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Seduzindo um Rockstar

TRILOGIA ROCKED |LIVRO I

GABRIELA LINS & AURELIO


COLLINS
Copyright © 2019 Gabriela Lins & Aurelio Collins
Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e
acontecimentos descritos, são produtos de imaginação do autor.
Revisão: Larissa Zorzenone
Capa: ML Capas
Diagramação Digital: Aurélio Collins
Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera
coincidência.
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São proibidos o armazenamento e/ou a reprodução de qualquer parte
dessa obra, através de quaisquer meios — tangível ou intangível — sem
o consentimento escrito dos autores.
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9.610./98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Edição Digital | Criado no Brasil.
Para nossos leitores. Não temos palavras para agradecer o apoio e carinho de vocês, são
eles que sempre nos motivam a escrever!
Prólogo
Scott Wild

ugi feito uma fera no cio quando a língua da loira maravilhosa a minha
R frente chupou a glande molhada do meu pau, sugando cada centímetro
dele. Agarrei seus cabelos quando ela o abocanhou todo, fazendo meu
corpo se contorcer em surpresa. Seus cabelos longos roçavam em minhas
coxas. Nem tive tempo de pensar em absolutamente nada quando Olívia
começou a fazer círculos ao redor da enorme cabeça do meu pau, me levando
ao completo e puro delírio. Porra! A vadia era boa no que fazia. Seus lábios
estavam vermelhos e o maxilar contraído, já fazia uns dez minutos que ela
estava me chupando.
Que boca gostosa!
Puxei seus cabelos para trás, fazendo-a gemer em resposta. Rugi mais
alto ainda quando ela agarrou minhas bolas e começou a lambê-las, e com a
outra mão me masturbava. Joguei minha cabeça para trás, sentindo meu
limite se aproximar, e Olívia começou a aumentar o ritmo em meu pau, ainda
lambendo a raiz de minhas bolas.
Tremi na base.
O êxtase supremo chegava.
— Caralho! Eu vou gozaaaaaar!!! — Explodi eu um grito quando
uma onda de prazer me invadiu, começando a jorrar jatos naquela boquinha,
ou melhor, litros de sêmen no rosto e na boca dela.
Olívia passou a língua ao redor de seus lábios, aquela expressão
safada presa ao rosto. Ela limpou seu rosto coberto de gozo com as mãos, se
levantou rapidamente e sentou-se em minhas pernas. Vi o instante em que ela
guia meu pau, meio duro, até a entrada de sua boceta. No instante em que ele
sentiu o contato de sua boceta, voltou a ficar duro como uma pedra. Ela
gemeu, bastante alto para meu gosto, quando meu membro afundou nas
profundezas de sua boceta.
Oh, porraaa!
Minhas mãos pousaram em suas coxas, e comecei a alisá-las, seus
seios estavam totalmente enrijecidos a minha frente e, em um movimento
brusco, abocanhei um. Enquanto Olívia continuava a cavalgar em meu
membro, minha boca acariciava os bicos de seus seios, dando atenção para
cada um. Levei minha mão livre para sua nuca e puxei seus longos e úmidos
cabelos para trás, fazendo-a protestar com um gemido desesperado. Sorri
com malícia quando dei um tapa forte em sua bunda com minha outra mão.
Meu membro afundava cada vez mais fundo na boceta dela e eu o sentia
escorregar cada vez mais fundo. Olívia começou a gemer sem parar,
descendo suas mãos desesperadas pelo meu peitoral. Vi o instante em que ela
fechou seus olhos, mordendo seus lábios intensamente, sentindo a dor e o
prazer a rasgar completamente. Passei minha língua em seu seio direito, e
comecei a mexer meus quadris no mesmo ritmo que os dela.
Logo suas mãos subiram para meus ombros largos. Aumentei cada
vez mais minhas estocadas, em um ritmo incrivelmente feroz. A respiração
de Olívia estava ofegante e isso me deixava mais puto de excitação.
— Isso, puta. Cavalga vai.
— Ai... Assim... Gostoso...
Eu já estava começando a sentir minhas bolas ficarem pesadas, a
ponto de explodirem.
Minha liberação já estava se aproximando. Minha respiração era
falha, irregular, os movimentos já estavam me desgastando completamente.
E, em uma forte estocada, meu clímax me alcançou e eu saí de dentro dela,
gozando contra sua vagina lisa, melando cada parte dela, da coxa até a
barriga. Gritei o mais alto possível quando o prazer me rasgou por dentro.
Mesmo tendo gozado há alguns minutos, atirei uma boa quantia de
porra para cima.
— Oh Merda! — Grunhi baixo, sentindo-me extremamente extasiado.
Olívia jogou sua cabeça para trás, gritando quando seu clímax a atingiu,
gozando, trêmula sobre mim.
Respirou fundo, se recuperando, sorrindo safada para mim.
— Nossa, Scott! Como você é... UAU! — Elogiou, passando suas
mãos por meus músculos, acariciando-os com suas pequenas mãos. Dei meu
melhor sorriso para ela, e a retirei lentamente de cima de mim.
A fiz ficar em pé a minha frente, ato que fezcom que uma de suas
sobrancelhas finas ficasse erguida.
— Vista-se.
— Você está me dispensando? - Retrucou indignada.
Sorri convencido.
— Sim. Quando eu precisar de você de novo, eu te ligo ok?
— Você não...
— Você já deveria estar acostumada. Eu sempre disse que é só sexo,
depois vaza.
— Mas, Scott... Eu pensei que...
— Você não deve pensar. — Segurei seu queixo, balançando seu
rosto. —Detesto mulheres que pensam demais.
— Hã... Mas...
— Nada de mas. Vá logo.
Indiquei a porta da suíte.
Ela engoliu em seco. Os lábios chegaram a tremer.
Caminhei até a escrivaninha, peguei um cigarro, acendi-o com um
pequeno isqueiro, dando uma forte e rápida tragada.
Ouvi Olívia bufar, com sua respiração ainda ofegante.
— Me ligue quando precisar. — Cuspiu, querendo soar ofendida e
irônica, no entanto, eu sabia que ela falava sério.
A vadia adorava que eu a fodesse.
Sempre deixei claro que ia ser só uma foda. Nunca espere nada de
mim, além do meu pau.
Vi Olívia pegar suas roupas no chão e sair rapidamente do quarto,
fechando a porta com força total.
Com certeza, algum empregado do The New York Palace reclamaria
se visse esse ato. Caminhei até a cama, peguei minha cueca box preta e a
vesti, me joguei contra o enorme colchão com meu cigarro ainda aceso em
meus lábios.
Fitei o teto, tragando, sentindo os músculos do meu corpo se
acalmando lentamente depois dessa foda exaustiva. Pensei em David, meu
irmão mais novo, o guitarrista da banda. Se bem me lembro, ele está no
quarto ao lado do meu, com uma ruiva gostosa. A ideia de se hospedar neste
hotel, O The New York Palace, foi dele. Ramón, nosso empresário, queria
que fôssemos para o Four Seasons Hotel.
O hotel, em algumas horas, nos fará uma espécie de festa, com
coquetel na área de lazer, nos dando as boas-vindas.
Quem diria que um dia chegaríamos ao topo? David, Louis e eu
fomos uma bandinha pequena de garagem desde nossa juventude e hoje
conseguimos subir ao topo!
Graças ao nosso esforço, a Rocked, nossa banda, é uma das melhores
do mundo todo! Sendo eu o vocalista, David, meu irmão, o guitarrista e o
Louis, nosso fodido melhor amigo, o baterista, somos as porras dos Astros do
Rock mais desejados do momento.
Explodimos no início do ano quando lançamos nosso primeiro single,
Rude girl. Foi um auge, chegando a alcançar mais de milhões de
visualizações no YouTube, sendo uma das músicas mais ouvidas das
plataformas digitais.
Ficamos tão eufóricos com todo esse sucesso repentino. Foi tudo
muito rápido. Em menos de seis meses, já estávamos ganhando prêmios
musicais. Porra!
Nossas músicas são sucessos absolutos pelo mundo todo, bombando
em todas as rádios. E, agora estamos aqui em Nova York, para nossa primeira
turnê pelo mundo: Rude Girl Tour.
Coloco um braço atrás de minha cabeça, expirando a fumaça por entre
meus lábios.
Aproveitando o silêncio do quarto que, por sinal, exalava cheiro de
suor e sexo pelos cantos.
Eu não podia negar que estava desfrutando de todo esse sucesso.
Agora eu tinha fãs. Caralho! Fãs, porra!
Mulheres.
Dinheiro.
Reconhecimento.
Isso era tudo que um fodido de merda como eu desejava, e agora
tenho.

∞∞∞

—Realmente vocês são a porra de uns filhos da puta!


Louis rosnou, ríspido, enquanto David e eu contamos a ele a manhã
maravilhosa que tivemos, enquanto o coitado ajeitava sua bateria. —Caras,
por que diabos vocês não foram me chamar?! — Ele estava extremamente
enfurecido.
Sorri vendo-o com um olhar matador direcionado para mim e David.
Estávamos rodeados de pessoas; hóspedes e fãs que estavam no hotel,
aproveitando a festa na piscina que estavam oferecendo como recepção.
Garçons passavam distribuindo bebidas e petiscos em suas bandejas.
Gostosas riam dentro da enorme piscina de água cristalina.
Repórteres, blogueiros e toda a porra da mídia estavam ali.
Pessoas vinham o tempo todo até nos, pediam autógrafos e nos
parabenizavam por nosso sucesso.
— Espera aí, cara. A gente pensou que você iria preferir ficar com sua
bateria a se perder em um corpo maravilhoso de uma mulher… — David
caçoou, fazendo Louis dar um leve soco em seu ombro.
Gargalhei encarando os dois que iniciam uma guerra de socos. As
duas ruivas nas espreguiçadeiras, ao lado de David, riam também, enquanto
um acertava o outro com leves socos.
Dei um longo gole em minha cerveja e aproveitei o momento para dar
uma coçada com vontade em meu pau, mexendo-o por cima de minha
bermuda caqui branca.
Vi umas garotas dançarem indecentemente dentro da piscina. Sentei
direito na espreguiçadeira para ter uma vista melhor dos seios delas dentro de
seus pequenos biquínis.
Sorri para uma loirinha gostosa que me olhava descaradamente.
Pisquei para ela, fazendo-a sorrir ainda mais.
Com certeza eu foderia aquela.
—Ahhh, Scott! Eu amo você! — Uma garota loira entrou em meu
campo de visão.
Sorri para a baixinha.
Ela deveria ter uns dezessete anos.
—Obrigado, princesa.
Ela arregalou os olhos, suspirando quando respondi e sorri para ela.
—Me dá um autografo, por favor?
Estendeu o CD da banda comigo, Louis e David estampados na capa,
junto ao símbolo da banda; uma espécie de placa de aviso em forma
triangular com o nome da banda e o título do álbum posto sobre ela.
Concordei com a menina, peguei a caneta e o CD que ela estendeu e
autografei. Ela deu um gritinho eufórico, pulando sobre mim em um abraço
quando lhe devolvi o item assinado.
—Muito obrigada!
—Não precisa agradecer, linda. — Sorri, vendo-a correr até os caras
ao meu lado.
Meus olhos automaticamente se moveram para a figura que passava a
minha frente, se focalizando em curvas perdidamente incríveis e uma bunda
deliciosamente maravilhosa.
Quando percebi, eu já estava duro, encarando uma completa estranha.
Era uma mulher sexy pra caralho, com umas pernas torneadas e uma
cintura com curvas bem desenhadas.
Passei minha língua por meus lábios, observando a bunda gostosa
dela na calcinha branca. Era redonda e cheia.
Levantei e caminhei a passos rápidos até ela. Quando me aproximei o
suficiente dela, a agarrei pelo braço, puxando-a, fazendo-a colidir com meu
peitoral exposto.
Eu quase cai para trás quando encarei seus olhos azuis.
Putz! Puta que pariu mano!
Ela me encarou por alguns instantes até que conseguiu sair de meus
braços.
—Quem diabos é você? — A voz rouca bradou incomodada.
Senti meu pau se apertar na cueca.
Desgraça de voz gostosa!
Acabei arqueando uma sobrancelha por ela não saber quem sou.
—Você realmente não sabe quem sou? — Perguntei, passando a
encarar seus lábios carnudos, que pareciam pedir pelos meus.
—Eu deveria? — Fiquei surpreso, isso foi realmente inesperado.
Todas as mulheres do mundo sabem quem sou! Todas me desejam
perdidamente! E por que diabos essa puta diz que não sabe quem sou?
Essa mulher só pode ser de outro planeta por não saber quem é um
dos maiores astros do rock.
Fiquei puto com isso.
Pisquei para ela, fazendo-a me encarar ainda mais.
—Tem razão, não deveria!
Dei meu melhor sorriso para ela, que apenas me encarava
normalmente.
—Eu hein. — Revira os olhos e se vira.
Ela possui cabelos negros bem cuidados, caindo por seus ombros,
destacando a pele clara, levemente bronzeada. Aquele biquíni era um paraíso
em seus seios grandes. Por um momento, me vi tentado a tocá-los, apenas
para ver se encaixariam em minha palma.
Fiquei sem saber o que fazer quando ela me deu as costas, e começou
a se afastar.
Rapidamente, passei a segui-la, acompanhando seus passos ligeiros.
—Você não vai me dizer seu nome? — Questionei, fazendo-a parar
de caminhar.
—Por quê?
—Por que o quê?
Ela levantou uma sobrancelha.
—Por que quer saber meu nome?
Exibi meu melhor sorriso sedutor, petrificando-me quando vi que não
causei nenhuma reação ou efeito nela.
Aqueles olhos azuis escuros me fitaram entediados.
—Quero conhecê-la.
A morena cruzou seus braços sobre seus seios e encarei-os, bem
empacotados dentro do biquíni. UAU!
Ela é tentadora demais...
—Mas eu não quero conhecê-lo.
Isso foi semelhante a um tapa. Desfiz meu sorriso imediatamente.
—Ainda não. — Lancei, destinado a atiçar a safada. —Mas você vai
adorar me conhecer.
—Convencido de merda. — Sussurrou, mesmo assim pude ouvir. Ela
nem se importou.
Puta que pariu!
Ela realmente não sabia quem eu era? Ou sabia e simplesmente não
dava a mínima.
—Sou muitas coisas, morena. — Um sorriso malicioso brincou em
meus lábios. Me curvei sobre ela, sussurrando safado, —Inclusive, bom de
cama.
—É mesmo? — Ela riu. Franzi minhas sobrancelhas. —Sabe de uma
coisa, cara?
—Huum? — Murmurei.
—Você devia procurar um psicólogo.
Deu-me outra vez as costas, se afastando. Desta vez, decidi não ir
atrás dela, tinha certeza de que nos veríamos de novo.
Permaneci parado, encarando as costas maravilhosas dela, e o traseiro
de arrancar suspiros.
Com olhos de águia, observei ela se juntar a um grupo de pessoas do
outro lado.
Quando me virei para trás, vejo as mesmas garotas da piscina
sentadas nos colos de David e Louis. Sorri para mim mesmo vendo David
acariciar o seio de uma delas de uma forma cautelosa, tendo todo cuidado
para as pessoas e fotógrafos não virem.
Caminhei até eles, pretendia me satisfazer com uma daquelas garotas,
já que meu pau continuava duro por causa da exibicionista que dizia não
saber quem eu era.
Se ela não quer, tem milhares que querem. Boceta pra mim não é
problema. Posso ter várias quando bem quiser.
—Olha só quem voltou. — David diz quando me aproximo, Louis
sussurrava algo no ouvido da morena sentada em seu colo, já David, estava
com as duas ruivas, uma em cada perna.
As loiras que estavam na piscina me fitando, vieram até mim, uma de
cada lado.
Não pude deixar de sorrir safado para elas.
—Olá, princesas.
As duas responderam apalpando meu pau. Pau esse que estaria fundo
dentro delas logo, logo. É, eu não poderia desejar vida melhor.
Capítulo 1
Scott Wild

es Baby! Rude Girl Baby! Yes Baby! Oh Love You! —Entoei em um


—Y tom rouco, a voz soando sonora. —Dancing baby! Oh yeeaah! Rude
girl baby. —A guitarra de David soa enfurecida, acompanhando o
descompasso feroz de seus dedos contras as cordas, seguindo o mesmo ritmo
da música. Louis toca as notas finais em sua bateria, enquanto eu continuo a
cantar o refrão. Fecho meus olhos, escutando a multidão gritar enlouquecida
o quanto nos amam. Suor escorre por meus poros. Eu estou eufórico. Feliz
pra caralho!
Pego o microfone do pedestal e caminho até a beira do palco, tocando
nas milhares de mãos estendidas que esperavam por meu toque. Sorri para
uma fã que tentou me puxar para baixo, felizmente não conseguiu e voltei
apressado para o centro do palco dando um soco animado no ar, ainda
cantando Rude Girl, nosso maior sucesso.
—Digam-me o que vocês querem e eu lhes darei! —Grito para as
centenas, ou milhares de pessoas que estavam ali para nos ver. Quase toda a
NY estava presente. —Uoool! Yes my baby! You dancing for me! —Cantei
lentamente as últimas notas da música, ouvindo vários gritos de “Mais uma”,
“Eu te amo Scott” ou “Quero mais”. Sorri mais ainda, se é que isso era
possível, vendo a Times Square lotada.
Este é nosso show de abertura na cidade de Nova York, e depois de
quase onze músicas, meu corpo parecia extasiado, mas também exausto.
—Hey Rocked's. O que acharam dessa noite? Foi realmente fantástica,
não foi? —Solto uma forte respiração, sorrio marotamente, a multidão parece
enlouquecer gritando afoita.—Esse Show foi o primeiro de muitos nessa
cidade maravilhosa! Uuuh! —Agora os gritos eram incontroláveis, dava até
para escutar choros. Porra! Eles estavam ali para nos ver! Isso é realmente
foda, caralho!
—Finalizamos essa noite maravilhosa com Rude Girl e quero que
saibam que essa noite realmente foi incrível. Cantar para vocês é demais! —
Aumentei meu tom, acenando para umas fãs que subiam nos ombros de uns
caras. David tocava algo lento em sua guitarra, Louis dava leves batidas em
sua bateria. —Mais uma vez, obrigado por estarem aqui. Vocês são foda. Eu
vou contar os minutos para revê-las e revê-los! Até o próximo show
Rocked's!
Fiz uma breve reverência para os milhares de fãs, que gritavam o
nome da banda.
Caminhei até o pedestal e recoloquei o microfone nele e, antes de
correr para os fundos do palco, dei um rápido aceno para toda a multidão.
Os caras finalizaram com batidas fortes, se despedindo também.
Porra! Isso foi incrível... Como sempre, nós mandamos ver!
Corri até os bastidores e dei uma rápida olhada para trás e vejo David
e Louis caminhando logo atrás de mim.
Ramón, nosso empresário, estava a nossa espera, com um sorriso
satisfeito no rosto. Limpou sua testa suada com um lencinho, um maldito
tique nervoso do homem.
Quando me aproximei o suficiente dele, fui recebido com um abraço e
um leve tapa nas costas.
—É isso aí, rapazes! Isso foi Show! —Exclamou animado e recebeu
David e Louis do mesmo modo. David, Louis e eu, nos abraçamos como três
irmãos inseparáveis.
Uma equipe foda.
—Isso foi incrível!!! —David sorriu, respirando fundo e vi uma
pequena gota de suor escorrer por sua testa.
—E põe incrível nisso. —Concordei, tão sem fôlego quanto os dois
fodidos a minha frente.
—Estamos recebendo vários contatos para shows com vocês, mas já
temos muitos agendados. —Ramón bradou, o sorriso convencido e orgulhoso
preso em sua face.
Sorri para ele, pondo uma mão em seu ombro esquerdo.
—Preciso de uma cerveja...
—Então arranje uma, oras!
Os caras riram.
—Foda-se, filho da puta.
Caminhei até meu camarim, cumprimentei o pessoal da equipe do
show que parou para me parabenizar.
Entrei em meu camarim. Assim que parei em frente a porta dele,
soltei uma lufada de ar. Eu estava exausto pra caralho.
Fiquei totalmente surpreso ao ver Olívia pelada em minha poltrona,
com suas pernas abertas, deixando a mostra a entrada molhada de sua boceta.
Puta que pariu, mano!
O que diabos ela estava fazendo aqui?
Estreitei meus olhos e observei ela levar sua mão até sua boceta,
sorrindo safada.
Vadia de merda.
Desde de que a conheci há uns cinco meses, em uma festa para a
Rocked em Los Angeles e a fodi, essa desgraçada vêm seguindo a banda
atrás de uma foda e, como não sou de ferro, quase sempre acabo fodendo ela.
Sorri malicioso com aquela vista.
Acho que achei minha forma de relaxar.
Eu não esperava por isso, só que tem um ditado que diz: Se a vida lhe
dá um limão, faça uma limonada. Nesse caso, é: Se a vida lhe dá uma boceta,
a foda com vontade.
—Não consegui esperar você me ligar... Eu estou morrendo de
vontade de ter você dentro de mim. —Mordeu seu lábio e depois levou os
dedos que estavam em sua boceta até seus lábios, sentindo seu gosto.
Ela se levantou da poltrona, andando de uma forma sedutora até mim.
Parou a minha frente e plantou um beijo casto em meu queixo, em seguida se
ajoelhou aos meus pés, abriu minha calça, retirando meu pau já meio bomba
de dentro dela.
Gemi baixo quando senti suas mãos pequenas e frias em meu pau.
Porra! Safada!
Sorrio com a imagem que tenho de Olívia com meu pau em sua boca,
fecho meus olhos aproveitando o boquete. Agarro sua cabeça, fodendo a boca
dela.

∞∞∞
—Como vocês conseguiram chegar ao topo?
Uma repórter loira questionou, levantando-se de sua cadeira e
estendendo um pequeno gravador em nossa direção. Olhei na direção de
Ramón, o vi visivelmente nervoso; ele sempre fica assim nas coletivas que
participamos.
—Bom, foi com bastante esforço e dedicação. — Respondo sério e
puxo o pequeno microfone a minha frente.
A repórter loira sorri, grata e volta a se sentar em sua cadeira.
—Como vocês se sentem sabendo que Rocked é uma das bandas mais
queridas do mundo?
Outra repórter perguntou.
David puxou o microfone à sua frente.
—É realmente incrível saber que temos pessoas que nos admiram
tanto. — Responde seguro, com uma pitada de emoção na voz.
Meu irmão sempre teve as palavras certas na ponta da língua. Sorri
para ele, que estava sentado ao meu lado.
—Obrigada pela resposta.
David acenou para a repórter.
—Quem de vocês nomeou os fãs como Rocked's? —Um repórter
moreno perguntou. Olhei para Louis que estava a minha esquerda. Louis
sorriu para mim e David.
—Isso foi ideia minha. —Revelou orgulhoso. —E fico feliz que
nossos fãs tenham gostado do nome.
Vi a repórter loira se levantar outra vez e olhar em minha direção, já
me preparei para mais uma pergunta.
O cara agradeceu à resposta.
Outro já se ergueu:
—Sobre a nova música ter alcançando o primeiro lugar nas
plataformas digitais e milhões de visualizações com o áudio oficial, há uma
possibilidade de um clipe?
Os caras e eu nos entreolhamos. Ramón não queria que falássemos a
respeito disso, estávamos preparando tudo para o novo clipe.
—Sim, no entanto, no momento não podemos revelar nenhuma
informação sobre isso. —Respondi.
A repórter sorriu e sentou-se.
Porra! Outra já se ergueu rapidamente.
Parecia uma disputa deles para ver quem conseguia fazer a pergunta
primeiro.
—Scott, todos sabemos que é você quem escreve as músicas que mais
fazem sucessos, certo?
—Sim, correto. —Confirmei.
Um careca se levantou:
—Sr. Wild, qual é a música de vocês que é mais pedida nos shows?
—No momento é a nova, Rude Girl.
Olhei com as sobrancelhas franzidas para David e Louis, que
confirmam com a cabeça.
—Algum de vocês já saiu com alguma fã? —Uma repórter ruiva
perguntou.
—Acho que todos nós já tivemos uma noite com uma fã. —David
respondeu diretamente. Vários murmúrios entoaram no salão.
—Sr. Scott, uma pergunta que está deixando as fãs loucas: Existe
alguma mulher que já fisgou seu coração?
Fiquei totalmente surpreso com essa.
—Por enquanto, meu coração só pertence as minhas fãs. —Abri um
sorriso satisfeito com minha própria resposta.
—Alguma mulher já o ignorou? —A mesma repórter perguntou.
Sorri ao lembrar da morena perfeita que dizia não saber quem eu era,
e que não se deixou intimidar por meu charme.
—Pra falar a verdade, já.
Mais malditos murmúrios.
Olhei para Louis e David, vendo-os me encararem surpresos com
minha resposta.
É caras. Isso era um fato inacreditável.
Dei de ombros para os olhares curiosos deles.
—Espero que tenhamos respondido suas perguntas de forma
satisfatória. A coletiva de hoje está encerrada. —Decretei e todos os
repórteres e blogueiros se retiram calmamente da sala, acompanhados por
nossos seguranças.
David e Louis não perderam tempo.
—Cara, por que você não contou que uma mulher já te ignorou?
Virei-me para David que esperava ansiosamente por minha resposta.
—Ah... Sei lá, porra. E, também vocês iriam encher meu saco por um
bom tempo.
—E quem é ela?
—Eu também não sei. Só sei que ela é uma puta de uma gostosa.
Recordei-me da intensidade que seus olhos azuis refletiam. Meu pau
também demonstrou se lembrar das curvas maravilhosas dela. Uh! Eu ainda
vou encontrá-la, pode apostar como eu ainda vou me satisfazer naquele corpo
sexy dela.
Um pensamento tomou espaço em minha cabeça: eu deveria procurar
por ela no The New York Palace, o hotel em que estamos hospedados aqui
em NY, o mesmo em que eu a vi, e que, com certeza ela ainda deve estar
hospedada.
Puta que pariu!
Como eu não pensei nisso antes?!

∞∞∞

—Ela é baixa, magra, cabelos escuros e olhos azuis... —Expliquei já puto


para a recepcionista do Hotel que faltava babar me encarando. Seus olhos
castanhos me devoraram cheios de desejo. Eu já estava para agarrar o
pescoço daquela incompetente. –Eu necessito de uma resposta, porra.
Parecendo se recompor, ela respondeu:
—Sinto muito, Sr. Wild, mas realmente temos muitas mulheres com
essas características hospedadas aqui.
—Certo. —Soltei um suspiro e me afastei dela, antes que eu acabasse
arrancando a cabeça dela do lugar.
Resolvi voltar para minha suíte descansar. O dia foi exaustivo;
coletivas, sessões de autógrafos, entrevistas. Uh!
Entrei em meu luxuoso quarto, observando a decoração tradicional e
contemporânea, com um banheiro de mármore, cortinas e tapetes de brocado
classicamente estampados.
Este hotel é realmente um paraíso, tem até Suítes Triplex de nível
superior que possuem terraços e dezoito metros de janelas e Art Deco design
nos interiores. Com um pequeno mini bar, poltronas relaxantes e uma enorme
cama, que deixaria a puta da Bela adormecida completamente feliz.
Fiz meu caminho até o banheiro. Depois que terminei de tirar minha
jaqueta de couro preta, e minha calça jeans, entrei no box. Liguei o chuveiro,
deixando o jato d'água morna acalmar meus nervos. Passei minha loção
corporal por todo meu corpo, e encarei minha pele bronzeada, junto a meus
bíceps bem torneados.
Saí do box com uma toalha ao redor de minha cintura, indo a passos
largos até a enorme cama, peguei uma cueca box na pequena cômoda, visto-a
rapidamente.
Jogo-me sobre o enorme colchão.
Aqueles olhos azuis intensos invadem meu subconsciente. Só de
lembrar dos lábios e das curvas maravilhosas daquela morena, meu pau já
ficava duro como pedra.
Bufei e me levantei rapidamente procurando por uma bermuda estilo
militar, uma camiseta branca e uma jaqueta preta.
Eu não consigo ficar sozinho por muito tempo, por mais que eu
precise descansar.
Preciso fazer algo.
Odeio ficar quieto demais.
Depois de vestido, saio do quarto. Eu não podia sair do hotel sem a
companhia de seguranças, já que do lado de fora estava uma multidão de fãs.
Então resolvi ir para a academia do hotel. Malhar um pouco seria
bom.
Caminhei até o elevador, entrei nele e apertei o pequeno botão para o
andar debaixo. Quando as portas estavam prestes a se fechar, eu ouvi aquela
voz e rapidamente apertei o botão para o elevador permanecer com as portas
abertas.
—Espere! —A voz soou outra vez.
Olhei para frente e a vi correr apressada em minha direção. Era ela, a
morena sexy. Mil vezes inferno!
Isso só podia ser a porra de uma brincadeira do universo.
Capítulo 2
Scott Wild

la entrou rapidamente no elevador, sequer notou minha presença, ou se


E notou, ignorou. Encarei suas costas, enquanto ela soltava um suspiro de
alívio. Vi o instante em que ela apertou o botão para o mesmo andar que
o meu e logo as portas se fecharam. Foi nesse exato momento que ela olhou
para trás. Nossos olhares se cruzaram de uma forma fatal, e me vi perdido na
intensidade de seus olhos azuis. Ela parecia em choque, surpresa, assustada e
um turbilhão de outras reações, já eu, apenas fascinado por sua beleza
exuberante. Ficamos nos encarando por um bom tempo, até que ela desviou
seu olhar do meu.
—Eu mereço...—Grunhiu, arquejando um xingamento baixo, olhando
para todos os lados, menos para mim.
—Pelo visto você continua... Atrevida. —Não consegui resistir a
provocação.
—Eu não costumo falar com estranhos, então faça o favor de ficar
calado.
Decretou com uma voz sexy pra caralho, despertando meu pau dentro
de minha cueca.
—Tudo bem. —Dei de ombros.
Desci meu olhar por suas curvas maravilhosas. Quando meu olhar
parou ;em sua bunda, meu pau se contorceu contra o tecido apertado da
minha cueca.
A saia colada que ela vestia a deixava com uma puta bunda. Era tão
grande e cheia.
Eu queria poder tocar.
Porra! Que mulher é essa?
—Da última vez em que nos encontramos, não tivemos a
oportunidade de nos apresentar.
Insisti em falar com ela que se limitou a liberar uma lufada de ar.
—Meu nome é Scott.
Ela se virou para mim, desta vez tive a oportunidade de encarar seus
lábios carnudos, contendo meus instintos para não avançar sobre eles.
—Se eu disser meu nome você vai calar essa boca?! —Rebateu
carrancuda, encarando-me séria. Fiquei novamente surpreendido por não
conseguir intimidá-la com meu charme.
Será que ela é lésbica? Caralho.
Tenho certeza que não.
A forma como seus olhos me olharam por um momento a
denunciaram.
Dei de ombros para ela, a morena apenas soltou um suspiro,
derrotada.
—Ellie. —As palavras dançaram em seus lábios, naquele tom macio e
sensual. —Agora está satisfeito?
Sorri malicioso.
—Satisfeito? Ainda não. Mas, acho que você poderia resolver
facilmente esse problema...
A olhei de cima a baixo novamente, criando uma expressão safada,
quase que devorando-a com meus olhos, fazendo-a revirar os seus.
Deixei escapar um xingamento quando as portas do elevador se
abriram. No momento em que ela estava prestes a sair, acabou tropeçando em
seus próprios pés. Caiu para trás, contudo, antes de ela cair, eu avancei sobre
ela, agarrei sua cintura e a prendi em meu peitoral, impedindo-a de cair. Suas
mãos se apoiaram em meus ombros, buscando por apoio, enquanto minhas
mãos apertavam sua cintura.
Naquele momento, nossas bocas estavam tão próximas uma da outra...
percebi que minha ereção pulsante roçava em sua perna. Quando ela olhou
para cima, ficamos presos em nossos olhares. O dela, tão sereno. O meu, tão
ardente. Eu já estava prestes a colar nossos lábios quando ela se afastou de
mim, saindo dos meus braços. Seus olhos penetrantes me avaliaram por um
breve momento antes dela sair correndo dali, deixando-me excitado pra
caralho, como da última vez.
Puta que pariu!
Por que diabos eu a deixei ir?!
Inferno! E para piorar minha situação, seu doce perfume estava sobre
mim, impregnado, aquele aroma de frutas, levemente cítrico.
Passei uma mão por meus cabelos, saí do elevador, com uma ereção
enfurecida entre as pernas.

∞∞∞

—Caras, hoje temos mais um Show.


