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TEMA: LIGAÇÕES QUÍMICAS

AULA Nº: 07 e 08

SUMÁRIO: Ligações entre átomos

Segundo a teoria ou regra do octeto, os átomos dos elementos ficam estáveis


quando atingem a configuração electrónica de um gás nobre. Daí que, quando os
seus níveis energéticos externos não se encontram completamente preenchidos, os
átomos tendem a perder, ganhar ou partilhar eletrões para que se possam
estabilizar.

Ligação Iónica
Ligação iónica é a ligação que ocorre com a transferência de electrões de um
átomo (doador) para outro (receptor).
É o tipo de ligação química baseada na atracção eletrostática de íões com cargas
opostas originárias da transferência de electrões do átomo de metal para o átomo
não metálico.
Exemplo: A ligação que forma o cloreto de sódio
A configuração electrónica do Na é: 1s2 2s2 2p6 3s1. O átomo de Na perde um
electrão formando um catião (Na+): 1s2 2s2 2p6, ficando com 8 eletrões na camada
de valência. A configuração electrónica do Cl é: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5. A tendência do
cloro é receber 1 electrão para completar a camada de valência, formando um
anião (Cl-): 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6. Podemos representar:

Outro exemplo: a formação do MgCl2.


O catião Mg2+ cede um electrão para cada um dos aniões Cl⁻, formando o cloreto de
magnésio, utilizado como suplemento mineral e também para fins culinários.

Propriedades dos compostos iónicos


- São sólidos à temperatura ambiente;
- Seus átomos organizam-se de uma maneira a produzir um retículo cristalino (um
cristal).
- São solúveis em água;
- São capazes de realizar o fenómeno da dissociação (separação em iões) quando
sofrem fusão, ou seja, quando passam do estado sólido para o estado líquido, ou
quando estão dissolvidos em água;
- Apresentam elevados pontos de fusão e de ebulição;
- Possuem brilho;
- Conduzem corrente quando dissolvidos em água ou após sofrerem o processo de
fusão.
Ligação Covalente
A ligação covalente é um tipo de ligação química que ocorre com o
compartilhamento de pares de electrões entre átomos de elementos não metais ou
semimetais.
Se tivermos dois átomos de hidrogénio, ambos precisarão receber um electrão cada.
Por isso, em vez de transferirem electrões, eles farão uma ligação covalente em que
compartilharão um par de electrões. Desse modo, ambos ficarão com dois electrões,
adquirindo a estabilidade:

Ligação covalente de formação do gás hidrogénio

As ligações covalentes podem ser apolares ou polares. Depende do tipo de


elemento que realiza a ligação. Por exemplo, o Cl2 apresenta a seguinte ligação
covalente:

Observe que a distribuição dessa nuvem é uniforme, porque os dois átomos são
iguais e, portanto, apresentam a mesma electronegatividade.
Esse tipo de ligação, que não apresenta diferença de electronegatividade, ou de
polaridade, é denominado Ligação covalente apolar.

Agora observe o caso de ligação covalente abaixo, que é realizada entre átomos de
elementos diferentes, o hidrogénio e o cloro, formando o gás clorídrico:
O cloro é mais electronegativo que o hidrogénio, por isso a nuvem electrónica é
deslocada na sua direcção, criando uma diferença de polaridade, que é
representada pela letra delta (δ). O polo negativo, que é, no caso, o cloro, é
representado por δ-; e, o polo positivo, que é o hidrogénio, é representado por δ+.
Esse tipo de ligação, em que ocorre diferença de polaridade ou
electronegatividade, é denominado ligação covalente polar.
Se o hidrogénio se ligasse com o flúor, no lugar do cloro, essa diferença de
polaridade se intensificaria, pois o flúor é mais electronegativo que o cloro.
Assim, quanto maior for a diferença de electronegatividade, maior será a
polarização da ligação.
Ligações covalentes entre H e alguns elementos do segundo período.

As ligações covalentes podem se simples, duplas, triplas, etc que são apresentadas a
seguir, utilizando-se a representação eletrónica de Lewis para facilitar o
entendimento:

Ligação covalente simples

Ocorre com a formação do gás cloro (Cl2), onde os dois átomos de cloro
compartilham um par de electrões comum:

Ligação covalente dupla


Neste tipo de ligação covalente, os átomos “compartilham” dois pares de electrões
buscando a estabilidade de ambos, de acordo com a regra do octeto. O dióxido de
carbono (CO2) possui duas ligações duplas, cada oxigénio compartilha dois electrões
com o átomo de carbono.

Ligação covalente tripla


Neste tipo de ligação covalente, os átomos “compartilham” três pares de electrões
buscando a estabilidade de ambos, de acordo com a regra do octeto. No caso do gás
nitrogénio (N2), quando há a formação da molécula do gás, há o compartilhamento
de três pares de electrões entre os átomos de nitrogénio:

Os compostos resultantes deste tipo de ligações podem ser moleculares ou


covalentes.
Propriedades dos compostos moleculares e covalentes:
- Estado físico à temperatura ambiente: nas condições ambientais, os compostos
moleculares e covalentes são encontrados nos três estados físicos (sólido, líquido e
gasoso).
- Ponto de Fusão e Ebulição: Em geral, os pontos de fusão e ebulição dessas
substâncias são menores que os das substâncias iónicas.
- As substâncias covalentes apresentam as temperaturas de ebulição mais elevadas
que as moleculares, sempre superiores a 1000°C. Isso ocorre porque como suas
moléculas estão unidas mais intensamente, formando as redes cristalinas, é
preciso fornecer mais energia para fazê-las mudar de estado.
- Corrente eléctrica: Em suas formas puras, tanto líquidos como sólidos não
conduzem corrente eléctrica.
Uma excepção é a grafite, que conduz corrente eléctrica na forma sólida, porque
seus electrões das ligações duplas fazem ressonância e, por isso, possuem certa
mobilidade.
- Solubilidade: Polares se dissolvem em polares e apolares se dissolvem em
apolares.
- Tenacidade: A resistência das substâncias covalentes ao impacto ou choque
mecânico é baixa. Em geral, são sólidos quebradiços, como mostra o caso do vidro,
que é formado por silicatos de sódio e de cálcio.
- Dureza: em geral, possuem elevada dureza. Com excepção da grafite, porque seus
átomos de carbono encontram-se ligados a outros três átomos de carbono,
formando placas hexagonais com certa mobilidade, fazendo com que ela seja
macia. Devido a isso, ela é até mesmo usada como lubrificante.

