou deixou de sa몭sfazer as condições, não cumpria ou
deixou de cumprir os requisitos para sua concessão.

Art. 297 Ocorrendo a decadência do direito de


cons몭tuir o crédito tributário ou a prescrição da ação de
cobrá‐lo, abrir‐se‐ á inquérito administra몭vo para apurar
as responsabilidades, na forma da lei.

Parágrafo Único ‐ A autoridade municipal, qualquer


que seja o seu cargo, emprego ou função, e
independentemente do vinculo que possuir com o
Município, responderá civil, criminal e
administra몭vamente pela prescrição ou decadência
corrida sob sua responsabilidade, cumprindo‐lhe
indenizar o Município do valor dos créditos prescritos
ou não lançados.

Seção III
Dos Impostos do Municipio
Art. 298Compete ao Município ins몭tuir impostos cuja
obrigação tem como fato gerador uma situação
independente de qual quer a몭vidade municipal
especifica, rela몭va ao contribuinte, sobre:

I ‐ propriedade predial e territorial urbana;

II ‐ transmissão inter‐vivos, a qualquer 몭tulo, por ato


oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão
몭sica, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de
garan몭a, bem como cessão de direitos a sua aquisição;

III ‐ vendas a varejo de combus몭veis líquidos e


gasosos exceto gás liquefeito de petróleo para uso
residencial, e óleo diesel;

IV ‐ serviços de qualquer natureza definidos em Lei


Complementar.

Art. 299O imposto de que trata o inciso I do ar몭go


anterior deverá ser progressivo, nos termos de lei
municipal, de forma a assegurar o cumprimento da
função social da propriedade e a adequação urbanís몭ca
da cidade.
Art. 300 O imposto previsto no inciso II do ar몭go 298:

I ‐ não incidirá sobre a transmissão de bens ou


direitos incorporados ao patrimônio da pessoa jurídica
em realização de capital, nem sobre a transmissão de
bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação,
cisão ou ex몭nção de pessoa jurídica, salvo se, nesses
casos, a a몭vidade preponderante do adquirente for a
compra e venda desses bens ou direitos, locação de
bens imóveis ou arrendamento mercan몭l.

Seção IV
Das Taxas do Município

Art. 301 Compete ao Município ins몭tuir taxas, em razão


do exercício do poder de polícia ou pela u몭lização,
efe몭va ou potencial de serviços públicos específicos e
divisíveis prestados ao contribuinte ou posto à sua
disposição:

I ‐ taxa de licença para localização e funcionamento


de pessoas jurídicas;
II ‐ taxa de licença para localização e funcionamento
de profissionais liberais e autônomos;

III ‐ taxa de licença para funcionamento de


estabelecimento em horários especiais;

IV ‐ taxa de licença para aprovação e execução de


obras e instalações par몭culares;

V ‐ taxa de licença para exploração de meios de


publicidade;

VI ‐ taxa de licença para uso de área de domínio


público;

VII ‐ taxa de licença para abate de gado no Mata


douro Municipal;

VIII ‐ taxa de licença para exercício eventual ou


ambulante;

IX ‐ taxa de expediente;

X ‐ taxa de serviços diversos;


XI ‐ taxa de limpeza pública;

XII ‐ taxa de vistoria, de segurança e de prevenção de


incêndios.

Art. 302 As taxas não poderão ter base de cálculo


própria de impostos.

Art. 303As taxas dever ser cobradas em valores que


representem o custo efe몭vo dos serviços prestados,
calculados por critérios técnicos e definidos em lei
complementar.

Nenhuma pessoa jurídica que exerça a몭vidade


Art. 304
autônoma poderá se estabelecer e iniciar a몭vidades no
município sem o prévio cadastramento na Prefeitura e
emissão do respec몭vo alvará de licença

Seção V
Das Contribuições de Melhoria do Município

Compete ao Município ins몭tuir contribuição de


Art. 305
melhoria de obras públicas de:
I ‐ pavimentação de ruas, avenidas e logradouros
públicos;

II ‐ construção de meio‐fio e calçada;

III ‐ construção de muros em lotes urbanos;

IV ‐ Obras referentes ao serviço e sistema de água e


esgoto. (Redação acrescida pela Emenda Cons몭tucional
à Lei Orgânica nº 10/1996)

Art. 306 As contribuições de melhoria só poderão ser


exigidas após noventa dias da data de publicação da lei
que as ins몭tui.

Art. 307O grupo de contribuintes que representar mais


de cinqüenta por cento de parcela de rua, avenida ou
logradouro público, poderá exigir do Execu몭vo que este
execute, em cento e vinte dias, obra ou serviço público
de meio‐fio, calçamento, muro de lote urbano, limpeza
de terreno baldio e lançamento de contribuição de
melhoria ou taxa de serviço respec몭va, aos demais
munícipes proprietários de imóveis restantes ou a eles
próprios se a obra ou serviço for executada, em seus
imóveis.