David anunciou, enquanto eu bebia um longo gole da minha cerveja.
Louis estava deitado em minha cama, encarando o teto.
—Ramón disse que, no mínimo, teremos que cantar onze ou treze
músicas.
David caminhou até meu bar, pegou uma cerveja para ele.
Vejo ele me encarar com uma sobrancelha erguida.
—Está tudo bem com você? —Indagou curioso. Apesar de David ser
meu parceiro de banda, ele é meu irmão, sempre pude desabafar com ele.
Louis também é assim; apesar de não sermos irmãos de sangue, eu o
considerava como um. Desde moleques, nós três sempre fomos muito unidos.
—Hoje eu a encontrei de novo. —Desabafei, dando outro longo gole
em minha cerveja.
—A mulher que te ignorou? —Louis questionou, sentando-se na
cama e me encarando com um olhar curioso.
Confirmei com a cabeça.
—Ela me rejeitou de novo.
Bebi mais um gole, seguido por outro.
—Caralho, hein, mano!
—Que safada.
—Entretanto, eu consegui descobrir seu nome. —Sorri sozinho.
—É um fato histórico saber que uma mulher ignorou Scott Wild.
David caçoou irônico, tomando um longo gole de sua bebida.
—Cara, você não conseguiu nem dar um beijo nela?
Lancei um olhar fulminante para ele, ao invés de uma resposta.
—Puta merda.
—Caralho.
Os dois entoaram surpresos.
Soltei um suspiro, depositei minha bebida em cima de uma cômoda.
Sob os olhares dos caras, fiz meu caminho até meu banheiro.
Precisava relaxar um pouco meu corpo. Depois de passar horas na academia
do hotel, eu estava completamente suado e exausto.
Quando saí do banho, David e Louis já não estavam mais no quarto.
Ainda bem, eu precisava descansar um pouco. David disse que haveria mais
um show hoje, então eu precisava relaxar.
Direcionei-me até a cama, com apenas uma toalha branca enrolada em
minha cintura. Quando meu corpo encontrou a maciez do colchão, meus
olhos automaticamente se fecharam. Olhos azuis intensos e lábios carnudos
invadiram meus pensamentos ligeiramente.
Eu poderia ligar para Olívia e pedir para ela me fazer uma rápida
visita, para tentar acalmar a tensão do meu corpo, no entanto, isso não
resolveria nada.
Olívia sempre foi uma espécie de “alívio” para mim, sei também que
ela já passou pelas mãos de David e Louis. Não me importo, eu só preciso
dela para aliviar minha tensão e nada mais, eu sempre deixei bem claro para
as mulheres que eu fodo que será só um sexo casual, nada mais!
E Olívia sempre soube que ela seria apenas mais uma em minha
cama.
Realmente é impressionante a maneira como fiquei atraído por aquela
mulher maravilhosa, que afinal tinha um nome: Ellie.
Meu corpo nunca havia reagido dessa maneira perto de uma mulher.
Por que diabos essa maldita me ignora tanto?! Ela quem deveria cair aos
meus pés e implorar para que eu a fodesse!
Droga! Essa puta desgraçada é uma completa perdição para qualquer
homem! E aqueles olhos azuis dela... Meu Deus! Isso é que é perfeição!
—Porra! —Resmunguei ao encarar a barraca que se formava na
toalha.
Eu precisava foder logo.
Levantei-me da cama, fiz meu caminho até o enorme closet. Pelo
espelho, pude admirar minhas duas tatuagens em meus ombros, eram
símbolos importantes para mim. Se meus pais pudessem me ver hoje, eles
provavelmente teriam um infarto. Infelizmente, eles morreram em um
acidente de avião há uns seis anos. David nunca se conformou com a perda,
ele ainda era um moleque quando eles se foram.
Peguei uma camiseta branca com mangas curtas e uma jaqueta
vermelha do Closet, escolhi uma calça jeans com alguns rasgões e calcei uma
bota estilo militar.
Depois de vestido, saí da suíte.
Não consigo ficar muito tempo em um mesmo lugar, preciso de
entretenimento.
No mesmo instante em que eu saía, Ramón apareceu, caminhou em
minha direção pelo extenso corredor luxuoso.
—Scott. —Sorriu ao me ver, cumprimentou-me com um abraço.
—Ramón. —O saudei, retribuindo o abraço. Ramón sempre foi o pai
da Rocked. Se não fosse por ele, seríamos apenas uma bandinha qualquer de
garagem.
—Creio que David já lhe avisou que hoje teremos Show. —
Murmurou, ajeitando seu terno escuro.
Confirmei com a cabeça para ele.
O cara era um homem formal, já estava na casa dos quarentas, baixo,
meio gordo, com um cabelo grisalho, sempre penteado para o lado.
—Ótimo. E onde estão David e Louis?
—Provavelmente devem estar em suas suítes.
—Já que te encontrei. Quero avisar que já encontramos uma garota
para representar o novo clipe de vocês.
Ergui minhas sobrancelhas surpreso.
—Ah é?
—Uhum.
—Que foda, cara.
Ele acenou com a cabeça.
Há meses Ramón procura uma modelo ideal para participar do nosso
novo clipe.
—Ela é linda. É ideal para o papel!
—É uma da marca Victoria Secrets?
—Não, não! É melhor!
—Como assim?
—É uma modelo muito conhecida. Se chama Ellie Amby. E se não
me engano, ela está hospedada neste mesmo hotel. Está fazendo uma sessão
de fotos para uma revista nova-iorquina.
Fiquei paralisado por um bom tempo, encarei Ramón com os olhos
arregalados.
Ellie? Será que eu o ouvi dizer Ellie? Não pode ser a mesma Ellie que
eu estou pensando, ou pode?
Mil vezes porra!
Meus pensamentos não paravam de repetir as palavras ditas por
Ramón.
Essa modelo não pode ser a mulher maravilhosa que está me deixando
louco, ou pode? Merda! Merda! O que diabos está acontecendo comigo?
Existem centenas de mulheres com o nome Ellie espalhadas pelo
mundo.
Se essa for a mesma? Não pode ser!
—Está tudo bem Scott?
Sacudi minha cabeça, saindo de meus devaneios, confirmando
diversas vezes com a cabeça para ele.
—Como essa mulher é?
Ramon sorrir maroto.
—Ela é linda, morena, baixa, olhos azuis... Te confesso que se eu
fosse mais novo, já a teria levado para cama. Foi difícil conseguir fechar
parceria com ela. No final, nossa equipe conseguiu fechar um acordo com a
agente dela.
O filho da puta até chegou a suspirar enquanto dava as características
dela.
Depois disso, tive absoluta certeza que era ela. Oh Merda! É ela.
O melhor de tudo é que essa mulher não vai ter como escapar de mim.
Capítulo 3
Scott Wild

eus pensamentos repetiam centenas de vezes as palavras ditas por


M Ramón. Eu quase não consegui me concentrar no show. Aqueles
benditos olhos azuis intensos e aqueles lábios carnudos estavam me
matando mentalmente. Eu estava enlouquecendo. Nem mesmo o barulho
eufórico dos fãs atrapalhou meus pensamentos sobre Ellie, ainda bem que
essa porra toda não conseguiu me atrapalhar completamente e conseguimos
seguir adiante com o show.
Soltei um suspiro cansado. Deveria estar comemorando com os
rapazes, afinal de contas, conseguimos concluir mais um show de nossa
turnê. Entretanto, preferi ficar trancado em minha suíte do que ficar enchendo
a cara em uma boate a noite toda. Retirei minha jaqueta de couro preta,
deixando meu peitoral livre.
Caminhei até o banheiro, terminando de tirar minha roupa, entrei no
box, liguei o chuveiro. Entrei debaixo do jato d'água quente, senti de imediato
os músculos do meu corpo se acalmarem.
Se realmente essa Ellie Amby que Ramón falou for a mesma que está
me enlouquecendo, eu tenho que bolar um plano para pegá-la de jeito.
Tenho absoluta certeza que se nos encontrarmos novamente, a maldita
irá me ignorar. Porra! Eu tenho certeza de que ela não é lésbica, eu percebi o
modo como ela ficou perto de mim, o jeito que seus olhos azuis me olharam.
A forma como seu corpo reagiu com a proximidade do meu, os efeitos eram
evidentes. Ela me deseja, afinal de contas, qual mulher no mundo não deseja?
Derrubo uma mulher apenas com um piscar de olhos. Sem esforço
algum, conquisto um harém todo. Não posso fazer nada se sou tão irresistível
assim.
Depois que terminei meu banho, saí do box totalmente pelado, com
gotas d'água escorrendo por todo meu corpo.
Vi meu iPhone vibrar em cima da cama, acabei bufando ao ver o
nome de Olívia brilhar na tela.
Relutei, entretanto, peguei o aparelho e atendi.
—O que é, Olívia? —Resmunguei, ao ouvir sua risada convencida do
outro lado da linha.
Revirei meus olhos com impaciência, eu não estava nenhum pouco
afim de conversar com a vadia.
—Scott, querido. Eu liguei para saber se você vai precisar de minha
companhia hoje?
Sempre tentando soar sedutora.
—Não, não vou. Quando eu precisar, te ligo ok?
Tenho que dar um basta em Olívia. Ela tem que entender que não
existirá mais nada além de uma foda louca entre nós. Não sou o tipo de cara
romântico, não estou nem um pouco a fim de ter uma mulher querendo
mandar em mim ou algum caralho do tipo.
E Olívia é só uma pequena diversão, ou melhor, um passatempo.
Meu corpo precisava de novos gostos e sabores, sou o tipo de cara
que cansa rápido das coisas.
— Mas você...
Não a deixei terminar. Encerrei a ligação, jogando meu celular na
cama.
Fui até uma cômoda, peguei uma cueca e a vesti, cobrindo minha
nudez. Depois de um tempo, resolvi ir até a varanda. Senti o vento frio da
noite soprar contra mim.
New York era um paraíso a noite. Dizem que Los Angeles é a cidade
do pecado, no entanto, New York mudava essa afirmativa.
Os imensos parapeitos e topos brilhantes dos prédios eram sua glória.
O barulho constante e afoito vindo das ruas, as sirenes policiais, as
ambulâncias a toda velocidade.
Um turbilhão de gritos entoou.
Abri um sorriso encantado ao ver milhares de fãs acampadas na frente
do hotel. Algumas me reconhecem e começam a gritar euforicamente.
Em questão de minutos, todos lá embaixo gritavam meu nome. Sorri
acenando para todos que acenavam para mim. Arregalei meus olhos ao ver
uma fã desmaiar nos braços de uma mulher próxima a ela, saí rápido dali.
Ri da cena. Algumas fãs simplesmente não conseguiam controlar o
coração quando me viam.
Passei uma mão pelos fios lisos dos meus cabelos molhados, fiz meu
caminho até minha cama quando vi que já estava tarde.
Para terminar de me deixar insano, quando fechei os olhos para
dormir, não consegui tirar a feição de Ellie dos meus pensamentos.
Essa esnobe ainda vai cair na palma da minha mão e aí eu poderei
fazer o que quiser com ela. Quando isso acontecer, vou deixá-la inerte de
tanto que a farei gozar e vou esfolar a boceta dela com meu pau.

∞∞∞

Acordei na manhã seguinte com uma enorme ereção, resultado de passar a


noite inteira fantasiando com uma mulher que não está nem aí para mim. Esse
é o problema dos homens: quanto mais a caça é difícil, melhor ela é.
Uma hora ou outra aquela mulher maravilha vai estar nessa mesma
cama, debaixo de mim, implorando para deixá-la gozar em meu pau.
Droga! Esses pensamentos não são nada bons para meu pau pulsante.
Balancei minha cabeça para afastá-los.
Sentei-me na cama esfregando meu rosto com minhas mãos.
Olhei para o relógio digital em cima de uma pequena cômoda e vi que
eram seis horas, mas o serviço de quarto iria trazer meu café da manhã só as
sete.
Peguei meu celular em cima da cama, verifiquei se havia alguma
chamada ou mensagem importante a meu ver. Das quase trinta que haviam,
nenhuma conseguiu atrair minha atenção.
Onde David e Louis estavam?
Esses bastardos fodidos de merda conseguiam serem irresponsáveis
quando queriam. Eu deveria ter ido com eles ontem.
A esta hora, os escrotos devem estar com uma puta ressaca.
Quando eu estava prestes a me levantar da cama, um alto resmungo
soou no corredor do lado de fora.
Fui até a porta da minha suíte e quando abri, a primeira coisa que
meus olhos focaram foi em pernas totalmente perfeitas e, em seguida, em um
traseiro de arrancar suspiros.
Puta que pariu!
Uma puta bunda redondinha e cheia me disse oi, eu só não posso
dizer se piscou para mim.
Caralho! Deixei meus olhos percorrerem aquele corpo divino, tendo
essa sensação estranha a se apossar de mim. Reconheci aquele corpo e aquela
bunda gostosa de cara.
Era ela, Ellie.
Ela estava tentando abrir a porta da suíte que ficava em frente a
minha. Pelo visto ela ainda não havia percebido que eu estava logo atrás dela,
secando sua bunda. E ficar encarando seu belo traseiro deixou meu pau
bastante animado.
—Merda! —Resmungou exasperada por não conseguir abrir a porta.
Encostei-me no batente e cruzei meus braços sobre meu peitoral. Eu
não estava nem um pouco me importando de estar apenas com uma cueca
box, ou de ter uma enorme ereção a mostra. O que é bom, tem que mostrar.
—Veja o que temos aqui. —Exclamei, sorrindo ao assustá-la. Ela
olhou para trás e, quando nossos olhares se cruzam, ficamos presos por essa
forte atração quase magnética uma vez mais.
—Você é o diabo por acaso? Por que todo lugar que eu estou, você
está?!
Seus olhos desceram avaliadores por meu corpo definido, encarou
minha cueca box com os olhos cheios de tentação. Sorrio quando ela percebe
o volume rígido que estava nela.
Arqueei uma sobrancelha quando a vi engolir em seco, nervosa com a
situação.
—Talvez seja coisa do destino.
Dei uns três passos até ela.
—Vejo que você está com um probleminha.
Fiz um gesto com a cabeça para sua porta. Logo estava perto o
suficiente dela para sentir sua respiração quente soprar contra meu peito. Ela
ficou estática no lugar, encarou de boca aberta meu peitoral definido.
—Nada que eu não possa resolver.
—Deixe-me ajudá-la.
—Não... Eu...
Peguei as chaves de sua mão em um movimento rápido. Ela protestou,
mas em seguida tornou a ficar quieta, me observando.
Procurei uma chave que continha o número de sua suíte, quando a
encontrei no molho, abri facilmente a porta.
Virei-me para ela, que me encarava com os olhos cheios de confusão.
Ellie me tomou o molho de chaves de volta.
—De nada. — Sorri convencido.
—Não pedi sua ajuda, idiota.
Ergueu o queixo, desafiante.
—Não seja mal agradecida, morena.
Ela grunhiu, nervosa.
—Pare de me chamar assim.
Cheguei mais perto.
Ela se afastou.
—Você gosta que eu sei.
—O caralho que gosto.
Arqueei uma sobrancelha rindo
—Que boca suja, hein?
—Será se dá pra sair da minha frente? Tenho coisas mais importantes
a fazer.
—Você quer que eu saia?
Minha voz soou rouca e sedutora.
A vi engolir em seco.
—É claro que quero, filho da...
Não a deixei terminar, em um ato brusco e inesperado, enlacei meus
braços ao redor de sua cintura, a puxei para um beijo ardente e delirante. Ela
grasnou assustada, tentando me afastar. Bateu suas mãos em meu peito,
porém se deixou levar aos poucos quando o contanto de nossos lábios
começou a causar efeitos nela e então ela começou a retribuir, deixando
minha língua brincar com a sua. Me perdi no doce sabor de seus lábios, uma
perfeita mistura de morangos com menta.
Fechei meus olhos, sentindo seu doce e pecaminoso aroma invadir
minhas narinas.
De repente, ela empurrou meu peitoral com suas mãos, tentou afastar
seu corpo do meu. Mas, acabou não conseguindo, apertei ainda mais sua
cintura. Soltei um gemido de dor quando a desgraçada mordeu minha língua,
e em seguida acertou minhas bolas com seu joelho.
Um urro animalesco de dor escapou de mim.
Cambaleei para trás com minhas mãos apertando minha virilha, mordi
meus lábios para conter um grito agonizante. Sem ao menos querer, espremi
tanto meus olhos, que lágrimas infelizes começaram a rolar por minha face. A
dor grotesca corria por meus testículos, chegando a arrancar meu fôlego.
Quando levei meus olhos para aquela puta desgraçada esmagadora de
ovos, a vi me olhando em puro horror, vendo o que acabou de fazer.
—Você é louca?!
Meu grito ecoou por todo corredor.
—Isso é para você aprender a não chegar perto de mim. —Esbravejou
recuperando o fôlego, seu batom vermelho estava completamente borrado em
seus lábios. —Seu idiota!
A megera me deu as costas, entrou apressada em sua suíte, fechando a
porta com toda sua força possível. Consegui ouvi-la fechar com chave.
Soltei um gemido de dor, encostando-me em minha porta. Essa
maldita vai me pagar caro por isso! Porra! Por que diabos essa mulher é
assim?
Puta que pariu! Minhas bolas doíam demais. E tudo por causa dessa
vadia de merda. Para piorar a situação, eu ainda estava com o sabor dela em
meus lábios. Meu pau estava me matando de tão pulsante que ele estava.
Merda! Bem que eu falei, se nós nos encontrarmos novamente, ela acabaria
me rejeitando.
Essa mulher vai acabar me deixando louco! Imaginem só, eu o astro
do rock mais desejado do mundo, enlouquecido por uma mulher que nem
sequer me deseja?
Olha só meu estado, sentado apenas em uma cueca box contra a porta
da minha suíte, com as mãos entre as pernas, tentando acalmar a dor que se
alastrava por meus testículos. Se eu não fosse tão orgulhoso, nesse exato
momento eu estaria me derramando em lágrimas, e não tentando controlar as
que caíam. Eu me sentia humilhado e desprezado.
Aquela maldita vai pagar caro por isso, pode apostar.
Ninguém despreza Scott Wild.
Capítulo 4
Ellie Amby

entei ao máximo controlar minha respiração... Ofegante? Não! Ofegante


T não seria o adjetivo ideal para titular minha situação naquele momento.
Minha respiração estava entrecortada, fraca, afoita, trêmula e muitas
outras coisas. Socorro! Tudo isso causado por aquele homem asqueroso e...
Metido! Meus pobres lábios estavam doloridos por causa daquele beijo
selvagem. Por mais estranho que isso seja para mim, eles pareciam implorar
pelos daquele maldito exibicionista. Droga! Meu corpo nunca me traiu desse
jeito quando eu ficava perto de algum cara, no entanto, aquele desgraçado me
causava sensações inexplicáveis. Puta merda! Por que esse homem tem que
ser tão fodidamente sexy? Minha sanidade mental está completamente
arruinada e tudo por causa de um homem que eu nem conheço. A única coisa
dele que eu sei é seu bendito nome; Scott. Nada mais, além de ele ser uma
completo idiota, é claro.
O cara se acha o rei da cocada preta, a última bolacha do pacote.
O pior é que tenho que admitir que aqueles músculos bem torneados,
a pele bronzeada em um tom moreno, os ombros largos, os braços fortes com
tatuagens e aquele corpo grande era uma visão dos céus. Sim, era certo que o
cara era atraente, porém um completo babaca e me nego a continuar sentindo
essas coisas por ele.
Adoro homens tatuados!
Por que diabos eu estou assim? Eu sou uma mulher de vinte e três
anos, e não uma adolescente de quinze. Confesso que nunca, em toda minha
vida, fui beijada com tanta sensualidade e desejo por um homem. E aquele
maldito exibicionista só pode ser um mensageiro do capeta para testar o
quanto minha carne é fraca.
Ele realmente precisava aparecer só de cueca com uma ereção visível
na minha frente? Com aqueles bíceps musculosos e aqueles ombros largos,
aquele homem é uma baita criação de Deus. Uh!
Se minha melhor amiga e agente empresarial, Sara, visse aquele
homem na sua frente, com certeza ela o atacaria sexualmente, mas felizmente
eu não sou como ela. Não sou do tipo libertina, tenho comigo o velho estilo
romântico e eu tenho certeza que aquele homem não segue esse estilo, não
que eu me importe, é claro. Eu não estou nem aí para ele, a única coisa que eu
preciso dele é distância. Confesso que acertar as bolas dele no meio daquele
beijo foi golpe baixo, porém no momento eu não sabia o que fazer. Se o beijo
continuasse eu acabaria indo para a cama com ele, então acertar suas bolas foi
extremamente necessário. Ele não se afastou quando tentei empurrá-lo. Meu
corpo estava se rendendo de uma forma humilhante, parecia ansiar pelo corpo
daquele homem e eu não vou permitir isso, tenho que conter esse turbilhão de
desejos e reações em mim. Acredite em mim, eu não costumo ser assim...
Estou semelhante a uma cadela no cio desde a primeira vez que eu o vi na
piscina do hotel, meus pensamentos têm me deixado cada vez mais confusa.
Sem sombra dúvidas, aqueles olhos escuros vão me atormentar por
um bom tempo. É realmente impressionante como os olhos daquele homem
representam tantas coisas: desejo, indecência, luxúria, charme e fome de
prazer. Droga. Droga. Droga! Só de lembrar da maneira como ele apertava
minha cintura já me causa um tremendo calor entre as pernas. Puta merda! O
que está acontecendo comigo? Eu não sou assim. Onde foi parar meu auto
controle?
Não estou em New York para me deixar levar por um homem, ainda
mais por um safado sem noção.
Preciso me concentrar em meu trabalho, não tenho tempo para ficar
pensando em homem, não agora.
Balancei repetidas vezes minha cabeça tentando afastar qualquer
pensamento obsceno libertino que estava desaparafusando minha cabeça.
Semana que vêm irei posar para a nova capa da revista Glamour e
Vogue, será incrível e por nada nesse mundo posso me desconcentrar. Tudo
está indo bem para eu me deixar abalar por causa de um estranho.
As oportunidades estão caindo sobre mim desde que fiz um teste para
um comercial de TV há um ano, quando comecei minha carreira e fechei um
contrato com uma grande agência de modelo logo em seguida.
Sara, minha melhor amiga e também agente, como já falei, contribuiu
muito em minha carreira, ajudou em tudo que precisei e avalia as propostas
que recebo, me mandando somente as melhores. Se hoje sou uma das
modelos mais requisitadas e queridas do mundo, é graças a ela e minha
agência.
Foram várias capas de revistas e comercias que participei, fora os
desfiles de moda.
E pelo que Sara me falou, irei participar de um clipe de uma banda
bastante conhecida que está em ascensão, mas que nunca ouvi falar.
Levantei-me de minha poltrona e fui até a pequena cozinha de minha
suíte, peguei um suco de maçã da geladeira, bebi alguns goles para tentar tirar
o gosto de Scott que insistia em permanecer em minha boca.
Depois de ficar por alguns minutos na cozinha, caminho de volta até o
quarto que infelizmente eu tinha que dividir com Sara, já que nossa suíte,
apesar de ser grande e luxuosa, disponibilizava apenas um quarto.
Tiro meus saltos, deixando meus pés descalços, começo a retirar
minha roupa, e nesse momento percebo que o aroma daquele maldito
permanecia em minha roupa. Droga! O filho da puta havia me impregnado
com seu cheiro quando me agarrou daquele jeito.
Em minhas peças íntimas fui até o banheiro, ficando dentro do box
por longos minutos deixando a água quente escorrer por todo meu corpo.
Suspiro aliviada ao sentir meu corpo mais relaxado. Me enrolo em
uma toalha branca e com outra enxugo meus longos cabelos escuros; fico de
frente para o espelho do meu closet, encarando meu reflexo.
Meus olhos azuis claros brilhavam com um sentimento desconhecido,
fitando-me de volta. Observei minha pele bronzeada e sorri ao lembrar do
apelido de Scott.
Morena.
O tom bronzeado em minha pele nem era tão forte assim. Ele me
chamava assim pra me provocar. Certeza que era uma manobra que
costumava funcionar para ele.
Minha pele era clara, apenas um pouco queimada pelo sol, já que
recentemente fiz uma campanha para uma revista na praia, apenas de biquíni.
Levei um susto quando ouvi milhares de gritos eufóricos. Assustada,
corri até a varanda para ver o que diabos estava acontecendo e fiquei surpresa
ao ver um incrível número de pessoas na porta do hotel, segurando cartazes,
posters e várias outras coisas de uma banda chamada Rocked.
Esse nome correu por minha cabeça e me lembrei que esse é o nome
da banda que Sara fechou contrato com o produtor para minha participação
no clipe.
Soltei um assovio encantada, eles realmente devem ser famosos para
terem essa quantidade de fãs vindo aqui na porta do hotel. É realmente
impressionante como essas fãs têm fôlego o suficiente para gritarem o dia
todo ou o mês todo.
Voltei para o quarto, tentando amarrar meu cabelo em um rabo de
cavalo. Depois peguei um short branco e uma camiseta rosa dentro do closet.
—Onde será que Sara está? — Me perguntei com uma preocupação se
formando em meu peito. Logo essa preocupação desapareceu quando a porta
foi aberta e uma Sara visivelmente ofegante entrou por ela.
Arqueei uma sobrancelha, a vendo encostada na porta.
—Uh! Meu Deus, está um caos lá embaixo, né? —Indagou sem
fôlego, os olhos brilhando em felicidade.
Por um instante, encarei seus lábios, os vi totalmente manchados,
como se ela tivesse passado a noite aos beijos. Conhecendo-a como conheço,
tenho certeza que foi exatamente isso que ela fez.
—Anda, desembucha. Onde você estava?
Cruzei meus braços sobre o peito, encarando a ruiva. Apesar de
conhecer Sara há apenas um ano quando minha agência me apresentou à ela,
nos tornamos grandes amigas e hoje temos uma forte ligação.
—Nem te conto... —Exclamou, ao tirar suas sapatilhas rosas, indo até
o pequeno sofá no centro da sala. —Eu estava em uma boate, como eu faço
quase todas as noites, quando encontrei o homem mais sexy e gostoso do
mundo.
Suspirou fantasiosa, se perdendo em seus próprios pensamentos.
—Ele é o responsável por seus lábios estarem neste estado?
Sentei-me em uma cadeira de frente para ela, avaliando sua situação.
Confirmou com a cabeça.
—Pode apostar que sim.
Por pouco ela não se desequilibrou.
Bufei revirando os olhos.
—Sara, você está bêbada?
—Não! Quer dizer, só um pouquinho...
O cheiro de álcool exalava dela.
—Vai tomar um banho quente, sua pilantra.
Sara soltou um gemidinho frustrado.
—Eu não sou pilantra. Você que é, sua cachorra safada! —Bradou
soluçando. —E você? O que fez a noite toda?
Dei de ombros.
—Nada demais, só conheci alguns pontos turísticos. Ah! Assisti há
uma apresentação incrível de uns dançarinos de rua na Broadway!
—Huum. Isso parece chato.
—Não foi para mim.
—Os dançarinos eram gostosos?
Rolei meus olhos.
—Não estava prestando atenção nisso. —Joguei uma almofada nela,
que desviou aos risos. —A dança era meio que uma mistura de ritmos, era tão
cheia de vida e detalhes.
—Chato, chato e chato.
—Vá tomar banho, cabeça de fósforo!
Ela caiu na risada, se levantou do sofá e direcionou-se até nosso
quarto para tomar um banho.
—Ellie, sua vaca, você pegou minha colônia francesa?! —Ouvi seu
grito vindo do quarto, fazendo-me revirar os olhos outra vez.
—Não Sara, eu não peguei.
Gritei de volta para ela.
—E meu vibrador? Não estou achando!
Arregalei meus olhos, corando. Ouvi a risada da desgraçada.
Soltei uma lufada de ar, constrangida com isso.
Capítulo 5
Scott Wild

im, Ramón, já estou a caminho do estúdio. —Terminei de calçar


—S um tênis branco, penteei o meu cabelo para trás e encerrei a
chamada com Ramón; guardei meu iPhone dentro do bolso de
minha calça jeans clara rasgada.
Peguei minha jaqueta de couro Italiano e caminhei para fora de minha
suíte. Por um instante encarei a porta da suíte da mulher mais sexy e tola que
já vi. Depois fui para o lobby do hotel, encontrei James e Peter, meus
seguranças, que são grandes filhos da puta, sendo alguns bons centímetros
mais altos que eu. Ambos têm um grande perfil másculo e pele bronzeada.
Com certeza serviram no exército.
—Sr.Wild. —Cumprimentaram em uníssono quando me aproximei.
Pareciam dois robôs prontos para receber ordens.
Acenei como forma de cumprimento.
—Onde estão os outros? —Perguntei, me referindo a David e Louis.
—Partiram há uns vinte segundos, Sr. —Peter respondeu, o tom
sempre formal.
—Certo. Então, vamos?
Eles afirmaram, se movendo cada um para um lado meu.
—O hotel está rodeado de fãs, mas daremos um jeito de sair sem
sermos percebidos apesar de isso ser quase impossível. Tem um SUV a nossa
espera em frente ao hotel.
James explicou, dei de ombros para eles, e os segui até a porta de
entrada do hotel. Eu confio em ambos, eles são responsáveis por minha
segurança já faz um bom tempo e os filhos da mãe eram bons no que faziam.
Peter retirou seu terno escuro e o jogou para mim e em seguida disse:
— Cubra seu rosto com ele. Causaríamos um grande tumulto se os fãs
reconhecessem o senhor.
Fiz como mandado, em seguida coloquei os óculos escuro que James
estendeu para mim.
Caminhamos cautelosos para fora do hotel, e aí que pudemos ouvir a
gritaria sem fim, milhares de gritos histéricos, o chão parecia tremer, em
algum lugar pude ouvir uma de nossas músicas tocando em um grande carro
de som.
Lógico que fãs reconheceram meus seguranças e passamos a quase
correr até o SUV preto que nos aguardava.
Entrei rápido nele, Peter fechou a porta com força. Suspirei em alívio
por termos conseguido quando vi a multidão de pessoas estava ao nosso
redor, cercando o carro.
Peter me tranquilizou, avisando que os vidros eram a provas de balas
e que eles não podiam ver a parte interior do carro. Mesmo assim a ideia de
que eles poderiam derrubar o carro me aterrorizava completamente.
Droga! Isso é muito louco!
—Não se preocupe, Sr.Wild, e não se esqueça de colocar o cinto de
segurança.
James se acomodou no banco do motorista e Peter ao seu lado. Os
dois pareciam calmos, era como se não houvesse centenas de pessoas
histéricas ao nosso redor.
—Claro. —Respondi assim que o automóvel se colocou em
movimento.
Soltei um suspiro e me encostei no banco do passageiro, é realmente
exaustivo a vida de um astro do rock.

∞∞∞

Depois de quase meia hora, chegamos ao estúdio da gravadora. Ramón e


Louis me aguardavam na entrada e Ramón parecia bem nervoso.
—Santo Deus! Graças a Deus que você está bem. Está um caos na
porta do hotel, quase que os meninos não saiam de lá.
Ramón pigarreou, agradecendo aos céus. Cumprimentou-me com um
breve abraço.
—Sim, de fato. —Concordei. —Onde está David?
Olhei ao redor, a sua procura, cumprimentei algumas pessoas da
equipe presentes.
—Lá dentro. —Louis faz um gesto com a cabeça para dentro do
estúdio.
—Bom, vamos entrar. Temos muito trabalho para hoje. —Ramón
exclamou empurrando Louis e eu.
Quando entrei, a primeira coisa que meus olhos se fixaram foi em
olhos azuis de derrubar qualquer um no chão... Espera aí! Oh não! Droga! É
ela, oh meu Deus! É ela mesmo!
Ellie estava sentada em uma cadeira, de frente para David com os
olhos fixos em mim. Seus doces e pecaminosos lábios estavam entreabertos.
Seus lindos e longos cabelos escuros estavam em um perfeito rabo de cavalo,
seus seios estavam bem empacotados em uma blusa azul marinho, suas
pernas estavam cruzadas e perfeitamente expostas devido a saia um pouco
curta que ela vestia. Tornei a encarar seus lindos olhos azuis, que
continuavam a me encarar surpresos.
—Você?! —Dissemos em uníssono, não deixando o olhar um do
outro um instante sequer. Droga! Ela está gostosa pra caralho! Santo Deus,
essa mulher é um fruto proibido.
—Vocês já se conhecem? Bom, eu já devia saber. Não existe mulher
bonita que Scott ainda não tenha conhecido.
Ramón riu com vontade. Ellie, infelizmente, desviou seu olhar do
meu, passando a encarar Ramón com a testa franzida.
—Eu não transei com ele. Se é isso que está passando pela sua cabeça
nesse momento, descarte agora.
O homem arqueou uma sobrancelha, surpreso.
Ela apenas revirou os olhos.
—Desculpe-me, senhorita Amby.
—Está tudo bem.
Ellie tornou a colocar seu olhar azul sobre mim enquanto eu não
conseguia parar de admirar cada parte de seu corpo perfeito.
Já estava de pau duro por imaginar como sua pele nua deve ser macia.
Inferno! Eu tinha passado a manhã com duas loiras putas de gostosa para
tentar afastar qualquer tesão que meu corpo tenha criado por Ellie, e aqui
estou eu, incrivelmente duro por causa dela. Mil vezes droga!
—Você é a garota do vídeo, então?
—É o que parece.
—Suspeitava já.
—Que bom.
—Uhum.
Nossos olhares pareciam que iam lançar raios um contra o outro.
A safada em nenhum momento se deixava abater, sempre ficando por
cima.
—Irônico, não?
—O quê?
Sorri de lado.
—Para quem nem ao menos me conhecia, você está se saindo bem;
vai até participar do clipe da minha banda. Acho que você sempre soube
quem sou.
Dessa vez, foi ela quem riu.
—Não me importo com o que pensa.
—Ah é mesmo?
Ergui uma sobrancelha.
—Sim, é. —Deu de ombros.
Louis e David deram risadinhas.
Contive um xingamento para ambos.
—Vamos ao que realmente interessa. Tudo está resolvido com sua
agente, Srta. Amby. Fico muito feliz que você tenha topado participar do
novo clipe dos meninos... —Ramón esfregou suas mãos animado, soando
satisfeito. Olha para Ellie, que, naquele momento, me encara como se visse
mais uma cabeça em mim.
Não deixei barato, abri um sorrisinho charmoso para ela, e acabei
fazendo papel de idiota quando ela simplesmente revirou seus olhos para
mim.
—É um prazer para mim. —Sorriu para meu produtor. —Creio que
Sara o tenha passado as informações e exigências necessárias no acordo.
Exigências? Que porra é essa?
Convidamos essa filha da puta para participar do clipe e ela ainda faz
exigências?
—Sim, sim. —Ramon confirmou.
—Certo.
—Scott?
A voz de David me trouxe de volta à realidade, fazendo-me desviar
meu olhar do de Ellie.
—Sim?
—Está tudo bem com você?
—Claro que está, por que não estaria?
Dei de ombros para David e caminhei até uma cadeira de prata,
localizada no centro do estúdio.
Alguns minutos depois, os outros produtores da banda chegaram.
Ellie passou grande parte do tempo conversando com David e Louis,
enquanto eu fiquei em um canto a encarando.
—Prontos para verem como ficou a música ritmada? —Ramón
anunciou e, assim que todos concordaram, um som começou a soar nos
fundos do estúdio; nossa música, Rude Girl. No entanto, em um novo estilo,
quase um remix.
A música que demorei meses para compor, sorri para mim mesmo
passando a prestar atenção na letra da música:
Oh Garota, não tente me enganar.
Diga-me que você me quer.
Oh sim, eu sei... Você quer!
Não seja má, venha minha garota rude.
Nossos corpos se completam nesse ritmo.
Tão lento e bom.
Seja só minha, e de mais ninguém!
Venha, seja rude! Bem rude!
Oh, minha Garota Rude.
Oh yaaah! Sim venha para mim.
Tão lento e bom.
Não seja boba, eu sei que você quer.
Até mais do que eu.
Diga-me que você me quer.
Oh sim, eu sei... Você quer!
Não seja má, venha minha garota rude.
Seja só minha, e de mais ninguém!
Venha, seja rude! Bem rude!
Oh, minha Garota Rude.
Logo no fim da música, com seus três minutos, meus olhos foram
puxados para o olhar intenso de Ellie, que me encarava com os olhos cheios
de um desejo reservado. Sorri para ela, fazendo-a ficar toda sem jeito e, sem
pensar, sussurrei apenas para ela ouvir:
—Garota rude.
Capítulo 6
Ellie Amby

escobrir que aquele arrogante faz parte da banda que me contratou para
D participar do clipe foi... Chocante. Foi óbvio a resposta de onde vinha
tanta arrogância e petulância dele, estaria mentindo se dissesse que isso
e muito mais nele não me atraíam. Senti como se uma inundação tivesse
atingido minha calcinha quando Scott me olhou daquele jeito e sussurrou de
um jeito sensual para mim. Uma parte minha, que deveria se manter presa
dentro de mim, vibrou em êxtase em meu interior.
Por mais que eu dissesse que não estava atraída pelo homem, meu
corpo insistia em mostrar o quanto eu estava errada.
Até mesmo um cego veria que aquele filho da puta era quente.
Exalando masculinidade e testosterona por todos os poros. E aquele corpo?
Oh, santo Inferno! O homem deve ter sido esculpido pelo próprio diabo.
Perigo, é o aviso que deveria ser pregado em sua testa; a simples
visão do sorriso daquele homem era algo fatal.
Todos aqueles músculos duros e o andar sensual… Era um pacote
completo para a pura perdição.
E eu, sem sombra de dúvidas, não estava a fim de conferi-lo.
Aquele homem era furada, nem ao menos meu estilo ele fazia, eu
sempre preferi caras calmos e românticos.
Scott está longe de ser um homem romântico, é até insano tentar
imaginá-lo assim. O estilo despojado e cheio de si daquele homem me dá nos
nervos. Ele é o tipo perfeito de bad boy que eu deveria me manter longe,
entretanto, por que diabos havia essa necessidade de estar por perto?
Para meu próprio bem, eu devo me manter firme, isso inclui deixar de
imaginar o tamanho do pau daquele homem e qual seria a sensação de tocar
seus músculos rígidos.
Pensamento ilícitos provocavam meu corpo quando eu lembro da
forma como ele me olhou durante todo o momento no estúdio.
Tentei ao máximo ficar longe dele, por mais que o desgraçado
parecesse tentar me encurralar a todo instante.
Se não fosse por David ou Louis, o homem provavelmente teria
cumprido todas as promessas que seu olhar malicioso e imoral me dava.
—Ellie?! —Escutei alguém elevar seu tom de voz perto dos meus
ouvidos e, com o susto, acabei derramando um pouco de suco de laranja no
chão do restaurante do hotel.
—Sara, desgraçada, olha o que me fez fazer. —Resmunguei irritada,
algumas pessoas ao redor nos encararam de suas mesas.
A vadia ruiva riu de minha situação.
—Foi mal, é que parecia que seu corpo estava aqui, mas você não. No
que estava pensando que te faz sorrir tanto?
Travei, estupefata.
Eu estava sorrindo?!
—Ah... Em nada demais... Só saudades de Los Angeles.
Menti descaradamente.
—Ellie Amby, você é a pior mentirosa desse mundo, você seria uma
péssima atriz.
—Não estou mentido, estou com saudades de casa, da minha família...
—Ellie...
Fechou sua expressão.
Deixei escapar um suspiro.
—Certo, está bem. —Ergui minhas mãos em derrota. —Estava
pensando em um cara.
—Sério? E quem é o sortudo?
—Um arrogante convencido.
—Ah, esses são os melhores.
Ela riu maliciosa.
—Claro que não.
—Foda. Com certeza, sim.
—Eu não acho.
Tomei um gole de meu suco.
—Quem é? Eu conheço?
—Não, não conhece. —Bradei de imediato. —Não importa, não ira
acontecer nada entre nós.
—Nossa, que merda hein?
—O quê?
—Você.
—Eu o quê?
Sara revirou os olhos.
—Parece até que foge dos caras.
—Eu não...
—Você sabe que sim.
—Foda-se. Não me importo.
—Ellie, não é assim que as coisas funcionam. Já faz um tempo desde
a última vez que esteve com um cara e nem adianta dizer que é por causa do
trabalho.
—Não é como se eu tivesse necessidade de estar com um cara.
—Eu não disse que precisa. —Ergueu suas mãos.
—Ah não?
Espremi meus olhos.
—Não. —Negou. —Acontece que você está negando a si mesma a
oportunidade de conhecer alguém.
—Não quero conhecer alguém.
—Querida, todas queremos.
—Eu não.
—Negue o quanto quiser. —Bebeu seu drink, sorrindo de lado. —No
fundo, você sabe que precisa de um grande pau para animá-la.
—É claro que não.
—Então por que estava pensando nesse cara há alguns minutos?
Fiquei calada sem saber o que responder, ela sorriu vitoriosa.
—A questão é que eu apenas me sinto atraída por ele e não posso,
entende?
—Não, não entendo. Por que você não pode?
Inspirei profundamente.
—Porque ele é o tipo de cara errado e certo ao mesmo tempo. O tipo
de cara que se você se entregar a ele, não tem mais volta.
—Ele parece interessante.
—Essa não seria a palavra certa para defini-lo. Ele é... Oh céus.
Quente como o inferno.
—Então por que você nega a atração que tem por ele?
—Você está prestando atenção no que estou falando? Ele não é meu
tipo. O cara transpira problemas.
—Às vezes é bom se meter em problemas.
—Não o tipo de problema que não tem como resolver.
—Está assim por causa do que o Nick te fez? Ellie, isso é passado.
Não permita que isso atrapalhe seu presente.
A simples menção de Nick me faz bufar.
—Não é isso, eu nem ao menos estou a fim desse cara.
—Quem é ele? Todo esse papo me deixou curiosa? É alguém
importante?
—Você não imagina o quanto.
Bebi meu suco, vendo Sara me observar atenta, afim de respostas.
No entanto, quando desviei meu olhar dela, para alguns metros atrás,
foi inevitável não ofegar quando o avistei. Atraindo olhares com seu andar. E
o pior de tudo, ele me viu.
—Merda. —Ajustei minha postura. —Sara, aja normal, ele está vindo
pra cá.
—Ele quem?
Sara olhou para trás e Scott já estava bem próximo a nós. Sara o olhou
dos pés a cabeça descaradamente e eu fingi desdém ao homem.
Ele estava na mesma roupa de algumas horas atrás.
—Morena. —O sorriso cheio de si se fez presente.
—Idiota.
—Espera... Você é Scott Wild?
Ela me deu um olhar como se dissesse “Sua desgraçada! O cara é
Scott Wild e você não me contou?! Ah meu Deus!” ou algo como isso.
Scott levou seus olhos para Sara, sorriu charmoso para ela.
—Sim, e você, quem é?
Ela sorriu, toda safada.
—Sara. Agente da Ellie.
—Oh, sim. É um prazer, linda.
—De fato.
Revirei meus olhos.
Pude até sentir meu estômago revirar.
—Sara, contenha-se.
—Ciúmes? —O escroto provocou.
—De quem? De você? —Caí em uma risada zombeteira. —Somente
em seus sonhos, querido.
—Tenho minhas dúvidas.
—Oh, porra de homem chato! —Murmurei.
—Que boca suja, hein? Vou adorar dar um trato nela.
Que descarado!
Ele ainda piscou pra mim.
Sara soltou uma risadinha.
—Quanto amor vocês dois, hein? Acho que vou pegar uma bebida
para mim. —A vaca murmurou e se levantou.
Olhei pra ela querendo pedir socorro. Antes dela se virar, me deu um
olhar do tipo, “Se vira vaca”, e saiu.
Puta!
—Posso me sentar? —Perguntou Scott já se acomodando na cadeira
onde Sara estava.
—Já se sentou, né? —Respondi sem encará-lo. —O que você quer
afinal?
—Só quero conversar com você como uma pessoa civilizada.
—E se eu não quiser?
Estreitei meu olhar para ele.
—Depois diz que eu sou ignorante.
—Olha, se for pra torrar a minha paciência é melhor eu ir embora.
Levantei-me, ele também.
—Ellie, deixa de ser tão teimosa com você mesma.
—O que quer dizer com isso?
—Por que não se entrega logo a esse desejo louco que temos um pelo
outro?
Aproximou-se.
—Eu não desejo você.
Ah, como eu desejo sim.
—Não é o que seus olhos dizem.
Ele se aproximou mais e, em seguida, me pegou pela cintura, colando
meu corpo ao dele.
—E o que eles dizem, sabichão?
—Que você quer que eu foda você fortemente. Que você quer sentir
meu pau bem atolado em sua boceta.
Merda. Respondi a suas palavras com tremores em todo meu corpo, e
um calor em minha boceta.
Tive que me esforçar para não corar diante ele, porém foi impossível
não ofegar.
—Não poderia estar mais errado.
—Eu acho que estou certo.
Arrepiei-me toda quando sua respiração quente tocou minha pele.
—Eu posso sentir pelo seu corpo o quanto você me deseja, o quanto
deseja ter meu pau entrando bem gostoso na sua bocetinha.
Minha calcinha estava toda encharcada.
—Você é muito idiota mesmo. —Tentei me manter firme.
Eu não iria ceder a ele.
Não seria só mais uma em sua cama.
—Por que não admite que quer tanto estar na minha cama sendo
fodida?
—Porque eu estaria mentindo se o fizesse.
Mordi meu lábio, o vi engolir em seco quando fiz isso.
—Você me tira do sério, mulher.
—Fico feliz em saber disso. —Descaradamente, passei minha mão
por seu corpo, tocando na protuberância em sua calça, senti seu pau ereto.
E que pau. Parecia tão grande e grosso.
—Até mais. —E para finalizar, rocei meus lábios nos dele e saí
andando sem olhar para trás, senti olhares de algumas pessoas que
presenciaram a cena, entretanto estava pouco me fodendo para elas.
Scott Wild esqueceu que no jogo da sedução, dois podem jogar, e eu
farei o possível para provar que ele não pode ter sempre a mulher que quer,
na hora que quer; vou fazê-lo comer na palma da minha mão.
Sorri sozinha, em um andar sensual e poderoso, sentindo os olhos
quentes daquele homem me acompanharem.
Capítulo 7
Ellie Amby