1.1.1 Ligação Metálica

Os retículos cristalinos que formam os metais são, na verdade, um aglomerado


iónico (composto apenas por catiões e electrões). Os electrões presentes na camada
de valência dos átomos do metal são deslocalizados, ou seja, saem da camada de
valência, fazendo com que o átomo se torne um catião (deficiente em electrões).

Representação dos electrões deslocalizados da camada de valência.


Após serem deslocalizados, os electrões provenientes dos átomos do metal passam
a rodear os catiões, formando um verdadeiro “mar de electrões ''. Cada um dos
electrões presentes nesse mar possui capacidade de mover-se por meio do retículo
cristalino do metal livremente.

OBS.: Os electrões “do mar” não são capazes de abandonar o retículo cristalino e
movimentam-se por ele.

Propriedades dos metais

- Maleabilidade – podem ser transformados em lâminas.


- Condutibilidade – conduzem calor e eletricidade.
- Ductibilidade – podem ser transformados em fios.
- Tenacidade – difíceis de serem partidos por tracção.
2 SÍMBOLOS E FÓRMULAS

2.1 SÍMBOLO QUÍMICO

Cada elemento químico tem um nome. A primeira letra desse nome e que seja
maiúscula, é utilizada para simbolizar este elemento.
Há casos em que a primeira letra está presente em nomes de diferentes elementos,
usa-se mais uma outra letra existente nesses nomes, essa segunda letra deve ser
minúscula.
Exemplo: Carbono (C); cloro (Cl); Cério (Ce); Césio (Cs); etc.
Há também elementos cujos símbolos não correspondem com a inicial do seu
nome em português, pois foram obtidos do seu nome em latim.
Exemplo: Prata (Ag) - Argentum; Enxofre (S) – Sulphur; Ouro (Au) – Aurum; etc.

2.2 FÓRMULA QUÍMICA

Conjunto dos símbolos dos elementos presentes na estrutura da substância com as


proporções determinadas.
Exemplo: Para a água – a fórmula é H2O.
A água é composta de elementos H e O, havendo dois átomos de hidrogénio e 1
átomo de oxigénio. Uma parte da massa de H e 8 partes da massa de oxigénio.
Para escrever bem a fórmula química, obedece-se o princípio de valência: “Numa
fórmula, o número de valências dos elementos ou de dois grupos deve ser mesmo”.
Exemplos:
1- Na água, oxigénio tem valência II, hidrogénio tem valência I e o mínimo
múltiplo comum é 2.
ú 2
º á é = = =1
ê é

ú 2
º á ℎ é = = =2
ê ℎ é

A fórmula da água é H2O, já que o número 1 não se escreve.

2- Sulfato de alumínio, formado por átomos de alumínio (Al) e pelo grupo


sulfato (SO4) cujas valências são III e II respetivamente.

ú 6
º á í = = =2
ê í
ú 6
º = = =3
ê

A fórmula do sulfato de alumínio é Al2(SO4)3

Há diversos tipos de fórmulas químicas, sendo:


2.2.1 Fórmula empírica

A fórmula empírica mostra somente a proporção mais simples dos números de


átomos na molécula.
Exemplo: Para o benzeno, a fórmula empírica é CH.
Para o etano, a fórmula empírica é CH3.
2.2.2 Fórmula molecular

Além da informação dada pela fórmula empírica, a molecular mostra também os


números de átomos de cada elemento existentes verdadeiramente numa molécula.
Exemplo: Benzeno – fórmula molecular – C6H6 (CH)6
Etano – fórmula molecular – C2H6 (CH3)2
A relação entre a fórmula molecular e empírica é:
Fórmula molecular = (Fórmula empírica) x n
Portanto, para determinar a fórmula molecular, deve-se primeiramente
determinar a fórmula empírica, baseando na massa molecular determina-se o valor
de n e então a fórmula molecular.
Exemplo: Determinar a fórmula molecular de um composto orgânico formado por
C e H, em que o carbono ocupa 80% em massa. Sabendo que a massa molecular
deste composto é igual a 30.
Fórmula empírica
C80H20
,
= = 6,67 = ,
=1

= = 20 = ,
=3

A fórmula empírica é CH3


Fórmula molecular
Fórmula molecular = Fórmula empírica x n
Massa da fórmula molecular = massa da fórmula empírica x n
30 = 15 x n
n=2
(CH3)2 = C2H6
A fórmula molecular é C2H6
2.2.3 Fórmula estrutural

Na fórmula estrutural são indicadas as ligações entre os elementos.


Exemplo:

2.2.4 Fórmula iónica

Quando se trata de compostos iónicos, deve-se evidenciar a existência dos


respetivos iões.
Exemplo:
(Na+; Cl-) – cloreto de sódio.
(Mg2+; 2Cl-) – cloreto de magnésio.
(2Al3+; 3O2-) – óxido de alumínio.
As fórmulas iónicas devem obedecer aos seguintes requisitos:
- O princípio de eletroneutralidade (a soma do número de cargas elétricas deve ser
nula).
- Os símbolos dos elementos mais eletropositivos escrevem-se em primeiro lugar.
- Se houver mais que um elemento eletropositivo, deve escrever-se por ordem
alfabética.
Em geral, as regras para a escrita das fórmulas químicas, obedecem as normas da
união internacional da Química pura e aplicada (IUPAC). Recorre-se no entanto, à
série de reatividade dos metais, à tabela periódica e às tabelas de aniões e catiões.
Vamos inicialmente, fazer uma breve abordagem sobre dispersões com o intuito de
melhor quantificar as substâncias.
Uma dispersão é uma distribuição não necessariamente uniforme de indivíduos, de
partículas no caso, num determinado espaço.
É precisamente isso o que são as soluções, os coloides e as suspensões. Partículas
de uma substância chamada de disperso espalhadas entre as partículas de outra
chamada de dispersante.
O que diferencia essas três formas de mistura ou dispersão é o tamanho da
partícula dispersa.
Solução Colóide Suspensão
Diâmetro do disperso d < 1 nm 1 nm < d < 1000 nm d > 1000 nm
(d)
Visível a olho nú Não Não Sim
Visível ao microscópio Não Sim Sim
Podem ser filtrados Não Em filtros ultrafinos Sim

Importante: 1 nm (nanômetro) é o mesmo que um milionésimo de milímetro, isto


é, 1 mm dividido por 1.000.000 ou 1 m dividido por 1000.000.000
Assim:
As soluções são as dispersões que possuem as menores partículas dispersas,
normalmente tratam-se de átomos, moléculas ou iões individuais e que não podem
ser vistos a olho nu e nem mesmo em microscópio.
Um exemplo é o que acontece quando dissolvemos sal de cozinha (NaCl) na água.
Os iões sódio (Na+1) e os iões cloro (Cl-1) distribuem-se livremente entre as
partículas de água (H2O). Se ao invés de sal, colocarmos um pouco de álcool etílico
(etanol), ele não ionizará como o sal, mas as suas moléculas terão o mesmo
comportamento.

