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OLHAL DE IÇAMENTO
Norma de Referência Petrobras N2683, segundo Sr. Magno Xavier, postado no LinkedIn
1 - Dados
Capacidade da carga a ser aplicada C= 9.000 kgf
Números de Olhais N= 4
Ângulo da linga com a horizontal q= 60 graus
Fator de consequência de falha do olhal fe = 1,3
Fator de desvio de carga fdc = 1,25
Fator de contingência de peso fcp = 1,1
Fator de incerteza do CG fCG = 1,05
Amplificação dinâmica FAD = 1,3

Dimensões do OLHAL
tolhal
ranel R R= 60 mm
tanel ranel = 40 mm
danel = 80 mm
dfuro dpino = 29 mm
def = 54 mm
g g= 19 graus
def tolhal = 16 mm
X tanel = 6,35 mm
base = 150 mm
20,48 base Y

Material do Olhal ASTM A36


Limite de escoamento do material fy = 250 MPa
Limite de escoamento do eletrodo fel = 413,685 MPa

2 - Força no linga - Flinga


Flinga = fe x fdc x fcp x fCG x (C / N) / sen(q) = Flinga = 4.876,3 kgf

3 - Força no pino considerando o amplificação dinâmica - Fpino


Fpino = FAD x Flinga = Fpino = 6.339,1 kgf
62.165,8 N

4 - Diametro do furo do olhal - dfuro


dfuro = folga + dpino dfuro = 29,87 mm
folga = 0,03 x dpino folga = 0,87 mm
folga => dpino ≤ 33 mm - folga máxima = 1 mm; para dpino maior - folga máxima = 6 mm
rfuro = dfuro/2 rfuro = 14,935 mm

Eng. Luís A. MORGADO OLHAL DE IÇAMENTO 1/5


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5 - Largura do olhal para o dimensionamento b1, b2 e b3 (critério PETROBRAS)


5.1 - Largura b1 e b2 para a tração na área liquida efetiva na região do furo
5.1.1 - b1 - distância "real" da borda do furo para a borda externa do olhal
Será o menor valor entre 4 x T e 0,8 x dfuro
Espessura total (olhal + anéis) - T = tolhal + 2 x tanel T= 28,70 mm
0,8 x dfuro = 23,896 mm
b1 = 23,896 mm

5.1.1 - b2 - distância "real" da borda do furo para a borda externa do anel


Será menor valor entre (ranel - rfuro) e b1 (ranel - rfuro) = 25,065 mm
b1 = 23,896 mm
b2 = 23,896 mm

5.2 - Largura b3 para a secção bruta da região abaixo do anel de reforço


Será o menor valor entre (2 x R) e (2 x b1 + dfuro + danel)
(2 x R) = 120 mm
(2 x b1 + dfuro + danel)= 157,662 mm
b3 = 120 mm

6 - Tensões no olhal
6.1 - Pressão de contato entre o pino e o furo do olhal - F p
Fp = Fpino / (dpino x (tolhal + 2 x tanel) = Fp = 74,692 MPa

6.2 - Tensão de Cisalhamento da área efetiva - F v


Fv = Fpino /{2x[(R - rfuro) x tolhal + (ranel - rfuro) x 2 x tanel]} Fv = 29,906 MPa

6.3 - Tensão de Tração na área líquida efetiva na região do furo - F af


Faf = Fpino / [(2 x b1 x tolhal) + (4 x b2 x tanel)] Faf = 45,323 MPa

6.4 - Tensão de Tração da seção bruta na região abaixo do anel de reforço - F a


Fa = Fpino / (b3 x tolhal) Fa = 32,378 Mpa

6.5 - Força máxima de arrancamento do conjunto anel e chapa do olhal - F ac


Fac = (2 x R + ranel x (g x2) x tolhal x 0,6 x fy Fac = 351.670 N
35.860,3 kgf
Se Fpino ≤ Fac = OK 6.339,1 ≤ 35.860,3 OK

7 - Solda do anel de reforço


7.1 - Força de tração em um anel de reforço - F anel
Fanel = Fpino x tanel / (tolhal + 2 x tanel) Fanel = 1.402,56 kgf
13.754,4 N

Eng. Luís A. MORGADO OLHAL DE IÇAMENTO 2/5


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7.2 - Tensão admissível (material de base e eletrodo) - F w


7.2.1 - Tensão admissível no metal de base - sam
sam = 0,4 x fy x (2)0,5 sam = 141,421 MPa

7.2.2 - Tensão admissível no eletrodo - sE


sE = 0,3 x fel sE = 124,106 MPa

Valor a ser considerado é o menor Fw = 124,106 MPa

7.3 - Espessura da garganta minima admissivel - gsolda


gsolda = Fanel / (p x ranel x FW) gsolda = 0,882 mm

7.4 - Filete mínimo admissível - esolda


esolda = 20,5 x gsolda esolda = 1,247 mm

Adotar o valor mínimo especificado na Tabela 1


Espessura da chapa mais grossa do filete Lado minimo do filete de solda (mm)
Até 6,4 mm 3
Acima de 6,4 mm até 12,5 mm, inclusive 5
Acima de 12,5 mm até 19 mm, inclusive 6
Acima de 19 mm 8
NOTA: A espessura da solda não poderá ser maior que a espessura da menor chapa.
Tabela 1 -> 6 mm
Menor espessura das chapas -> 6,35 mm 6
Filete de solda adotada esolda.ad = 6 mm