Art. 308Os proprietários de imóveis beneficiados com


obras de pavimentação deverão executar em um ano o
calçamento, arborização, muros em seus imóveis sob
pena de multa e ins몭tuição da contribuição de melhoria
e/ou taxa de serviço respec몭va.

Art. 309 Ficam isentos de quaisquer despesas com


alvará de construção, projetos de construção de
moradias residenciais populares, com área de até trinta
metros quadrados, desde que em local não beneficiado
por asfalto, água e luz e que o beneficiário não possua
outro imóvel urbano no município.

Parágrafo Único ‐ Fica garan몭do gratuitamente o


projeto padrão de construção de moradias, fornecido
pela Prefeitura, ás pessoas de baixo poder aquisi몭vo, a
ser disciplina do em Lei Complementar. (Expressão
"complementar" declarada incons몭tucional pelo
Tribunal de Jus몭ça do Estado do Mato Grosso, conforme
ADI nº 1001105‐80.2021.8.11.000)

Seção VI
Da Aplicação da Lei Tributaria

Art. 310 O Execu몭vo Municipal deverá tomar medidas


cabíveis de cobrança e combate à sonegação de
tributos, sob pena de não o fazendo ser considerado
infração polí몭co‐administra몭va imputada ao chefe do
Execu몭vo.

Art. 311 Anualmente, o Execu몭vo deve publicar a


relação dos maiores contribuintes e arrecadadores de
cada tributo, junta mente com nota explica몭va da
situação tributária dos mesmos.

Art. 312 O Execu몭vo e Legisla몭vo ficam obrigados a


reavaliar as isenções e incen몭vos tributários em vigor e
propor medidas cabíveis, a fim de obter os obje몭vos a
que estes foram propostos.

Art. 313O Execu몭vo deve determinar medidas para que


os contribuintes e consumidores sejam esclarecidos
sobre os tributos ao município.

Art. 314 A fiscalização dos contribuintes de impostos


deverá ser executada por profissionais com escolaridade
na área competente, admi몭dos por concurso público.

Art. 315 A concessão de qualquer beneficio ou


pagamento feito pelo município deverá ser precedida de
verificação da situação tributária do beneficiário e
cobrança de dividas, se existentes.

Art. 316As cer몭dões nega몭vas de débitos municipais


serão emi몭das somente após observada a inexistência
de débito ou processo de tramitação no município sob
pena de infração polí몭co‐administra몭va imputada ao
chefe do Execu몭vo.

Art. 317 O Execu몭vo deverá des몭nar verba


orçamentária especifica para aperfeiçoar o recebimento,
arrecadação e fiscalização de tributos.

Art. 318A Declaração de U몭lidade Pública as en몭dades


só será aprovada com a comprovação de a몭vidade
legalmente exercida no Município pelo período mínimo
de três anos.

Parágrafo único. As en몭dades de caráter filantrópico


e de pesquisas, serão analisadas individualmente,
podendo conforme o caso ser eximidos do prazo
mínimo exigido no "Caput" deste ar몭go. (Redação dada
pela Emenda Cons몭tucional à Lei Orgânica nº 13/1997)

Art. 319 As multas aplicadas aos contribuintes e


arrecadadores de tributos, bem como aos que não
cumpram as normas de postura urbana devem ser em
valores que não es몭mulem a novas infrações e que
custeiem os valores gastos para reparar danos e
prejuízos que causarem à cole몭vidade.

Seção VII
Dos Recursos e Transferências

Art. 320 Pertencem ao município

I ‐ o produto de arrecadação do imposto da União


sobre a renda e proventos de qualquer natureza,
incidente na fonte sobre rendimentos pagos, a qualquer
몭tulo, por eles, suas autarquias e pelas fundações que
ins몭tuírem e man몭verem;
II ‐ cinqüenta por cento do produto da arrecadação
do imposto da União sobre a propriedade territorial
rural, rela몭vamente aos imóveis neles situados;

III ‐ cem por cento do produto da arrecadação do


imposto do Estado sobre a propriedade de veículos
automotores licenciados em seu território; (Inciso III
regulamentado pela Lei Q 2.285, de 7 de fevereiro de
1995.)

IV ‐ vinte por cento do produto de arrecadação do


imposto do Estado sobre operações rela몭vas a
circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal;

V ‐ setenta por cento para o município de origem, do


produto da arrecadação do imposto sobre crédito,
câmbio e seguro ou rela몭vas a 몭tulos ou valores
mobiliários, incidente sobre o ouro, quando definido em
Lei Federal como a몭vo financeiro ou instrumento
cambial.

