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TEORIA DE VOO BAIXA VELOCIDADE | beige | PREFACIO Este manual tem por objetivo Levar a todos os iniciantes om aviagGo, 0 conhecimento da Teoria de vio de baixa velocidade, rigorosamente dentro do programa oficial do Departamento de Aviagado Civil. Fugindo das normas de uma bela Linguagem escrita, xepetindo termmos, palavras e definicées, no sentido de facikitar a compreensao da ma Atria, espero que os ensinanentos contidos nesta pubLicacdo possam ser bem aprovertados pelos seus usuarios. DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS ABRIL 1978 Luiz Carlos Weigert Rocha Autor Saevasesvssdsv@svs@gawsvsewssewvsewesesvwvsvoeveevvwvewTvvvwvvvss rutRodug io Aerodinimica @ 0 estudo das forcas e reacdes provocadas sobre um corpo, pelo ar em movimento que se desfoca em tonno desse corpo. 0 estudo da aerodinamica tem finatidades diferentes para cada pessoa Ligada a aviagao. Para o pitoto este estudo servina para conhecer me Lhor a maquina com que Lidana, o que a permite voar, suas reacces en cada caso, suas tendéncias, seus Limites, etc... . Ajudana ao piloto a obter o maximo de rendimento do avido, sen Ancornen em riscos. Enfim, ensinara ao piloto a operar com seguranca. Como a Aerodiniimica @ uma parte da Fisica, para edtuda-Lla de veremos ter atgumas nocodes desta materia, bem como, Geometrin, Tnigonome tria e Algebra. 0 conhecimento desta ultima podera ser obtido”em quakquer Livro de algebra eLementar. Nesta pubLicagao daremos nocoes elementares das t12s primeinas. Outrossin, & necessario que o atuno se habitue, desde 06 pri meinos contatos com a materia, ao uso dos simbolos oficialmente adotades em Seu edtudo, 06 quais representam determinados valores. aaaan aan ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( « « t ( [ tC é ¢ ¢ ¢ ¢ « € € a) in pI CE ent enaeS PROGRAMA eto. win: ¥ eso aco eis Sin ngoTbraceiai¥jgpa O26 oig yieyase no 8 PAA aiN pie ase, CAPITULO 1 Geometria e Trigonometria ...... CAPITULO 11 Fisica .. CAPITULO III 7 Propriedades Fisicas do Ar - Pressao dos Fluidos - Pressao Atmosférica ~ Termometros e Temperaturas - Umidade Relativa - Atmosfera Padrao cesesscecveecccescsceensensserseesseeseeees CAPITULO IV Forgas agindo sobre as Asas - Teorema de Bernuille - Tubo de Venturi - Aerofdlio - Sustentagao - Arrasto - Velocimetro - Variagao da Resultante Aerodinamica com o Angulo de Ataque ~ Tinel Aerodinamico - Peso - Tragao - V6o Horizontal - Veloci dade de Estol - Coeficiente Maximo de Sustentagao - Poténcia necessaria para deslocar a Asa - Variagao da Poteéncia com o Peso - Resisténcia ao Avango Induzida ......eeseeeeeeeeeeees ) CAPITULO V Resisténcia Parasita ») CAPITULO VI Hélices . ) CAPITULO VIL : WOO Planads wees cre vd wise ares oie Ou uae a vies wa aie ad'devem ives sa / CAPITULO VIIL VGo em Linha Reta e Horizontal ao Nivel do Mar sesseereeeree )/ CAPITULO IX POrEOrMANce: sos ase die'sid' sas owald ne widow oe we Hows DN EW Se Sia ER TES CAPITULO X VOO €M CULVE sessereererereerseersenereeseseeeesenesesseenes CAPITULO XI Dinamica da Decolagem e Pouso . CAPITULO XII Parafusos . CAPITULO XIII Dispositivos Hiper-sustentadores seseeseeecscesscesecevetere CAPITULO XIV Superficies de Comando ..ssseeessececcereecsseecsseuseesene CAPITULO XV Estabilidade - Instabilidade - Tipos de Equilibrio ......seee CAPITULO XVI Estabilidade Lateral e Direcional .......... CAPITULO XVII Cargas Dinamicas ~ Fator Carga e Coeficiente de Carga . SIMBOLOS E ABREVIATURAS .... QUESTIONARTIOS ....cssseeoves PAGINA 4 4 23 a 26 27 a 46 47 50 53 58 63 67 72 76 78 81 88 93 97 101 103 Teoria de V6o - Baixa Velocidade - pag. 4 PROGRAMA LEIS FISICAS - Inércia e Forga de Inércia - Massa - Pressdo - Trabalho = Po tencia — Vetores - Composigao de forgas - Composigao de Velocidades ~ Compo. nentes - Movimento relativo - Momentos - Energia. PROPRIEDADES FISICAS DO AR - Pressao dos fluidos ~- Constituintes do ar - Pressao atmosferica ~ Densidade absoluta do ar - Variagao da dendisdade em fungao da variagao da pressao - Escalas termométricas - Definigao de Zero absoluto - Transformagoes de valores nas varias escalas - Temperaturas do ar - Variagao da densidade e da pressao com a temperatura - Definigao de umi, dade relativa - Variacgdo da_densidade absoluta com a umidade do ar - Nogoes sobre a atmosfera - Definicgdo da atmosfera padrao. FORGAS AGINDO SOBRE AS ASAS - Vento relativo - Angulo de ataque - Variagao das forgas em fungao do angulo de ataque ~ Forga resultante - Sustentagao, sua origem e variagoes ~ Resisténcia ao avanco, modalidades @ variagoes ~ Efeitos da forga de gravidade - Tragao, sua origem e variagoes = interpreta gao da formula da equagao | da sustentagao - Tinel aerodinamico e sua utili dade - Velocidade aerodinamica - Definigao de velocidade