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Seduzindo Um Rockstar 73793
Seduzindo Um Rockstar 73793
ugi feito uma fera no cio quando a língua da loira maravilhosa a minha
R frente chupou a glande molhada do meu pau, sugando cada centímetro
dele. Agarrei seus cabelos quando ela o abocanhou todo, fazendo meu
corpo se contorcer em surpresa. Seus cabelos longos roçavam em minhas
coxas. Nem tive tempo de pensar em absolutamente nada quando Olívia
começou a fazer círculos ao redor da enorme cabeça do meu pau, me levando
ao completo e puro delírio. Porra! A vadia era boa no que fazia. Seus lábios
estavam vermelhos e o maxilar contraído, já fazia uns dez minutos que ela
estava me chupando.
Que boca gostosa!
Puxei seus cabelos para trás, fazendo-a gemer em resposta. Rugi mais
alto ainda quando ela agarrou minhas bolas e começou a lambê-las, e com a
outra mão me masturbava. Joguei minha cabeça para trás, sentindo meu
limite se aproximar, e Olívia começou a aumentar o ritmo em meu pau, ainda
lambendo a raiz de minhas bolas.
Tremi na base.
O êxtase supremo chegava.
— Caralho! Eu vou gozaaaaaar!!! — Explodi eu um grito quando
uma onda de prazer me invadiu, começando a jorrar jatos naquela boquinha,
ou melhor, litros de sêmen no rosto e na boca dela.
Olívia passou a língua ao redor de seus lábios, aquela expressão
safada presa ao rosto. Ela limpou seu rosto coberto de gozo com as mãos, se
levantou rapidamente e sentou-se em minhas pernas. Vi o instante em que ela
guia meu pau, meio duro, até a entrada de sua boceta. No instante em que ele
sentiu o contato de sua boceta, voltou a ficar duro como uma pedra. Ela
gemeu, bastante alto para meu gosto, quando meu membro afundou nas
profundezas de sua boceta.
Oh, porraaa!
Minhas mãos pousaram em suas coxas, e comecei a alisá-las, seus
seios estavam totalmente enrijecidos a minha frente e, em um movimento
brusco, abocanhei um. Enquanto Olívia continuava a cavalgar em meu
membro, minha boca acariciava os bicos de seus seios, dando atenção para
cada um. Levei minha mão livre para sua nuca e puxei seus longos e úmidos
cabelos para trás, fazendo-a protestar com um gemido desesperado. Sorri
com malícia quando dei um tapa forte em sua bunda com minha outra mão.
Meu membro afundava cada vez mais fundo na boceta dela e eu o sentia
escorregar cada vez mais fundo. Olívia começou a gemer sem parar,
descendo suas mãos desesperadas pelo meu peitoral. Vi o instante em que ela
fechou seus olhos, mordendo seus lábios intensamente, sentindo a dor e o
prazer a rasgar completamente. Passei minha língua em seu seio direito, e
comecei a mexer meus quadris no mesmo ritmo que os dela.
Logo suas mãos subiram para meus ombros largos. Aumentei cada
vez mais minhas estocadas, em um ritmo incrivelmente feroz. A respiração
de Olívia estava ofegante e isso me deixava mais puto de excitação.
— Isso, puta. Cavalga vai.
— Ai... Assim... Gostoso...
Eu já estava começando a sentir minhas bolas ficarem pesadas, a
ponto de explodirem.
Minha liberação já estava se aproximando. Minha respiração era
falha, irregular, os movimentos já estavam me desgastando completamente.
E, em uma forte estocada, meu clímax me alcançou e eu saí de dentro dela,
gozando contra sua vagina lisa, melando cada parte dela, da coxa até a
barriga. Gritei o mais alto possível quando o prazer me rasgou por dentro.
Mesmo tendo gozado há alguns minutos, atirei uma boa quantia de
porra para cima.
— Oh Merda! — Grunhi baixo, sentindo-me extremamente extasiado.
Olívia jogou sua cabeça para trás, gritando quando seu clímax a atingiu,
gozando, trêmula sobre mim.
Respirou fundo, se recuperando, sorrindo safada para mim.
— Nossa, Scott! Como você é... UAU! — Elogiou, passando suas
mãos por meus músculos, acariciando-os com suas pequenas mãos. Dei meu
melhor sorriso para ela, e a retirei lentamente de cima de mim.
A fiz ficar em pé a minha frente, ato que fezcom que uma de suas
sobrancelhas finas ficasse erguida.
— Vista-se.
— Você está me dispensando? - Retrucou indignada.
Sorri convencido.
— Sim. Quando eu precisar de você de novo, eu te ligo ok?
— Você não...
— Você já deveria estar acostumada. Eu sempre disse que é só sexo,
depois vaza.
— Mas, Scott... Eu pensei que...
— Você não deve pensar. — Segurei seu queixo, balançando seu
rosto. —Detesto mulheres que pensam demais.
— Hã... Mas...
— Nada de mas. Vá logo.
Indiquei a porta da suíte.
Ela engoliu em seco. Os lábios chegaram a tremer.
Caminhei até a escrivaninha, peguei um cigarro, acendi-o com um
pequeno isqueiro, dando uma forte e rápida tragada.
Ouvi Olívia bufar, com sua respiração ainda ofegante.
— Me ligue quando precisar. — Cuspiu, querendo soar ofendida e
irônica, no entanto, eu sabia que ela falava sério.
A vadia adorava que eu a fodesse.
Sempre deixei claro que ia ser só uma foda. Nunca espere nada de
mim, além do meu pau.
Vi Olívia pegar suas roupas no chão e sair rapidamente do quarto,
fechando a porta com força total.
Com certeza, algum empregado do The New York Palace reclamaria
se visse esse ato. Caminhei até a cama, peguei minha cueca box preta e a
vesti, me joguei contra o enorme colchão com meu cigarro ainda aceso em
meus lábios.
Fitei o teto, tragando, sentindo os músculos do meu corpo se
acalmando lentamente depois dessa foda exaustiva. Pensei em David, meu
irmão mais novo, o guitarrista da banda. Se bem me lembro, ele está no
quarto ao lado do meu, com uma ruiva gostosa. A ideia de se hospedar neste
hotel, O The New York Palace, foi dele. Ramón, nosso empresário, queria
que fôssemos para o Four Seasons Hotel.
O hotel, em algumas horas, nos fará uma espécie de festa, com
coquetel na área de lazer, nos dando as boas-vindas.
Quem diria que um dia chegaríamos ao topo? David, Louis e eu
fomos uma bandinha pequena de garagem desde nossa juventude e hoje
conseguimos subir ao topo!
Graças ao nosso esforço, a Rocked, nossa banda, é uma das melhores
do mundo todo! Sendo eu o vocalista, David, meu irmão, o guitarrista e o
Louis, nosso fodido melhor amigo, o baterista, somos as porras dos Astros do
Rock mais desejados do momento.
Explodimos no início do ano quando lançamos nosso primeiro single,
Rude girl. Foi um auge, chegando a alcançar mais de milhões de
visualizações no YouTube, sendo uma das músicas mais ouvidas das
plataformas digitais.
Ficamos tão eufóricos com todo esse sucesso repentino. Foi tudo
muito rápido. Em menos de seis meses, já estávamos ganhando prêmios
musicais. Porra!
Nossas músicas são sucessos absolutos pelo mundo todo, bombando
em todas as rádios. E, agora estamos aqui em Nova York, para nossa primeira
turnê pelo mundo: Rude Girl Tour.
Coloco um braço atrás de minha cabeça, expirando a fumaça por entre
meus lábios.
Aproveitando o silêncio do quarto que, por sinal, exalava cheiro de
suor e sexo pelos cantos.
Eu não podia negar que estava desfrutando de todo esse sucesso.
Agora eu tinha fãs. Caralho! Fãs, porra!
Mulheres.
Dinheiro.
Reconhecimento.
Isso era tudo que um fodido de merda como eu desejava, e agora
tenho.
∞∞∞
∞∞∞
—Como vocês conseguiram chegar ao topo?
Uma repórter loira questionou, levantando-se de sua cadeira e
estendendo um pequeno gravador em nossa direção. Olhei na direção de
Ramón, o vi visivelmente nervoso; ele sempre fica assim nas coletivas que
participamos.
—Bom, foi com bastante esforço e dedicação. — Respondo sério e
puxo o pequeno microfone a minha frente.
A repórter loira sorri, grata e volta a se sentar em sua cadeira.
—Como vocês se sentem sabendo que Rocked é uma das bandas mais
queridas do mundo?
Outra repórter perguntou.
David puxou o microfone à sua frente.
—É realmente incrível saber que temos pessoas que nos admiram
tanto. — Responde seguro, com uma pitada de emoção na voz.
Meu irmão sempre teve as palavras certas na ponta da língua. Sorri
para ele, que estava sentado ao meu lado.
—Obrigada pela resposta.
David acenou para a repórter.
—Quem de vocês nomeou os fãs como Rocked's? —Um repórter
moreno perguntou. Olhei para Louis que estava a minha esquerda. Louis
sorriu para mim e David.
—Isso foi ideia minha. —Revelou orgulhoso. —E fico feliz que
nossos fãs tenham gostado do nome.
Vi a repórter loira se levantar outra vez e olhar em minha direção, já
me preparei para mais uma pergunta.
O cara agradeceu à resposta.
Outro já se ergueu:
—Sobre a nova música ter alcançando o primeiro lugar nas
plataformas digitais e milhões de visualizações com o áudio oficial, há uma
possibilidade de um clipe?
Os caras e eu nos entreolhamos. Ramón não queria que falássemos a
respeito disso, estávamos preparando tudo para o novo clipe.
—Sim, no entanto, no momento não podemos revelar nenhuma
informação sobre isso. —Respondi.
A repórter sorriu e sentou-se.
Porra! Outra já se ergueu rapidamente.
Parecia uma disputa deles para ver quem conseguia fazer a pergunta
primeiro.
—Scott, todos sabemos que é você quem escreve as músicas que mais
fazem sucessos, certo?
—Sim, correto. —Confirmei.
Um careca se levantou:
—Sr. Wild, qual é a música de vocês que é mais pedida nos shows?
—No momento é a nova, Rude Girl.
Olhei com as sobrancelhas franzidas para David e Louis, que
confirmam com a cabeça.
—Algum de vocês já saiu com alguma fã? —Uma repórter ruiva
perguntou.
—Acho que todos nós já tivemos uma noite com uma fã. —David
respondeu diretamente. Vários murmúrios entoaram no salão.
—Sr. Scott, uma pergunta que está deixando as fãs loucas: Existe
alguma mulher que já fisgou seu coração?
Fiquei totalmente surpreso com essa.
—Por enquanto, meu coração só pertence as minhas fãs. —Abri um
sorriso satisfeito com minha própria resposta.
—Alguma mulher já o ignorou? —A mesma repórter perguntou.
Sorri ao lembrar da morena perfeita que dizia não saber quem eu era,
e que não se deixou intimidar por meu charme.
—Pra falar a verdade, já.
Mais malditos murmúrios.
Olhei para Louis e David, vendo-os me encararem surpresos com
minha resposta.
É caras. Isso era um fato inacreditável.
Dei de ombros para os olhares curiosos deles.
—Espero que tenhamos respondido suas perguntas de forma
satisfatória. A coletiva de hoje está encerrada. —Decretei e todos os
repórteres e blogueiros se retiram calmamente da sala, acompanhados por
nossos seguranças.
David e Louis não perderam tempo.
—Cara, por que você não contou que uma mulher já te ignorou?
Virei-me para David que esperava ansiosamente por minha resposta.
—Ah... Sei lá, porra. E, também vocês iriam encher meu saco por um
bom tempo.
—E quem é ela?
—Eu também não sei. Só sei que ela é uma puta de uma gostosa.
Recordei-me da intensidade que seus olhos azuis refletiam. Meu pau
também demonstrou se lembrar das curvas maravilhosas dela. Uh! Eu ainda
vou encontrá-la, pode apostar como eu ainda vou me satisfazer naquele corpo
sexy dela.
Um pensamento tomou espaço em minha cabeça: eu deveria procurar
por ela no The New York Palace, o hotel em que estamos hospedados aqui
em NY, o mesmo em que eu a vi, e que, com certeza ela ainda deve estar
hospedada.
Puta que pariu!
Como eu não pensei nisso antes?!
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escobrir que aquele arrogante faz parte da banda que me contratou para
D participar do clipe foi... Chocante. Foi óbvio a resposta de onde vinha
tanta arrogância e petulância dele, estaria mentindo se dissesse que isso
e muito mais nele não me atraíam. Senti como se uma inundação tivesse
atingido minha calcinha quando Scott me olhou daquele jeito e sussurrou de
um jeito sensual para mim. Uma parte minha, que deveria se manter presa
dentro de mim, vibrou em êxtase em meu interior.
Por mais que eu dissesse que não estava atraída pelo homem, meu
corpo insistia em mostrar o quanto eu estava errada.
Até mesmo um cego veria que aquele filho da puta era quente.
Exalando masculinidade e testosterona por todos os poros. E aquele corpo?
Oh, santo Inferno! O homem deve ter sido esculpido pelo próprio diabo.
Perigo, é o aviso que deveria ser pregado em sua testa; a simples
visão do sorriso daquele homem era algo fatal.
Todos aqueles músculos duros e o andar sensual… Era um pacote
completo para a pura perdição.
E eu, sem sombra de dúvidas, não estava a fim de conferi-lo.
Aquele homem era furada, nem ao menos meu estilo ele fazia, eu
sempre preferi caras calmos e românticos.
Scott está longe de ser um homem romântico, é até insano tentar
imaginá-lo assim. O estilo despojado e cheio de si daquele homem me dá nos
nervos. Ele é o tipo perfeito de bad boy que eu deveria me manter longe,
entretanto, por que diabos havia essa necessidade de estar por perto?
Para meu próprio bem, eu devo me manter firme, isso inclui deixar de
imaginar o tamanho do pau daquele homem e qual seria a sensação de tocar
seus músculos rígidos.
Pensamento ilícitos provocavam meu corpo quando eu lembro da
forma como ele me olhou durante todo o momento no estúdio.
Tentei ao máximo ficar longe dele, por mais que o desgraçado
parecesse tentar me encurralar a todo instante.
Se não fosse por David ou Louis, o homem provavelmente teria
cumprido todas as promessas que seu olhar malicioso e imoral me dava.
—Ellie?! —Escutei alguém elevar seu tom de voz perto dos meus
ouvidos e, com o susto, acabei derramando um pouco de suco de laranja no
chão do restaurante do hotel.
