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Tecnologias

disruptivas e o mercado de
trabalho
İnternet das coisas e 5G
mat eloq aseino asb ismani so odu o etilibet

A internet das coisas, também conhecida pela sigla IoT (de


Internet of Things em inglês), tem relação com o princípio da
interoperabilidade, que significa basicamente a conexão entre coisas e a
rede mundial de computa- dores por identificação de radiofrequência
(RFID, sigla em inglês). O termo sur- giu em 1999, num artigo intitulado "A
coisa da internet das coisas", publicado no RFID Journal pelo cientista da
computação britânico Kevin Ashton (1968-). No mesmo ano foi um dos fundadores
do Auto-ID Center no Massachusetts Institute of Technology, laboratório de
pesquisa que desenvolveu a base da loT (hoje se chama Auto-ID Lab).
Naquele momento, no entanto, a internet tinha muito mais
limitações do que hoje e a interoperabilidade era apenas um projeto. Com o
passar dos anos, cada vez mais coisas passaram a ser conectadas a ela:
desde os meios de transporte e os smartphones até eletrodomésticos,
relógios, roupas e maçanetas.
A internet das coisas também tem aplicação na indústria 4.0, da
qual fala- remos adiante, e pode ser encontrada nas chamadas "cidades
inteligentes", que transformaram a concepção atual das cidades (leia
texto a seguir). Os exemplos de sua aplicação nesse caso são muitos:
iluminação inteligente de espaços públicos, monitoramento da
poluição, localização de vaga de estacionamento, gestão de
recolhimento e processamento de resíduos, entre outros.
A aceleração desse processo de junção do mundo físico com o
digital, por meio de dispositivos que se comunicam uns com outros e com data
centers em nuvem, depende, no entanto, de uma adequada infraestrutura de
conexão.
on

682
O

5G
24Novembers/Shutterstock

111
112
Kevin Frayer/Getty Images

A conexão 5G é considerada uma solução para facilitar


o uso da internet das coisas, pois tem ca- pacidade
para absorver conexões simultâneas, de forma
eficiente e com menor consumo de energia. Como é
esperado que o número de dispositivos conectados à
internet das coisas seja maior que a quantidade de
smartphones em uso, essa co- nexão precisa de
uma rede programada para res- ponder em tempo
real e que seja escalável (isto é, que possa se
reproduzir em grande quantidade) e versátil.
Especialistas em tecnologia preveem que no futuro a
internet das coisas e o 5G vão permitir inclusive a
utilização de veículos autônomos, ou seja, sem
motoristas.

HUAWEI

HUAWEI

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-

crescimento exponencial sobre os 4,8 bilhões de


2015. De acordo com a consultoria, a tendência é que
a internet das coisas esteja cada vez mais presente
na vida de todos e, espera-se, com resultados
positivos. asb ferreturi Recentemente, o
Fórum Econômico Mun- dial listou seis áreas nas
quais a IoT já faz toda a diferença. Confira uma delas.
1. Cidades mais inteligentes
Hoje, mais da metade da população mundial já vive
em ambientes urbanos. Em 2050, a pre- visão da
ONU é que a proporção suba para dois terços. Por
isso, é fundamental cuidar para que as cidades
sejam lugares sustentáveis e bem organi- zados,
que suportem o peso das mudanças climá-
Boticas e a chegada de mais milhões de habitantes.
A internet das coisas vem ajudando várias cidades a cumprir esse objetivo. Em
Barcelona, na Espanha, o uso de água para
irrigação em jardins e fontes públicas já é
controlado digital- mente, evitando desperdícios.
O mesmo acon- tece com o sistema de
iluminação pública, que tem postes dotados
de sensores de presença, usados como
roteadores para conexão Wi-Fi.
Também em Barcelona, um sistema implan-
A empresa chinesa Huawei é uma das que estão mais animulta
avançadas no desenvolvimento de um sistema 5G e acabou envolvida na
guerra comercial e tecnológica entre os Estados

Unidos e a China. Os Estados Unidos proibiram a empresa de tado nas


vias públicas avisa os motoristas sobre
atuar em seu território e têm pressionado outros países a não
instalar seu sistema 5G.