minima - Variagao da velocidade aerodinamica com o angulo de ataque - Definigdo de carga uni taria - Variagao da velocidade aerodinamica com a densidade absoluta doAr ~ Coeficiente maximo de _Sustentagao - Poténcia necessaria para a asa se deslo car - Variagao da poténcia com a altitude - Variagdo da poténcia com o angu lo de ataque, com o péso, e com a Grea da asa - Definigao de alongamento = Resisténcia ao avango induzida - Resisténcia do perfil - Variagoes da sus tentagao, da resistencia ao avango e da resisténcia induzida com o alonga mento, RESISTENCIA PARASITA - Resisténcia das superficies planas - Nefinigao de farea plana equivalente" - Poténcia necessaria para deslocar uma superficie plana - Forma aerodinamica - Resisténcia da estrutura da aeronave - Varia goes da poténcia com a altitude VOO PLANADO - Estudo sobre a mecanica da descida — Angulo de voo planado, definigao - Velocidade de voo planado - Distancia de voo planado - Efeito do péso sobre o voo planado = Variagao do vdo planado com o vento - Veloci dade vertical da descida - Definigao de velocidade final. ESTUDO DE PERFORMANCE - Efeito da variagao de péso sobre as caracteristicas da aeronave - Efeito da _variagao do péso sobre a velocidade - Efeito da va riagdo de péso sobre o @ngulo de ataque ~ Efeito da variacgao da area da asa sobre as velocidades - Efeito da variagao da area da asa sobre a sustenta gao - Efeito da variagao da area da asa sobre o @ngulo critico - Efeito da variagao da area da asa sobre a carga unitaria - Definigao de angulo criti co ~ Definigdo de perda (estol) - Efeito da variagao da densidade absoluta do ar - Efeito da troca de motores ~ Efeito da mudanga de hélice. HELICES - Tipos de hélices quanto ao material de construgao - Definigao de Passo" de h@lice - Origem do nome "passo" - Definigao de passo fixo - Defi nigao de passo ajustavel - Definigao de passo controlavel. VOO EM LINHA RETA E HORIZONTAL AO NIVEL DO MAR - Variagao da velocidade ae rodinamica com o angulo de ataque —- Potencia requerida ao nivel do mar - Va riagao da _poténcia com a altitude - Definigao de poténcia itil - Poténcia atil ao nivel do mar - Definigao | de poténcia efetiva - Definigao de Potén cia tedrica - Velocidade aerodinamica ao nivel do mar. WOO EM CURVA = Definicao de forga centrifuga - Definigao centripeta - For. gas que atuam nas curvas em plano horizontal - Angulos de inclinagao late a Teoria de Voo ~ Baixa Velocidade - pag. 5 ral ~ Efeito do Gngulo de inclinagao lateral sobre a sustentagao - Defini Gao de raio limite - Efeito da altitude sobre as curvas. DINAMICA DA DECOLAGEM - Mecanica da decolagem - Agao da hélice na decola gem ~ Resistencia ao avango durante a decolagem - Atrito sobre o solo duran te a decolagem - Efeito do vento depois da decolagem. PARAFUSOS = Definigao de Auto-rotagao - Mecanica dos parafusos - Recupera gao de parafusos - Parafusos chatos - Fatores que afetam os parafusos - Per das de ponta da asa. DISPOSITIVOS HIPER~SUSTENTADORES ~ Principios gerais - Asa de drea variavel- Curvatura variavel - Fendas automaticas no bordo de ataque. ESTABILIDADE E INSTABILIDADE - Tipos de estabilidade - Tipos de instabilida de - Estabilidade dinamica - Estabilidade longitudinal - Estabilidade longi tudinal dinamica - Caracteristicas da estabilidade longitudinal - Curva dos momentos - Equilibrio dos momentos longitudinais ~ Movimento do centro de Pressdo dos aerofdlios - 0 plano estabilizador - Instabilidade estdtica - Instabilidade catastrofica - Critério para um bom projeto - Movimento do centro de pressao sobre uma superficie plana. ESTABILIDADE LATERAL - Definigdo e fungao do diedro - Definigao e fungao do enflexamento ~ Efeito da Quilha ~‘Distribuigdo de péso ~ Estabilidade late ral dinamica ~ Estabilidade direcional - Estabilidade direcional dinamica — Efeito de quilha na rotagao em torno do eixo vertical. SUPERFICIES DE COMANDO - Comando ~ Tipos de superficies usadas para coman do - Projeto das superficies de comando - Comandos compensados ~ Equilibra dores das superficies de comando - Comando longitudinal - Comando direcio nal ~ Comando lateral. CARGAS DINAMICAS ~ Cargas e coeficientes de carga - Definigao de acelera gao_~ Aceleragoes devidas ao movimento do manche no voo horizontal - Acele ragdes devidas ‘as rajadas de vento - Aceleragdes devido as recuperagces da linha de vGo - Acelerémetros - Efeitos fisioldgicos das aceleragoes. sete kAK Teoria de Voo - Baixa Velocidade - pag. 6 GAP ITY Loy GEOMETRIA E TRIGONOMETRIA GEOMETRIA - £ a parte da matematica que estuda as formas e propriedades das figuras geométricas. Sobre:Geometria devemos lembrar nogoes de perimetro e area, suas formulas e as condigdes de igualdade e semelhanga de triangulos. AREA E PERIMETROS Perimetro - £ a distancia coberta pelos lados de uma