Numa solução a distribuição do disperso é considerada uniforme e este é chamado


de soluto, enquanto que o dispersante recebe o nome de solvente. Aqui, por causa
do tamanho infinitesimal das partículas, o soluto não pode ser filtrado e não sofre
decantação.

Ainda, uma solução não precisa estar no estado liquido, como nos é intuitivo
acreditar. Ela pode estar em estado gasoso, como o ar que respiramos, que é uma
mistura de oxigénio, nitrogénio, CO2, vapor de água e outros gases. Ou pode ainda
estar em estado sólido, como o concreto ou o ouro das joias (que é uma solução de
ouro e prata, feita para aumentar a dureza). Pode até mesmo ser uma mistura
entre dois estados, como o refrigerante, que possui CO2 dissolvido no líquido.
Coeficiente de solubilidade é a quantidade da substância que satura 100 gramas de
água a uma dada temperatura.

Exemplo: O coeficiente de solubilidade do sulfato de potássio (K2SO4)


As dispersões coloidais são formadas por moléculas maiores
ou aglomerados delas, como proteínas na água, por exemplo. As partículas, apesar
de consideravelmente maiores do que as de uma solução, ainda não podem ser
vistas a olho nu. Somente em alguns microscópios especiais
chamados ultramicroscópios. Podem decantar, se centrifugados apropriadamente,
ou ser filtradas se o filtro for suficientemente fino.

As dispersões coloidais são classificadas de acordo com as fases dispersas e


dispersante, gerando cinco tipos básicos de coloides, que são: sol (gelatina
dissolvida, pasta de dente, tinta, vidro e plástico pigmentado); gel (gelatina, geleias,
queijos, pasta de dentes e tinta seca); emulsão ( maionese, leite, manteiga, cremes);
espumas (espuma de sabão e de combate a incêndios e chantilly) e aerossol
(neblina, sprays, fumaça e poeira).
Uma suspensão é uma dispersão de partículas grosseiras em algum dispersante,
como areia ou terra na água. As partículas de areia ou terra podem facilmente ser
vistas a olho nu ou com auxílio de uma lupa e também ser filtradas ou decantadas.
2.3 MOLE

Mole é a quantidade de substância que contém 6,02 x 1023 ou


602 000 000 000 000 000 000 000 (seiscentos e dois mil trilhões) de partículas.
A mole de qualquer substância contém o mesmo número de partículas; quer sejam
eletrões, protões, neutrões, iões, átomos ou moléculas. Assim como uma dúzia
contém o mesmo número de unidades que é igual a 12, quer seja uma dúzia de
cadernos, de lápis ou de talheres, etc.
Uma mole de substâncias, pode ser constituída por moles de outras partículas
constituintes. Assim como uma dúzia de camisas pode ser constituída por certas
dúzias de golas, de botões, de mangas, etc
Exemplos:
- Uma mole de BaCl2, tem duas moles de iões cloro e uma mole de iões bário.
- Duas moles de água têm duas moles de átomos de oxigénio e quatro moles de
átomos de hidrogénio.
O número 6,02 x 1023 é chamado número (constante) de avogadro, em homenagem
ao cientista fundador da teoria atómico-molecular, o físico-matemático italiano
Amadeo Avogadro (1776-1856).

2.3.1 Massa molar

A massa molar é a massa expressa em gramas de uma mole de partículas


constituintes.
A unidade da massa molar é grama por mole (g/mol).
A massa molar indica-se por M.
Exemplo: A massa molar do cobre é 63,5 g/mol. Indica-se por M(Cu) = 63,5 g/mol.
A massa molar é diferente de substância para substância, assim como a massa de
uma dúzia de lápis é diferente à massa de uma dúzia de cadernos, embora haja o
mesmo número de unidades. Mas a massa molar é numericamente igual a massa
molecular ou atómica relativa.
Conhecendo-se a massa de uma determinada porção de substância, pode-se
determinar a massa molar (molecular), o número de moles, número de átomos,
número de moléculas ou iões que constituem a referida porção, fazendo uso da
relação:

= = = ×

Sendo n – número de moles; m – massa da porção em estudo e M – massa molar.


Exemplo: Considere uma amostra de zinco com a massa de 32,7 g.
a) Quantas moles de zinco existem nesta amostra?
Dados:
M = 65,4 g/mol
m = 32,7 g
n =?
32,7
= = = 0,5
65,4 /

b) Determinar o número de átomos de zinco existentes na amostra.

1 mole de átomos de Zn -------------------- 6,02 x 1023 átomos Zinco


0,5 mole de átomos de Zn ----------------- X átomos de zinco

0,5 × 6,02 × 10 á
=
1
= 3,01 × 10 á

Pode-se determinar também o número de moles de partículas constituintes de


uma substância, conhecendo a constituição da mesma.

Exemplo: Quantas moles de átomos de oxigénio existem em 2,5 moles de KMnO4?


1 mole de moléculas de KMnO4 -------------------- 4 moles de átomos de oxigénio
2,5 moles de moléculas de KMnO4 ---------------- X moles de átomos de oxigénio

2,5 ×4
=
1
X = 10 moles.
2.3.2 Volume molar

Amadeo Avogadro, dedicando-se ao estudo de substâncias gasosas, enunciou a lei


que ainda hoje é conhecida como lei de Avogadro, que diz: Volumes iguais de gases
nas mesmas condições de pressão e temperatura contêm o mesmo número de
moléculas.
Uma mole de qualquer gás ocupa sempre um volume constante, desde que a
temperatura e pressão não se alterem.
Volume molar é o volume ocupado por uma mole de qualquer gás a temperatura
de 0 °C e a pressão de 1 atmosfera (condições normais de temperatura e pressão –
CNTP).
O volume molar de um grande número de gases é de aproximadamente 22,4 dm3.
Para diferentes temperaturas e pressão, o volume molar de qualquer gás varia.