—Sara, desgraçada, olha o que me fez fazer. —Resmunguei irritada,
algumas pessoas ao redor nos encararam de suas mesas.
A vadia ruiva riu de minha situação.
—Foi mal, é que parecia que seu corpo estava aqui, mas você não. No
que estava pensando que te faz sorrir tanto?
Travei, estupefata.
Eu estava sorrindo?!
—Ah... Em nada demais... Só saudades de Los Angeles.
Menti descaradamente.
—Ellie Amby, você é a pior mentirosa desse mundo, você seria uma
péssima atriz.
—Não estou mentido, estou com saudades de casa, da minha família...
—Ellie...
Fechou sua expressão.
Deixei escapar um suspiro.
—Certo, está bem. —Ergui minhas mãos em derrota. —Estava
pensando em um cara.
—Sério? E quem é o sortudo?
—Um arrogante convencido.
—Ah, esses são os melhores.
Ela riu maliciosa.
—Claro que não.
—Foda. Com certeza, sim.
—Eu não acho.
Tomei um gole de meu suco.
—Quem é? Eu conheço?
—Não, não conhece. —Bradei de imediato. —Não importa, não ira
acontecer nada entre nós.
—Nossa, que merda hein?
—O quê?
—Você.
—Eu o quê?
Sara revirou os olhos.
—Parece até que foge dos caras.
—Eu não...
—Você sabe que sim.
—Foda-se. Não me importo.
—Ellie, não é assim que as coisas funcionam. Já faz um tempo desde
a última vez que esteve com um cara e nem adianta dizer que é por causa do
trabalho.
—Não é como se eu tivesse necessidade de estar com um cara.
—Eu não disse que precisa. —Ergueu suas mãos.
—Ah não?
Espremi meus olhos.
—Não. —Negou. —Acontece que você está negando a si mesma a
oportunidade de conhecer alguém.
—Não quero conhecer alguém.
—Querida, todas queremos.
—Eu não.
—Negue o quanto quiser. —Bebeu seu drink, sorrindo de lado. —No
fundo, você sabe que precisa de um grande pau para animá-la.
—É claro que não.
—Então por que estava pensando nesse cara há alguns minutos?
Fiquei calada sem saber o que responder, ela sorriu vitoriosa.
—A questão é que eu apenas me sinto atraída por ele e não posso,
entende?
—Não, não entendo. Por que você não pode?
Inspirei profundamente.
—Porque ele é o tipo de cara errado e certo ao mesmo tempo. O tipo
de cara que se você se entregar a ele, não tem mais volta.
—Ele parece interessante.
—Essa não seria a palavra certa para defini-lo. Ele é... Oh céus.
Quente como o inferno.
—Então por que você nega a atração que tem por ele?
—Você está prestando atenção no que estou falando? Ele não é meu
tipo. O cara transpira problemas.
—Às vezes é bom se meter em problemas.
—Não o tipo de problema que não tem como resolver.
—Está assim por causa do que o Nick te fez? Ellie, isso é passado.
Não permita que isso atrapalhe seu presente.
A simples menção de Nick me faz bufar.
—Não é isso, eu nem ao menos estou a fim desse cara.
—Quem é ele? Todo esse papo me deixou curiosa? É alguém
importante?
—Você não imagina o quanto.
Bebi meu suco, vendo Sara me observar atenta, afim de respostas.
No entanto, quando desviei meu olhar dela, para alguns metros atrás,
foi inevitável não ofegar quando o avistei. Atraindo olhares com seu andar. E
o pior de tudo, ele me viu.
—Merda. —Ajustei minha postura. —Sara, aja normal, ele está vindo
pra cá.
—Ele quem?
Sara olhou para trás e Scott já estava bem próximo a nós. Sara o olhou
dos pés a cabeça descaradamente e eu fingi desdém ao homem.
Ele estava na mesma roupa de algumas horas atrás.
—Morena. —O sorriso cheio de si se fez presente.
—Idiota.
—Espera... Você é Scott Wild?
Ela me deu um olhar como se dissesse “Sua desgraçada! O cara é
Scott Wild e você não me contou?! Ah meu Deus!” ou algo como isso.
Scott levou seus olhos para Sara, sorriu charmoso para ela.
—Sim, e você, quem é?
Ela sorriu, toda safada.
—Sara. Agente da Ellie.
—Oh, sim. É um prazer, linda.
—De fato.
Revirei meus olhos.
Pude até sentir meu estômago revirar.
—Sara, contenha-se.
—Ciúmes? —O escroto provocou.
—De quem? De você? —Caí em uma risada zombeteira. —Somente
em seus sonhos, querido.
—Tenho minhas dúvidas.
—Oh, porra de homem chato! —Murmurei.
—Que boca suja, hein? Vou adorar dar um trato nela.
Que descarado!
Ele ainda piscou pra mim.
Sara soltou uma risadinha.
—Quanto amor vocês dois, hein? Acho que vou pegar uma bebida
para mim. —A vaca murmurou e se levantou.
Olhei pra ela querendo pedir socorro. Antes dela se virar, me deu um
olhar do tipo, “Se vira vaca”, e saiu.
Puta!
—Posso me sentar? —Perguntou Scott já se acomodando na cadeira
onde Sara estava.
—Já se sentou, né? —Respondi sem encará-lo. —O que você quer
afinal?
—Só quero conversar com você como uma pessoa civilizada.
—E se eu não quiser?
Estreitei meu olhar para ele.
—Depois diz que eu sou ignorante.
—Olha, se for pra torrar a minha paciência é melhor eu ir embora.
Levantei-me, ele também.
—Ellie, deixa de ser tão teimosa com você mesma.
—O que quer dizer com isso?
—Por que não se entrega logo a esse desejo louco que temos um pelo
outro?
Aproximou-se.
—Eu não desejo você.
Ah, como eu desejo sim.
—Não é o que seus olhos dizem.
Ele se aproximou mais e, em seguida, me pegou pela cintura, colando
meu corpo ao dele.
—E o que eles dizem, sabichão?
—Que você quer que eu foda você fortemente. Que você quer sentir
meu pau bem atolado em sua boceta.
Merda. Respondi a suas palavras com tremores em todo meu corpo, e
um calor em minha boceta.
Tive que me esforçar para não corar diante ele, porém foi impossível
não ofegar.
—Não poderia estar mais errado.
—Eu acho que estou certo.
Arrepiei-me toda quando sua respiração quente tocou minha pele.
—Eu posso sentir pelo seu corpo o quanto você me deseja, o quanto
deseja ter meu pau entrando bem gostoso na sua bocetinha.
Minha calcinha estava toda encharcada.
—Você é muito idiota mesmo. —Tentei me manter firme.
Eu não iria ceder a ele.
Não seria só mais uma em sua cama.
—Por que não admite que quer tanto estar na minha cama sendo
fodida?
—Porque eu estaria mentindo se o fizesse.
Mordi meu lábio, o vi engolir em seco quando fiz isso.
—Você me tira do sério, mulher.
—Fico feliz em saber disso. —Descaradamente, passei minha mão
por seu corpo, tocando na protuberância em sua calça, senti seu pau ereto.
E que pau. Parecia tão grande e grosso.
—Até mais. —E para finalizar, rocei meus lábios nos dele e saí
andando sem olhar para trás, senti olhares de algumas pessoas que
presenciaram a cena, entretanto estava pouco me fodendo para elas.
Scott Wild esqueceu que no jogo da sedução, dois podem jogar, e eu
farei o possível para provar que ele não pode ter sempre a mulher que quer,
na hora que quer; vou fazê-lo comer na palma da minha mão.
Sorri sozinha, em um andar sensual e poderoso, sentindo os olhos
quentes daquele homem me acompanharem.
Capítulo 7
Ellie Amby
u sempre ouvi que a vida é feita de escolhas; algumas boas, outras ruins
E e nunca temos a opção de escolher as duas ou de não escolher nenhuma.
Mas, de uma maneira ou de outra, sempre acabamos escolhendo a forma
errada. Por mais tentadora e prazerosa que seja, acabamos nos arrependo de a
ter escolhido, mas como o velho ditado diz: “Não se pode chorar pelo leite
derramado”
Às vezes, só precisamos dizer um foda-se para tudo e acabar optando
pela escolha que achamos correta para nós, mesmo se ela puder ser a causa de
nossa ruína. Durante anos de minha vida, eu optei pelas escolhas certas, ou as
que eu achava que eram, e sempre acabei me ferrando no final.
Agora, aqui estou eu, na suíte do homem que eu prometia para mim
mesma nem chegar perto. Scott Wild podia ser o maior cafajeste que eu já
conheci, mas eu o desejava e, apesar de tentar lutar muito contra isso, eu não
conseguia. Chega um momento em que nos tornamos covardes e desistimos
de lutar. Esse momento havia chegado. Já estava mais do que na hora de eu
deixar de colocar meus medos em primeiro lugar. Eu queria Scott e ele me
queria, então por que não me jogar com tudo nesse desejo? Scott havia me
mostrado que não era o cretino sacana que eu imaginava que ele era. Bom,
talvez ele realmente seja, mas ele tem um lado que me encantou essa noite.
Seu toque era o suficiente para minha pele formigar e esquentar,
como uma chama ardente e devastadora.
Como muitas mulheres nesse mundo, eu estava atraída por ele; afinal,
é quase impossível não desejar esse astro bad boy, com seu jeito arrogante e
sedutor de ser. Seu sorrisinho convencido era o suficiente para me deixar fora
de órbita.
—Um milhão de beijos por cada um de seus pensamentos... —Disse
com sua voz rouca, enquanto unia sua testa a minha e apertava minha cintura
com seus fortes braços.
Seu aroma inebriante e viciante invade minhas narinas, me fazendo
inspirar profundamente aquele aroma tão devasso e destruidor. Sua
respiração quente e descompassada se juntava a minha devido a nossa
proximidade.
Scott, bem lentamente, desceu seu rosto para meu pescoço,
começando a roçar seus lábios quentes em minha pele, mordiscando e
plantando leves beijos ali. Me fez arfar enquanto meu corpo entrava em
erupção.
—Tão deliciosa... Tão perfeita... Tão minha... Caralho... —Ronronou
bem baixinho contra meu pescoço, esfregando com mais precisão sua virilha
rígida em minha pélvis.
Abri bem devagarinho minha boca, deixei gemidos prazerosos
escaparem.
Acabei soltando um gritinho quando, em um movimento rápido, Scott
me ergueu pela minha cintura, agarrou minhas pernas com uma mão e
colocou a outra em minhas costas, enquanto eu enlacei seu pescoço com
meus braços, aconchegando minha cabeça em seu peitoral definido.
Ele começou a caminhar comigo em seus braços. Saiu da sala e entrou
por um corredor, me guiando até seu quarto, onde havia uma enorme cama no
centro. Eu não consegui reparar em mais nada ali enquanto Scott me
depositava com cuidado em sua cama e me ajudava a retirar meus sapatos.
Ele se sentou na borda da cama e agarrou um de meus pés, me fazendo gemer
quando o levou até seus lábios e chupou um de meus dedos. Uma corrente
elétrica percorreu todo o meu corpo se concentrando exclusivamente em
minha excitação latejante.
Scott pôs meu pé novamente sobre o colchão da cama, se levantou e
foi até uma mesinha, ligou uma caixinha de som e dentro de poucos minutos
sua voz ecoou por todo o quarto com uma batida leve ao fundo e uma guitarra
acompanhando a melodia de sua voz.
Observei atentamente Scott de costas para mim. Suas costas eram
perfeitas e seus ombros largos, completando a escultura que esse homem é.
Logo, ele se virou novamente para mim, abrindo um sorriso que por
pouco não me fez desmaiar ali. Começou a caminhar em minha direção, com
seus olhos brilhando de forma sensual. Scott começou a puxar sua camiseta
para cima, se livrando rapidamente dela.
Admirei fascinada seus músculos definidos e seus braços torneados
com os músculos de seus bíceps contraídos e seu tanquinho definido.
Ele chegou até a cama, subiu nela e começou a engatinhar até mim,
com seu olhar feroz e pecaminoso me manteve presa a ele; seu sorriso
selvagem permanecia em seus lábios carnudos. Scott ficou em cima de mim,
com seus braços um em cada lado de meu corpo, se curvou bem lentamente
sobre mim e aproximou seu rosto do meu, unindo nossos lábios, pedindo
passagem para sua língua habilidosa entrar em minha boca e logo permiti sua
passagem. Deixei sua língua brincar com a minha e explorar cada centímetro
de minha boca.
Senti suas mãos irem para meu vestido. Começou a subi-lo e logo
estava livre dele. Vi Scott o jogar no chão, perto da sua camiseta.
Seu olhar possui o tom mais quente e devastador quando cai sobre
meu corpo, nu da cintura pra cima. Me surpreendi quando ele jogou sua
cabeça para trás, soltou um rosnado grotesco e necessitado.
Voltou com tudo para mim, com sua cabeça caindo na curva de meu
pescoço e seus lábios puxando minha pele com força e precisão.
—Diga-me o que você quer, baby.
Sua voz estava rouca e embargada devido a sua excitação. Uma nova
música começou a tocar, mas essa não era dele, era de um de meus cantores
favoritos, Hozier. Confesso que fiquei surpresa ao ouvir Someone New tocar,
mas não tive tempo de coordenar meus pensamentos, pois Scott deu uma
chupada em meu pescoço me arrancando um gemido alto.
As mãos de Scott iam em cada lado da minha cintura e ele, com calma
e delicadeza, tirou a minha calcinha enquanto também tirava a minha
sanidade com seus beijos e mordidas no meu pescoço.
Logo, eu estava sem roupa alguma. Quando seus olhos negros caíram
sobre meu corpo, agora completamente nu, eles ficaram enormes, com um
brilho devastador se apossando deles, os deixando mais selvagens.
Ele jogou sua cabeça para trás, rosnou e ronronou ao meu tempo,
descendo com suavidade seu corpo másculo e quente sobre o meu.
Don't take this the wrong way
Não entenda isso da maneira errada
You knew who I was every step that I ran to you
Você sabia quem eu era a cada passo que corri até
você
Only blue or black days
Somente dias tristes e escuros
Electing strange perfections in any stranger I
choose
Elegendo perfeições estranhas em desconhecidas
Would things be easier if there was a right way?
Tudo seria mais fácil se houvesse um caminho certo?
Honey, there is no right way
Querida, não há um caminho certo
And so I fall in love just a little
E assim eu me apaixono um pouco
Seus dedos foram até o meio das minhas pernas e seu toque me
deixou toda arrepiada.