Já é possível ver aplicações práticas da inter- net


das coisas na organização do trânsito, na
agilização de tratamentos médicos e também na
preservação do meio ambiente, sempre
condicionada à capacidade humana de
analisar os dados que os dispositivos
conectados geram.
Segundo o Gartner, em 2020 já serão 25 bi-
lhões de objetos conectados à internet - um

Interpretar

Leia o texto e responda às perguntas:


lugares disponíveis para estacionar seus carros. Por
meio de sensores no asfalto, sinais são emi- tidos para um
aplicativo, ajudando o motorista a estacionar
rapidamente, o que reduz o trânsi- to e as
emissões de gases pelos veículos.
[.....]
ÉPOCA NEGÓCIOS ONLINE. Conheça 6 aplicações da internet das
coisas que já estão tornando o mundo melhor. Globo.com. 1o mar.
2019. Disponível em: https://epocanegocios.globo.com/
Tecnologia/noticia/2019/03/conheca-6-aplicacoes-da-internet- das-
coisas-que-ja-estao-tornando-o-mundo-melhor.html.

Veja orientações e respostas


no Manual do Professor.
Acesso em: 8 jul. 2020.
1. Tem havido expansão das conexões das coisas à internet? O que é necessário para viabilizar a
ampliação da
conexão de mais itens à internet das coisas?
2. Quais problemas das cidades atuais poderiam ser resolvidos ou minimizados com a implantação da
internet
das coisas, transformando-as em "cidades inteligentes"?
3. Pensem em algum problema da cidade do município em que moram que pode ser resolvido ou
melhorado
com o uso da internet das coisas.
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ALOGOS
Robotização
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Gaminiam sunan se oup shteùbni on a chnie,absbivirs eb site

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Conversa

Qual é a visão que


lego

vocês têm dos robôs?


Iniciado no século XX, o processo de robotização trata da automação de
tarefas antes executadas por seres humanos, ou seja, as tarefas passam a
ser executadas por robôs (do tcheco robota, "trabalho forçado").
Famosos nos filmes de ficção científica, robôs são máquinas eletromecâ-oito
Selecionem imagens nicas programáveis para executar movimentos padronizados com o
máximo bons de robôs em filmes an de eficiência possível. Além desse potencial de elevar a
produtividade, eles despertam o interesse da indústria e dos negócios em geral pelos benefícios que
trazem às empresas quando comparados aos trabalhadores humanos: não tiram férias, não faltam, não
adoecem, não necessitam de descanso, não recebem salário, entre outros fatores.
programados para
Com o desenvolvimento acelerado da área de robótica, os robôs foram
assumir atividades que representavam riscos à saúde dos trabalhadores,
como a soldagem de peças e a operação de alto-forno em siderúrgicas.
Além das atividades potencialmente perigosas à saúde huma- na, tarefas
com características rotineiras e repetitivas impulsionaram o pro- cesso de
robotização em busca do aumento da produtividade nas indústrias, mas não
apenas nelas.
Muitos hospitais já estão utilizando a robo- tização
em processos complexos e delicados, como no
campo das cirurgias robóticas. Leia o texto abaixo,
que mostra como funciona um robô
operante:

O robô é controlado pelo cirurgião através de um


console que executa os movimentos cirúr-
gicos replicados e aperfeiçoados pelos
quatro braços do robô. Com imagens em alta
definição e 3D, ampliadas em até 15 vezes, o
equipamento possui também um dispositivo que
filtra even- tuais tremores das mãos do médico, conferindo
maior precisão ao procedimento.
HOSPITAL Oswaldo Cruz. Centro Especializado em Cirurgia
Robótica. Como funciona o Da Vinci SI. Disponível em:
www.hospitaloswaldocruz.org.br/especialidades/centro-de-
cirurgia-robotica. Acesso em: 2 jul. 2020.

Ainda na área da saúde, assistimos recente- mente à


atuação de robôs no combate à pande- mia da
covid-19. Um hospital de Wuhan, cidade chinesa que
foi o primeiro epicentro da pande- mia, utilizou
robôs não só na recepção, mas também na
entrega de alimentos, bebidas e medicamentos aos
pacientes infectados, dimi- nuindo assim o contato deles
com outras pes- soas e minimizando a disseminação
do novo coronavirus.
ou desenhos de ficção científica de diferentes épocas. O que mudou e o que permaneceu?

Veja orientações e respostas no


Manual do Professor.
Um dos seis robôs que ajudam a equipe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Circolo, na cidade de Varese (Itália), a
atender pacientes durante a pandemia de covid-19, em abril de
2020.

Médicas passam por um robô policial no Aeroporto


Internacional de Wuhan (China), em abril de 2020.

