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SCHOPENHAUER – A BUSCA HUMANA DA FELICIDADE – AFORISMOS PARA

A SABERDORIA DE VIDA

Schopenhauer trata nesta obra para se ter uma existência mais feliz e uma
existência que seja melhor que uma não existência, ou de uma maneira mais simples, uma
arte de conduzir a sua vida de uma forma mais agradável possível.
Visa trazer conhecimento, entendimento, amplitude e clareza mental para se
transformar em ferramentas para serem aplicadas na prática.
Não se trata aqui de soluções práticas conceitos para a aplicação direta, visa
trazer conhecimento, entendimento, amplitude e clareza mental para se transformar em
ferramentas para serem aplicadas na prática, tendo por objetivo transformar entendimento
em ferramentas, não se trata de coisas absolutamente práticas e sim de entendimento. O
entendimento te deixa mais próximo daquilo que você deseja obter. No caso do presente
livro, se busca a felicidade, então temos que entender o que de fato é a felicidade.
Aristóteles separou em três classes as determinações da vida humana:
1) Os Bens Externos
2) Os Bens do Corpo
3) Os Bens da Alma
Schopenhauer criou em cima destas determinações fundamentais, mantendo essa
tríade aprimorando um pouco mais e modificando os nomes:
1) Daquilo que se é
2) Daquilo que se tem
3) Daquilo que se representa
Daquilo que se é obviamente é aquilo que nós somos, não somente a nossa
essência, nossa alma, nosso caráter, mas também a nossa aparência a nossa
saúde, mas tudo aquilo que nós somos, tanto internamente quanto externamente.
Daquilo que se tem são simplesmente os bens materiais adquiridos durante a
vida de qualquer espécie.
Daquilo que se representa é a opinião dos outros sobre nós, é o que nós somos
aos olhos dos outros, em palavras simples, a nossa honra, fama, respeito e
posicionamento dentro de uma sociedade.
Cada um desses pilares tem o seu peso na felicidade e no bem-estar
humano, dentre eles, o principal é o Daquilo que nós somos, daquilo que se é.
Vamos iniciar na visão de Schopenhauer na terceira determinação humana
fundamental:
Daquilo que se representa: É a nossa existência na mente alheia, quanto mais pessoas
nos conhecem e nos reconhecem sentem e percebem a nossa fama parece que maiores
nós somos, independente disso ser superficial ou não, ser bom ou ser ruim, sendo aqui a
percepção da nossa honra, posicionamento e da fama.
Nenhuma pessoa resiste a um elogio, qualquer pessoa ao ser elogiada, ainda que
tenha um conhecimento quanto ao elogio, fama e ego, gostará de ser elogiada, todo mundo
gosta de ser enaltecido, direta ou indiretamente. Algumas pessoas buscam isso, tem o
norte da sua vida baseada em elogios e outras ficam felizes quando são enaltecidas
aleatoriamente, isso é o Ego, que sempre ficará vulnerável quando receber um elogio.
Algumas pessoas colocam a motivação da felicidade apenas em detrimento do
elogio e sendo ele parte da tríade criada por Schopenhauer, o elogio é capaz de aumentar
a sensação de felicidade, mas não é a principal fonte, está longe de o ser, pois
proporcionalmente o quanto somos vulneráveis ou abertos a sentir felicidade quando
somos elogiados, mais estamos da mesma forma vulneráveis a críticas, ou seja, a opinião
dos outros, o elogio ou críticas ativam o nosso ego, reconhecimento, fama e representação
daquilo que nós somos para os outros, sendo assim, um elogio pode ativar
momentaneamente a felicidade, como a crítica poderá ativar a infelicidade, quanto mais
feliz o ser fica com elogio, mais infeliz fica as críticas, quanto maior o seu ego, maior o
seu sofrimento.
Schopenhauer, vivendo em uma época passada, falava muito sobre a “honra
cavalheiresca” aonde os homens deveriam defender a sua honra diante de uma crítica para
a sociedade.