determinada figura, se estes lados forem colocados em linha reta. Para se achar o perimetro de uma figura basta somar o comprimento de seus lados. Area - £ 0 espago ocupado em um plano por uma figura. Para se achar a rea de uma figura, basta multiplicar o seu comprimento médio ou base, por sua largura media ou altura. As figuras mais utilizadas no estudo de aerodinamica sao: Quadrado, retangu lo, paralelogramo, trapézio, triangulo e circulo. Daremos abaixo nogoes so bre as mesmas e suas formulas de Perimetro e Area. L Quadrado - & uma figura que tem quatro jados iguais e quatro angulos retos. Seu perimetro é a soma. dos seus quatro lados. (figura 1) L L Perimetro=L+L+L+L ou Perimetro = 4b. Sua area @ o comprimento (igual ao lado L) multipli cado pela largura (igual ao lado L). c Area = LxL ou[Krea=L%] (lado ao quadrado). aa ig. Retanguto - £ uma figura que possui quatro a angulos retos, e lados iguais dois a dois (figura 2). Seu perimetro @ a soma dos seus lados. b b Perimetro=a+b+atb. Perimetro = 2a + 2b = 2 (a + b) Sua Grea @ o produto do comprimento(base =a) pela largura (altura =b) Fig. 2 (base x altura) Panakekognamo - £ uma figura que possui la dos iguais e paralelos dois a dois, dois an gulos maiores que 90° e dois angulos menores que 90° (figura 3). Seu perimetro @ a soma dos seus lados. Perimetro=a+b+a+b Perimetro = 2a + 2b = 2 (a + b) Sua area @ o produto do comprimento(base =a) pela largura, Esta, porém, nao @ igual ao la do b e sim, a distancia h, perpendicular a Fe a. Pela figura 3 vemos que, se retirarmos Fig. 3 © triangulo formado do lado esquerdo e 0 co locarmos do lado direito (linha pontilhada), teremos um retangulo de base a, altura h e de area idéntica ao paralelo- gramo inicial. Como a area do retangulo é axh, esta tambem sera a drea do paralelogramo. Area = a x h (base vezes altura) AMAOQaRBanmenneWeneanannaaneee @ ® @® @2@eeeeD @ @ @ « PDIP IDPIIPVADIIGPDVI§ GPVOVVPVIVIVII GI VVVVIygayy: Teoria de VGo ~ Baixa Veloeidade - pag. 7 TaiGngulo - £ a figura formada por 3 lados e 3 angulos, sendo que um destes angulos podera ser maior, igual ou menor que 90°, enquanto os dois outros serao sempre menores que 90° (figuras 4A e 4B). Seu perimetro @ igual & soma dos seus lados. Perimetro= a+bte Com referéncia 4 sua area, verificamos em ambas as figuras que, tragando-se linhas paralelas a dois lados (linhas pontilhadas), obteremos um outro tri @ngulo de area igual 4 do primeiro triangulo e formaremos desta maneira um paralelogramo, sendo que o terceiro lado do triangulo (no caso o lado c) fi cou sendo a diagonal do paralelogramo, dividindo este em dois _ triangulos iguais. Como a area do paralelogramo é base x altura e cada triangulo tera a metade da area do_paralelogramo, a area de cada triangulo sera: Area 8 5 H Trapezio - uma figura que tem dois lados paralelos e dois convergentes. Dois de seus angulos serao, obrigatoriamente, um agudo e um obtuso. Os ou tros dois poderao ser agudo e obtuso (iguais ou diferentes dos primeiros)ou dois retos. (Figuras 5A, 5B e 5C). 7 Fig. 5A Fig. 5B Fig. 5¢ Tomaremos por base a figura 5A. O perimetro sera a soma dos seus lados. Perimetro = B+b+a+c Com referéncia 4 area verificamos que, ao tragarmos uma linha paralela aos dois lados B e b, e equidistante dos dois, o seguimento de reta formado en tre os dois lados nao paralelos tera o comprimento médio entre B e b, e se ra igual, portanto, a B+eb. 2 © ponto de intercessao desta base média com os lados nao paralelos, sera e xatamente o ponto médio destes lados. Se por estes pontos médios tragarmos duas alturas, elas formarao as bases e os lados inclinados, 4 pequenos tri @ngulos. Os triangulos inferiores, retirados e colocados nos lugares das 1i nhas pontilhadas acima Guperiores), transformarao o trapézio em um retangu lo, de area igual ao trapézio, cuja base sera a base média do primeiro e cu ja altura, a do primeiro. Portanto, como a 4rea do retangulo @ base x altu ra, teremos para o trapézio:_ B+eb , Area = h 2 (base média x altura, ou base maior + base menor + por 2 x altura). Teoria de V6o - Baixa Velocidade - pag. 8 Cincungeréneia - £ uma linha curva fechada, equidistante de um ponto cen tral denominado CENTRO (figura 6), Seu perimetro @ a sua medida linear., Cincule - £ a porgao de um plano limitada por uma circunferéncia. Difimetno - £ a maior corda de uma circunferéncia, Podemos dizer também que, ea linha reta limitada pela circunferéncia, que passa pelo centro de um circulo e o divide em duas partes iguais (figura 6 - linha tracejada). Raio - £ a metade do diadmetro. (Figura 6 - Linha R). 