8 - Base de apoio do Olhal, conforme AISC


8.1 - Caracteristica geomerica da base do olhal
8.1.1 - Área da base
2
Abase = base x tolhal Abase = 2.400 mm

8.1.2 - Modulo de resistência no eixo X


3
Wx = tolhal x base2 / 6 Wx = 60.000 mm

8.1.2 - Modulo de resistência no eixo Y


3
Wy = tolhal2 x base / 6 Wy = 6.400 mm

8.2 - Tensões atuantes / Tensões admissíveis


8.2.1 - Tensão axial
Fa = Fpino x sen(q) / Abase Fa = 22,432 MPa OK
Fadm ≤ 0,6 x fy Fadm = 150,000 MPa

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8.2.2 - Tensão de flexão no eixo X


Ffx = Fpino x cos(q) x def / Wx Ffx = 27,976 MPa OK
Fadm ≤ 0,6 x fy Fadm = 150,000 MPa

8.2.3 - Tensão de flexão no eixo Y, adotando 5% de força lateral no olhal


Ffx = 0,05 x Fpino x def / Wy Ffx = 26,227 MPa OK
Fadm ≤ 0,75 x fy Fadm = 187,500 MPa

8.2.4 - Tensões combinadas sc ≤ 1


sc = Fa / (0,6 x fy) + Ffx / (0,6 x fy) + Ffy / (0,75 x fy) sc = 0,476 OK

8.2.5 - Tensão de cisalhamento


Fv = Fpino x cos(q) / (2/3 x Abase) Fv = 19,427 MPa OK
Fv,adm ≤ 0,4 x Fy Fv,adm = 100,00 MPa

NOTAS do Eng. Luís MORGADO


1 - A pega de uma peça com mais de três olhais, corre o risco dos demais olhais não pegarem a carga,
por isso a importância de calcular com precisão os comprimentos dos cabos de içamento.
Dependendo do CG da peça, apenas dois cabos poderão segurar toda a carga, deixando os outros
dois no balanço da carga. CUIDADO com o comprimento dos cabos.

2 - Esse cálculo se baseia em fatores e critérios para determinação das larguras b 1, b2 e b3 definido na
Norma da Petrobras, esse critério poderá estar superdimensionado ou até sub dimensionado em
casos especificos, portanto, o engenheiro ao aplicar essa norma, tem que ter consciência dessas
variáveis, e o risco está por conta do Engenheiro calculista, mesmo que conste na norma AISC.
3 - Na Tabela 1, foi considerado que a solda não poderá ser maior que a menor espessura de chapas
do Olhal e Reforço.
4 - Verificação da solda da base é diferente da própria base, na qual a base tem carga lateral e sofre
vários tipos de tensões, incluindo a de cisalhamento. No caso da solda foi considerado somente a
carga total de tração na solda. CUIDADO!, porque quem está segurando o olhal na peça é essa solda,
que deveria ter cálculo preciso, já que solda apresenta concentrações de tensões preocupantes,
mesmo que seja recomendado pela AISC.
5 - Conclusão, recomendo utilizar normas de cálculo para olhal de içamento, em vez de uma norma
de empresa, que não tem base legal.

NOTAS do Eng. Glauco R. (Eng. de Estruturas Maritimas)


Esta norma foi escrita baseada em cálculos executados e na experiência das maiores empresas de
içamento offshore do mundo. São indicados para içamento de grandes estruturas marítimas e que os
cuidados na fabricação e montagem são bem maiores que em construções de aço correntes. Sobre os
comentários da N-2683:

1- O fator de desvio de carga de 1,25 é adequado com as tolerâncias de fabricação dos cabos e a na
tolerância de fabricação e de montagem dos olhais de içamento. Pode inclusive adotar valores
maiores ou menores que 1,25. A norma ISO 19901-6 citada na N-2683 esclarece melhor as tolerâncias
e o fator de desvio de carga.

Eng. Luís A. MORGADO OLHAL DE IÇAMENTO 4/5


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2- As larguras b1, b2 e b3 são remendados pelo AISC ASD9.

3- Os Valores Mínimos das soldas apresentadas na tabela 1 são recomendados pelo AISC e tem a
função de evitar trincas e fragilização da solda por resfriamento rápido da solda por perda de calor
acelerado pelo material base.

4- A verificação da solda na base do olhal é apresentado no exemplo da norma e segue as


recomendações dos AISC.

5- A Norma é adequada ao que se propõe que é o içamento de estruturas offshore a partir de 100
toneladas e cujas içamentos já chegaram a 12.000 toneladas, para pesos menores que 100 ton o fator
dinâmico pode aumentar bastante em relação ao 1,3 da ISO. Para içamento de peças mecânicas on
shore existem outas normas. A ASME tem normas que tratam do içamento de peças mecânicas, mas
basicamente seguem os mesmos princípios apresentados na N-2683 e também usam o AISC para
dimensionamento, e os valores são compatíveis com a N-2683.

A N-2683 serve de guia para engenheiros iniciantes na área e desvela os olhais de içamento que
normalmente não são abordados nos cursos de estruturas na graduação de Engenharia Civil e
procura alertar para os problemas mais críticos.

Eng. Luís A. MORGADO OLHAL DE IÇAMENTO 5/5

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