Desta forma devemos saber o quanto da sua honra, imagem na representação
alheia é você? Somos nós mesmo, mas bem pouco de nós quanto se trata de ativar a
felicidade.
Tudo que se tem a capacidade de enaltecer o ser, também tem a capacidade de
diminuí-lo.
Ainda dentro do que se representa, se têm o Orgulho a Vaidade e a Ambição.
Esses três pontos são maneiras de conseguir estima de fora e não de dentro, que é a
autoestima. A estima de fora é a reação ao qual queremos causar nos outros, ou seja,
orgulho daquilo que eu sou, a vaidade a imagem que eu quero construir, ficar cada vez
mais bonito para que as outras pessoas me percebam, é uma busca de estima externa, que
complementa o sentido de felicidade dentro desta forma tão ampla, mas não é comparável
ao poder da autoestima quando se trata de ativar o senso de felicidade.
Então, Orgulho, Vaidade e Ambição não são autoestima, são estima das outras
pessoas para você e não de você para você mesmo que é a autoestima.
Daquilo que se têm: Epicuro dividiu as carências humanas em três também:
1) As carências naturais necessárias
2) As carências naturais desnecessárias
3) As carências nem naturais nem necessárias
Falaremos apenas das as carências nem naturais nem necessárias, que são: o luxo, o
apego aos bens materiais, a riqueza e o grande ponto disso relacionado a felicidade é
a insatisfação.
Schopenhauer é sim pessimista e sempre diz que não se trata de buscar a felicidade
e sim fugir do sofrimento, não se trata de buscar o prazer, mas fugir da dor.
Então se trata de a pessoa fugir das suas carências.
As pessoas têm carências naturais como a fome, pois ela causa desconforto e motiva
o ser a buscar se alimentar para se nutrir e se manter vivo. Neste momento existe a
sensação de prazer, alimentos que estimulam o prazer e a gula. Há também carências
sexuais, a máquina instintiva, o corpo precisa de contato do sexo oposto, é forma de
reprodução humana e se não se tem fica-se mal-humorado sendo fonte de prazer ele
também é capaz de causar felicidade.
Ocorre que o ser humano detém necessidades que não são nem essenciais nem
necessárias, que são “necessidades” do luxo e da riqueza e muitas pessoas não tem
essa “necessidade”, mas não são todas. A relação disso tudo com a felicidade se dá
quando a pessoa tem em sua vida a primeira sensação de riqueza, este tende a sentir
uma glória, uma felicidade, ocasiona uma sensação de muita capacidade e traz uma
sensação de felicidade (uma pessoa que comprou ou trocou de carro, de casa).
Ocorre que essa sensação é muito curta e você precisa de muito esforço para
conseguir. Assim a cada etapa que se busca riqueza, mais esforço demandará e mais
a sensação se torna mais curta, menor. Essas carências são motivos de causa de
infelicidade nas pessoas, então ter felicidade é uma questão de trabalhar o negativo é
uma questão de entender o que gera a infelicidade nas pessoas e essas carências são
capazes de gerar infelicidade. Olhando para essas carências, percebemos que muitas
delas são facilmente supridas de maneira natural, mas outras são demoradas ou
demandam muito esforço, passa-se por muito sofrimento para a sua obtenção e muitas
vezes se analisarmos de forma mais precisa, o esforço demandado para o suprimento
de uma carência do ego é muito superior a recompensa, ocasionando uma felicidade
passageira.
Então a causa é a pessoa se aprimorar, subir de nível na vida e a consequência
seria a riqueza, ou a sensação temporária de felicidade. Isso são formas de insatisfação
nas pessoas e muitas vezes achamos que algo irá nós satisfazer e não nos satisfazem
o que acaba por se tornar um gerador de infelicidade.
Deve-se entender que Schopenhauer não quis dizer que a busca por prazeres ou
bens materiais são algo errado, mas daquilo que se tem ou essa vontade de se ter mais,
pode ser tanto uma fonte de felicidade quanto uma fonte de infelicidade.