P T 0 °C 5 °C 10 °C 15 °C 20 °C 25 °C
0,85 atm 26,35 26,83 27,32 27,80 28,28 28,76
0,90 atm 24,89 25,34 25,80 26,25 26,71 27,16
0,95 atm 23,58 24,00 24,44 24,87 25,30 25,74
1,00 atm 22,40 22,81 23,22 23,63 24,04 24,45
1,05 atm 21,33 21,72 22,11 22,50 22,89 23,28
1,10 atm 20,36 20,73 21,11 21,48 21,85 22,23

2.4 CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES

Concentração da solução é a quantidade da substância que existe dissolvida numa


solução.
Nas soluções aquosas, a água é o solvente e a substância nela dissolvida é o soluto.
No laboratório, durante a realização de experiências, é necessário conhecer a
quantidade da substância dissolvida num certo volume da solução; isto é, conhecer
a sua concentração.
Dentre as diferentes formas de exprimir a concentração das substâncias,
apresentam-se apenas três neste material: Concentração molar, concentração
mássica e percentagem.
2.4.1 Concentração molar (C)

A concentração molar é a quantidade de substância expressa em moles que existe


dissolvida num determinado volume da solução. É também chamada molaridade.
Determina-se dividindo a quantidade da matéria expressa em moles de soluto (n)
pelo volume da solução (V)

Unidades da concentração: mol/dm3 ou mol/l.


A partir desta equação pode-se determinar também o volume ou o número de
moles desde que sejam conhecidos os outros dois parâmetros.
Exemplos:
1 – Calcula a concentração molar de uma solução que contém dissolvidas 11,7
gramas de cloreto de sódio em 0,5 litro de água.
Dados:
V = 0,5 l
n=?
M=?

Não tendo n, calcula-se pela relação = e como se sabe que a massa molar é
numericamente igual a massa molecular, calculamos então a massa molecular para
encontrar o valor da massa a usar na fórmula anterior.
Mr (NaCl) = (1 x 23) + (1 x 35,5)= 58,5
Se a massa da molécula é 58,5, a massa da mole será 58,5 g/mol, substituindo na
equação, tem-se:
11,7
= = = 0,2
58,5 /
Por sua vez, a concentração será:
0,2
= = = 0,4 /
0,5
Diz-se então que a concentração molar da solução é 0,4mol/l ou a molaridade da
solução é 0,4M.
2 – Pretende-se preparar 500 cm3 de uma solução aquosa de hidróxido de potássio
(KOH) com a concentração molar de 0,2 mol/dm3. Calcula a massa de soluto
necessária para preparar esta solução.
Dados:
V = 500 cm3 = 0,5 dm3
C = 0,2 mol/dm3
n=?
m=?
M=?
0,2
= × = × 0,5 = 0,1

Mr = (1 x 39) + (1 x 16)+(1 x 1) = 56
M = 56 g/mol

= × = 0,1 × 56 / = 5,6
Deve-se então pesar 5,6 gramas de hidróxido de potássio para dissolver em 0,5
litros de água e assim obter a solução com a concentração requerida de 0,2
mol/dm3 ou 0,2 mol/l.
Diluição de uma solução
Diluir uma solução consiste em diminuir a concentração molar da solução no
soluto em estudo. Tendo em conta a definição da concentração molar = ,
podemos dizer, que diluir poderá ser:
1- Ter menos soluto num mesmo volume de solução.
É possível realizar na prática, desde que seja possível precipitar ou flocular
o soluto em excesso e em seguida retira-lo da mistura. Este processo é mais
moroso e requer mais dispêndio de material.

2- Ter a mesma quantidade de soluto, num maior volume de solução.


Este processo é o mais utilizado na prática. Pois na solução aquosa, é tão
simples adicionar água desionizada até atingir o grau de diluição
pretendido.
Para preparar uma solução diluída a partir de uma solução de concentração
conhecida, pode escrever-se:
=
× = ×

2.4.2 Concentração mássica (Cm)

A concentração mássica é a massa expressa em gramas ou quilogramas de uma


substância que existe dissolvida em um determinado volume da solução.

Sendo Cm – concentração mássica, m – a porção da massa em estudo e V – o volume


da solução.
Unidades para a concentração mássica pode ser apresentada por g/l; g/dm3,
kg/dm3, kg/l ou outras.
Exemplo: Dissolveram-se 6 g de um soluto A em 500 ml de água. Qual será a
concentração da solução em g/dm3.
Dados:
m=6g
V = 500 mL = 0,5 l = 0,5 dm3
Cm = ?
6
= = = 12 /
0,5
Relação entre concentração mássica e molar
×
= = = ×

2.4.3 Percentagem

A percentagem, como em qualquer outra medição representa o número de partes


em uma unidade de cem partes. Assim para uma solução, a percentagem indica a
quantidade de soluto presente em cem partes da solução. Pode ser litro/litro,
volume/volume.
Exemplo: Álcool etílico 96%, informação disponível ao usuário de que em 100
litros deste álcool, 96 litros de álcool puro e foram adicionados 4 litros de água.

2.5 QUANTIDADES ENVOLVIDAS NAS REAÇÕES QUÍMICAS

Equação química é ume expressão que representa uma transformação química (ou
reação química), composta de fórmulas químicas das substâncias iniciais
(reagentes) e das substâncias finais (produto) com os coeficientes
estequiométricos exactos.
Depois de obter a equação bem balanceada, pode-se fazer os cálculos
estequiométricos ou calcular as quantidades das substâncias (ou volumes)
correspondentes a uma dada quantidade da outra substância (excepto quando se
utiliza a lei de equivalentes.
Exemplo: Calcule a massa de cloreto de sódio e o volume de dióxido de carbono
formados quando 10,6 g de carbonato de sódio foram introduzidos no ácido
clorídrico em excesso. Calcule também a quantidade utilizada de ácido clorídrico
na reação.
Resolução:
Equação: +2 →2 + +
Da equação pode-se observar:
1 mole de Na2CO3 (2x23+1x12+3x16) …… 2 moles de NaCl (1x23+1x35,5)x2
Em massa: 106 g de Na2CO3 ------------ 117 g de NaCl
10,6 g de Na2CO3 ----------- x g de NaCl
10,6 × 58,5
= = 5,3
117
Formam-se 5,3 g de cloreto de sódio nesta reação.

1 mole de Na2CO3 (2x23+1x12+3x16) ----------- 1 mole de CO2 (22,4 dm3)


Em massa: 106 g de Na2CO3 ------------ 22,4 dm3 de CO2
10,6 g de Na2CO3 ----------- y dm3 de CO2
10,6 × 22,4
= = 2,24
106
A reação produz 2,24 dm3 de dióxido de carbono.

1 mole de Na2CO3 (2x23+1x12+3x16) ----------- 2 mole de HCl (1x1+1x35,5)x2


Em massa: 106 g de Na2CO3 ------------ 73 g de HCl
10,6 g de Na2CO3 ----------- y g de CO2
10,6 × 73
= = 7,3
106
Nesta reação, para 10,6 g de Na2CO3, consomem-se 7,3 g de HCl.