Parágrafo Único ‐ As parcelas das receitas


pertencentes ao Município, mencionados no inciso IV,
serão credita das conforme os seguintes critérios:

I ‐ três quartos, no mínimo, na proporção do valor


adicionado nas operações rela몭vas a circulação de
mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em
seu território

II ‐ até um quarto, de acordo com o que dispuser a lei


do sistema financeiro e tributário do Estado.

Art. 321O Município divulgará, até o úl몭mo dia do mês


subseqüente ao da arrecadação, os montantes de cada
um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos e os
valores de origem tributária.

Art. 322O Município deverá manter convênio de troca


de informações econômicas, fiscais e tributárias, com a
União, Estado, en몭dades previdenciárias, órgãos de
registro público e en몭dades associa몭vas, a fim de
publicar a legislação tributária de forma mais eficaz.

Art. 323Desde que não acarrete solução de


con몭nuidade ao cumprimento de obrigações ou o
comprome몭mento da execução de obras de pagamento
de pessoal, poderá o Município aplicar disponibilidades
de caixa no mercado aberto.

Parágrafo Único ‐ Os rendimentos oriundos dessas


operações terão escrituração em conta individual, de
acordo com a origem de arrecadação.

CAPITULO II
DOS ORÇAMENTOS

Art. 324Leis de inicia몭va do Poder Execu몭vo


estabelecerão:

I ‐ o plano plurianual;

II ‐ as diretrizes orçamentárias do Município;

II ‐ As emendas imposi몭vas serão lançadas na


proposta do orçamento municipal na unidade
orçamentária 999 ‐ reserva de con몭ngência, com dois
códigos dis몭ntos, sendo: (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 64/2023)

c) O valor global das emendas imposi몭vas serão


individualizadas por parlamentar em igual parte, salvo
disposição em contrário. (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 64/2023)
d) Os valores das emendas imposi몭vas ficarão
disponível na reserva de con몭ngência até que o
parlamentar defina sua des몭nação. Após a aprovação
legisla몭va da emenda com a respec몭va finalidade, as
mesmas deverão ser incorporadas às ações
orçamentárias relacionadas com o obje몭vo fim.
(Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
64/2023)

III ‐ os orçamentos anuais do Município;

§ 1º A lei que ins몭tui o plano plurianual estabelecerá


as diretrizes, obje몭vos e metas da Administração Pública
Municipal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes bem como a redução das desigualdades
inter‐munícipes segundo critérios populacionais.

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá


as metas e prioridades da administração pública,
incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, e disporá, jus몭ficadamente, sobre
alterações na legislação tributária.

§ 3º O Poder Execu몭vo publicará, até trinta dias após


o encerramento de cada mês, relatório resumido da
execução orçamentária.

§ 4º Os planos e programas municipais de execução


plurianual ou anual serão elaborados em consonância
com o plano plurianual e com as diretrizes
orçamentárias, respec몭vamente, e apreciados pela
Câmara Municipal.

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:

I ‐ o orçamento fiscal referente aos poderes do


município, seus fundos, órgãos e en몭dades da
administração pública direta e indireta;

II ‐ o orçamento de inves몭mento das empresas em


que o município, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;

III ‐ orçamento de seguridade social, abrangendo


todas as en몭dades e órgãos a ela vinculados, da
administração direta e indireta, fundos e fundações
ins몭tuídos e man몭dos pelo Poder Público.

§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado


de demonstra몭vo detalhado de receitas e despesas de
correntes de bene몭cios de natureza financeira,
tributária e credi몭cia, isenções, anis몭as e remissões.

§ 7º A lei orçamentária anual não conterá disposi몭vo


estranho a previsão da receita e a fixação da despesa,
não se incluindo na proibição a autorização para a
abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de créditos, ainda que por antecipação de
receita, nos termos da Lei Federal.

§ 8º As operações de créditos por antecipação de


receita, a que alude o parágrafo anterior, não poderão
exceder a terça parte da receita total es몭mada para o
exercício financeiro e, até trinta dias depois do
encerramento deste, serão obrigatoriamente liquidadas,
exceto no exercício em que finda o mandato do
Execu몭vo, quando deverão ser liquidados no próprio
exercício.
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei
orçamentária serão aprovadas no limite 1,2% (um
inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente
líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder
Execu몭vo, sendo que a metade deste percentual será
des몭nada a ações e serviços públicos de saúde.
(Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
50/2017)

§ 9º As emendas individuais imposi몭vas ao projeto de


lei orçamentária serão limitadas à 2% (dois inteiro por
cento) da receita corrente liquida prevista no projeto
encaminhado pelo Poder Execu몭vo, sendo que a
metade deste percentual será des몭nada a ações e
serviços públicos de saúde. (Redação dada pela Emenda
à Lei Orgânica nº 59/2023)