7°*"">> a ~ £ uma constante em qualquer circunferéncia. Seu valor @ 3,1415923... Na pratica utiliza-se o valor 3,1416, ou apenas 3,14. A constante 7 @ resultante da divisdo do perime tro pelo diametro de uma circunferéncia qual quer. Logo: c C = circunferencia = 5 ™= —- ou C= 27R onde D = 2R 2B. AREA - A Grea de um circulo @ 7 vezes maior que a area de um quadrado cujos lados sejam iguais a R. Logo, sendo a area do quadrado igual a R*, a area do circulo @ igual a: CONDIGOES DE IGUALDADE E SENELHANCA DE TRIANGULOS - Dois triangulos sao iguais, quando os angulos e os lados de um, sao vespectivamente iguais aos @ngulos e os lados do outro. “pieaerae Dois tridngulos sao semelhantes, quando os angulos de um sao respectivamen te iguais aos angulos do outro e entre os lados de ume do outro existe uma Tazao constante, Para sabermos se dois triangulos sao iguaisou semelhantes, basta conhecer, mos alguns de seus dados, conforme casos abaixo: IGUALDADE DE TRIANGULOS QUAISQUER - Dois triangulos sao iguais quando o pri meiro tiver igual ao segundo: 1) dois lados e o angulo compreendido entre eles, respectivamente (fig. 7). b ei ea, ‘on ee See Fig. 7 © x e = e+ oO 2) Dois angulos e o lado compreendido entre eles, respectivamente (fig. 8). Fig. 8 ek =o =o Clum RMDDDHWMNNA DWM © © MO OO ® © DM OB 8 OB 8 BD 8 0O & 8 88 8H 8 @ ® @ 4 Teoria de VGo - Baixa Velocidade - pag. 9 3) Os trés lados, respectivamente (fig. 9). me a wt Fig. 9 on 1 on a csc IGUALDADE DE TRIANGULOS RETANGULOS - Dois triangulos retangulos serao iguais quando tiverem, respectivamente iguais: 1) Os dois catetos (fig. 10) ou um cateto e a hipotenusa. Fige 10 mae = x 2) Um @ngulo agudo - um cateto (fig. hy ou um @ngulo agudoe a hipotenusa, Fig. 11 = t ot SEMELHANCA _ aerate Aiton * pole triangulos serao semelhantes, quando. o primeiro tiver, em relagao ao segundo: ol " o eo! 1) Dois lados na mesma razao e os angulos compreendidos entre eles, iguais (fig. 12). 2) Dois Gngulos, respectivamente iguais e o lado compreendido entre eles nu ma dada razao (fig. 13). 3 = tt " o > 6 © ete t Fig. 13 2 xl a a OB Cc 3) Os 3 lados na mesma razao (fig. 14). & b LX © ¢ Fig. 14 Teoria de Voo - Baixa Velocidade - pag. 10 4) Os 3 angulos iguais (fig. 15). B Roe ht B Be 3! oa t. a cA c SEMELHANGA DE TRINGULOS RETANGULOS - Dois triangulos retangulos serao seme Thantes, quando possuirem um angulo agudo, respectivamente igual (fig. 16). a ee) al — 3B 8 Se dois angulos sao formados por paralelas, poderao ser iguais ou suplemen tares. Iguais, se suas aberturas estao para o mesmo lado ou lados opostos; suplementares se suas bissetrizes formam angulos retos (fig. 17). Angulos formados por perpendiculares poderdo ser iguais ou suplementares. Iguais se suas aberturas formam a@ngulos de 90° e suplementares se suas aber turas t@m mesma diregdo. (fig. 18). ~~ ie ! /. / | / ~ ‘ i / ~~Da we 1 ~~ y Fig. 18 1 ~~ TRIGONOMETRIA - & a parte da matematica que estuda as relagoes entre os la dos e angulos dos triangulos. Esta matéria @ complexa e em seu estudo sao consideradas: Sey a a a) Trigonometria Pkana - Aquela que estuda os problemas relativos aos trian gulos planos, objeto do nosso estudo; b) Trg onometria Esferica - Aquela que estuda a solugdo dos triangulos esfé ricos. Um exemplo de sua larga aplicagao esta na solugao do triangulo as tronémico, na navegagao celestial. Nao 6 matéria de interesse neste pro grama. oe lle SSSVVVUGEVVVEYUDUYVUUUVEUVUDDOUUYDODDY F Teoria de Voo - Baixa Velocidade - pag. 11 Funcoes Trigonometricas - Sao as varias relagoes ou razoes entre os lLados de um triangulo retangulo plano, em relagao a um Angulo agudo. As princi pais fungoes trigonometricas sao: seno, cosseno, tangente, cotangente, se cante e cossecante. Para atender as necessidades da compreensao de parte da aerodinamica e teo ria de véo, apenas as nogoes sobre seno, cosseno e tangente serao cuidadas a seguir. Cinculo Trigonometrico - £E um circulo de raio unitario =leque possui dois diametros perpendiculares AA' e BB', dividindo-o em 4 auperentes (fig. 19). Se, partindo do centro 0 do circulo, tragarmos um raio OC, fazendo um angulo a como raio OA (fig. 20) e selo ponto C tracgarmos uma perpendicular ao raio OA, teremos um triangulo OCD, de hipotenusa OC igual a 1 (RAIO). Neste triangulo especial, chamado triangulo trigo nométrico, chamaremos o cateto cD, oposto ao angu lo a, de seno do angulo a. 0 cateto oD, adjacente aa, sera chamado de cosse no. Desta maneira, variando o valor do angulo a, © ponto C mudara de lugar e os valores do seno e do cosseno também mudarao. Aumentando-se a, vere mos que © seno aumenta, enquanto o cosseno dim nui. Portanto, cada @ngulo tera seu seno e seu cos seno, que serao, respectivamente, as medidas de CD e OD, quando OC = 1. Quando, porem, © valor da hipotenusa do triangulo retangulo é diferente de 1, nao poderemos — dizer que o seno @ o cateto oposto e o cosseno é@ o cate to adjacente, ja que estes catetos variam na mes. ma proporgao que a hipotenusa e os valores.do se no e