Would things be easier if there was a right way?
Tudo seria mais fácil se houvesse um caminho certo?
Senti uma batida de meu coração falhar quando Scott, com uma voz
ofegante, começou a acompanhar a voz de Hozier. Desceu por meu corpo,
com seus lábios deixando uma trilha de beijos por minha pele, fazendo a
mesma queimar e necessitar cada vez mais por seu toque. Ele se posicionou
em cima de mim, com sua cabeça em minha barriga e seus lábios roçando a
região ao redor de meu umbigo.
You knew who I was every step that I ran to you
Você sabia quem eu era a cada passo que corri até
você
Scott continua seus beijos e cantando com a voz rouca e ofegante,
aumentando cada vez mais minha excitação enquanto a música ecoa por todo
o quarto.
Todo meu fôlego se esvaiu quando Scott chegou entre minhas pernas,
demorou um bom tempo com seus olhos em meu sexo exposto.
Mas, como sempre, Scott me surpreendeu caindo sobre mim, com seu
rosto entrando entre minhas pernas, suas mãos grandes e firmes passando a
agarrar minhas coxas e apertá-las, marcando-as intensamente.
Os lábios de Scott tocaram minha região sensível, fazendo-me
contorcer na cama quando senti sua língua quente rodopiar ao redor de meus
grandes lábios.
Puxo o lençol da cama com minhas mãos, mordendo meu lábio
inferior com força, quase o furando.
—Ohh... —Gemi baixinho, o som que escapa de meus lábios se
misturando ao som da música, fazendo Scott rosnar, colocando seus lábios
em meu sexo.
Por Deus! Isso é intenso demais! Esse homem é intenso demais!
Abaixei meu olhar para poder encará-lo, com seus ombros largos
relaxados e sua cabeça posicionada entre minhas pernas.
Gemi alto quando Scott me penetrou com sua língua, me fazendo
sentir uma descarga elétrica percorrer cada milímetro de meu corpo.
Minhas paredes vaginais pareciam ter aceitado perfeitamente a língua
de Scott, que entrava e saía de mim, fazendo vários movimentos circulares,
arrancando-me gemidos.
Hozier continuava cantando e minha excitação só aumentando para
um nível que eu achava impossível.
Scott retirou sua língua de mim, ergueu sua cabeça e me deu um
sorrisinho malicioso, passou sua língua habilidosa por seus lábios e voltou
com tudo para meu sexo.
Meus seios começaram a formigar enquanto Scott brincava com meus
lábios vaginais e, automaticamente, levei minhas mãos para cada um de meus
seios, apertando-os com força e acariciando os bicos com meus polegares.
Don't take this the wrong way
Não entenda isso da maneira errada
Scott cantou ofegante, beijou meu sexo e minhas coxas, continuou
apertando-as com suas mãos.
—Goze para mim, baby, libere seu mel em minha boca. —Sua voz
soou rouca e necessitada.
Quando Scott caiu de boca contra meu sexo, não demorou muito para
meu orgasmo chegar, tão forte, tão impiedoso, tão destruidor e avassalador
que me fez gritar seu nome, enquanto jatos de minha liberação pareciam
nunca ter fim.
Scott tirou sua boca de mim, começou a engatinhar sobre meu corpo,
ficou em cima de mim, enterrou sua cabeça e cantarolou as notas finais da
música em meu ouvido:
I fall in love just a little
Eu me apaixono um pouco
Oh, little bit every day with someone new
Ah, pouco a cada dia com alguém novo
Por alguma razão, eu o deitei na cama, subi em cima de seu corpo
másculo, lhe dando um sorriso provocador. Vi seu sorriso surpreso para mim,
me lançando um olhar malicioso.
Minhas mãos se apoiaram em seu peitoral definido e senti sua pele
quente sob minha palma.
Curvei-me sobre Scott, descendo minha cabeça até seu pescoço.
Planto beijos por toda a sua pele, mordiscando e chupando e, quando eu iria
começar a descer por seu peito largo, ele me colocou para baixo novamente,
ficando com seu corpo sobre o meu.
—Você ainda me mata, morena... —Vejo seus olhos carregados de
uma luxúria indomável e isso, por alguma razão, me excita ainda mais.
Scott saiu da cama e começou a tirar sua calça e cueca às pressas. Ri
com seu ato quando ele jogou sua calça e cueca para longe. De costas para
mim, ele caminhou até uma escrivaninha e o vi pegar uma embalagem de
camisinha.
Meu olhar caiu sobre sua bunda, durinha e redonda, extremamente
perfeita, era de dar inveja, mas quando Scott ficou de frente para mim, todo o
ar que existia em meus pulmões se foi quando encarei seu corpo
completamente nu.
Ele estava duro. Muito duro. Todo rígido e glorioso para cima. Scott
era bem dotado, devia ter uns vinte e três centímetros e; caralho! Seu membro
era perfeito, com a mesma cor que a pele bronzeada de Scott, com sua grande
cabeça parecendo estar inchada.
Fui tirada de meu devaneio com o som de algo sendo rasgado e
quando percebi, Scott já estava colocando a camisinha em seu pau, com seu
olhar ardente sobre mim.
Scott vem em minha direção como um leão selvagem, com seus olhos
pegando fogo. Sobe novamente na cama e fica sobre meu corpo.
Nossas respirações estavam ofegantes, nossos corpos pareciam que
iriam pegar fogo a qualquer momento.
Senti perfeitamente seu membro tocar meu sexo quando seu corpo
cobriu o meu e bem de leve soltei um gemido ao sentir sua potência rígida e
quente em mim.
—Você é perfeita, Ellie... —Scott disse com uma voz grave, puxando
minha atenção para ele.
Sorri para ele.
E, acabo me surpreendendo quando ele uniu nossas testas e colou
nossos lábios novamente, com sua língua invadindo minha boca, começando
a brincar com a minha.
Uma mão de Scott fez um caminho por entre nossos corpos e sento
quando ele agarrou seu pau e começou a guiá-lo em direção a minha entrada
molhada, devido ao orgasmo que tive.
Sua boca devorava a minha de uma forma selvagem e meus gemidos
pareciam deixá-lo ainda mais louco.
Uma nova música começou a tocar e uma voz feminina passou a
ecoar por todo o quarto. Essa eu não conhecia, mas tinha uma voz linda.
Scott começou a esfregar seu membro em minha entrada pulsante,
fazendo ela e eu ansiarmos cada vez mais por ele.
Seus lábios abandonaram os meus e seus olhos se encontram com os
meus. Ele me olha de uma forma tão intensa e sensual que eu não sei o que
fazer, apenas confirmo com a cabeça quando percebo que ele estava pedindo
permissão para entrar em mim.
E, com um enorme sorriso, Scott entrou em mim, em uma estocada
lenta. Quando fui abrir minha boca para gemer, ele me beijou.
Porra! Ele era muito grosso e parecia estar apertado em volta de
minhas paredes vaginais e isso era intenso demais!
Scott estocava bem lentamente em mim, rebolando seu quadril
tornando as estocadas mais gostosas.
Levei minhas mãos para suas costas e cravei minhas unhas nelas
quando a boca de Scott saiu da minha e ele passou a beijar e morder meu
pescoço.
Meus gemidos se tornaram ritmados com a música e suas estocadas.
Encalcei minhas pernas em sua cintura e pedi, bem baixinho, para ele
acelerar suas estocadas.
Scott mordeu meu ombro, enterrando fundo seu pau em mim. Soltei
um gemido misturado com um grito de prazer, me entregando completamente
a ele.
Meus seios duros batiam contra seu peitoral definido e isso estava me
levando a loucura.
As mãos de Scott agarraram minha cintura, ele começou a acelerar
suas estocadas com seu membro rígido entrando e saindo de mim.
—Como você é apertadinha e quente! Caralho, morena! —Rosnou
com a voz embargada de excitação, beijou meu ombro e meu pescoço.
Ele apertou com mais força minha cintura, respirou como um touro,
entrando e saindo de mim com tudo.
Meu sexo estava pulsante e eu podia sentir perfeitamente seu membro
latejando dentro de mim, me alargando cada vez mais.
Nossos corpos estavam conectados um ao outro e isso era tão surreal
e tão natural. Era como se houvesse uma chama invisível entre nós, mantendo
nossa excitação ardente e infinita. Cada estocada em mim era profunda e
precisa. Scott realmente era bom no que fazia, mas o que eu podia esperar de
um astro libertino? Eu nunca havia recebido um prazer tão imenso como
aquele e tenho absoluta certeza que nunca irei ter nada assim novamente.
—Ohh, Scott... Por favor... Mais... —Meus gemidos eram
incontroláveis, minha respiração seguia o ritmo descontrolado da dele.
Fechei meus olhos, o senti morder o lóbulo de minha orelha, me fez
apertar ainda mais minhas pernas ao redor de sua cintura.
Scott me levava a loucura quando rebolava seu quadril e estocava
fundo em mim e, com isso, ele encontrou meu ponto de prazer, acertou
repetidas vezes em uma região que me fazia perder o fôlego e ansiar por
mais.
Desci minhas mãos para suas nádegas duras e as empurrei, ajudando-
o com suas estocadas, fazendo-o rosnar cada vez mais alto.
Scott girou nossos corpos outra vez na cama, me fazendo ficar em
cima dele. Ele capturou meu olhar com o seu.
—Cavalga em mim vai... —Ordenou ofegante, com um sorriso safado
pregado no rosto. Apertou minha cintura com suas grandes mãos enquanto as
minhas se apoiavam em seu peitoral, que subia e descia acompanhando a sua
respiração descompassada.
Sorri maliciosa para ele, joguei minha cabeça para trás. Obedeci a sua
ordem; descia e subia sobre seu membro, sentindo ele entrar e sair de mim
enquanto eu quicava.
O calor entre nós parecia aumentar a cada instante, era incrível como
estávamos quente naquele momento.
Acelerei meus movimentos, cavalgando com rapidez sobre seu
membro, fazendo Scott gemer alto sem parar, acompanhado por mim.
Uma sensação estranha começou a nascer dentro de mim, deixando
todo o meu corpo em êxtase, eu sabia muito bem que era meu segundo
orgasmo chegando com tudo.
—Eu vou... Oh porra! Eu vou gozar! —Bradei com a voz falha, senti
meu ápice chegando.
—Goze, baby... Eu também... Ahh!... Eu também vou gozar! Caralho!
—Scott rugia extasiado, com uma gota de suor descendo por sua testa,
enquanto meus movimentos continuavam acelerados e precisos, aproveitando
a posição pra esfregar meu sexo nele.
E só bastou ofegarmos nossos nomes em uníssono para o maior
orgasmo de nossas vidas nos atingir, nos fazendo gritar enlouquecidamente.
Eu podia sentir a camisinha se enchendo com seu esperma e sua
quentura, ao mesmo ritmo que meus jatos saiam.
Caí ofegante sobre o peito dele, que subia e descia aceleradamente.
Scott envolveu meu corpo com seus braços, depositei meu queixo no topo de
sua cabeça.
—Caralho... —Murmurou eufórico, sorrindo em seguida, com seu pau
ainda duro dentro de mim, mesmo após ter alçando sua liberação.
Sorri contra seu peito, puxei uma grande respiração para meus
pulmões necessitados.
—Isso foi.., Uau... Incrível! —Ofeguei me aconchegando em seu
peitoral.
Scott novamente sorriu.
—Concordo plenamente, baby. Eu nunca havia gozado assim em
minha vida... Mas, agora descanse, você teve uma noite longa. —Ele disse
me apertando contra seu peito.
Concordei com a cabeça, sorrindo para mim mesma quando ele
plantou um beijo em meus cabelos.
Fechei meus olhos, deixei o sono me envolver completamente.
Capítulo 11
Scott Wild
∞∞∞
Já era quase noite e eu ainda não havia encontrado Ellie. David disse que
Ramón contou que os telefones dele, não paravam de tocar, pois todos
estavam querendo saber o que a super modelo do momento, Ellie Amby,
tinha com o vocalista da maior banda de rock dos últimos tempos.
Sinceramente, tô pouco me lixando para essa merda toda, tudo que eu quero é
encontrar Ellie, só isso. Mais uma vez, me encontrei batendo na porta da suíte
de Ellie e novamente quem atendeu foi Sara.
— De novo, Scott? Sei que você é lindo, mas já está enjoando a cada
dois minutos você vir aqui e fazer a mesma pergunta: "A Ellie já chegou?".
— Disse sem nem me dar chance de perguntar nada.
— Eu sei disso, Sara, mas é que preciso muito falar com ela. É um
assunto muito sério. — Ela revirou os olhos e deu passagem para que eu
entrasse.
— Espera aqui, Ellie está no banheiro. Vou ter que sair, até mais.
Deu um breve aceno e saiu.
Olhei em volta e notei que havia uma pequena mala pronta em cima
da cama, quando me aproximei da mala, Ellie saiu do banheiro e parou
abruptamente no meio do caminho quando me viu. Sua expressão era distante
e triste. Vestia uma calça jeans clara, uma blusa branca e um casaco, seu
cabelo estava preso em um rabo de cavalo. Estava calçando sapatilha, sem
maquiagem alguma.
Não que ela precise de alguma maquiagem para ficar linda, isso ela já
é naturalmente.
— O que faz aqui? — Perguntou bem ríspida.
— Queria ver você, conversar e saber o motivo de você ter saído sem
ao menos ter se despedido antes. — Ela me olhou fixamente.
— Achei que tínhamos combinado que seria somente uma noite e
nada mais.
Olhei pra ela, incrédulo por suas palavras.
— Ellie, eu sei que meu histórico não é bom, mas eu me senti mal por
você ter saído sem me avisar. — Ela sorriu. — Certo, sei que sou sempre eu a
fazer isso.
— Touché. — Sibila.
Fui pego na minha própria armadilha.
— Você não gostou? — Perguntei legitimamente preocupado.
— Claro que eu gostei, Scott. Foi incrível.
— Então por que não ficou? — Me aproximei.
— Não sou o tipo de mulher que você está acostumado a ter, Scott
Wild. — Desviou o olhar. — Eu não vou rastejar implorando por migalhas de
sua atenção.
— Você é diferente, Ellie.
— Quem me garante que você não diz isso a todas?
O desdém em sua voz me afetou.
— Ellie, escute uma coisa. Eu posso ser cafajeste, safado e um
mulherengo, mas não sou mentiroso. Jamais iludi mulher alguma que
transasse comigo; sempre procuro ser sincero. Jamais prometi flores e
corações para elas, jamais disse que teríamos algo mais além do sexo.
