Você está na página 1de 25

Sumário

Empreendedorismo ................................................................................................................ 3
O Empreendedor .................................................................................................................... 7
Quem pode empreender? ..................................................................................................... 8
Como começar a empreender?............................................................................................ 8
Plano de Negócios ................................................................................................................. 9
PLANO DE MARKETING .................................................................................................... 13
Pesquisa de Mercado .......................................................................................................... 15
Conceito do Negócio ............................................................................................................ 19
O Plano de Marketing .......................................................................................................... 21
Fundamentos de Negócios ................................................................................................. 24
Empreendedorismo

Empreendedorismo é a disposição para identificar problemas e


oportunidades e investir recursos e competências na criação de um negócio,
projeto ou movimento que seja capaz de alavancar mudanças e gerar um
impacto positivo.

Empreendedoras e empreendedores questionam a realidade e fazem


acontecer a revolução todos os dias. Em todas as partes do Brasil e do mundo.

Ao inovar e solucionar problemas de outras pessoas, de outras empresas


ou de toda a sociedade, o empreendedorismo promove um grande
desenvolvimento.

O exemplo de empreendedoras e empreendedores é fonte de inspiração


para fazer mais e melhor. Quanto maior o sonho, maior a disposição para
enfrentar obstáculos dentro do empreendedorismo. Dessa forma, o
empreendedorismo pode estar latente ou manifestado de diferentes formas.

Empreendedorismo é a capacidade que uma pessoa tem de identificar


problemas e oportunidades, desenvolver soluções e investir recursos na criação
de algo positivo para a sociedade. Pode ser um negócio, um projeto ou mesmo
um movimento que gere mudanças reais e impacto no cotidiano das pessoas.
Segundo o teórico Joseph Schumpeter, empreendedorismo está diretamente
associado à inovação. Para Schumpeter, o empreendedor é o responsável pela
realização de novas combinações.

A introdução de um novo bem, a criação de um método de produção ou


comercialização e até a abertura de novos mercados, são algumas atividades
comuns do empreendedorismo. Isso significa que “a essência do
empreendedorismo está na percepção e no aproveitamento das novas
oportunidades no âmbito dos negócios”. O Brasil apresenta grande potencial
para o empreendedorismo.

De acordo com a Global Entrepreneurship Monitor (GEM), a taxa de


Empreendedorismo é de 38,7 (2019), segundo melhor patamar total de
empreendedores, desde 2002. São mais de 53,4 milhões de brasileiros se
dedicando ao negócio próprio. A pesquisa também mostra que em 2019, o país
atingiu 23,3% de taxa de empreendedorismo inicial, quando uma empresa
possui menos de 3,5 anos de existência, a maior já alcançada.

Os resultados fizeram com que o Brasil chegasse à marca de quarta maior


Taxa de Empreendedorismo Inicial em 2019. O estudo foi realizado com 55
países – na ocasião, a marca foi superior às registradas nos países do BRICS
(EUA, Colômbia, México e Alemanha).

Apesar de ser um termo bastante utilizado no mundo dos negócios,


empreendedorismo nada mais é que o ato de empreender – por em execução,
fazer, realizar.

Pode ser começar uma empresa, um projeto no trabalho, uma ação no


bairro: o importante é ter uma ideia e trabalhar para fazer acontecer.

Quais são os tipos de empreendedorismo?

Assim como existem diversos tipos de empreendedores, também existem


vários tipos de empreendedorismo. Ao longo dos anos, empreender deixou de
ser algo estritamente ligado à criação de uma empresa e ganhou novas formas.

1. Empreendedorismo
Quando alguém usa a palavra empreendedorismo sozinha, sem
complementos, geralmente está se referindo ao ato de criar o próprio negócio de
produtos ou serviços – independentemente do porte. Pode ser um MEI que faz
bolos sob encomenda, uma pequena loja de roupas ou uma startup.

Neste caso, existe o empreendedorismo por oportunidade e o por


necessidade. Segundo o Global Entrepreneurship Monitor, o empreendedor por
oportunidade é aquele que identifica um terreno inexplorado e cria uma empresa
para preencher este espaço.

Já o empreendedor por necessidade é aquele que cria um negócio porque


não encontra outra forma de ganhar dinheiro. No Brasil, o GEM estima que mais
de 9 milhões de pessoas estão nesse grupo.