Neste contexto, chegamos à conclusão de que o ser humano no decorrer da sua
vida fica entre satisfazer suas carências e lutar contra o tédio
Segundo Schopenhauer “pessoas inferiores lutam contra as suas carências,
enquanto que pessoas superiores lutam contra o tédio”. Pessoas inferiores ele se
referiu a pessoas de classe baixa ou média enquanto que pessoas superiores pessoas
de classe alta, que detém riqueza.
Quando se têm carências como a fome, falta de sexo, não ter um carro, uma casa,
uma família, que neste sentido deve ser entendido como necessidades, a pessoa está
impedida de ser plena e feliz, pois as carências causam infelicidade, desta forma a
pessoa cresce, trabalha, se aprimora, casa-se e inicia o suprimento de suas carências,
chegando ao meio termo entre as carências e o tédio. Este ponto, segundo
Schopenhauer é o ponto máximo de felicidade. Mas digamos que a pessoa continua
o seu caminho de aprimoramento, e se chega no ponto da riqueza, aonde tem todas
suas carências anteriores supridas, ou seja, tudo o que se deseja, desta forma a pessoa
se depara com o tédio e segundo Schopenhauer, o tédio é uma fonte muito maior de
infelicidade do que as carências.
Ele faz uma analogia dizendo que o desgaste laborial de todas as pessoas de todas
as épocas é causa de infelicidade, cansaço físico, envelhecimento precoce, desgaste
mental, entretanto, esta pessoa está suprindo as suas carências. Enquanto que o Rico
que está no tédio ele tem tudo o que se possa desejar, desta forma as pessoas pensam
que a eliminação dessas carências, ou seja, não precisar de mais nada, estar satisfeito
em sua plenitude a pessoa vai ter uma existência feliz, mas não vai, pois não tendo
nenhuma necessidade ou carência, não tendo algo que norteie a sua vida, não tendo
um porque para se lutar, algo que te coloque para andar em uma direção ocorre
o tédio, o Niilismo, (Segundo Nietzsche, o Niilismo é o momento da vida ao qual o
ser humano passa por uma crise existencial, uma desilusão, e a sensação de que as
coisas não fazem mais sentido, ou melhor o sentido que você tinha foi destruído e as
coisas ficam confusas e não se sabe o que se quer, para aonde vai, o que está fazendo
aqui, se desconhece e perde a confiança em si mesmo, sem propósito, pois o sentido
que se tinha estava atrelado a Matrix e quando se sai dela e se limpa o caminho, não
há mais caminho a ser seguido, por isso Nietzsche diz que o Niilismo é algo a ser
superado, pois é apenas um período de tempo ao qual se sentirá perdido por ter saído
de um sistema e que é perfeitamente normal esse sentimento, significa que algo está
certo. A Matrix é seguir o propósito ou as aspirações da manada, do sistema e não um
propósito próprio, ainda que se viva na Matrix e utilize seus artefatos, se o propósito
é próprio não se está na Matrix), a apatia completa (Niilismo) e em sua opinião é o
ponto máximo da infelicidade.
Então o mais próximo que se pode ter no mundo de hoje de felicidade, seria o
meio do caminho entre as necessidades (carência) e o Tédio (satisfação total das
necessidades).
Daquilo que se É: Esse ponto, segundo Schopenhauer é o ponto que mais define a sua
felicidade. Daquilo que se têm e Daquilo que se representa a pessoa detém mais controle,
pois todos têm a capacidade de enriquecer durante a vida, de conquistar tanto a fama
quanto a estima das outras pessoas, quanto riquezas e bens materiais, apesar das chances
e caminhos diferentes que cada um percorre, pois isso se torna mais controlável através
da potência e capacidade.
Ocorre que estas duas determinações humanas fundamentais definem até certo
ponto a felicidade e não se chega sequer até 50% dela, pois o que define de fato a
felicidade é daquilo que nós somos.