113
Aly Song/Reuters/Fotoarena/www.fotoarena.com.br
Miguel MEDINA/AFP
114

Apesar de os robôs estarem cada vez mais sendo utilizados em outros


setores de atividade, ainda é na indústria que se concentra o maior número deles.
O gráfico abaixo mostra o crescimento do número de robôs industriais em
operação no mundo. A maior parte desses robôs funciona em fábricas da
China, do Japão, dos Estados Unidos, da Coreia do Sul e da Alemanha, os países
líderes em robótica. O gráfico a seguir mostra a instalação de novos robôs
industriais no ano de 2018.

Robôs industriais em operação no mundo


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(em mil unidades)
4

3 152

3
2747
2 440829
2 125 06

2
1838
1632
1 472
1 332
3 554

0
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019*
2020*
2021*
2022*
3917
Fonte: INTERNATIONAL FEDERATION OF ROBOTICS (IFR). World Robotics 2019 Edition. IFR, 2020.
Disponível em: https://ifr.org/free- downloads/. Acesso em: 10 jul. 2020.

*Estimativa.

Países que mais instalaram robôs industriais em 2018


Gráficos: Fórmula Produções/Arquivo da editora

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ca omos

1999

154,0
China

Japão
55,2

Estados Unidos
40,4

Coreia do Sul
37,8

Alemanha
26,7

Taipé Chinesa
12,1

Itália
9,8

França
5,8
sbniA

México
5,7

Espanha 5,3

0
40
80 (em mil unidades)
120
160
Fonte: INTERNATIONAL
FEDERATION OF ROBOTICS (IFR).
World Robotics 2019 Edition. IFR, 2020.
Disponível em: https://ifr. org/free-
downloads/. Acesso em: 10 jul.
2020.
ab sim

Conversa
Em pequenos grupos, orientados pelo professor, discutam prós e contras
da implementação da robotização nas atividades econômicas. Veja
orientações e respostas
no Manual do Professor.
Dibam
116

2000
Warner Bros/DreamWorks/Collection Christophel via AFP

Inteligência artificial
concer
A inteligência artificial (IA) vai além da robotização: con-
siste na capacidade de um sistema (robô ou computador]
não apenas armazenar e processar dados, mas também
adquirir, representar e manipular conhecimentos. São siste-
mas com capacidade de dedução e realização de inferências sobre
fatos e conceitos com base em conhecimentos já exis- tentes. De
forma mais direta, são máquinas que simulam a capacidade
humana de realmente aprender, pensar e agir de forma
inteligente.
O termo "inteligência artificial" surgiu em 1956 em um en-
contro na Universidade de Dartmouth, em New Hampshire
(Estados Unidos). O primeiro a utilizá-lo foi o cientista da
com- putação estadunidense John McCarthy (1927-
2011) em uma palestra feita nesse encontro, no qual um
grupo de cientistas discutiu o tema e dividiu opiniões sobre a
capacidade das má- quinas exercerem tarefas humanas.
A inteligência artificial, assim como a robótica, foi tema de muitos filmes e pode ser
O filme A.I.
encontrada na literatura de ficção científica nas últimas décadas.
Inteligência Artificial (2001), de Steven Spielberg, por exemplo, se
passa no futuro e mostra as tensas relações sociais entre humanos e robôs, por
meio de um casal que tem um "filho adotivo", o robô David.
Embora a área de inteligência artificial seja estudada desde os anos 1950 e
tenha frequentado o imaginário popular, só nos últimos anos pode ser vista
na prática em aplicações comerciais. Por exemplo, é encontrada em smartphones
ou computadores, como em assistentes virtuais inteligentes que são
comandados por voz e realizam diferentes tarefa apenas por meio de
"conversas". Entre as tarefas estão: fazer ligações, desenvolver pesquisas
na internet, comprar entradas para o cinema ou postar mensagens em redes
sociais. Além desses assistentes, atualmente podemos interagir com diver-
sas outras aplicações de inteligência artificial. Veja, na lista a seguir, alguns
exemplos e como essa tecnologia é utilizada:
• aplicativos de rotas: são capazes de cruzar inúmeros dados e fornecer
ao usuário as rotas mais curtas ou com menos trânsito; os aplicativos arma-
zenam as preferências do usuário e os endereços mais visitados para que a
interação seja a mais eficiente possível.
• funcionamento dos portais de buscas: o retorno das buscas é
diferente para cada pessoa; com base em uma análise dos dados dos usuários,
são mostradas as respostas, considerando os sites visitados, as pesquisas
realizadas anteriormente, o perfil do usuário e as publicações curtidas,
comentadas ou compartilhadas.
⚫ comércio eletrônico: por meio da inteligência artificial, são definidos
pra- zos de entrega para os clientes com custos mais atrativos, com base
em prognósticos de vendas para organizar a logística, por exemplo; cupons
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Cena do filme A./. Inteligência Artificial (2001), de Steven Spielberg.