2. Empreendedorismo social

Criar um negócio que resolve um problema social ou ambiental e ainda dá


lucro: isso é empreendedorismo social. De acordo com o Sebrae, já são mais de
800 empresas do tipo em todo o Brasil.

Elas se diferenciam das Organizações Não Governamentais (ONGs)


porque estas, apesar de trabalharem para resolver alguma necessidade social
ou ambiental, não têm como objetivo gerar lucro.

Os negócios sociais (ou de impacto social), como são chamados, têm


crescido cada vez mais nos últimos anos. Segundo um levantamento da Ande
Brasil (Aspen Network of Development Entrepreneurs), estas empresas têm
movimentado cerca de US$60 bilhões no mundo e registrado um aumento
aproximado de 7% ao ano.

3. Empreendedorismo corporativo (ou intraempreendedorismo)

Se engana quem pensa que para ser empreendedor é preciso ter um


negócio próprio. Nas últimas décadas, tem ganhado força o conceito de
empreendedorismo corporativo (ou intraempreendedorismo).
“Mas o que é empreendedorismo corporativo?”, você pode estar se
perguntando. Nada mais é que ter uma postura empreendedora dentro de uma
empresa que não é sua: estar sempre atento a novas oportunidades de negócios
e de melhorias de processos, agir proativamente, identificar problemas e propor
soluções, cuidar do todo.

Ou seja, o empreendedor corporativo é aquele que age como dono do


negócio sem o ser de fato.

4. Empreendedorismo digital

Com a popularização da internet, surgiu espaço para negócios que


operam majoritariamente no ambiente virtual – um mercado que só cresce no
mundo inteiro.

De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico


(ABComm), as vendas online, um dos campos do empreendedorismo digital,
devem atingir um volume de R$79,9 bilhões em 2019 no Brasil.

Além do comércio eletrônico, outros exemplos de empreendimentos


digitais são empresas de marketing digital e de infoprodutos – que oferecem
conteúdos pagos na internet, como aulas e livros.

5. Empreendedorismo em série

Talvez você já tenha ouvido a expressão “empreendedor serial” em algum


lugar. Talvez não. Mas saiba que esse termo se refere àquelas pessoas que
empreenderam não uma vez, mas duas, três, quatro ou quantas vezes mais. É
o chamado empreendedorismo em série.

Geralmente, esse tipo de empreendedor tem a habilidade de identificar


boas oportunidades de novos negócios, estruturar as empresas e ser bem
sucedido nos empreendimentos.

É comum, também, que essa pessoa não esteja no dia a dia de todos os
negócios – afinal, são muitos para cuidar. Ela é responsável por iniciar o projeto
e garantir sua sustentabilidade, mas a administração da empresa pode ficar por
conta de outra pessoa.

O Empreendedor

Não tem como explicar o que é empreendedorismo sem falar da pessoa


que empreende. Para alguns, pode até parecer uma posição de glamour, cheia
de pompa e de reconhecimento fácil, mas a realidade é quase sempre bem
diferente.

De acordo com a pesquisa Desafios dos Empreendedores Brasileiros, ser


empreendedor – ou empreendedora – é ter um objetivo e trabalhar para alcançá-
lo, mas encontrar diversos desafios no caminho.

Os mais comuns estão relacionados com gestão de pessoas, gestão


financeira, questões jurídicas, inovação, marketing e vendas.

Quais as características de um empreendedor?

Além disso, empreendedores compartilham algumas características em


comum. Segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas), as principais são:

• Iniciativa;
• Perseverança;
• Coragem para correr riscos (na medida certa);
• Capacidade de planejamento;
• Eficiência e qualidade;
• Liderança;
• Boa rede de contatos.
Mas não existem regras. O importante é saber o que funciona melhor para
cada negócio e ter jogo de cintura para lidar com as adversidades.

Quem pode empreender?

Não existe uma resposta certa para essa pergunta. A verdade é que,
apesar de significar mais liberdade para trabalhar como quiser, empreender é
um caminho repleto de desafios não óbvios para quem vê de fora.

Afinal, toda a responsabilidade sobre o negócio é do empreendedor. Se


os resultados são bons, ele é responsável por garantir que permaneçam assim.
Se os resultados são negativos, é o empreendedor quem precisa trabalhar para
reverter essa situação – até porque seu sustento depende disso.