Sempre as dispenso pela manhã e nunca mais as vejo, mas isso é tudo que
combino com elas. Uma noite.
— Então... eu só facilitei o seu trabalho de me dispensar pela manhã e
saí antes de você acordar. Agora se me der licença. — Disse apontando para
a porta.
— Qual a parte do “você é diferente” que você não ouviu, Ellie? Pelo
amor de Deus! Você nunca foi como as outras.
Levei minhas mãos até seu rosto para acariciá-la, mas ela virou o
rosto e isso doeu.
— Você já fodeu tantas mulheres que uma delas descobriu o meu
número e me ligou para me ameaçar. Acho que o seu “acordo” ficou meio
confuso pra ela. — Olhei espantado para Ellie, que manteve uma postura
firme.
— O quê? Quem te ligou?
— Uma de suas fodas, Scott... Quer saber? Vai embora, por favor. —
Pediu.
— Não saio daqui até você me dizer quem foi que te ligou. — Insisti.
— Vai fazer alguma diferença? Você não lembra de nenhuma delas;
já que foram tantas. — Ironizou.
— Ellie, por favor, dá para dizer quem foi que te ligou?
— Olívia, ela disse que se chamava Olívia.
O quê?! Eu vou matá-la!
— Como? Olívia é louca! Deve estar com merda na cabeça, só pode.
— Disse sem acreditar que ela faria algo assim.
— Oh, vejam só! Parece que temos uma foda especial, já que o
grande Scott Wild lembra ao menos do nome da vagabunda que me ameaçou.
— Ironizou.
— Está com ciúmes? — Assim que perguntei isso, ela ficou séria, e
só pela expressão de sem graça, eu sabia a resposta a minha pergunta.
— Eu? Ciúmes de você? Por favor né, Scott?
— Você está com ciúmes de mim. — Afirmei com um enorme sorriso
no rosto.
— Claro que não! Eu... Eu quero que você vá se foder, seu idiota! —
Gritou.
— Ontem não foi bem isso que você disse. — Brinquei.
— Scott, sai daqui. Não posso te deixar aqui quando eu sair. — Olhei
automaticamente para a pequena mala em cima da cama.
— Você vai embora?
— Isso não é da sua conta. — Respondeu indo até a sua mala e a
pegando.
— Claro que isso é da minha conta, me preocupo com você. Pelo que
estou vendo você não está bem. — Me aproximei dela novamente.
—Eu só quero ficar sozinha. — Pediu.
— Sou incapaz de te deixar sozinha, Ellie. — Ela exibiu um sorriso
sem graça e abaixou a cabeça. Com cuidado levei minhas mãos ao seu queixo
para levantar sua cabeça e, quando encontrei o seu rosto, pude ver as lágrimas
descerem.
— Vai embora, Scott. — Pediu com uma voz chorosa.
— O que aconteceu, minha pequena? — Passei meu polegar sobre sua
pele, limpando uma lágrima que estava prestes a cair.
— Preciso voltar para a minha casa.
— Aconteceu alguma coisa? — Perguntei preocupado.
— Scott...
— Por favor.
— Meu irmãozinho foi atropelado ontem enquanto corria para pegar
seu cachorro que havia corrido dele. Ele não viu o carro em alta velocidade
chegar e… — Ela não conseguiu terminar de falar, seu choro se intensificou.
A única opção que me restou foi abraçá-la.
— Não chore, minha pequena, não suporto ver isso, por favor. — Só
em pensar na hipótese de Ellie estar triste, fico mal, com uma sensação de
impotência.
— Ele está internado em estado grave no hospital principal de Los
Angeles. Minha mãe disse que talvez ele perca os movimentos das pernas.
Scott, meu irmão só tem dez anos, isso seria extremamente ruim e triste de se
ver.— Choramingou.
— E você vai pra lá agora? — Perguntei a olhando bem nos olhos,
enquanto tinha minhas mãos uma em cada lado do seu rosto.
— Sim. — Minhas mãos tentam secar as lágrimas que insistem em
descer em seu rosto.
— Sua amiga vai com você? — Perguntei.
— Não, ela tem que resolver algumas pendências. Ela é quem cuida
da minha carreira e como tirei licença para viajar por alguns dias, ela deve
ficar para cuidar de algumas coisas por mim.
— Entendo, então espera aqui. — Me virei para sair dali o mais
rápido possível antes que ela perguntasse algo.
Alguns minutos depois, voltei para a suíte de Ellie. Ela me olhou
completamente surpresa e perguntou:
— Por que esta mala, Scott?
— Eu disse que sou incapaz de te deixar sozinha. Por isso decidi que
vou viajar com você. Não importa o que você diga, eu vou com você e ponto.
Capítulo 12
Olívia Clark
unca fui uma pessoa ruim, muito menos sou do tipo que faz mal a
N alguém, porém, depois do que eu acabei de ler e ver, um ódio
descomunal surgiu dentro de mim de uma forma inacreditável. Era
como se houvesse brotado uma chama voraz em meu interior, queimando
qualquer sentimento bom dentro de mim.
Peguei o jornal mais uma vez para ter certeza de tudo que li naquela
maldita página.
Ontem a noite, o vocalista de uma das maiores bandas da atualidade
foi visto em uma boate frequentada por famosos, a Lavo. Nossas fontes
disseram que Scott Wild acabou se metendo em uma briga com um homem
que estava prestes a bater em uma mulher, e essa mulher não é ninguém mais
e ninguém menos do que Ellie Amby, a super modelo do momento. Depois do
ocorrido, os dois não se desgrudaram mais, tanto que eles foram flagrados
entrando de mãos dadas no hotel onde a banda Rocked está hospedada. Será
que o nosso grande astro do rock teve seu coração fisgado pela linda super
modelo? Não podemos afirmar nada, mas que os dois fazem um casal bonito,
ah eles fazem sim.
Embaixo ainda havia várias fotos dos dois, em diversos ângulos,
entrando no hotel de mãos dadas, e uma outra do Scott abrindo a porta do
carro para ela.
Rasguei o jornal em diversos pedaços, jogando dentro da lixeira mais
próxima.
Um urro de ódio me escapou.
— Maldita seja essa vagabunda! — Rosnei, jogando um vaso de
flores no chão.
Aquilo só poderia ser uma maldita coincidência. Logo ela? Não! Não
pode ser!
Santo Inferno! Por que ela?
Scott é meu, somente meu.
Aquela vadia não vai se intrometer na minha vida de novo! Não vai
mesmo!
Eu só poderia estar amaldiçoada e aquela infeliz deveria ser meu
carrasco na Terra.
Por que ela? Poderia ser qualquer uma.
Onde diabos Scott conheceu aquela maldita? Oh inferno! Por que ela
tinha que sair do inferno de onde veio?!
Estou há muito tempo tentando conquistá-lo e, do nada, essa vagaba
chega. Ah, mas isso não vai ficar assim.
Ellie. A doce e perfeita Ellie.
Só pode ser praga pra mim; e dos fortes.
Peguei o meu celular e disquei o número de Connor, um velho amigo
que me deve muitos favores.
É hora de cobrá-los.
— Ei, belezura. — Idiota. Não estou com paciência para aturar isso.
— Connor, preciso de um grande favor. — Meu tom é seco e firme.
— Só pedir que eu faço, amor.
— Quero que você descubra o número do celular de Ellie Amby.
— Uou, a super modelo? Por que quer o número dela?
— Não lhe interessa, só descubra a porcaria do número e me envie
por mensagem.
— Certo, certo. Tudo por você.
Desliguei sem falar mais nada.
Alguns longos minutos depois, recebi uma mensagem dele com o
número da puta. Não perdi tempo e disquei o seu número, ela atendeu no
terceiro toque.
Meus nervos estavam atiçados.
O ódio corria por minhas veias.
— Alô. — A voz enjoativa ecoou do outro lado da linha
A mesma voz de sempre.
Puta de merda.
Finquei minhas unhas em minha palma.
Scott é meu. Meu! Meu! Meu!
— Ellie Amby?
—Sim, ela mesma. Quem é?
— Sou Olívia.
— E o que você deseja? Afinal de contas, como conseguiu o meu
número pessoal?
— Não importa, estou ligando para te dar um aviso.
— Um aviso?
— Sim, fique longe de Scott Wild ou você...
— Não acredito que isso esteja acontecendo.
— O quê?
— Uma das fodas do Scott me ligando para me ameaçar. Isso seria
cômico se não fosse patético.
— Escuta aqui, sua vagabunda; não sou uma das fodas de Scott, sou
especial para ele.
— Jura? Ontem à noite ele me disse isso também.
Apertei o celular em minhas mãos para conter a raiva que só
aumentava cada vez mais.
— Scott é meu e de mais ninguém e, se você continuar no meu
caminho, vai se arrepender para o resto da sua vida.
— Está me ameaçando?
— Considere como quiser. Eu sei quem é você, Ellie. Sei muito bem.
— O outro lado ficou mudo por alguns instantes e um sorriso zombeteiro
surgiu em meu rosto.
— Você tem sérios problemas.
— Foda-se o que você pensa. A única coisa que quero é que você
fique o mais longe possível de Scott, ele já tem dona.
— Sabia que ele passou o dia todo me procurando? Com certeza para
saber por que eu o deixei depois do nosso sexo alucinante de ontem a noite
que, aliás, durou quase a madrugada toda.
Essa mulher quer morrer, só pode.
— Não brinque com fogo, garota. Não sabe com quem está se
metendo.
Aliás, ela sabe. Só não se recorda.
— Você que não sabe com quem está brincando, projeto de puta mal
acabado.
Sorri com escárnio.
— Eu vou acabar com você!
— Tenta a sorte.
— Pode apostar que vou sim. Vou atingir você onde mais dói, minha
querida.
Sem dar chances para ela responder, eu desliguei e arremessei o meu
celular contra a parede de minha sala com tanta força que ele quebrou em
vários pedaços.
Maldita!
Fui até o meu quarto, abri uma das portas do closet com brutalidade,
vasculhei as várias caixas no fundo, espalhando-as em uma grande bagunça.
Sorri ao encontrar a que eu procurava: uma caixa branca quadrada. A abri e
retirei uma das várias fotos que havia lá dentro.
Passei várias delas, até encontrar a que procurava, retirei uma mecha
de cabelo de meus olhos, fixei meu olhar na fotografia antiga.
Lá estava eu, ao lado da vadiazinha, confirmando que o universo só
poderia estar querendo me foder, ao colocar mais uma vez essa desgraçada
em meu caminho.
Deslizei meu dedo pela foto, onde eu me encontrava abraçada aos
risos com Ellie, em uma época bem distante e esquecida para mim.
Porém, esse espírito maligno voltou para me assombrar e acabar com
meus planos para Scott.
Só que não irei permitir isso.
Ela já me roubou um cara antes, e sofreu as consequências. Pelo visto
quer repetir a dose.
Fui até a minha gaveta do criado mudo do lado da minha cama King
size, com a fotografia em minha mão. Procurei minha agenda, busquei o
número de um antigo amigo e, quando achei, corri para a sala e peguei o
telefone fixo para ligar, já que havia quebrado o celular. Disquei o número e
ele atendeu no primeiro toque.
— Alô, quem é?
— Sou eu... Olívia.
— Olívia! Nossa, quanto tempo!
— Sim, muito tempo mesmo.
— Seu primo aqui sentiu muito a sua falta. Como está a vida aí em
Nova York?
— Estava indo bem, até uma certa vadia se meter no meu caminho.
— E quem seria essa vadia?
— Sua ex.
— Que ex?
— A vagabunda da Ellie, Nick! — Praticamente gritei.
— Ellie?! Mas o que ela fez? Onde ela está?
— Isso não importa, preciso da sua ajuda.
— Para quê?
— Para tirar ela do meu caminho.
— Como vou ajudar sem saber os motivos?
— Ela está se envolvendo com o meu Scott. Já não basta ter roubado
o Josh de mim, ela voltou pra me aterrorizar. — O silêncio pairou do outro
lado.
— Como posso te ajudar e quando?
Sabia que ele iria aceitar quando soubesse que sua querida Ellie está
com outro homem. Foi assim mesmo com o Josh e não vai ser diferente com
Scott.
— Não sei, tenho que pensar em um bom plano. — Mordi meu lábio,
ligando a TV, começando a zapear pelos canais até que um de notícias
chamou minha atenção. Na verdade, era um daqueles canais onde um bando
de gente que não tem o que fazer ficam tomando conta da vida dos famosos.
— É isso mesmo que ouviram, meus queridos telespectadores. Scott
Wild e Ellie Amby acabam de ser flagrados chegando no aeroporto John F.
Kennedy, juntinhos. É... parece que nosso mais novo casal resolveu fazer
uma viagem. Será que o negócio está tão sério assim? Deve ser já que Scott
viajou no meio de sua turnê. Voltamos já com mais informações sobre o
possível romance entre a super modelo Ellie Amby e o vocalista da banda
Rocked, Scott Wild.
Fiquei estática. Estava chocada, senti o meu sangue ferver, o ódio
subir a um nível extremamente alto e um grito enfurecido saiu da minha
boca.
— Olívia! O que foi? — Perguntou Nick assustado. Por um momento
havia me esquecido dele no outro lado da linha.
— Essa garota está morta. — Grasnei friamente.
Ellie Amby vai pagar caro.
— Que garota?
— Ellie, quem mais? Essa vadia viajou com o meu Scott. Viajou!
— Como sabe disso?
— Acabou de passar na TV. Eles viajaram juntos, Nick!
— Calma. Ficar histérica e gritar no meu ouvido não vai adiantar
nada.
— Não estou para brincadeiras, Nicolas.
— Eu também não estou para brincadeiras. Acho que sei para onde
eles viajaram.
— Onde? Vamos, responda!
— Devem estar vindo para Los Angeles. O irmão da Ellie deu entrada
aqui no hospital da cidade, eu que estou sendo o médico dele.
— O que aconteceu com esse moleque?
— Um carro o atropelou e o estado dele é muito grave.
— Tinha que ter morrido.
— Seu problema é com ela, não com o menino.
—Tive uma ideia. — Falei ignorando-o.
— Conte-me.
— Acho que também irei fazer uma viagem.
— Ué, pra onde?
— Bateu uma saudade de Los Angeles de repente, principalmente da
família Amby.
Vou mostrar para essa modelo de quinta que com Olívia Clark não se
brinca.
Sorri para a foto, amassando-a.
— Não perde por esperar, velha amiga.