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Warner Bros/DreamWorks/Collection Christophel via AFP

desconto também são oferecidos para clientes


que já tenham visualizado produtos, mas não os
compraram, a fim de incentivar o consumo daquele
potencial comprador. bedehub ⚫ mercado
financeiro: investidores podem utili- zar
inúmeros aplicativos e softwares capazes de
ajudá-los na organização das finanças e
em investimentos financeiros; esses programas são
capazes de aprender as preferências e os perfis
dos usuários por meio das ações to- madas por
eles e de respostas fornecidas em cadastros; além
disso, robôs inteligentes são responsáveis por monitorar
toda a movimenta- ção do mercado financeiro.

⚫ aplicativos de streaming: ao acessar aplicati-


vos como os de provedores de filmes e músi- cas, cada
pessoa recebe sugestões de acordo com o que vê
ou ouve; todas as sugestões têm como base robôs
inteligentes, que rastreiam as preferências de quem
acessa o aplicativo. De acordo com a consultoria IDC
(International Data Corporation), os gastos
mundiais com inte- ligência artificial alcançaram
37,5 bilhões de dó- lares em 2019 e projeta que
atinjam 98 bilhões de dólares em 2023. A maior
parte desses gastos concentra-se nos Estados Unidos, na
China, no Japão, na Alemanha e em outros
países desenvol- vidos. Segundo a IDC, em 2019 os
investimentos em inteligência artificial na América Latina
foi de 488 milhões de dólares (apenas 1,3% dos
gastos mundiais). A região, assim como o Brasil,
está bem atrás dos líderes.
Os investimentos no setor têm crescido por- que as
aplicações da robotização e da inteligência artificial
e acessíveis. No
vêm se tornando cada vez mais atrativas
entanto, uma questão muito im- portante para o uso
ético da IA é a necessidade de sua regulamentação.
Leia as matérias a seguir.
O CEO da Microsoft, Satya Nadella, disse.
nesta quinta-feira no Fórum Econômico Mun-
dial de Davos que a regulamentação do uso
e aplicações de inteligência artificial "é cru- cial",
acrescentando ao que foi dito pelo execu- tivo do
Google, Sundar Pichai.
Durante uma conversa com o presidente e
fundador do Fórum, Klaus Schwab, Nadella
alertou para o risco de deixar sem controle o
enorme poder que a inteligência artificial dá às
máquinas e aos homens que as controlam,
para pisso que os envolvidos não podem abdicar
de sua responsabilidade, doit so oquia o 2205 ma
sua responsabilidade.
Uma das críticas mais frequentes às ferra-
mentas que utilizam inteligência artificial é o
preconceito que mostram - gênero, raça etc. -de-
vido ao viés dos técnicos e que, segundo Nadella, pode
ser evitado promovendo a diversidade.oni O
executivo também se referiu à “dignidade dos dados"
que as grandes empresas controlam, dados do
consumidor que eles devem ser capa- zes de controlar
a todo momento, não apenas o que são, mas
também o uso que deles é feito.
EFE. Microsoft se une ao Google por regulamentação da inteligência artificial. Exame, 23 jan. 2020. Disponível em:
https://exame.com/tecnologia/microsoft-se-une-ao-google-
por-regulamentacao-da-inteligencia-artificial/.
Acesso em: 9 jul. 2020.

O chefe-executivo do Google não deixou. dúvidas sobre a importância que, em sua


opi- nião, a inteligência artificial (IA) terá para a
humanidade. "A inteligência artificial é uma das
coisas mais profundas em que estamos
trabalhando como humanidade. É mais pro- fund
fundo do que o fogo ou a eletricidade", disse
o CEO da Alphabet, Sundar Pichai, em entrevis- ta
hoje durante o Fórum Econômico Mundial em
Davos, na Suíça. [...]
"A inteligência artificial não é diferente do cli- ma", disse Pichai. "Você não pode obter segurança com
um país ou um conjunto de países trabalhan- do
nela. Você precisa de uma estrutura global." [...]
Tecnologias como reconhecimento facial podem ser usadas para o bem, como encontrar
pessoas desaparecidas, ou ter
"consequências negativas", como vigilância
da população, disse o executivo.
THOMPSON, Amy. Inteligência artificial causará mudança mais
profunda que o fogo, diz CEO do Google. Tilt, 22 jan. 2020.
Disponível em: www.uol.com.br/tilt/noticias/
bloomberg/2020/01/22/inteligencia-artificial-causara- mudanca-
mais-profunda-que-o-fogo-diz-ceo-do-google. htm#:~:text=%22A
%20intelig%C3%AAncia%20artificial%20
%C3%A9%20uma, Mundial%20em%20Davos%2C%20na%20 Su
%C3%AD%C3%A7a. Acesso em: 9 jul. 2020.

117
118

İndústria 4.0
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O termo "indústria 4.0" originou-se de um projeto de alta tecnologia do go-
verno alemão com o objetivo de associar a automação industrial ao uso de
máquinas conectadas para a fabricação de produtos cada vez mais persona-
lizados e baseados em análises de grande quantidade de dados (big
data). Em 2013, o Grupo de Trabalho da Indústria 4.0, liderado pelo físico
Henning Kagermann (1947-), publicou o relatório Recommendations for
implementing the strategic iniatiative Industrie 4.0, sob o patrocínio do Ministério da
Edu- cação e Pesquisa da Alemanha. Desde então, esse conceito, que
engloba as principais inovações tecnológicas dos campos de automação e
tecnologia da informação (TI), vem sendo amplamente utilizado nas
empresas pioneiras em alta tecnologia.
O grupo de trabalho do projeto alemão caracterizou a indústria 4.0 consi-
derando seis princípios:
1. Tempo real: capacidade de coletar e tratar dados de forma instantânea,
permitindo reagir aos acontecimentos em tempo real.
2. Interoperabilidade: capacidade dos sistemas de se conectarem com ou-
tros sistemas. Quanto maior a conectividade entre os sistemas, maior a accapacidade de
coleta de dados e a capacidade de tomada de decisões em tempo real. A
integração entre os dados coletados na indústria e sistemas de outros
setores, como marketing, operações e financeiro, permite deci- sões rápidas
e integradas.
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3. Virtualização: tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada, muito conhecidas nos
jogos eletrônicos e no cinema, têm um enorme po- tencial para a indústria, trazendo a representação
de uma cópia virtual das fábricas inteligentes, permitindo que os profissionais visualizem pro- dutos
e comportamentos de equipamentos. Com a virtualização é possí- ms 301 a
obrugs2.obiv vel ainda rastrear e monitorar remotamente todos os seus processos.
4. Descentralização: princípio que estabelece que cada pessoa (ou
máqui- na) é capaz de implementar melhorias na produção com base
nos dados que recebe. Sem a indústria 4.0, um grande sistema central lida
com cada mínima decisão envolvendo as mais diversas áreas da indústria, o que
toma mais tempo.

Conceitos
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Big data
Big data (do inglês, "grandes dados" ou "megadados") é um conceito da área de TI que define
técnicas de processamento e análise de dados muito grandes e/ou variados para serem tratados por técnicas
tradicionais. O conceito começou a ser usado no início dos anos 2000 quando o analista de sistemas
estadunidense Doug Laney,off enxergando a importância da coleta, armazenamento e processamento
de grandes quantidades de dados, propôs a ideia síntese dos "três v" do big data: volume (grandes
quantidades), variedade (de fontes) e velocidade (de processamento). Depois, aos "três v" originais foram
adicionados outros dois: veracidade (confiabilidade) e valor (benefícios gerados).
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5. Modularidade: o século XXI trouxe um grande aumento na busca por per-
sonalização de produtos. Com a coleta de um grande número de dados de
produção e consumo, a produção direciona-se para a personalização, com
seus componentes sendo baseados em módulos capazes de permitir o
acoplamento ou o desacoplamento de recursos, segundo a demanda da
fábrica. Isso permite flexibilidade na alteração de tarefas em comparação
com o modelo anterior. Um bom exemplo de entendimento da modulari- dade é a
Um único
indústria automobilística, que utiliza o conceito há alguns anos.
modelo de carro permite que a indústria venda tipos diversos de
acessórios modulares complementares.