3 NOMENCLATURA DE COMPOSTOS INORGANICOS

A química inorgânica é o ramo da química que estuda os compostos inorgânicos,


ou seja, as substâncias que não possuem o carbono formando cadeias em sua
constituição. Os compostos inorgânicos são geralmente encontrados na natureza
como minerais.
As funções inorgânicas são divididas em 4 grupos:

3.1 ÓXIDOS

Óxidos são compostos binários (possuem dois elementos) onde o oxigénio é o


elemento mais electronegativo.
Exemplo: CO2, SO3, Na2O
A nomenclatura dos óxidos possui duas possibilidades.
Óxidos formados por não metais (óxidos moleculares):
PREFIXO QUE INDICA A PREFIXO QUE INDICA A
QUANTIDADE DE OXIGÊNIOS QUANTIDADE DO OUTRO
ELEMENTO
MONO, DI, TRI... Di, tri, tetra...

Ex.: CO – monóxido de carbono


CO2 – dióxido de carbono
SO3 – trióxido de enxofre
N2O3 - trióxido de dinitrogênio
Óxidos formados por metais (óxidos iónicos):
ÓXIDO DE nome do elemento (se necessário + carga do catião)
Ex.: Na2O – óxido de sódio
Cu2O – óxido de cobre I
Os óxidos podem ser divididos em:
 Óxidos básicos – formados por metais de carga +1 e +2, quando reagem com água,

originam uma base. Ex.: Na2O.


 Óxidos ácidos – formados por ametais, quando reagem com a água originam um
ácido. Ex.: CO2.
 Óxidos neutros – são aqueles que não reagem com a água. São eles CO, NO e N2O.

– São aqueles que se comportam como base na Óxidos anfóteros presença de um


ácido e como ácido na presença de uma base. Ex.: ZnO.
 Óxidos duplos ou mistos – são o resultado da combinação de dois óxidos de um
mesmo elemento. Ex.: Fe3O4 (combinação entre FeO + Fe2O3).
 Peróxidos – são óxidos onde o oxigênio apresenta NOX -1. Geralmente formados
por hidrogênio, zinco, prata, metal alcalino ou alcalino terroso. Ex.: H2O2 (peróxido
de hidrogênio).
 Superóxidos – são óxidos onde o oxigênio apresenta NOX -½. Geralmente
formados por metal alcalino ou alcalino terroso. Ex.: Na2O4 (superóxido de sódio).

3.2 BASES OU HIDRÓXIDOS

Segundo Arrhenius, base ou hidróxido é toda substância que em solução aquosa


libera, como único anião, o íon OH‒ (hidroxila).
A nomenclatura das bases é dada de acordo com o catião formador.
Catiões que possuem NOX fixo:
HIDRÓXIDO DE nome do catião.
Ex.: NaOH – hidróxido de sódio.
Catiões que possuem NOX variável:
Regra I – HIDRÓXIDO DE nome do elemento + número da carga do catião.
Ex.: Fe(OH)2 – hidróxido de ferro II
Regra II:
HIDRÓXIDO DE nome do elemento + OSO (menor carga)
HIDRÓXIDO DE nome do elemento + ICO (maior carga)
Ex.: Fe(OH)3 – óxido férrico, Fe(OH)2 - hidróxido ferroso

3.3 ÁCIDOS

Segundo Arrhenius, ácido é toda substância que em solução aquosa liberta, como
único catião, o ião H+ (H3O+). São subdivididos em hidrácidos e oxiácidos.
Hidrácidos: ácidos que não contém o elemento oxigênio em sua estrutura. Ex.: HCl,
H2S, HCN.
A nomenclatura característica dos hidrácidos é dada pela regra:
ÁCIDO nome do elemento + ÍDRICO.
Ex.: HCl – ácido clorídrico.
Oxiácidos: ácidos que contêm o elemento oxigênio em sua estrutura. Ex.: H2SO4,
HNO3, H2CO3.
A nomenclatura dos oxiácidos segue a regra do NOX:
NOME NOX DO ELEMENTO CENTRAL
HIPO-----------OSO +1
------------------OSO +3, +4
------------------ICO +5, +6
PER------------ICO +7

Ex.: HClO3 – ácido clórico


Leia mais:
 Ácidos fortes

 Ácidos fracos
3.4 SAIS

Sal é toda substância que, em solução aquosa, sofre dissociação, liberando pelo
menos um catião diferente do H+ e um anião diferente do OH‒.
Exemplo:
BaSO4 → Ba2+ + SO42-
A nomenclatura dos sais varia de acordo com a nomenclatura do ácido que deu
origem ao catião, respeitando a regra:
SUFIXO DO ÁCIDO ‒ÍDRICO ‒OSO ‒CO
SUFIXO DO ANIÃO ‒ETO ‒ITO ‒ATO

Ex.: NaCl – cloreto de sódio


CaSO4 – sulfato de cálcio
Al(NO2)3 – nitrito de alumínio
Os sais são geralmente obtidos a partir de reações de neutralização entre um ácido
e uma base. A reação de neutralização pode ser total ou parcial, porém sempre
produzindo um sal e água.
Neutralização total – neutraliza todos os hidrogênios com as hidroxilas
disponíveis.
HCl + NaOH → NaCl + H2O
Neutralização parcial – neutraliza os hidrogênios com as hidroxilas, podendo
“sobrar” excesso de um dos iões.
H3PO4 + NaOH → NaH2PO4 + H2O
“sobra” hidrogênio na fórmula do sal – o produto é um hidrogenossal.
HCl + Ca(OH)2 → Ca(OH)Cl + H2O
“sobra” hidroxila na fórmula do sal – o produto é um hidroxissal

Há ainda alguns grupos menores de substâncias inorgânicas, classificadas como


funções secundárias, como os hidretos (ex.: CaH2), os carbetos (ex.: Li4C), nitretos
(ex.: Nb3N) e sulfetos (ex.: CS2).
4 REACÇÕES QUÍMICAS

4.1 CONCEITOS BÁSICOS

4.1.1 Reações de combinação ou síntese, decomposição ou análise, de troca


e de dupla troca.