Capítulo 13
Ellie Amby
lgo que nunca pensei que iria acontecer na minha vida, era que eu iria
A conhecer alguém assim como Scott. Ele simplesmente superou todas as
minhas expectativas em relação a ele. Ele vem mostrando ser alguém
muito diferente do roqueiro mulherengo e frio que todos pintaram, ou talvez
ele quisesse que todos pensassem assim dele por algum motivo, só não sei
qual.
E pensar que, nesse exato momento, estou em um avião rumo a Los
Angeles com a cabeça deitada no ombro dele. Um sonho para muitas fãs e
muito intimidador para mim.
Meus pensamentos são interrompidos quando a voz da aeromoça ecoa
pelo avião, avisando para que todos se acomodem em suas poltronas pois
iríamos pousar.
Levanto minha cabeça de imediato.
— Como se sente? — Perguntou olhando-me bem nos olhos.
— Estou nervosa. — Desviei o olhar.
— Por quê?
— Há exatos cinco anos, eu deixei Los Angeles e prometi voltar
somente quando os meus pais mostrassem sentir a minha falta, que me
perdoariam por ter ido embora aos dezoito anos depois de ter tomado a
decisão de me tornar uma modelo e não uma dona de casa.
Essa é uma parte do meu passado que não gosto de lembrar, pois ao
acessar essas lembranças, todas as outras que sempre quis esquecer vêm à
tona.
Voltar para Los Angeles está sendo um desafio e tanto para mim.
Mal sabe Scott que meu pai é o que mais me preocupa nisso tudo. E
não tem nem como fugir de encontrá-los, já que vim aqui por meu irmão e
eles devem estar tão preocupados quanto eu.
Scott Wild
— Vai ser a primeira vez em cinco anos que verá seus pais, não é? — Ela
nem precisou responder. Seu olhar triste me disse tudo. Não perdi tempo e a
puxei para um abraço.
— Scott... Obrigada. Por vir comigo. — Não precisei nem olhar para
saber que ela estava chorando, sua voz a entregava.
Senti-me impotente ao ver Ellie nesse estado e não poder fazer nada.
Era como levar um soco na cara e não pode revidar. Às vezes, acho que o que
sinto por Ellie vai muito além de um simples desejo insaciável e isso me
assusta muito.
O pouso foi tranquilo e, naquele momento, Ellie e eu estávamos em
um táxi rumo ao hospital enquanto minha equipe levava nossas bagagens
para o hotel reservado. Desde que saímos do avião, Ellie não disse mais nada
e assim foi o caminho todo até o hospital. Mal saímos do táxi e uma chuva de
Flashes nos cegava. A maioria dos repórteres faziam a mesma pergunta.
Vocês estão namorando?
Entramos sem dizer uma palavra, com a ajuda de seguranças do
hospital. Assim que entramos, um médico já estava a nossa espera e nos
levou a uma sala de espera reservada para a família Amby.
Olhei para Ellie que parecia bem apreensiva. Ela apertou as duas
mãos em punhos e depois respirou bem fundo. Eu já havia percebido isso, é
algo que ela faz toda vez que fica nervosa.
Ellie parecia se preparar mentalmente para ver seus pais depois de
tantos anos.
Peguei em sua mão e ela se assustou, mas logo depois me lançou um
sorriso sem graça e apertou a minha mão com bastante força.
Quando entramos na sala de espera, demos de cara com os que eu
supunha serem os pais de Ellie, já que senti sua mão suar frio.
— Ellie! — Uma mulher que era exatamente a cópia dela, só que
mais velha correu em sua direção e a abraçou.
Ellie, por alguns segundos, ficou com os braços soltos ao lado de seu
corpo, sem entender nada, porém logo depois ela retribuiu o abraço e se
segurou para não chorar.
As duas ficaram por um tempo abraçadas e pareciam presas na bolha
que criaram, mas logo foram interrompidas com uma tossida do homem
carrancudo atrás delas.
— Oi, pai. — Ellie desviou o olhar para seu pai que não demostrou
nenhuma emoção.
— Demorou pra chegar. Pensei que seu irmão fosse mais importante
pra você. — Olhei surpreso para ele por suas palavras. Ellie, no mesmo
momento, se encolheu.
— Desculpe é que estava um tumulto tanto para embarcar quanto para
desembarcar do avião e, para completar, há vários paparazzis na porta do
hospital.
— Ellie, quem é o moço? — Perguntou a Sra. Amby me encarando.
— Esse é Scott Wild, meu amigo.
Seu pai pareceu me avaliar e eu nunca me senti tão nervoso em toda a
minha vida.
— Prazer rapaz. Me chamo Magg, sou a mãe de Ellie. — Falou me
cumprimentando.
— É um prazer conhecê-la, Sra. Amby.
— Me chame de Magg, por favor. — Ela pareceu ser bem simpática.
— Tudo bem.
— Esse é meu marido, Hard. — Apontou para o homem que me
olhava com uma cara nada boa.
— É um prazer conhecê-lo, Sr. Amby. — Estendi a minha mão para
cumprimentá-lo e ele simplesmente ignorou.
Parece que ele não foi com a minha cara.
— Hard. — Sua mulher o repreendeu.
Ele ignorou sua esposa e saiu bufando da sala de espera.
— Scott, me desculpe pelo meu pai. Ele às vezes é meio... Rústico
demais. — Tentou se desculpar.
— Tudo bem, Ellie. Eu entendo. — Entendo porra nenhuma! Sinto
que também não vou gostar dele.
— Mãe, como está meu irmão?
— O estado dele é grave, mas ao menos não corre risco de vida. —
Olhamos todos para trás ao mesmo tempo e demos de cara com um médico
que olhava para Ellie com um enorme sorriso no rosto.
Enorme até demais para o meu gosto.
Se eu bater nele sem nenhuma outra informação além desse sorriso,
vou estar sendo louco demais?
— Nick! — Ellie olhou para ele completamente surpresa e com uma
expressão nada boa.
— Ellie, minha querida. Continua linda, ou melhor dizendo, está mais
linda ainda. Esses anos só te fizeram bem. — Ele pegou a mão de Ellie para
beijar, mas ela logo retirou a sua mão.
— Filha, não seja grosseira com o Nick. Ele é o médico do seu irmão.
— Agradeço por isso, mas não sou obrigada a cumprimentar
ninguém. — Acho que Ellie puxou esse temperamento do pai.
— Pensei que tinha deixado o passado no passado. — O tal Nick
falou.
— Exatamente por isso. Te deixei lá também.
— Tão doce como sempre. — Zombou.
Já o odeio.
— Posso ver meu irmão?
— No momento não. Ainda não está permitida a entrada de visitas,
mas se você me der algo... — Não me controlei e logo me coloquei a frente
de Ellie. Ele me olhou parecendo me avaliar.
— Não acha que está passando dos limites? — Tentei manter a calma.
— Pensei que a sala estava reservada somente para a família Amby.
— Provocou.
— Scott é meu amigo e pode ficar aqui comigo. — Ellie segurou
minha mão e os olhos de Nick foram para elas. Seu olhar mostrava desgosto
ao ver isso.
Foda-se!
— Ora, ora, ora, quem temos aqui.
Essa voz... Não pode ser...
Não acredito que essa louca me seguiu até aqui.
Eu vou matar Olívia.
— Oi prima, o que faz aqui? — O tal Nick exclamou surpreso.
Prima?!
— Ouvir dizer que o Bruninho está internado em estado grave e
resolvi vir para dar uma força para família Amby. Sabe que amo todos eles.
— Espera aí! Como assim uma força para a família Amby?!
— Olá, Olívia. Quanto tempo... — Magg murmurou abraçando
Olívia, para meu espanto.
Ellie se manteve firme no lugar sem falar nada.
— Muito trabalho, mas não pude deixar de vir aqui e mostrar a minha
solidariedade. — Olhou para Ellie. — Scott querido, não pensei que o
encontraria aqui. — Ela se aproximou e, quando ia me beijar, eu desviei.
— Não encosta em mim. — Grasnei em um sussurro só para ela.
A vadia apenas sorriu. Com isso, se voltou para Ellie.
Putz! Então Ellie e Olívia já se conheciam? Caralho!
Que doidera de mundo louco!
— É um prazer revê-la, Ellie, minha querida. — Exclamou do nada
com o maior sorriso do mundo.
— O prazer é todo meu. Não sabia que era amiga de Scott. — Ellie
murmurou sarcástica.
— É… Como este mundo é pequeno. Scott e eu somos amigos tão...
Próximos e unidos.
Olhei surpreso para Ellie, que manteve uma postura completamente
normal e calma, embora a ironia estivesse nítida no diálogo das duas.
— É mesmo?
— Sim, Scott sempre foi assim com todas as suas amigas, mas
comigo é algo mais intenso. — Magg olhou surpresa para Olívia que sorriu
zombeteira.
— Olívia. — Tentei chamar sua atenção.
— Fico muito feliz por você, meu amor, mas agora preciso ir embora.
Scott e eu estamos cansados da viagem longa que tivemos juntos e como não
posso ver meu irmão ainda, volto amanhã. Vamos Scott. — Ellie falou se
despedindo de sua mãe e saiu na frente, deixando Olívia com uma cara
péssima.
Corri para alcançá-la e, quando consegui, ela parou no meio do
caminho antes de sair do hospital.
— Não quero que diga nada ou pergunte, ao menos não hoje.
— Está bem, vamos então para o Hotel. Já reservei dois quartos para
nós. — Ela ergueu uma sobrancelha e sorriu.
— Quartos separados? Pensei que a noite que tivemos, tivesse sido
algo especial.
— E foi. Foi maravilhoso, mas pensei que queria um quarto separado
para descansarmos. — Ellie sorriu mais uma vez.
— Acredite Scott, nesse momento o que eu preciso não é de quartos
separados ou descansar. — E saiu andando na frente, deixando-me sem
palavras com a maior cara de bobo.
Essa mulher ainda me mata.
Capítulo 14
Ellie Amby
enti uma luz forte no meu rosto e notei que o sol que brilhava
S lindamente lá fora. Tentei me levantar, mas senti os braços de Scott me
apertarem mais contra o seu corpo. Com todo cuidado para não o
acordar, saí de seus braços sem fazer um barulho sequer. A sorte é que ele
tem um sono pesado, mas não podia arriscar.
Fui até a minha mala, peguei tudo que precisava para a minha higiene
matinal e segui em direção ao banheiro. Aproveitei também para tomar um
banho gelado, já que a manhã estava bem quente, imaginei que a tarde seria
ainda pior. No banho, comecei a recapitular tudo que aconteceu ontem.
Primeiro minha mãe me liga dizendo que Bruno havia sido atropelado
e estava em estado grave no hospital; depois Olívia liga me ameaçando; logo
depois, Scott aparece no meu quarto e, do nada, decide vir comigo para Los
Angeles; meu pai o trata mal, para variar; Nick surge do inferno e a
vagabunda da Olívia vem de brinde.
Como Scott foi capaz de se envolver com alguém como Olívia
Clark?
— Já acordada? — Abri o box do banheiro, vi Scott completamente
nu encostado na porta, os braços cruzados, me olhando.
Oh pecado de homem!
— Eu nem vi a hora quando acordei. — Fechei o chuveiro e ele me
entregou uma tolha.
Antes, eu teria muita vergonha de ficar nua em sua frente assim, eu o
mandaria sair do banheiro, mas não iria adiantar de nada; ele já me viu nua e
já fizemos coisas inimagináveis na cama, então pra quê ter vergonha?
— São oito em ponto agora. Provavelmente você deve ter acordado
umas sete e meia.
— Acho que é a ansiedade de saber como meu irmão está. Vai
tomar banho? — Perguntei me enrolando na toalha e coloquei uma outra na
cabeça.
— Minha intenção era acordar com uma foda matinal e depois um
segundo round do chuveiro. — Me puxou pela cintura e me deu um beijo.
— Não foi minha intenção estragar seus planos mirabolantes. — Ele
riu.
— Quando ficamos tão íntimos assim? — Perguntou.
— Acho que foi quando transamos pela primeira vez.
— Tem razão.
— É estranho... Tem hora que a gente briga, mas no final sabemos
aonde isso vai dar. — Ele sorriu malicioso.
— No lugar onde eu mais gosto de lhe ter.
— Na cama?
— Nos meus braços. — Fiquei surpresa por ouvir alguém como Scott
Wild falar algo desse tipo. Não sei por que, mas gostei de ouvir isso.
— Adoro ouvir os seus gemidos.
— Você é um pervertido. — Saí dos seus braços e fui até o quarto.
— O que posso fazer se tenho uma modelo muito gostosa do meu
lado? — Gritou do banheiro, fazendo-me rir.
Tratei de ir até a minha mala e peguei uma lingerie preta, um short
jeans e uma blusa qualquer. Depois de me vestir, sequei o meu cabelo e,
quando terminei, vi Scott sair do banheiro com uma toalha enrolada na
cintura, cabelo molhado e algumas gotas de água escorrendo pelo delicioso
peitoral dele.
Observei suas tatuagens. Elas o deixa muito mais hot do que já é.
E pensar que passei a noite quase toda noite transando com ele.
— Aonde vai, vestida assim? — Perguntou me olhando de cima a
baixo.
— Ao hospital.
— Vestida desse jeito? — Olhei para ele sem entender.
— E qual é o problema?
— O problema é que está faltando pano.
— Está um calor de matar, e não vejo problema de usar isto. — disse
procurando meus chinelos dentro da mala.
— Ellie, troca de roupa.
— Como é que é?
— Troca de roupa. — Comecei a rir.
— Ciúmes, Sr. Wild? — Debochei.
— Claro que sim, Ellie. Você é uma mulher linda e é óbvio que terá
homens te cobiçando, mas usando outra roupa, pode diminuir a quantidade de
olhares.
— Olha Scott, não estou com paciência para aturar seus ciúmes sem
cabimento. Nós não temos nada um com o outro a não ser o sexo.
— Ellie...
— Scott, nós precisamos conversar. — Mudei de assunto.
— Sobre o quê? —Perguntou indo até a sua mala e pegou uma cueca
box branca.
— Sobre tudo que aconteceu ontem, pensei que queria saber.
— A noite de sexo foi tão boa que eu havia me esquecido. — Sorriu
malicioso, mas o ciúme era nítido em seu olhar.
— Scott, é sério.
— Tá bom, senta-se aqui. — falou se sentando na cama. Fui até ele e
me sentei também. — De onde conhece Olívia?— Perguntou.