enti-me poderosa quando Scott me olhou de um jeito como se a qualquer


S momento fosse me foder, naquele lugar mesmo, no meio daquele
restaurante. Bem que eu iria adorar, ele só não precisa saber disso, né?
Scott Wild tem que aprender que ele não pode ter qualquer mulher caindo aos
seus pés quando ele quiser, e ele também tem que perceber que ele também é
descartável.
Só espero não me foder nessa história toda. Preciso pensar em meu
próximo passo. O que fazer para deixá-lo mais louco ainda por mim? Porque
depois da tentativa falha daquele homem de tentar me convencer a ceder a
esse “Desejo”, eu pude ver o quão louco ele está por mim.
Sara disse que eu sendo eu mesma já o deixo louco, eu só não vejo
nada demais em mim. Não vou mentir e dizer que sou feia. Sou bonita e
tenho minhas qualidades, porém não me acho isso tudo que muitos homens
dizem que sou. Às vezes, me acho inocente demais em alguns quesitos, não é
à toa que por causa dessa inocência, acabei tendo meu coração partido por
um filho da puta que só me usou e me traiu. Sei que Nick é carta fora do
baralho, entretanto vou estar mentindo se disser que, ao lembrar do que ele
fez comigo, não me dói. Dói tanto que sinto que nunca mais poderei amar
alguém de novo. Nunca me senti tão lixo como há cinco anos.
Não posso ficar aqui parada, lembrando do passado. Isso me não me
faz bem.
É isso que Nick é; passado.
Nesse momento, estou em meu quarto, deitada para dormir, mas
depois de lembrar desse passado, acabei perdendo o sono completamente.
Uma ideia passou por minha cabeça e resolvo sair para espairecer.
Faz muito tempo que não saio para me divertir.
Peguei meu celular e disquei o número de Sara, que atendeu no
terceiro toque.
—Oi, Ellie.
—Sara, o que está fazendo? Preciso sair.
—Pra onde?
—Não sei, só não quero ficar aqui nesse quarto olhando para as
paredes. Eu só quero sair, não importa pra onde.
Minha voz saiu um pouco oscilante.
—Certo, vou só dispensar o carinha aqui e, quando chegar aí, eu já a
quero arrumada e linda. Estou em um... Bom, não importa, já estou a
caminho.
—Eu empatei sua foda?
—Não, na verdade estou feliz que você ligou. Esse cara que me
convidou para sair é um pé no saco. Precisa de um mapa para saber onde
meter o pau. —Ri com suas palavras.
—E por que aceitou sair com ele?
—Ele é gostoso. —Explicou.
—Oh, não estou surpresa.
—Foda-se. Logo estou aí.
Desligou a chamada, corri para o banheiro para tomar uma ducha
rápida.
Saí do banheiro alguns minutos depois, enxuguei meu cabelo e fui
direto para minha mala pegar um vestido que comprei há alguns dias, que não
usei até o momento por achar vulgar demais. Como hoje só quero curtir e
deixar de ser responsável apenas por algumas horas, ele é perfeito.
Peguei o vestido preto com pequenas pedrinhas brilhantes espalhados
pelo tecido de seda e coloquei em cima da cama. Ele era curto, com um
decote V nas costas que eu supunha ir até o final e na frente é todo coberto,
com mangas 3x4. Peguei a parte de baixo da lingerie, também preta, e
coloquei, depois peguei o vestido e o vesti. Fui para frente do espelho e o que
vi foi uma mulher pronta para matar. Ele chega até metade das minhas coxas
e é todo justo, deixando meus seios e bunda maiores, Fora que destacava
minhas curvas. Me senti uma outra pessoa.
Sequei meus longos cabelos cacheados, jogando-os para o lado para
deixar as costas à mostra.
Não sou muito fã de maquiagem, o que é estranho já que sou modelo,
e sempre que vou posar para fotos, colocam um quilo de maquiagem em meu
rosto.
Passei um lápis de olhos preto para destacar mais meus olhos azuis, e
um batom vermelho em meus lábios carnudos, também usei um rímel,
deixando meus cílios mais longos. Olhei bem para o espelho e adorei o
resultado refletido.
Fui até uma outra mala e pego meus saltos da Louboutin preto com o
solado vermelho. Por último coloco simples brincos prateados e pronto.
Finalmente pronta.
Observei o relógio e vi que já eram vinte e duas horas. Ia mandar uma
mensagem para Sara, porém antes que eu enviasse, a porta da suite se abriu e
Sara paralisou ao me ver.
—Uau, é você mesmo Ellie?!
—Está muito exagerado, né? Ai, meu Deus. Eu vou trocar.
—Você está linda, só que eu não estou acostumada a ver você assim
tão...
—Vulgar. —Completei.
—Gostosa. —Sorriu.
—Às vezes, acho que você é meio lésbica.
—Tive experiências. —Deu de ombros. —Mas ainda assim prefiro
um pau.
Caí na risada.
—Vamos logo, louca.
Pego minha mini-bolsa e a puxo pelo braço para sairmos da suíte.
Pegamos um táxi e foi só dentro dele que decidimos aonde iríamos.
Resolvemos ir a uma boate, a dita melhor de Nova York, Lavo.
Demos muita sorte. O dono da boate é um conhecido de Sara,
provavelmente uma ex-foda. Então entramos sem enfrentarmos a fila enorme
que se formava na entrada.
Assim que entramos, já senti a música Work, da Rihanna e Drake,
entrar em meu corpo, fazendo-me dançar.
—Sara, preciso dançar essa música. —Entreguei minha bolsa a ela e,
sem deixar ela falar, corri para a pista de dança.
Comecei a rebolar no ritmo da música, fui até o chão e voltei. Várias
vezes, meu vestido subia, por mais que eu insistisse em pôr ele no lugar.
Estava me sentindo outra pessoa naquele momento e nada e nem
ninguém poderia estragar isso.
Senti que estava sendo observada e, quando olhei em volta, vi que me
tornei o centro das atenções. Notei vários homens me olharem como se
fossem me atacar a qualquer momento, todavia não estava nem aí para eles,
só queria me divertir como se não houvesse o amanhã.
Senti uma mão segurar firme em minha cintura e ao me virae, dei de
cara com um homem alto pra caralho, com um sorriso malicioso no rosto.
—Você é muito gostosa, está chamando a atenção de todos aqui. —
Sussurrou, puxando-me para perto.
—Minha intenção nunca foi essa. —Tentei não ser rude.
—Não me engane, gatinha, eu sei o que você quer e eu posso te dar
isso e muito mais. —Ele tentou me beijar a força, porém, cerrei meus lábios
reclusa, tentei empurrá-lo, mas era impossível. O cara, além de muito grande,
era muito forte.
—Me larga! —Gritei, olhando em volta, procurando por Sara, mas
não a vi em lugar nenhum e, com a multidão que se formou sem que eu
percebesse na boate, ficava mais difícil ainda. O som super alto da música
dificultava alguém me ouvir.
Estou ferrada!
—Ah safada! É isso que você é, uma safada por ter provocado meu
pau.
O terror me tomou quando o homem apertou minha bunda, exalando
álcool por seu hálito.
—Me larga, seu idiota! —Gritei, saindo de seu aperto, aproveitei e
acertei um tapa estalado em seu rosto. Vi a marca da minha mão em sua
bochecha.
—Sua puta! —O ódio era evidente em seu rosto e, quando tentei
correr, ele me segurou pelo meu braço o apertando bruscamente.
—Aiii! —Gritei de dor.
—Vou te mostrar que ninguém faz isso comigo e sai impune depois,
vadia! —Ele me jogou bruscamente no chão e, nesse momento, a música
parou, fazendo todos pararem de dançar e olharem para nós. Tentei me
levantar, mas senti uma dor terrível no corpo.
Ele se aproximou para me chutar, porém antes que ele fizesse isso, o
vi sendo arremessado para longe e, em seguida, como se o tempo estivesse
em câmera lenta, vi Scott levantar o homem pela camisa com uma mão e com
a outra dar vários socos no rosto dele, que mal conseguia se defender.
—Filho da puta! Nunca mais encoste suas mãos imundas nela de
novo!
Scott jogou o sujeito no chão.
Ele deu uma breve olhada em mim e o que vi em seu olhar me fez
estremecer.
Eu vi ódio, puro ódio.
Capítulo 8
Scott Wild

iquem atentos e tomem cuidado. —Peter orientou assim que


—F entramos na boate e o som alto da música “Work” atingiu nossos
ouvidos, tocando aos fundos.
Louis, David e eu acenamos com a cabeça vendo-o se afastar com
James e mais alguns seguranças. Eu e os meninos vamos até a área VIP da
boate que fica no topo. Aquele ponto nos permitia ver todas as pessoas lá
embaixo, na pista de dança.
Sentamo-nos com Louis em um lado meu e David no outro.
As luzes piscavam a todo instante, vários tons de vermelho e azul
coloriam a iluminação do local. David começou a batucar os dedos em cima
da mesa, no mesmo ritmo da música.
Logo uma mulher vestindo um short jeans bem curtinho e um top rosa
que mal cobria seus seios, se aproximou de nossas mesas e vi seus grandes
olhos verdes se arregalarem ao caírem em cima de cada um de nós.
Sorri vendo-a estacar a nossa frente, com seu corpo começando a ficar
trêmulo.
—Meu Deus... —Murmurou bem baixinho, encarando fixamente a
nós três.
—Boa noite... —Disse com uma voz sedutora, puxando o canto de
meu lábio, formei um sorrisinho malicioso.
David e Louis percebem a presença da mulher a nossa frente e
sorriram um para o outro.
—Vocês... São... Da... Rocked? —Perguntou engolindo em seco em
cada palavra dita, com seus peitos subindo e descendo devido a sua
respiração acelerada.
Ela me encarou e eu apenas balancei a cabeça confirmando.
—Nossa... Ai... Eu... Sou muito... Fã... De vocês! ... —Novamente
gaguejou.
—Ficamos muito feliz com isso. Então baby, estamos curtindo a
noite, vamos querer algumas bebidas. — Disse David sorrindo para a moça
que arregalou ainda mais suas safiras.
—Ah sim, o que... Vocês... Gostariam de tomar...? —Indagou,
balançando sua cabeça de um lado para o outro, possivelmente tentando
voltar a si.
A vi erguer um pequeno caderninho de anotações em uma de suas
mãos e percebi que ela trabalhava na boate.
—Uma garrafa de Whisky... Certo, rapazes? —Olhei para David e
Louis que confirmaram com a cabeça, fazendo a moça acenar mais do que o
necessário, e anotar nosso pedido no caderninho. Logo em seguida saiu às
pressas de nossa mesa.
Os meninos e eu, caímos em uma gargalhada alta, vendo-a andar toda
atrapalhada para o balcão do bar.
Olhei para David, o vi passar uma mão por seus cabelos castanhos,
sua camiseta preta sem mangas deixando à mostra o dragão tatuado em seu
braço. Louis está com uma camiseta branca de mangas curtas, com uma
jaqueta preta por cima, seus cabelos loiros penteados para o lado, enquanto
eu uso uma camiseta de mangas longas de cor azul escura, que definia
perfeitamente os músculos de meus braços.
Alguns minutos depois, a mulher de cabelos pretos voltou trazendo
uma garrafa e três copos de vidro.
Ela colocou a garrafa no meio da mesa de formato redondo e se
curvou para pôr os copos na frente de cada um de nós e, quando se curvou
para colocar o meu na minha frente, ela faltou esfregar os seios na minha
cara. Sorri quando ela me flagrou olhando suas tetas.
—É por conta da casa. Aproveitem a noite e se precisarem de
qualquer coisa, é só me chamar. —Decretou, sorrindo maliciosamente para
nós três. Apenas sorrimos em agradecimento a fazendo se afastar em seguida,
caminhando em um rebolado para atender outra mesa.
Apanhei a garrafa de Whisky e retirei a tampinha; curvei a garrafa
sobre meu copo derramando uma boa quantia da bebida dentro dele e, em
seguida, fiz o mesmo nos copos de David e Louis.
Coloquei a garrafa no mesmo lugar de antes; peguei meu copo e o
levei até minha boca, tomando um pequeno gole. Senti rapidamente meu
corpo estremecer quando o líquido ardente da bebida desceu queimando por
minha garganta.
Meu olhar varreu toda aquela área. Estávamos no segundo andar, tipo
um mezanino, acima da pista de dança, com várias mesas espalhadas pelo
local com até mesmo algumas outras celebridades ao redor, Só podiam subir
nessa área os “grandes", ou melhor, “os fodões”.
Vaguei minha atenção pela pista de dança abaixo, vi várias pessoas
dançando, ou melhor, se esfregando umas na outras.
Estava fazendo um pouco de frio, mas não chegava ao ponto de
incomodar. Apesar da música estar muito alta, ainda se podia ouvir milhares
de murmúrios de conversas.
Tomei mais um gole de minha bebida, passando minha mão livre por
meus cabelos lisos e penteados para trás.
Voltei meu olhar para os meninos, Louis apenas tomava sua bebida
observando todo o local, enquanto David encarava a pista de dança com sua
bebida na mão.
Avistei James parado a alguns quilômetros de distância de nós, em
um terno preto e óculos escuros, com um olhar atento sobre nossa mesa.
Eu achava um saco essa coisa de para todo lugar que íamos termos
seguranças em nossa cola. Sei que é necessário porque uma vez uma fã
tentou sequestrar Louis, ameaçando-o com uma faca quando estávamos
tomando uma bebida em um bar, na época em que fomos fazer um show na
cidade de Londres. Desde então, Ramón exige que nossa equipe de segurança
esteja sempre conosco.
Soltei um suspiro baixo, voltei meu olhar para a pista de dança,
quando ligeiramente fui atraído para uma pessoa no meio de toda aquela
gente, por pouco não me engasguei com a bebida em minha garganta
encarando as costas nuas de uma morena extremamente gostosa.
Engoli em seco; desci meu olhar pelo vestido preto com pedrinhas
brilhantes espalhadas pelo tecido. O vestido era bastante decotado e
destacava suas curvas perfeitas e a bunda fodidamente deliciosa, foi aí que
meus pensamentos ficaram em alerta, reconhecendo instantaneamente aquela
bunda.
Não, não pode ser! — Pensei, apertando com força o copo em minha
mão, subi meu olhar por suas costas nuas e encarei aqueles cabelos pretos
que quase chegavam em sua bunda. Não precisei me esforçar para ver que
realmente era Ellie lá embaixo, já que a mesma deu uma girada, ficando de
frente para mim. Meu pau despertou dentro de minha cueca, começou a
pulsar dolorosamente quando meus olhos caíram sobre aquela mulher
dançando e rebolando.
Caralho!
Tive que colocar lentamente meu copo sobre a mesa, para me
prevenir de não o quebrar.
Ellie dançava de um jeito sensual, remexendo o corpo no mesmo
ritmo da música e rebolando a bunda de um lado para o outro.
Meu coração começou a bater de uma forma incontrolável em meu
peito, me deixando assustado.
Ela não havia me visto, eu por outro lado não conseguia tirar meus
olhos um instante sequer dela.
Foi aí que reparei que não eram só os meus. Quase todos os filhos da
puta naquela pista de dança, encaravam aquela morena gostosa, e com
motivos! Porra! Por que diabos ela tinha que usar um vestido tão vulgar e
chamativo?
Pude sentir meu sangue pegar fogo quando vi um cretino dos infernos
se aproximar demais dela, encostando seu corpo no dela.
Eu, literalmente enxerguei tudo vermelho como sangue naquele
momento, não sei dizer o porquê, só sei que uma raiva sobrenatural se
apossou de mim.
—Está tudo bem, Scott? —Ouvi a voz de David ao meu lado, mas
nem ao menos dei atenção. Eu não tinha domínio de meu corpo naquele
momento.
A raiva estava aumentando a cada instante.
Levantei-me rapidamente de minha cadeira, caminhei a passos
rápidos até a escada que dava para o primeiro andar. Ouvi David e Louis
gritarem meu nome.
Desci as escadas com tudo, cheguei ao andar de baixo e empurrei
feito um touro selvagem as pessoas que estavam em meu caminho.
Procurei Ellie com meu olhar e senti uma dor acertar meu peito
quando avistei o desgraçado a beijando. Minha visão ficou turva enquanto eu
encarava aquela cena.
Meus ciúmes minimizou ao ver Ellie tentando se soltar dos braços do
cara, mas a raiva aumentou e me coloquei a caminhar com rapidez na direção
dele.
Vi atentamente o momento em que ela acertou um tapa na cara do
filho da puta, se afastando em seguida.
Mas o desgraçado a agarrou pelo braço e falou alguma merda para
ela, jogou-a no chão, a música da boate parou e todos ao redor olharam
atentos para Ellie no chão.
Eu estava fumaçando de ódio e, quando vi que ele estava prestes a
chutá-la, corri enlouquecido até ele, lhe dando um soco em um lado de seu
rosto, o arremessando ao chão.
Agarrei ele pela camisa com uma mão, o ergui do chão e lhe acertei
impiedosamente no rosto com a outra mão.
Um, dois, três, quatro socos e a fera dentro de mim gritava por mais.
Eu queria arrebentar a cara dele.
—Filho da puta! Nunca mais encoste suas mãos imundas nela de
novo! —Rosnei em sua face, que já começava a ficar inchada, e o joguei ao
chão.
Soltei uma respiração pesada, direcionei meu olhar para Ellie, que
ainda continuava no chão, com seus grandes olhos azuis arregalados,
extremamente assustados.
Dei quatro passos até ela e cai de joelhos próximo a ela. Levei minhas
mãos até seu rosto, senti suas bochechas geladas, porém, com meu toque,
logo elas esquentaram.
Os nós de meus dedos estavam meios vermelhos e machucados, mas
não liguei para isso.
—Ellie... Está tudo bem com você? —Perguntei ao acariciar sua face.
Nossos olhos pareciam presos um no outro. Olhos azuis, com olhos
negros, conectados um ao outro.
Ela respondeu apenas confirmando lentamente com a cabeça.
Respirei e inspirei diversas vezes, tentando controlar minha
respiração.
—Vamos... Deixe-me ajudá-la a se levantar... —Enlacei sua cintura
com meu braço e nos ergui do chão.
No mesmo instante, avistei David e Louis que vinham em nossa
direção com os seguranças atrás, passando por entre a multidão que se
formava.
—Mas que merda você fez, caralho!? —David rosnou ao me encarar
com um olhar furioso.
Mantive meu olhar firme sobre o dele, ouvi várias pessoas gritarem
nossos nomes ao nos reconhecerem.
—Eu dei uma surra em um desgraçado, porra! Ele ia bater nela! —
Gritei sentindo as veias de meu pescoço saltarem e os músculos de meu corpo
se contraírem.
Os olhos de David se afastaram de mim e foram para Ellie ao meu
lado.
—Putz! Ellie... Está tudo bem com você? —Investigou se
aproximando um pouco dela e, por alguma razão, me senti incomodado com
isso, acabei a afastando para trás, não permitindo que ele a tocasse.
—Sim, está tudo bem com ela! —Respondi por ela e vi David me
olhar com as sobrancelhas franzidas.
—Ellie! Meu Deus!!! —Uma ruiva empurrou David, o fazendo ir para
o lado. Ela entrou em meu campo de visão. Foquei os meus olhos nela e a
reconheci, era a tal agente da Ellie. Acho que o nome dela é Sara.
Antes que eu percebesse, ela abraçou Ellie com uma força
surpreendente, sendo retribuída pela morena.
Senti as mãos da ruiva tentando afastar meus braços da cintura de
Ellie, entretanto, mantive firme o aperto, mas puxei meu braço rapidamente
dali quando senti um beliscão em minha pele, fazendo-me gemer bem
baixinho de dor.
—Que merda… —Ouvi David murmurar ao encarar a ruiva que se
afastou um pouco de Ellie, pondo suas mãos no rosto dela.
—O que diabos aconteceu, Ellie?! —Perguntou em um tom sério.
—Eu não sei... Um louco tentou me agredir...—Ellie contou com uma
voz melancólica, parecendo conter o choro.
A ruiva rapidamente olhou para mim, seu olhar ficou semelhante ao
de um assassino sem escrúpulos.
Ela soltou o rosto de Ellie e já estava vindo até mim quando Ellie
agarrou seu braço e a impediu.
—Não foi ele… —Afirmou engolindo em seco. —Foi ele… —Virou
seu rosto para o lado, apontou para o filho da puta jogado no chão, que gemia
de dor sem parar.
A ruiva de olhar assassino se soltou do aperto de Ellie e se direcionou
até o desgraçado no chão e, em um movimento rápido, chutou o meio de suas
pernas com força — e vontade —, fazendo David, Louis e eu ofegarmos,
imaginando o quão doloroso aquilo havia sido. Ouvimos o desgraçado berrar
bem alto.
—Nunca mais encoste na minha amiga, ouviu, seu escroto de merda!
—A ruiva ameaçou, deixando-me extremamente assustado.
—Sr. Wild, o que está acontecendo? —James apareceu a minha frente
com um semblante sério.
—Nada demais. Ah, chame uma ambulância para aquele lixo ali no
chão. —Com um aceno positivo de cabeça, ele se afasta.
—Vamos embora, Ellie… —A ruiva esbravejou, chamando minha
atenção a elas.
—NÃO! —Gritei assustando todos ao redor. Ellie trouxe seu olhar
para mim, com seus olhos novamente arregalados. —Venham comigo, por
favor. —Pedi e me surpreendi quando vi Ellie suspirar e sobre os protestos da
amiga ruiva, confirmou com a cabeça.
Sorri para ela. Caminhei até a escada por entre as centenas de pessoas
que me olhavam de boca aberta em seus lugares. Vi os meninos virem com
elas atrás de mim, além dos seguranças que tentavam impedir algumas
pessoas que insistiam em se aproximar de nós.
Os dois homens no topo da escada, parados na entrada da área VIP
nem precisaram pedir meu cartão para entrar, eu apenas passei pelas portas de
vidro, voltando a caminhar para a mesa de antes, que estava vazia, e puxei
duas cadeiras da mesa ao lado até a nossa.
Alguns minutos depois, Ellie chegou com a ruiva, Louis e David a seu
lado, com seus semblantes confusos. Os dois novamente se sentaram ao meu
lado, enquanto as duas nas cadeiras que eu havia colocado de frente para
mim.
Ellie, no instante em que se sentou, soltou uma respiração pesada,
jogando uma mecha de seu cabelo para trás.
—Você tem certeza de que não quer ir embora? —A ruiva perguntou,
colocando uma mão em seu ombro.
—Está tudo bem, Sara. Eu realmente não quero ir agora. —Ellie
respondeu suavemente. Sara, esse era o nome da ruiva assassina.
A tal da Sara soltou uma bufada e notei seu batom borrado e, pela
fraca luz da boate, vi uma chupada em seu pescoço e arqueei uma
sobrancelha a encarando. Logo ela percebeu meu olhar e franziu sua testa
para mim.
—O que foi? —Perguntou soando irritada. Eu não disse nada, apenas
fiz um gesto com minha cabeça, balançando de um lado para outro.
Sara se curvou e pegou o copo de vidro na frente de David. Ele estava
parado e a encarou atentamente. Ela viu que ainda continha alguma
quantidade de bebida dentro do copo, inspirou o cheiro da bebida e sorriu
dando uma golada em seguida.
—Quem foi o responsável por deixar aquele infeliz daquele jeito? —
Perguntou Sara ao olhar para mim e para os meninos ao meu lado.
Nenhum de nós respondeu, mas logo senti o olhar de meu irmão e o
de Louis sobre mim.
—Ah, então foi você... Só não te faço um boquete agora em forma de
agradecimento porquê estamos em um lugar público e não acho que seria
apropriado uma agente de uma importante modelo ter fotos estampando
capas de revistas e jornais com a cara entre as suas pernas e com a boca no
seu...
—Sara! Se controle! —Ellie a repreendeu, com suas bochechas
ficando vermelhas de vergonha.
—E com a minha? —David riu sozinho.
Todos levaram seu olhar para ele.
—O quê? —Sara indagou confusa.
—Você foi com a minha cara?
A ruiva ergueu suas sobrancelhas surpresa, diante o olhar malicioso
de meu irmão, para enfim, acabar sorrindo.
—Quem sabe.
Deu de ombros, bebeu outro gole.
—Meu Deus. —Ellie soltou uma respiração baixa, balançou a cabeça
em reprovação.
Nossos olhares se cruzaram e sorri de leve para ela, infelizmente ela
acabou desviando seu olhar do meu.
Inferno! Essa noite realmente será longa!
Capítulo 9
Scott Wild

oras já haviam se passado e as únicas pessoas que continuavam sóbrias


H naquela mesa eram eu e Ellie. A música havia voltado a tocar assim
que viram que Ellie estava bem. No momento, Chandelier tocava em
um ritmo eletrônico.
Um gritinho eufórico chamou minha atenção, fazendo com que eu
levasse meu olhar para a minha frente.
—Daniel, vamos transar! Quer dizer... Dançar! —Sara gritou e se
levantou da cadeira, completamente bêbada e com um sorriso enorme no
rosto.
—É David! —Meu irmão a corrigiu se levantando, tão bêbado quanto
a cabelo de fogo.
—Tanto faz! —A ruiva gritou fazendo-me sentir minha cabeça latejar
de dor por um instante e em seguida caí na risada. Passou por David e o
puxou para juntos irem cambaleando para a pista de dança, ignorando os
homens de preto que o seguiam.
—Me esperem, seus porres! —Louis se ergueu, esbarrando na mesa e
correu na mesma direção de Sara e David.
—Eu acho melhor irmos embora.
Olhei para o meu lado e vi Ellie me olhar atentamente.
—Está se sentindo mal?
—Só estou um pouco cansada. Hoje foi uma noite... Difícil. —Diz
desviando seu olhar do meu.
—Eu sinto muito. Se eu tivesse chegado antes, teria evitado que
aquele verme tivesse feito o que fez com você.
Cerrei meu punho ao me recordar de como a encontrei.
Fodido de merda.
—Está tudo bem, Scott. Não tem nem razão para se culpar, na
verdade você me salvou. Aquele homem iria fazer bem pior.
Por poucos segundos, seu olhar ficou triste, perdendo um pouco de
seu brilho único.
—Ei, não fique assim. Vamos, eu vou te levar pra casa. —Disse e me
levantei e estendi minha mão para ela.
—Não, é sério. Está tudo bem. —Se negou, balançando a cabeça. —
Por favor, não estrague sua noite por minha causa.
—Ellie, vamos lá. —Insisti. Seu olhar era inseguro, com certo receio
em aceitar a minha mão.
—Tem certeza de que quer ir?
—Claro. —Confirmei.
Enfim ela respirou fundo, aceitando.
Nesse momento, tive aquela mesma sensação, como se uma corrente
elétrica estivesse passando pelo meu corpo. Senti meu corpo estremecer e
acho que Ellie sentiu o mesmo que eu já que, rapidamente, ela tratou de soltar
minha mão. Sua face ruborizou-se.
Até corando essa mulher é linda!
—E os outros? —Perguntou, querendo desfazer o clima estranho que
havia se formado.
—Vou pedir para os seguranças ficarem de olho neles e depois levá-
los ao hotel.
Ela assentiu e depois me seguiu.
Depois de dar algumas instruções aos seguranças, pedi a um deles
para me acompanhar até o hotel, para sairmos por trás da boate, já que a
notícia de que a Rocked estava na Lavo se espalhou rapidamente, trazendo
muitos paparazzis para cá. Como viemos eu e os meninos em um carro junto
com dois seguranças e mais dois em outro carro, ficou fácil a organização
para irmos embora.
Ao sairmos da boate sem sermos notados, Ellie e eu fomos no banco
de trás da Land Rover prata, enquanto o segurança nos guiava no banco da
frente.
Ellie ficou calada o tempo todo somente olhando para suas mãos. Ela
provavelmente está traumatizada com o que aquele imbecil fez. Queria eu
poder apagar essa memória de sua mente.
—Ellie... Eu... —Cocei minha nuca. —Queria me desculpar pelo
modo que te tratei quando nos conhecemos.
Seu olhar se encontrou com o meu e um sorriso calmo se fixou em
seus lábios.
—Sem problemas, Sr. Wild.
—De verdade, Srt. Amby?
Sorrimos juntos.
Ellie confirmou com a cabeça.
—Sim, de verdade.
Nossos olhos permaneceram presos um ao outro, como se nossa linha
do tempo houvesse congelado, permitindo nos conectar em uma simples troca
de olhares.
Voltamos a ficar em silêncio durante o restante do trajeto. Tudo o que
eu fazia era olhar pra ela.
—Chegamos, senhor. — Sou tirado de meus devaneios quando ouço
Peter.
—Obrigado, Peter.
—Às ordens, senhor.
Saí do carro, dei a volta e abri a porta ao lado de Ellie e, antes que ela
saísse, estendi minha mão para ela como havia feito na boate, no entanto,
dessa vez ela aceitou de imediato.
Entramos no hotel ainda completo silêncio, e esse silêncio durou até
chegarmos em frente a suíte de Ellie.
—Então. —Suspirou bem baixinho. —Obrigada pelo que fez. —
Sorriu sem jeito. —Bom, me refiro ao fato de me socorrer na pista de dança e
me trazer para cá.
Diante ela, sorri.
— Não precisa agradecer.
—De qualquer forma... —Senti meu coração parar quando ela se
aproximou de mim, se ergueu na ponta dos pés e depositou um beijo em
minha bochecha. —Obrigada.
Engoli em seco.
Puta merda! Por essa não esperava.
—Certo.
—Sabe, você me mostrou ser bem diferente do que eu pensei que
fosse. —Notei um sorriso se formar em seu rosto, o que me fez sorrir
também.
—Ah é? —Ergui uma sobrancelha, impressionado. —E o que pensou
de mim?
Subiu e desceu seus ombros, criando uma expressão travessa.
—Digamos que... Nada legal.
—Wow. —Sorri. —Acho que dei motivos para isso.
—É, tem razão.
Rimos juntos.
Ficamos nos encarando por longos minutos naquele corredor vazio.
—Foi bom conversar com você de uma forma normal. —Confessou.
—Sem xingamentos e provocações.
—Admito que a parte das provocações eu gosto.
—Scott. —Repreendeu incrédula.
—Tudo bem, desculpe.
Ergui minhas mãos em rendição.
—Você é tão... —Perdeu sua fala.
—Tão? —Instiguei curioso.
—Engraçadinho.
Em um ato impulsivo, levei minha mão para seu rosto.
—Já você é tão linda.
Ela corou levemente e virou o rosto para o lado.
—Se está querendo me levar para cama saiba que... —A interrompi
antes que termine a frase.
—Ellie, não é porque eu te elogio que quero te levar pra cama. —
Embora eu sentisse muito essa vontade louca de foder alucinadamente essa
mulher.
—Desculpa, é automático.
—O quê?
—Essa autodefesa.
Franzi minha testa.
—Acha que as pessoas te elogiam só para transar?
—É que... São coisas do passado que não gosto de lembrar. — Podia
jurar que vi uma lágrima se formar em seus olhos azuis.
—Não quero te ver triste, a noite ainda é uma criança, vamos nos
divertir. Claro, se não estiver muito cansada. —Ela esboçou um sorriso fraco
e me encarou com as mãos na cintura.
Ela fica tão sexy quando faz isso!
—São quatro da manhã, acabamos de chegar de uma boate. O que
podemos fazer nesse hotel?
Nem queira saber o que pensei naquele momento.
—Se eu disser que não pensei em sexo quando você disse isso, você
acredita?
—Não. —Respondeu sorrindo.
—Tá, podemos ficar acordados assistindo alguns filmes e comer
besteiras. Conversar, beber ou jogar algo.
—Por que isso agora?
—Sei lá. — Dei de ombros e fitei sua face desconfiada. —Só quero
passar um tempo ao seu lado.
—Ah é?
—Uhum.
—Sabe... —Seu olhar vagou levemente por meu corpo, e acho que
fiquei louco, pois captei uma leve luxúria em suas írises. —Tive uma ideia do
que podemos fazer, senhor rockstar.
—Tudo bem, o que sugere que façamos?
Cruzei os braços.
Ela pareceu pensar por alguns segundos antes de responder. Mordeu
os lábios de um jeito bem sensual que me fez olhar automaticamente para a
sua linda e carnuda boca e engolir seco.
Mulher deliciosa da porra!
—Que tal irmos para cama, é bem melhor. —Bradou enfim, com um
sorriso divertido no rosto.
Desfiz meu sorriso contente de imediato.
—Tem razão, você deve estar cansada mesmo, amanhã venho ver
como se sente. —Murmurei, virando-me para ir para meu apartamento,
porém, fui interrompido quando senti sua mão segurar a minha.
—Acho que você não entendeu.
Levei meu olhar até o dela.
—Como assim?
Ellie riu de minha confusão.
Aproximou-se mais de mim.
—Acho que mudei de ideia. —Sorriu e passou a língua por seus
lábios. —Acho que não vai fazer mal algum irmos para a cama juntos.
Estanquei estupefato.
—Você... Quer dizer... Que?
Quando chegou até mim, ela uniu nossos corpos, aproximou nossos
rostos.
—Uma noite apenas. —Sussurrou sedutora. —E nada mais.
—Mas você disse que...
—Não me faça mudar de ideia, Scott. —Ronronou de um jeito tão
gostoso sobre mim. —Estou quebrando uma das minhas principais Regras
então, faça valer a pena.
Ela mal terminou de falar e eu a peguei em meus braços, colando
nossos corpos.
—Eu farei.
Entramos em meu apartamento. Assim que entramos, a coloquei no
chão, fechando a porta.
Quando me virei, vi Ellie me olhar com desejo. Ela mordeu os lábios
quando percebeu que estava olhando para ele e, porra!
Meu pau ficou duro feito uma pedra.
—Você tem certeza disso Ellie? Depois que eu começar, não vou
mais parar.
—Vou querer tudo, menos que pare.
A puxei para meus braços. Não resisti mais e a beijei com todo o
desejo que sentia por essa mulher.
No momento em que provei do seu beijo pela primeira vez, pensei
que algo dentro de mim havia mudado, mas agora, provando do seu doce
beijo novamente e sendo retribuído, tenho a mais pura certeza de que
realmente algo mudou dentro de mim. Pode parecer estranho o que vou dizer,
mas pela primeira vez, senti que não suportaria a ideia de ver outro homem
tocando em Ellie, pois a partir do momento em que coloquei os meus olhos
nela, eu sabia que ela seria minha, somente e exclusivamente minha.
Capítulo 10
Ellie Amby