do cosseno de um dado Angulo, sao —invaria — veis. Teremos, portanto, que achar a relagao exis B' Fig. 20 tente entre os dois triangulos e que é também a relacao existente entre seus lados. Acharemos esta relagao, dividindo a hipotenusa do triangulo da do pela do triangulo trigonométrico. Se, considerarmos o triangulo FHG da fi gura 21, semelhante ao triangulo trigonométrico da figura 20, teremos: A i H opc co , ® reo OGG Donde tiramos que: Mas como OC = 1, teremos, F Fig. 21 6 Como CD € o senae OD @ o cos a,teremos sen a= HG eocosas re Fi FH Teoria de V6o - Baixa Velocidade - pag. 12 Disto concluimos que, em qualquer triangulo retangulo, Seno de um Angulo @ a relagao existente entre o cateto oposto ao Angulo e a hipotenusa. Cosseno de um Angueo, & a relagdo existente entre o cateto adjacente av an gulo e a hipotenusa. Se ainda, na figura 20, tragarmos uma tangente ao circulo pelo ponto A e prolongarmos OC, este ira encontrar a tangente no ponto E. Chamaremos o segmento AE, assim determinado, de tangente de a (tg a).Tambem se variarmos 0 valor de a, ira variar o valor de AE. Portanto, cada angulo tera a sua tangente, e o valor desta sera o comprimento de AE. Veremos na figura 20, que existe também um triangulo OAE, semelhante ao tri angulo ODC e consequentemente, semelhante FGH. Para acharmos o valor da tangente de a, no triangulo FGH, precisaremos achar primeiro a relagao entre este triangulo e o triangulo OAE, o que faremos di, vidindo um lado deste triangulo pelo lado correspondente ao daquele, e que € OA (raio do circulo). Portanto,teremos: 4 OAE OE oA KE ot — : —= de onde tiramos: —— : —— Ge GH FH FG GH a FG Gi Gi Mas AE = Tg a oe tga = ea FG Dai concluimos que, em qualquer triangulo retangulo, Tangente de um anguko @ a relagao existente entre o cateto oposto e o cateto adjacente ao Angulo considerado., Veremos agora as tres relagoes num triangulo mneumonico na fi gura 21A. Como vemos, ja fizemos as relagoes entre os trés lados do triangulo, dois a dois. _Existem ainda mais trés relagoes (cotangente, secante e cossecani:e), que nao necessitamos estudar, pois sao o inverso das trés ja dadas. Sen Com referéncia aos valores das relagoes dadas, mecessitamos saber que, no 19 quadrante eles variam da seguinte maneira: Angulo 0° sen = 0, cos = 1 e tang = 0 Rngulo 90° sen=1, cos = 0 e tang = >1 /a| Portanto, seno e cosseno poderao ter valores a" de 0 al ede 1 a0. A tangente tera todos os valores, de 0 a> 1, Fig. 21a 8 Teonema de Pitagonas - Num triangulo retangulo, o quadrado da hipotenusa é igual 4 soma dos quadrados dos catetos (fig. 22). DPM MOM HOO OOM HOH HGOHOKC oO OK OK KH KPO KPHPRRReP eee PN ee ee a a a a ae cn cr ae Teoria de VSo - Baixa Velocidade - pag. 13 04 - Também esta relagao nos sera muito ftil e nao somente nesta muitos a utilizam em navegacao. Em qualquer triangulo (ret@ngulo ou nao), a relagao entre os lados e os se nos dos angulos opostos a estes lados, @ sempre constante, desde que or an gulos nao sejam maiores que 90°. Para angulos maiores que 90° devera ser empregado num artificio) Figura 23. D a = = —5 = —o b Sen Xk sen B sence B 4 Figs 23. culos, desde que o aluno tenha o necessario conhecimento de algebta, para resolver equagoes do primeiro grau. Estas nogdes sao suficientes para que nossa matéria se desenvolva sem obsta wake nek Teoria de Voo - Baixa Velocidade - pag. 14 CAPTTULO UN sce ee apse FISICA Como nossa matéria @ uma parte da Fisica, necessario sera re cordarmos algumas coisas basicas, pelo menos superficialmente. LEIS DE NEWTON 1a) Lei - Lei da Inércia - Todo corpo em equilibrio tende a manter-se em re pouso ou em movimento retilineo e uniforme CINERCIA), até que uma forga ex terna venha a modificar seu estado de inércia. Esta forga externa @ chamada de forga de inércia. 2a) Lei - Acek fo e Fo. - Toda aceleragaéo imposta a um corpo por uma forga @ diretamente proporcional & forga e inversamente proporcional & mas. sa do corpo. oe M 3a) _ Lei - Ag&o e Reagao - K toda acao corresponde uma reagado de igual inten sidade e de sentido contrario. LEI _DA_ATRACAQ UNIVERSAL (NEWTON) Matéria atrai matéria na razdo direta de suas massas e na razdo inversa do quadrado da distancia que as separa. Esta @ a Lei que rege 0 Universo, desde as atrages dos astros celestes en tre si e que mantém © equilibrio do Universo, até as atragoes das particu las que mantém equilibrio em um corpo. Na figura 24 vemos dois corpos, um de massa m e outro de massa M, sendo que a distancia entre seus centros de mas: (aproximadamente um centro de gravidade) @ da. A forga de atragao exis tente entre eles é@ de Bam x M FORCA DE ATRACAO DISTANCIA Para o estudo da Aerodinathica necessitare| mos conhecer os diversos elementos que irao aparecer durante o mesmo. Assim sendo daremos a seguir as definigoes bed