§ 10 A execução do montante des몭nado a ações e


serviços públicos de saúde previsto no § 9º, inclusive
custeio, será computada para fins do cumprimento do
inciso III do § 2º do art. 198, da Cons몭tuição Federal,
vedada a des몭nação para pagamento de pessoal ou
encargos sociais. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 50/2017)
§ 11 É obrigatória a execução orçamentária e
financeira das programações a que se refere o § 9º
deste ar몭go, em montante correspondente a 1,2% (um
inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente
líquida realizada no exercício anterior, conforme os
critérios para a execução equita몭va da programação
definidos na lei complementar prevista no § 9º do art.
165, da Cons몭tuição Federal. (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 50/2017)

§ 11 É obrigatória a execução orçamentária e


financeira das programações a que se refere o § 9º
deste ar몭go, em montante correspondente a 2% (dois
inteiro por cento) da receita corrente líquida realizada
no exercício anterior, devendo o execu몭vo apresentar
em tópico especifico a execução das emendas
imposi몭vas nos relatórios quadrimestrais da LRF.

I ‐ O Execu몭vo fica a par몭r do segundo quadrimestre


obrigado a demonstrar que a execução das emendas
imposi몭vas não seja inferior à média do orçamento
realizado, sob pena de cons몭tuir crime de
responsabilidade, cabendo ao Secretário responsável
pelo Controle Interno do Execu몭vo:
a) Acompanhar e adver몭r ao Prefeito sobre o risco de
inexecução ou execução inferior à média orçamentária;
b) Remeter trimestralmente relatório com os índices
de execução e liquidação das emendas imposi몭vas ao
Poder Legisla몭vo, sob pena de responder
solidariamente;
c) Iden몭ficada o descumprimento das disposições
deste parágrafo, determinar a abertura de
procedimento administra몭vo, para apurar em no
máximo 15 dias as irregularidades remetendo a
apuração ao Poder Legisla몭vo em prazo não superior à
48 horas para análise de possível crime de
responsabilidade.

II ‐ As emendas imposi몭vas serão lançadas no


orçamento municipal na unidade orçamentária 999 ‐
reserva de con몭ngência, com dois códigos dis몭ntos,
sendo:

a) 99.999.9999.999X ‐ Reserva de Con몭ngência


Emendas Individuais;
b) 99.999.9999.999X ‐ Reserva de Con몭ngência
Emendas Individuais SAÚDE. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 59/2023)
§ 12 As programações orçamentárias previstas no §
9º deste ar몭go não ser execução obrigatória nos casos
dos impedimentos de ordem técnica. (Redação
acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 50/2017)

§ 13 Quando a transferência obrigatória da União,


para a execução da programação prevista no § 11 deste
ar몭go, for des몭nada aos Municípios, independerá da
adimplência do ente federa몭vo des몭natário e não
integrará a base de cálculo da receita corrente líquida
para fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal
de que trata o caput do Art. 169, da Cons몭tuição
Federal. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica
nº 50/2017)

§ 14 No caso de impedimento de ordem técnica, no


empenho de despesa que integre a programação, na
forma do § 11 deste ar몭go, serão adotadas as seguintes
medidas:

a) até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei


orçamentária, o Poder Execu몭vo, o Poder Legisla몭vo, o
Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria
Pública enviarão ao Poder Legisla몭vo as jus몭fica몭vas do
impedimento;
b) até 30 (trinta) dias após o término do prazo
previsto na alínea "a", o Poder Legisla몭vo indicará ao
Poder Execu몭vo o remanejamento da programação cujo
impedimento seja insuperável;
c) até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o
prazo previsto na alínea "b", o Poder Execu몭vo
encaminhará projeto de lei sobre o remanejamento da
programação cujo impedimento seja insuperável;
d) se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após
o término do prazo previsto na alínea "c", não houver
deliberação sobre o projeto, o remanejamento será
implementado por ato do Poder Execu몭vo, nos termos
previstos na lei orçamentária. (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 50/2017)

§ 15 Após o prazo previsto alínea "d", do § 14, do Art.


324, as programações orçamentárias previstas no § 11
não serão de execução obrigatória nos casos dos
impedimentos jus몭ficados na no몭ficação prevista no
inciso I do § 14. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 50/2017)

§ 16 Os restos a pagar poderão ser considerados para


fins de cumprimento da execução financeira prevista no
§ 11 deste ar몭go, até o limite de 0,6% (seis décimos por
cento) da receita corrente líquida realizada no exercício
anterior. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica
nº 50/2017)

§ 17 Se for verificado que a rees몭ma몭va da receita e


da despesa poderá resultar no não cumprimento da
meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes
orçamentárias o montante previsto no § 11 deste ar몭go
poderá ser reduzido em até a mesma proporção da
limitação incidente sobre o conjunto das despesas
discricionárias. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 50/2017)

§ 18 Considera‐se equita몭va a execução das


programações de caráter obrigatório que atenda de
forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas,
independentemente da autoria. (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 50/2017)

Art. 325 Serão estabelecidos em lei os planos e


programas municipais e setoriais, sob a forma de
diretrizes e bases de planejamento municipal,
compa몭bilizados com as disposições federais e com o
desempenho econômico do município.