u sempre ouvi que a vida é feita de escolhas; algumas boas, outras ruins
E e nunca temos a opção de escolher as duas ou de não escolher nenhuma.
Mas, de uma maneira ou de outra, sempre acabamos escolhendo a forma
errada. Por mais tentadora e prazerosa que seja, acabamos nos arrependo de a
ter escolhido, mas como o velho ditado diz: “Não se pode chorar pelo leite
derramado”
Às vezes, só precisamos dizer um foda-se para tudo e acabar optando
pela escolha que achamos correta para nós, mesmo se ela puder ser a causa de
nossa ruína. Durante anos de minha vida, eu optei pelas escolhas certas, ou as
que eu achava que eram, e sempre acabei me ferrando no final.
Agora, aqui estou eu, na suíte do homem que eu prometia para mim
mesma nem chegar perto. Scott Wild podia ser o maior cafajeste que eu já
conheci, mas eu o desejava e, apesar de tentar lutar muito contra isso, eu não
conseguia. Chega um momento em que nos tornamos covardes e desistimos
de lutar. Esse momento havia chegado. Já estava mais do que na hora de eu
deixar de colocar meus medos em primeiro lugar. Eu queria Scott e ele me
queria, então por que não me jogar com tudo nesse desejo? Scott havia me
mostrado que não era o cretino sacana que eu imaginava que ele era. Bom,
talvez ele realmente seja, mas ele tem um lado que me encantou essa noite.
Seu toque era o suficiente para minha pele formigar e esquentar,
como uma chama ardente e devastadora.
Como muitas mulheres nesse mundo, eu estava atraída por ele; afinal,
é quase impossível não desejar esse astro bad boy, com seu jeito arrogante e
sedutor de ser. Seu sorrisinho convencido era o suficiente para me deixar fora
de órbita.
—Um milhão de beijos por cada um de seus pensamentos... —Disse
com sua voz rouca, enquanto unia sua testa a minha e apertava minha cintura
com seus fortes braços.
Seu aroma inebriante e viciante invade minhas narinas, me fazendo
inspirar profundamente aquele aroma tão devasso e destruidor. Sua
respiração quente e descompassada se juntava a minha devido a nossa
proximidade.
Scott, bem lentamente, desceu seu rosto para meu pescoço,
começando a roçar seus lábios quentes em minha pele, mordiscando e
plantando leves beijos ali. Me fez arfar enquanto meu corpo entrava em
erupção.
—Tão deliciosa... Tão perfeita... Tão minha... Caralho... —Ronronou
bem baixinho contra meu pescoço, esfregando com mais precisão sua virilha
rígida em minha pélvis.
Abri bem devagarinho minha boca, deixei gemidos prazerosos
escaparem.
Acabei soltando um gritinho quando, em um movimento rápido, Scott
me ergueu pela minha cintura, agarrou minhas pernas com uma mão e
colocou a outra em minhas costas, enquanto eu enlacei seu pescoço com
meus braços, aconchegando minha cabeça em seu peitoral definido.
Ele começou a caminhar comigo em seus braços. Saiu da sala e entrou
por um corredor, me guiando até seu quarto, onde havia uma enorme cama no
centro. Eu não consegui reparar em mais nada ali enquanto Scott me
depositava com cuidado em sua cama e me ajudava a retirar meus sapatos.
Ele se sentou na borda da cama e agarrou um de meus pés, me fazendo gemer
quando o levou até seus lábios e chupou um de meus dedos. Uma corrente
elétrica percorreu todo o meu corpo se concentrando exclusivamente em
minha excitação latejante.
Scott pôs meu pé novamente sobre o colchão da cama, se levantou e
foi até uma mesinha, ligou uma caixinha de som e dentro de poucos minutos
sua voz ecoou por todo o quarto com uma batida leve ao fundo e uma guitarra
acompanhando a melodia de sua voz.
Observei atentamente Scott de costas para mim. Suas costas eram
perfeitas e seus ombros largos, completando a escultura que esse homem é.
Logo, ele se virou novamente para mim, abrindo um sorriso que por
pouco não me fez desmaiar ali. Começou a caminhar em minha direção, com
seus olhos brilhando de forma sensual. Scott começou a puxar sua camiseta
para cima, se livrando rapidamente dela.
Admirei fascinada seus músculos definidos e seus braços torneados
com os músculos de seus bíceps contraídos e seu tanquinho definido.
Ele chegou até a cama, subiu nela e começou a engatinhar até mim,
com seu olhar feroz e pecaminoso me manteve presa a ele; seu sorriso
selvagem permanecia em seus lábios carnudos. Scott ficou em cima de mim,
com seus braços um em cada lado de meu corpo, se curvou bem lentamente
sobre mim e aproximou seu rosto do meu, unindo nossos lábios, pedindo
passagem para sua língua habilidosa entrar em minha boca e logo permiti sua
passagem. Deixei sua língua brincar com a minha e explorar cada centímetro
de minha boca.
Senti suas mãos irem para meu vestido. Começou a subi-lo e logo
estava livre dele. Vi Scott o jogar no chão, perto da sua camiseta.
Seu olhar possui o tom mais quente e devastador quando cai sobre
meu corpo, nu da cintura pra cima. Me surpreendi quando ele jogou sua
cabeça para trás, soltou um rosnado grotesco e necessitado.
Voltou com tudo para mim, com sua cabeça caindo na curva de meu
pescoço e seus lábios puxando minha pele com força e precisão.
—Diga-me o que você quer, baby.
Sua voz estava rouca e embargada devido a sua excitação. Uma nova
música começou a tocar, mas essa não era dele, era de um de meus cantores
favoritos, Hozier. Confesso que fiquei surpresa ao ouvir Someone New tocar,
mas não tive tempo de coordenar meus pensamentos, pois Scott deu uma
chupada em meu pescoço me arrancando um gemido alto.
As mãos de Scott iam em cada lado da minha cintura e ele, com calma
e delicadeza, tirou a minha calcinha enquanto também tirava a minha
sanidade com seus beijos e mordidas no meu pescoço.
Logo, eu estava sem roupa alguma. Quando seus olhos negros caíram
sobre meu corpo, agora completamente nu, eles ficaram enormes, com um
brilho devastador se apossando deles, os deixando mais selvagens.
Ele jogou sua cabeça para trás, rosnou e ronronou ao meu tempo,
descendo com suavidade seu corpo másculo e quente sobre o meu.
Don't take this the wrong way
Não entenda isso da maneira errada
You knew who I was every step that I ran to you
Você sabia quem eu era a cada passo que corri até
você
Only blue or black days
Somente dias tristes e escuros
Electing strange perfections in any stranger I
choose
Elegendo perfeições estranhas em desconhecidas
Would things be easier if there was a right way?
Tudo seria mais fácil se houvesse um caminho certo?
Honey, there is no right way
Querida, não há um caminho certo
And so I fall in love just a little
E assim eu me apaixono um pouco
Seus dedos foram até o meio das minhas pernas e seu toque me
deixou toda arrepiada.
Would things be easier if there was a right way?
Tudo seria mais fácil se houvesse um caminho certo?
Senti uma batida de meu coração falhar quando Scott, com uma voz
ofegante, começou a acompanhar a voz de Hozier. Desceu por meu corpo,
com seus lábios deixando uma trilha de beijos por minha pele, fazendo a
mesma queimar e necessitar cada vez mais por seu toque. Ele se posicionou
em cima de mim, com sua cabeça em minha barriga e seus lábios roçando a
região ao redor de meu umbigo.
You knew who I was every step that I ran to you
Você sabia quem eu era a cada passo que corri até
você
Scott continua seus beijos e cantando com a voz rouca e ofegante,
aumentando cada vez mais minha excitação enquanto a música ecoa por todo
o quarto.
Todo meu fôlego se esvaiu quando Scott chegou entre minhas pernas,
demorou um bom tempo com seus olhos em meu sexo exposto.
Mas, como sempre, Scott me surpreendeu caindo sobre mim, com seu
rosto entrando entre minhas pernas, suas mãos grandes e firmes passando a
agarrar minhas coxas e apertá-las, marcando-as intensamente.
Os lábios de Scott tocaram minha região sensível, fazendo-me
contorcer na cama quando senti sua língua quente rodopiar ao redor de meus
grandes lábios.
Puxo o lençol da cama com minhas mãos, mordendo meu lábio
inferior com força, quase o furando.
—Ohh... —Gemi baixinho, o som que escapa de meus lábios se
misturando ao som da música, fazendo Scott rosnar, colocando seus lábios
em meu sexo.
Por Deus! Isso é intenso demais! Esse homem é intenso demais!
Abaixei meu olhar para poder encará-lo, com seus ombros largos
relaxados e sua cabeça posicionada entre minhas pernas.
Gemi alto quando Scott me penetrou com sua língua, me fazendo
sentir uma descarga elétrica percorrer cada milímetro de meu corpo.
Minhas paredes vaginais pareciam ter aceitado perfeitamente a língua
de Scott, que entrava e saía de mim, fazendo vários movimentos circulares,
arrancando-me gemidos.
Hozier continuava cantando e minha excitação só aumentando para
um nível que eu achava impossível.
Scott retirou sua língua de mim, ergueu sua cabeça e me deu um
sorrisinho malicioso, passou sua língua habilidosa por seus lábios e voltou
com tudo para meu sexo.
Meus seios começaram a formigar enquanto Scott brincava com meus
lábios vaginais e, automaticamente, levei minhas mãos para cada um de meus
seios, apertando-os com força e acariciando os bicos com meus polegares.
Don't take this the wrong way
Não entenda isso da maneira errada
Scott cantou ofegante, beijou meu sexo e minhas coxas, continuou
apertando-as com suas mãos.
—Goze para mim, baby, libere seu mel em minha boca. —Sua voz
soou rouca e necessitada.
Quando Scott caiu de boca contra meu sexo, não demorou muito para
meu orgasmo chegar, tão forte, tão impiedoso, tão destruidor e avassalador
que me fez gritar seu nome, enquanto jatos de minha liberação pareciam
nunca ter fim.
Scott tirou sua boca de mim, começou a engatinhar sobre meu corpo,
ficou em cima de mim, enterrou sua cabeça e cantarolou as notas finais da
música em meu ouvido:
I fall in love just a little
Eu me apaixono um pouco
Oh, little bit every day with someone new
Ah, pouco a cada dia com alguém novo
Por alguma razão, eu o deitei na cama, subi em cima de seu corpo
másculo, lhe dando um sorriso provocador. Vi seu sorriso surpreso para mim,
me lançando um olhar malicioso.
Minhas mãos se apoiaram em seu peitoral definido e senti sua pele
quente sob minha palma.
Curvei-me sobre Scott, descendo minha cabeça até seu pescoço.
Planto beijos por toda a sua pele, mordiscando e chupando e, quando eu iria
começar a descer por seu peito largo, ele me colocou para baixo novamente,
ficando com seu corpo sobre o meu.
—Você ainda me mata, morena... —Vejo seus olhos carregados de
uma luxúria indomável e isso, por alguma razão, me excita ainda mais.
Scott saiu da cama e começou a tirar sua calça e cueca às pressas. Ri
com seu ato quando ele jogou sua calça e cueca para longe. De costas para
mim, ele caminhou até uma escrivaninha e o vi pegar uma embalagem de
camisinha.
Meu olhar caiu sobre sua bunda, durinha e redonda, extremamente
perfeita, era de dar inveja, mas quando Scott ficou de frente para mim, todo o
ar que existia em meus pulmões se foi quando encarei seu corpo
completamente nu.
Ele estava duro. Muito duro. Todo rígido e glorioso para cima. Scott
era bem dotado, devia ter uns vinte e três centímetros e; caralho! Seu membro
era perfeito, com a mesma cor que a pele bronzeada de Scott, com sua grande
cabeça parecendo estar inchada.
Fui tirada de meu devaneio com o som de algo sendo rasgado e
quando percebi, Scott já estava colocando a camisinha em seu pau, com seu
olhar ardente sobre mim.
Scott vem em minha direção como um leão selvagem, com seus olhos
pegando fogo. Sobe novamente na cama e fica sobre meu corpo.
Nossas respirações estavam ofegantes, nossos corpos pareciam que
iriam pegar fogo a qualquer momento.
Senti perfeitamente seu membro tocar meu sexo quando seu corpo
cobriu o meu e bem de leve soltei um gemido ao sentir sua potência rígida e
quente em mim.
—Você é perfeita, Ellie... —Scott disse com uma voz grave, puxando
minha atenção para ele.
Sorri para ele.
E, acabo me surpreendendo quando ele uniu nossas testas e colou
nossos lábios novamente, com sua língua invadindo minha boca, começando
a brincar com a minha.
Uma mão de Scott fez um caminho por entre nossos corpos e sento
quando ele agarrou seu pau e começou a guiá-lo em direção a minha entrada
molhada, devido ao orgasmo que tive.
Sua boca devorava a minha de uma forma selvagem e meus gemidos
pareciam deixá-lo ainda mais louco.
Uma nova música começou a tocar e uma voz feminina passou a
ecoar por todo o quarto. Essa eu não conhecia, mas tinha uma voz linda.
Scott começou a esfregar seu membro em minha entrada pulsante,
fazendo ela e eu ansiarmos cada vez mais por ele.
Seus lábios abandonaram os meus e seus olhos se encontram com os
meus. Ele me olha de uma forma tão intensa e sensual que eu não sei o que
fazer, apenas confirmo com a cabeça quando percebo que ele estava pedindo
permissão para entrar em mim.
E, com um enorme sorriso, Scott entrou em mim, em uma estocada
lenta. Quando fui abrir minha boca para gemer, ele me beijou.
Porra! Ele era muito grosso e parecia estar apertado em volta de
minhas paredes vaginais e isso era intenso demais!
Scott estocava bem lentamente em mim, rebolando seu quadril
tornando as estocadas mais gostosas.
Levei minhas mãos para suas costas e cravei minhas unhas nelas
quando a boca de Scott saiu da minha e ele passou a beijar e morder meu
pescoço.
Meus gemidos se tornaram ritmados com a música e suas estocadas.
Encalcei minhas pernas em sua cintura e pedi, bem baixinho, para ele
acelerar suas estocadas.
Scott mordeu meu ombro, enterrando fundo seu pau em mim. Soltei
um gemido misturado com um grito de prazer, me entregando completamente
a ele.
Meus seios duros batiam contra seu peitoral definido e isso estava me
levando a loucura.
As mãos de Scott agarraram minha cintura, ele começou a acelerar
suas estocadas com seu membro rígido entrando e saindo de mim.
—Como você é apertadinha e quente! Caralho, morena! —Rosnou
com a voz embargada de excitação, beijou meu ombro e meu pescoço.
Ele apertou com mais força minha cintura, respirou como um touro,
entrando e saindo de mim com tudo.
Meu sexo estava pulsante e eu podia sentir perfeitamente seu membro
latejando dentro de mim, me alargando cada vez mais.
Nossos corpos estavam conectados um ao outro e isso era tão surreal
e tão natural. Era como se houvesse uma chama invisível entre nós, mantendo
nossa excitação ardente e infinita. Cada estocada em mim era profunda e
precisa. Scott realmente era bom no que fazia, mas o que eu podia esperar de
um astro libertino? Eu nunca havia recebido um prazer tão imenso como
aquele e tenho absoluta certeza que nunca irei ter nada assim novamente.
—Ohh, Scott... Por favor... Mais... —Meus gemidos eram
incontroláveis, minha respiração seguia o ritmo descontrolado da dele.
Fechei meus olhos, o senti morder o lóbulo de minha orelha, me fez
apertar ainda mais minhas pernas ao redor de sua cintura.
Scott me levava a loucura quando rebolava seu quadril e estocava
fundo em mim e, com isso, ele encontrou meu ponto de prazer, acertou
repetidas vezes em uma região que me fazia perder o fôlego e ansiar por
mais.
Desci minhas mãos para suas nádegas duras e as empurrei, ajudando-
o com suas estocadas, fazendo-o rosnar cada vez mais alto.
Scott girou nossos corpos outra vez na cama, me fazendo ficar em
cima dele. Ele capturou meu olhar com o seu.
—Cavalga em mim vai... —Ordenou ofegante, com um sorriso safado
pregado no rosto. Apertou minha cintura com suas grandes mãos enquanto as
minhas se apoiavam em seu peitoral, que subia e descia acompanhando a sua
respiração descompassada.
Sorri maliciosa para ele, joguei minha cabeça para trás. Obedeci a sua
ordem; descia e subia sobre seu membro, sentindo ele entrar e sair de mim
enquanto eu quicava.
O calor entre nós parecia aumentar a cada instante, era incrível como
estávamos quente naquele momento.
Acelerei meus movimentos, cavalgando com rapidez sobre seu
membro, fazendo Scott gemer alto sem parar, acompanhado por mim.
Uma sensação estranha começou a nascer dentro de mim, deixando
todo o meu corpo em êxtase, eu sabia muito bem que era meu segundo
orgasmo chegando com tudo.
—Eu vou... Oh porra! Eu vou gozar! —Bradei com a voz falha, senti
meu ápice chegando.
—Goze, baby... Eu também... Ahh!... Eu também vou gozar! Caralho!
—Scott rugia extasiado, com uma gota de suor descendo por sua testa,
enquanto meus movimentos continuavam acelerados e precisos, aproveitando
a posição pra esfregar meu sexo nele.
E só bastou ofegarmos nossos nomes em uníssono para o maior
orgasmo de nossas vidas nos atingir, nos fazendo gritar enlouquecidamente.
Eu podia sentir a camisinha se enchendo com seu esperma e sua
quentura, ao mesmo ritmo que meus jatos saiam.
Caí ofegante sobre o peito dele, que subia e descia aceleradamente.
Scott envolveu meu corpo com seus braços, depositei meu queixo no topo de
sua cabeça.
—Caralho... —Murmurou eufórico, sorrindo em seguida, com seu pau
ainda duro dentro de mim, mesmo após ter alçando sua liberação.
Sorri contra seu peito, puxei uma grande respiração para meus
pulmões necessitados.
—Isso foi.., Uau... Incrível! —Ofeguei me aconchegando em seu
peitoral.
Scott novamente sorriu.
—Concordo plenamente, baby. Eu nunca havia gozado assim em
minha vida... Mas, agora descanse, você teve uma noite longa. —Ele disse
me apertando contra seu peito.
Concordei com a cabeça, sorrindo para mim mesma quando ele
plantou um beijo em meus cabelos.
Fechei meus olhos, deixei o sono me envolver completamente.
Capítulo 11
Scott Wild

cordei procurando por Ellie e não a encontrei na cama. Antes de me


A levantar, olhei no relógio e vi que eram dez horas da manhã. Me
levantei rapidamente e fui direto para o banheiro, também não a
encontrei lá.
A que horas ela saiu que eu não vi?! Por que ela foi embora? Será que
ela não gostou? Será que ela se arrependeu?
Balancei a minha cabeça para espantar os pensamentos e tomei a
atitude de ir procurá-la para saber o porquê de ela ter ido embora sem nem ao
menos se despedir. Antes de ir a suíte dela, tomei um banho rápido e coloquei
uma box branca, uma bermuda jeans escura, uma camisa jeans e calcei meus
chinelos. Assim que abri a porta da minha suíte, dei de cara a amiga ruiva de
Ellie.
Diabos, sempre esqueço o nome dela!
— Sara? — A chamei, meio receoso por talvez ter errado seu nome.
Ela parecia ter ido a academia, pois além de estar vestida com uma legue
preta e uma blusa enorme roxa, ela estava muito suada e com os cabelos
presos em um coque mau feito.
— Gostosão! Diga o que quer. — Exclamou toda sorridente.
— Você viu a Ellie?
— Ela saiu hoje cedo para resolver algumas coisas, por quê? —
Perguntou extremamente curiosa.
Acho que Ellie não contou a ela que passou a noite comigo.
— Nada... Eu só queria saber se ela está melhor depois de ontem. —
Menti.
— Oh, nem me lembre de ontem a noite. Aquele imbecil merecia ter
apanhado mais. Você foi um herói Scott. Muito obrigado por ter salvado a
minha amiga. — Agradeceu.
— De nada, Sara. Só fiz o que achei ser o certo a se fazer. — Sorri.
— Acho que me enganei em relação a você, Sr. Exibicionista. —
Bradou e, em seguida, se virou para entrar na suíte que dividia com minha
linda Ellie.
Sr. Exibicionista?! De onde raios surgiu isso?

∞∞∞

Já era quase noite e eu ainda não havia encontrado Ellie. David disse que
Ramón contou que os telefones dele, não paravam de tocar, pois todos
estavam querendo saber o que a super modelo do momento, Ellie Amby,
tinha com o vocalista da maior banda de rock dos últimos tempos.
Sinceramente, tô pouco me lixando para essa merda toda, tudo que eu quero é
encontrar Ellie, só isso. Mais uma vez, me encontrei batendo na porta da suíte
de Ellie e novamente quem atendeu foi Sara.
— De novo, Scott? Sei que você é lindo, mas já está enjoando a cada
dois minutos você vir aqui e fazer a mesma pergunta: "A Ellie já chegou?".
— Disse sem nem me dar chance de perguntar nada.
— Eu sei disso, Sara, mas é que preciso muito falar com ela. É um
assunto muito sério. — Ela revirou os olhos e deu passagem para que eu
entrasse.
— Espera aqui, Ellie está no banheiro. Vou ter que sair, até mais.
Deu um breve aceno e saiu.
Olhei em volta e notei que havia uma pequena mala pronta em cima
da cama, quando me aproximei da mala, Ellie saiu do banheiro e parou
abruptamente no meio do caminho quando me viu. Sua expressão era distante
e triste. Vestia uma calça jeans clara, uma blusa branca e um casaco, seu
cabelo estava preso em um rabo de cavalo. Estava calçando sapatilha, sem
maquiagem alguma.
Não que ela precise de alguma maquiagem para ficar linda, isso ela já
é naturalmente.
— O que faz aqui? — Perguntou bem ríspida.
— Queria ver você, conversar e saber o motivo de você ter saído sem
ao menos ter se despedido antes. — Ela me olhou fixamente.
— Achei que tínhamos combinado que seria somente uma noite e
nada mais.
Olhei pra ela, incrédulo por suas palavras.
— Ellie, eu sei que meu histórico não é bom, mas eu me senti mal por
você ter saído sem me avisar. — Ela sorriu. — Certo, sei que sou sempre eu a
fazer isso.
— Touché. — Sibila.
Fui pego na minha própria armadilha.
— Você não gostou? — Perguntei legitimamente preocupado.
— Claro que eu gostei, Scott. Foi incrível.
— Então por que não ficou? — Me aproximei.
— Não sou o tipo de mulher que você está acostumado a ter, Scott
Wild. — Desviou o olhar. — Eu não vou rastejar implorando por migalhas de
sua atenção.
— Você é diferente, Ellie.
— Quem me garante que você não diz isso a todas?
O desdém em sua voz me afetou.
— Ellie, escute uma coisa. Eu posso ser cafajeste, safado e um
mulherengo, mas não sou mentiroso. Jamais iludi mulher alguma que
transasse comigo; sempre procuro ser sincero. Jamais prometi flores e
corações para elas, jamais disse que teríamos algo mais além do sexo.
Sempre as dispenso pela manhã e nunca mais as vejo, mas isso é tudo que
combino com elas. Uma noite.
— Então... eu só facilitei o seu trabalho de me dispensar pela manhã e
saí antes de você acordar. Agora se me der licença. — Disse apontando para
a porta.
— Qual a parte do “você é diferente” que você não ouviu, Ellie? Pelo
amor de Deus! Você nunca foi como as outras.
Levei minhas mãos até seu rosto para acariciá-la, mas ela virou o
rosto e isso doeu.
— Você já fodeu tantas mulheres que uma delas descobriu o meu
número e me ligou para me ameaçar. Acho que o seu “acordo” ficou meio
confuso pra ela. — Olhei espantado para Ellie, que manteve uma postura
firme.
— O quê? Quem te ligou?
— Uma de suas fodas, Scott... Quer saber? Vai embora, por favor. —
Pediu.
— Não saio daqui até você me dizer quem foi que te ligou. — Insisti.
— Vai fazer alguma diferença? Você não lembra de nenhuma delas;
já que foram tantas. — Ironizou.
— Ellie, por favor, dá para dizer quem foi que te ligou?
— Olívia, ela disse que se chamava Olívia.
O quê?! Eu vou matá-la!
— Como? Olívia é louca! Deve estar com merda na cabeça, só pode.
— Disse sem acreditar que ela faria algo assim.
— Oh, vejam só! Parece que temos uma foda especial, já que o
grande Scott Wild lembra ao menos do nome da vagabunda que me ameaçou.
— Ironizou.
— Está com ciúmes? — Assim que perguntei isso, ela ficou séria, e
só pela expressão de sem graça, eu sabia a resposta a minha pergunta.
— Eu? Ciúmes de você? Por favor né, Scott?
— Você está com ciúmes de mim. — Afirmei com um enorme sorriso
no rosto.
— Claro que não! Eu... Eu quero que você vá se foder, seu idiota! —
Gritou.
— Ontem não foi bem isso que você disse. — Brinquei.
— Scott, sai daqui. Não posso te deixar aqui quando eu sair. — Olhei
automaticamente para a pequena mala em cima da cama.
— Você vai embora?
— Isso não é da sua conta. — Respondeu indo até a sua mala e a
pegando.
— Claro que isso é da minha conta, me preocupo com você. Pelo que
estou vendo você não está bem. — Me aproximei dela novamente.
—Eu só quero ficar sozinha. — Pediu.
— Sou incapaz de te deixar sozinha, Ellie. — Ela exibiu um sorriso
sem graça e abaixou a cabeça. Com cuidado levei minhas mãos ao seu queixo
para levantar sua cabeça e, quando encontrei o seu rosto, pude ver as lágrimas
descerem.
— Vai embora, Scott. — Pediu com uma voz chorosa.
— O que aconteceu, minha pequena? — Passei meu polegar sobre sua
pele, limpando uma lágrima que estava prestes a cair.
— Preciso voltar para a minha casa.
— Aconteceu alguma coisa? — Perguntei preocupado.
— Scott...
— Por favor.
— Meu irmãozinho foi atropelado ontem enquanto corria para pegar
seu cachorro que havia corrido dele. Ele não viu o carro em alta velocidade
chegar e… — Ela não conseguiu terminar de falar, seu choro se intensificou.
A única opção que me restou foi abraçá-la.
— Não chore, minha pequena, não suporto ver isso, por favor. — Só
em pensar na hipótese de Ellie estar triste, fico mal, com uma sensação de
impotência.
— Ele está internado em estado grave no hospital principal de Los
Angeles. Minha mãe disse que talvez ele perca os movimentos das pernas.
Scott, meu irmão só tem dez anos, isso seria extremamente ruim e triste de se
ver.— Choramingou.
— E você vai pra lá agora? — Perguntei a olhando bem nos olhos,
enquanto tinha minhas mãos uma em cada lado do seu rosto.
— Sim. — Minhas mãos tentam secar as lágrimas que insistem em
descer em seu rosto.
— Sua amiga vai com você? — Perguntei.
— Não, ela tem que resolver algumas pendências. Ela é quem cuida
da minha carreira e como tirei licença para viajar por alguns dias, ela deve
ficar para cuidar de algumas coisas por mim.
— Entendo, então espera aqui. — Me virei para sair dali o mais
rápido possível antes que ela perguntasse algo.
Alguns minutos depois, voltei para a suíte de Ellie. Ela me olhou
completamente surpresa e perguntou:
— Por que esta mala, Scott?
— Eu disse que sou incapaz de te deixar sozinha. Por isso decidi que
vou viajar com você. Não importa o que você diga, eu vou com você e ponto.
Capítulo 12
Olívia Clark

unca fui uma pessoa ruim, muito menos sou do tipo que faz mal a
N alguém, porém, depois do que eu acabei de ler e ver, um ódio
descomunal surgiu dentro de mim de uma forma inacreditável. Era
como se houvesse brotado uma chama voraz em meu interior, queimando
qualquer sentimento bom dentro de mim.
Peguei o jornal mais uma vez para ter certeza de tudo que li naquela
maldita página.
Ontem a noite, o vocalista de uma das maiores bandas da atualidade
foi visto em uma boate frequentada por famosos, a Lavo. Nossas fontes
disseram que Scott Wild acabou se metendo em uma briga com um homem
que estava prestes a bater em uma mulher, e essa mulher não é ninguém mais
e ninguém menos do que Ellie Amby, a super modelo do momento. Depois do
ocorrido, os dois não se desgrudaram mais, tanto que eles foram flagrados
entrando de mãos dadas no hotel onde a banda Rocked está hospedada. Será
que o nosso grande astro do rock teve seu coração fisgado pela linda super
modelo? Não podemos afirmar nada, mas que os dois fazem um casal bonito,
ah eles fazem sim.
Embaixo ainda havia várias fotos dos dois, em diversos ângulos,
entrando no hotel de mãos dadas, e uma outra do Scott abrindo a porta do
carro para ela.
Rasguei o jornal em diversos pedaços, jogando dentro da lixeira mais
próxima.
Um urro de ódio me escapou.
— Maldita seja essa vagabunda! — Rosnei, jogando um vaso de
flores no chão.
Aquilo só poderia ser uma maldita coincidência. Logo ela? Não! Não
pode ser!
Santo Inferno! Por que ela?
Scott é meu, somente meu.
Aquela vadia não vai se intrometer na minha vida de novo! Não vai
mesmo!
Eu só poderia estar amaldiçoada e aquela infeliz deveria ser meu
carrasco na Terra.
Por que ela? Poderia ser qualquer uma.
Onde diabos Scott conheceu aquela maldita? Oh inferno! Por que ela
tinha que sair do inferno de onde veio?!
Estou há muito tempo tentando conquistá-lo e, do nada, essa vagaba
chega. Ah, mas isso não vai ficar assim.
Ellie. A doce e perfeita Ellie.
Só pode ser praga pra mim; e dos fortes.
Peguei o meu celular e disquei o número de Connor, um velho amigo
que me deve muitos favores.
É hora de cobrá-los.
— Ei, belezura. — Idiota. Não estou com paciência para aturar isso.
— Connor, preciso de um grande favor. — Meu tom é seco e firme.
— Só pedir que eu faço, amor.
— Quero que você descubra o número do celular de Ellie Amby.
— Uou, a super modelo? Por que quer o número dela?
— Não lhe interessa, só descubra a porcaria do número e me envie
por mensagem.
— Certo, certo. Tudo por você.
Desliguei sem falar mais nada.
Alguns longos minutos depois, recebi uma mensagem dele com o
número da puta. Não perdi tempo e disquei o seu número, ela atendeu no
terceiro toque.
Meus nervos estavam atiçados.
O ódio corria por minhas veias.
— Alô. — A voz enjoativa ecoou do outro lado da linha
A mesma voz de sempre.
Puta de merda.
Finquei minhas unhas em minha palma.
Scott é meu. Meu! Meu! Meu!
— Ellie Amby?
—Sim, ela mesma. Quem é?
— Sou Olívia.
— E o que você deseja? Afinal de contas, como conseguiu o meu
número pessoal?
— Não importa, estou ligando para te dar um aviso.
— Um aviso?
— Sim, fique longe de Scott Wild ou você...
— Não acredito que isso esteja acontecendo.
— O quê?
— Uma das fodas do Scott me ligando para me ameaçar. Isso seria
cômico se não fosse patético.
— Escuta aqui, sua vagabunda; não sou uma das fodas de Scott, sou
especial para ele.
— Jura? Ontem à noite ele me disse isso também.
Apertei o celular em minhas mãos para conter a raiva que só
aumentava cada vez mais.
— Scott é meu e de mais ninguém e, se você continuar no meu
caminho, vai se arrepender para o resto da sua vida.
— Está me ameaçando?
— Considere como quiser. Eu sei quem é você, Ellie. Sei muito bem.
— O outro lado ficou mudo por alguns instantes e um sorriso zombeteiro
surgiu em meu rosto.
— Você tem sérios problemas.
— Foda-se o que você pensa. A única coisa que quero é que você
fique o mais longe possível de Scott, ele já tem dona.
— Sabia que ele passou o dia todo me procurando? Com certeza para
saber por que eu o deixei depois do nosso sexo alucinante de ontem a noite
que, aliás, durou quase a madrugada toda.
Essa mulher quer morrer, só pode.
— Não brinque com fogo, garota. Não sabe com quem está se
metendo.
Aliás, ela sabe. Só não se recorda.
— Você que não sabe com quem está brincando, projeto de puta mal
acabado.
Sorri com escárnio.
— Eu vou acabar com você!
— Tenta a sorte.
— Pode apostar que vou sim. Vou atingir você onde mais dói, minha
querida.
Sem dar chances para ela responder, eu desliguei e arremessei o meu
celular contra a parede de minha sala com tanta força que ele quebrou em
vários pedaços.
Maldita!
Fui até o meu quarto, abri uma das portas do closet com brutalidade,
vasculhei as várias caixas no fundo, espalhando-as em uma grande bagunça.
Sorri ao encontrar a que eu procurava: uma caixa branca quadrada. A abri e
retirei uma das várias fotos que havia lá dentro.
Passei várias delas, até encontrar a que procurava, retirei uma mecha
de cabelo de meus olhos, fixei meu olhar na fotografia antiga.
Lá estava eu, ao lado da vadiazinha, confirmando que o universo só
poderia estar querendo me foder, ao colocar mais uma vez essa desgraçada
em meu caminho.
Deslizei meu dedo pela foto, onde eu me encontrava abraçada aos
risos com Ellie, em uma época bem distante e esquecida para mim.
Porém, esse espírito maligno voltou para me assombrar e acabar com
meus planos para Scott.
Só que não irei permitir isso.
Ela já me roubou um cara antes, e sofreu as consequências. Pelo visto
quer repetir a dose.
Fui até a minha gaveta do criado mudo do lado da minha cama King
size, com a fotografia em minha mão. Procurei minha agenda, busquei o
número de um antigo amigo e, quando achei, corri para a sala e peguei o
telefone fixo para ligar, já que havia quebrado o celular. Disquei o número e
ele atendeu no primeiro toque.
— Alô, quem é?
— Sou eu... Olívia.
— Olívia! Nossa, quanto tempo!
— Sim, muito tempo mesmo.
— Seu primo aqui sentiu muito a sua falta. Como está a vida aí em
Nova York?
— Estava indo bem, até uma certa vadia se meter no meu caminho.
— E quem seria essa vadia?
— Sua ex.
— Que ex?
— A vagabunda da Ellie, Nick! — Praticamente gritei.
— Ellie?! Mas o que ela fez? Onde ela está?
— Isso não importa, preciso da sua ajuda.
— Para quê?
— Para tirar ela do meu caminho.
— Como vou ajudar sem saber os motivos?
— Ela está se envolvendo com o meu Scott. Já não basta ter roubado
o Josh de mim, ela voltou pra me aterrorizar. — O silêncio pairou do outro
lado.
— Como posso te ajudar e quando?
Sabia que ele iria aceitar quando soubesse que sua querida Ellie está
com outro homem. Foi assim mesmo com o Josh e não vai ser diferente com
Scott.
— Não sei, tenho que pensar em um bom plano. — Mordi meu lábio,
ligando a TV, começando a zapear pelos canais até que um de notícias
chamou minha atenção. Na verdade, era um daqueles canais onde um bando
de gente que não tem o que fazer ficam tomando conta da vida dos famosos.
— É isso mesmo que ouviram, meus queridos telespectadores. Scott
Wild e Ellie Amby acabam de ser flagrados chegando no aeroporto John F.
Kennedy, juntinhos. É... parece que nosso mais novo casal resolveu fazer
uma viagem. Será que o negócio está tão sério assim? Deve ser já que Scott
viajou no meio de sua turnê. Voltamos já com mais informações sobre o
possível romance entre a super modelo Ellie Amby e o vocalista da banda
Rocked, Scott Wild.
Fiquei estática. Estava chocada, senti o meu sangue ferver, o ódio
subir a um nível extremamente alto e um grito enfurecido saiu da minha
boca.
— Olívia! O que foi? — Perguntou Nick assustado. Por um momento
havia me esquecido dele no outro lado da linha.
— Essa garota está morta. — Grasnei friamente.
Ellie Amby vai pagar caro.
— Que garota?
— Ellie, quem mais? Essa vadia viajou com o meu Scott. Viajou!
— Como sabe disso?
— Acabou de passar na TV. Eles viajaram juntos, Nick!
— Calma. Ficar histérica e gritar no meu ouvido não vai adiantar
nada.
— Não estou para brincadeiras, Nicolas.
— Eu também não estou para brincadeiras. Acho que sei para onde
eles viajaram.
— Onde? Vamos, responda!
— Devem estar vindo para Los Angeles. O irmão da Ellie deu entrada
aqui no hospital da cidade, eu que estou sendo o médico dele.
— O que aconteceu com esse moleque?
— Um carro o atropelou e o estado dele é muito grave.
— Tinha que ter morrido.
— Seu problema é com ela, não com o menino.
—Tive uma ideia. — Falei ignorando-o.
— Conte-me.
— Acho que também irei fazer uma viagem.
— Ué, pra onde?
— Bateu uma saudade de Los Angeles de repente, principalmente da
família Amby.
Vou mostrar para essa modelo de quinta que com Olívia Clark não se
brinca.
Sorri para a foto, amassando-a.
— Não perde por esperar, velha amiga.
Capítulo 13
Ellie Amby

lgo que nunca pensei que iria acontecer na minha vida, era que eu iria
A conhecer alguém assim como Scott. Ele simplesmente superou todas as
minhas expectativas em relação a ele. Ele vem mostrando ser alguém
muito diferente do roqueiro mulherengo e frio que todos pintaram, ou talvez
ele quisesse que todos pensassem assim dele por algum motivo, só não sei
qual.
E pensar que, nesse exato momento, estou em um avião rumo a Los
Angeles com a cabeça deitada no ombro dele. Um sonho para muitas fãs e
muito intimidador para mim.
Meus pensamentos são interrompidos quando a voz da aeromoça ecoa
pelo avião, avisando para que todos se acomodem em suas poltronas pois
iríamos pousar.
Levanto minha cabeça de imediato.
— Como se sente? — Perguntou olhando-me bem nos olhos.
— Estou nervosa. — Desviei o olhar.
— Por quê?
— Há exatos cinco anos, eu deixei Los Angeles e prometi voltar
somente quando os meus pais mostrassem sentir a minha falta, que me
perdoariam por ter ido embora aos dezoito anos depois de ter tomado a
decisão de me tornar uma modelo e não uma dona de casa.
Essa é uma parte do meu passado que não gosto de lembrar, pois ao
acessar essas lembranças, todas as outras que sempre quis esquecer vêm à
tona.
Voltar para Los Angeles está sendo um desafio e tanto para mim.
Mal sabe Scott que meu pai é o que mais me preocupa nisso tudo. E
não tem nem como fugir de encontrá-los, já que vim aqui por meu irmão e
eles devem estar tão preocupados quanto eu.