6. Orientação a serviços: princípio de que os softwares são


orientados a disponibilizar soluções como serviços, conectados com
toda a indústria. Assim, a conexão entre trabalhadores e máquinas torna-se vital
para a realização de determinadas tarefas.

A indústria 4.0 é resultante, portanto, de uma linha contínua de inova- ção e


integração de diversas tecnologias. Ela vem sendo tratada por muitos como
a Quarta Revolução Industrial por ter em comum o objetivo de tornar as
máquinas mais inteligentes, integrando sistemas físico-cibernéticos, o que
implica um grau de complexidade bem mais elevado do que as Revoluções
Industriais anteriores.

Quando falamos em revolução na indústria, não tratamos de uma no- vidade


que impacte localmente o processo de alguns fabricantes. Para ser tratado
como uma revolução, o impacto da produção deve acontecer em escala
mundial e multissetorial. Assim, a tendência tecnológica que observamos
aqui se dá pela combinação de novos conceitos e novas tec- nologias.
Observe o esquema.
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MANUFATURA
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COMPUTAÇÃO
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SIMULAÇÕES
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Abrab eomuloy
INTEGRAÇÃO DESISTEMAS

INTERNET

DAS COISAS
Fonte: BCG. Embracing industry 4.0 and rediscovering growth. Boston Consulting Group, 2020. Disponível em: www.bcg.com/pt-br/capabilities/
operations/embracing-industry-4.0-
rediscovering-growth.aspx. Acesso em:
16 jun. 2020.
CIBERSEGURANÇA

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Internet das coisas e sistemas integrados da Xude o


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A aplicação da internet das coisas na indústria 4.0 é encontrada, por exem- Momo 2132
Mos plo, em fábricas integradas por sensores que capturam grandes quantidades de dados por
toda a empresa e permitem a gestão de dispositivos de forma remota. Dessa forma, um dos primeiros
impactos da internet das coisas so- bre a produção industrial está em sua otimização, sem que,
muitas vezes, haja a necessidade de intervenção humana.
O monitoramento do desempenho da produção praticamente em tempo
real pode ser feito desde a obtenção da matéria-prima até a embalagem e
a distribuição dos produtos. A análise desses dados proporciona rapidez
nas respostas, ajustando operações e identificando pontos de melhoria nos
pro- cessos, com ganhos potenciais em custos e segurança.
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A internet das coisas e os sistemas integrados permitem ainda o con-
estoques por meio da identificação por radiofrequência (RFID), um
tipo de etiqueta que captura dados. É a mesma tecnologia adotada em
cancelas de pedágio e estacionamentos ou no monitoramento do de-
sempenho de maratonistas em corridas. Ao receber um número de série único,
cada etiqueta identifica o produto por meio de um microchip. A par- tir daí, o
controle do produto no estoque é muito mais eficiente. A etique- ta faz a
identificação automática do produto e de todas as informações dele no
sistema da empresa, prevenindo assim o roubo e as trocas de mercadoria e
ainda reduzindo os erros de armazenamento. A inteligência artificial pode, em
combinação com essa tecnologia, solicitar a reposição de determinado
produto em estoque quando este atinge um nível crítico, por exemplo.
A internet das coisas na indústria 4.0 também é pensada para possibilitar a
melhoria da segurança e da proteção individual: câmeras e sensores cap-
turam dados que são processados por sistemas especializados e informam.
atitudes inadequadas ou perigosas, disparando automaticamente ações de
proteção e prevenção, ou induzem ao autodesligamento de máquinas com
mau funcionamento, de forma a evitar acidentes, e informam a necessidade de
manutenção.
Com o controle integrado e automatizado e a disponibilidade de grandes
volumes de dados em tempo real, problemas de qualidade do produto são
corrigidos quase instantaneamente, liberando ao mercado lotes de produtos
mais bem acabados do que os do estágio anterior da industrialização, que
dependiam da verificação humana para os padrões de qualidade.

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RFID
Scott Lewis/Flickr

A radiofrequência (RFID, sigla


para o termo inglês Radio-
Frequency IDentification] é utilizada
para ler informações de produtos
através de sinais de rádio, com o uso de
microchips - uma alternativa aos
códigos de barras. Nas fotos, exemplos
de identificação por radiofrequência.
Reprodução/
transportemoderno.com.br

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