Reações de combinação ou síntese é a reação entre duas ou mais substâncias


reagentes, gerando uma mais complexa.
Exemplo: + →
Reação de análise ou de decomposição é a reação em que uma substância reagente
se decompõe em duas ou mais substâncias simples:
Exemplo: 2 →2 +3
Esta decomposição pode ocorrer de três maneiras: Pirólise (decomposição pelo
calor), Fotólise (decomposição pela luz) e eletrólise (decomposição pela
eletricidade).
Reações de deslocamento, de substituição ou de simples troca é a reação entre uma
substância simples e outra composta, levando a transformação da substância
composta em simples.
Exemplo: +2 → +
Reação de dupla substituição ou de dupla troca é a reação entre duas substâncias
compostas que permutam seus elementos químicos, gerando duas novas
substâncias compostas.
Exemplo: + → +
Reações exotérmicas
São reações que ocorrem com libertação de calor.
Reações endotérmicas
São reações que ocorrem com a absorção de calor.
Equações termoquímicas
São equações que servem para representar reações químicas e processos físicos
em que há libertação ou absorção de calor.
Exemplo: Considere que uma mole de gás hidrogénio reage com meia mole de gás
oxigénio, produzindo uma mole de água e libertando 285,5 KJ de calor. Poder-se-ia
escrever da seguinte forma:
1
( ) + ( ) → () + 285,5
2
Mas a equação termoquímica dessa reação escreve-se:
1
( ) + ( ) → () ∆ = −285,5
2
O sinal negativo indica que a reação ocorre com a absorção libertação de calor,
sendo uma reação exotérmica. Se na reação, o calor é absorvido, reação
endotérmica, o valor de ∆H será positivo. Assim, invertendo a reação, inverte-se
também o sinal do valor de ∆H.
1
() → ( ) + ( ) ∆ = +285,5
2

4.1.2 Manifestações de ocorrência de reações químicas.

As alterações no sistema ajudarão a concluir que realmente houve uma


transformação química, se observadas. Tais como:
1) Mudança de cor;

2) Libertação de um gás (efervescência);

3) Formação de um sólido (precipitado;

4) Aparecimento de chama ou luminosidade.

Porém, é preciso lembrar que existem reações químicas que se processam com
ausência desses sinais, sem que haja uma modificação perceptível entre o sistema
inicial e final. Assim, para saber com exatidão se realmente houve uma reação
química é preciso pegar os materiais obtidos, isolá-los e determinar suas
propriedades específicas, tais como densidade, pontos de fusão e ebulição, entre
outros.

4.1.3 Acerto de equações pelo método de coeficientes indeterminados

O acerto de uma equação química pelo método dos coeficientes indeterminados,


requer os passos seguintes:
a) - Escrever a equação com as fórmulas.
( )+ ( ) → ( )+ ( )

b) – Como não são conhecidos os coeficientes estequiométricos, representam-


se pelas letras a, b, c e d.
c) ( )
+ ( ) → ( )+ ( )

d) - Aplicar a lei de Lavoisier para os diferentes elementos que existem no


sistema, através de equações matemáticas em que se relacionam os
coeficientes a, b, c e d.
- Para o carbono: 3 a = c
- Para o hidrogénio: 8 a = 2 d
- Para o oxigénio: 2 b = 2 c + d.
Como há e equações e 4 incógnitas, vamos atribuir a uma delas, o valor
unitário. No caso a = 1.
- Na equação 3 a = c, teremos: 3 x 1 = c; c = 3
- Na equação 8 a = 2 d, teremos: 8 x 1 = 2 d; d = 4.
- E na equação 2 b = 2 c + d, teremos 2 b = 2 x 3 + 4; b = 5.
Substituindo estes valores na equação química, teremos:
( )
+5 ( ) → 3 ( )+4 ( )
Verifica-se que o esquema traduz realmente uma equação, porque o
número de átomos no primeiro membro é igual ao número de átomos no
segundo membro, isto é para cada elemento.

Elemento C H O
Membro esquerdo 3 8 10
Membro Direito 3 8 10

Uma equação química só traduz realmente uma reação química, se esta


obedece a lei de Lavoisier.

4.2 VELOCIDADE DE UMA REACÇÃO

Velocidade média de uma reacção é a variação da quantidade dos reagentes ou dos


produtos durante um intervalo de tempo.
Esta quantidade pode ser:
a) – massa (m)


=

vm – velocidade média
∆m – variação da massa ∆ = −
∆t – variação do tempo ∆ = −
mf – massa final
mi – massa inicial
tf – tempo final
ti – tempo inicial

Para reagentes, coloca-se um sinal negativo.



=−

O sinal negativo refere-se à diminuição dos reagentes ou seja, os reagentes
são consumidos.

b) - mol (n)

Para produtos = ∆

Para reagentes =−∆

c) – Concentração [ ]
∆[ ]
Para produtos = ∆
∆[ ]
Para reagentes =− ∆
d) – Volume (V)

Para produtos = ∆

Para reagentes =−∆

e) – Pressão Parcial

Para produtos = ∆

Para reagentes =−∆

Considerando a equação genérica:

+ ⇌ +

a, b, c e d são coeficientes estequiométricos.

∆ ∆ ∆ ∆
=− =− = =
∆ ∆ ∆ ∆

Exemplo 1:
Escrever a expressão da velocidade para a seguinte equação e calcule a
velocidade média de consumo de NO2, considerando que no início da
reacção tinha-se 3 ml do gás e decorridos 2 minutos, verificou-se que havia
no meio reaccional 1,5 ml deste mesmo gás.

2 ( ) ⇌2 ( ) + ( )

∆[ ] ∆
=− × ∆
ou =− × ∆

Dados:
Vi = 3 ml
Vf = 1,5 ml
ti = o s
tf = 2 s

1 (1,5 − 3) 1 (−1,5) 1,5


=− × =− × = = 0,375
2 (2 − 0) 2 2 4

Isto quer dizer que nesta reacção, consome-se em média 0,375 ml de NO2
por cada segundo.

Exemplo 2:
A síntese do etano a partir do etileno ocorre segundo a equação que abaixo
se apresenta. A tabela abaixo apresenta dados recolhidos no decurso da
referida reacção.

+2 →

Tempo (min) 0 4 6 10
(mol) 50 38 35 30
(mol) 0 12 15 20

a) - Calcula a velocidade média de formação do etano durante os primeiros


4 minutos.

(12 − 0)
= =3
(4 − 0)

b) – Calcula a velocidade média de consumo do etileno durante os mesmos


4 minutos iniciais.

(38 − 50)
=− =3
(4 − 0)

Nota: Pode continuar a calcular a velocidades médias de consumo ou de


formação em diferentes intervalos, usando as devidas fórmulas.

