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(2023) (APOIO) Trecho Do Posicionamento Histórico - MATERIAL SIEM 2019
(2023) (APOIO) Trecho Do Posicionamento Histórico - MATERIAL SIEM 2019
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O Conflito entre o Estado de Israel e os Palestinos, que ainda aguardam pelo
reconhecimento do Estado da Palestina, não aparenta ter uma data para um fim do conflito
muito próxima, assim, é constante os ataques que envolvem violações de direitos humanos
na região. O apoio internacional parece cada vez mais agravar a situação e,
consequentemente, é necessário observar os impactos geopolíticos do conflito em âmbito
local, regional (no Oriente Médio) e mundial.
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junho de 2018, a Assembleia Geral adotou uma resolução condenando Israel por usar
excessivamente a força contra civis palestinos na Faixa de Gaza.
Além do conhecido envolvimento norte-americano no conflito, o qual defende um forte
aliado militar na hostil região de países árabes, há controvérsia entre as opiniões de outras
nações. A comunidade internacional auxilia monetariamente e, através da ONU, há a
tentativa de cuidar dos refugiados – majoritariamente palestinos – e da própria saúde mental
da população que vive sem estrutura e envolta de violência.
O Egito possui um histórico de tentativas para diminuição das tensões entre os
conflitos por meio de negociações indiretas. Em novembro de 2018, com o auxílio dos
egípcios, um acordo de 2014 foi resgatado entre grupos Palestinos e o Estado de Israel,
com o intuito de promover o cessar-fogo entre os envolvidos. Eles clamam respeitá-lo,
todavia, operações secretas continuam acontecendo na região.
Além disso, Irã e Síria são inimigos históricos de Israel e, portanto, não mantém
relações diplomáticas. Dessa maneira, e o Estado judeu os acusa de constante
envolvimento nos ataques à região.
Em relação à União Europeia, que defende a existência dos dois Estados para
resolução do conflito, as controvérsias também estão presentes. Israel possui contato
otimista com Bulgária, Grécia, Romênia e Sérvia, países onde o primeiro-ministro israelense
Benjamin Netanyahu faz visitas, busca estreitar as relações e tenta mudar a atitude da UE,
em suas palavras, hostis e hipócritas. A Alemanha, relacionada historicamente com os
judeus, não compactua com suas atuais ações e defende, junto a UE, a existência do
Estado da Palestina e do Estado de Israel .
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Enquanto os refugiados de outros conflitos foram pouco a pouco sendo absorvidos
pela cultura do país que os cedia asilo, os palestinos não possuíam direitos civis ou políticos
com poucas exceções – como a Jordânia. Além disso, o status de refugiado era passado de
forma hereditária, até fazer com que hoje, haja cerca de 4 milhões de refugiados palestinos
no mundo, segundo o Israel Science and Technology (2014).
A situação se torna ainda mais complexa porque o conflito que a causou ainda não
chegou a seu fim; além disso, segundo a UNRWA (Agência das Nações Unidas de
Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente, em português) "Os estados
árabes não querem resolver o problema dos refugiados. Eles querem mantê-lo como uma
ferida aberta, como uma afronta às Nações Unidas e como uma arma contra Israel. ”
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Figura 9 – Jovem palestino em um protesto contra um bloqueio israelense em Gaza
Fonte: Al Jazeera
Ademais, destaca-se que o poderio bélico e econômico das Forças Armadas de Israel
(Israeli Defense Forces, em inglês) é extremamente superior àquele demonstrado pelo
Hamas, a exemplo do sistema de defesa antimísseis de Israel, o qual intercepta a maior
parte dos foguetes lançados por palestinos. Nesse sentido, as respostas militares
israelenses aos ataques palestinos são desproporcionais, tendo em vista as investidas
direcionadas a alvos civis, em especial mulheres, crianças e jovens. Ações dessa proporção
geram um ciclo de ódio na população palestina, sobretudo nos mais jovens, os quais
reforçam a necessidade de combate armado como mecanismo de resolução do conflito.
Evidencia-se, também, que partidos políticos em Israel se valem dos ataques às
regiões ocupadas pelos Palestinos como mecanismo eleitoreiro, visando mascarar os
problemas socioeconômicos vivenciados por sua população. Assim, é difundida a
percepção, por meio da guerra psicológica, de que o conflito com os palestinos se configura
como o único problema de Israel. Igualmente, o conflito no século XXI é motivado pelo
isolamento econômico promovido por Israel e seus aliados ocidentais, essencialmente os
Estados Unidos - o qual sofre grande pressão do lobby sionista no Congresso
estadunidense, articulado pelo AIPAC3.
Dessa política, resultam, entre a população palestina, algumas das maiores taxas de
desemprego, fome e desnutrição do mundo, além do acesso precário aos serviços básicos
de saúde, infraestrutura e alimentação. De acordo com dados divulgados pelo Banco
3
American Israel Public Affairs Commitee, em português, Comitê de Assuntos Públicos EUA-Israel
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Mundial o percentual de desempregados entre a população economicamente ativa da
Palestina é de 43%, enquanto entre os jovens da faixa de Gaza este valor chega a 60%.
A partir dos anos 2000, assim, os conflitos foram constantes e se agravaram
significativamente, resultando na destruição de infraestrutura e perdas humanas. Destaca-se
abaixo na Figura 10 aqueles de maior relevância e conhecimento internacionais.
PERGUNTAS IMPORTANTES
PARA O DEBATE
1. Quais as consequências dos milhões de
refugiados palestinos para o futuro?
2. Como a cultura judaica, discriminatória
contra os muçulmanos, se deu durante os
conflitos?
3. Como a ascensão bélica de Israel se deu,
desde o início dos conflitos até o século
XXI, com o apoio dos Estados Unidos?
4. Qual a situação do povo palestino com o
conflito?
5. Quais países ou sob influências de quais,
reconheceram a soberania do Estado da
Palestina?
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