— Os pais dela morreram em um acidente de carro quando ela era um
bebê. Foi criada pelos tios; os pais de Nick, que são grandes amigos dos meus
pais. Praticamente fomos criados juntos; éramos inseparáveis, até Josh
chegar. Quando ele se mudou para Los Angeles, Olívia e eu tínhamos
dezessete, Josh e Nick, dezoito. Nossa amizade começou no colegial.
— Quem era Josh?
— Josh era um menino lindo que conseguia arrancar suspiros de
qualquer garota, menos de mim, já que eu era apaixonada por Nick, só que
ele nunca me dava bola. Olívia se apaixonou por Josh na época e o queria a
todo custo, até aí, ainda éramos unidos, mas tudo mudou naquela tarde na
casa de Nick. A partir desse dia, Olívia mostrou ser o que realmente era.
— Essa tarde promete. — Esbravejou Olívia, pegando os
refrigerantes para levar até a sala onde Nick, Josh e eu estávamos.
Era a tarde de filmes que fazíamos toda quarta. Fazíamos sempre
uma semana na casa de cada um, aquela era a vez de Nick nos receber.
— Olívia, pra variar, está lá, babando no Josh. — Falou Nick.
— Deixa ela. Sabe que ela é louca por ele.
— Mas ela se joga muito pra cima dele, é até humilhante. — Nick
tinha razão, às vezes, Olívia exagerava demais quando se tratava em
conquistar o Josh.
— Eu sei como é gostar de alguém e não ser correspondida. —
Murmurei, me referindo a Nick, porém, ele nem ouviu.
— No caso dela, já virou doença. É estranho.
— Olha, vamos parar de falar dela, é a vida dela e não devemos nos
meter. Agora, vamos voltar para sala, já demoramos demais. — Não gostava
de ficar falando assim pelas costas dos outros, ainda mais de Olívia que era
como uma irmã para mim.
Quando voltamos para sala, Nick estava concentrado no celular e
Olívia, bem, ela estava quase se jogando no colo de Josh que, só pela cara
que estava fazendo, estava prestes a dar um fora nela.
— Chegamos, agora pode iniciar o filme. — Sorri chamando a
atenção de todos.
— Por que demoraram tanto? — Perguntou Josh.
— Estávamos conversando, agora pelo amor de Deus, pare de
reclamar e vamos ver esse filme logo.
Sentei-me do lado de Nick, tentei chamar a sua atenção, mas ele
passou a se concentrar em algo no celular. Acabei desistindo e saí do seu
lado para me sentar no outro sofá que era menor.
Vi Josh me olhando e logo depois sorriu pra mim, eu retribuí, assim,
ele se levantou do seu lugar, deixando Olívia com cara de besta e se sentou
ao meu lado.
— Por que está com essa cara? — Perguntou.
— Nick não me nota. — Olhei rapidamente para o mesmo.
— Ele é um idiota por não notar uma menina tão bonita como você.
— Corei na mesma hora.
— Obrigada, Josh. — Sorri envergonhada.
— Não precisa, sou seu amigo, sempre estarei aqui para o que
precisar. — Pegou na minha mão, fazendo Olívia olhar para nós de cara
feia. Rapidamente tratei de tirar minha mão da sua.
— Com licença. — Levantei-me do sofá e fui para os fundos da casa,
onde tinha um jardim muito lindo que a mãe de Nick tinha o prazer de
cuidar.
— Ellie. — Olhei para trás e vi Josh se aproximar.
— Sim?
— Por que você vive fugindo de mim?
— Impressão sua. — Menti.
— Não é, eu já percebi isso. Você tem medo de mim?
— Claro que não.
— Tudo bem então.
Suspirei longamente.
— Josh, você é meu amigo e Olívia gosta de você. — Ele se
aproximou mais, até ficar perto o suficiente.
— Eu não gosto dela, Ellie. Eu gosto de você, e muito. — Levou sua
mão até o meu rosto.
— Nunca vou poder gostar de você. Eu amo o Nick e Olívia é louca
por você. Ela é como uma irmã pra mim, Josh. — Pude ver a tristeza em seu
olhar.
— E se eu fizer isso. — Sem que eu esperasse, ele me beijou e, antes
que eu conseguisse empurrá-lo, senti o meu corpo ser jogado com força no
chão.
Com a queda, acabei torcendo o pé.
— Ah droga!
— Sua vadia! — Senti Olívia pisar em minha perna com muita força.
Um grito me escapou de imediato.
— Olívia! Está louca?!— Josh bradou a segurando e logo vi Nick
aparecer.
— O que aconteceu aqui? — Perguntou ao vir me ajudar a levantar.
— Olívia empurrou Ellie no chão. Ela torceu o tornozelo. Olívia
ainda pisou sobre ele. — Explicou Josh.
— Essa vagabunda estava beijando o Josh! — Gritou Olívia.
— Não é isso, foi...
— Fui eu quem a beijou, Olívia. Ellie tentou se esquivar o tempo
todo, mas eu a beijei.
— Mentira! Essa piranha sempre quer tudo, sempre tem tudo. Eu
estou de saco cheio de ela sempre ficar com as melhores coisas.
— Você não fale assim dela, porque eu não sou seu namorado e nem
gosto de você. Nunca foi uma competição. — Pude ver o ódio no olhar de
Olívia quando ela me encarou.
— Vão para o inferno! Estou cansada de ser a excluída de tudo e de
sempre Ellie conseguir tudo, até os homens essa daí quer tirar de mim.
— Olívia. — Falei sem acreditar em tais palavras. Nunca imaginei
ouvir isso dela.
Olívia correu para longe, e antes de sair olhou para Nick que a
seguiu feito um cachorrinho.
Antes dela entrar em casa, sem se virar, escutei ela falar as seguintes
palavras com uma certa raiva.
— Você vai me pagar por isso, Ellie. Vai chorar lágrimas de sangue!
∞∞∞
u ainda estava digerindo cada palavra dita por Ellie. Eu sempre soube
E muito bem que Olívia não era pessoa boa, mas não que era tão ruim
assim. As fodas que tive com ela nunca foram significativas para mim,
eram apenas fodas e nada mais, uma forma de aliviar a tensão. Algo rugia
dentro de mim só em pensar que essa filha da puta um dia já fez mal a minha
Ellie.
Sim, caramba! Minha! Eu já não aguentava isso, se eu fosse esperto o
suficiente e não esse babaca idiota, eu iria saber que desde o primeiro
momento que vi Ellie, ela não seria como as outras.
Por Deus! O que eu mais temia estava acontecendo, todos esses
sentimentos e sensações que ela me causava, não eram apenas um extra do
desejo sem tamanho que eu sentia por ela; esse desejo já era uma prova de
que eu sentia algo por Ellie. Uma vez que, geralmente, depois de saciar meu
desejo na primeira foda eu já não sentia mais nada, mas com minha morena é
diferente. Muito diferente mesmo.
Apesar que meu pau ficava duro a cada instante que eu a colocava em
meus pensamentos, mas isso era normal, já que Ellie era muito gostosa.
Logo após ordenar a segurança de Ellie, fiz com que ela fosse visitar
o irmão acompanhada de meus melhores homens, já que a entrada do hotel
estava lotada de fãs e centenas de jornalistas.
Eu queria poder ir com ela, mas eu tinha que resolver algumas coisas.
— Eu sei o que eu fiz, tá? — Revirei meus olhos, tentando não gritar
com Ramón.
— Então por que infernos você fez isso caramba?! Tínhamos um
show hoje, Scott! — Não me contive e acabei rindo de sua irritação.
— Adie. — Murmurei dando de ombros, ouvi-o suspirar do outro
lado da linha. — Tive que vir para Los Angeles com alguém, mas não se
preocupe logo volto.
— Alguém? — Ramón riu irônico. — Scott eu sei muito bem quem é
esse alguém.
— Eu também... — Ouvi uma voz gritar do outro lado e tenho certeza
que era David.
— Isso não importa agora. — Esbravejei, passando uma mão por
meus cabelos, enquanto ajustava o celular em meu ouvido com a outra.
— Você está adiando um show importante por causa de uma mulher?
Fechei meus olhos por um instante, inspirando e respirando fundo.
— Isso é problema meu, Ramón.
— Seu problema, Scott? Você está afetando a banda toda com isso,
porra!
Era bastante evidente a raiva dele em sua voz e eu podia ouvir os
caras rindo ao fundo.
Bando de filhos da puta!
— Sei que o show de hoje era importante, mas caralho... Isso é mais
importante também. Ela é...
— Mais importante? — Ele me interrompeu, me deixando sem
palavras, nervoso e assustado.
— Eu... Errr...— Não consegui pronunciar nada, as palavras certas
estavam me abandonando, me deixando desarmado diante dessa situação.
Ouvi um silêncio ensurdecedor se prolongar do outro lado da linha.
Eu apenas ouvia a respiração de Ramón.
— Scott, você está colocando uma mulher em primeiro lugar, antes da
banda, uma mulher que você nem conhece. Tudo bem você transar quantas
vezes quiser, mas...
Irritado o interrompi.
— Mas nada. Ellie não é como as outras, não é só uma foda, caralho.
— Levantei-me da cadeira, fui até as janelas do quarto, olhei o céu nublado lá
fora.
— Você sabe o que faz. — Meu empresário suspirou derrotado.
— Deixa eu falar com ele. — Ouvi alguém murmurar do outro lado.
— Scott seu maldito fodido. — A voz de David preencheu meus tímpanos.
— Cara, nem vem com sermão.
Ele riu do outro lado.
— Não sou de dar sermão, porra. Você já é grande e sabe o que faz,
mas você sabe também que Ramon tem razão.
E o pior que sim. A principal regra que havíamos imposto entre nós
era nunca colocar nada em primeiro lugar além da banda, principalmente
mulher.
Mas, isso agora não era, mas de meu controle. O que eu podia fazer
seu meu corpo gritava por ela, mas meus pensamentos me ordenavam a me
afastar cada vez mais dela?
Suas palavras ecoaram em minha cabeça, repetindo pra mim que ela
deixou bem claro que não tínhamos nada além de sexo.
E eu não queria nada! Ou queria?!
Puta que pariu! Isso era aterrorizante. Toda essa confusão de
pensamentos e sentimentos gritando dentro de mim por causa dela.
Essa necessidade devastadora e consumidora de a manter em meus
braços e a proteger de tudo e de todos era assustadora para mim.
Mas era inevitável, como tudo que ela me causava. Era inesperado e
assustador, já que nunca senti essa porra toda antes.
— Você ainda está aí, caralho? — David praguejou do outro lado, me
arrancando de meus pensamentos.
— Sim, estou. — Respondi, suspirando baixinho. — E eu sei que ele
tem razão. Mas preciso resolver isso com Ellie.
Meu irmão pronunciou alguma coisa do outro lado, mas não consegui
entender o quê.
— Você está apaixonado, mano? — Sua pergunta me pegou
desprevenido, me deixou inerte, sem palavras.
Engoli em seco, tentando assimilar cada maldita palavra de sua
pergunta.
Apaixonado? Puta merda!
— Não... Caralho... Claro que não. — Murmurei com a voz falha.
— Scott, você está tentando convencer eu ou você disso? —
Novamente o filho da mãe me deixou sem palavras.
— Vá se foder, caralho! — O desgraçado ainda riu do outro lado.
Isso era sem cabimento. Eu, Scott Wild, um dos caras mais desejados
de todos os tempos, apaixonado? Mas que caralho!
Isso só pode ser uma piada!
E uma sem graça, posso dizer!
— Bom, eu pretendo foder com umas gostosas mais tarde já que o
show de hoje está sendo adiado. — Balancei minha cabeça, imaginando o
sorriso dele do outro lado.
Maldito dos infernos!
— Vá pro caralho. — Rosnei, ouvindo ele fazer alguma piadinha
sobre eu estar apaixonado, com alguém do outro lado, com certeza Louis.
— Vá você, caramba. — Continuou rindo, me deixando mais irritado.
— Avise a Ramon que talvez amanhã eu volte para Nova York. —
Ouvi ele concordar rindo. — E outra vez, vá se foder maldito fodido!
Encerrei a ligação, jogando o celular em cima de uma poltrona.
Caminhei apenas de cueca pelo quarto, até a enorme cama e me joguei de
barriga para cima nela.
Com uma mão cobrindo minha testa, encarei o teto do quarto, cocei
minhas bolas com a outra mão, abrindo minhas pernas.
— Apaixonado… — Bufei com esse pensamento, dizendo para mim
mesmo que isso era loucura demais.
Era bastante evidente que eu sentia algo por Ellie. Mas estar
apaixonado? Caralho! Scott Wild não é um homem que se apaixona ou sente
essa coisa idiota e tosca de amor.
Nunca curti amores, e sim sabores da vida. Sempre fui um safado sem
escrúpulos, com uma cota incontável de mulheres fodidas por mim e me
orgulho disso.
Já fodi muitas mulheres, mas nunca, nunca mesmo, senti algo por
elas, talvez isso que nutro por Ellie seja apenas... Apenas... Caralho! Apenas
o quê?
Nem ao menos titular o que sinto por ela eu consigo. Isso está se
tornando mais assustador do que eu esperava.
Seu rosto se forma em meus pensamentos, fazendo uma ereção
automática tomar posse de mim, me fez suspirar ao sentir meu pau endurecer
com rapidez em minha cueca.
Não fazia nem uma hora que eu havia gozado feito um louco, pois
antes de Ellie sair, transamos feito loucos no chão do quarto.
Lá estava eu, duro feito bala, pronto para disparar. Mas, ela não
estava aqui e isso era o suficiente para me deixar meio estranho.
Com uma sensação indecifrável penetrando meu peito, desejei ter o
poder de trazê-la para meus braços naquele momento.
Rolei na cama, puxando um dos travesseiros para mim, inspirei
profundamente o aroma fixo ali, senti seu perfume doce e viciante em minhas
narinas, fechei meus olhos por um instante.
É Ellie… Seja o que for que sinto por você é forte, muito forte.
E de alguma forma sei que não é passageiro.
Capítulo 17
Ellie Amby
epois da conversa que tive com Scott, me senti melhor. Parece que tirei
D um peso de cima de mim. Nunca imaginei que desabafar com alguém
fosse algo bom e revigorante, ainda mais se tratando de alguém como
esse roqueiro metido. Algo que me surpreendeu, pois nunca imaginei que
ficaria tão próxima dele, nunca imaginei que sentiria o que sinto por Scott. É
um sentimento tão grande que não cabe no peito, um sentimento que agora
sei qual é.
Amor.
