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26 ‘Teste be Arecergo Tesarica I. O herdi primeiro passo para analisar uma histéria é reconhecer o personagem com o qual o contador da historia se identificou: (1) o personagem por quem o contador das historias se mostra aparentemente mais interessado, aquele cujo ponto de vista adotou, cujos sentimentos e motivos foram retratados com mais profundidade. Em geral, (2) é aquele ou aquela que mais se parece com 0 sujeito, sendo um individuo do ‘mesmo sexo, tendo aproximadamente a mesma idade, status ou papel; compartilha alguns dos sentimentos c objetivos com o sujeito, Esse personagem, chamado herdi (seja masculino ou feminino), é (3) em geral a pessoa (ou uma das pessoas) retratada na prancha e (4) a pessoa que desempenha o principal papel no drama (her6i em sentido literal), aparecendo no comego e estando fortemente presente no desfecho. Embora a maior parte das historias tenha apenas um her6i (facilmente reconhecivel por meio de um desses critérios), 0 psicdlogo deve estar preparado para lidar com certas complicag@es freqiientes: (1) a identificago do sujeito com o personagem muda no curso da histéria; ha wma seqiiéncia de herdis (primei- 10, segundo, terceiro, etc.); (2) duas forgas da personalidade do sujeito podem estar representadas por dois personagens diferentes, por exemplo, um impulso anti-social por um criminoso e sua consciéneia por um representante da lei. Aqui falariamos de um tema endopsiquico (situagao dramética interna) composta de dois her6is. (3) O sujeito pode contar uma histéria contendo outra historia, o que acontece quando o heréi observa ou ouve coisas relacionadas com acontecimentos em que outro personagem (por quem expressa certa simpatia) esta comprometido de forma importante. Nesse caso, falamos de heréi primério ¢ heréi secundéirio, Em seguida, (4) o sujeito pode identificar-se com um personagem do sexo oposto e expressar uma parte de sua personalidade exatamente dessa maneira. (Geralmente num homem isso é sinal de um elemento marcadamente feminino e, numa mulher, um componente masculino do mesmo teor.) Finalmente, pode acontecer que nao haja um tinico her6i identificével; ou (5) o heroismo esté espalhado por um numero igualmente significante, diversificado, de herdis parciais (isto é, um grupo de pessoas); ou (6) 0 personagem principal (herdi no sentido literal) pertence & parte objeto da situagao sujeito-objeto. Ele nao é um compo- nente da personalidade de quem conta a histéria, mas um elemento de seu ambiente. Em outras palavras, 0 sujeito nao se identificou minimamente com o personagem principal, mas observou-o como o faria com um estranho ou uma pessoa de que no gostasse e com quem teria de lidar, O sujeito propriamente dito nao estaria representado ou estaria por intermédio de um personagem secundairio (her6i no nosso sentido). O psicdlogo deve caracterizar os heréis conforme os seguintes tragos: superioridade (poder, capacida- de), inferioridade, criminalidade, anormalidade psiquica, solidao, sentimento de pertinéncia, lideranga e incli- nagdo para discussdes (grau em que se envolve em conflitos interpessoais). II. Motivos, inclinagdes e sentimentos dos herdis A tarefa seguinte do psic6logo ¢ observar em todos os detalhes tudo 0 que cada um dos vinte ou mais herdis sentem, pensam ou fazem, notando evidéncias do tipo de personalidade ou de doenga mental, bem como tudo 0 que for incomum: diferente ou tinico; ou comum mas incomumente elevado ou baixo na intensidade ou freqiléncia, Ao descrever ou formular as reagdes dos herbis, o psicélogo esta livre para usar qualquer conjunto de varidveis que tenha escolhido. Pode analisar o comportamento em conformidade com um esquema conceptual abrangente que conceda a cada varivel psicologicamente significante seu devido lugar; ou entéo pode limi- tar-se 4 observagao de uns poucos tragos. Tudo depende do que pretenda saber sobre 0 sujeito. Pode estar interessado em evidéncias dos tragos bipolares de extroversao-introversio, de masculinidade-feminilidade,

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