4.2.1 Factores que influenciam a velocidade de uma reacção química.

Existem reacções que queremos que ocorram rapidamente devido por vezes às
quantidades produzidas e a sua rentabilidade na produção. Do outro lado, existem
reacções que se quer que ocorram lentamente, como são as reacções de
decomposição dos alimentos.
Para acelerar ou retardar uma reacção química, estudam-se factores que
influenciam tais processos, sendo que os principais são quatro: Temperatura,
concentração dos reagentes, superfície de contacto dos reagentes e catalisadores
(inibidores).
1- Temperatura
O aumento da temperatura eleva a energia cinética das moléculas, o que faz com
que elas fiquem mais agitadas, movimentando-se mais rapidamente. Dessa forma,
haverá um maior número de choques efectivos entre suas partículas e aumentará a
velocidade da reacção.
Quanto maior for a temperatura, maior será a velocidade de uma reacção.

2- Concentração dos Reagentes


O aumento da concentração de um dos reagentes, a reacção ocorre mais depressa,
porque o aumento do número de partículas reagentes, aumenta também a
quantidade de choques entre elas e a probabilidade de ocorrerem colisões eficazes
que resultem na ocorrência da reacção.
Quanto maior a concentração de reagentes, maior será a velocidade da reacção.

3- Superfície de contacto dos reagentes


Um dos factores para a ocorrência de uma reacção é que as moléculas do reagente
devem colidir de modo efectivo. Quanto maior a superfície de contacto, maior o
número de moléculas que irão colidir, aumentando também a probabilidade de
ocorrerem choques efectivos e, por fim, o aumento da velocidade da reacção.
Quanto maior a superfície de contacto dos reagentes, maior a velocidade da
reacção.

4- Catalizadores
Os catalisadores são substâncias capazes de acelerar a velocidade das reacções
químicas sem serem consumidos, ou seja, são totalmente regenerados no final do
processo.
Os catalisadores conseguem acelerar a reacção química porque eles diminuem a
energia de activação, isto é, a energia mínima necessária para que as moléculas
colidam de modo eficaz, produzindo o complexo activado e os produtos. Quanto
maior a energia de activação, mais difícil será para a reacção ocorrer. O catalisador
permite que a reacção ocorra com uma menor energia de activação, aumentando a
sua velocidade.
O uso de catalisadores aumenta a velocidade das reacções.
4.2.2 Análise gráfica da velocidade das reações

No decurso da reação, as concentrações variam. Inicialmente, o reagente está em


sua quantidade máxima e que se vai consumindo ao longo da reação
simultaneamente vai crescendo a quantidade do produto que no início não existia,
passando portanto a produzir-se.
Este processo pode facilmente ser analisado com recurso aos gráficos.

A concentração é representada por colchetes com a fórmula da substância dentro


([]) e normalmente a unidade é dada em mol/L.
Exemplo: Temos apenas um reagente, o peróxido de hidrogênio em solução
aquosa, que é a água oxigenada, decompondo-se para formar dois produtos, o gás
oxigênio e a água:
2 H2O2 (aq) → 2 H2O (l) + 1 O2(g)

Observe que nesse caso a proporção não é a mesma para todos, mas sim de 2:2:1.
Por isso, teremos variações de concentrações diferentes. A seguir temos a tabela que
relaciona alguns dados experimentais dessa variação:

Com base nos dados, teremos o seguinte gráfico para representar as variações das
concentrações das três substâncias no decorrer do tempo:
5 EQUILÍBRIO QUÍMICO

5.1 DEFINIÇÃO

5.1.1 Sistemas químicos em equilíbrio

a) – Extensão de uma reacção química.

Exemplo:
( )+ () ⇌ ( ) + ( ) (1)
( )+ () ⇌ + ( ) (2)

- As moléculas HCl(g) que se dissolveram, quase todas ionizaram-se.


- As moléculas NH3 (g) que se dissolveram, poucas ionizaram-se.
- A concentração analítica de HCl(aq) e de HNO3 (aq) é a mesma, a
concentração das respectivas formas ionizadas é diferente; maior no caso
do HCl. Diz-se por isso que a reacção (1) é mais extensa que a reacção (2).
- A extensão de uma reacção química traduz o grau de transformação dos
reagentes nos produtos.
- Quando as concentrações das espécies presentes permanecem invariáveis,
diz-se que foi atingido o estado de equilíbrio químico ou que aqueles
sistemas fechados se encontram em equilíbrio químico.

b) - O equilíbrio químico é dinâmico.


No equilíbrio químico:
- A reacção não pára.
- As concentrações de todos os componentes deixam de variar.
- A reacção processa-se simultaneamente nos dois sentidos (directo e
inverso) com a mesma velocidade.
- O equilíbrio químico não significa imobilidade, não é estático, as reacções
directa e inversa prosseguem a nível microscópico, por isso se chama um
equilíbrio dinâmico.
- O estado de equilíbrio será atingido quer, o ponto de partida sejam os
reagentes, quer sejam os produtos da reacção.

29
5.2 CONCEITOS BÁSICOS.

Reacções completas – são reacções onde os reagentes convertem-se totalmente


nos produtos. E, as respectivas equações químicas escrevem-se apenas com uma
seta.
Reacções incompletas – são reacções onde a conversão dos reagentes em produto,
nunca é total, são essas reacções que conduzem aos estados de equilíbrios.
Reacções Reversíveis – são reacções que ocorrem em dois sentidos.
Exemplo:

( ) +3 ( ) ⇌2 ( )

⇌ +

Reacções Irreversíveis – são aquelas reacções que ocorrem só num sentido.


Exemplo:

( ) +2 ( ) → ( ) + ( )

5.3 CONSTANTE DE EQUILÍBRIO

As reacções reversíveis, conduzem a reacção a um equilíbrio em que as velocidades


das reacções directa e inversa igualam-se.

Exemplo: + ⇌ +

No estado de equilíbrio, entre a velocidade da reacção directa e as concentrações


dos reagentes, existe a seguinte relação de proporcionalidade:

= [ ] [ ]

Esta proporcionalidade também se verifica para a reacção inversa, sendo:

= [ ] [ ]

Sendo = no equilíbrio, sucede que [ ] [ ] = [ ] [ ]

[ ] [ ] [ ] [ ]
Fazendo =[ ] [ ]
e que = então =[ ] [ ]

30
Lei de equilíbrio: o quociente entre o produto das concentrações dos produtos da
reacção elevados aos seus respectivos coeficientes estequiométricos e o produto
das concentrações dos reagentes, também elevados aos seus respectivos
coeficientes estequiométricos é constante.

Na constante de equilíbrio, só se usam substâncias em soluções aquosas e gasosas


e não as sólidas.