Entretanto, aquilo que nós somos é algo muito subjetivo e nós não temos muito
controle sobre isso, mas não há uma falta total de controle, porque daquilo que nós somos
define todo o resto.
Daquilo que se é, digamos que vem de dentro, mas não no sentido de Alma ou
algo espiritual, é aquilo que nós somos, em essência, a sua maneira de pensar, o nosso
corpo a nossa aparência, nosso caráter a nossa energia e nossa saúde principalmente.
Então tudo que não é isso, digamos que venha de fora (daquilo que se tem e daquilo que
se representa), que modificam um pouco o fator da nossa infelicidade ou felicidade, mas
não são determinantes para a obtenção de felicidade, pois neles existem fatores fracos,
variáveis, líquidos, voláteis, volúveis, temporários e muito difícil de se conseguir. Chega
em uma etapa da vida que para se obter um bem novo (uma moto, um carro, uma casa),
talvez seja um pouco difícil, mas não traz tanta felicidade como nós imaginávamos que
trouxesse, enquanto que se você comparar aquilo que você é (essência, maneira de
pensar, o nosso corpo a nossa aparência, nosso caráter a nossa energia e nossa saúde),
poderá trazer essa felicidade. Provavelmente você já tenha essa felicidade, que não é um
pote de ouro no fim do arco-íris, mas não percebe e somente irá perceber quando ficar
doente. Uma doença ou uma dor física é o fator principal que pode tirar a tua felicidade e
que pode te deixar debilitado ou preocupado mentalmente com a sua doença. Segundo
Schopenhauer a saúde ou a falta dela, é o principal fator para a infelicidade. Ou seja,
somente se reconhece a felicidade quando você está doente, nesta condição o ser humano
daria todas as tuas posses para acabar com aquela dor ou doença.
Como dizem: “Mesmo que você seja rico e famoso, se você não tiver saúde você
é apenas rico e famoso”. Isso não significa que ser rico (daquilo que se tem) e famoso
(daquilo que se representa) seja algo ruim e que você não deva buscar isso quando estiver
com saúde, mas significa e demonstra que fama (daquilo que se representa) e dinheiro
(daquilo que se tem), tem menos peso do que a saúde (daquilo que se é) na ativação da
felicidade. Significa também que daquilo que se é, daquilo que nós somos, como a saúde
ou outra coisa que está em nós é o que é mais influente sobre a nossa felicidade, mas que
também não é a única coisa que influi nela.
Neste ponto entra uma referência de Aristóteles, pois ele percebeu que os
homens que eram muito gênios, que tinham um intelecto muito alto, ou ainda eram muito
bons em alguma coisa eles eram melancólicos ou tinham o gênio muito forte, eram
difíceis de lidar ou eram muito irritados, pois todo aquele intelecto, o seu dom, e tudo que
tornava eles muito bons naquilo que eles eram, uma potência, que ao mesmo tempos que
tornavam eles muito bons e em pessoas destacadas (como se eles tivessem um poder ao
qual eles não conseguiam controlar), eles se tornavam muito irritados ou muito
melancólicos, era o ônus e o bônus de ser muito bom em alguma coisa ou de ser destacado.
Ou seja, daquilo que se é, também poderá se trazer coisas boas ou ruins, felicidade ou
infelicidade.
Neste ponto, ainda não chegamos a uma conclusão do que é felicidade ou
infelicidade e de como consegui-la, e nem chegaremos, pois não se trata de chegar em
pontos exatos ou soluções exatas, pois se trata de questionamentos.
Mas com isso dito, faz-nos pensar de maneira mais ampla o que é a felicidade
que tanto se fala e que ela não é um pote de ouro no fim do arco-íris e entender o que gera
a infelicidade no quesito autoconhecimento é meio caminho andado para se obter mais
felicidade, como se você tivesse lá atrás sem conhecer nada sobre o mundo e sem
conhecer nada sobre si mesmo e ainda assim, entendendo exatamente o que é felicidade,
infelicidade e o que te traz a infelicidade, você não garante a sua felicidade completa.