Também é importante lembrar que, para quem empreende, esse caminho


pode ser bem solitário. Por isso, vale entender seu perfil profissional antes de
começar um negócio.

Para quem gosta de ter outras pessoas para dividir os ônus e os bônus
da empresa, por exemplo, uma boa opção é procurar por sócios cujas
habilidades sejam complementares.

De toda forma, empreender é um passo bem sério. Investir um tempo para


entender se essa é a decisão certa pode te livrar de futuras dores de cabeça.

Como começar a empreender?

Para quem entendeu que empreender é a decisão certa, é importante


responder algumas perguntas inicias:

Por que você quer empreender?

Qual sua ideia de negócio?


Como você vai ganhar dinheiro?

As perspectivas de ganhos financeiros correspondem às suas necessidades? Se


não, é possível fazer ajustes no orçamento pessoal ou familiar?

Como está o mercado em que você pretende atuar? Os resultados são bons ou
ruins? Tem muitos ou poucos concorrentes?

Você tem recursos financeiros que podem ajudar ou precisará começar do zero?

Qual seu objetivo com a empresa? Onde deseja chegar daqui um ano?

Você pode correr riscos ou precisa de um retorno financeiro rápido?

Você tem tudo o que precisa para começar? Se não, o que ainda falta?

Refletir sobre essas questões facilitará o planejamento do seu negócio e,


consequentemente, ajudará a tirá-lo do papel de modo mais assertivo.

Plano de Negócios

Plano de negócios é um documento que formaliza os objetivos de um


negócio e o modo como eles serão alcançados.

Nesse documento, são incluídos planejamentos específicos para várias


áreas do negócio, como finanças, marketing, comercial e logística.

Algumas ferramentas ajudam a trazer informações relevantes para o


plano de negócios.

ANÁLISE SWOT

A análise SWOT, também conhecida como ou análise FOFA, é uma


ferramenta que permite identificar os pontos fortes (strengths), pontos fracos
(weaknesses), oportunidades (opportunities) e ameaças (threats) ao negócio.

Com a realização de uma análise SWOT, é possível incluir no plano de


negócios uma previsão das principais dificuldades internas e externas que a
empresa poderá enfrentar e, desta forma, planejar com antecedência a forma de
lidar com elas.
Além disso, é possível também incluir uma previsão das situações
positivas que a empresa poderá explorar para conquistar vantagens competitivas
e obter resultados melhores.

BUSINESS MODEL CANVAS

O Business Model Canvas, é uma ferramenta que permite representar


visualmente um modelo de negócios, colocando em evidência seus principais
aspectos.

Ele é composto por nove blocos: segmentos de clientes, proposta de


valor, canais de distribuição, relacionamento com clientes, fontes de receita,
principais atividades, recursos-chave, parcerias e estrutura de custos.

O Business Model Canvas auxilia no entendimento da dinâmica de


funcionamento planejada para a empresa. Ele também permite identificar com
maior facilidade alternativas para aumentar a eficiência e eficácia do modelo.

MAT – PLANO DE NEGÓCIOS SIMPLIFICADO

O MAT é uma forma de plano de negócios simplificada. Ele se concentra


em três questões: as metas, as ações necessárias para atingir as metas e as
tarefas que devem ser realizadas para concretizar cada ação.

É importante notar que o MAT tem limitações e não substitui o plano de


negócios tradicional, que é mais completo e detalhado. No entanto, ele pode ser
um bom ponto de partida, especialmente para empreendedores individuais em
início de carreira.

GESTÃO DE PROCESSOS ÁGIL

A gestão de processos ágil consiste em uma forma de gestão de


processos que tem como objetivo principal produzir resultados mais eficientes e
de forma mais rápida. Existem várias metodologias ágeis que adotam técnicas
distintas. Porém, todas elas compartilham características centrais, como a
flexibilidade para se adaptar a mudanças repentinas.

A gestão de processos ágil é uma ferramenta útil para a elaboração do


plano de negócios porque esse plano não pode ser estático. Ele precisa ser
revisitado e remodelado constantemente, conforme a empresa progride em seus
vários estágios de desenvolvimento.

Ao longo do tempo, as metas mudam, o cenário interno e externo se altera


e, assim, o planejamento do curso de ação precisa de ajustes. Com a gestão ágil
de processos, torna-se mais fácil flexibilizar o plano para que ele acompanhe
essas transformações.