Scott Wild

— Vai ser a primeira vez em cinco anos que verá seus pais, não é? — Ela
nem precisou responder. Seu olhar triste me disse tudo. Não perdi tempo e a
puxei para um abraço.
— Scott... Obrigada. Por vir comigo. — Não precisei nem olhar para
saber que ela estava chorando, sua voz a entregava.
Senti-me impotente ao ver Ellie nesse estado e não poder fazer nada.
Era como levar um soco na cara e não pode revidar. Às vezes, acho que o que
sinto por Ellie vai muito além de um simples desejo insaciável e isso me
assusta muito.
O pouso foi tranquilo e, naquele momento, Ellie e eu estávamos em
um táxi rumo ao hospital enquanto minha equipe levava nossas bagagens
para o hotel reservado. Desde que saímos do avião, Ellie não disse mais nada
e assim foi o caminho todo até o hospital. Mal saímos do táxi e uma chuva de
Flashes nos cegava. A maioria dos repórteres faziam a mesma pergunta.
Vocês estão namorando?
Entramos sem dizer uma palavra, com a ajuda de seguranças do
hospital. Assim que entramos, um médico já estava a nossa espera e nos
levou a uma sala de espera reservada para a família Amby.
Olhei para Ellie que parecia bem apreensiva. Ela apertou as duas
mãos em punhos e depois respirou bem fundo. Eu já havia percebido isso, é
algo que ela faz toda vez que fica nervosa.
Ellie parecia se preparar mentalmente para ver seus pais depois de
tantos anos.
Peguei em sua mão e ela se assustou, mas logo depois me lançou um
sorriso sem graça e apertou a minha mão com bastante força.
Quando entramos na sala de espera, demos de cara com os que eu
supunha serem os pais de Ellie, já que senti sua mão suar frio.
— Ellie! — Uma mulher que era exatamente a cópia dela, só que
mais velha correu em sua direção e a abraçou.
Ellie, por alguns segundos, ficou com os braços soltos ao lado de seu
corpo, sem entender nada, porém logo depois ela retribuiu o abraço e se
segurou para não chorar.
As duas ficaram por um tempo abraçadas e pareciam presas na bolha
que criaram, mas logo foram interrompidas com uma tossida do homem
carrancudo atrás delas.
— Oi, pai. — Ellie desviou o olhar para seu pai que não demostrou
nenhuma emoção.
— Demorou pra chegar. Pensei que seu irmão fosse mais importante
pra você. — Olhei surpreso para ele por suas palavras. Ellie, no mesmo
momento, se encolheu.
— Desculpe é que estava um tumulto tanto para embarcar quanto para
desembarcar do avião e, para completar, há vários paparazzis na porta do
hospital.
— Ellie, quem é o moço? — Perguntou a Sra. Amby me encarando.
— Esse é Scott Wild, meu amigo.
Seu pai pareceu me avaliar e eu nunca me senti tão nervoso em toda a
minha vida.
— Prazer rapaz. Me chamo Magg, sou a mãe de Ellie. — Falou me
cumprimentando.
— É um prazer conhecê-la, Sra. Amby.
— Me chame de Magg, por favor. — Ela pareceu ser bem simpática.
— Tudo bem.
— Esse é meu marido, Hard. — Apontou para o homem que me
olhava com uma cara nada boa.
— É um prazer conhecê-lo, Sr. Amby. — Estendi a minha mão para
cumprimentá-lo e ele simplesmente ignorou.
Parece que ele não foi com a minha cara.
— Hard. — Sua mulher o repreendeu.
Ele ignorou sua esposa e saiu bufando da sala de espera.
— Scott, me desculpe pelo meu pai. Ele às vezes é meio... Rústico
demais. — Tentou se desculpar.
— Tudo bem, Ellie. Eu entendo. — Entendo porra nenhuma! Sinto
que também não vou gostar dele.
— Mãe, como está meu irmão?
— O estado dele é grave, mas ao menos não corre risco de vida. —
Olhamos todos para trás ao mesmo tempo e demos de cara com um médico
que olhava para Ellie com um enorme sorriso no rosto.
Enorme até demais para o meu gosto.
Se eu bater nele sem nenhuma outra informação além desse sorriso,
vou estar sendo louco demais?
— Nick! — Ellie olhou para ele completamente surpresa e com uma
expressão nada boa.
— Ellie, minha querida. Continua linda, ou melhor dizendo, está mais
linda ainda. Esses anos só te fizeram bem. — Ele pegou a mão de Ellie para
beijar, mas ela logo retirou a sua mão.
— Filha, não seja grosseira com o Nick. Ele é o médico do seu irmão.
— Agradeço por isso, mas não sou obrigada a cumprimentar
ninguém. — Acho que Ellie puxou esse temperamento do pai.
— Pensei que tinha deixado o passado no passado. — O tal Nick
falou.
— Exatamente por isso. Te deixei lá também.
— Tão doce como sempre. — Zombou.
Já o odeio.
— Posso ver meu irmão?
— No momento não. Ainda não está permitida a entrada de visitas,
mas se você me der algo... — Não me controlei e logo me coloquei a frente
de Ellie. Ele me olhou parecendo me avaliar.
— Não acha que está passando dos limites? — Tentei manter a calma.
— Pensei que a sala estava reservada somente para a família Amby.
— Provocou.
— Scott é meu amigo e pode ficar aqui comigo. — Ellie segurou
minha mão e os olhos de Nick foram para elas. Seu olhar mostrava desgosto
ao ver isso.
Foda-se!
— Ora, ora, ora, quem temos aqui.
Essa voz... Não pode ser...
Não acredito que essa louca me seguiu até aqui.
Eu vou matar Olívia.
— Oi prima, o que faz aqui? — O tal Nick exclamou surpreso.
Prima?!
— Ouvir dizer que o Bruninho está internado em estado grave e
resolvi vir para dar uma força para família Amby. Sabe que amo todos eles.
— Espera aí! Como assim uma força para a família Amby?!
— Olá, Olívia. Quanto tempo... — Magg murmurou abraçando
Olívia, para meu espanto.
Ellie se manteve firme no lugar sem falar nada.
— Muito trabalho, mas não pude deixar de vir aqui e mostrar a minha
solidariedade. — Olhou para Ellie. — Scott querido, não pensei que o
encontraria aqui. — Ela se aproximou e, quando ia me beijar, eu desviei.
— Não encosta em mim. — Grasnei em um sussurro só para ela.
A vadia apenas sorriu. Com isso, se voltou para Ellie.
Putz! Então Ellie e Olívia já se conheciam? Caralho!
Que doidera de mundo louco!
— É um prazer revê-la, Ellie, minha querida. — Exclamou do nada
com o maior sorriso do mundo.
— O prazer é todo meu. Não sabia que era amiga de Scott. — Ellie
murmurou sarcástica.
— É… Como este mundo é pequeno. Scott e eu somos amigos tão...
Próximos e unidos.
Olhei surpreso para Ellie, que manteve uma postura completamente
normal e calma, embora a ironia estivesse nítida no diálogo das duas.
— É mesmo?
— Sim, Scott sempre foi assim com todas as suas amigas, mas
comigo é algo mais intenso. — Magg olhou surpresa para Olívia que sorriu
zombeteira.
— Olívia. — Tentei chamar sua atenção.
— Fico muito feliz por você, meu amor, mas agora preciso ir embora.
Scott e eu estamos cansados da viagem longa que tivemos juntos e como não
posso ver meu irmão ainda, volto amanhã. Vamos Scott. — Ellie falou se
despedindo de sua mãe e saiu na frente, deixando Olívia com uma cara
péssima.
Corri para alcançá-la e, quando consegui, ela parou no meio do
caminho antes de sair do hospital.
— Não quero que diga nada ou pergunte, ao menos não hoje.
— Está bem, vamos então para o Hotel. Já reservei dois quartos para
nós. — Ela ergueu uma sobrancelha e sorriu.
— Quartos separados? Pensei que a noite que tivemos, tivesse sido
algo especial.
— E foi. Foi maravilhoso, mas pensei que queria um quarto separado
para descansarmos. — Ellie sorriu mais uma vez.
— Acredite Scott, nesse momento o que eu preciso não é de quartos
separados ou descansar. — E saiu andando na frente, deixando-me sem
palavras com a maior cara de bobo.
Essa mulher ainda me mata.
Capítulo 14
Ellie Amby

— V ocê me deixa louco… — Scott murmurou enquanto subia em mim,


logo após colocar a camisinha em seu membro, que estava todo
potente e rígido, apontando para cima.
Depois de um dia exaustivo, tudo que precisávamos era de um sexo
louco.
Por pouco, não conseguimos entrar no hotel. Precisamos dos
seguranças devido a uma grande quantidade de abutres e fãs na entrada. Eu
estava muito tensa. Havia visto uma pessoa que anos atrás pensei amar, mas
foi um terrível engano meu, como muitos. Nick foi meu primeiro namorado,
mas não demos certo, hoje ele é médico, e o mais irônico, do meu irmão.
Também acabei encontrando Olívia. Eu desconfiei que havia sido ela a me
ligar pela manhã. A voz dela está só um pouco mais rouca, mas ainda assim,
dava para saber.
Mas, é melhor nem pensar nisso, não quero ter dor de cabeça tão
cedo.
Scott sorriu para mim, mostrando o quanto ele quer isso. Assim que
conseguimos entrar no hotel, não perdemos tempo e fomos para o quarto de
Scott; mal passamos pela porta e já fomos tirando nossas roupas. Já pelados,
com ele sobre mim, com seu membro de vinte e poucos centímetros coberto
pela camisinha, tocando meu sexo pulsante. Espalmei minhas mãos sobre seu
peitoral definido e forte, sentindo o calor de sua pele em minhas palmas. Ele
arfou com meu toque, fechando seus olhos por um momento. Enlacei minhas
pernas na cintura de Scott, colidindo com minha pélvis com sua virilha, Scott
riu. Levou uma mão por entre nossos corpos, tocando minha excitação,
esfregando de leve meus lábios vaginais, que pareciam necessitados de seu
toque, igual os bicos rígidos de meus seios. Scott enfiou um dedo dentro de
mim, fechei meus olhos e gemi. Ele arriscou e enfiou outro dedo, espremendo
minhas paredes vaginais, que se relaxaram para recebê-los.
— Tão apertadinha... Tão molhada... Tão quente... Tão minha, porra!
— Ele rosnou ofegante, me fazendo abrir meus olhos e encarar a profundeza
selvagens de seus olhos negros devassos. Ele estava muito excitado. Havia
deixado isso bem claro quando saímos do hospital e viemos para o hotel.
Percebi o quão irritado ele ficou com Nick e nervoso diante meu pai. Scott
estava sendo tudo que eu menos esperava dele.
Seus dedos brincavam com meus lábios vaginais, provocando
diversas sensações em mim. Minha entrada, além de pulsante, estava
molhada, o que permitia seus dedos entrarem tão hábeis e fáceis dentro de
mim, me consumindo completamente.
— Oh Scott... Eu preciso de você dentro de mim... Por favor… —
Murmurei quase inaudível, subindo minhas mãos para seus ombros
absurdamente largos. Ouvi ele rir, fazendo círculos em meu interior, antes de
remover seus dedos de mim. Quando olhei para ele, o descarado se curvou
sobre mim, plantando um beijo em meu queixo, mordiscou-o em seguida, me
beijou com voracidade. Senti sua mão guiando seu membro grosso e grande
até minha entrada, esfregou três vezes sua cabeça em meus lábios,
transmitindo descargas de prazer por meu corpo. Me contorci abaixo dele.
Apertei ainda mais minhas pernas em sua cintura, o fazendo arfar
surpreso. Sorri para ele, sentindo seu membro entrar bem devagarinho, com a
cabeça de seu membro pedindo passagem por entre minhas paredes vaginais.
Entrou bem lentamente, me fez sentir um certo desconforto quando sua
glande entrou por completo e, com uma estocada leve, Scott se enterrou
dentro de mim, nos arrancando gemidos sofridos.
Observei ele fechar seus olhos, com uma expressão de prazer, ao
morder seu lábio inferior. Ele estava tão perfeito. Tão sensual, com seus
cabelos negros bagunçados, o deixando extremamente sexy. Sua testa estava
suada, as tatuagens em sua pele bronzeada pareciam brilhar devido a seu
suor. Diferente de muitos homens, Scott não fedia quando suava, muito pelo
contrário, seu aroma era devastador e inebriante, um cheiro forte de homem
selvagem e viril. Era impressionante como cada parte dele exalava
masculinidade. Seu queixo era quadrado e firme, mas o que eu mais achava
bonito nele eram as covinhas que apareciam quando ele sorria, expondo seus
dentes brancos. Se alguém me dissesse semanas atrás que eu estaria
transando com ele hoje, eu com certeza daria um soco nessa pessoa. Scott é o
tipo de homem que sempre quis distância e agora aqui estou eu, totalmente a
mercê dele, recebendo um prazer nunca sentido antes por mim.
Seus braços torneados subiram por nossos corpos, com uma de suas
mãos agarrando minha cintura, enquanto a outra subiu para meu rosto,
cobrindo uma de minhas faces.
— Ah céus, Scott! — Murmurei, sentindo-o rebolar de leve, criando
um movimento sensual com seu quadril contra o meu, estocando fundo em
mim, me fazendo gemer.
— Isso morena, geme! —Esbravejou, apertando minha cintura com
força.
Obedeci, finquei minhas unhas com força em suas costas, arranquei
um rosnado feroz dele, que estocou com força sobre mim, com seu membro
grosso parecendo ficar apertado em meu interior, como um punho fechado
em torno de si, tanto que até senti seu calor e o quanto ele latejava dentro de
mim. Puta merda! Isso era um pouco desconfortável, mas em compensação
estava me deixando louca de tanto prazer. Suas estocadas eram ritmadas,
criando um barulho quando sua virilha batia contra minha pélvis, me
permitindo sentir alguns pentelhos em sua virilha e suas bolas enormes e
grossas baterem em minha bunda. Scott gemia e ronronava meu nome,
deixando sua cabeça cair em meu ombro. Me fez gritar de prazer quando
inesperadamente seus dentes atacaram minha pele, uma eletricidade ilícita me
consumiu.
— Perdão morena... Uh!... Eu te machuquei? — Perguntou aflito.
Por Deus! É claro que não!
— Não, oh... Continue! — Fraquejei em minhas palavras. Senti-o
sorrir contra minha pele, seus dentes tornando a mordiscá-la levemente.
Nossos corpos pareciam estar em volta de uma bola de fogo que nos
consumia com sua intensidade, mesmo o quarto sendo climatizado, parecia
que iríamos pegar fogo.
— Oh caralho! Eu amo essa sua bocetinha, morena! — Disse,
estocando com força, causando um baque alto. Me fez rir e gemer; ele apenas
ronronou, passando sua língua por meu ombro. Scott estava fora de si,
completamente controlado pela excitação.
Não resisti e acabei descendo minhas mãos por suas costas
magníficas, parando em seu bumbum, com cada uma de minhas mãos se
apossando de uma nádega e, por Deus, como elas eram durinhas e grandes.
Scott rosnou quando ajudei sua estocada, puxando-o para mim com suas
nádegas, apertando-as com força. Seu membro entrou com tudo em mim,
saindo bem lentamente em seguida. Balancei suas nádegas, ajudando-o com
seu ritmo sensual. Remexeu seu quadril, com seu pau se movimentando
dentro de mim e estocando fundo logo em seguida. Era inexplicável o quanto
isso era bom. O polegar de Scott começou a acariciar minha face, enquanto
sua outra mão apertava minha cintura. Meu sexo reclamava de dor, mas
implorava por mais cada vez que Scott saía de mim.
Seus gemidos roucos se misturavam aos meus, ecoando por todo o
quarto. O som de suas estocadas se tornava mais alto, nos excitando ainda
mais. Scott, literalmente, é uma máquina de sexo. Mesmo com a respiração
falha e exausto, ele acelerou seus movimentos, parecendo um louco, entrando
e saindo com tudo de mim, me consumindo e me marcando como dele, com
toda sua força e necessidade e com uma voracidade que eu aprovava.
Scott ergueu seu rosto, me assustou ao agarrar com sua outra mão a
minha cintura e me virar para o lado. Saiu de dentro de mim, me deixando de
barriga para baixo. Rapidamente ele me faz ficar com os joelhos afundados
no colchão da cama, ombros e cabeça deitados também. Deixou-me de quatro
para ele, com minha bunda empinada em sua direção.
Sorri quando ele deu um tapa em uma de minhas nádegas, ficou de
joelhos bem atrás de mim, guiou seu pau com uma mão até minha entrada
que clamava por ele. Logo, ele me penetrou com uma só estocada, urrando
completamente de prazer. Uma de suas mãos permaneceu em minha bunda.
Ele massageava minha nádega enquanto com a outra mão ele começou a
enrolar meu cabelo nela e passou a puxá-lo. Arfei ao erguer meu rosto para
cima com seu puxão brusco. Ele rosnou, batendo sua virilha com força em
minha bunda, seu membro entrava com força em mim. Gemi alto, entregue a
essa nova forma de prazer. Estava completamente rendida a ele, que não
parava de estocar e ronronar palavras inaudíveis, prensando seus lábios um
no outro. Minhas duas mãos apoiavam meu corpo apoiadas na cabeceira,
enquanto gemidos e gritos prazerosos escapavam de minha boca.
— Isso gostosa. Geme, Ellie! Geme!
Obedeço a ele com prazer.
Mais uma vez, Scott atingiu minha nádega com sua mão,
massageando a região atingida logo em seguida, espalmando sua mão sobre
ela.
— Ohhh Scott! — Gemi.
— Você tá gostando? Me diz, morena? Porra de mulher gostosa! —
Exclamou ofegante, puxou meu cabelo. — Me diz!
— Sim! Ohhh! Sim!
— Isso aí, não para de gemer não. Rebola pra mim, vai. — Minha
nossa! A voz de Scott estava rouca, me mostrando o quão grande era sua
excitação. Ele não parava de atingir minha nádega. Não me causava dor,
muito pelo contrário; meu prazer era maior que tudo.
Fiz como ele pediu e rebolei minha bunda contra sua pélvis, senti
mais prazer. Agora sim a dança criada por nossos corpos estava mais
excitante. Enquanto ele remexia seus quadris ao estocar, eu rebolava minha
bunda, ajudando seus movimentos.
— Ohhh, caralho... — Ronronou mais uma veze, passou a subir e
descer sua mão por minhas costas, começando pela minha bunda e ia até meu
pescoço, relaxando meus músculos, enquanto seu pau entrava com uma
grande velocidade e força em mim.
Ele parecia insaciável, gemendo sem parar meu nome, estocando com
precisão, às vezes tão fundo que eu me contorcia sob ele.
Tenho que confessar que isso era bom demais. Talvez, por isso Scott
tenha uma lista monstruosa de fodas. O cara é um deus do sexo!
Virei meu rosto, olhei para trás por cima de meu ombro, tendo a vista
perfeita do peito largo de Scott suado e descompassado com sua respiração.
Ergui meu olhar para seu rosto, o vi de olhos fechados, deixando claro o
quanto estava gostando disso em sua expressão prazerosa.
Acabei voltando meu rosto para frente, gemi com suas estocadas
incontroláveis, mordi meu lábio ao sentir que meu ápice se aproximava.
— Está vindo Scott... Eu vou...
— Goze, baby. Eu também estou quase lá. Ohhh, Ellie. — Disse com
uma voz rouca e quase irreconhecível.
Tudo estava tão devastador. Prazeroso. Ilícito e viciante, que só
bastou mais duas estocadas para atingimos nosso orgasmo.
— SCOOOOOTT! — Gritei com meus jatos começando a se formar,
sendo lançados contra o membro pulsante de Scott dentro de mim, que
também havia encontrado sua liberação, gozando deliciosamente.
— CARALHOOOOO! ELLIEEEE! — Bramiu em um grito sofrido,
dando duas últimas estocadas em mim, com a cabeça arredondada de seu
membro parecendo se tornar maior com sua liberação.
Mesmo com a camisinha, eu consegui sentir o quanto o esperma de
Scott era quente.
Minhas pernas estavam bambas e meu corpo trêmulo. Caí na cama,
afundando meu rosto no colchão e senti o corpo de Scott cobrir o meu, com
seu membro ainda enterrado dentro de mim e, o mais incrível, completamente
duro.
A cabeça de Scott descansou em meu ombro, pude sentir seu peito
descompassado sobre minhas costas e sua respiração ofegante em meu
pescoço. Eu estava tão ofegante quanto ele, buscava ar para meus pobres
pulmões.
— Que foda! Você é muito... Gostosa... Ellie... — Scott murmurou
rindo.
Ainda ofegante, ri dele.
— Estou exausta!
— Ahhh que pena! — Ele resmungou.
Franzi minha testa, erguendo minhas sobrancelhas confusa.
— Por que, Scott?
Ele riu bem baixinho.
— Porque eu estava pensando em um segundo round, minha morena!
Capítulo 15
Ellie Amby

enti uma luz forte no meu rosto e notei que o sol que brilhava
S lindamente lá fora. Tentei me levantar, mas senti os braços de Scott me
apertarem mais contra o seu corpo. Com todo cuidado para não o
acordar, saí de seus braços sem fazer um barulho sequer. A sorte é que ele
tem um sono pesado, mas não podia arriscar.
Fui até a minha mala, peguei tudo que precisava para a minha higiene
matinal e segui em direção ao banheiro. Aproveitei também para tomar um
banho gelado, já que a manhã estava bem quente, imaginei que a tarde seria
ainda pior. No banho, comecei a recapitular tudo que aconteceu ontem.
Primeiro minha mãe me liga dizendo que Bruno havia sido atropelado
e estava em estado grave no hospital; depois Olívia liga me ameaçando; logo
depois, Scott aparece no meu quarto e, do nada, decide vir comigo para Los
Angeles; meu pai o trata mal, para variar; Nick surge do inferno e a
vagabunda da Olívia vem de brinde.
Como Scott foi capaz de se envolver com alguém como Olívia
Clark?
— Já acordada? — Abri o box do banheiro, vi Scott completamente
nu encostado na porta, os braços cruzados, me olhando.
Oh pecado de homem!
— Eu nem vi a hora quando acordei. — Fechei o chuveiro e ele me
entregou uma tolha.
Antes, eu teria muita vergonha de ficar nua em sua frente assim, eu o
mandaria sair do banheiro, mas não iria adiantar de nada; ele já me viu nua e
já fizemos coisas inimagináveis na cama, então pra quê ter vergonha?
— São oito em ponto agora. Provavelmente você deve ter acordado
umas sete e meia.
— Acho que é a ansiedade de saber como meu irmão está. Vai
tomar banho? — Perguntei me enrolando na toalha e coloquei uma outra na
cabeça.
— Minha intenção era acordar com uma foda matinal e depois um
segundo round do chuveiro. — Me puxou pela cintura e me deu um beijo.
— Não foi minha intenção estragar seus planos mirabolantes. — Ele
riu.
— Quando ficamos tão íntimos assim? — Perguntou.
— Acho que foi quando transamos pela primeira vez.
— Tem razão.
— É estranho... Tem hora que a gente briga, mas no final sabemos
aonde isso vai dar. — Ele sorriu malicioso.
— No lugar onde eu mais gosto de lhe ter.
— Na cama?
— Nos meus braços. — Fiquei surpresa por ouvir alguém como Scott
Wild falar algo desse tipo. Não sei por que, mas gostei de ouvir isso.
— Adoro ouvir os seus gemidos.
— Você é um pervertido. — Saí dos seus braços e fui até o quarto.
— O que posso fazer se tenho uma modelo muito gostosa do meu
lado? — Gritou do banheiro, fazendo-me rir.
Tratei de ir até a minha mala e peguei uma lingerie preta, um short
jeans e uma blusa qualquer. Depois de me vestir, sequei o meu cabelo e,
quando terminei, vi Scott sair do banheiro com uma toalha enrolada na
cintura, cabelo molhado e algumas gotas de água escorrendo pelo delicioso
peitoral dele.
Observei suas tatuagens. Elas o deixa muito mais hot do que já é.
E pensar que passei a noite quase toda noite transando com ele.
— Aonde vai, vestida assim? — Perguntou me olhando de cima a
baixo.
— Ao hospital.
— Vestida desse jeito? — Olhei para ele sem entender.
— E qual é o problema?
— O problema é que está faltando pano.
— Está um calor de matar, e não vejo problema de usar isto. — disse
procurando meus chinelos dentro da mala.
— Ellie, troca de roupa.
— Como é que é?
— Troca de roupa. — Comecei a rir.
— Ciúmes, Sr. Wild? — Debochei.
— Claro que sim, Ellie. Você é uma mulher linda e é óbvio que terá
homens te cobiçando, mas usando outra roupa, pode diminuir a quantidade de
olhares.
— Olha Scott, não estou com paciência para aturar seus ciúmes sem
cabimento. Nós não temos nada um com o outro a não ser o sexo.
— Ellie...
— Scott, nós precisamos conversar. — Mudei de assunto.
— Sobre o quê? —Perguntou indo até a sua mala e pegou uma cueca
box branca.
— Sobre tudo que aconteceu ontem, pensei que queria saber.
— A noite de sexo foi tão boa que eu havia me esquecido. — Sorriu
malicioso, mas o ciúme era nítido em seu olhar.
— Scott, é sério.
— Tá bom, senta-se aqui. — falou se sentando na cama. Fui até ele e
me sentei também. — De onde conhece Olívia?— Perguntou.
— Os pais dela morreram em um acidente de carro quando ela era um
bebê. Foi criada pelos tios; os pais de Nick, que são grandes amigos dos meus
pais. Praticamente fomos criados juntos; éramos inseparáveis, até Josh
chegar. Quando ele se mudou para Los Angeles, Olívia e eu tínhamos
dezessete, Josh e Nick, dezoito. Nossa amizade começou no colegial.
— Quem era Josh?
— Josh era um menino lindo que conseguia arrancar suspiros de
qualquer garota, menos de mim, já que eu era apaixonada por Nick, só que
ele nunca me dava bola. Olívia se apaixonou por Josh na época e o queria a
todo custo, até aí, ainda éramos unidos, mas tudo mudou naquela tarde na
casa de Nick. A partir desse dia, Olívia mostrou ser o que realmente era.
— Essa tarde promete. — Esbravejou Olívia, pegando os
refrigerantes para levar até a sala onde Nick, Josh e eu estávamos.
Era a tarde de filmes que fazíamos toda quarta. Fazíamos sempre
uma semana na casa de cada um, aquela era a vez de Nick nos receber.
— Olívia, pra variar, está lá, babando no Josh. — Falou Nick.
— Deixa ela. Sabe que ela é louca por ele.
— Mas ela se joga muito pra cima dele, é até humilhante. — Nick
tinha razão, às vezes, Olívia exagerava demais quando se tratava em
conquistar o Josh.
— Eu sei como é gostar de alguém e não ser correspondida. —
Murmurei, me referindo a Nick, porém, ele nem ouviu.
— No caso dela, já virou doença. É estranho.
— Olha, vamos parar de falar dela, é a vida dela e não devemos nos
meter. Agora, vamos voltar para sala, já demoramos demais. — Não gostava
de ficar falando assim pelas costas dos outros, ainda mais de Olívia que era
como uma irmã para mim.
Quando voltamos para sala, Nick estava concentrado no celular e
Olívia, bem, ela estava quase se jogando no colo de Josh que, só pela cara
que estava fazendo, estava prestes a dar um fora nela.
— Chegamos, agora pode iniciar o filme. — Sorri chamando a
atenção de todos.
— Por que demoraram tanto? — Perguntou Josh.
— Estávamos conversando, agora pelo amor de Deus, pare de
reclamar e vamos ver esse filme logo.
Sentei-me do lado de Nick, tentei chamar a sua atenção, mas ele
passou a se concentrar em algo no celular. Acabei desistindo e saí do seu
lado para me sentar no outro sofá que era menor.
Vi Josh me olhando e logo depois sorriu pra mim, eu retribuí, assim,
ele se levantou do seu lugar, deixando Olívia com cara de besta e se sentou
ao meu lado.
— Por que está com essa cara? — Perguntou.
— Nick não me nota. — Olhei rapidamente para o mesmo.
— Ele é um idiota por não notar uma menina tão bonita como você.
— Corei na mesma hora.
— Obrigada, Josh. — Sorri envergonhada.
— Não precisa, sou seu amigo, sempre estarei aqui para o que
precisar. — Pegou na minha mão, fazendo Olívia olhar para nós de cara
feia. Rapidamente tratei de tirar minha mão da sua.
— Com licença. — Levantei-me do sofá e fui para os fundos da casa,
onde tinha um jardim muito lindo que a mãe de Nick tinha o prazer de
cuidar.
— Ellie. — Olhei para trás e vi Josh se aproximar.
— Sim?
— Por que você vive fugindo de mim?
— Impressão sua. — Menti.
— Não é, eu já percebi isso. Você tem medo de mim?
— Claro que não.
— Tudo bem então.
Suspirei longamente.
— Josh, você é meu amigo e Olívia gosta de você. — Ele se
aproximou mais, até ficar perto o suficiente.
— Eu não gosto dela, Ellie. Eu gosto de você, e muito. — Levou sua
mão até o meu rosto.
— Nunca vou poder gostar de você. Eu amo o Nick e Olívia é louca
por você. Ela é como uma irmã pra mim, Josh. — Pude ver a tristeza em seu
olhar.
— E se eu fizer isso. — Sem que eu esperasse, ele me beijou e, antes
que eu conseguisse empurrá-lo, senti o meu corpo ser jogado com força no
chão.
Com a queda, acabei torcendo o pé.
— Ah droga!
— Sua vadia! — Senti Olívia pisar em minha perna com muita força.
Um grito me escapou de imediato.
— Olívia! Está louca?!— Josh bradou a segurando e logo vi Nick
aparecer.
— O que aconteceu aqui? — Perguntou ao vir me ajudar a levantar.
— Olívia empurrou Ellie no chão. Ela torceu o tornozelo. Olívia
ainda pisou sobre ele. — Explicou Josh.
— Essa vagabunda estava beijando o Josh! — Gritou Olívia.
— Não é isso, foi...
— Fui eu quem a beijou, Olívia. Ellie tentou se esquivar o tempo
todo, mas eu a beijei.
— Mentira! Essa piranha sempre quer tudo, sempre tem tudo. Eu
estou de saco cheio de ela sempre ficar com as melhores coisas.
— Você não fale assim dela, porque eu não sou seu namorado e nem
gosto de você. Nunca foi uma competição. — Pude ver o ódio no olhar de
Olívia quando ela me encarou.
— Vão para o inferno! Estou cansada de ser a excluída de tudo e de
sempre Ellie conseguir tudo, até os homens essa daí quer tirar de mim.
— Olívia. — Falei sem acreditar em tais palavras. Nunca imaginei
ouvir isso dela.
Olívia correu para longe, e antes de sair olhou para Nick que a
seguiu feito um cachorrinho.
Antes dela entrar em casa, sem se virar, escutei ela falar as seguintes
palavras com uma certa raiva.
— Você vai me pagar por isso, Ellie. Vai chorar lágrimas de sangue!

∞∞∞

Scott me encarou sem nenhuma expressão.