A cada dia que passa eu vou me apaixonando mais e mais por ele e
isso me preocupa. Scott é um homem mulherengo e sempre está rodeado de
mulheres lindas. Seu estilo de vida é completamente diferente do meu, a
única coisa que temos em comum é sermos famosos. Eu sou romântica,
sensível e, embora não pareça, ainda sonho em um dia me casar com alguém
que me ame e eu ame de volta na mesma intensidade.
Já Scott é totalmente o oposto ou talvez ele queira que as pessoas
pensem isso. Há momentos em que ele se mostra tão carinhoso, tão atencioso
e gentil, ele não seria assim comigo só para transar. Ele já conseguiu o que
queria. Então, por que simplesmente não me esqueceu como ele fez com
todas as suas outras transas?
Mas, com Olívia não foi assim.
Verdade. Ele e Olívia tiveram um relacionamento baseado somente
em sexo, ainda assim, eles meio que conviveram. Só Deus sabe quanto tempo
eles mantiveram esse tipo de relação. Deve ter sido muito tempo para Olívia
ser tão louca assim por ele. Me dá náuseas em imaginar que Olívia o teve
toda a noites, que ela recebeu seus beijos, suas caricias, seus toques... Sinto
um ciúme terrível só de pensar.
Ciúmes? Eu cheguei mesmo nesse ponto?
Óbvio que você sentirá ciúmes dele, você já está de quatro por ele. Eu
queria não sentir isso, mas é impossível, acho que mesmo que eu tente me
afastar, não vai diminuir em nada o que eu sinto por ele, acho que seria pior.
— Filha? — Saí dos meus devaneios com a chegada da minha mãe na
cantina do hospital. Ela se sentou na cadeira a minha frente. Estava aqui
tomando um café, antes disso eu havia ido ver meu irmão. Eu falei com ele,
chorei tanto quando o vi naquela cama, fiquei um bom tempo conversando
com ele. Ele era muito pequeno quando eu fui embora, tanto que ele só tinha
vagas lembranças sobre mim, algo que me doeu muito...
— Oi mãe, cadê meu pai?
— Está conversando com Nick. — Só de ouvir esse nome, senti nojo.
— Como meu pai pode gostar tanto dele assim? Mesmo depois de
tudo que ele me fez.
— Seu pai sempre viu Nicolas como um filho, ele o perdoou.
— Mas ainda me odeia, a filha real ele odeia. — Olhei para o café em
minhas mãos e depois voltei o olhar para a minha mãe.
— Ellie, meu amor, seu pai não te odeia. Ele te ama muito.
— Então por que ele me trata assim, como se não se importasse
comigo? Só por que fui embora ou por causa daquele vídeo que fez sua
querida filha ficar mal falada? Ele me bateu! Ele nunca havia feito aquilo
antes, e você deixou! — Ela abaixou o olhar
— Sobre seu pai te bater, concordo que achei radical demais e discuti
com ele feio por causa disso, mas sabe como ele é. Não é porque ele a odeia,
sabe que ele é um pouco difícil de lidar. É sobre você ter ido embora, sabia
das consequências quando se foi.
— Mas, mãe, eu realizei mais que um sonho. Não só trabalho com
moda como sou uma modelo, sou reconhecida pelo meu trabalho, e não fazia
sentido ficar aqui e ser humilhada todos os dias por todos da cidade e pelo
meu próprio pai.
— Para correr atrás dos nossos sonhos, às vezes temos que fazer
sacrifícios. Nunca me opus a você porque sei como é ter sonhos e não
conseguir realizá-los. — Minha mãe sorriu sem graça.
Minha mãe sempre dizia que queria muito ter seu próprio restaurante,
mas nunca conseguiu realizar porque seus pais eram muito rígidos. Ela
estudou na Rússia desde pequena e quase não via seus pais. Quando voltou
para Los Angeles, foi para se casar com um homem escolhido por sua
família. Esse homem era o meu pai. No começo, ambos não gostavam um do
outro, mas minha mãe disse que quando passou a conhecê-lo mais, ela foi se
apaixonando assim como ele por ela. O amor deles foi construído com o
tempo e hoje eles dariam a vida um pelo outro. Embora não pareça pelo fato
de minha mãe ser tão submissa a ele e consentir a tudo que ele quer. Meu pai,
por mais rígido que seja, sempre mostrou amá-la e amar seus filhos.
Eu sei que para um homem como Hard Amby, ver um vídeo íntimo
da filha vazar e todos que o respeitavam e o consideravam importante ver, foi
uma coisa terrível. Mas, ele me conhecia, porém nem sequer queria me ouvir
e, mesmo depois de saber toda a verdade, ele não me procurou, nem mesmo
me ligou para pedir perdão. Ele perdoou Nicolas, mas a mim, não. Isso dói
muito.
— Você sabe que posso te ajudar a realizá-lo, não é? — Disse
segurando em suas mãos.
— Obrigada, meu amor. Mas, agora já é tarde. Sou feliz, tenho um
marido que amo e dois filhos lindos. — Sorriu abertamente. — E como vai
aquele seu amigo?— Perguntou se referindo a Scott.
— Ele está no hotel, pediu para ligar quando saísse daqui.
— Vocês dois tem algo? — Corei com a sua pergunta.
— Não vou mentir para a senhora, temos sim. Só não é algo sério.
— Você o ama? — Olhei para a minha mãe sem saber o que dizer,
não conseguia mentir para ela. Se eu dissesse que não sentia nada, ela ia
saber que era mentira.
E essa foi uma das raras vezes que eu conversei com ela sobre
garotos. Depois que fui embora, ela me ligava quase sempre para saber como
eu estava e sempre me passava um relatório completo sobre tudo que
acontecia em Los Angeles, eu fazia o mesmo, contava tudo.
— Bom, eu estaria mentindo se dissesse que não. Sinto algo muito
forte por ele.
— Ele sente algo por você também. — Ela não estava perguntando, e
sim afirmando.
— Por que a senhora diz isso?
— Vi a forma como ele te olha. É a mesma expressão que seu pai me
olhou quando se declarou para mim.
— Mãe, isso é loucura, é coisa da sua cabeça. — Scott não sente nada
por mim a não ser desejo. Ou sente?
— Então realmente estou ficando louca. Mas, loucura mesmo é vocês
dois se amarem e ainda não oficializarem isso.
— Scott não é um homem de namorar.
— Talvez uma bela jovem mude isso.
— Você fantasia muito, Sra. Magg Amby, deve estar delirando. —
Ela riu.
— Espero que notem isso antes que algo possa separá-los. — Ela
disse e logo se levantou.
— Aonde vai?
— Procurar seu pai. Depois, se quiser, pode se juntar a nós, querida.
— Ela beijou a minha testa e saiu, me deixando com inúmeros pensamentos.
Senti meu celular vibrar e quando olhei, vi que era uma mensagem de
Scott. Um sorriso estupidamente grande surgiu em meus lábios.
“Olá garota bonita! Conseguiu ver seu irmão?”
Balancei minha cabeça rindo.
“Olá garoto bonito. Sim, ele está um pouco melhor e, graças a Deus,
não vai perder o movimento das pernas, mas está com uma das pernas
quebrada”.
“Ellie, eu fico muito feliz por você, de verdade, por seu irmão estar
melhor”.
“Obrigada, Scott”.
“Mas, você já está voltando?... Estou com saudades :(”
Um sorriso ainda mais estúpido surgiu em meus lábios.
“Estou saindo agora, e eu também estou com saudades”.
“Tudo bem, vou te esperar ansiosamente, beijos :*”
“Beijos :*”
É... Mamãe, você tem razão. Eu amo esse roqueiro maluco e super
convencido. Não sei em que momento isso aconteceu, mas eu o amo, como
jamais amei alguém em toda a minha vida. Nunca pedi tanto para minha mãe
estar certa, quero muito que o sentimento seja recíproco.
Capítulo 18
Scott Wild
assei o dia no quarto pensando na conversa que tive com David, até que
P escutei a porta se abrindo e logo vi a minha Ellie entrar. Assim que ela
me viu, abriu o mais lindo sorriso, automaticamente eu sorri de volta.
— Oi, linda. — Me levantei da cama rapidamente e fui até ela, a
puxei para mais perto até ter meus lábios nos seus. Ela riu.
— Nossa, sentiu mesmo a minha falta?
— Claro, baby. Sabe que adoro ter você ao meu lado.
— Eu também Scott, mas sinto que tem algo mais nisso. — Ela
franziu o cenho.
— É… preciso ter uma conversa com você, mas antes...—
Surpreendi-a quando peguei em sua bunda e a puxei para o meu colo
colocando suas pernas em cada lado do meu quadril. Ela deu uma risadinha.
Com cuidado, eu a coloquei deitada na cama e logo cobri o seu corpo, com o
meu.
Comecei a beijá-la bem lentamente e saboreei o gosto doce de seus
lábios. Ela sorriu entre os beijos e levou uma mão até o meu rosto para me
acariciar.
— Realmente você sentiu a minha falta.
— Acostumei-me a ter você sempre comigo. — Dei-lhe um selinho.
— Então? O que queria conversar comigo? — Pude ver claramente
em seus olhos que ela estava preocupada.
— O David veio aqui mais cedo para falar sobre o vídeo clipe. —
Ellie se levantou e eu me endireitei para ficar sentado frente a frente com ela.
— O que tem isso?
— Bom, acontece que as gravações foram adiadas.
— Ué, mas por quê? Ramón parecia animado com a gravação desse
clipe, os meninos, você, eu...
— Sim, mas acontece que o idiota do Ramón marcou uma pequena
turnê.
— Isso é bom, não é?
— É ótimo, mas o problema não é esse, Ellie. Ramón marcou o início
da turnê exatamente no dia em que começariam as gravações.
— Ah...
— Ele sempre teve essa mania de nunca recusar qualquer show que
apareça para a banda. Ele marca as coisas sem nos consultar, sempre foi
assim. David falou que ele deve ter esquecido que tinha o início das
gravações nesse dia.
— Bom, mas ele é empresário da banda, sabe o que faz.
— A questão não é essa, baby.
— Então?
— Vou ficar um mês fora ou até mais.
— Mas amor, esse é seu trabalho. — Adoro ouvi-la me chamar assim.
— Eu sei. No começo eu adorava isso sabe? Quando Ramón sempre
aparecia com shows em vários lugares do mundo, mas agora não vejo mais
graça nisso.
— Por quê?
— Somos namorados e trabalhamos viajando, isso significa que
vamos ter pouco tempo juntos.
— Scott, como disse, eu também trabalho viajando pelo mundo.
Quando começamos esse relacionamento, estávamos cientes das dificuldades
que encontraríamos. — Ela tinha razão.
— Você está certa, mas mesmo assim, me acostumei ficar do seu
lado, Ellie. Vai ser difícil ficar longe de você. — Ela sorriu.
— Eu também adoro ficar contigo. Eu estava louca para chegar aqui
no hotel e te ver.— A puxei para um abraço.
— Temos que nos acostumar com isso, não é?
— Sim, e, como você disse, vamos ter pouco tempo para nós dois.
Então vamos fazer valer cada dia em que ficarmos afastados quando nos
encontrarmos de novo.
— E pensar que Louis e eu só entramos nessa vida por causa do
David. — Ellie se afastou o suficiente para me olhar.
— Como assim?
— O motivo da banda existir hoje é o David. — Ela me encarou
confusa.
— Me explique.
— David sempre foi muito mimado pelos nossos pais. Por ser o mais
novo, era o "xodó" da família Wild. Embora ele seja mais novo que eu,
estava sempre junto comigo, e como Louis também sempre estava comigo,
nós três nos tornamos muito amigos. Louis se tornou nosso irmão de outra
mãe. Os pais dele, eram nossos vizinhos e amigos dos nossos pais. Quando os
meus pais morreram, David tinha quinze anos e eu dezoito, foi um choque
tremendo na minha vida. David foi o que mais sofreu pois ele era muito
apegado a eles. Ele quase entrou em depressão por isso. — Fiz uma pausa. —
Eu tinha acabado de terminar o colegial e estava prestes a entrar na faculdade
quando tudo aconteceu. Tive que trancar a faculdade para cuidar de David.
Nossos pais nos deixaram bem financeiramente, as contas da casa quitada e
uma boa quantia em dinheiro para nós, ela nos sustentou por um tempo. Mas,
logo vi que eu precisava arrumar um emprego, então consegui um em uma
loja de instrumentos musicais que ficava no final da rua. David ficou um bom
tempo sem ir a escola e quase não comia; eu fiquei muito preocupado com
ele. Porém, depois de um tempo, David foi se conformando e se
estabilizando, voltou a estudar e passou a me ajudar com os serviços de casa.
Meus pais não eram ricos, mas tínhamos boas condições. Mamãe nunca quis
que contratássemos alguém para cuidar dos serviços domésticos, ela adorava
fazer isso e, quando a ajudávamos, ela tornava divertido. — Um sorriso fraco
surgiu em meus lábios ao lembrar da mamãe dizendo isto.
— Os pais de Louis te ajudaram com o David? — Ela perguntou.
— Sim. Enquanto eu trabalhava, eles cuidavam dele pra mim, mas
David detestava isso. Louis também me ajudou com ele. De vez em quando,
ele ficava com meu irmão na minha casa até eu chegar. Eu amadureci muito
cedo, praticamente me tornei pai de um adolescente de quinze anos da noite
pro dia, embora eu também fosse um adolescente. Dei sorte do meu irmão
não dar tanto trabalho assim. E tínhamos uma boa sintonia, vivendo um dia
de cada vez. — Senti a pequena mão dela segurar a minha.
— Seus pais devem estar muito orgulhosos do homem que você se
tornou. — Me deitei na cama e a puxei para se deitar comigo, ela repousou a
cabeça em meu peito.
— Um dia, eu havia marcado de ir ao cinema a noite com David e
Louis. Louis tinha acabado de começar a faculdade e só o via no período da
noite. Pedi a ele que quando chegasse da faculdade, fosse até a minha casa e
buscasse meu irmão e me encontrasse no trabalho para sairmos juntos.
— Você não tinha mais amigos?
— Eu sempre fui muito na minha em relação a isso, Ellie. Eu tinha
colegas sim, mas meus únicos amigos de verdade são meu irmão e Louis.
— Continue.
— O dono da loja sempre me pedia para fechar tudo quando eu saísse,
tanto que as chaves da loja ficavam comigo. Quando os meninos chegaram
lá, eu estava ajeitando os violões antes de sair. Louis viu a bateria que tinha
no canto, perto da porta e se sentou no banco atrás dela. Eu fiquei com medo
dele estragar aquilo, pois era um dos instrumentos mais caros da loja, mas me
surpreendi quando vi a total facilidade que ele tinha ao tocar aquilo. Fiquei
mais surpreso ainda quando vi David tocar a guitarra.