COMO FAZER UM PLANO DE NEGÓCIOS

SUMÁRIO EXECUTIVO

O sumário executivo de um plano de negócios é a primeira seção do


documento. Como o próprio nome indica, ele é um sumário, um resumo do plano
de negócios. Nele, é apresentado um panorama geral dos principais pontos que
serão desenvolvidos com mais detalhes nos tópicos seguintes.

Nessa seção, você deve apontar a proposta do negócio, seus principais


produtos e/ou serviços, os principais clientes, a localização, o investimento
inicial, a projeção de faturamento e lucratividade, e a expectativa de tempo para
recuperar o capital investido.

Uma das principais funções do sumário executivo é permitir que outras


pessoas que vão ler o documento – como potenciais investidores – entendam a
proposta do negócio e avaliem sua viabilidade rapidamente.

Justamente por ser um resumo, o sumário executivo só deve ser


elaborado depois que o restante do plano estiver pronto.

ANÁLISE DE MERCADO

No passo a passo de como fazer um plano de negócios, não pode faltar a


análise de mercado. Afinal, é nessa seção que você vai planejar como sua
empresa vai se relacionar com outros “personagens” dessa história: os clientes,
os concorrentes e os fornecedores.

Clientes

Com um modelo de negócios que exibe publicidade para mais de 60


milhões de pessoas por mês, a boo-box já foi considerada uma das 50 empresas
mais inovadoras do mundo, segundo a revista FastCompany, ao lado de nomes
como Apple, Google e Facebook. Seu funcionamento é simples, vendendo
espaço em mídias parceiras: blogs, podcasts, aplicativos, streamings, etc. A
empresa, hoje, é a maior concorrente do Google no segmento de publicidade
virtual no Brasil.

Procure entender quem são seus clientes. Comece identificando suas


características gerais, como faixa etária, gênero, escolaridade, faixa de renda.
Isso vale, também, se os seus clientes forem pessoas jurídicas: você precisa
saber em que ramo atuam, qual é seu porte, qual é sua localização.

Além dessas características gerais, faça um mapeamento dos interesses


e comportamentos dos clientes e dos fatores que são decisivos para que eles
decidam comprar. Nem todos os clientes escolhem com base no preço; muitos
priorizam qualidade, marca, ou até mesmo prazo de entrega ou experiência de
atendimento.

Concorrência

Além dos clientes, outro personagem que você precisa conhecer bem são os
concorrentes que seu negócio vai enfrentar ao abrir as portas. Você precisa
entender como eles operam, para identificar pontos fracos e fortes.

Os pontos fracos são oportunidades para sua empresa ganhar vantagem


competitiva. Enquanto isso, os pontos fortes são lições a ser aprendidas, focando
em como é possível reduzir a distância entre o seu negócio e os que já estão
atuando no mercado.
Fornecedores

Boas relações com fornecedores são um aspecto muito importante para o


sucesso do negócio e, por isso, é indispensável fazer o mapeamento das
empresas e dos prestadores de serviços que poderão atuar em parceria com seu
negócio.

Esse mapeamento ajudará a selecionar os fornecedores, levando em


consideração não apenas o custo, mas a qualidade, a agilidade na entrega, a
flexibilidade na negociação de condições de pagamento.

PLANO DE MARKETING

O plano de marketing não se resume a tratar de como o seu negócio será


divulgado. Pelo contrário, ele é uma seção bem ampla do plano de negócios,
que vai abordar os seguintes itens:

• descrição do portfólio de produtos e serviços que sua empresa vai


oferecer
• precificação de cada item, levando em consideração custos, margem de
lucro e, claro, a média dos preços praticados no mercado
• estratégias promocionais, isto é, as formas de divulgação para aquisição
de novos clientes; também podem ser incluídas as estratégias para
fidelização dos clientes ativos
• canais de distribuição, ou seja, os caminhos para fazer com que os
produtos e serviços cheguem até os clientes
• localização do negócio e de pontos de venda

PLANO OPERACIONAL

O plano operacional é focado na organização dos setores da empresa,


especialmente aqueles diretamente ligados com sua atividade principal, seja
produção, comercialização ou prestação de serviços. Nesse planejamento, é
importante identificar formas de aumentar a produtividade, além de reduzir
desperdícios e retrabalho.
Entre as questões que podem ser exploradas nessa seção, estão:

• distribuição espacial das áreas da empresa para promover melhor fluxo


de trabalho
• formalização dos processos centrais, etapa por etapa, buscando atingir
maior eficiência
• estimativa da capacidade produtiva e da necessidade de pessoal

PLANO FINANCEIRO

O desenvolvimento do plano financeiro é um passo indispensável em


como fazer um plano de negócios. Ele revela a viabilidade do negócio,
demonstrando se o potencial de geração de receita e lucratividade é compatível
com a estrutura de custos.

Alguns dos pontos que precisam ser apresentados nessa seção:

• estimativa do investimento inicial total necessário para abrir as portas


• estimativa do capital de giro necessário para manter a empresa
funcionando
• cálculo do cust o unitário dos produtos ou serviços
• projeção de faturamento mensal
• projeção da lucratividade, levando em consideração a necessidade de
reinvestimento.

ANÁLISE DE CENÁRIOS E AVALIAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS

Você não pode considerar seu plano de negócios completo sem uma
análise de cenários. Em outras palavras, é preciso construir diferentes cenários
– otimistas, pessimistas e prováveis – e considerar como seria o desempenho
do seu negócio em cada um deles.
Um exemplo prático de análise de cenários consiste em variar os números
do faturamento.

No plano financeiro, você tem uma projeção de faturamento mensal; esse


é seu cenário provável. Porém, o que aconteceria se as vendas ficassem 20%
abaixo do esperado, em um cenário pessimista? E se elas ficassem 20% acima
do esperado, em um cenário otimista?

Trabalhando com essas variações, o plano de negócios é uma ferramenta


ainda mais eficaz para o empreendedor. Você poderá usá-lo como uma
referência na tomada de decisão, mesmo enfrentando cenários reais diferentes
do idealizado.

Finalmente, a avaliação do plano de negócios consiste em olhar para o


planejamento e ponderar se a ideia de negócios é viável e se vale a pena dar os
próximos passos para concretizá-la.

Pesquisa de Mercado

Todas as decisões relacionadas a novos empreendimentos contêm um


certo grau de incerteza: tanto das informações em que estão baseadas, quanto
das suas consequências. Por isso, é necessário que exista uma pesquisa de
mercado.

A pesquisa de mercado tem o objetivo de orientar o empreendedor nas


estratégias que serão tomadas. Porém, a informação por si só não leva à decisão
nem ao sucesso do negócio: é preciso escolher um curso de ação que ajude a
identificar problemas e oportunidades e que indique caminhos que reduzam
possíveis riscos.

5 vantagens da pesquisa mercadológica

1. Conhecer o perfil do cliente

É porque ela fornece a caracterização dos clientes nos aspectos


quantitativos (potencial do mercado, participação da empresa no mercado, entre
outros) e qualitativos (estilo de vida, características comportamentais, hábitos de
consumo, escolaridade, renda, entre outros).

2. Perceber a estratégia dos concorrentes e observar seus pontos fortes e fracos

Bom, o título já diz tudo!

3. Analisar os fornecedores e as empresas que fornecem produtos e serviços

Isso é possível por meio do sistema de vendas e distribuição, políticas de


preços e cobrança, qualidade dos produtos e serviços. O objetivo é possibilitar
ao empreendedor a avaliação comparativa de seus potenciais fornecedores e, a
partir de certos critérios, definir a classificação deles para orientar o processo de
compras ou, se for o caso, de terceirização das atividades.

4. Dimensionar o mercado

Dessa forma é possível identificar o segmento mais lucrativo, detectar


novas tendências, avaliar a performance de seus produtos e serviços, identificar
a quantidade ou volume que o mercado é capaz de absorver e a que preços
esses produtos poderão ser vendidos.

5. Definir seu público-alvo

Ao lançar um produto no mercado, a empresa deve saber quem será o


público-alvo. Esse conhecimento é fundamental porque nós sabemos que os
produtos existem para, em primeiro lugar, satisfazer às necessidades dos
clientes.

Nesse sentido, realizar uma pesquisa do público-alvo é uma etapa que


não deve ser esquecida, pois poderá fazer a diferença entre o sucesso e o
fracasso de um novo produto ou até da empresa como um todo.
Uma boa pesquisa junto aos consumidores já existentes ou futuros
indicará como um produto será recebido, quem se interessará por ele e até que
preço o consumidor estará disposto a pagar.

