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FOTO CAPA
TECNOLOGIA EM
MEIO AMBIENTE
UNIDADE 12
CIDADES INTELIGENTES
“SMART CITIES”
A Internet das Coisas (Internet of Things – IoT) é uma dessas tecnologias que está
relacionada a uma nova era da internet denominada de web 3.0, que está no foco de
diversas empresas privadas e governamentais ao redor do mundo. A ideia de IoT já
exista há muito tempo, uma coleção de avanços recentes em diversas tecnologias dife-
rentes tornou-a prática, como sensores de baixo custo e baixa potência, conectividade,
plataformas de computação em nuvem, Inteligência Artificial (IA) conversacional, entre
outros.
Não existe um conceito unânime sobre a internet das coisas, para Magrani (2018, p.
45):
[...]do ponto de vista da normalização técnica, a IoT pode ser vista como uma
infraestrutura global voltada para a era digital, permitindo serviços avançados
por meio da interconexão físicas ou virtuais com base na tecnologia de in-
formação e comunicação interoperáveis existentes e em constante evolução.
Vale ressaltar que uma rede são os objetos físicos incorporados a sensores, software
e outras tecnologias com o objetivo de conectar e trocar dados com outros dispositivos
e sistemas pela internet. Esses dispositivos variam de objetos domésticos comuns a
ferramentas industriais sofisticadas.
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Cidades Inteligentes “Smart Cities” U12
valores atuais como referência. Por exemplo, hoje existem mais de 10 bilhões de dis-
positivos IoT conectados, os especialistas esperam que esse número cresça para 22
bilhões em 2025.
A Internet das Coisas está além das funções atribuídas às casas inteligentes ou a itens
como geladeiras, que controlam o estoque de alimento e indicam o que precisa ser com-
prado na lista da semana. Tal tecnologia traz, de forma progressiva, a automação da vida
social e da economia por meio da comunicação máquina-máquina, impactando no trans-
porte, na produção industrial, na agricultura, na saúde, na logística, entre outros.
Entretanto, para que a IoT seja uma prática cotidiana, necessita-se que cada vez mais
se tenha um ambiente adaptado a essa tecnologia, como um grande número de disposi-
tivos com acesso à internet. Porém, muitos ainda não possuem este acesso. Dessa for-
ma, a democratização da internet se torna fundamental para esse avanço tecnológico.
O mecanismo da IoT com a data base pode ser vivenciado no cotidiano de um sujeito
que acessa à internet, após uma pesquisa sobre pressão alta, por exemplo, sendo
possível então a página apresentar remédios e soluções para a sua busca.
A IoT, como todas as tecnologias, pode apresentar muitos benefícios e desafios que
cabe à sociedade como um todo analisar, criticamente, essa tecnologia em desenvol-
vimento para encontrar caminhos para um crescimento sustentável para a sociedade
e que os benefícios possam superar os desafios. Entretanto, um ponto que deve ser
analisado é que a tecnologia digital não garante que a vida das pessoas será mais fácil,
assim como se torna inviável os custos em conectar dispositivos que retornem poucos
benefícios. Além do que, o interesse em coisas tidas como não essenciais e que não
apresentam benefícios substanciais acabam rapidamente, não tendo uso duradouro.
Embora a IoT seja uma cultura relativamente nova e ao mesmo tempo compreendendo
que cada vez mais ela participa das interações entre pessoas, sensores e máquinas,
alterando a forma como as decisões são tomadas assim como as ações praticadas, fa-
z-se necessário pensar nas questões éticas que envolvem esse cenário. Tais questões
precisam ser observadas constantemente, pois, como é uma tecnologia em desenvolvi-
mento, não é conhecido plenamente seus riscos e benefícios potenciais.
O Brasil não está de fora desse novo cenário, entretanto, segundo o índice de Competi-
tividade Mundial 2020, o nosso país continua sendo um dos países menos competitivos
do mundo – dentre as 63 nações avaliadas, o Brasil está na posição 56. Para essa
avaliação são utilizados mais de 340 critérios em amplos aspectos de competitividade.
Para ampliar seu conhecimento sobre o Índice Global de Inovação 2020, clique em: ht-
tps://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2021/03/brasil-tem-pior-nota-em-inova-
cao-em-dez-anos-e-perde-destaque-entre-emergentes.shtml. Acesso em: 1 jun. 2021.
Magrani (2018, p. 78) apresenta a hipótese de como o Brasil deve se movimentar nesse
cenário e as preocupações que devem apresentar que vai além da infraestrutura, «[...]
não basta para o Brasil apenas investir nos setores de serviços por meio da IoT. Deve
haver outras preocupações que envolvam, além da infraestrutura da inovação nacional
e da educação, questões jurídicas e técnicas”. Para o autor, é fundamental para o Brasil
repensar alguns pontos destacados na Figura.
Interoperabilidade entre
as máquinas.
Ética na comunicação
máquina a máquina.
O Brasil precisa acelerar a retomada de sua posição inovadora e competitiva, pois a IoT
impactou profundamente a sociedade, chegando até a ser fomentado o conceito, ainda
em construção, de Quarta Revolução Industrial, ou Indústria 4.0.
Figura 04. As quatro Revoluções Industriais
O Brasil apresenta como plano para a infraestrutura ampliar a malha brasileira de fibra
óptica, que auxiliará na melhor qualidade da internet, promovendo um ambiente mais
adequado para a IoT. A ampliação da malha brasileira está relacionada com o 5G, que
é o padrão de tecnologia de quinta geração para redes móveis e de banda larga, que
as empresas de telefonia celular começaram a implantar em todo o mundo no final do
ano de 2018, e é o sucessor planejado das redes 4G que fornecem conectividade para
a maioria dos dispositivos atuais.
Além da ampliação da malha de fibra óptica, o Brasil possui o Programa Brasil Mais,
que se propõe a popularizar a conexão com a internet, levando conexão de banda larga
a 95% da população. Esse programa possui dois eixos de atuação: Melhores Práticas
Produtivas e Melhores Práticas Gerenciais.
O “Brasil Mais” é uma iniciativa do Governo Federal que visa aumentar a produtividade
e a competitividade das empresas brasileiras com a promoção de melhorias rápidas,
SAIBA MAIS
de baixo custo e alto impacto. Saiba mais sobre esse programa, acesse o link a seguir.
Além das variedades encontradas nos projetos destacadas anteriormente, outro desafio
para a classificação é o estágio em que cada país encontra-se na hiperconectividade
em prol das cidades inteligentes. No mundo, cada país está em um estágio, existem
países que nem começaram o movimento e outros que mesmo possuindo algumas po-
líticas voltadas para as cidades inteligentes não conseguiram implementar totalmente,
pois ainda estão caminhando em projetos-pilotos.
Os países desenvolvidos fazem o uso dessas tecnologias em suas cidades com alta de-
manda de pessoas, podendo ser essenciais para o trabalho uniforme e organização de pes-
soas, com a alta eficácia em transmitir as informações que a população está procurando.
IMPORTANTE
As Smart Cities têm como principal conceito o uso astucioso de infraestrutura, siste-
mas de informação e comunicação para melhorias nas condições sociais e econômi-
cas da sociedade.
Bencardino e Greco (2014, p. 40) afirma que três abordagens diferentes podem ser ob-
servadas nas cidades inteligentes: a primeira voltada para a utilização das TICs e infra-
estrutura, apresentando foco no hardware; a segunda apresenta o capital humano como
centro das ações assim como as inovações sociais que avançam simultaneamente. A
terceira é uma integração das duas anteriores a fim de auxiliar a estratégia da cidade.
Analisando o conceito de cidades inteligentes, é possível perceber que elas são mode-
los que devem ser alcançados. No entanto, para alcançar esse patamar de cidade inteli-
gente, o desenvolvimento deve ser setorizado, elegendo focos de atenção e dimensões
que devem ser mobilizadas, por exemplo, a área da mobilidade urbana, implementando
um serviço de transporte e sistemas inteligentes, formando um sistema urbano de mo-
nitoramento, uma rede elétrica inteligente, entre outras.
É partir de focos de desenvolvimento que será possível montar uma rede urbana inteli-
gente em que, por meio da sinergia entre os projetos, grupos de interesse, sendo eles
associações, cidadãos, universidades, governos e empresas, inovação local, monitora-
mento do big data, entre outros, possibilitarão a integração entre eles, propiciando uma
governança e estratégia únicas, a fim de amenizar ou quem sabe resolver os problemas
urbanos, além de auxiliar no desenvolvimento de tecnologias que possibilitarão oferecer
melhor qualidade de vida para a sociedade.