5.3.1 Unidades da constante de equilíbrio

Como as estequiometrias variam consoante a reacção, as dimensões da constante


de equilíbrio são variáveis.
Exemplos:
( )+ ( ) ⇌2 ( )

[ ] ( × )
= = =1
[ ][ ] ( × )( × )
Não tem unidade. Não há variação da quantidade de substância durante a reacção
2 ( ) + ( ) ⇌2 ( )

[ ] ( × )
= = =
[ ] [ ] ( × ) ( × )

5.3.2 Cálculo da constante de equilíbrio.

Exemplo: Sabendo que as concentrações de , no equilíbrio são 0,994


mol/l, 0,006 mol/l e 0,003 mol/l respectivamente.
Determine o valor da constante de equilíbrio a 2000 °C para as reacções:

1- ( ) ⇌ ( ) + ( )

Resolução:

[ ][ ] 0,006 0,003
= = = 3 × 10
[ ] 0,994

31
2- 2 ( ) ⇌2 ( ) + ( )

Resolução:

[ ] [ ] 0,006 0,003
= = = 1 × 10
[ ]
0,994

5.4 DIFERENTES TIPOS DE EQUILÍBRIO QUÍMICO

5.4.1 Equilíbrio em fase gasosa

Quando todos os componentes de um sistema químico em equilíbrio são gases.


Neste tipo de equilíbrio, trabalha-se comodamente com pressões em detrimento
das concentrações.

Exemplo:
( )+3 ( ) ⇌2 ( )

[ ]
=
[ ][ ]

Partindo da equação dos gases ideais, = e que = ,

Sendo = ; logo = . Esta equação mostra a proporcionalidade entre


pressão e concentração. Quanto maior for a concentração, maior será a pressão.

=
×

, são as pressões parciais. Pressões exercidas pelo gás como se fosse


o único a preencher o espaço dado.

32
5.4.2 Equilíbrio em soluções aquosas

Quando todos os constituintes estão em solução aquosa.


Exemplo:

() + () ⇌ () + ()

[ ][ ]
=
[ ][ ]

Nota: A maioria das reacções em fase líquida ocorrem em solução aquosa.

5.4.3 Equilíbrio Homogéneo

Quando todos os constituintes, reagentes e produtos, estão numa mesma fase.


Exemplo:

( ) + ( ) ⇌2 ( )

5.4.4 Equilíbrio Heterogéneo

Quando todos os constituintes, reagentes e produtos encontram-se em diferentes


fases.
A constante de equilíbrio exprime-se apenas à custa dos constituintes numa única
fase.
Exemplos:
a) - ( ) ⇌ ( ) + ( )

=[ ][ ]

b) - ( ) + ( ) ⇌ ( ) + ( )

[ ]
=
[ ]

33
5.5 FACTORES QUE ALTERAM O EQUILÍBRIO

5.5.1 Temperatura

No equilíbrio, o aumento da temperatura favorece as reacções endotérmicas e a


diminuição favorece as reacções exotérmicas.
Exemplo:
A temperatura de 25°C, a mistura de NO2 com N2O4 é castanha dourada, mas que
ao elevar a temperatura a 80°C se torna castanha escura e arrefecendo-a a 0°C, a
cor torna-se clara.
2 ⇌ ( )

Castanho Incolor
A constante de equilíbrio diminui quando a temperatura aumenta na reacção
exotérmica e aumenta quando a temperatura aumenta na reacção endotérmica.
5.5.2 Pressão

O efeito da variação da pressão no equilíbrio químico é importante apenas na fase


gasosa.
O aumento da pressão desloca o equilíbrio no sentido da formação de menor
quantidade de substância.
A diminuição da pressão desloca o equilíbrio no sentido da formação de maior
quantidade de substância.
Exemplo:

( ) +3 ( ) ⇌2 ( )

Um aumento de pressão desloca o equilíbrio no sentido da formação de mais


amoníaco (NH3) e uma diminuição da pressão produziria o efeito contrário.

5.5.3 Concentração

O aumento da concentração de um dos componentes do sistema desloca o


equilíbrio no sentido do consumo desse componente.
A diminuição da concentração de um dos componentes do sistema desloca o
equilíbrio no sentido de formação desse componente.
Exemplo:
2 ( ) + ( ) ⇌2 ( )

34
= 4,8 × 10 à 700°

Aumentando a concentração de um dos reagentes, progride a reacção directa.


Princípio de Le Chatelier
Se um sistema em equilíbrio é perturbado em consequência dos processos que
nele ocorrem, o equilíbrio deslocar-se-á no sentido da diminuição do efeito dessa
perturbação.

5.6 EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE

5.6.1 Teorias para a definição do ácido e da base

a) – Teoria de Arrhenius
Ácido é uma substância que na solução aquosa se dissocia produzindo iões
H+.
( ) → +

( ) →2 +

Base é a substância que em solução aquosa se dissocia, produzindo iões OH-


.
( ) → +
( ) ( )→ +2
A reacção entre um ácido e uma base forma sal e água e chama-se reacção
de neutralização.
( )+ ( ) → ( )+

Forma iónica simplificada: ( ) + ( ) →

b) Teoria de BrÖnsted – Lowry


Ácido é uma substância que cede H+ “protões”
Base é a substância que recebe protões.
( )+ ( ) ⇌
A reacção de transferência de protões entre duas espécies moleculares ou
iónicas originando um novo ácido e uma nova base é designada por reacção
protolítica.

Acido 1 + Base 2 ⇌ Ácido 2 + Base 1


( )+ ⇌ ( )+ ( )

35
Formam-se assim os pares conjugados: ;
c) Teoria de Lewis
Ácido é a espécie química capaz de receber electrões.
Base é a espécie química capaz de doar electrões.
+ 2[: ]→ → ← ,[ ( ) ]

Na prática, a teoria de BrÖnsted é mais usada. Com esta teoria os cálculos de


equilíbrio são mais simples.

5.6.2 Constante de acidez Ka e constante de Basicidade Kb

Esta grandeza é uma medida da extensão da reacção. Quanto maior for o seu valor,
mais forte será o ácido ou a base isto é, maior será a sua capacidade de reagir.
A acidez intrínseca de um ácido HA é expressa como a constante de equilíbrio para
a reacção:
⇌ +
[ ][ ]
=
[ ]
A basicidade intrínseca da base A será expressa pela constante da reacção inversa
anterior.
[ ]
=
[ ][ ]
Como não é possível encontrar protões livres em solução, com concentrações
aceitáveis, reacções do tipo ⇌ + , não podem ser realizadas
experimentalmente, consequentemente a acidez e a basicidade intrínsecas de uma
substância não podem ser medidas. A única maneira pela qual se determina a força
de um ácido ou base é pela reacção de um ácido com uma base de referência e vice-
versa.

[ ][ ]
⇌ + = [ ]

[ ]
+ ