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Função Social Da Escola 2
Função Social Da Escola 2
INICIAR
Introdução
Nesse capítulo você aprofundará os estudos sobre a função social da escola.
Porém, agora, com enfoque maior nas questões que compreendem a educação
em seu ambiente formal e não formal, de modo que você possa compreender
como a escola exerce sua função. A partir da perspectiva histórica e cultural da
educação, a contribuição das Concepções Epistemológicas na construção dos
saberes será analisada de maneira que você identifique como os modelos
pedagógicos colaboram para a formação docente, além de compreender a
evolução desses modelos e sua funcionalidade no mundo contemporâneo.
Você já se perguntou para que serve a escola? Já parou para pensar como a
educação se deu ao longo da história? Sabemos que a escola é resultado de um
processo de ação-reflexão-ação advindo das construções coletivas sociais ao
longo da história da humanidade, e que traz implicações para a vida em
sociedade. Dessa forma, um dos fins da educação está em habilitar os jovens a
modificarem, por meio de ações pessoais, a si e ao meio em que vivem,
transformando, assim, valores culturais do passado em possibilidades de
emancipação do presente.
Portanto, a função da escola está para além dos seus muros. Nesse sentido, onde
você entende que a educação acontece? Apenas nos espaços da sala de aula ou
em salas temáticas? Em quais ambientes a escola pode desempenhar sua função?
A partir desses questionamentos você terá condições de analisar como os
ambientes formais e não formais da educação podem colaborar para uma prática
reflexiva, que tenha por proposta garantir os direitos sociais da educação de modo
que a escola, ao exercer seu papel, possa oportunizar uma formação para a vida.
Bom estudo!
Da maneira como existe entre nós, a educação surge na Grécia e vai para Roma, ao
longo de muitos séculos da história de espartanos, atenienses e romanos. Deles
deriva todo o nosso sistema de ensino e, sobre a educação que havia em Atenas, até
mesmo as sociedades capitalistas mais tecnologicamente avançadas têm feito
poucas inovações (BRANDÃO, 2005, p. 35).
Figura 1 - O ensino restrito à sala de aula caracteriza a escola como espaço formal de aprendizagem.
Fonte: joyful designs, Shutterstock, 2018.
D
e
Assim,
s o real papel da escola nos ambientes formais é o de ensinar ao aluno, além
dosli conteúdos dispostos na base curricular comum, a apropriar-se dos seus
direitos
z de cidadão de modo que ele se torne um sujeito mais crítico e reflexivo e,
ainda,
e possa desempenhar seu papel de cidadão em prol da emancipação e
desenvolvimento
s social.
Poro fim, vale destacar que a organização dos tempos e espaços na escola para o
b
processo formativo tanto do aluno, quanto do professor, é necessária, além de
r
determinar e deixar explícito que tipo de aprendizagem está sendo ofertada.
e
2.1.3
a Os desafios da educação em ambientes formais
i
Presenciar a rotina escolar significa adquirir uma experiência de vida, vivência que
m
é flexível e pode variar de acordo com a sociedade, os sujeitos e as culturas. Um
dosa grandes desafios da ação pedagógica e da direção escolar é organizar e
g
reorganizar os tempos, os espaços e o trabalho docente, de forma que outras
e
propostas pedagógicas possam surgir. E mesmo que isso cause conflitos, às vezes
m
é necessária a divergência para que se alcance o sucesso.
p
Sobre o desafio de organizar o ambiente escolar, seu tempo e espaço, a escola
a
deve superar alguns paradigmas como o tempo cronometrado das aulas, que está
r
arraigado na ascensão de níveis e em resultados e avaliações. Reorganizar o
a
ambiente formal de ensino oferece aos alunos condições apropriadas para a
Z
reflexão crítica sobre o conhecimento e sobre a vida. Uma escola tradicional
o
diante de uma organização minuciosa e incisiva do tempo e espaço escolar faz
o
com que seus professores não explorem outras possibilidades, muito menos as
m
relações pedagógicas que se dão nas relações humanas.
VOCÊ QUER VER?
O programa Roda de Conversa exibido em 8 de abril de 2013, pelo Canal Minas Saúde, traz como tema
os espaços não formais do conhecimento: a escola além da escola. O enfoque apresenta esses locais
como ambientes de discussões e reflexões sobre o contexto educacional brasileiro. Para assistir, acesse
o endereço: <https://www.youtube.com/watch?v=JdLKPMCVPEY (https://www.youtube.com/watch?
v=JdLKPMCVPEY)>.
VOCÊ SABIA?
Os movimentos sociais são fundamentais na sociedade moderna, pois eles
impulsionam as transformações na sociedade, porque os ativistas desses
movimentos, em coletividade, exigem mudanças, clamam por transformações,
além de serem uma forma de identificar a satisfação do povo diante dos
governantes e gestores. Quanto a um movimento bem organizado filosófica e
politicamente que tende a romper paradigmas e mobilizar discussões
imprescindíveis para o avanço da sociedade, podemos citar o Movimento dos
Trabalhadores sem Terra, que hoje já conquistou mudanças das políticas do país
(GOHN, 2008).
Vejamos agora o papel da escola não formal na história e sua função social assim
como os sujeitos envolvidos no processo de desenvolvimento da aprendizagem de
mediação do conhecimento.
Figura 3 - A educação não formal e sua prática na atualidade. Fonte: Syda Productions, Shutterstock,
2018.
D
e
Assmudanças ocorridas com a estrutura das famílias burguesas em detrimento do
processo
li de industrialização do século XVIII e XIX, além das inúmeras modificações
e novas
z necessidades advindas com o processo de industrialização e trabalho,
foram
e também relevantes para o surgimento da educação não formal. Assim,
revela
s o quanto as instituições que são mantenedoras da educação – como a
escola
o e a família – não desempenhavam seu papel de maneira satisfatória. E por
não
b darem conta das demandas da sociedade em transformação, abriram espaços
para
r que novas propostas fossem criadas, com o intuito de suprir as falhas
deixadas
e pelas instituições já institucionalizadas.
a um exemplo no caso descrito a seguir:
Veja
i
m
a
g
e CASO
m
Um exemplo de ambiente não formal de aprendizagem é a Casa do Menor
p Irmão Cavanis, em Ponta Grossa, no Paraná. Esse é um projeto sem fins
a lucrativos mantido por uma entidade de assistência social e educacional,
r ou seja, é uma Organização Não Governamental (ONG). Fundada em 1969
por padres italianos, desenvolve atualmente projetos em vários estados do
a país. Somente na unidade de Ponta Grossa (PR), atende mais 250 crianças
Z de 6 a 18 anos de idade. A equipe pedagógica é formada por um pedagogo,
o coordenador pedagógico e uma assistente social. Os professores são
o
o
contratados por meio de seleção. O projeto também é voltado para a
m permanência de jovens no Ensino Médio por meio de um sistema de
proteção social, e auxilia nas tarefas escolares visando à redução da
evasão. A unidade de Ponta Grossa conta com mais 37 voluntários (PAULA;
SANTA CLARA, 2008, p. 185).
Desse modo, podemos afirmar que o direito à formação, tanto por meio dos
ambientes formais quanto em ambientes não formais de acesso ao conhecimento,
deve ser oferecido a todos, assim como as oportunidades dadas pelas instituições
escolares e como as propostas de educação não formal. Dessa maneira, haverá
sempre um trânsito livre e democrático entre os sujeitos, de modo que possam
buscar sua emancipação.
Figura 4 - Educação em espaços não formais. Fonte: Tyler Olson, Shutterstock, 2018.
D
Desse modo,
e vários objetivos são propostos na educação não formal dentre os
quais enriquecer
s a biografia dos sujeitos, acrescendo suas experiências
formativas.
li Sendo assim, na educação não formal é comum a mistura de idades,
experimentos
z em locais e tempos flexíveis, a não obrigatoriedade de frequência
mínima. ePodemos citar como exemplos algumas de suas áreas de abrangência:
aprendizagem
s política e cidadã, capacitação para o trabalho, práticas e objetivos
comunitários
o voltados para solução de problemas, aprendizagem de alguns
conteúdos
b da educação formal – porém, em ambientes diferenciados –,
desenvolvimento
r de práticas que envolvem diversas mídias (como a eletrônica).