I > e explicagoes destes elementos, que podem Fig. 2h e ser elementos basicos ou formados de elementos basicos. Os elementos basi cos sao: Massa = Ea quantidade de matéria existente em um corpo. Sabemos que tudo é formado de particulas e que estas particulas tém seu valor. Portanto, pode remos dizer que massa € a soma dos valores das moléculas que formam um cor Po ou ainda, @ o nimero de moléculas que forma esse gorpo. A partir de ago va designaremos a Massa de um corpo pela letra M (maiiscula). Distancia - Poderemos definir distancia como a medida, em linha reta, do es Pago compreendido entre dois pontos. A partir de agora designaremos a dis tancia pelas letras a (miniscula) ov © (miniscula). Tempo - Poderemos definir tempo como a medida cronolégica entre dois momen tos. Também o tempo tera a sua designagao, que sera a letra £ (miniiscula).— As trés nogoes acima nao sao definigoes e por isso, nao havera necessidade do aluno decora-las, pois foram dadas somente com o intuito de explicagao. As que virdo a seguir, estas sim, ha necessidade de fixagao, a fim de que possam ser entendidas as explicagoes durante o restante do curso. re ar ee ee ee eee ey mee ee etme fe Teoria de VGo - Baixa Velocidade - pag. 15 A seguir daremos as definigoes dos elementos que poderao ser chamados de secundarios, pois sao formados pela jungao dos elementos basi cos. Area ou Superticie - £ a medida do espago compreendido entre duas distancias perpendiculares: comprimento e largura. £, portanto, uma medida que serve para designar o tamanho de uma _superficie e seu valor @ o produto do compri mento Rit largura, A area sera designada pelas letras Aous (maiisculas). A= d? Volume - £ a medida do espago compreendido entre trés distancias perpendicu lares: comprimento, largura e altura; seu valor sera oproduto destas tres di mensoes e designado por Vol; teremos Vol = d*. Velocidade - Se fizermos relagao entre a medida da distancia percorrida por um corpo e o tempo que este levou para percorre-la, teremos a velocidade és te corpo. Poderemos dizer entao que velocidade @ a distancia percorrida por um corpo na unidade de tempo, podendo esta unidade ser a hora, o minuto ou o segundo, quando entao teremos velocidade por hora, velocidade por minuto, ou velocidade por segundo. Sabemos também que quanto maior a distancia per corrida num mesmo tempo, maior sera a velocidade, e que quanto maior o tem po gasto para percorrer uma mesma distancia, menor sera a velocidade, Por isto, podemos ver que a velocidade @ diretamente proporcional a distancia e inversamente proporcional ao tempo. Designando a velocidade por V (maitiscu lo), teremos: a yew ole t AceLeragdo - Se um corpo se desloca com cérta velocidade, e esta velocidade ‘aumenta ou diminui, dizemos que apareceu uma aceleracgao positiva ou negati va e que altera a velocidade do corpo. Se computarmos a variagao da veloci dade e o tempo em que ela se processou, teremos a aceleragao (positiva ou negativa) deste corpo. Portanto, aceleragao | @a variagao de velocidade na unidade de tempo. Se designarmos a aceleragao por a minisculo, teremos: a= i=" | onde vi é a velocidade com que 0 corpo ficou ou velocidade final e 0 Vo @ a velocidade que o corpo tinha ou velocidade inicial. Como velocidade @ a disténcia por tempo, terémos que Vi = S¥ e Vo = doe ent@o na formula dada acima teremos: ay _ doe t do . a a = ou dy - do d ase. 0 que nos da que, aceleragao vem a ser igual a distancia por unidade de tem po ao quadrado. Fox ACA ~ Quando uma forga age sobre um corpo, imprime a este uma aceleragao. Quanto maior fdr a forga maior sera a aceleragao, e quanto maior f6r a mas sa deste corpo maior tera que ser a forga para imprimir-lhe a mesma acelera gao. Assim, podemos dizer que, a forga @ diretamente proporcional a massa e a aceleragao que ela imprime a um corpo. A definigao de forga sera portant! Forga @ o produto da massa de um corpo pela aceleragao que ela imprime a es te corpo. Se chamarmos a forga de F (maiusculo), teremos: F = M.a. Outra definigao usada para Forga @ que: Forga @ qualquer causa que modifi que o estado de repouso ou de movimento retilineo uniforme de um corpo. Nes te caso esta forga esta destruindo a inércia do corpo. Teoria de VGo - Baixa Velocidade - pag. 16 Acelenacio ida Gravidade - Um corpo quando abandonado no espago, tendo a 3 ao cair, sua velocidade aumenta progressivamente, em virtude de uma a celeragao constante a que este corpo fica sujeito. Tal aceleragao, que = sempre constante para um determinado lugar, tratando-se, portanto, de uma aceleragao particular, @ chamada de aceleragao da gravidade ou simplesmente gravidade, sendo representada pela letra #4 (miniscula). Seu yalor, que va ria de lugar para lugar, em virtude da latitude oualtitude, @de 9,81m/seg” ou mais exatamente, 