As máximas de Schopenhauer sobre os dois grandes vilões da causa da
infelicidade são a Carência/Necessidade e o Tédio/Apatia e o mais próximo da felicidade
é estar entre os dois, mas sempre variará e a pessoa sempre penderá de um lado para o
outro durante a vida, esta consiste nesta mudança e não há nada de errado nisso.
De um lado temos as pessoas infelizes pois têm certa fadiga do trabalho, um
certo cansaço, só que se elas pudessem eliminar da vida esse ato de ter que trabalhar
para o teu sustento, ele cairá para o lado do tédio/apatia, pois o homem é laborial,
ele tem que ser útil para o mundo, caso o contrário o tédio trará infelicidade, pois se
sentirá inútil perante a sociedade, ainda que tenha lapsos de satisfação e felicidade.
Já o tédio que é a satisfação completa das carências/necessidades, ter tudo que
você quiser a hora que você quiser, tornará a pessoa apática.
Em resumo a sua felicidade sempre será mais consistente quando ela partir
do seu núcleo, partir do seu interior, de você mesmo (daquilo que se é). É possível
extrair felicidade de fora (daquilo que se representa e daquilo que se têm), de bens
materiais, de fama, de beleza, de mulheres, de admiração, comida, mas tem menos peso
sobre você do que uma felicidade que vêm de dentro. Ter um bem-estar de você para
você, saúde, energia, um humor mais ou menos estável, uma emoção mais ou menos
estável, você estar bem com as pessoas ao seu redor, não ter uma doença
incomodando você ou um familiar, não ter nenhuma preocupação financeira, mas
saber que terá que trabalhar no dia seguinte para garantir o seu sustento, isso tudo
é o mais próximo de uma felicidade que se pode ter e ainda assim não é tão consistente.
Um último pensamento, difundido por Nietzsche que é talvez o Ápice da
Felicidade, é a execução da sua potência. Alguns determinam ser: encontrar o seu
propósito ou encontrar um propósito divino, trabalhar com aquilo que se ama e
entendemos que isso é para poucos e nem todos terão chance de alcançar isso ao longo
da vida. O prazer que sentimos é um resultado de uma ação passada. O prazer não é um
fim em si mesmo, ele é sempre uma consequência de uma ação passada. “A felicidade
de uma pessoa consiste no exercício desimpedido da capacidade em que ele se
destaca”. Ou seja, se a pessoa em sua vida descobriu que ela tem um dom e ela é muito
boa em determinado campo, no momento em que ela está executando aquela atividade
ela está no ápice da felicidade e faria aquilo até de graça, não necessariamente ela fará
isso para o seu sustento e ganho de vida, talvez possa sim ser assim que ela se sustentará
ou talvez possa ser um hobby, mas a felicidade em ápice, ela é sentida no momento em
que ela está executando em sua potência, ela é sentida durante a ação e não com aquilo
que ele ganha por realizar aquela ação, apesar de que conseguindo bens materiais (daquilo
que se têm), em conjunto com a realização da execução da sua potência ou do seu
propósito, aumentará a sua felicidade, mas é mais fraca, mais temporária.
“Quem nasceu para um talento, encontra nesse talento a sua mais bela
existência”.
Extraímos então, que a primeira coisa a se fazer não se obter infelicidade é
identificar quais são as suas CARÊNCIAS/NECESSIDADES da mente e tentar ou
satisfazê-las se estiver ao seu alcance, ou retirá-las da mente destruindo o ego aplicando
os ensinamentos de Sêneca, não estando no seu controle, não há motivos para
inquietações, resignar-se e ser indiferente a elas.

Máximas:
“Aquele que tem um porque para viver, pode enfrentar quase todos os comos”
A felicidade é frágil e volátil, pois, só é possível senti-la em certos momentos. Na
verdade, se pudéssemos vivenciá-la de forma ininterrupta, ela perderia o valor, uma vez
que só percebemos que somos felizes por comparação”.
“Nunca é alto o preço a se pagar pelo privilégio de pertencer a sí mesmo”
Na solidão, o solitário devora a sí mesmo; na multidão devoram-no inúmeros. Então
escolhe”.
“Por vezes as pessoas não querem ouvir a verdade porque não desejam que as suas
ilusões sejam destruídas”.
“Ficamos irreconhecivelmente ofendidos quando descobrimos que, onde estávamos
convencidos de sermos amados, éramos simplesmente considerados como um aparelho
doméstico, um objeto de arte com o qual o dono exerce sua vaidade diante de seus
hóspedes”.
“Minha fórmula para expressar a grandeza do homem é o AMOR FATI: Que ninguém
queira nada de diferente, nem do passado, nem do futuro, nem por toda a eternidade.
Não somente suportar o necessário, e menos ainda dissimulá-lo – todo idealismo é
mentira diante da necessidade – mas amá-lo”.
“Você tem que estar preparado para se queimar em sua própria chama: como se renovar
sem primeiro se tornar cinza? ”
“É preciso ter um caos dentro de sí para dar à luz uma estrela cintilante”
“É pelas próprias virtudes que se é mais bem castigado”
“Demore o tempo que for para decidir o que você quer da vida, e depois que decidir não
recue ante nenhum pretexto, porque o mundo tentará te dissuadir”.
“Jamais alguém fez algo totalmente para os outros. Todo o amor é amor próprio. Pense
naqueles que você ama: cave profundamente e verá que não ama à eles: ama as
sensações agradáveis que esse amor produz em você! Você ama o desejo, não o
desejado”.
“Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um
monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo também olha para
você”.
“Eu sou uma floresta, sem dúvida, e uma noite de árvores escuras, mas quem não teme
minha escuridão, encontra também roseiras debaixo dos meus ciprestes”.
“Bem-aventurados aqueles que esquecem, porque acabam esquecendo-se também da
insensatez que cometeram”.
- Nietzsche o Niilista

“Aquilo que se conhece como felicidade seria apenas a interrupção temporária de um


processo de infelicidade e somente a lembrança de um sofrimento passado criaria a
ilusão de um bem presente”
“A felicidade não passa de um sonho, e a dor é real...Há oitenta anos que o sinto.
Quanto a isso, não posso fazer outra coisa senão me resignar, e dizer que as moscas
nasceram para serem comidas pelas aranhas e os homens para serem devorados pelo
pesar”.
“Pode-se dizer que a vida é dor, porque vontade é desejo daquilo que não se tem, é
ausência, privação e sofrimento, sobretudo se considerado o fato de que satisfação
duradoura e permanente objeto algum do querer pode fornecer”.

- Schopenhauer o pessimista.

“Se sofres por causa de algo exterior, não é ele que te incomoda, mas sim a apreciação
que fazes dele”
“Se você está sofrendo por coisas externas, não são elas que estão te perturbando, mas o
seu próprio julgamento sobre elas. E está em seu poder anular este julgamento agora”
“A nossa vida é aquilo que os nossos pensamentos fizeram dela”
“Ainda que tuas forças pareçam insuficientes para a tarefa que tens diante de ti, não
assumas que está fora do alcance dos poderes humanos. Se algo está dentro da
capacidade do homem, crê: Também está dentro de tuas possibilidades”.
“Drama, combate, terror, insensibilidade e subserviência – todos os dias essas coisas
exterminam os seus princípios, sempre que sua mente se entretém sem crítica ou os
deixa entrar”
“Não dê a coisas pequenas mais tempo do que elas merecem”
“Observa com olho crítico seus princípios norteadores e os indivíduos sensatos, tanto
aquilo de que se esquivam como aquilo que buscam”
“Ao agir, não o faças com má vontade nem egoísmo. Não seja tagarela nem
intrometido. Deixe teu Deus interno te guiar, sendo sempre agradável e não dependendo
do auxílio ou da paz de ninguém, já que é dever do homem ser correto e não depender
dos outros”.
- Marco Aurélio o bom Imperador

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