Você está na página 1de 129
PUC eter eee Cals de Sigeire S} Vise Retr Pe Fracic en SiS] Vie Retr par Asia Aad: of Jove Rada Bergan Vie Rei pane Auto Adonis rf. Lie Caos Savard do Carmo Viet pane Aor Comsnsios rok Anguso Luts Duarte Lopes Sampaio Vie Ret pare Anne de Deselect Prof Sergio Brun Doce Pio rule Fenando Carneiro de Andrade (CTCH Prof Lise Reber A, Gana (CCS) Pf Unie Alencat Rei da Siva Melo (CTC) Prof, Hilton Augusto Koch (CCBS) CULTURAE REPRESEN TACKO STUART HALL Ongena «revs nic Arh essox “Trad: Danie! Miranda ¢ William Oliveira Bs Coprigh © de auctor, 2016 Copigh © Sage ubicnsons Li 2013 “Tal sig: iprmation~ Ekin by Sr lice Bt ad Sen sn “adorn dion de ase Br, 505 Clie ence A 31204 Sica ares econ io voce Bem PCRs Son gt de 225 Fojen Cnn gic, Enbro9"| Cher ha Suen 8) Tate gszrareaies Srrtapseree ripeclabdadoyt Coorderaio Estos Apia ears Dax Conse Gest d Bara PUC-Ria ‘Aga Slo, Cet Romeo ec Fle Ang Kash, emando i, Jot Ried Bergan Late Acar Re Sel, Ls Reber Car, ‘alo Raando Cael de Anode Sra Brun "Teadglos Danie Miranda Wiis Olea Rev de origina Besley Dist Rev de proms: Cina de Cana Pelt Projet lc de cpa cena a de Mar Dag arash de cops Tig Rais Tada dco ena Neha pareden ei per tindy pode em gu ml cu fu, je meno dein pc epi, frei we = srpean ca secs em sien debs ed Sess ames dea ei fot ide nd» Marl Oni di Lng Poi e356, sue om igor ion 200. Clete mpm Sa Hl Opi «avin: Aaa “inh: Dil Mise Wien Comin oni’ El PUC Ri pe 2016, ada ing BEN (UC Reh sre sss955 1. Clan 2 Ree oa Tis SUMARIO APRESENTAGAO Hall, comunicacéo¢ a politica do real snTRODUSAO CAPITULO | © PAPEL DA REPRESENTACAO, 1. Representagio, sentido elinguagem 1.1 Produsinde sgnificades, epresencando objetos 1.2 Linguagem e represenagion 1.3 Comparthande os céigos 1 Teoriae da epresenragso 1.5 Alinguagem dos semanas 1.6 Resumo 2. Olegado de Saussure 2.1 A pace social da linguagern 22 Cikca 20 modelo de Sausure 2.3 Resume Da linguagem a culeara ds lingustica a semitica 3.1 O mito hoje 3 3 32 38 a 48 ° 3 37 6 a n 4, Discurso, poder €0 sj 4.1 Da fingnagem 20 discurso 4.2 Hisoricizando o dscursa:piteasditcursivas 43 Do discuro 20 poderlenahecimenco 4.4 Resumno: Foucaule erepresenagion 45 Charcot e performance da hirer 5. Onde est o “suite”? 5.1 Como caprar 0 sentido de Las moninas, de Vlizquer 5.2.0 sujeito dana eepresencagion 6. Conelusios representagi, sentido e Tinguagem reconsiderados LunTunAspo caPiTuLo! wea A: “Lingua, reflex e narutera-ort Norman Bryson elu 8: "O mondo da usa lve”, Roland Barthes LeituraC: "Mito hoje", Roland Barthes Leicura Ds “Rexirica da imagers, Roland Barthes Latur E: Nowa refereeing de novo topo, FEmero Lal ¢ Chantal Moute Leiturs F: "A performance da ister, Flaine Showalter aeeR 2 ey 98 101 104 108 na na 18 12 128 126 130 CAPITULO I= O ESPETACULO DO“OUTROY 1 Inerodusio 11 Hess ou vile? 1.2 Qual aimporeincia de “ferns”? 2. Racializando 6 “Outro” 2.1.0 saisme come bem comarca ‘olmpécio ¢ o mundo doméstico 2.2 Baquanco iso uae grandes plancayées 2.3 Sigificanda a "difercass”cacial 3. Acncenasio da “diferenga? racial “eamelodia demorowse.” 3.1 Corpor cles 4. Acsereotipagem como pritica de producto de signficados 4.1 Representa, difereng ¢ poder 42 Podere finan 4.3 Fetichismo erejeigio 5. Contestagio de um regime racalizado de representagio 5.1 Aiaversio dos exeredipos 5.2 Imagens pass enegativas 5.3 Auavés do olbar da representaglo 139 139 vat 153 161 161 166 169 v5 193 197 an 22 26 219 6.Condlusio REFERENCIAS Leunas po caPinaLot Leitur A: “0 expeticulo do sabe e das meseadoras’ ‘Anne McClingock Leinura B “Aca, Richard Dyer [Leitura C: "A eseaunura profunda dos estereétipes’ Sander Gilman Leluara D: "Leicura do ftichismo racial, Kouena Mercer 223 28 232 232 239 2a 46 APRESENTAGAO Hall, comunicagao ea politica do real ‘Arthur ruassu Pls: a Oepaamaro de conenan Socal en PH Em um des seus ensson mais importantes, “Space, Time and Communications”, um eibuco ao erica da comunicaséo Harold Taais James Carey escreveu que acrediave ser pose deseaol- ver uma forma de estudos cultura "que no cedussem euleura 4 ‘eologs,confrosocial ao confit de case, consentimento com complactoca, aio com reproducto ou cominicago com coegio" (Carey, 1989: 105). Ao Fazer iso, a pate de sa formas pragi- ica, Casey posivelmenteesava se referindo 8 wadicio europia, cujs esidos culeusis foram foremente influenciados pelo mar sino desde a Escola de Frankfurt, algo que havi, inclusive, sbaf do um pouca o impacto inteleerual ¢ inteensconal da obra de seu reste John Dewey. Mas epeifcamente, no encanto, na segunda rmetade do séulo xx, Carey tvs exivese mesmo dialogando com of eeuos cutis que vinbam da Universidade de Birmingham, ‘spcialmente aqueles produnids sb a diesio do profesor Seuare Hall pacts do im dos anos 1960, na Inglatert, com quem James Carey se orespondia, de tempos em tempo. 