É importante salientar que as Smart Cities usam a tecnologia para desenvolver cidades
sustentáveis e limpas. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (BRASIL, 2020,
p. 6) existem algumas características e fatores para se instituir uma Cidade inteligente:
Ainda de acordo com o Ministério (BRASIL, 2020, p. 6), a Economia Inteligente está ba-
seada no espírito inovador, empreendedorismo, produtividade, integração internacional
entre outros. O capital social e humano compreendido como Pessoas Inteligentes pre-
cisa apresentar como característica o nível de qualificação, pluralidade social e étnica,
criatividade, participação na vida pública, entre outros. A atratividade das condições na-
turais, nível de poluição, proteção animal e gerenciamento de recursos sustentáveis são
a base do Ambiente Inteligente. A Mobilidade Inteligenteintegra os transportes e TIC,
sendo composto por acessibilidade local, sistemas de transporte inovadores, seguros e
sustentáveis, entre outros.
A qualidade de vida, por sua vez, é o elemento principal do Modo de Vida Inteligente,
que é formado por instalações culturais, segurança individual, qualidade da habitação,
entre outros. Por fim, a Governança Inteligente necessita da participação na tomada de
decisões, serviços públicos e sociais, governança transparente, entre outros.
3. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Com o passar das décadas, o avanço tecnológico auxiliou profundamente na produção
de conhecimento e este tem se tornado o fundamento da sociedade. “A produção inten-
sa de conhecimento científico e tecnológico vivenciada pela sociedade nos dias atuais
dá a esta uma característica que lhe permite a denominação de sociedade do conheci-
mento” (CASTELLS, 2002, p. 41).
A palavra informação pode ser compreendida como algum dado que foi coletado e pro-
cessado se tornando útil para um determinado contexto e usuário, ou seja, nada mais é
que um dado com valor agregado e a maneira/forma que esta informação será utilizada
produzirá inevitavelmente algum tipo de conhecimento. Neste contexto, é preciso escla-
recer o conceito de dado, que é referente à descrição dos fenômenos, sendo estes de
diferentes origens.
Fonte: 123RF
Já de acordo com Schutzer e Pereira (1999, p.149), “é um sistema integrado homem-
-máquina que fornece informações de suporte a operações, gerenciamento, análise e
funções de tomada de decisões em uma organização”. Logo, é evidente que o termo
Sistemas de Informação pode ser aplicado a diferentes áreas do conhecimento, ou seja,
na área tecnológica, social ou econômica. Dentro desse contexto, surgem os sistemas
de informações transacionais, sistema de processamento de transações, sistemas de
informação geográfica, sistema de informação gerencial etc.
Os Sistemas de Informação podem ser manuais ou informatizados, tal decisão está rela-
cionada ao grau de complexidade, agilidade e recursos disponíveis ao alcance do usuá-
rio, ambos os modelos apresentam um significativo aprimoramento. No modelo manual
existem três pilares essenciais: o peopleware, ou seja, os recursos humanos, pessoal
de coleta e processamento da informação e usuários finais; bases de dados, ou seja, o
conjunto de dados armazenados; e os métodos e procedimentos, ou seja, a definição dos
procedimentos de entrada, processamento e geração dos dados e informações.
` O serviço de posicionamento padrão, ou SPS, é destinado para o uso dos civis e sua
precisão pode variar em até 100 metros.
o funcionamento de outros satélites que não estão defasados. Quando são desativa-
dos, viram lixo espacial, o qual é composto de inúmeros objetos que podem incluir,
além dos satélites desabilitados, detritos de naves, objetos metálicos, entre outros.
Estima-se que existem mais de 17.000 objetos compondo o lixo espacial, esse grande
volume de material, que continua em movimento em torno do Planeta Terra, pode ser
o responsável por danos causados em naves ou até mesmo colisões.
COMPLEMENTAR
Assista aos vídeos 1-BIG DATA / 2-Qual a diferença entre sinal analógico e digital? /
ATIVIDADE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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