9,805 m/seg? (gravidade | padrao). Normalmente, quanto maior fOr a latitude, maior sera a aceleragao da gravidade. Isto porque,nas proximidades do equador, a forga centrifuga, de sentido contrario 4 forga de atragao | da Terra, nos da uma forga resultante, em sentido ao centro do nosso planéta, bem menor que a atragao da Terra, Proximo aos polos, onde nao mais se faz_ sentir o efeito da forga centrifuga, a atragao agira_ totalmen te. Quanto a altitude, quanto mais alto estiverocorpo,menor sera a atragao da Terra (lei da atracgdo universal de Newton), em virtude do ponto estar mais distante do centro da massa da Terra, diminuindo desta forma o valor de g. Péso - Chamamos de Péso_ a forga com a qual a Terra atrai os corpos abandona dos no espago, em diregao & ela. Como sabemos todo corpo tem massa, e toda massa tem inércia. Se abandonassemos um corpo no espago, este tenderia aman ter seu estado de inércia, isto 6, ficaria parado na posigdo em que foi dei xado, a menos que uma forga externa atuasse sobre ele. Na realidade, porém, este corpo nao mantem seu estado de inércia e "cai" para a Terra. Isto @ de vido a uma forga de atragdo que atuaentre esse corpo e a Terra, fazendo com que esta diltima, de massa muitas vezes maior, atraia ou "puxe" o primeiro em sua diregao. Sabemos que esta atragdo @ diretamente proporcional as mas” Sas e, portanto, quanto maior a massa do corpo, maior aatraggo ou seja,meior © que convencionamos chamar de péso. Se fizermos uma comparagao entre a Ter ra e nos mesmos, veremos que para deslocar um corpo de maior massa necessi tamos empregar maior forga, Também a Terra, para "puxar" um corpo de maior massa para baixo, tera que empregar maior forga e por isto dizemos que este corpo tem maior peso. Se nao existisse o ar atmosférico, que "atrapalha" a queda dos corpos, ve riamos que todos os corpos cairiam com a mesma aceleragao e quando langados. ao mesmo tempo, de determinado lugar, atingiriam o solo ao mesmo tempo e com a mesma velocidade. Podemos também verificar que, a massa de um corpo @ sempre a mesma, porem , seu péso varia, em virtude da variagao da aceleragao da gravidade. Na lua, onde esta aceleragao @ bem menor, o peso de um corpo seria também bem me nor. Portanto, péso @ forga e @ diretamente proporcional 4 massa e 4 aceleragao da gravidade e se designarmos o péso por W (WEIGHT), teremos: W= Mg. Densidade - Como ja vimos, todo corpo tem sua massa. Em determinados corpos esta massa occupa sempre o mesmo volume (os solidos). Em outros, porém, o vo lume varia, isto @, a mesma massa, submetida a condigces diferentes, ocupa ra também volumes diferentes, © que significa que suas particulas estarao mais proximas ou mais separadas. Nestes casos (os fluidos), falar em massa nao nos satisfaz. Necessitaremos saber qual a parcela de sua massa que ocu pa determinado volume. Densidade @, portanto, a _quantidade de matéria de um corpo que ocupa a unida de de volume, ou seja, @ a relagao entre a massa do corpo e o volume total. ocupado pelo mesmo. Se designarmos a densidade pela letra p (RHO), teremos: M ° * “Vor VRVVVVVIIIIIIAMAIIIIVIIOVVIDBSIDIDI BF OVVYV”Y VV Teoria de Vo - Baixa Velocidade - pag. 17 Quando um fluido est sujeito a condigoes padroes, isto 8 nao est& dilatado, nem comprimido, dizemos que esta com densidades padrao, ou densidade especifica, o que @ designado por po. Trabatho - Quando se aplica a um corpo uma forga, com a finalidade de deslo ca-lo de lugar, estamos produzindo um trabalho. Este, sera tanto maior quan to maior fOr a forga empregada, como tambem o sera, quanto maior for a dis t@ncia 4 deslocar o corpo. Portanto, podemos ver que o Trabalho é proporcio nal ao deslocamento, e também & forga empregada. Assim, se designarmos ° Trabalho pela letra grega TAL 1 teremos: 1 =F.d . Poténcia - Se considerarmos uma maquina ou uma pessoa que executa determina do trabalho, teremos que considerar também o tempo no qual este trabalho @ executado, ou ainda, o tempo que a maquina ou a pessoa leva para executa-lo. Quanto maior fOr um trabalho executado em determinado tempo, maior sera Poténcia de quem ou daquilo que o executa (diretamente proporcional), equan to menor f6r o tempo em que determinado trabalho for executado, maior sera também essa poténcia (inversamente proporcional). Assim, se designarmos Po téncia pelo grupo Pot, teremos: 1 Pot = =e Para medida de Foténcia existem duas unidades praticas que sao o cavalo va por (c.v.) j@ muito pouso usado, e o Horse Power (H.P. - cavalo de forga), que @ o mais usado. A primeira @ a poténcia de uma maquina capaz de levan tar um péso de 75kg a 1 metro de altura em 1 segundo. A segunda € a poten cia necessaria para levantar um peso de 550Lbs a 1 pé de altura em 1 segun do, o que nos da, aproximadamente, 75,9kgm/seg ou arredondando, 