— Nunca fizeram aulas para isso?
— Não. Quando dei por mim, eu já estava cantando bem alto. Os dois
ficaram surpresos com a minha voz, até eu mesmo fiquei. Naquele momento,
eu senti uma felicidade imensa de estar fazendo aquilo e o que mais me
deixou feliz, foi ver a alegria do meu irmão ao tocar aquela guitarra; eu até
me emocionei. Estava tão bom que até esquecemos do cinema e quando
vimos já passava das onze horas da noite.
— Foi algo que surgiu do nada? E como conheceram Ramón?
— Naquela mesma noite, ele estava passando por ali e nos ouviu
tocar. Ele nos deu os parabéns e quando perguntou há quanto tempo
tocávamos juntos e respondemos que era a primeira vez que pegávamos
naqueles instrumentos, ele arregalou os olhos. Ramón marcou uma audição
conosco em um estúdio no qual ele é sócio. Eu não queria muito e nem o
Louis, mas David estava tão animado e nos perturbou tanto que fomos. Na
verdade, só queríamos ver ele sorrindo de novo. Desde então, estamos aí,
uma banda formada por um simples acaso.
— Que história linda… Mas, você gosta do que faz?
— Eu passei a amar isso a partir do momento em que fiz meu
primeiro show, onde lotamos um estádio de futebol em Madrid. As pessoas
gritavam por nós, elas estavam ali para nos ver. Eu senti uma energia muito
boa naquele dia, foi incrível.
— Deveria agradecer a David por isso. — Ela levantou um pouco a
cabeça para me olhar.
— Todos os dias eu faço isso, baby. — Naquele momento eu percebi
que, talvez. se eu não tivesse aceitado entrar nessa eu nunca a teria
conhecido. Só de pensar isso, senti um grande nó se formar na minha
garganta.
— Eu te adoro, Ellie. — Ela sorriu.
— Eu também, meu amor.
Para ser sincero, eu não queria falar isso e sim outra coisa, mas ainda
acho muito cedo para dizer essas três palavras.
Capítulo 22
Ellie Amby
u estava exausta, Sara havia marcado uma sessão de fotos com uma
E grife de roupas hoje cedo, agora eu estou quebrada. O fotógrafo era um
filho da puta por exigir tantas posições e roupas, só que eu tinha que
concordar com ele a respeito das fotos, já que elas haviam ficado incríveis
mesmo.
Meus pensamentos estavam tão inertes quanto eu, davam atenção
somente a uma coisa, ou melhor, uma pessoa: meu Scott, o responsável por
cada sorriso e suspiro meu.
Logo depois da conversa que tivemos sobre o clipe, o empresário da
banda dos meninos me ligou, informando tudo que meu rockstar já havia me
dito, e não pude deixar de sorrir com o pedido de desculpas constante deles.
Acabei falando com minha mãe ao telefone, questionei o estado de
meu pequeno irmão, como fazia todos os dias desde que voltamos para New
York. Era tão bom saber que meu pequeno estava se recuperando.
Assim que cheguei em meu apartamento, sorri, joguei minha bolsa no
sofá, chamei por Sara. Não obtive nenhuma resposta, ela com certeza estava
farreando.
Fui para a cozinha, procurar algo para comer. Sorri sozinha de novo
ao me lembrar de Scott, enquanto depositava uma fatia de bolo em cima da
mesa e me sentava na cadeira.
Ele estava tão preocupado com o nosso relacionamento devido a essa
nova turnê da banda e isso me deixava tão feliz, isso mostra que ele se
importa realmente.
Um sorriso bobo quase rasgou meus lábios com seu tamanho, quando
me recordei do seu pedido de namoro. Sara havia surtado quando contei para
ela.
Eu ainda não acreditava em tudo que estava acontecendo. Às vezes,
eu tinha medo de acordar a qualquer momento e constatar que tudo era
apenas um sonho; que o cara que eu mais detestava nesse mundo, havia me
conquistado ao ponto de eu aceitar ser sua namorada.
Scott, por mais que não dissesse, estava eufórico com tudo isso,
demonstrava o tempo todo com gestos de carinho e os beijos quentes.
O homem simplesmente havia se tornado um cara incrível, diferente
das primeiras impressões de que tive dele.
Meu rockstar havia sido domado.
Ri disso, me lembrando das palavras de Louis quando disse isso.
Quando Scott contou sobre nós, os meninos haviam ficado feliz por ele e
Ramón, apesar de algumas reclamações, também.
Quando eu estava prestes a levar um pequeno pedaço do bolo à minha
boca, uma batida na porta me interrompeu. Suspirei, pondo a fatia de volta no
prato, lambi as pontas de meus dedos.
Mais duas batidas fortes.
— Só um minuto. — Pedi, guardando o bolo na geladeira, passei
minhas mãos por meu vestido para ajustá-lo.
Corri de volta para a sala, abri a porta sem antes perguntar quem
estava ali, tinha a esperança de que fosse meu namorado.
O sorriso que havia em minha face se desfez assim que vi a pessoa ali.
— Olá, Ellie. — O sorriso assustador transmitiu calafrios por meu
corpo, meu olhar foi atraído pelo seu, me congelando.
— Olívia... — Engoli em seco, encarei a sombra da mulher que um
dia conheci, fiquei assustada com sua aparência.
Diferente da última vez que nos vimos, Olívia parecia estar mais
magra, pálida, com um olhar estranho. Usava um vestido preto sem mangas,
que ia até metade de suas coxas, com os cabelos loiros caindo em cascatas
por seus ombros.
Meu Deus! Ela estava destruída.
— Esperava que fosse quem? — Riu sarcástica, encarou-me com
ódio. — Scott? Bom, querida, não é.
— O que você quer? — Perguntei, ao segurar a porta com força, olhei
por cima de seu ombro em direção ao corredor, vi a porta do apartamento de
Scott fechada. — Como os responsáveis do hotel deixavam você subir? Esse
andar é praticamente restrito.
Mais uma vez ela riu.
— Eles já me conhecem de tanto que visitei Scott. — Deu de ombros,
mostrou-me os dentes com seu sorrisinho irônico.
— Que bom pra você. Esse não é o apartamento dele, agora se me
der… — A desgraçada me interrompeu. Quando eu estava prestes a fechar a
porta, colocou um pé na frente.
— Calma... — Ela não parava de rir. — Preciso falar com você, serei
rápida.
Mantive meu olhar firme.
Droga! Eu não tinha nada para conversar com ela, mas precisava
ouvir o que ela tinha a dizer.
Suspirei contrariada, abri a porta dando permissão a sua passagem. A
vi entrar, levou uma de suas mãos que estava em suas costas com rapidez
para à frente.
Assim que ela passou, encostei a porta, me virei para ela. Tive um
choque, meu corpo entrou em alerta diante da cena a minha frente.
Ofeguei assustada, arregalando meus olhos.
Olívia grunhiu um xingamento e mirou o revólver em minha cabeça.
Puta merda! Isso não está acontecendo.
— Olívia... — Minha voz foi menos que um sussurro. Ergui minha
mão lentamente, completamente em pânico.
— Não... — Meu coração parou por alguns segundos quando ela
chocalhou a arma, pois percebeu que eu estava prestes a dar um passo a
frente.
— Tudo bem... — Engoli em seco, suspirei. Fiquei parada. — Está
tudo bem.
— Não, não está. — Negou com a cabeça, os olhos aflitos, marejados,
refletindo uma fúria sombria. — Mas vai ficar, assim que eu te matar, sua
vadiazinha de merda!
— Olívia...
— Cala essa boca!
— Certo, certo. — Concordei, encarando a arma, com as mãos
trêmulas e o coração disparado; tentei manter a calma.
— Você acabou com minha vida, sua desgraçada. Duas malditas
vezes! — Rosnou. — Me tirou tudo antes e agora meu Scott. Por que tinha
que ser você?! Isso só pode ser um castigo! Mas vou dar um fim nisso.
— Por favor, não faça isso. — Murmurei.
— Ele não vai ficar com você, não vai. — Balancei a cabeça sem
parar, o olho esquerdo piscava diversas vezes. — Não vai ficar! Ouviu? Ele é
meu! Meu!
— Olívia isso... — Meu grito ecoou por toda a sala se misturando ao
som estrondoso do disparo, quando ela atirou no abajur ao meu lado.
Lágrimas de desespero se formaram em meus olhos. Ela voltou a mira
para mim, emitindo um som de "Click" na arma.
— Eu disse para calar essa boca.
Acenei com a cabeça, choramingando.
— Sabe, eu nunca gostei de você, nunca gostei. Eu odiava como todos
gostavam da perfeita Ellie, sem nem saberem a vadia de merda que você é!
Tirou meu Josh de mim, mas não vou deixar que faça o mesmo com meu
Scott.
A voz trêmula de Olívia me mostrava que ela não estava em seu
melhor estado mental. E o olhar? Por Deus! Era assustador. Era de dar medo
em qualquer um.
— Olívia, você não quer fazer isso. — Balancei minha cabeça, ela riu
com meu medo. Posicionou a arma com cautela em minha direção, pôs meu
coração em desespero.
— Você não sabe o que eu quero. — Riu nervosa, a voz trêmula e o
olhar perdido.
— Por favor, você não...
— Eu disse para calar a boca! — Mais um disparo ao meu lado, me
fez saltar assustada para o lado, chorei baixinho.
Meu Deus! Proteja-me!
O barulho estridente do disparo ecoou em meus tímpanos,
machucando-os.
Eu queria poder gritar por socorro, mas o pânico havia arrancando
minha voz, deixando uma grande bola em minha garganta, fazendo uma dor
consumi-la.
Lágrimas sem fim rolavam por meu rosto. Meu coração batia tão forte
que parecia querer pular para fora.
Scott se materializou em meus pensamentos.
Meu rockstar, meu amor, e por um momento senti meu coração se
abrandar um pouco, não o suficiente para me manter calma.
— Você vai morrer, Ellie e vai deixar meu Scott em paz, para sempre.
— O sorriso diabólico confirmou minhas suspeitas; ela realmente estava
disposta a me matar.
— Por favor... — Implorei choramingando.
Oh Scott! Meu amor!
Suspirei em meio ao choro, constatando que eu não teria a
oportunidade de vê-lo nunca mais e de lhe dizer o quanto eu o amava.
— Diga adeus, sua vadia!
Fechei meus olhos, abracei meu corpo com meus braços, ouvi a risada
sarcástica dela antes de ouvir o estrondo.
Capítulo 23
Ellie Amby
∞∞∞
— L ately, I've been, I've been losing sleep. — Scott gritou eufórico
percorrendo todo o palco enquanto cantava, a voz se mesclava com
o ritmo agitado e feroz da guitarra de David e se misturava às
batidas brutas de Louis na bateria. Toda a multidão da Madison Square
Garden gritou eufórica, entoando a letra da música junto a Scott.
Sorri deslumbrada. Ouvi Sara gritar ao meu lado, no meio da
multidão. Apenas me deixei levar; ergui minhas mãos para o alto e gritei
junto.
O calor lascivo que irradiou meu corpo foi instigante, fervendo
minhas veias.
Meu rockstar saltou no palco eufórico.
— We'll be counting stars. — A multidão vibrou junto a ele.
Puta merda! A arena estava lotada com milhares de fãs.
— Yeah we'll be counting stars. — A voz grave e rouca de Scott
ecoou alta no refrão, fiquei estarrecida vendo-o elevar seu tom. O homem era
incrível.
— Tenho que dizer... — Sara gritou ao meu lado, se voltando para
mim. — Ele canta bem!
Sorri. Concordei e saltei animada.
— Com toda certeza. — Gritei por cima dos milhares de gritos.
Sara agitou os braços, gritou o nome da banda.
Aquele era um dos últimos Shows deles em New York. Já haviam
fechado uns cinco shows só essa semana. Esse foi o auge, com milhares de
pessoas.
A banda não poderia estar mais feliz. Os rapazes e Ramón estavam
eufóricos. Sem contar que eles já haviam assinado com uma nova gravadora e
daqui a três dias, seria a gravação do novo clipe deles para lançar o Single.
Meu Scott estava tão contente e ansioso.
Já eu, bom, nem se fala.
Eu estava acostumada a sair em capas de revista de modas ou
propagandas e uma vez até no catálogo da Victoria Secrets. No entanto,
quando Sara me apresentou a proposta de ser a garota do videoclipe de uma
banda eu realmente fiquei surpresa.
A banda em questão que me apresentou meu homem.
Meu rockstar, que nesse momento, dava tudo de si em cima do palco,
levando os fãs, principalmente as garotas à loucura.
Era impossível não ficar pomposa ao ver que aquele homem enorme,
com uma voz sensual, vestindo uma jaqueta preta por cima de uma camiseta
branca e uma calça jeans surrada, era todo meu.
Foi inevitável, sorri ainda mais.
Scott Wild havia mudado completamente minha vida nesse pouco
tempo que nos conhecemos, mudando minha visão sobre quem realmente ele
era.
Já que logo de início, tirei uma grande e fodida conclusão precipitada
sobre ele.
Bom, talvez ele continue sendo aquele playboy marrento metido a
pegador.
Só que agora, ele tem a mim.
E, diferente do que pensei, ele não era esse cara idiota e babaca que eu
pensava. Às vezes ele até é, no entanto, Scott era um cara incrível e eu o
amava.
Amava como nunca pensei que amaria.
— Isso aí! — Sara gritou mexendo o corpo.
— ROCKED! ROCKED! ROCKED! — As pessoas começaram a
gritar e percebi que o show já estava se encerrando.
— Nós amamos vocês! É isso aí! — Scott gritou, andando sobre o
palco. — Queremos agradecer de coração por vocês terem nos recebido com
tanto vigor e carinho. A Rocked não seria nada sem vocês. E essa noite, foi
foda demais! — Os gritos pareciam ter aumentado enquanto ele falava. —
New York, vocês são incríveis! Muito obrigado mesmo por essa noite! Não
vemos a hora de voltar para cá. — Os gritos continuavam, a banda já havia
parado de tocar. Ao fundo, apenas David manuseava um ritmo baixo e lento.
— Nós amamos vocês, New York!
Em seguida, ele se despediu com uma reverência e um aceno de mão,
correu para os fundos, deixando todos eufóricos e agitados.
Aquelas pessoas o amavam.
Só que não mais do que eu.
∞∞∞
Fim