Informará, ainda, quais as vantagens que os produtos concorrentes


oferecem e seus pontos fracos. Poderá, inclusive, mostrar como o público
reagirá, por exemplo, ao nome do produto, à sua embalagem, design, sabor,
entre outras características que o distinguem.

A recomendação é fazer uso do cadastro de clientes para entendê-los


melhor. Esse cadastro deve conter nome, telefones, e-mails, endereço, sexo,
profissão, faixa etária e, principalmente, o que compram, por que compram e
com qual frequência.

A pesquisa de mercado tem como objetivo orientar o empreendedor nas


estratégias a serem tomadas.

Pesquisa de mercado deve ser feita para verificar a validade e a


viabilidade de uma hipótese ou responder questões-chave do negócio.

Ela deve ser entendida apenas como um meio para obter informações e
conseqüentemente dar base a decisões melhores no âmbito do marketing da
empresa ou futura empresa. Não se faz pesquisa apenas por fazer. Antes de
qualquer coisa precisa haver uma dúvida, uma questão, uma percepção de que
algo ocorre no mercado.

A empresa deve recorrer às pesquisas sempre que tiver que tomar


decisões de marketing importantes, tais como:

• Expandir a área geográfica de atuação,


• Entrar em novos segmentos de mercado ou canais de distribuição,
• Lançar ou aperfeiçoar produtos e serviços,
• Dimensionar a equipe de vendas,
• Credenciar revendedores ou distribuidores,
• Escolher um ponto comercial,
• Definir qualidade e variedade dos produtos e serviços a ser
comercializados,
• Definir os meios de divulgação mais adequados,
• Ajustar preços,
• Posicionar produtos e marcas,
• Iniciar um novo negócio (deve fazer parte do plano de negócios).

Passos para que a pesquisa de mercado seja eficaz

1. Defina o objetivo da pesquisa

O que você quer descobrir com ela? Pode ser para definir a qualidade e
a variedade dos produtos, ajustar preços ou dimensionar o tamanho da equipe
de vendas, por exemplo.

2. Estabeleça quem é o público-alvo da pesquisa

São os fornecedores, os consumidores ou os concorrentes? O público é


definido com base no objetivo da pesquisa.

3. Defina o tamanho da amostra da pesquisa

Isto é, quantas pessoas deverão respondê-la.

4. Elabore um roteiro básico de perguntas

Elas devem ser simples, diretas e imparciais. Também devem ser


testadas internamente antes de serem aplicadas aos consumidores e conter
todos os aspectos que se deseja detectar.

5. Elabore o questionário

Inclua as perguntas já testadas e validadas.


6. Aplique o questionário

Apresento-o ao público-alvo da pesquisa, buscando ser isento.

7. Compile os resultados

Depois de compilados, analise as respostas.

Conceito do Negócio

O termo negócio provém do latim “negotĭum”, que é um vocábulo formado


por nec e otium (“aquilo que não é lazer”). Trata-se da ocupação, da atividade
ou do trabalho que se realiza com fins lucrativos. Por exemplo: “O meu pai
dedica-se ao negócio da construção civil”, “O Romeu passa a vida a correr, é um
homem de negócios”.

Aquilo que é matéria de uma ocupação lucrativa, a ação e o efeito de


negociar, as transações comerciais e os lucros que se obtêm daquilo que se
comercializa são outras acepções que este conceito admite: “Preciso falar de
negócios contigo”,

Não é de hoje que as pessoas realizam negócios, mas desde as primeiras


civilizações que ele existe.

Para Peter Drucker o objetivo de um negócio é o desenvolvimento de


clientes e não os lucros em si. Em seu entendimento, o cliente é a base de um
negócio e o responsável por esse negócio prosseguir.

Ainda segundo Drucker, um negócio não é criado e gerenciado por forças,


mas sim por pessoas. São as forças econômicas quem determinam os limites do
que pode ou não ser feito por uma empresa e criam oportunidades para elas. No
entanto, as forças não podem, somente elas, estipularem a essência do negócio
e seus objetivos.

Negócio também é o local em que se negoceia ou se comercializa:


“Ontem, abriram um negócio de vestuário perto de minha casa”, “Na próxima
semana, vou começar a trabalhar num negócio de telemóveis”, “No meu bairro,
não há grandes negócios, daí ser bastante sossegado, até porque é uma zona
essencialmente residencial”.