0 camunaeneras@orho | STUART HAL [Naquele momento, Scuart Hall obtinha destaque académico se perguntando como as imagens que vemos constantemente a nos ‘volta nos ajudam a entender como funciona 6 mundo em que vivemos, como essus imagens apresentam relidades, valores, iden- tidades, eo que podem acaereta, isto €, quem gana © quem perde ‘com elas, quem ascends, quer descende, quem é ineluido e quem é cexcluico, como fica a stuagio particular ds negros nese proceso. (Com tal reabougo de questdes, Hall omouseu lugar na tradicio| dosestudosqueanaisamosefetesdamidianassociedadeeconsteui ‘que chamou de politic of th image, uma “politica da imagem”, 0s qucttionamentos € as disputas sobre 0 que a imagem representa, ASinal, um dos efeitos claros doe aparates miditicos &consttuir um ‘spago aurbnomo (em boa parte imagético) de visibilidade pblica (Gomes, 2004), onde politicos, aroes, jogadores, celebridades € 4ané mesma insticugSes ascendem e descendem, nascem € motrem, rules veres de maneira bascante velo. [esse contexan, Sruart Hall procurou entender o papel da midi ras sociedades, posicionando os estos culurss como uma episte- mologa no posiivsea para os media efcts tendo 2 “represenrario” ‘como seu concete central, ima nocio de “representaso", no entan- ro, que se aise da visto comum (metifisia) de “refs”, "verde por correspondéncis”, que informa a ciéncia modem como “com- provagdo postiva de verdade” ou “positivism” (Oliva, 2011), € 5€ aproxima de uma perspeciva mals ativa e constiutiva sobre 0 ato representativo, nos process de construgo social da realidad, [Neste sentido, Hall esti ligado 3 epistemologies nio positives Jnformadas pela hermenurca (Gadarner, 1998), pelo consteutiviso social (Berger € Luckmann, 2010) e psa teoria ctlea (Habermas, 1991; Kellner, 1995; 2009), especialmente nos cruzamentos que + ci non ss Lippman, 2015; Deny, 9h Bakes 155: ti Dav Mela 17: Coy 90, Haba, 19D, Rae, 20) Ha 97 | | ponesoancho 18 cenvolvem esas duas itimas correntes, Como um construtivista, ‘Suare Hall vu o “real” como una “constugi social", amplamente rmarcada pela midiae suas imagens nas sociedades contemporineas. ‘Como usm r96tico mais erica, procureu, por melo de Foucault, cencender como o poder s inser, se eoloca ou que papel exeree nes se proceto, Insetdo em urna longa lina de estudos que passa por Durkheim, Saussure, Barches, Foucault e Derrida, Hall apresenta uma nogio de representagéo como turn ato erative, que se refeze 20 {ques pesous pensam sobre 0 mundo, sobre o que "slo" nesse mun ddo.¢ que mundo é ese, sobre a qual as pessoas esio se referindo, eansformando esias“representagées” em objeto ce andlise critica © ienttica da “eal” ‘Assim, © com base na “critica imanente” adorniana, Seuart Hall _sagereo “interogatGro da imagem’, um exame, um questionamento dae imagem, sobre os valores contidas na imagem e alls del, A perspeciva parte do pressuposto de que vivemos hoje imersos no mundo das imagens, a isbn the worer— comando empresa fase de Marshall McLuhan (1971). Kandanamente, os estudos ‘culcucae de Seuare Hall procaravam sai da dgua e olhar 0 mundo do alto, para examinar o conceido da dgua, «Por ese vgs, somos seresentrimagens e cada yeu mais entrei- imagens, do pés-guerra industrial 2s formas diferenciadas das micas sociaiscontemporiness, Absorvernos covriquetamenceuina série de Imagens a nossa volta, “como peies na dgus’, imagens estas que 0 ‘bjetos de dsputa do mundo representado ~a politica da imagem, a disputa do sentido. Para Stuart Hal, 2 midia produe amplos efeitos na sociedade, relacionadas a um detecminado tipo de poder que se ‘exerce no procesto de adminiteagio da visbilidade pablice miditi- cosioagética. Com isto, sua critica leva busca pela emancipagio, por meio do questionamento da imagem. Em relagio a ese posicionamento, no entanto, vale lembrar que, se sornot sees entreimagens, somos também seres entrees, diate 12 curuansnersseuraco | suse wa mente bombardeados por letras ¢ palaveas das mais diferenciadss, ‘objetos valiosos para as metodologias de andie de discuso e de conteido, hoje apoiades por usa série de softwares para amostas

Você também pode gostar