Nesse sentido,
e podemos complementar:
a
i Os espaços onde se desenvolvem ou se exercitam as atividades da educação não-
m formal são múltiplas, a saber: no bairro-associação, nas organizações que
a estruturam e coordenam os movimentos sociais, nas igrejas, nos sindicatos e nos
g partidos políticos, nas organizações não governamentais, nos espaços culturais, e
e nas próprias escolas, nos espaços interativos dessas com a comunidade etc. (GOHN,
m 2008, p. 101).
p
No Brasil,a desde 2010, a educação não formal tem apresentado propostas voltadas
r
para as camadas mais pobres, promovidas pelos órgãos públicos ou por diferentes
segmentosa da sociedade, ora também por meio de parcerias entre o público e o
privado, Ze tem aparecido na mídia com maior frequência quando compreende as
o
ações relativas às questões ambientais. Temos como exemplo a Agenda 21
o que é um “[...] instrumento de planejamento participativo para o
brasileira,
m
desenvolvimento sustentável do país, resultado de uma vasta consulta à
população brasileira” (BRASIL, 2008, s. p.). Foi coordenado pela Comissão de
Políticas de Desenvolvimento Sustentável (CPDS) e Agenda 21; construído a partir
das diretrizes da Agenda 21 Global, e entregue à sociedade, por fim, em 2002
(BRASIL, 2008).
p
a
Importante ressaltar, ainda, que na educação não formal o trabalho docente
r de muita dedicação, estudo, vivências e criatividade, pois para que os
necessita
alunosa se mantenham ativos, as aulas e atividades devem ser dinâmicas, atrativas
Z
e prazerosas, de modo a envolvê-los e permitindo que compreendam o espaço de
o
aprendizagem não formal como um lugar em que o conhecimento fará deles
o críticos, reflexivos e atuantes na sociedade.
cidadãos
m
A partir dos conhecimentos que englobam a educação formal e não formal, a
seguir você conhecerá as contribuições da concepção epistemológica na
perspectiva da construção dos saberes pedagógicos.
Toda essa discussão teórica traz avanços para a educação, uma vez que os
conhecimentos científicos ganham espaço privilegiado, ocupando lugar do
conhecimento advindo do senso comum e favorecendo o desenvolvimento da
aprendizagem de maneira mais reflexiva.
A seguir, abordaremos os modelos pedagógicos de forma detalhada.
VOCÊ O CONHECE?
John Locke (1632-1704) foi um filósofo inglês, descrito no site ebiografia (s. d., s. p.) como “[...] o
principal representante do empirismo, teoria que afirmava que o conhecimento era determinado pela
experiência, tanto de origem externa, nas sensações, quanto interna, a partir das reflexões. Sua teoria
política deixou grande contribuição ao desenvolvimento do liberalismo, principalmente a noção de
Estado de direito”. Para saber mais, acesse o endereço: <https://www.ebiografia.com/john_locke/
(https://www.ebiografia.com/john_locke/)>.
[...] a vida é uma criação contínua de formas cada vez mais complexas e uma
equilibração progressiva entre essas formas e o meio. Dizer que a inteligência é um
caso particular de adaptação biológica é, pois, supor que ela é, essencialmente,
uma organização e que sua função consiste em estruturar o universo da mesma
forma que o organismo estrutura o meio imediato (PIAGET, 1979, p. 10).
VOCÊ SABIA?
O Ministério da Educação (MEC) tem um programa de banda larga para atender as
escolas públicas de todo o país. Segundo dados do MEC, “[...] as tecnologias na
educação estão acessíveis a 24,8 milhões de estudantes das escolas públicas
brasileiras. O número, que corresponde ao total de alunos atendidos pelo
Programa Banda Larga nas Escolas, do Ministério da Educação, foi anunciado [...]
durante a conferência O Impacto das Tecnologias da Informação e Comunicação
(TICs) na Educação” (BRASIL, 2010, s. p.). Leia mais em:
<http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/210-1448895310/15361-na-rede-
publica-tecnologia-atende-24-milhoes-de-alunos
(http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/210-1448895310/15361-na-rede-
publica-tecnologia-atende-24-milhoes-de-alunos)>.
Síntese
Concluímos este estudo, que abordou o papel do pedagogo e a função social da
escola, contextualizando os conceitos de modelos pedagógicos e epistemológicos,
educação formal e não formal dentro da perspectiva histórica.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
identificar o papel da escola no contexto do ambiente formal;
interpretar a função social tendo por base a dialeticidade e os pontos
paradoxais dentro da ambiência educativa;
compreender a função social da escola dentro do contexto do ambiente não
formal na perspectiva histórica e cultural;
identificar a polivalência da escola tendo por base os ambientes não
formais;
analisar as concepções epistemológicas na perspectiva da construção dos
saberes pedagógicos;
identificar os modelos pedagógicos e epistemológicos na perspectiva da
construção dos saberes pedagógicos;
entender a grande contribuição dos modelos pedagógicos para a formação
docente;
compreender a evolução dos modelos pedagógicos e sua funcionalidade no
mundo contemporâneo.
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