Art. 326Os Projetos de Lei rela몭vos ao plano plurianual,


às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos
créditos adicionais serão apreciados pela Câmara
Municipal, sendo aprovados por maioria absoluta de
seus membros.

§ 1º Caberá à Comissão de Economia e Finanças da


Câmara:

I ‐ examinar e emi몭r parecer sobre os projetos de


plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamento
anual e sobre as contas do Município apresentadas
anualmente pelo Prefeito;

II ‐ examinar e emi몭r parecer sobre os planos e pro


gramas municipais, acompanhar e fiscalizar as
operações resultantes ou não da execução do
orçamento, sem prejuízo das demais comissões criadas
pela Câmara Municipal.

§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão


referida no parágrafo anterior, que sobre elas emi몭rá
parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo
plenário da Câmara Municipal.

§ 3º As emendas ao Projeto de Lei do orçamento


anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovados caso:

I ‐ sejam compa몭veis com o plano plurianual e com a


lei de diretrizes orçamentárias;

II ‐ indiquem os recursos necessários, admi몭dos


apenas aos provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para o seu pessoal e seus encargos;


b) serviço de dívida;

I ‐ sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões;


b) com os disposi몭vos do texto de Projeto de Lei.

§ 4º As emendas ao Projeto de Lei de Diretrizes


Orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompa몭veis com o plano plurianual.

§ 5º O Prefeito poderá enviar mensagens à Câmara


Municipal para propor modificações nos projetos a que
se refere este ar몭go, enquanto não iniciadas as
discussões e votação em plenário.

§ 6º Os Projetos de Lei Orçamentária serão envia dos


pelo Execu몭vo á Câmara Municipal nos prazos
seguintes:

I ‐ Plano Plurianual de inves몭mento, até trinta de


maio do primeiro ano de mandato do Prefeito para
vigência por quatro anos; (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 49/2017)

II ‐ Lei de Diretrizes Orçamentárias, até trinta de julho


de cada ano: III ‐ Lei do Orçamento Anual, até dia trinta
de setembro de cada ano. (Redação dada pela Emenda
à Lei Orgânica nº 49/2017)

III ‐ Lei do Orçamento Anual, até dia trinta de


setembro de cada ano.
§ 7º Aplicam‐se aos Projetos mencionados neste
ar몭go no que não contrariar o disposto nesta, as demais
normas rela몭vas ao processo legisla몭vo.

§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto,


emenda ou rejeição do Projeto de Lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão
ser u몭lizadas, conforme o caso, mediante créditos
especiais ou suplementares, com prévia e especifica
autorização legisla몭va.

Art. 327 São vedados:

I ‐ o inicio de programas ou projetos não incluídos na


lei orçamentária anual;

II ‐ a realização de despesas ou assunção de


obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais;

III ‐ a realização de operações de créditos que


excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legisla몭vo por maio ria absoluta;

IV ‐ a vinculação da receita de Imposto a órgão,


fundos ou despesas, ressalvadas a repar몭ção do
produto de arrecadação dos impostos a que se refere o
ar몭go 156 da Cons몭tuição Federal, a des몭nação de
recurso para manutenção, desenvolvimento de ensino e
a prestação de garan몭a às operações de crédito por
antecipação de receita, prevista nesta Cons몭tuição;

V ‐ abertura de crédito suplementar ou especial sem


prévia autorização legisla몭va e sem indicação dos
recursos correspondentes;

VI ‐ a transposição, o remanejamento ou a
transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra, ou de um órgão para outro,
sem prévia autorização legisla몭va;

VII ‐ a concessão ou u몭lização de créditos ilimitados;

VIII ‐ a u몭lização, sem autorização legisla몭va


especifica, de recursos dos orçamentos para suprir
necessidades ou cobrir déficit de empresas em que o
município seja maior acionista ou quo몭sta;

IX ‐ a ins몭tuições de fundos de qualquer natureza


sem prévia autorização legisla몭va;

§ 1º Nenhum inves몭mento, cuja execução ultra passe


um exercício financeiro poderá ser sem prévia inclusão
no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão,
sob pena de crime de responsabilidade.

§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão


vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo ato de autorização promulgado nos
úl몭mos quatro meses daquele exercício, caso em que,
reabertos nos limites de seus saldos serão Incorporados
ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.

§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente


será admi몭da para atender despesas imprevisíveis e
urgentes, como as decorrentes de calamidade pública,
observado o disposto nesta lei.

Art. 328Os recursos correspondentes ás dotações


orçamentárias, inclusive suplementares e especiais
des몭nados ao Poder Legisla몭vo serão entregues até o
dia vinte de cada mês.