— Essa mulher é doente. — Falou Scott.
— Eu me culpei, mas depois percebi uma coisa.
— O quê?
— Que Olívia nunca tinha sido a minha amiga, era tudo na base da
falsidade.
— Ela se vingou de você?
— Ela usou Nick para isso. — Lembrar disso me deu náusea.
— Como assim?
— Depois de um tempo, Nick se aproximou de mim de uma forma
que no começo, achei estranha. Josh foi morar fora de Los Angeles, mas ele
me disse que não era para confiar em Nick. Eu segui seu conselho até o dia
em que Nick se declarou para mim, fez uma linda serenata com direito a
buquê de flores e tudo. Eu não resisti, pois eu ainda o amava muito. Quando
ele me pediu em namoro, eu disse sim sem pensar duas vezes. Cometi o
maior erro da minha vida ao aceitar. — Fechei os olhos para segurar as
lágrimas.
— Ellie, se não quiser falar...
— Estávamos juntos há dois meses, namorávamos escondido por
causa do meu pai que era e ainda é um homem muito rígido e me achava
muito nova para ter um namorado. Dizia que eu tinha que terminar meus
estudos e depois pensar nisso. Minha mãe o apoiava por amá-lo, ela mal
conversava comigo sobre o assunto namorado. Raras vezes, ela sentou-se e
falou sobre sexo comigo, beijos e meninos que iludem meninas bobas. —
Esbocei um sorriso fraco. — Nicolas e eu estávamos em um lugar bem
afastado de todos na praia, quando ele me pediu uma prova de amor. Ele
queria a minha virgindade. Eu ponderei durante dois dias se essa era uma boa
ideia. Cheguei à conclusão de que sim, era, pois eu o amava e achava que ele
me amava. Eu achava que nunca teria outro homem a não ser Nick, então por
que não me entregar de vez? — Tomei fôlego para continuar a falar — Eu era
tão boba, tão ingênua e inocente que jamais poderia imaginar que ele faria
algo tão baixo comigo.
— Ellie...
— Foi uma noite linda, senti-me nas nuvens, ele me fez tão feliz
naquele momento… foi delicado, atencioso, sussurrava palavras lindas do
meu ouvido enquanto se tornava o meu primeiro, ele parecia me venerar. Era
um conto de fadas pra mim. Eu repetia várias vezes na minha cabeça
enquanto transávamos que ele era meu príncipe encantado. Ledo engano. No
dia seguinte, veio a bomba. Recebi um e-mail desconhecido e quando abri, vi
um vídeo meu transando com Nick.
— Aquele... Filho da puta. — Scott praguejou.
— Foi humilhante. Todos da nossa vizinhança haviam recebido esse
vídeo, incluindo meus pais. Meu pai me bateu tanto que pensei que morreria,
minha mãe tentou me ajudar, mas como a submissa que era, se calou e me
deixou sozinha. — Senti as lágrimas se formarem em meus olhos. — Ele nem
sequer deixou que eu explicasse tudo, só me bateu e quando acabou eu
murmurei que Nick era meu namorado e eu jamais havia imaginado que ele
faria isso comigo. Meu pai me pegou pelo braço e me levou até casa dos pais
de Nick para exigir explicações. O que Nick disse acabou com o meu
coração. — Respirei para tentar não chorar. — Ele falou que eu o seduzi e
pedi para ser fodida, que eu queria que gravasse um vídeo meu para que
todos vissem. Como Nick era um santo para o meu pai, ele acreditou na
história dele, não na sua própria filha. — Não contive mais as lágrimas, logo
senti os braços de Scott me rodearem, me puxando para perto dele.
— Não chore, minha linda, eu não vou deixar que te façam mal de
novo. — Ele beijou minha testa.
— Depois, Olívia contou que foi tudo armado e ela teve o prazer de
me difamar para todos os nosso conhecidos. Eu fiquei mal falada por meses.
Quando consegui uma bolsa de estudos para cursar moda fora do estado,
prometi nunca mais pôr os pés na Califórnia. Meu pai havia me dito que eu
tinha morrido para ele como filha por causa da humilhação que o fiz passar.
Eu já não podia sair mais de casa por causa das pessoas que me chamavam de
vários nomes ruins, perdi colegas e fui proibida de entrar em certos lugares
por acharem que eu era uma vadia. Eu via as pessoas se afastando de mim
quando chegava em algum lugar, então nada mais me prendia em LA.
— Olhe para mim. — Levantei a minha cabeça e encarei Scott que me
olhou de uma forma bem estranha. — Você jamais vai sofrer de novo
enquanto estiver do meu lado, Ellie. Porque eu vou me certificar de que você
seja sempre feliz. — Um sorriso surgiu em meus lábios e logo vi Scott sorrir
também.
— Obrigada, Scott. — Ele levou sua mão até o meu rosto e depois
senti seu dedo modelando os meus lábios.
— O que me faz feliz é ver você feliz, Ellie Amby. — Sem perder
tempo, Scott cobriu minha boca com a sua, um beijo lento, calmo e bem
terno.
Nunca tinha o beijado assim, não sabia que seria maravilhoso sentir
esse beijo dessa forma, diferente dos beijos que dávamos antes. Este era lento
e carinhoso, diria até que com amor.
Eu disse isso?!
É, eu disse. Falei a palavra com A da qual eu tanto temia e não queria
sentir, mas não tive como evitar. Isso poderia ser minha destruição ou talvez
a minha felicidade, não sei bem dizer. A única coisa que sabia era que eu,
Ellie Amby estava me apaixonando pelo roqueiro mais quente e mulherengo
da Rocked, Scott Wild.
Capítulo 16
Scott Wild

u ainda estava digerindo cada palavra dita por Ellie. Eu sempre soube
E muito bem que Olívia não era pessoa boa, mas não que era tão ruim
assim. As fodas que tive com ela nunca foram significativas para mim,
eram apenas fodas e nada mais, uma forma de aliviar a tensão. Algo rugia
dentro de mim só em pensar que essa filha da puta um dia já fez mal a minha
Ellie.
Sim, caramba! Minha! Eu já não aguentava isso, se eu fosse esperto o
suficiente e não esse babaca idiota, eu iria saber que desde o primeiro
momento que vi Ellie, ela não seria como as outras.
Por Deus! O que eu mais temia estava acontecendo, todos esses
sentimentos e sensações que ela me causava, não eram apenas um extra do
desejo sem tamanho que eu sentia por ela; esse desejo já era uma prova de
que eu sentia algo por Ellie. Uma vez que, geralmente, depois de saciar meu
desejo na primeira foda eu já não sentia mais nada, mas com minha morena é
diferente. Muito diferente mesmo.
Apesar que meu pau ficava duro a cada instante que eu a colocava em
meus pensamentos, mas isso era normal, já que Ellie era muito gostosa.
Logo após ordenar a segurança de Ellie, fiz com que ela fosse visitar
o irmão acompanhada de meus melhores homens, já que a entrada do hotel
estava lotada de fãs e centenas de jornalistas.
Eu queria poder ir com ela, mas eu tinha que resolver algumas coisas.
— Eu sei o que eu fiz, tá? — Revirei meus olhos, tentando não gritar
com Ramón.
— Então por que infernos você fez isso caramba?! Tínhamos um
show hoje, Scott! — Não me contive e acabei rindo de sua irritação.
— Adie. — Murmurei dando de ombros, ouvi-o suspirar do outro
lado da linha. — Tive que vir para Los Angeles com alguém, mas não se
preocupe logo volto.
— Alguém? — Ramón riu irônico. — Scott eu sei muito bem quem é
esse alguém.
— Eu também... — Ouvi uma voz gritar do outro lado e tenho certeza
que era David.
— Isso não importa agora. — Esbravejei, passando uma mão por
meus cabelos, enquanto ajustava o celular em meu ouvido com a outra.
— Você está adiando um show importante por causa de uma mulher?
Fechei meus olhos por um instante, inspirando e respirando fundo.
— Isso é problema meu, Ramón.
— Seu problema, Scott? Você está afetando a banda toda com isso,
porra!
Era bastante evidente a raiva dele em sua voz e eu podia ouvir os
caras rindo ao fundo.
Bando de filhos da puta!
— Sei que o show de hoje era importante, mas caralho... Isso é mais
importante também. Ela é...
— Mais importante? — Ele me interrompeu, me deixando sem
palavras, nervoso e assustado.
— Eu... Errr...— Não consegui pronunciar nada, as palavras certas
estavam me abandonando, me deixando desarmado diante dessa situação.
Ouvi um silêncio ensurdecedor se prolongar do outro lado da linha.
Eu apenas ouvia a respiração de Ramón.
— Scott, você está colocando uma mulher em primeiro lugar, antes da
banda, uma mulher que você nem conhece. Tudo bem você transar quantas
vezes quiser, mas...
Irritado o interrompi.
— Mas nada. Ellie não é como as outras, não é só uma foda, caralho.
— Levantei-me da cadeira, fui até as janelas do quarto, olhei o céu nublado lá
fora.
— Você sabe o que faz. — Meu empresário suspirou derrotado.
— Deixa eu falar com ele. — Ouvi alguém murmurar do outro lado.
— Scott seu maldito fodido. — A voz de David preencheu meus tímpanos.
— Cara, nem vem com sermão.
Ele riu do outro lado.
— Não sou de dar sermão, porra. Você já é grande e sabe o que faz,
mas você sabe também que Ramon tem razão.
E o pior que sim. A principal regra que havíamos imposto entre nós
era nunca colocar nada em primeiro lugar além da banda, principalmente
mulher.
Mas, isso agora não era, mas de meu controle. O que eu podia fazer
seu meu corpo gritava por ela, mas meus pensamentos me ordenavam a me
afastar cada vez mais dela?
Suas palavras ecoaram em minha cabeça, repetindo pra mim que ela
deixou bem claro que não tínhamos nada além de sexo.
E eu não queria nada! Ou queria?!
Puta que pariu! Isso era aterrorizante. Toda essa confusão de
pensamentos e sentimentos gritando dentro de mim por causa dela.
Essa necessidade devastadora e consumidora de a manter em meus
braços e a proteger de tudo e de todos era assustadora para mim.
Mas era inevitável, como tudo que ela me causava. Era inesperado e
assustador, já que nunca senti essa porra toda antes.
— Você ainda está aí, caralho? — David praguejou do outro lado, me
arrancando de meus pensamentos.
— Sim, estou. — Respondi, suspirando baixinho. — E eu sei que ele
tem razão. Mas preciso resolver isso com Ellie.
Meu irmão pronunciou alguma coisa do outro lado, mas não consegui
entender o quê.
— Você está apaixonado, mano? — Sua pergunta me pegou
desprevenido, me deixou inerte, sem palavras.
Engoli em seco, tentando assimilar cada maldita palavra de sua
pergunta.
Apaixonado? Puta merda!
— Não... Caralho... Claro que não. — Murmurei com a voz falha.
— Scott, você está tentando convencer eu ou você disso? —
Novamente o filho da mãe me deixou sem palavras.
— Vá se foder, caralho! — O desgraçado ainda riu do outro lado.
Isso era sem cabimento. Eu, Scott Wild, um dos caras mais desejados
de todos os tempos, apaixonado? Mas que caralho!
Isso só pode ser uma piada!
E uma sem graça, posso dizer!
— Bom, eu pretendo foder com umas gostosas mais tarde já que o
show de hoje está sendo adiado. — Balancei minha cabeça, imaginando o
sorriso dele do outro lado.
Maldito dos infernos!
— Vá pro caralho. — Rosnei, ouvindo ele fazer alguma piadinha
sobre eu estar apaixonado, com alguém do outro lado, com certeza Louis.
— Vá você, caramba. — Continuou rindo, me deixando mais irritado.
— Avise a Ramon que talvez amanhã eu volte para Nova York. —
Ouvi ele concordar rindo. — E outra vez, vá se foder maldito fodido!
Encerrei a ligação, jogando o celular em cima de uma poltrona.
Caminhei apenas de cueca pelo quarto, até a enorme cama e me joguei de
barriga para cima nela.
Com uma mão cobrindo minha testa, encarei o teto do quarto, cocei
minhas bolas com a outra mão, abrindo minhas pernas.
— Apaixonado… — Bufei com esse pensamento, dizendo para mim
mesmo que isso era loucura demais.
Era bastante evidente que eu sentia algo por Ellie. Mas estar
apaixonado? Caralho! Scott Wild não é um homem que se apaixona ou sente
essa coisa idiota e tosca de amor.
Nunca curti amores, e sim sabores da vida. Sempre fui um safado sem
escrúpulos, com uma cota incontável de mulheres fodidas por mim e me
orgulho disso.
Já fodi muitas mulheres, mas nunca, nunca mesmo, senti algo por
elas, talvez isso que nutro por Ellie seja apenas... Apenas... Caralho! Apenas
o quê?
Nem ao menos titular o que sinto por ela eu consigo. Isso está se
tornando mais assustador do que eu esperava.
Seu rosto se forma em meus pensamentos, fazendo uma ereção
automática tomar posse de mim, me fez suspirar ao sentir meu pau endurecer
com rapidez em minha cueca.
Não fazia nem uma hora que eu havia gozado feito um louco, pois
antes de Ellie sair, transamos feito loucos no chão do quarto.
Lá estava eu, duro feito bala, pronto para disparar. Mas, ela não
estava aqui e isso era o suficiente para me deixar meio estranho.
Com uma sensação indecifrável penetrando meu peito, desejei ter o
poder de trazê-la para meus braços naquele momento.
Rolei na cama, puxando um dos travesseiros para mim, inspirei
profundamente o aroma fixo ali, senti seu perfume doce e viciante em minhas
narinas, fechei meus olhos por um instante.
É Ellie… Seja o que for que sinto por você é forte, muito forte.
E de alguma forma sei que não é passageiro.
Capítulo 17
Ellie Amby

epois da conversa que tive com Scott, me senti melhor. Parece que tirei
D um peso de cima de mim. Nunca imaginei que desabafar com alguém
fosse algo bom e revigorante, ainda mais se tratando de alguém como
esse roqueiro metido. Algo que me surpreendeu, pois nunca imaginei que
ficaria tão próxima dele, nunca imaginei que sentiria o que sinto por Scott. É
um sentimento tão grande que não cabe no peito, um sentimento que agora
sei qual é.
Amor.
A cada dia que passa eu vou me apaixonando mais e mais por ele e
isso me preocupa. Scott é um homem mulherengo e sempre está rodeado de
mulheres lindas. Seu estilo de vida é completamente diferente do meu, a
única coisa que temos em comum é sermos famosos. Eu sou romântica,
sensível e, embora não pareça, ainda sonho em um dia me casar com alguém
que me ame e eu ame de volta na mesma intensidade.
Já Scott é totalmente o oposto ou talvez ele queira que as pessoas
pensem isso. Há momentos em que ele se mostra tão carinhoso, tão atencioso
e gentil, ele não seria assim comigo só para transar. Ele já conseguiu o que
queria. Então, por que simplesmente não me esqueceu como ele fez com
todas as suas outras transas?
Mas, com Olívia não foi assim.
Verdade. Ele e Olívia tiveram um relacionamento baseado somente
em sexo, ainda assim, eles meio que conviveram. Só Deus sabe quanto tempo
eles mantiveram esse tipo de relação. Deve ter sido muito tempo para Olívia
ser tão louca assim por ele. Me dá náuseas em imaginar que Olívia o teve
toda a noites, que ela recebeu seus beijos, suas caricias, seus toques... Sinto
um ciúme terrível só de pensar.
Ciúmes? Eu cheguei mesmo nesse ponto?
Óbvio que você sentirá ciúmes dele, você já está de quatro por ele. Eu
queria não sentir isso, mas é impossível, acho que mesmo que eu tente me
afastar, não vai diminuir em nada o que eu sinto por ele, acho que seria pior.
— Filha? — Saí dos meus devaneios com a chegada da minha mãe na
cantina do hospital. Ela se sentou na cadeira a minha frente. Estava aqui
tomando um café, antes disso eu havia ido ver meu irmão. Eu falei com ele,
chorei tanto quando o vi naquela cama, fiquei um bom tempo conversando
com ele. Ele era muito pequeno quando eu fui embora, tanto que ele só tinha
vagas lembranças sobre mim, algo que me doeu muito...
— Oi mãe, cadê meu pai?
— Está conversando com Nick. — Só de ouvir esse nome, senti nojo.
— Como meu pai pode gostar tanto dele assim? Mesmo depois de
tudo que ele me fez.
— Seu pai sempre viu Nicolas como um filho, ele o perdoou.
— Mas ainda me odeia, a filha real ele odeia. — Olhei para o café em
minhas mãos e depois voltei o olhar para a minha mãe.
— Ellie, meu amor, seu pai não te odeia. Ele te ama muito.
— Então por que ele me trata assim, como se não se importasse
comigo? Só por que fui embora ou por causa daquele vídeo que fez sua
querida filha ficar mal falada? Ele me bateu! Ele nunca havia feito aquilo
antes, e você deixou! — Ela abaixou o olhar
— Sobre seu pai te bater, concordo que achei radical demais e discuti
com ele feio por causa disso, mas sabe como ele é. Não é porque ele a odeia,
sabe que ele é um pouco difícil de lidar. É sobre você ter ido embora, sabia
das consequências quando se foi.
— Mas, mãe, eu realizei mais que um sonho. Não só trabalho com
moda como sou uma modelo, sou reconhecida pelo meu trabalho, e não fazia
sentido ficar aqui e ser humilhada todos os dias por todos da cidade e pelo
meu próprio pai.
— Para correr atrás dos nossos sonhos, às vezes temos que fazer
sacrifícios. Nunca me opus a você porque sei como é ter sonhos e não
conseguir realizá-los. — Minha mãe sorriu sem graça.
Minha mãe sempre dizia que queria muito ter seu próprio restaurante,
mas nunca conseguiu realizar porque seus pais eram muito rígidos. Ela
estudou na Rússia desde pequena e quase não via seus pais. Quando voltou
para Los Angeles, foi para se casar com um homem escolhido por sua
família. Esse homem era o meu pai. No começo, ambos não gostavam um do
outro, mas minha mãe disse que quando passou a conhecê-lo mais, ela foi se
apaixonando assim como ele por ela. O amor deles foi construído com o
tempo e hoje eles dariam a vida um pelo outro. Embora não pareça pelo fato
de minha mãe ser tão submissa a ele e consentir a tudo que ele quer. Meu pai,
por mais rígido que seja, sempre mostrou amá-la e amar seus filhos.
Eu sei que para um homem como Hard Amby, ver um vídeo íntimo
da filha vazar e todos que o respeitavam e o consideravam importante ver, foi
uma coisa terrível. Mas, ele me conhecia, porém nem sequer queria me ouvir
e, mesmo depois de saber toda a verdade, ele não me procurou, nem mesmo
me ligou para pedir perdão. Ele perdoou Nicolas, mas a mim, não. Isso dói
muito.
— Você sabe que posso te ajudar a realizá-lo, não é? — Disse
segurando em suas mãos.
— Obrigada, meu amor. Mas, agora já é tarde. Sou feliz, tenho um
marido que amo e dois filhos lindos. — Sorriu abertamente. — E como vai
aquele seu amigo?— Perguntou se referindo a Scott.
— Ele está no hotel, pediu para ligar quando saísse daqui.
— Vocês dois tem algo? — Corei com a sua pergunta.
— Não vou mentir para a senhora, temos sim. Só não é algo sério.
— Você o ama? — Olhei para a minha mãe sem saber o que dizer,
não conseguia mentir para ela. Se eu dissesse que não sentia nada, ela ia
saber que era mentira.
E essa foi uma das raras vezes que eu conversei com ela sobre
garotos. Depois que fui embora, ela me ligava quase sempre para saber como
eu estava e sempre me passava um relatório completo sobre tudo que
acontecia em Los Angeles, eu fazia o mesmo, contava tudo.
— Bom, eu estaria mentindo se dissesse que não. Sinto algo muito
forte por ele.
— Ele sente algo por você também. — Ela não estava perguntando, e
sim afirmando.
— Por que a senhora diz isso?
— Vi a forma como ele te olha. É a mesma expressão que seu pai me
olhou quando se declarou para mim.
— Mãe, isso é loucura, é coisa da sua cabeça. — Scott não sente nada
por mim a não ser desejo. Ou sente?
— Então realmente estou ficando louca. Mas, loucura mesmo é vocês
dois se amarem e ainda não oficializarem isso.
— Scott não é um homem de namorar.
— Talvez uma bela jovem mude isso.
— Você fantasia muito, Sra. Magg Amby, deve estar delirando. —
Ela riu.
— Espero que notem isso antes que algo possa separá-los. — Ela
disse e logo se levantou.
— Aonde vai?
— Procurar seu pai. Depois, se quiser, pode se juntar a nós, querida.
— Ela beijou a minha testa e saiu, me deixando com inúmeros pensamentos.
Senti meu celular vibrar e quando olhei, vi que era uma mensagem de
Scott. Um sorriso estupidamente grande surgiu em meus lábios.
“Olá garota bonita! Conseguiu ver seu irmão?”
Balancei minha cabeça rindo.
“Olá garoto bonito. Sim, ele está um pouco melhor e, graças a Deus,
não vai perder o movimento das pernas, mas está com uma das pernas
quebrada”.
“Ellie, eu fico muito feliz por você, de verdade, por seu irmão estar
melhor”.
“Obrigada, Scott”.
“Mas, você já está voltando?... Estou com saudades :(”
Um sorriso ainda mais estúpido surgiu em meus lábios.
“Estou saindo agora, e eu também estou com saudades”.
“Tudo bem, vou te esperar ansiosamente, beijos :*”
“Beijos :*”
É... Mamãe, você tem razão. Eu amo esse roqueiro maluco e super
convencido. Não sei em que momento isso aconteceu, mas eu o amo, como
jamais amei alguém em toda a minha vida. Nunca pedi tanto para minha mãe
estar certa, quero muito que o sentimento seja recíproco.
Capítulo 18
Scott Wild

iquei deitado na cama olhando as últimas mensagens de Ellie e não pude


F conter um sorriso ao reler cada palavra. Jamais havia ficado assim por
uma mulher, é bom, mas ao mesmo tempo é frustrante pra mim. Quando
os meus pais morreram, eu passei a esconder as minhas emoções e
sentimentos. Me tornei um cafajeste com as mulheres justamente para não as
deixar entrarem no meu coração, pois não queria sentir a dor que senti
quando perdi as duas pessoas que mais amei neste mundo.
Parece que Ellie está mudando isso.
Inferno! Tudo o que eu mais temia está acontecendo e tão rápido... No
começo, achava que só teria a Ellie na minha cama e o desejo que senti ao vê-
la pela primeira vez, iria passar.
Enganei-me.
Quanto mais a tenho na minha cama, mais eu a desejo. Quanto mais
eu a conheço, mais eu a quero por perto. Essa mulher faz eu me sentir um
homem que nunca havia imaginado me tornar.
Saí dos meus devaneios quando escutei alguém bater à porta, o que
era estranho pois não estava esperando ninguém a não ser Ellie, mas ela tem a
chave, e eu não pedi serviço de quarto. Fui até a porta e, assim que a abri, me
arrependi amargamente de não ter perguntado antes quem era.
— Precisamos conversar. — Olhei para Olívia e tudo que senti
naquele momento, foi desprezo.
— Não temos nada para conversar.
— Scott, por favor, eu prometo que isso não vai tomar muito seu
tempo, é importante. — Ela pareceu estar desesperada. Estava vestindo uma
blusa qualquer, uma calça jeans e um AllStar. Cabelo preso e estava sem
maquiagem. Bem diferente da Olívia que eu estava acostumado ver, sempre
maquiada, arrumada e em roupas minúsculas.
— Você tem dez minutos, é bom que seja rápida. — Ela sorriu
timidamente e entrou quando lhe dei passagem. Fechei a porta e pedi para ela
se sentar na poltrona vermelha. Eu me sentei no outro lado, tomando uma
certa distância.
— Imagino que Ellie tenha falado algo de mim.
— Sim, ela falou. — falei friamente.
— Eu admito que nunca fui uma boa pessoa com ela...
— Você foi um monstro na vida dela, Olívia. — A vi engolir em seco.
— Eu sei, e eu me arrependo muito de tudo que fiz com ela.
— Não é a mim que você tem que dizer isso. — Olívia concordou.
— Sim, eu sei. Ellie não gosta de mim e nem quer olhar na minha
cara. Queria falar com você para me ajudar a conversar com ela, para tentar
reparar os erros que cometi com ela.
— Você ligou para Ellie e a ameaçou, mandou ela se afastar de mim.
— disse com desdém.
— É realmente por isso que estou aqui. Eu quero me redimir, não
quero ser essa pessoa ruim.
— E por que acha que eu toparia te ajudar?
— Já tivemos um passado, Scott. Éramos amigos antes da Ellie
aparecer. — Sorriu com o seu cinismo.
— Nunca fomos amigos, Olívia. Só tínhamos sexo e nada mais. Se
pensou outra coisa, eu sinto dizer que você nunca significou nada para mim.
— Por um minuto, pude ver raiva em seus olhos.
— Falar assim comigo machuca. Eu sei que mereço tudo isso, mas eu
sou mulher e também tenho sentimentos.
— Ellie também tem.
— Por que está cuspindo no prato que comeu? Antes dela aparecer, a
nossa vida era boa, nossas noites.
— Acredite, Olívia, o que a Ellie consegue fazer em uma noite, você
não conseguiu fazer em meses. — Ela se levantou bufando.
— Olha Scott, vim pedir sua ajuda. Quero me redimir porque vou
embora do país amanhã, só quero consertar as burradas que fiz. — Me
levantei também.
— E eu vou ajudar, mas só vou te ajudar porque você deve muitas
desculpas a Ellie. Na verdade, nem as suas desculpas serão o suficiente para
apagar tudo que você fez, mas já é um começo.
— Obrigada. Cadê a Ellie?
— Saiu, mas logo estará aqui de novo.
— Posso esperá-la? Disse que ela logo vai estar aqui, quero resolver
isso logo, ou pelo menos amenizar um pouco. — Pensei em negar, mas como
disse que a ajudaria, não vi nenhum mal.
— Tudo bem, vou pegar algo para comer, quer algo?
— Um suco de uva, por favor. — Peguei o telefone e liguei para o
serviço de quarto e pedi para trazerem alguns croissants e pedi o suco para
Olívia.
Peguei o meu celular para mandar uma mensagem à Ellie, queria
saber se ela já estava chegando. Ela respondeu dizendo que ia se atrasar um
pouco por causa do trânsito. Falei para ela não demorar porque tinha algo
importante para conversar com ela.
Escutei alguém bater a porta. Abri, recebi o que tinha pedido no
serviço de quarto e dei uma gorjeta para o homem que o trouxe e logo fechei
a porta. Senti meu celular vibrar no bolso da calça, sabia que era uma
mensagem de Ellie. Peguei o suco e entreguei à Olívia que havia se sentado
novamente, puxei o celular no bolso para olhar a mensagem e quando a abri
para ler, fui interrompido por Olívia.
— O suco está com um gosto estranho.
— Como assim? — Olhei confuso para ela
— Prove, está com um gosto esquisito. Deveria reclamar na recepção
do hotel, está horrível. — Peguei o copo de suco e bebi um pouco, não senti
gosto de nada.
— Olívia, está doida? Esse suco está com um gosto… — Parei de
falar quando senti uma forte tontura. Balancei a cabeça de um lado para o
outro para tentar amenizar a tontura, mas só piorou.
— Scott, você está bem? — Olhei para Olívia, mas estava vendo tudo
distorcido.
Senti o copo escorregar da minha mão e cair no chão, logo em
seguida senti o meu corpo ir de encontro ao chão também.
— Olívia… — Minha voz quase não saiu. Olívia se abaixou próximo
do meu ouvido e disse.
— Fique tranquilo meu amor, eu vou cuidar de você. — Só aí fui
entender o que aconteceu. Ela colocou alguma coisa no suco e me fez beber.
Maldita!
— Eu vou... matar... Você. — Ouvi sua gargalhada e senti um ódio
fora do normal surgir em mim.
— Vou me certificar de que a Ellie nunca mais se aproxime de você,
meu querido Scott. Você é só meu.
A única coisa que pensei antes de apagar foi no quanto meu ódio por
Olívia aumentou mais. Ela vai me pagar muito caro por isso.
Capítulo 19
Ellie Amby

u nunca havia entendido isso de fazer os olhos sangrarem apenas de


E raiva, ao menos até aquele momento, com a imagem diante de mim,
causando uma fúria indomável em meu ser.
Uma bola se formou em minha garganta, tentei ao máximo não perder
o controle.
Fechei meus olhos e tentei contar até dez, rezando para que quando eu
os abrisse, a imagem diante de mim sumisse.
Mas isso não aconteceu. Quando tornei a abri-los, lá estava meu Scott
com a vadia miserável na cama; pelados. Com uma perna de Olívia sobre a
de Scott, sua cabeça depositada no peito dele.
Eles estavam dormindo, quer dizer, Scott parecia estar, devido a sua
respiração tranquila, mas Olívia...
A vadia estava fingindo.
Isso não estava certo.
Scott havia me mandando uma mensagem há alguns minutos. Ele
sabia que eu estava voltando, ele nunca faria isso comigo.
Não depois de tudo.
Ou faria? Meu Deus! É claro que não.
Joguei meus cabelos para trás, respirei fundo. Fui até a cama, vi a
vagabunda se mexer sobre ele, desceu seu braço para o abdômen dele.
Uma raiva assassina me domou. Me controlei ao máximo para não a
assassinar.
Novamente, ela se mexeu, com os olhos ainda fechados, e os lábios
meio trêmulos.
Ela sabia que eu estava ali.
Notei que as roupas dela estavam jogadas no chão. Não hesitei em
pegá-las, corri até a porta e as joguei no corredor do hotel.
Voltei até eles, ouvi-a ronronar o nome dele baixinho, se enroscou
mais ainda em meu homem.
Ri da situação, comecei a bater palmas, entendi perfeitamente a
encenação dela.
— Que incrível! — Aumentei minhas palmas, rindo cada vez mais
alto.
Scott se mexeu embaixo dela, virando sua cabeça para um lado,
começou a abrir seus olhos levemente.
A vagabunda fez o mesmo, espreguiçando seus braços enquanto abria
seus olhos.
Scott parecia confuso quando abriu os seus. Encarou o teto, levou um
susto ao encarar Olívia ao seu lado.
— Que merda! O que diabos você faz aqui? — Rosnou enfurecido
para ela sentando-se na cama.
Encarei a cena, atenta. Vi a vadia criar uma expressão de vítima,
puxou o lençol para cobrir seus peitos caídos.
— Querido, o que você...
— Ohhh! Mais que lindo. — Scott trouxe seu olhar irritado para mim,
esbugalhou seus olhos ao me ver ali.
— Ellie, não é...
— Eu sei, querido. — Esbocei um sorriso de segurança a ele. —
Fique calmo.
Eu via o quanto ele estava confuso e com raiva naquele momento.
Saiu da cama às pressas, pelado. Veio até mim.
— Eu... Eu... Ela... — Ele tenta falar, mas acaba falhando.
Sorri para ele em minha frente, tive que erguer meu olhar para poder
encará-lo.
— Scott, calma. Está tudo bem. — Levei minhas mãos para seu rosto,
acariciei sua face. — Eu não sei o que essa vadia fez, mas sei que tem dedo
nela nisso.
Olhei por cima de seu ombro largo em direção à ela que estava ainda
na cama. Olívia sustentava um olhar desafiador direcionado a mim.
— Scott, meu amor... Você disse que me amava enquanto fazíamos
amor.
Olívia, com certeza não conhecia Scott. Talvez nem eu, porque o
homem que vi diante de mim, ficou assustado quando ouvia as palavras dela.
— Pare de inventar mentiras, sua vadia de merda, ou eu acabo com
sua raça. — Scott se voltou para ela, com um olhar negro, e os músculos de
seu corpo retesados.
Ele estava puto.
— Scott, meu amor... — Olívia tentou falar.
— CALA A BOCA, MERDA! — Scott gritou furioso, a
interrompendo. Vi seus ombros ficarem rígidos, seus músculos se contraíram.
— Scott… — Coloquei uma mão em seus ombros, acariciei suas
costas. Ouvi-o soltar uma respiração pesada e se voltou para mim.
— Ellie, morena, essa... Essa... Vadia... Colocou alguma coisa no
copo de suco... Merda... Você tem que acreditar em mim... — Ele estava
exasperado, com seus olhos praticamente implorando. Era até surreal vê-lo
naquela situação, mas aquilo não era necessário, eu acreditava nele.
Olívia já havia arruinado minha vida uma vez e eu não seria idiota de
permitir uma segunda vez.
— Eu sei...— Sussurrei baixinho. Ele colou sua testa na minha,
fechou seus olhos com força, me encarou atento quando tornou a abri-los.
Plantei um beijo na ponta de seu nariz. Ouvi Olívia fazer um som
semelhante a um rosnado atrás de nós.
Voltei-me para ela, lancei lhe um olhar de desprezo. A vi se levantar
da cama, puxando o lençol para cobrir seu corpo.
— Você é patética, Ellie. Sempre foi. — Seu asco e ódio eram
evidentes em seu tom, seu olhar era desafiador sobre mim.
Ri da situação, dando de ombros.
— Acredite, você é mais. — Senti a mão de Scott em meu ombro,
mas continuei a fitando. — Você consegue ser pior do que imaginei.
— Digo o mesmo, querida.
— Saia daqui.
Ela riu, arqueando uma sobrancelha definida, fez pouco caso.
— E quem é você para me mandar fazer isso? Scott é quem tem esse
direito, querida.
Scott riu ao meu lado, envolveu minha cintura com seu braço, me
puxou para si.
— Ela é minha namorada. — Desfiz minha expressão com suas
palavras, meu coração perdeu o ritmo. — E sim, ela tem esse direito. Agora
vaza daqui, caralho.
O formato da boca de Olívia devia ser semelhante a um ovo. Ela nos
encarou chocada.
Eu estava tão chocada quanto ela; congelada ali, com a palavra
“namorada” ecoando centenas de vezes em minha cabeça, incentivando uma
batida em meu coração cada vez que se repetia.
Virei meu rosto ao mesmo tempo que ele; recebi um sorriso
preguiçoso e safado, Ele piscou um olho para mim.
— Você está brincando, né? — Ele voltou seu olhar para a frente
assim que a vadia interrompeu nosso momento com sua voz enjoada.
— Parece que eu estou brincando? — O braço de Scott fixou seu
aperto em mim, minha cintura colidiu com a dele.
Tentei afastar todos aqueles questionamentos formados em minha
cabeça, me concentrando na situação.
— Você quer mesmo ficar com essa frígida?
A pergunta de Olívia me causou sensações estranhas, porém me
contive para não pular sobre ela.
— Sim, com toda certeza. — Scott soou firme.
O sorriso que brotou em meus lábios foi inevitável. Não consegui
esconder a felicidade sem tamanho que nascia em mim, me consumindo
completamente.
Olívia grunhiu com ódio.
— Eu não acredito... — Passou uma mão por seus cabelos,
choramingando frustrada. — Por quê? Scott... Baby... O que ela tem... Que
não tenho?
Ela fitou Scott atenta. Ele devolveu o olhar com firmeza, mostrou sua
raiva por ela, com seu maxilar rígido.
— Tudo. Ellie tem tudo!
— O quê? — Ela elevou seu tom de voz.
Seu rosto estava vermelho, seus olhos esbugalhados, ela parecia que
ia explodir.
— Ela tem tudo que quero. — Sorri novamente, com meu peito sendo
inflado por sentimentos confortantes.
Eu não sabia dizer o porquê, mas me senti nas nuvens com suas
palavras, era tão bom ouvir isso. Meu coração concordava comigo, batendo
desenfreado de alegria.
— Scott... Eu sempre... Te dei prazer. Muito prazer, baby... Eu...
Scott bufou irritado.
— A questão Olívia, é que entre Ellie e eu não é apenas prazer, é algo
maior, muito maior.
Senti seu olhar sobre mim, mas eu estava congelada ali, olhando para
uma Olívia carregada de raiva.
— Agora dê o fora daqui antes que eu chame a segurança. — A voz
rouca e potente de Scott soou ameaçadora.
Olívia rosnou, se abaixou no chão, possivelmente procurando suas
roupas.
Caí na risada a vendo procurar debaixo da cama. Ela ergueu sua
cabeça para me olhar, me lançou um olhar assassino.
— Merda... Onde estão minhas roupas?
— Não sei. — Dei de ombros enquanto ria.
— Ora, sua vagabunda... — Se levantou feroz, veio até mim.
— Não ouse... — Scott entrou em minha frente irado, fiquei em suas
costas.
Ouvi o riso irônico dela.
— Você está tão patético. Quem diria que o grande Scott Wild estaria
de quatro por uma qualquer.
Fechei meus olhos, agarrei-me a cintura de Scott, xingando Olívia
baixinho.
— Cale-se... E saia daqui, merda.
Acariciei seu abdômen, tentando tranquilizá-lo, senti-o tenso.
Scott soltou um chiado raivoso.
— Agora, caralho! — Alertou.
— Mande sua puta me entregar minhas roupas. — Fui para o lado
dele, encarando-a.
— Está zangada que seu plano idiota não deu certo Olívia? Que pena
né? Ele foi tão inútil quanto você. — Ri dela, recebendo seus dentes como
resposta, com seu rosnado.
Scott segurou minha cintura enquanto Olívia e eu brigávamos entre
nossos olhares.
— Ellie, dê as roupas dela logo. Quero-a longe daqui o quanto antes.
— Acenei para o pedido de Scott, sorrindo para Olívia.
— Estão no corredor... — Ela arregalou ainda mais seus olhos. — Lá
fora.
— Sua maldi...
— SAIA DAQUI, PORRA! — Scott a cortou de imediato, gritou
furioso, assustando tanto a ela quanto a mim.
Merda. Ele estava muito puto.
Ela apenas nos lançou um olhar de desprezo, caminhou com o lençol
até a porta.
— Deixe o lençol. — Scott ordenou.
Caí na risada quando ela gritou, soltou o lençol e correu pelada até a
porta. Só tive tempo de ver sua bunda sumir enquanto ela saia do quarto.
Scott se virou para mim, me encarou sério, sem expressão.
— O que foi?
— Nada.
— Por que está me olhando assim?
— “Assim como?”
— Não sei, assim. — Dei de ombros.
— Estou te olhando normalmente.
— Não, não está.
— Ellie...
— Scott...
Ele riu, lindo como sempre.
— Por que você... Acreditou em mim? Quer dizer... Não nela?
Levei uma mão até sua bochecha, acariciei-a com as costas de meus
dedos, com seus olhos negros fixos em mim.
— Eu seria uma idiota se acreditasse nela.
— Você confia em mim? — Ele estreitou seus olhos, esperando por
minha resposta.
— Não sei… — Balancei minha cabeça de um lado para o outro. —
Antes preciso saber de uma coisa.
— O quê? — Arqueou uma sobrancelha negra, eu senti a espessura de
sua pele em meus dedos.
— Eu sou sua namorada?
Levemente ele arregalou seus olhos, sorriu safadamente para mim.
— Ah, isso... — Confirmou.
— E então, senhor Wild?
— Ansiosa, senhorita?
— Nem um pouco. — Rimos.
Ele agarrou minha cintura, me puxou para si em um gesto bruto,
possessivo e lascivo.
— Respondendo a sua pergunta, sim, você é minha namorada. Minha,
apenas minha.
Arfei surpresa.
— É mesmo? — Ele me arrancou um gemido quando enterrou sua
cabeça em meu pescoço. Inspirou o aroma de minha pele e me beijou naquela
região.
— Sim, completamente minha.
— Não sabia disso.
— Está sabendo agora, morena.
— Sabe... Eu não me lembro de ter aceitado nenhum pedido de
namoro.
Ele ergueu sua cabeça, passou a me encarar com uma sobrancelha
erguida.
— Precisa disso?
— É claro que sim!
— Comigo não. Você é minha, está decidido e pronto, porra!
Eu ri, afastei-me dele um pouco.
— Não é assim que as coisas funcionam. Você não pode chegar
tomando decisões sobre mim sem antes me consultar.
— Ah não? — Questionou irônico.
— Não, Scott! — Rebati séria.
— Então você não quer ser minha?
— Eu...
— Apesar de eu já te considerar minha.
Bufei frustrada, coloquei um dedo em seus lábios, tentando impedir
que ele me interrompesse.
O desgraçado o beija.
— Faça o pedido. Se quiser mesmo isso.
— Eu não vou fazer isso, Ellie.
— Por que não?
— Caralho! Isso é coisa de fresco!
Revirei meus olhos.
— Então não sou sua...
Passei por ele, ouvi-o resmungar baixinho, agarrou meu braço e me
puxou para si.
— Você sabe que é. — Meus seios colidiram com seu peitoral. Ele
fitou meus lábios.
Scott se curvou bem lentamente para baixo, tendo em mente me
beijar. Deixei-o se aproximar e quase unir nossos lábios.
Mas, o empurrei para trás, o impedindo.
— Scott, não!
Ele pareceu confuso.
— O quê? Por que não?
— Você está com o cheiro daquela maldita em você. — Curvei um
canto de meus lábios em uma careta.
— Sério? — Tentou mais uma vez me beijar, mas o empurrei.
— Vá tomar um banho. — Ele resmungou algo, mas se afastou de
mim. Meu olhar foi direto para seu pau, que mesmo mole, era grande,
balançava com suas bolas enormes enquanto ele caminhava até o banheiro.
Merda! Eu tinha me esquecido que ele estava pelado. Aquela vadia
havia o visto e tocado nele e isso me deixava com tanto ódio. Era terrível
aceitar que eles já haviam transado. Uma raiva sem fim borbulhava dentro de
mim.
Talvez fosse tão grande devido ao ciúme mesclado junto a ela.
Meu olhar se fixou nas grandes e duras nádegas bronzeadas de Scott.
Mordi um canto de meu lábio ao ouvi-lo resmungar mais alguma coisa me
fazendo rir.
Por que ele tinha que ser tão perfeito?
Logo após ele entrar no chuveiro, ouvi o barulho do jato d’água
caindo. Com certeza, a visão do corpo musculosos e escultural de Scott
molhado foi o suficiente para pôr meu corpo em chamas.
Não resistindo a tentação, tirei minhas roupas às pressas, ficando
completamente nua, coloquei meus cabelos para trás.
Corri até o banheiro. Ouvi sua voz rouca e sexy como o inferno
cantando uma música.
Bati na porta de vidro do box, vi o corpo gigantesco dele do outro
lado.
Ele entreabriu a porta, com um sorriso presunçoso nos lábios, o
mesmo que havia feito eu o odiar na primeira vez que nos vimos, e o desejar
com tanta força agora. Seus cabelos caíam em mechas molhadas por sua
testa, o deixando com um ar sensual.
Seus olhos negros percorreram todo o meu corpo, parecendo um leão
ao encarar um bife. Ele riu ao me encarar.
— Tem lugar para mais um aí? — Perguntei, sentindo minha pele
queimar, ansiando por seu toque.
Meu Deus! Esse homem me deixa louca.
Ele passou a língua por seus lábios, secou meus seios com o olhar
obsceno.
— Com certeza. — Abriu a porta por completo, me permitindo
passar. Entrei no box e ele voltou a fechá-la, nos prendendo naquele lugar
pequeno.
O jato caía com tudo, nos molhando. Scott se aproximou mais ainda
de mim, me prensando contra a parede.
Praguejei quando minhas costas tocaram a parede gelada, ele riu
excitado, esfregando seu sexo em mim.
Puta merda! Ele já estava duro!
Muito duro mesmo!
— Animado já? — Arfei, perguntando.
— Por sua causa, morena.
Ele avançou sobre mim, agarrou meu rosto com uma mão e uniu
nossas bocas em um beijo voraz, com sua língua explorando minha boca.
Com a outra mão agarrou um lado de minha perna, a ergueu e a colocou em
sua cintura.
Gemi baixinho, com seu pau ficando entre meus lábios vaginais
quentes e molhados, com Scott entre minhas pernas.
— Minha... Minha Ellie...— Minhas mãos foram para suas costas,
finquei minhas unhas nele.
Ele resmungou contra minha boca.
Um som animalesco ecoou do fundo de sua garganta enquanto ele
remexia o quadril contra o meu, descendo e subindo seu pau em meu sexo,
nos torturando com o fluxo de prazer sem tamanho que se formava ali.
Minha boceta ansiava para ser preenchida por ele, seu pau parecia
querer o mesmo, dando pinotes e pulsando contra ela.
Sua mão apertou com força minha coxa, a manteve em volta de sua
cintura. Ele rosnou excitado para mim.
— Scott... Por favor...
Senti meu interior latejar, reclamando pela tortura que ele estava nos
submetendo.
Sua cabeça foi para meu pescoço, ele abocanhou meu ombro,
afundando seus dentes com suavidade em minha pele.
Uma descarga elétrica percorreu minha espinha, me contorci sob ele.
Merda! Não contenho o grito.
— Peça... Agora...
Oh céus! Isso é tortura demais.
— Por favor... Scott...
— É só me pedir... E eu darei o que você quer, morena... Qualquer
coisa.
Ele impulsionou seu quadril para a frente, insinuando uma estocada,
seu pau roçou minha boceta.
— Me... Ohhhhh
— Vamos lá, baby... Peça! — Repetiu o ato.
Agarrei-me ainda mais a ele, joguei minha cabeça para trás, com o
jato de água caindo sobre as costas dele, enquanto sua boca plantava beijos
em minha pele.
— Me foda, Scott! Agora!
Tornei a resmungar. Com seu corpo tremendo sobre o meu, ele levou
uma mão por entre nossos corpos, agarrando seu pau duro.
— Seu desejo será concebido com prazer.
A voz rouca e sensual com tons de excitação arrepiaram minha pele.
Ele me levou ao céu e inferno ao começar a pincelar a cabeça grande e
pulsante de seu pau em minha entrada. Colocou meu corpo em erupção,
deixando-o trêmulo.
Nossas bocas ficaram perto uma da outra, abertas, com gemidos
roucos escapando delas.
Fechei meus olhos com força quando, em uma estocada firme, Scott
me penetrou. Invadiu meu canal apertado e molhado, seu pau se instalou com
perfeição em minha profundidade. Apesar da pequena ardência causada por
seu tamanho e grossura, ele se apertava contra minhas paredes vaginais.
— Puta que pariu...— Gritou arfante. Depositei minha cabeça em seu
ombro, abraçando-o contra mim com força. Senti-o tirar alguns centímetros
de mim e tornar a meter até o talo, seus pelos pubianos roçavam minha pele.
Um gemido alto escapou-me quando ele começou a aumentar suas
estocadas, entrando e saindo de mim com tudo. Levou uma mão para minhas
costas, começou a massageá-las, tentava me deixar relaxada, mas eu só sabia
gemer, totalmente entregue ao prazer.
— Você é tão apertada e quente. — Novamente seu pau me invadiu
com tudo, até o fundo, nos fazendo gemer. — Queria poder ficar para sempre
enterrado em você.
Eu também queria isso, já que a sensação de me sentir preenchida por
ele não tinha comparação, eu podia sentir seu pau tremendo e pulsando
dentro de mim.
E isso era tão devastador!
— Minha! — Ele rosnou, sua voz tão sexy, tão primitiva, quase um
sussurro, se mexendo com rapidez dentro de mim, provocou meu nervo
sensível, impulsionando meu ponto de prazer. — Você é minha, Ellie Amby.
Foi tão excitante a forma que sua voz soou, me fez revirar meus olhos
de puro e completo prazer.
— Sim, sua. — Gemi convulsionando junto a ele. — E você é meu,
Scott Wild.
Ele estocou fundo, rebolando o quadril, balançando seu pau dentro de
mim, criando descargas de prazer por todo meu corpo.
— Inferno, isso é tão bom. — Sussurrou extasiado, beijando o canto
de minha boca, sem parar seus movimentos vorazes. Mordeu e puxou meu
lábio inferior.
Scott agarrou minha outra perna, segurou minhas coxas com suas
mãos, ergueu meu corpo do chão, me prensou com o seu corpo contra a
parede, minhas pernas ficaram um pouco acima de sua cintura.
Arfei trêmula, enlacei meus braços ao redor de seu pescoço, ele
entrava e saía de mim com rapidez.
— Ohhh... Assim... — Seu pau não dava tempo para minha boceta se
acostumar com sua saída, me invadia com sua grossura rapidamente.
Ele entrava e saía, com volúpia.
— Scott...
— Ellie...
Minhas pernas começaram a tremer, nossas respirações ficaram
aceleradas, quase falhas, como as de cães.
Uma onda intensa de prazer se formou dentro de mim, começou a
percorrer um caminho que ia com tudo para minha boceta, buscando
liberdade.
— Eu vou... Gozar... — Sussurrei.
— Goze, baby... Estou indo. — Exclamou.
Meu corpo ficou mais estremecido, o dele também.
O calor escaldante correu através do meu corpo, mas Scott me
segurou firme, agarrando-me a ele enquanto seu corpo sofria espasmos e
tiritava. Estava tão profundo dentro de mim que estávamos fundidos.
— Ohhhhhhh… — Gritamos em uníssono, gemendo o nome um do
outro enquanto nosso clímax chegava com devassidão e luxúria, nos
dominando, deixando nossos corpos titubeantes e desfalecidos.
Eu podia sentir seu esperma quente me invadindo em grande escala,
se misturando com minha liberação, uma perfeita e perigosa união.
Scott me desceu um pouco, com minhas pernas trêmulas que tocaram
o solo. Ele me abraçou forte, minha cabeça caiu em seu ombro, podia sentir
as batidas de meu coração e eu ouvia as do dele. Com sua respiração tão
desesperada quanto a minha, buscamos fôlego para nossos pulmões.
— Inferno, isso é tão bom. — Me apertou ainda mais, se mexendo
dentro de mim, com vigor. Me mostrou o quanto ele ainda estava duro, com
seu pau pulsando entre minhas paredes doloridas.
Gemi quando ele deu uma última estocada, se enterrou por completo
em mim, riu. Meus seios duros roçavam em seu peitoral definido.
Esse homem era insaciável!
Abafei um riso contra seu ombro, respirei e inspirei, com o jato
d’água contínuo a cair sobre nossos corpos.
— Realmente... — Concordei com ele.
— Merda...— Ele solta um xingamento.
— O que foi? Algum problema?
Ele exalou profundamente.
— Sim.
Ergui meu rosto molhado de seu ombro, ainda o abraçando. Ele me
puxou para si com seus braços.
Scott me fitou sério, com aquela expressão de macho alfa que ele
sempre tinha que fazer.
— Qual? — Questionei curiosa.
— Ellie, não nos protegemos.
Suspirei um “Ah”, acenando.
— Não se preocupe, eu tomo pílula.
O moreno fechou seus olhos, suspirando, tornou a abri-los alguns
minutos depois.
— Acho que estou viciado na sua boceta. Em seu corpo, em você. —
Ele arrancou as palavras de minha boca, menos na parte da boceta, já que ele
não tinha uma.
Ri de meu pensamento. Roubei um beijo dele.
— Isso é bom. — Revirou os olhos rindo.
— Não quando eu quero ficar o dia inteiro aqui com você, te fodendo
até ficarmos desmaiados. — Engoli em seco, vi seus olhos negros brilharem
em selvageria.
Suas mãos subiram de minha cintura para minhas costas. Ele alternou-
se em massagear aquela região ou em mantê-las paradas. Minha pele
queimava com seu toque escaldante.
— Isso seria... Peculiar... — Argumentei com a voz falha, o fazendo
gargalhar.
Ele ficava mais lindo ainda rindo, com seus olhos a se estreitarem de
leve e pequenas e quase invisíveis covinhas surgindo em suas bochechas,
com seus lábios atrativos que se alargavam em um sorriso de molhar a
calcinha de qualquer uma.
— Seria quase isso, morena.
Ele riu mais; eu apenas o admirava.
Por que ele tinha que ser tão sexy?
— Ellie... Minha Ellie...
Coloquei minhas mãos sobre seu peitoral liso, me curvei sobre ele e
plantei um beijo em seu peito poderoso ele acompanhou meu ato.
Beijei o outro lado, quase perto do bico de seu outro peito, senti sua
pele molhada e quente em meus lábios.
— Baby... Olhe para mim.
Rapidamente, ergui o olhar.
Olhos negros intensos encontram os meus azuis.
— Sim? — Sorri para ele.
Ele bufou, passando uma mão por seus cabelos molhados, os colocou
para trás, alguns fios lisos continuaram em sua testa, sua outra mão
permaneceu em mim.
— Quero te perguntar algo.
— Pergunte. — Disse-lhe.
Ele mordeu o lábio inferior, nervoso, ansioso e quase ao ponto de
explodir.
— Então... Oh merda... Lá vai...— Respirou fundo, se preparando
para isso. — Você aceita ser minha namorada?
Um gemido surpreso escapou de meus lábios. Minha boca ficou
entreaberta enquanto eu o encarava surpresa.
Pisquei meus olhos diversas vezes, sem quebrar nosso contato visual.
Tentei assimilar suas palavras, digerindo-as aos poucos.
Meu coração acelerou.
Meus olhos se inundaram.
— É sério isso, Scott? — Minha voz soou carregada de emoção. Ele
riu nervoso, ansioso por minha resposta. Concordei com a cabeça sem ao
menos hesitar.
— Sim, é tudo que quero. — Uma lágrima sorrateira escapou de meus
olhos. — Que você seja minha garota.
Eu sabia que estava entrando em uma enrascada, me envolvendo com
o cara mais cafajeste e canalha que já conheci, mas não havia mais volta.
Scott já havia dominado todos os meus sentimentos e meu coração era dele.
— Por que você pediu? Você não disse que eu já era sua e pronto?
Estreitou seus olhos, soltou um chiado.
— Você disse que queria que eu pedisse. Bom, acabei de pedir.
Pulei sobre ele, agarrando seu pescoço com meus braços e o beijei
intensamente, fazendo cócegas nele ao rir contra seus lábios.
— Então, qual é sua resposta? — Me aninhei ainda mais a ele, com
seu pau duro se mexendo dentro de mim.
Revirei meus olhos, a resposta para sua pergunta estava óbvia em meu
sorriso.
— É claro que sim, Scott.
Capítulo 20
Scott Wild
Uma semana depois