O mundo dos negócios implica, em sentido lato, várias noções


relacionadas. Quando a atividade dos negócios se desenvolve de modo formal
e com um certo volume, tende-se a criar empresas. Uma empresa é uma unidade
económico-social, composta por elementos humanos, técnicos e materiais, cujo
objectivo consiste em obter utilidades através da participação no mercado de
bens e de serviços.

O comércio, por outro lado, é a negociação que se estabelece ao comprar


ou vender mercadorias. Enquanto lugar físico, comércio é sinónimo de negócio
ou de estabelecimento comercial (loja).

Por fim, em sentido figurado, o termo “negócio” é bastante usado para


fazer referência a simples assuntos ou coisas, sendo que, por norma, o receptor
está em sintonia com o emissor, pois sabe do que este está a falar: “Não estou
gostando nada desse negócio…”

No entendimento de Robert Kiyosaki, um negócio é aquele em que você


não precisa trabalhar, mas sim passar esse trabalho para outros. De acordo com
ele, quanto mais negócios uma pessoa tem, então menos ela precisa trabalhar.

A ideia dele é que a empresa ou empresário contrate pessoas qualificadas


para realizem esses trabalhos para si.

É muito comum também, quando se fala em negócios, ouvirmos a


expressão “plano de negócios”, a qual se caracteriza como um documento onde
se define um negócio que deseja iniciar e o que é necessário (em questão de
recursos e informações) para fazer isso.

Ainda temos as ideias de negócio que são resultantes de pensamentos e


reflexões sobre um determinado mercado, nicho, produto, etc. E as quais podem
se materializar depois com a ajuda de um plano.

Uma ideia de negócio ainda pode ser definida como um conceito de


negócio. A qual é desenvolvida mediante uma pesquisa sobre o mercado em
que se deseja atuar para determinar se transforma essa ideia em negócio é algo
viável.

O Plano de Marketing

Um bom plano de marketing guia marcas e empresas para diferentes


objetivos.

Seja naquela que está iniciando suas atividades ou mesmo quando já tem
certo tempo de mercado, mas não atinge os resultados esperados, esse é
instrumento obrigatório.

Plano de marketing é um guia que serve para nortear as ações do setor


com a missão de alcançar os objetivos propostos e colaborar para o crescimento
da empresa.

Em outras palavras, ele é um documento que reúne todas estratégias de


marketing que serão realizadas durante determinado período.

Na ferramenta, estão presentes indicadores, análises, dados estatísticos,


pesquisas de mercado, objetivos e muitas outras informações relevantes que
ajudam a apontar caminhos para a organização em questão.

Ou seja, o plano de marketing é um recurso estratégico de gestão, que


alinha metas mais amplas com a capacidade operacional de cada área do
negócio.

Por outro lado, um negócio que já está consolidado pode almejar um


reposicionamento no mercado e uma maior humanização da marca, por
exemplo.

Um plano de marketing funciona como um guia tático e estratégico de uma


empresa.

Nele, é possível detalhar todas as ações a serem implementadas em seus


respectivos prazos e quais agentes serão responsáveis por cada etapa.
Mas, mais do que estabelecer um cronograma completo de atividades,
esse documento também tem o papel de entregar resultados.

Por isso, conta com fases de planejamento, implementação e avaliação –


as quais vamos detalhar mais à frente neste artigo.

O propósito é oferecer condições para a companhia atingir as metas


estipuladas dentro da sua realidade financeira e no prazo correto.

1. Planejamento

É o momento de colocar todas as propostas no papel, não sem antes fazer


uma boa análise da sua situação atual.

Uma pesquisa de mercado pode oferecer um panorama interessante,


trazendo dados relevantes sobre os concorrentes e seu público-alvo, por
exemplo.

Entender quais são as forças e fraquezas do negócio também é


fundamental para que estratégias mais acertadas possam ser traçadas.

Para isso, metodologias como a análise SWOT são muito bem-vindas.

Vale ressaltar que a etapa de planejamento é a mais importante. Afinal, é


ela que vai servir de base para as outras duas que estão por vir.

Até por isso, aqui é onde se deve investir mais tempo e atenção por parte
dos agentes envolvidos no processo.