Art. 329 As despesas com pessoal a몭vo e ina몭vo do


município juntamente com serviços de terceiros
contratados, não poderão exceder o limite de cinqüenta
por cento da receita corrente Municipal, respeitada a
legislação federal.

§ 1º Concessão de qualquer vantagem ou aumento


de remuneração, a criação de cargos ou alteração de
estrutura de carreiras, bem como a admissão de
pessoal, a qual quer 몭tulo pelos órgãos e en몭dades de
administração pública direta, inclusive fundações
ins몭tuídas e man몭das pelo Poder Público, só poderão
ser feitas:

I ‐ se houver autorização especifica na lei de diretrizes


orçamentárias suficiente para atender os projetos de
despesa de pessoal e aos acréscimos delas decorrentes;

II ‐ se houver autorização especifica na lei de


diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas
públicas e a sociedade econômica mista.
Art. 330o orçamento municipal deve ser amplamente
discu몭do com os órgãos representa몭vos do município
bem como pode ser emendado conforme estabelecido
na Cons몭tuição Federal, por inicia몭va popular de cinco
por cento do eleitorado do município.

Art. 331O orçamento municipal deverá des몭nar verba


específica para ser aplicada em projetos de melhoria
urbanís몭ca de área comercial da cidade, das rodovias
municipais, estaduais e federais que cortem o perímetro
urbano da cidade.

TÍTULO VI
DAS SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 53/2018)

Art. 332 O Comitê de Gestão de Crises é responsável


por aconselhar e auxiliar o Chefe do Execu몭vo a tomar
decisões diante de situações excepcionais, como crises
de natureza econômica, de segurança, entre outras.
Esse comitê deve ser convocado no momento em que a
situação se torne alarmante e prejudique a ordem
pública, social e incolumidade dos munícipes. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 53/2018)
Art. 333O Comitê de Gestão de Crises será integrado
pelas seguintes autoridades:

I ‐ Prefeito;

II ‐ Um membro do Poder Legisla몭vo;

III ‐ Secretário Municipal de Governo;

IV ‐ Secretário Municipal de Recursos Humanos;

V ‐ Secretário Municipal de Administração;

VI ‐ Secretário Municipal de Saúde;

VII ‐ Chefe do Gabinete de Apoio a Segurança Pública


‐ GASP.

Parágrafo Único. A critério do Prefeito, poderão ser


convocadas outras autoridades municipais, bem como
autoridades civis e militares de outras esferas de poder.
(Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
53/2018)
ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÕRIAS

Para as disposições desta Cons몭tuição Municipal


Art. 1º
em que não foram determinados prazos, fica fixado o
prazo máximo de trinta dias seu cumprimento.

Art. 2º O Prefeito, o Vice‐Prefeito e os Vereadores


prestarão o compromisso de manter, defender e
cumprir a Cons몭tuição Municipal, no ato e na data de
sua promulgação.

Art. 3ºNo prazo de noventa dias, após a promulgação


da Cons몭tuição Municipal o Poder Execu몭vo deverá
encaminhar à Câmara Municipal projeto de lei dispondo
sobre a criação do Conselho Popular Municipal, previsto
nesta Cons몭tuição.

Art. 4ºDentro de sessenta dias após a promulgação


dessa Cons몭tuição Municipal, lei complementar deverá
detalhar e regulamentar o funcionamento da Comissão
Comunitária de Concorrências Públicas.

§ 1º A Câmara Municipal, dentro de suas funções


fiscalizadoras, custeará as despesas com assessoria
técnica e outras necessidades ao funcionamento desta
Comissão e a consecução dos obje몭vos visados.

§ 2º O Poder Legisla몭vo terá o prazo de noventa dias


para regulamentar a par몭cipação popular na Comissão
Comunitária de Concorrências Públicas.

§ 3º Dentro de cento e vinte dias da promulgação da


Cons몭tuição Municipal, deverá estar implantada a
Comissão Comunitária de Concorrências Públicas e
iniciadas as suas funções.

Art. 5º No prazo de noventa dias, a contar da


promulgação desta Cons몭tuição Municipal, a Câmara
deverá regulamentar, em Lei Complementar, a
par몭cipação direta da população e sua soberania na
formulação execução das polí몭cas municipais.

Art. 6º No prazo de noventa dias, a par몭r da


promulgação da Cons몭tuição Municipal, o Poder
Execu몭vo efetuará todas as transferências e alterações
funcionais, adequando a Máquina Pública aos termos da
Lei.
Art. 7º O Município deverá ins몭tuir Fundo de
Assistência ao Funcionalismo Público Municipal, a ser
regulamentado em Lei Complementar no prazo de
noventa dias.