semana havia passado rápido, o irmão de Ellie já estava bem melhor.


A Até fizemos uma visita para ele e o moleque ficou bem feliz quando
soube que a irmã namorava um rockstar, pediu inclusive que eu
autografasse o gesso em sua perna. Depois que Ellie o viu e se certificou de
que ele estava cem por cento bem, ela e eu finalmente voltamos para Nova
York. Eu mal cheguei, e Ramón, David e Louis já vieram me encher a
paciência dizendo que eu estava deixando a banda de lado e tudo mais.
Depois de ouvi-los tagarelando na minha cabeça eu finalmente pude contar a
eles sobre Ellie e eu, que estávamos namorando. Todos ficaram surpresos,
pois achavam que eu nunca iria namorar na minha vida. Bom, no começo eu
também achava isso, mas depois de conhecer Ellie Amby, meus pensamentos
mudaram completamente.
Agora, que posso gritar aos quatro ventos que Ellie Amby, a super
modelo do país, a mulher que mesmo não gostando ser, é desejada pelos
homens, é minha, somente minha e de mais ninguém. Posso até parecer um
maricas falando isso, mas eu jamais, em toda a minha vida me senti tão feliz
assim. Toda vez que eu a vejo sinto o meu coração disparar, e quando ela
abre aquele lindo sorriso… Ah... Eu fico admirado, é até difícil de explicar.
O que Olívia fez, serviu para nos unir mais, e por um lado, eu deveria
agradecê-la, mas ainda assim eu quero matá-la. Eu dei sorte de Ellie ter
raciocinado rápido e visto que tudo aquilo não passava de uma farsa daquela
vadia. Agora eu fico me perguntado: como pude me envolver com alguém
como Olívia? Ou melhor, como eu não percebi o tipo de pessoa que ela é?
— Scott, má noticia. — Entrou David no meu quarto sem bater, ou
melhor, como ele entrou se a porta estava trancada?
— Como entrou aqui? — Coloquei o meu violão em cima da cama.
Eu estava tentando escrever uma música. Faz tempo que não componho algo.
— A porta estava aberta… ei, você estava compondo? — Perguntou
surpreso.
— Tentando.
— Nossa, é difícil de se ver isso hoje em dia. Quer dizer, você
compôs as maiorias das músicas da banda, mas faz um tempo que não te vejo
assim, sentado com o violão na mão e um caderno do lado. — Se sentou do
meu lado na cama, mas com uma certa distância.
— Acho que minha inspiração está voltando.
— E ela se chama Ellie. — Só com a menção de seu nome, abri um
sorriso largo.
— Com certeza.
— Onde ela está?
— Ela teve que sair com a Sara para resolver algumas coisas. No
tempo em que ela ficou em Los Angeles surgiram muitos trabalhos pra ela e
hoje ela tinha uma reunião com um dos clientes.
— O negócio de vocês dois está sério mesmo, hein?
— É. Eu gosto muito dela David, muito mesmo.
— Você a ama?
— Eu não sei. Nunca senti isso por ninguém antes, nunca amei
ninguém a não ser a mamãe, o papai e você. — Ele sorriu debochado.
— Vou vomitar arco-íris. — Tentei fazer cara feia, mas as gracinhas
de David sempre me fizeram rir. Fiquei feliz de vê-lo brincando. Quando os
nossos pais morreram, pensei que ele iria enlouquecer. Entre nós dois, David
foi o que mais sofreu. Eu tive que amadurecer rápido, pois tinha um irmão
mais novo para tomar conta, e eu só tinha dezoito anos.
— Eu estou falando sério. Só sei que não consigo mais viver sem tê-la
ao meu lado. — Falei sério.
— Uou, se isso não é amor, eu não sei o que é.
— E você? Sabe o que é amor? — Logo o vi mudar de postura.
— Não. — Desviou o olhar.
— Huum, e você e a Sara? — Ele arregalou os olhos.
— O quê? O que tem?
— Não está rolando nada entre vocês dois? — Vi-o engolir em seco.
— Bom... Tivemos algo... E só. — Era nítido o nervosismo dele.
Eu nunca vi meu irmão tão nervoso assim.
— David você não me engana, você é meu irmão, ajudei cuidar de
você, te conheço bem.
— Não estou aqui para falar de mim, Scott. — Ele fez careta.
— Então, pra falar de mim?
— Também não, vim para falar da banda, ou melhor dizendo do vídeo
clipe da banda.
— Como assim?
— O Ramón me mandou uma mensagem hoje de manhã e pediu para
passar pra você e pro Louis.
— O que dizia na mensagem?
— O vídeo clipe teve que ser adiado.
— Por quê?
— Parece que Ramón nos encaixou em uma pequena turnê de um mês
em Londres, exatamente no dia em que começaríamos gravar o clipe.
O quê? Caralho!
— O quê? Mas o Ramón é louco? Como ele pôde fazer isso?
Estávamos ansiosos pra gravá-lo.
— Pela primeira vez na vida, ele acabou se embolando na agenda e,
sem querer marcou essa turnê de última hora. Ele precisa de uma assistente.
— E urgente.
— Mas, nós estamos em turnê aqui.
— Scott, o último show que tínhamos aqui cancelamos, pois você
estava viajando. Temos mais duas cidades para fazer um show em cada uma.
Depois, estaríamos com um tempo para a gravação do vídeo clipe, mas você
conhece Ramón; quando aparece uma oportunidade para fazermos um show,
ele aceita sem nem nos consultar.
— Merda! Antes eu não ligava muito pra isso, pois eu até gostava de
ficar viajando de um lado para o outro, mas agora, parando pra pensar, Ellie e
eu não vamos ter muito tempo para ficarmos juntos. No caso, a gravação
ficou pra depois da turnê em Londres?
— Sim, mas acho que não vá durar um mês pois só vamos fazer um
show em algumas cidades. Mas, conhecendo Ramón, se aparecer mais shows,
ele não vai hesitar em aceitar, então talvez possa durar menos de um mês ou
até mais de dois.
— Porra!
— Scott, só vamos ficar fora por um tempo. Você verá Ellie
novamente.— Tentou me consolar.
— O problema não é esse, David.
— Então?
— Só agora eu fui perceber as consequências de me tornar um astro
do rock muito famoso. — Ele me olhou confuso.
— Como assim?
— A Rocked está no seu auge, quanto mais famosa a nossa banda for,
mais shows e turnês mais longos irão surgir.
— E?
— Isso significa que praticamente não vou ficar com Ellie. — Senti
uma pontada no meu coração só de imaginar isso.
— Olha Scott, você não poderia imaginar que arrumaria uma
namorada. Você também deveria ter pensando nisso antes de pedi-la em
namoro.
— Desde quando eu a conheci, não consigo pensar em mais nada
racionalmente.
— Percebi. — Deu um sorriso fraco.
— E agora? O que eu faço?
— Conversa com ela.
— E falar o quê? Que vamos namorar praticamente a distância?
— Não seja dramático. Se ela gosta de você, ela vai entender.
— Sim.
— E também, pelo que vi, ela não mora aqui em Nova York. Ela está
aqui a trabalho.
— Ela mora em Woodbury.
— Minnesota?
— Sim, fica um pouco longe daqui. Então ela achou melhor passar
um tempo aqui em Nova York até concluir todos os seus trabalhos. Faz
algumas semanas que Sara e ela estão na cidade. — Ellie havia me contado
isso durante o tempo em que ficamos em Los Angeles.
— Bom, pra uma modelo do porte dela, Ellie escolheu uma cidade
bem pequena e simples.
— Ellie é simples. Embora seja rica, ela é muito humilde, isso a torna
muito mais incrível. — Como essa mulher é diferente de mim. Depois que a
banda começou a fazer sucesso, eu deixei a fama subir a cabeça, me
arrependo muito disso.
— Woodbury é um bom lugar para se viver, lá é tranquilo e não tem
essa agitação da cidade grande como Nova Iorque tem. — Verdade.
— Eu preciso conversar com ela, ver como a nossa relação vai
funcionar.
— Scott, tanto você quanto ela, para ganhar dinheiro, viajam muito.
Vocês deveriam ter pensado nisso antes de começar esse namoro. — Detesto
admitir, mas David estava certo.
— Você tem razão.
— É, eu sei, mas agora preciso ir. Tenho mais coisas para resolver. —
Ele se levantou e saiu me deixando com meus pensamentos.
Este namoro estava bom demais pra ser verdade.
Capítulo 21
Scott Wild

assei o dia no quarto pensando na conversa que tive com David, até que
P escutei a porta se abrindo e logo vi a minha Ellie entrar. Assim que ela
me viu, abriu o mais lindo sorriso, automaticamente eu sorri de volta.
— Oi, linda. — Me levantei da cama rapidamente e fui até ela, a
puxei para mais perto até ter meus lábios nos seus. Ela riu.
— Nossa, sentiu mesmo a minha falta?
— Claro, baby. Sabe que adoro ter você ao meu lado.
— Eu também Scott, mas sinto que tem algo mais nisso. — Ela
franziu o cenho.
— É… preciso ter uma conversa com você, mas antes...—
Surpreendi-a quando peguei em sua bunda e a puxei para o meu colo
colocando suas pernas em cada lado do meu quadril. Ela deu uma risadinha.
Com cuidado, eu a coloquei deitada na cama e logo cobri o seu corpo, com o
meu.
Comecei a beijá-la bem lentamente e saboreei o gosto doce de seus
lábios. Ela sorriu entre os beijos e levou uma mão até o meu rosto para me
acariciar.
— Realmente você sentiu a minha falta.
— Acostumei-me a ter você sempre comigo. — Dei-lhe um selinho.
— Então? O que queria conversar comigo? — Pude ver claramente
em seus olhos que ela estava preocupada.
— O David veio aqui mais cedo para falar sobre o vídeo clipe. —
Ellie se levantou e eu me endireitei para ficar sentado frente a frente com ela.
— O que tem isso?
— Bom, acontece que as gravações foram adiadas.
— Ué, mas por quê? Ramón parecia animado com a gravação desse
clipe, os meninos, você, eu...
— Sim, mas acontece que o idiota do Ramón marcou uma pequena
turnê.
— Isso é bom, não é?
— É ótimo, mas o problema não é esse, Ellie. Ramón marcou o início
da turnê exatamente no dia em que começariam as gravações.
— Ah...
— Ele sempre teve essa mania de nunca recusar qualquer show que
apareça para a banda. Ele marca as coisas sem nos consultar, sempre foi
assim. David falou que ele deve ter esquecido que tinha o início das
gravações nesse dia.
— Bom, mas ele é empresário da banda, sabe o que faz.
— A questão não é essa, baby.
— Então?
— Vou ficar um mês fora ou até mais.
— Mas amor, esse é seu trabalho. — Adoro ouvi-la me chamar assim.
— Eu sei. No começo eu adorava isso sabe? Quando Ramón sempre
aparecia com shows em vários lugares do mundo, mas agora não vejo mais
graça nisso.
— Por quê?
— Somos namorados e trabalhamos viajando, isso significa que
vamos ter pouco tempo juntos.
— Scott, como disse, eu também trabalho viajando pelo mundo.
Quando começamos esse relacionamento, estávamos cientes das dificuldades
que encontraríamos. — Ela tinha razão.
— Você está certa, mas mesmo assim, me acostumei ficar do seu
lado, Ellie. Vai ser difícil ficar longe de você. — Ela sorriu.
— Eu também adoro ficar contigo. Eu estava louca para chegar aqui
no hotel e te ver.— A puxei para um abraço.
— Temos que nos acostumar com isso, não é?
— Sim, e, como você disse, vamos ter pouco tempo para nós dois.
Então vamos fazer valer cada dia em que ficarmos afastados quando nos
encontrarmos de novo.
— E pensar que Louis e eu só entramos nessa vida por causa do
David. — Ellie se afastou o suficiente para me olhar.
— Como assim?
— O motivo da banda existir hoje é o David. — Ela me encarou
confusa.
— Me explique.
— David sempre foi muito mimado pelos nossos pais. Por ser o mais
novo, era o "xodó" da família Wild. Embora ele seja mais novo que eu,
estava sempre junto comigo, e como Louis também sempre estava comigo,
nós três nos tornamos muito amigos. Louis se tornou nosso irmão de outra
mãe. Os pais dele, eram nossos vizinhos e amigos dos nossos pais. Quando os
meus pais morreram, David tinha quinze anos e eu dezoito, foi um choque
tremendo na minha vida. David foi o que mais sofreu pois ele era muito
apegado a eles. Ele quase entrou em depressão por isso. — Fiz uma pausa. —
Eu tinha acabado de terminar o colegial e estava prestes a entrar na faculdade
quando tudo aconteceu. Tive que trancar a faculdade para cuidar de David.
Nossos pais nos deixaram bem financeiramente, as contas da casa quitada e
uma boa quantia em dinheiro para nós, ela nos sustentou por um tempo. Mas,
logo vi que eu precisava arrumar um emprego, então consegui um em uma
loja de instrumentos musicais que ficava no final da rua. David ficou um bom
tempo sem ir a escola e quase não comia; eu fiquei muito preocupado com
ele. Porém, depois de um tempo, David foi se conformando e se
estabilizando, voltou a estudar e passou a me ajudar com os serviços de casa.
Meus pais não eram ricos, mas tínhamos boas condições. Mamãe nunca quis
que contratássemos alguém para cuidar dos serviços domésticos, ela adorava
fazer isso e, quando a ajudávamos, ela tornava divertido. — Um sorriso fraco
surgiu em meus lábios ao lembrar da mamãe dizendo isto.
— Os pais de Louis te ajudaram com o David? — Ela perguntou.
— Sim. Enquanto eu trabalhava, eles cuidavam dele pra mim, mas
David detestava isso. Louis também me ajudou com ele. De vez em quando,
ele ficava com meu irmão na minha casa até eu chegar. Eu amadureci muito
cedo, praticamente me tornei pai de um adolescente de quinze anos da noite
pro dia, embora eu também fosse um adolescente. Dei sorte do meu irmão
não dar tanto trabalho assim. E tínhamos uma boa sintonia, vivendo um dia
de cada vez. — Senti a pequena mão dela segurar a minha.
— Seus pais devem estar muito orgulhosos do homem que você se
tornou. — Me deitei na cama e a puxei para se deitar comigo, ela repousou a
cabeça em meu peito.
— Um dia, eu havia marcado de ir ao cinema a noite com David e
Louis. Louis tinha acabado de começar a faculdade e só o via no período da
noite. Pedi a ele que quando chegasse da faculdade, fosse até a minha casa e
buscasse meu irmão e me encontrasse no trabalho para sairmos juntos.
— Você não tinha mais amigos?
— Eu sempre fui muito na minha em relação a isso, Ellie. Eu tinha
colegas sim, mas meus únicos amigos de verdade são meu irmão e Louis.
— Continue.
— O dono da loja sempre me pedia para fechar tudo quando eu saísse,
tanto que as chaves da loja ficavam comigo. Quando os meninos chegaram
lá, eu estava ajeitando os violões antes de sair. Louis viu a bateria que tinha
no canto, perto da porta e se sentou no banco atrás dela. Eu fiquei com medo
dele estragar aquilo, pois era um dos instrumentos mais caros da loja, mas me
surpreendi quando vi a total facilidade que ele tinha ao tocar aquilo. Fiquei
mais surpreso ainda quando vi David tocar a guitarra.
— Nunca fizeram aulas para isso?
— Não. Quando dei por mim, eu já estava cantando bem alto. Os dois
ficaram surpresos com a minha voz, até eu mesmo fiquei. Naquele momento,
eu senti uma felicidade imensa de estar fazendo aquilo e o que mais me
deixou feliz, foi ver a alegria do meu irmão ao tocar aquela guitarra; eu até
me emocionei. Estava tão bom que até esquecemos do cinema e quando
vimos já passava das onze horas da noite.
— Foi algo que surgiu do nada? E como conheceram Ramón?
— Naquela mesma noite, ele estava passando por ali e nos ouviu
tocar. Ele nos deu os parabéns e quando perguntou há quanto tempo
tocávamos juntos e respondemos que era a primeira vez que pegávamos
naqueles instrumentos, ele arregalou os olhos. Ramón marcou uma audição
conosco em um estúdio no qual ele é sócio. Eu não queria muito e nem o
Louis, mas David estava tão animado e nos perturbou tanto que fomos. Na
verdade, só queríamos ver ele sorrindo de novo. Desde então, estamos aí,
uma banda formada por um simples acaso.
— Que história linda… Mas, você gosta do que faz?
— Eu passei a amar isso a partir do momento em que fiz meu
primeiro show, onde lotamos um estádio de futebol em Madrid. As pessoas
gritavam por nós, elas estavam ali para nos ver. Eu senti uma energia muito
boa naquele dia, foi incrível.
— Deveria agradecer a David por isso. — Ela levantou um pouco a
cabeça para me olhar.
— Todos os dias eu faço isso, baby. — Naquele momento eu percebi
que, talvez. se eu não tivesse aceitado entrar nessa eu nunca a teria
conhecido. Só de pensar isso, senti um grande nó se formar na minha
garganta.
— Eu te adoro, Ellie. — Ela sorriu.
— Eu também, meu amor.
Para ser sincero, eu não queria falar isso e sim outra coisa, mas ainda
acho muito cedo para dizer essas três palavras.
Capítulo 22
Ellie Amby

u estava exausta, Sara havia marcado uma sessão de fotos com uma
E grife de roupas hoje cedo, agora eu estou quebrada. O fotógrafo era um
filho da puta por exigir tantas posições e roupas, só que eu tinha que
concordar com ele a respeito das fotos, já que elas haviam ficado incríveis
mesmo.
Meus pensamentos estavam tão inertes quanto eu, davam atenção
somente a uma coisa, ou melhor, uma pessoa: meu Scott, o responsável por
cada sorriso e suspiro meu.
Logo depois da conversa que tivemos sobre o clipe, o empresário da
banda dos meninos me ligou, informando tudo que meu rockstar já havia me
dito, e não pude deixar de sorrir com o pedido de desculpas constante deles.
Acabei falando com minha mãe ao telefone, questionei o estado de
meu pequeno irmão, como fazia todos os dias desde que voltamos para New
York. Era tão bom saber que meu pequeno estava se recuperando.
Assim que cheguei em meu apartamento, sorri, joguei minha bolsa no
sofá, chamei por Sara. Não obtive nenhuma resposta, ela com certeza estava
farreando.
Fui para a cozinha, procurar algo para comer. Sorri sozinha de novo
ao me lembrar de Scott, enquanto depositava uma fatia de bolo em cima da
mesa e me sentava na cadeira.
Ele estava tão preocupado com o nosso relacionamento devido a essa
nova turnê da banda e isso me deixava tão feliz, isso mostra que ele se
importa realmente.
Um sorriso bobo quase rasgou meus lábios com seu tamanho, quando
me recordei do seu pedido de namoro. Sara havia surtado quando contei para
ela.
Eu ainda não acreditava em tudo que estava acontecendo. Às vezes,
eu tinha medo de acordar a qualquer momento e constatar que tudo era
apenas um sonho; que o cara que eu mais detestava nesse mundo, havia me
conquistado ao ponto de eu aceitar ser sua namorada.
Scott, por mais que não dissesse, estava eufórico com tudo isso,
demonstrava o tempo todo com gestos de carinho e os beijos quentes.
O homem simplesmente havia se tornado um cara incrível, diferente
das primeiras impressões de que tive dele.
Meu rockstar havia sido domado.
Ri disso, me lembrando das palavras de Louis quando disse isso.
Quando Scott contou sobre nós, os meninos haviam ficado feliz por ele e
Ramón, apesar de algumas reclamações, também.
Quando eu estava prestes a levar um pequeno pedaço do bolo à minha
boca, uma batida na porta me interrompeu. Suspirei, pondo a fatia de volta no
prato, lambi as pontas de meus dedos.
Mais duas batidas fortes.
— Só um minuto. — Pedi, guardando o bolo na geladeira, passei
minhas mãos por meu vestido para ajustá-lo.
Corri de volta para a sala, abri a porta sem antes perguntar quem
estava ali, tinha a esperança de que fosse meu namorado.
O sorriso que havia em minha face se desfez assim que vi a pessoa ali.
— Olá, Ellie. — O sorriso assustador transmitiu calafrios por meu
corpo, meu olhar foi atraído pelo seu, me congelando.
— Olívia... — Engoli em seco, encarei a sombra da mulher que um
dia conheci, fiquei assustada com sua aparência.
Diferente da última vez que nos vimos, Olívia parecia estar mais
magra, pálida, com um olhar estranho. Usava um vestido preto sem mangas,
que ia até metade de suas coxas, com os cabelos loiros caindo em cascatas
por seus ombros.
Meu Deus! Ela estava destruída.
— Esperava que fosse quem? — Riu sarcástica, encarou-me com
ódio. — Scott? Bom, querida, não é.
— O que você quer? — Perguntei, ao segurar a porta com força, olhei
por cima de seu ombro em direção ao corredor, vi a porta do apartamento de
Scott fechada. — Como os responsáveis do hotel deixavam você subir? Esse
andar é praticamente restrito.
Mais uma vez ela riu.
— Eles já me conhecem de tanto que visitei Scott. — Deu de ombros,
mostrou-me os dentes com seu sorrisinho irônico.
— Que bom pra você. Esse não é o apartamento dele, agora se me
der… — A desgraçada me interrompeu. Quando eu estava prestes a fechar a
porta, colocou um pé na frente.
— Calma... — Ela não parava de rir. — Preciso falar com você, serei
rápida.
Mantive meu olhar firme.
Droga! Eu não tinha nada para conversar com ela, mas precisava
ouvir o que ela tinha a dizer.
Suspirei contrariada, abri a porta dando permissão a sua passagem. A
vi entrar, levou uma de suas mãos que estava em suas costas com rapidez
para à frente.
Assim que ela passou, encostei a porta, me virei para ela. Tive um
choque, meu corpo entrou em alerta diante da cena a minha frente.
Ofeguei assustada, arregalando meus olhos.
Olívia grunhiu um xingamento e mirou o revólver em minha cabeça.
Puta merda! Isso não está acontecendo.
— Olívia... — Minha voz foi menos que um sussurro. Ergui minha
mão lentamente, completamente em pânico.
— Não... — Meu coração parou por alguns segundos quando ela
chocalhou a arma, pois percebeu que eu estava prestes a dar um passo a
frente.
— Tudo bem... — Engoli em seco, suspirei. Fiquei parada. — Está
tudo bem.
— Não, não está. — Negou com a cabeça, os olhos aflitos, marejados,
refletindo uma fúria sombria. — Mas vai ficar, assim que eu te matar, sua
vadiazinha de merda!
— Olívia...
— Cala essa boca!
— Certo, certo. — Concordei, encarando a arma, com as mãos
trêmulas e o coração disparado; tentei manter a calma.
— Você acabou com minha vida, sua desgraçada. Duas malditas
vezes! — Rosnou. — Me tirou tudo antes e agora meu Scott. Por que tinha
que ser você?! Isso só pode ser um castigo! Mas vou dar um fim nisso.
— Por favor, não faça isso. — Murmurei.
— Ele não vai ficar com você, não vai. — Balancei a cabeça sem
parar, o olho esquerdo piscava diversas vezes. — Não vai ficar! Ouviu? Ele é
meu! Meu!
— Olívia isso... — Meu grito ecoou por toda a sala se misturando ao
som estrondoso do disparo, quando ela atirou no abajur ao meu lado.
Lágrimas de desespero se formaram em meus olhos. Ela voltou a mira
para mim, emitindo um som de "Click" na arma.
— Eu disse para calar essa boca.
Acenei com a cabeça, choramingando.
— Sabe, eu nunca gostei de você, nunca gostei. Eu odiava como todos
gostavam da perfeita Ellie, sem nem saberem a vadia de merda que você é!
Tirou meu Josh de mim, mas não vou deixar que faça o mesmo com meu
Scott.
A voz trêmula de Olívia me mostrava que ela não estava em seu
melhor estado mental. E o olhar? Por Deus! Era assustador. Era de dar medo
em qualquer um.
— Olívia, você não quer fazer isso. — Balancei minha cabeça, ela riu
com meu medo. Posicionou a arma com cautela em minha direção, pôs meu
coração em desespero.
— Você não sabe o que eu quero. — Riu nervosa, a voz trêmula e o
olhar perdido.
— Por favor, você não...
— Eu disse para calar a boca! — Mais um disparo ao meu lado, me
fez saltar assustada para o lado, chorei baixinho.
Meu Deus! Proteja-me!
O barulho estridente do disparo ecoou em meus tímpanos,
machucando-os.
Eu queria poder gritar por socorro, mas o pânico havia arrancando
minha voz, deixando uma grande bola em minha garganta, fazendo uma dor
consumi-la.
Lágrimas sem fim rolavam por meu rosto. Meu coração batia tão forte
que parecia querer pular para fora.
Scott se materializou em meus pensamentos.
Meu rockstar, meu amor, e por um momento senti meu coração se
abrandar um pouco, não o suficiente para me manter calma.
— Você vai morrer, Ellie e vai deixar meu Scott em paz, para sempre.
— O sorriso diabólico confirmou minhas suspeitas; ela realmente estava
disposta a me matar.
— Por favor... — Implorei choramingando.
Oh Scott! Meu amor!
Suspirei em meio ao choro, constatando que eu não teria a
oportunidade de vê-lo nunca mais e de lhe dizer o quanto eu o amava.
— Diga adeus, sua vadia!
Fechei meus olhos, abracei meu corpo com meus braços, ouvi a risada
sarcástica dela antes de ouvir o estrondo.
Capítulo 23
Ellie Amby

eu corpo todo estremeceu com o som da batida, enquanto meus olhos


M eram fechados com força, mas nada aconteceu comigo.
Quando abri meus olhos, vi Olívia assustada. Seus olhos
pareciam não acreditar no que viam atrás de mim, a arma tremia em suas
mãos.
— Ellie... — O som daquela voz despertou meu corpo, ofeguei. Virei-
me para trás e encontrei meu Scott ali, segurando a porta, parado. Encarou-
me com seu olhar penetrante.
— Scott... — Sussurrei, com a voz quase inaudível, me esforcei para
não correr até ele e abraçá-lo com toda minha força.
O olhar dele foi de mim até Olívia, estreitando-se cautelosamente para
a mulher armada a minha frente.
Fiz o mesmo, mantendo controle sobre meu corpo, temia que a
qualquer momento ela puxasse o gatilho.
— Scott. — Sorri e retirei uma mecha de seu cabelo de sua face. —
Que bom que veio, meu amor.
— Que porra você está fazendo?! Merda! — Ele rosnou atrás de mim,
a voz ressoou toda sua raiva naquele momento.
Droga! Isso não podia ficar pior.
Oh Céus! Por favor! Não permita que uma tragédia aconteça!
— Dando um fim nessa maldita. — A risada de Olívia ecoou pelo
lugar, e bem lentamente vi Scott se aproximar, com uma mão erguida. Temia
qualquer movimento brusco que a fizesse disparar.
Pelo canto do olho, vi ele suspirar.
— Pare com isso, vai ficar tudo bem. — Pediu, dando pequenos
passos até ela.
Meu coração bateu forte, temendo por ele. Várias e várias lágrimas
rolavam por minha face, encharcando-a quando vi meu rockstar se aproximar
do perigo.
E eu não podia fazer nada!
— Scott, meu amor, fique comigo. — A voz falha de Olívia soou
como um choramingo, sua arma ainda era direcionada a mim.
Eu estava congelada, tamanho era meu desespero. Mal podia mover
um músculo de meu corpo.
— Calma, eu estou aqui; agora abaixa essa merda. — Scott ficou bem
na frente dela, Olívia começou a obedecer. — Tudo bem Olívia, entregue-a
para mim.
Porém, quando ela estava prestes a abaixar a arma para entregar a ele,
o som de vários passos ecoaram ali, várias pessoas entraram na sala.
Olívia gritou enfurecida, empurrou Scott, mirou a arma em mim. Em
um ato brusco, pulei para o lado, meus tímpanos zumbiram com o estouro do
tiro.
— ELLIE! — Scott gritou quando caí no chão, em cima do tapete
felpudo da sala. Arfei de dor com o impacto de meu peito contra o chão,
arrancando meu ar e sentidos por alguns minutos. Gemi baixinho, senti a
minha cabeça doer muito. Ouvi o som de pisadas duras contra o piso, homens
de terno entraram.
Alguém caiu ao meu lado, se ajoelhou sobre meu corpo, quando senti
o toque em meu rosto, constatei que era Scott.
— Me soltem! Ele é meu! Me soltem, seus desgraçados! — Ouvi os
gritos de Olívia, mas soou tão fraco quanto um eco.
Scott tocou minha face choramingando.
— Ellie, morena, por favor, acorde. Não feche os olhos. — Sorri
extasiada com o som de sua voz, tentei me mover, gemi ao sentir uma dor
grotesca em um de meus braços. Minha visão foi escurecendo.
— Scott... — Arfei, não conseguia formar uma palavra, gemi mais
uma vez com a dor imensa em meu braço.
Na verdade, eu estava com todo o meu corpo doendo.
Droga! Engoli em seco com dificuldade, senti Scott erguer minha
cabeça e depositou-a em sua perna, suas mãos se apossaram de meu rosto.
Foi aí que consegui enxergá-lo. Mesmo com dificuldade, consegui ver
o esboço de seu rosto perfeito.
Gritos ainda eram ouvidos ao fundo.
Mas, eu só me importava com nós dois ali. Pra mim havia somente
meu rockstar.
— Ellie, vai ficar tudo bem... — Acariciou minha face com o polegar,
meus olhos tremeram, se fechavam bem lentamente. — Hey, morena... Por
favor, fique comigo. Inferno! Não me deixe, eu te amo tanto.
Sorri inebriada diante de seu desespero, com a vontade de beijá-lo me
consumindo, só que eu não conseguia fazer nada, era como se meu corpo
fosse anestesiado aos poucos.
A dor em meu braço arrancava meus sentidos bem lentamente.
A única coisa que me lembro antes de permitir que meus olhos
fechassem, era de meu Scott dizendo me amar.