Quanto mais detalhada essa fase, melhor.

As informações básicas para a montagem do planejamento incluem:

• Sumário executivo (resumo do seu plano)


• Avaliação do cenário
• Definição do público-alvo das ações
• Posicionamento no mercado e atuação da marca
• Classificação de objetivos e estratégias.

2. Implementação
Um plano de marketing não deve se restringir a um documento com
páginas e páginas escritas e sem nenhuma aplicação prática.

É por isso que, depois do planejamento, vem a fase de implementação.

Nada mais é do que tirar do papel todas as ideias levantadas no estágio


anterior e realizar eventuais correções de rumo.

Caso o dever de casa tenha sido bem feito, essa etapa deve ser cumprida
sem grandes problemas.

A partir do que foi definido, é hora de realizar as ações propostas dentro


do prazo estipulado, com as ferramentas corretas, pelas pessoas certas e
respeitando o orçamento.

Para não deixar passar nenhum detalhe, vale usar a metodologia 5W2H,
que ajuda a responder as perguntas mais importantes nessa fase de
implementação.

Diante de qualquer adversidade, é aqui também que devem ocorrer


adequações e seguir o que foi previsto no planejamento em casos assim.

3. Avaliação

A avaliação é apontada como a última etapa do plano de marketing, mas,


na verdade, ela está presente durante todo o processo.

Afinal, a análise das metodologias e dos resultados deve ser periódica


para que problemas tenham respostas e soluções rápidas, antes de tomarem
uma proporção maior.

A alternativa é, desde o início, lançar mão de instrumentos de marketing


mensuráveis, que apontem se as estratégias utilizadas estão atingindo os
objetivos esperados.

Existem diversos indicadores que ajudam a trazer dados sólidos sobre


esses temas.
O ROI é o mais famoso deles, pois revela a taxa de retorno do
investimento feito.

Mas também existem outros, como a taxa de conversão e o custo por


clique, por exemplo.

O propósito disso é fazer do seu plano de marketing um guia ainda mais


eficiente, permitindo que se tenha uma clareza maior das ações que estão se
mostrando positivas e daquelas que não estão.

Fundamentos de Negócios

Fundamento número 1:

Sua maior matéria prima é o conhecimento. Informe-se, pesquise,


pergunte, leia, converse com quem sabe, participe de palestras, cursos,
seminários e workshops, converse com os consultores do SEBRAE. Não pare
nunca de alimentar-se com novos e mais aprofundados conhecimentos. Não
empreenda na ausência de informação e conhecimento. Em negócios, caminhar
no escuro ou na corda bamba nunca acaba bem.

Fundamento número 2:

Planeje antes de fazer. O hábito de aprender fazendo já foi muito bom na


época em que o mundo era mais lento e menos competitivo. Hoje, aprender por
ensaio e erro pode custar mais que seu negócio, pode custar todas as conquistas
que você fez antes de iniciar o negócio atual. Planejar reduz as margens de erro,
aumenta as possibilidades de acerto e permite compreender antecipadamente
(antes de gastar tempo e dinheiro) possíveis inconsistências que precisam ser
corrigidas para que o negócio dê certo!

Fundamento número 3:

Você não é o cliente! Lembre-se de montar seu negócio orientado para o


seu público-alvo, para os seus clientes. Não adianta você achar ótimo,
maravilhoso - o que importa é o que os clientes pensam, acham e sentem a
respeito! Um dos enganos mais frequentes cometidos por empreendedores
iniciantes é montar o negócio baseando-se em seus gostos pessoais. Não faça
isso, monte seu negócio com base em pesquisa e em conceitos que motivem
seus clientes a fazerem negócios com você!

Fundamento número 4:

Seus maiores capitais são o tempo e as pessoas. O capital financeiro


sozinho não serve para nada. O dinheiro deve servir às pessoas e não estas ao
dinheiro. Valorize o tempo e as pessoas. Monte uma excelente equipe, procure
contratar os melhores e pagar acima da média de mercado. Assim, com
reconhecimento, respeito e dignidade nas relações, você manterá os melhores
trabalhando com você. Mas lembre-se, não basta pagar bem as pessoas, elas
precisam sentir-se valorizadas e reconhecidas moralmente. Pessoas que valem
a pena jamais trabalham somente por dinheiro...

Você também pode gostar