Art. 8º A lei reservará percentual dos cargos e


empregos públicos para pessoas portadoras de
necessidades especiais e definirá os critérios de sua
admissão, no prazo de noventa dias após a promulgação
da Lei Orgânica. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)

Art. 9ºO Prefeito terá prazo de cento e oitenta dias, a


contar da promulgação da Cons몭tuição Municipal, para
enviar á Câmara Municipal, o organograma funcional do
Poder Público.

Art. 10 Dentro de cento e oitenta dias a par몭r da


promulgação da Cons몭tuição Municipal, o Poder
Execu몭vo elaborará o Estatuto dos Servidores Públicos
Municipais.

Parágrafo Único ‐ Fica garan몭da a par몭cipação


paritária dos servidores públicos municipais, indicados
pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, na
elaboração do Estatuto.

Art. 11 Dentro de sessenta dias a contar da


promulgação da Cons몭tuição Municipal, deverá ser
elaborada e aprovada lei complementar definindo
competências, estatutos e princípios de independência
ao Poder Execu몭vo, do Conselho de Defesa Municipal
do Consumidor e da Comissão Execu몭va de Defesa do
Consumidor.

Parágrafo Único ‐ No prazo de sessenta dias da


promulgação da legislação complementar, o Execu몭vo
deverá ter Implantado o Conselho Municipal de Defesa
do Consumidor e sua Comissão Execu몭va.

Art. 12 O Poder Execu몭vo terá o prazo de um ano a


par몭r da promulgação da Cons몭tuição Municipal para
elaborar o Plano Diretor.

Art. 13 O Município terá o prazo de doze meses após a


promulgação da Cons몭tuição Municipal para regularizar
os loteamentos Irregulares.
Art. 14 O Poder Execu몭vo terá o prazo de cento e
oitenta dias para encaminhar à Câmara Municipal
projeto de lei que ins몭tui o Fundo Habitacional para
construção de casas para a população de baixa renda.

O Poder Execu몭vo terá o prazo de noventa dias


Art. 15
para implantar o Programa Integrado de Saúde Escolar.

Art. 16 O Poder Execu몭vo terá o prazo de cento e vinte


dias, para implantar a polí몭ca de recursos humanos para
o Sistema Municipal de Saúde de Rondonópolis, com
diretrizes provenientes da Conferência Municipal de
Saúde e regulamentada em Lei Complementar.

Art. 17O Poder Público terá o prazo máximo de um


ano, a par몭r da promulgação da Lei Orgânica para
fornecer tratamento odontológico completo e gratuito a
todas as crianças de seis a doze anos de idade, da rede
pública de ensino. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 45/2014)

O Poder Público terá o prazo de noventa dias


Art. 18
para por em funcionamento adequado os Centros
Odontológicos Regionais já existentes.
Art. 19O Secretário Municipal de Saúde, nomeará, no
prazo de trinta dias, as seguintes Comissões Transitórias:

I ‐ Comissão de Organização da Primeira Conferência


Municipal de Saúde;

II ‐ Comissão de Recursos Humanos, com a finalidade


de estudar e propor às instâncias delibera몭vas a Polí몭ca
de Recursos Humanos para o Sistema Municipal de
Saúde de Rondonópolis;

III ‐ Comissão de Saúde Escolar, com vistas a estudar e


propor às instâncias delibera몭vas um Programa integra
do de Saúde Escolar.

O A Primeira Conferência Municipal de Saúde de


Art. 20
Rondonópolis será convocada pelo Secretário Municipal
de Saúde, no prazo máximo de sessenta dias, e o
Conselho Municipal de Saúde de Rondonópolis será
regulamentado em Lei Complementar no prazo máximo
de noventa dias.

O Poder Público Municipal terá o prazo de oito


Art. 21
meses para consolidar o Sistema Municipal de Saúde de
Rondonópolis.

Art. 22 O Poder Execu몭vo terá o prazo de dois anos


para estruturar adequadamente um laboratório de
Bromatologia, podendo celebrar convênios e consórcios
intermunicipais.

Art. 23 Dentro de noventa dias, o Prefeito Municipal


enviará à Câmara Municipal projeto de Lei sobre
criação, regulamentação e estatutos da Fundação
Municipal de Assistência à Maternidade, Infância e
Adolescência de Rondonópolis, nos ter mos propostos
pela Cons몭tuição Municipal.

Art. 24 O Município deverá criar no prazo de noventa


dias após a promulgação da Cons몭tuição Municipal o
Conselho Municipal de Defesa do Consumidor, através
de lei que estabelecerá sua composição e atribuições.

Art. 25 Dentro de cento e vinte dias, a par몭r da


promulgação da Cons몭tuição Municipal o Prefeito
deverá enviar à Câmara Municipal para exame e
aprovação o Código Municipal do Meio Ambiente, bem
como o projeto de lei criando o Conselho Municipal do
Meio Ambiente.