∞∞∞

Pisquei diversas vezes quando meus olhos se abriram. Tentei me acostumar


com a luz enquanto eu encarava um teto branco, muito branco mesmo. A luz
machucava minhas retinas com sua intensidade.
Gemi e me movi na cama onde estava, inspirei o ar com força. Vi uns
fios ligados ao meu braço e o som de “bip” ecoava da máquina ao meu lado.
Bem lentamente, girei minha cabeça para o lado, senti um incômodo.
Me surpreendi ao avistar Scott em uma cadeira ao lado da cama, dormindo
tranquilamente, com o cotovelo apoiado no braço da cadeira e sua mão
apoiando seu rosto.
Sorri encarando sua face, vi o quanto ele era bonito. Parecia tão
tranquilo dormindo assim, apesar da posição parecer desconfortável. Ele
estava usando uma camiseta branca sem mangas, com uma jaqueta preta por
cima e uma calça jeans surrada, com os cabelos negros rebeldes,
desalinhados.
Desviei meu olhar dele, varri todo aquele quarto com meu olhar,
enxergava apenas branco em tudo. Só depois de alguns minutos me dei conta
que eu estava em um quarto de hospital.
Havia várias flores, principalmente rosas, em cima de uma mesa.
Franzi minha testa, confirmando que eram muitas mesmo.
Esforcei-me para recordar o motivo de eu estar ali, mas nada me veio
em mente.
— Oh morena, você acordou. — Virei meu rosto, encontrei o olhar
negro de Scott, sorri para ele.
— Sim... — Me assustei com o quão rouca minha voz soou. Scott riu
disso, se curvou sobre minha cama e agarrou minha mão com as suas, plantou
um beijo nela.
— Ahh, minha Ellie, fiquei com tanto medo de te perder. —
Sussurrou, os olhos brilhavam enquanto me encaravam. Pude ver
perfeitamente lágrimas brotarem no canto de seus olhos. Isso foi o suficiente
para me deixar meio atônita.
— Scott, eu...— Interrompi a mim mesma quando me recordei de
tudo que havia acontecido, ofeguei surpresa ao suspirar. — Droga... Olívia...
— Está tudo bem. — Ele apertou minha mão, sorriu para mim. — Ela
nunca mais vai te fazer mal. Eu sempre estarei aqui.
Desta vez, foram meus olhos que se encheram de lágrimas diante de
suas palavras.
Scott sorriu lindamente para mim, retribuí sem conseguir desviar
nossos olhares.
— Scott... O que aconteceu com ela?
Ele suspirou.
— Agora não, morena. Você precisa descansar primeiro.
— Por favor, eu preciso saber.
Encarou-me firme, acenou com a cabeça logo em seguida, fixou seu
aperto em minha mão.
— Ela foi encaminhada para uma clínica psiquiátrica depois que
perceberam que ela tinha sérios problemas mentais.
— Oh... — Suspirei diante seu olhar.
— Ellie, você precisa descansar. Você levou um tiro, praticamente.
Arregalei meus olhos, engolindo em seco.
— O quê? Como assim?
— Oh merda. — Ele repreendeu a si mesmo, balançando a cabeça.
— Eu levei um tiro? Scott me responda!
— Foi de raspão, no braço. Mas, a pancada que recebeu em sua
cabeça no impacto durante a queda quase provocou uma grave lesão.
— Merda. — Virei meu rosto, encarei meu braço esquerdo, vi-o
enfaixado.
— Está tudo bem, não foi nada grave.
— Quanto tempo fiquei desacordada? — Ergui meu olhar, encarando-
o, esperava por uma resposta.
Scott praguejou em um xingamento.
Ele não queria responder, mas ia.
— Dois dias… — Mais uma ofegada escapou de mim, ele desviou
seu olhar para o chão, já eu, continuei encarando-o.
— Muitas informações em poucos minutos. — Forcei um sorriso,
ouvi-o rir.
— Está tudo bem, morena.
— Eu sei. — Sorri para ele.
Scott se levantou, ficando em pé ao meu lado, abriu um sorrisinho
lindo para mim.
— Preciso avisar que você acordou. Sara está lá fora com os caras,
seus pais tiveram que voltar para o hotel.
— Meus pais vieram para Nova York?
— Sim, ontem.
— Oh, certo.
Ele riu, se curvou sobre mim e plantou um beijo em minha cabeça.
— Eu já volto. — Concordei com a cabeça.
Observei atenta ele se afastar e caminhar até a porta. A abriu e olhou
por longos minutos para mim, antes de sair.
Minha mãe eu poderia imaginar que viria, mas agora o meu pai? Com
certeza, a mamãe deve tê-lo obrigado.
Soltei uma respiração pesada, digerindo tudo que ele havia me dito.
Quando, como um baque, as palavras de Scott ecoaram em minha
cabeça, inferno! Ele havia dito que me amava!
Suspirei, olhei para a porta que ele havia saído. Chamei seu nome
bem baixinho, quase em um sussurro.
— Droga! — Recordei-me do desespero dele antes de eu desmaiar
quando Olívia disparou contra mim. Eu não tive a chance de retribuir suas
palavras e dizer o quanto eu o amo.
O barulho da porta se abrindo chamou minha atenção, quando levei
meu olhar até lá, vi o esboço de uma ruiva entrando no quarto, correndo até
mim.
— Ellie... — Sara se jogou sobre meu corpo com cuidado, me
fazendo rir com seu ato.
— Hey, ruiva. — Ri, enquanto ela choramingava sem parar.
Descansou sua cabeça sobre minhas pernas, cobertas por um lençol branco.
Coloquei minha mão sobre a cabeça de Sara, ri dela.
— Ohhh, Ellie. Fiquei com tanto medo por você, amiga. — Disse ao
erguer sua cabeça para me encarar com os olhos repletos de lágrimas.
— Está tudo bem. — Ela negou com a cabeça.
— Não, não está. Se eu estivesse lá com você ao invés de estar em
uma festa, aquela vadia mal comida não teria feito isso com você.
— Você não está se culpando por isso né, Sara? Oh merda! Isso não é
sua culpa!
— Me desculpe por não estar lá quando você precisava, eu...
— Não, Sara. — A interrompi. — Você não precisa pedir desculpas,
não foi sua culpa.
— Ohhh, minha amiga. — Choramingou e voltou a me abraçar.
Acabei rindo da situação.
— Vamos, me conte o que aconteceu nesses dias que fiquei
desacordada.
Ela riu, consentindo. Sentou-se na borda de minha cama com cuidado.
— Pra falar a verdade, não aconteceu nada demais. — Deu de
ombros. — Apesar dos milhares de repórteres lá fora e dos fãs segurando
cartazes pedindo sua melhora. Ah, você precisava ver, eles ficaram tão
eufóricos quando descobriram que Scott não saiu um minuto sequer do seu
lado.
— Como assim? — Franzi o cenho.
— Ah... — Ela suspirou. — Ele não quis sair daqui, ficou o tempo
todo com você. Ele estava tão preocupado, pelo que o irmão dele me falou,
eles precisaram cancelar mais um show por causa de Scott.
— Oh merda. — Praguejei bem baixinho.
— Pois é. — Murmurou baixinho.
— E meus pais? — Indaguei.
— Ah, seus pais vieram o mais rápido que puderam. Você precisava
ver a cara do seu pai quando descobriu que a vagabunda da Olívia atirou em
você.
— Até imagino. — Rimos juntas.
É, acho que minha mãe não o obrigou.
— O médico está vindo aí. — Sara revirou os olhos. — Mas, me diz
como se sente?
— Cansada. — Respondi.
Ela assentiu com a cabeça.
— Você precisa descansar, Ellie.
— Não mesmo. — Bufei frustada. — Já descansei demais nesses dias.
Sara riu da situação.
— Tem razão.
Minha atenção é tomada quando um homem vestido em um jaleco
branco entra na sala, mas não me concentrei nele, e sim no metido a bad boy
atrás dele.
Sorri para Scott, que se encostou na porta, com as mãos nos bolsos de
sua calça e o olhar sobre mim.
Eu já ansiava a hora em que ficaríamos a sós.
Apenas eu e ele e mais ninguém.
Capítulo 24
Scott Wild
Dois dias depois

lhei para a figura perfeita da minha morena, que naquele momento


O dormia tranquilamente. Havíamos acabado de chegar do hospital, ela
havia finalmente recebido alta. Ellie mal chegou no quarto e já se jogou
na cama. Dormiu devido a exaustão, e eu fiquei ali, admirando o quanto ela
ficava linda assim.
Os pais de Ellie só foram embora quando sua filha saiu do hospital,
me surpreendi ao ver a figura dura e fria do seu pai, tão vulnerável e com
medo. Pelo menos, dava pra ver que ele amava a filha e que se preocupava
com ela, bem diferente do homem que conheci em Los Angeles.
Agora finalmente parece que tudo está se encaixando. Sinto que,
daqui em diante, minha vida e a de Ellie só terá felicidade.
E pensar que em tão pouco tempo passamos por tantas coisas, daria
até para escrever um livro.
Saí dos meus devaneios quando escutei meu celular apitar, o peguei
rapidamente e vi que era uma mensagem do Louis dizendo que Ramón queria
uma reunião com a banda dali a duas horas. Revirei os olhos.
— Merda de reunião, pra que ele quer uma ainda hoje? —
Resmunguei para mim.
Olhei as horas no meu celular e vi que eram exatamente dezessete
horas em ponto, fazia duas horas e meia que havíamos chegado do hospital e
que Ellie estava dormindo. Levei uma de minhas mãos até o seu rosto e
acariciei, sentindo a maciez da sua linda pele.
Tudo nela é lindo!
Xinguei um palavrão quando o meu celular tocou e com isso, Ellie
começou a se mexer, atendi falando rudemente.
— O que é?
— Oh, desculpe, Sr. Wild. Aqui é o Dr. Stuart do Hospital New York
Presbyterian. — Olhei Ellie para ver se ela havia acordado e a peguei me
encarando com o cenho franzido.
— Pode falar, doutor.
— É sobre a Srta. Clark.
— O que houve com a Olívia? — Vi minha morena ficar tensa ao
meu lado.
— Ela quer ver a Srta. Amby.
Mas o quê?
— Como assim?
— Desde que ela chegou aqui, ela chora chamando por ela, ou se não,
pelos pais e o primo.
— Doutor, o certo não era para você ligar para mim e sim para os
parentes dela.
— Eu tentei, mas os tios dela disseram que não é problema deles e o
primo dela disse que só chegará aqui amanhã, já que está no Canadá de
férias.
Bufei frustrado.
— Então espere que ele chegue.
— Tudo bem e me desculpe, Sr. Wild. Eu realmente estou
preocupado com a paciente, isso pode afetar ainda mais a sua saúde.
— Sim, eu entendo e obrigado por avisar. — Encerrei a chamada.
— Era do hospital onde Olívia está? — Ela me perguntou se
aconchegando no meu colo.
— Sim. Era o médico dela. Dei meu contato para que me atualizasse
do estado dela.
— E o que ele queria? Disse algo grave sobre ela?
— Ellie, eu não...
— Você vai falar sim e se não falar, vou fazer greve de sexo durante
um mês. — Olhei surpreso pra ela.
— Sério? Será que conseguiria? — Beijei o seu pescoço e ela
retrucou irritada.
— Scott... Eu sei o que está tentando fazer, não vai funcionar.
— Quais são minhas opções?
— Scott Wild.
— Certo, eu falo. Ele ligou para falar que Olívia quer ver você desde
de que ela chegou no hospital.
Vi o brilho do seu olhar se desfazer dando lugar a tristeza.
— Em que hospital ela está?
— Por que quer saber?
Levantou-se rápido do meu colo.
— Eu só quero saber. — Deu de ombros.
— Hospital New York Presbyterian.
— Humm, certo. — Ellie pegou o seu celular e digitou algo nele, logo
depois o colocou em cima do criado mudo.
— Que foi? — Indaguei, estranhando seu gesto.
— Nada. — Ela se aproximou, deitou-se novamente na cama.
— Ellie o que você está pensando? — Me deitei ao seu lado e puxei-a
para os meus braços.
— Nada, meu roqueiro.
Levantou o rosto para me olhar.
— Esse seu "Nada" que me preocupa.
Abriu seu lindo sorriso.
— Vamos parar de conversa e aproveitar esse tempo sozinhos, logo
você terá uma reunião.
— Ei, estava acordada?
— Sim, e fiquei feliz em saber que não sou só eu que tenho o costume
de falar sozinha.
Acabei rindo disso.
— Somos perfeitos um para o outro. — Beijei seus lábios, dando uma
leve mordida neles.
— Somos opostos um do outro. A única coisa que temos em comum é
o fato de sermos famosos, mas é exatamente isso que nos torna perfeitos um
para o outro.
— Sermos famosos e perfeitamente lindos? — Ela riu e isso foi
música para os meus ouvidos.
Como eu amo essa mulher!
— Não, seu bobo. O fato de sermos opostos, isso nos torna perfeitos
um para um o outro. — Apertei-a ainda mais em meus braços e lhe dei um
beijo casto na testa.
— Você é o melhor oposto que eu tenho na minha vida.
— Eu digo o mesmo.
— Eu te amo. — O brilho que vi em seus olhos me fez sorrir.
Sei que já havia dito isso antes, mas acho que ela não deve ter ouvido
ou se lembrado, e eu já estava com essas três palavras entaladas na minha
garganta.
— Eu também te amo, meu roqueiro. — Puta merda, aposto que o
sorriso que antes estava no meu rosto, está estupidamente ainda maior.
Sem mais delongas, eu me joguei por cima dela, a enchi de beijos,
estava pronto para possuí-la.
— Você é a mulher da minha vida, Ellie Amby. — Entoei entre
beijos.
— E você é o homem da minha vida, Scott Wild. — Desci os beijos e
quando cheguei no seu pescoço, mordisquei-o e ela gemeu.
— Você... Não faz ideia... Do quanto estou... Molhada. — Enfiei a
minha mão por debaixo do seu vestido branco tomara que caia, e eu nem
precisei tocar sua boceta por dentro da calcinha, pois já senti o quanto ela
estava pronta para mim.
Senti o meu pau ficar ainda mais duro e a minha boca salivar.
— Você ainda vai me deixar louco, morena.
— Eu já deixei, baby. — Atrevida!
— Está muito convencida, Srta. Amby. — Ri, enquanto rasguei sua
calcinha.
— Aprendi com o melhor. — Me levantei da cama e arranquei minha
calça. Ellie fez o mesmo com o vestido.
Deitei-me novamente na cama, puxei-a para ficar em cima de mim,
logo senti sua boceta molhada entrar em contado com a minha ereção
extremamente dura.
— Agora você está no comando. — Falei acariciando seus seios.
— Huum, isso é muito bom. — Ela me beijou, enquanto isso,
aproveitei para penetrá-la com cuidado.
Em seguida, Ellie começou a se mover lentamente, me deixando
completamente louco.
— Eu te amo, eu te amo, eu te amo. — Repetiu várias vezes.
— Ellie Amby. — Ronronei. — Eu te amo demais.
Capítulo 25
Ellie Amby

sperei Scott sair do meu apartamento e alguns minutos depois Sara


E chegou.
— E então, o roqueiro foi embora? — perguntou ao olhar em
volta.
— Foi sim.
— Ótimo. Toda vez tenho que ficar longe quando ele está perto.
— Sara!
— O quê? É verdade.
— Tá, mas o que quero falar com você é outra coisa.
— Que outra coisa?
— Precisamos ir até o hospital onde Olívia está internada.— Ela
arregalou os olhos.
— O quê? Ir vê-la? Mas por quê?
— Porque ela quer me ver.— Respondi ao pegar a minha bolsa.
— Você mal saiu do hospital, Ellie e quer ir ver essa maluca?
— Não comece, Sara. Eu preciso disso, preciso vê-la e saber se está
bem.
Sara riu.
— Você faz ideia do quanto isso é irônico?
— Sim, mas me diz, você vai ou não comigo?
— Vou sim, mas saiba que vou sob protesto.
Saímos do apartamento e mal chegamos no hall, vários flashes foram
dirigidos a nós, isso é tão chato às vezes. Sara foi na frente e pegou o seu
carro, depois entrei o mais rápidos possível para fugir desses fotógrafos e,
principalmente, das fãs malucas da Rocked.
Quando o carro parou em frente ao grande Hospital New York
Presbyterian, respirei fundo inúmeras vezes. Só Deus sabe o que vou
enfrentar lá dentro. Que Ele me proteja.
Como todo hospital, o ambiente é todo branco, raramente encontro
alguma outra cor que não seja essa.
Fui até a recepcionista e pedi informações sobre Olívia Clark, então
ela me pediu para ir falar com o médico dela.
Saí de lá e fui até a sala do Dr. Stuart que me atendeu com bastante
educação.
— Srta. Amby, é um prazer finalmente conhecê-la.
— Me chame de Ellie, e como assim finalmente?
— É que a Srta Clark chama por você o tempo todo.
— Meu namorado me falou isso e é por isso que estou aqui.
— Muito bem, mas antes de você ir vê-la, preciso te dizer o quadro
clínico dela.
— Certo.
— Ela foi diagnosticada com esquizofrenia, sabe o que é?
— Não muito.
— Bom a esquizofrenia é um transtorno psicótico, mas neste caso, a
pessoa sofre alucinações e pensamentos perturbantes que a isolam de
atividades sociais. A esquizofrenia é uma doença muito grave, mas há
tratamentos bastante eficazes para que esses pacientes possam desfrutar sua
vida da melhor forma possível.
— Meu Deus.
— Mas não é só isso.
— O quê? Tem mais?
Fiquei horrorizada.
— Ela também sofre de Leucodistrofia ou Infantilismo.
— E o que é isso? — Sara perguntou.
— É uma doença geneticamente determinada que afeta o sistema
nervoso em decorrência de uma alteração progressiva da bainha de mielina,
uma estrutura que reveste as células nervosas. Embora seja um grupo de
doenças heterogêneas, todas apresentam um padrão progressivo de
manifestação, o que significa que a doença tende a piorar ao longo da vida do
paciente. Em outras palavras, ela voltou a ser criança. — Arregalei os meus
olhos
— Ela… Ela voltou a ser criança?
— Sim, uma criança de dez anos. Ela não lembra de nada que ocorreu
nos anos seguintes.
Uau! Por essa eu não esperava.
— Então ela só lembra de quem ela conheceu no período desses dez
anos certo?
— Sim.
— Podemos ir vê-la?
— Sim Ellie, vou levar vocês até ela.
Ele se levantou e pediu para nós o seguirmos e foi o que fizemos.
O médico parou em frente a uma porta enorme e branca, a destrancou
e abriu, dando passagem para Sara e eu entrarmos. Quando olhei para o canto
da sala, senti todo ar dos meus pulmões sair. Aquela não era a Olívia que eu
estava acostumada a ver.
— Olívia, tem visita. – Seus olhos pareciam aturdidos, como se
certificassem que era realmente eu quem estava alí.
— Você está diferente. — Avaliou séria e pensativa, balançou a
cabeça de um lado para o outro diversas vezes. — Parece até sua mãe.
— Sou eu. Ellie. — Ela sorriu por fim, concordando.
— Eu sei. Reconheço seus olhos e seu sorriso, amiga. — E mostrou
os dentes em um sorriso semelhante ao de uma criança feliz. Seus olhos já
não continham aquele asco e malícia de antes, parecia outra pessoa diante de
mim. A Olívia de anos atrás, a qual eu realmente tinha como amiga. Céus!
Olhei para Sara um pouco confusa, mas logo me recordei das palavras
do médico e da situação dela.
— Finalmente, você veio brincar comigo. — Ela me puxou para o
canto da sala onde ela estava e lá vi alguns brinquedos.
— Como você se sente?
— Bem, muito bem. Aqui eles brincam muito comigo e eu tenho
muitos amigos, mas você sempre será a minha melhor amiga. — Senti uma
súbita vontade de chorar.
— Você brinca aqui todos os dias?
Seus olhos piscaram mais do que o necessário.
O sorriso grande parecia pregado nela.
— Sim, aqui é meu quarto, é bonito, não é? — Olhei em volta e a
única coisa de diferente ali era a cama, fora isso, não há mais nada.
— Sim, é lindo.
— Toma, essa boneca é sua e essa aqui é minha. — Me entregou uma
boneca suja.
— Olívia, posso trazer algumas mais bonitas para você.
— Pode?
— Claro, minha... Mãe não vai ligar.
Ela riu.
— Que legal, tomara que a Sra. Amby não brigue.
— Ela não vai.
— Desculpa por não ser uma boa amiga. Mas gosto muito de você,
Ellie.
Aquilo me pegou em cheio.
Principalmente o olhar desamparado e triste dela.
— Por que está dizendo isso?
— Porque... Sinto que... Não sou uma boa amiga.
— Ei, ei. — Sorri para ela. — É claro que é.
O sorriso que ela me deu era de uma criança feliz ao invés de uma
mulher adulta que tinha tentando me matar dias antes.
Os cabelos amarrados em coques balançavam quando ela sacudia sua
cabeça.
— Vai vir brincar comigo todos os dias?
— Sim, vou. — Ela abriu um enorme sorriso, passei minha mão no
seu cabelo bagunçado.
— Agora preciso ir.
— Mas já? — Fez biquinho.
— Sim, mas antes quero que você me prometa uma coisa.
— Sim.
— Que não vai mais chorar.
— Prometo! — Gritou toda eufórica levantado uma mão. Eu fiz o
mesmo.
— Certo, agora tenho que ir.
— Tchau, amiga. — Ela me abraçou de novo.
— Adeus, Olívia.
Uma lágrima desceu por minha face.
Saí de lá sentindo algo em mim ficar mais leve, era como se todo meu
ressentimento por ela tivesse sumido, dando lugar a pena e compaixão. A
Olívia Clark de antes, não passa de uma casca da Olívia de agora.
Capítulo 26
Ellie Amby
Semanas depois...

— L ately, I've been, I've been losing sleep. — Scott gritou eufórico
percorrendo todo o palco enquanto cantava, a voz se mesclava com
o ritmo agitado e feroz da guitarra de David e se misturava às
batidas brutas de Louis na bateria. Toda a multidão da Madison Square
Garden gritou eufórica, entoando a letra da música junto a Scott.
Sorri deslumbrada. Ouvi Sara gritar ao meu lado, no meio da
multidão. Apenas me deixei levar; ergui minhas mãos para o alto e gritei
junto.
O calor lascivo que irradiou meu corpo foi instigante, fervendo
minhas veias.
Meu rockstar saltou no palco eufórico.
— We'll be counting stars. — A multidão vibrou junto a ele.
Puta merda! A arena estava lotada com milhares de fãs.
— Yeah we'll be counting stars. — A voz grave e rouca de Scott
ecoou alta no refrão, fiquei estarrecida vendo-o elevar seu tom. O homem era
incrível.
— Tenho que dizer... — Sara gritou ao meu lado, se voltando para
mim. — Ele canta bem!
Sorri. Concordei e saltei animada.
— Com toda certeza. — Gritei por cima dos milhares de gritos.
Sara agitou os braços, gritou o nome da banda.
Aquele era um dos últimos Shows deles em New York. Já haviam
fechado uns cinco shows só essa semana. Esse foi o auge, com milhares de
pessoas.
A banda não poderia estar mais feliz. Os rapazes e Ramón estavam
eufóricos. Sem contar que eles já haviam assinado com uma nova gravadora e
daqui a três dias, seria a gravação do novo clipe deles para lançar o Single.
Meu Scott estava tão contente e ansioso.
Já eu, bom, nem se fala.
Eu estava acostumada a sair em capas de revista de modas ou
propagandas e uma vez até no catálogo da Victoria Secrets. No entanto,
quando Sara me apresentou a proposta de ser a garota do videoclipe de uma
banda eu realmente fiquei surpresa.
A banda em questão que me apresentou meu homem.
Meu rockstar, que nesse momento, dava tudo de si em cima do palco,
levando os fãs, principalmente as garotas à loucura.
Era impossível não ficar pomposa ao ver que aquele homem enorme,
com uma voz sensual, vestindo uma jaqueta preta por cima de uma camiseta
branca e uma calça jeans surrada, era todo meu.
Foi inevitável, sorri ainda mais.
Scott Wild havia mudado completamente minha vida nesse pouco
tempo que nos conhecemos, mudando minha visão sobre quem realmente ele
era.
Já que logo de início, tirei uma grande e fodida conclusão precipitada
sobre ele.
Bom, talvez ele continue sendo aquele playboy marrento metido a
pegador.
Só que agora, ele tem a mim.
E, diferente do que pensei, ele não era esse cara idiota e babaca que eu
pensava. Às vezes ele até é, no entanto, Scott era um cara incrível e eu o
amava.
Amava como nunca pensei que amaria.
— Isso aí! — Sara gritou mexendo o corpo.
— ROCKED! ROCKED! ROCKED! — As pessoas começaram a
gritar e percebi que o show já estava se encerrando.
— Nós amamos vocês! É isso aí! — Scott gritou, andando sobre o
palco. — Queremos agradecer de coração por vocês terem nos recebido com
tanto vigor e carinho. A Rocked não seria nada sem vocês. E essa noite, foi
foda demais! — Os gritos pareciam ter aumentado enquanto ele falava. —
New York, vocês são incríveis! Muito obrigado mesmo por essa noite! Não
vemos a hora de voltar para cá. — Os gritos continuavam, a banda já havia
parado de tocar. Ao fundo, apenas David manuseava um ritmo baixo e lento.
— Nós amamos vocês, New York!
Em seguida, ele se despediu com uma reverência e um aceno de mão,
correu para os fundos, deixando todos eufóricos e agitados.
Aquelas pessoas o amavam.
Só que não mais do que eu.

∞∞∞

— Que vontade de te foder aqui. — Ele roronou ao se esfregar em mim.


Sorri ao encontrar-me no balcão do camarim de Scott.
Estávamos sozinhos. Assim que Sara e eu conseguimos entrar nos
bastidores do show, ele me trouxe para cá. Agora, trancados em seu camarim,
ele se esfregava todo suado no meu corpo.
— Eu acho uma boa ideia. — Sorri maliciosa, atiçada quando ele
esfregou a protuberância marcada em sua calça em mim. Minha boceta
vibrou animada.
— Ah é, minha morena? — Sua boca se direcionou para meu
pescoço.
— Uhun. — Mordi meu lábio, ele chupou brutamente meu pescoço.
Sua mão subiu por meu corpo com destino ao meu seio. Apertou-o
por cima da camiseta que eu usava, provocando os bicos, já duros, deles.
— Você quer ser fodia aqui? Quer safada?
A outra mão desceu de minha cintura, para minha bunda.
Gemi, já entregue a ele.
O homem já havia acendido em minutos uma chama dentro de mim.
— Quero sim... Ahhh.
Ele riu manhoso.
— Se ajoelha vai... Quero foder sua boca.
Salivei só com a proposta.
Não me fiz de rogada, obedeci ansiosa.
Fiz toda uma descida sensual e lenta, passei minhas mãos por seu
corpo, senti seus músculos tonificados sob o tecido de sua camisa.
Nossos olhares todo tempo fixos, até mesmo quando fiquei de
joelhos, levei minhas mãos para a frente de sua calça.
Bem lentamente, passei minha mão por seu monte, ele sorriu. Pude
até ver seus olhos brilharem ardentes, carregados de luxúria, continuei
esfregando seu pau.
— Tira ele vai... Coloca ele pra fora.
Concordei com ele, mordi meu lábio inferior.
A expressão safada e de prazer dele, me levava à loucura.
Eu queria proporcionar um prazer absurdo a ele, era isso que eu faria.
Com cuidado, dediquei minha atenção a braguilha de sua calça. Desci
bem lentamente o zíper, vi o tecido de sua cueca ficando exposto.
Pelo cós da calça, desci um pouco ela. Deixei-o de cueca e a calça até
o meio de suas pernas, Scott acompanhava tudo atento.
A cueca em si já estava toda melada com seu pré-sêmen e ver aquele
pau enorme marcado nela, jogou gasolina na chama voraz dentro de mim.
— Vai safada, pega ele vai... — O calei quando toquei minha boca na
cueca, contornando seu pau com minha boca. — Ahhh isso vai, morena...
Uma mão dele foi para minha nuca, ele apoiou suas costas no balcão.
Não me segurei, comecei a descer a cueca.
A cena de ver seu pau aparecendo aos poucos enquanto a cueca
descia, era algo ilícito, pecaminoso, passei minha língua por meus lábios.
Ele saltou em toda sua glória, se libertando, duro e grosso, bateu
contra uma região um pouco abaixo da barriga dele. Scott gemeu rouco.
Porra. Ele era enorme e lindo.
A glande derramava sem parar um líquido semelhante à água, no
entanto, meio viscoso, seu pré-sêmen. A coroa grande, igualmente a cabeça
de um cogumelo, arredondada e cheia, parecia inchada ganhando um tom
roxo. Ele chegava a dar leves pinotes.
O pau de Scott era marcado por algumas veias em sua base extensa,
tinha o mesmo tom de sua pele, levemente bronzeado. Ele era perfeito.
— Coloca na boca vai... Porra.
Segurei-o, senti sua textura grossa e quente.
Minha boceta inundou encharcada.
Subi e desci minha mão quase fechada por sua extensão, indo e vindo,
ouvi-o gemer sem parar, apreciando o movimento de masturbação.
O cheiro que exalava dele era forte, alfa e masculino.
Puta merda! Eu precisava sentir seu gosto...
E foi isso que fiz. Cautelosamente aproximei meu rosto, tocando
meus lábios na glande, novamente seu pau deu um pinote afoito.
Não pude deixar de rir orgulhosa.
Ele estava sensível ao meu toque.
Parecia a ponto de explodir de tão duro e inchado.
O barulho do movimento veloz de minha mão em seu pau ecoava
como um zigue zague. Eu acelerei, ele gemeu, o pau só parecia ficar mais
duro.
Em uma explosão de prazer e sabor, eu o levei fundo em minha boca,
a alargando com sua grossura avantajada. O gosto salgado invadiu minha
boca.
— Uhhhh! — Os sons vieram abafados do fundo de sua garganta.
Rodopiei marotamente minha língua por sua coroa, insaciada, rolando
sem parar. Senti seu pau dar pinotes, apreciava tanto quanto seu dono.
Os gemidos guturais que meu rockstar soltava só me motivavam a ir
mais fundo, literalmente. Chegou a um ponto de seu pau quase tocar minha
garganta, me fazendo engasgar levemente. Não parei, o chupei com vontade,
masturbando-o ao mesmo tempo.
Automaticamente, meu olhar subiu para o seu. Merda! Aquele olhar
safado, e aquele sorrisinho cheio de si, foi devastador.
— Isso... Não para... Assim... — O homem parecia fora de si.
O gosto não era dos melhores, aquela mistura meio salgada e armaga,
deveria ser o pré gozo que não parava de vazar em minha boca.
Bem, na verdade, eu não estava reclamando.
Aquele homem puxou meu cabelo. Urrou.
Minha língua deslizou por sua extensão.
Puta merda! Ele começou a foder minha boca. Movimentou seu
quadril de encontro a mim, num vaivém vigoroso.
Scott puxou meu meu cabelo. Urrou trêmulo.
— Eu... Vou... Caralho... Inferno!
O pau, que já era quente, pareceu ferver. Pude sentir as veias em torno
dele se contraindo, aquela era sem sombra de dúvidas a experiência mais
pecaminosa que já vivi em toda minha vida.
— Quer que eu goze na sua boca, safada?
Oh céus! Eu queria. Como eu queria.
Minha boceta latejou. Minha boca salivou.
Meu olhar carregado de desejo preso ao dele, foi minha resposta.
Engoli mais fundo seu membro, girando e girando minha língua por sua
glande.
Até que em uma explosão voraz, ele gozou.
Preencheu minha boca com jatos grossos e quentes, engoli cada gota,
podia sentir seu sabor viril, cada gota de sua testosterona.
— Ahhhhhhhhhhh... — O grito do homem foi alto, prazeroso,
intenso. Todos os bastidores do show deveriam ter ouvido, mas nem me
importei. Apenas limpei a cabeça de seu pau com minha língua, retirando
qualquer rastro de gozo.
Scott nem me deu tempo de falar nada, assim que separei minha boca
de seu pau ainda duro, meio vermelho, ele agarrou meus ombros, ergueu-me.
Gemi surpresa ao ser tomada por ele, retribuí ao beijo selvagem e
esfomeado do homem, permiti que sua língua invadisse minha boca. Nos
beijamos sedentos.
— Te amo, porra. — Sorri contra seus lábios.
— Ah é, gostoso? — Gemi.
— Aham. Muito.
— Eu também... Te amo... Muito.
As mãos foram ágeis para minha cintura, ele me virou, me batendo
contra o balcão. Ergueu meu corpo e me sentou sobre ele. Derrubou todos os
produtos e coisas do balcão. Infiltrou-se entre minhas pernas.
Sorri com sua pressa, ajudei-o a subir meu vestido, e não pude deixar
de sorrir vitoriosa quando vi sua expressão de delírio quando ele viu que eu
estava sem calcinha.
A respiração tão fraca quanto a minha, talvez até mais.
— Safada... Gostosa do caralho... — Imprensou seu corpo contra o
meu, esfregou o pau duro contra minha coxa, acariciou minha pele com sua
temperatura.
— E toda sua... — Gemi, recebendo as mordidas dele em meu
pescoço.
Sua mão desceu por entre nossos corpos, ele segurou seu pau
firmemente, não perdeu tempo e o guiou até minha entrada molhada,
pincelando-a antes de me invadir.
Quando o fez, em uma estocada funda e gostosa, penetrou meu
interior com lascividade, espremeu minhas paredes vaginais. Ele me beijou,
abafando meu gemido prazeroso.
Não havia como descrever a sensação de senti-lo dentro de mim, tão
duro, tão pulsante, era como se nos ligássemos. Era tudo tão gostoso e único.
Meu rockstar ronronou manhoso contra meus lábios, movimentando o
quadril enquanto entrava e saía de mim com vontade, estocando fundo com
desejo.
Agarrou meu pescoço de uma forma possessiva, ele rosnou, para
nosso prazer e delírio. Acelerou suas metidas, ia rápido, criando um som
delicioso quando seu pau afundava em minha boceta.
Ele beijou meus lábios, com aquela expressão safada, carregada de
prazer.
— Sim, toda minha.

Fim

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