76kg m/seg. Pnessdo - Quando uma forga atua sobre um determinado corpo, muitas vezes ela nao atua em determinado ponto, e sim, sobre todo o corpo. Neste caso, se considerarmos o valor da parte desta forga que atua sobre uma determinada Grea unitaria (unidade de Grea @ a Grea igual a um, em qualquer sistema de unidades que estejamos usando), teremos a pressado que esta forga esta exer cendo sobre este corpo. Podemos ver que quanto maior for uma forga atuando sobre uma mesma area, maior sera a pressao (diretamente proporcional), eque quanto menor fOr a Grea sobre a qual esta atuando uma forca, maior também sera a pressdo (inversamente proporcional). Assim, se designarmos a pressao por P (maiuscula), teremos: F a Tratando-se de pressdo, temos ainda que considerar que existem duas especies de pressao. Quando um determinado corpo esta mergulhado n'agua, por exemplo, a agua e xerce sobre ele determinada pressdo, devido ao péso desta e também porque a agua quer voltar ao lugar agora ocupado pelo corpo. Este tipo de pressao @ chamado de pressao estatica, isto @, provocada por fluidos em repouso; é de vido ao péso do fluido. Quando, porém, um jato de Agua atinge determinado corpo, exerce sobre este uma pressa0, devido ao impacto do fluido sobre a sua superficie. Este tipo de pressao @ chamado de pressao dinamica e depende, nao mais do peso doflui do, mais sim, de sua velocidade e densidade. Sabemos que, quanto maior a velocidade, maior sera a pressao dinamica e que quanto maior a densidade , tambem maior sera esta pressao (um jato d'agua produz mais efeito do que um jato de ar). Na verdade, a pressao dinamica é diretamente proporcional & me tade do produto da densidade pelo quadrado da velocidade, ou seja: ~ 2 PDIN = ao ou PoIN = -$. y? Teoria de VOo - Baixa Velocidade - pag. 18 Vetor - £ toda grandeza que possui diregao, sentido e intensidade. DiregGo - £ a linha no qual se desloca (ex.: horizontal, vertical). Sentido - £ para que lado desta linha ele se desloca (ex.: de cima para bai xo, da direita para a esquerda, etc.). Intensidade - £ o seu valor em unidades. Por exemplo: um péso de 20kg. Sua diregao e vertical, seu sentido de cima para baixo e sua intensidade sera 20kg. Poderemos também dar um exemplo simbolico: se dissermos que um avido voa em determinada aerovia, tamos dando somente sua diregao; se dissermos que voa nessa aerovia, de determinada cidade para outra, estamos dando também seu sentido; se ainda dermos sua velocidade, completamos o ve tor, com sua intensidade. Em nosso estudo temos quatro tipos de vetores. Sa0 eles: forga, péso, velocidade e aceleragao. Quando falamos nos dois iltimos, somente diregao, sentido e intensidade nos satisfaz. Mas quando falamos nos dois primeiros, principal- mente o primeiro, necessitamos ainda saber qual seu ponto de aplicagdo, ja que uma forca solta no espago nao tera valor pratico. COMPOSICAO E DECOMPOSICAO DE VETORES Em nosso curso, muitas vezes necessitaremos transformar varias forgas em uma 80, ou uma forga em varias outras. Em navegagao o aluno usara compor as velocidades do avido através do ar, pa ra achar a velocidade do aviado em relagao ao solo. Na verdade, isto @ nada mais nada menos do que uma composicgao ou decomposigao de vetores. Se souber mos somar forgas, tambem saberemos somar _velocidades, ja que ambas sao veto res. Portanto, nao falaremos em composigao e decomposigao de forgas, | e sim em composigao e decomposigao de vetores, para abranger tudo de uma sO vez. Compor vetores @ achar um vetor que represente varios outros, ou seja, sua resultante. Decompor vetores @ achar dois ou mais vetores que representem um vetor dado, ou seja, achar suas componentes. Inicialmente falaremos em composigao de vetores, dividindo em trés casos distintos: 19 caso - Composigao de vetores de mesma diregdo e mesmo sentido. 0 vetor resultante tera a diregdo e o sentido dos vetores componentes,e sua intensi dade sera a soma das intensidades d demais. Exemplo: um aviao voa do Rio para Sao Paulo, com velocidade aerodii Jamica de 200KMH e existe um vento de cauda de 20KMH. A velocidade do avido em relagao ao solo sera de 220KMH (fig. 25). MiKo s 200 KMH ie VENTO#20KMN Me. 25 ee VEL, RELACKO AO $0L0«200KMH +20 KMH «220 KMH 29 caso - Composigao de vetores de mesma diregao e sentido contrarios. O ve tor resultante tera a diregao comum dos vetores componentes, o sentido de maior intensidade e sua intensidade sera a diferenga das intensidades dos vetores componentes. Exemplo: uma pessoa tenta descer uma escada rolante qe sobe, sendo a velocidade da pessoa de 1OKMH e da escada de 15KMH. O resulta do é que a pessoa acabara subindo com a velocidade de 5KMH (fig. 26). ESCADA «15 KMH Fig. 26 BESSOA* 10 KMH ; 115-10 °SKMH

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