Dentro de noventa dias a par몭r da promulgação


Art. 26
da Cons몭tuição Municipal, deverá ser aprovada Lei
Complementar dispondo sobre a elaboração do
Regimento Interno do Conselho Delibera몭vo Escolar.

Art. 27 Dentro de sessenta dias, a par몭r da


promulgação da Cons몭tuição Municipal, deverá ser
aprovada a Lei complementar dispondo sobre a eleição
dos diretores dos estabelecimentos da rede municipal
de ensino.

Art. 28No prazo de noventa dias após a promulgação


da Cons몭tuição Municipal, o Poder Execu몭vo elaborará
o Estatuto dos Professores da Rede Municipal de Ensino.

Parágrafo Único ‐ A Comissão de que trata o caput


deste ar몭go será formada paritariamente por
representantes do Poder Execu몭vo e Associação dos
Professores da Rede Municipal de Ensino.

Art. 29No prazo máximo de três anos, o Poder Público


deverá proporcionar habilitação aos professores da rede
Municipal que não possuem habilitação de magistério,
em nível de 2º grau.

Art. 30No prazo de noventa dias, deverá ser elaborada


Lei Complementar para dispor sobre repasse mensal de
recursos às escolas municipais.

No prazo de sessenta dias, deverá ser elaborada


Art. 31
Lei complementar para regulamentar cursos de
formação e de capacitação de professores municipais.

Art. 32 O Poder Público ex몭nguirá todas as salas


mul몭setonadas da rede municipal de ensino, no prazo
de um ano após a promulgação da Cons몭tuição
Municipal.

Parágrafo Único ‐ Nas localidades onde o número de


alunos, somando‐se as quatro séries, não ultrapassar a
vinte matrículas, o Poder Público, organizará duas séries
para as turmas maiores, nos horários matu몭no e
vesper몭no e providenciará transporte escolar para as
duas séries com menor número de alunos para que
freqüentem outra escola.
Art. 33 O Poder Execu몭vo terá o prazo de um ano a
par몭r da promulgação da Cons몭tuição Municipal para a
criação da Companhia Municipal de Transportes
Cole몭vos Urbanos.

Art. 34 Quatro anos após a promulgação da


Cons몭tuição Municipal, os Vereadores poderão realizar
uma revisão completa da mesma.

Art. 35 Dentro do prazo de noventa dias da


promulgação desta Cons몭tuição, o Poder Execu몭vo
abrirá concorrência pública para concessão das linhas
de transporte cole몭vo ainda não objeto de contrato.

Art. 36 Dentro de cento e oitenta dias da promulgação


desta Cons몭tuição, o Prefeito Municipal enviará à
Câmara Municipal projeto de Lei criando o serviço
funerário municipal.

Art. 37 O Município promoverá, no prazo de um ano


após a promulgação da Cons몭tuição, Concurso Cultural
com o obje몭vo de escolher o Hino Oficial do Município.

Art. 38 Se o Prefeito não cumprir os prazos previstos


nesta Cons몭tuição Municipal, fica o Poder Legisla몭vo
autorizado a elaborar e encaminhar ao plenário os
respec몭vos projetos.

Art. 39 O Poder Legisla몭vo Municipal terá o prazo


máximo de noventa dias para elaborar o novo
regimento da Câmara Municipal de Rondonópolis, de
acordo com esta Cons몭tuição Municipal.

Art. 40 O Poder Legisla몭vo, salvo disposição em


contrário, terá o prazo máximo de um ano para elaborar
as Leis Complementares a esta Cons몭tuição.

Art. 41 Os contratos de prestação de serviços firmados


pelo Poder Execu몭vo com professores, instrutores,
agentes de vigilância e com o médico oncologista, ficam
prorrogados até 31 (trinta e um) de dezembro de 1993.
(‐Cria Art 41 nas Disposições Transitórias com a Emenda
Cons몭tucional n 02, de 06 de novembro de 1993.)

Rondonópolis‐MT, 5 de abril de 1990

Luiz Carlos Aranha Prietch,


presidente da Assembléia Municipal Cons몭tuinte;
Ocanitz Araújo,
Vice‐Presidente;

Augus몭nho Freitas Mar몭ns,


1º Secretário;

Ananias Mar몭ns de Souza,


2º Secretário;

Odinarte Borges Campos,


Relator Geral;

Raul de Oliveira Pinto,


Suplente de Relator

Antonio Ângelo Medeiros,


Claudino Marin,
Geraldo Eustáquío de Carvalho,
Gilmar Donizete Fabris,
João Khimaschewsk,
Joldeque Soares Gomes,
José Carlos Junqueira de Araújo,
José Ferreira Lemos Neto,
Juscelino Ferreira de Farias,
Marlene Silva de Oliveira Santos,
Pedro Lourenço da Silva Neto,
Saul Portes dos Reis.

Nota: Este texto não subs몭tui o original publicado no


Diário Oficial.
Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 27/11/2023

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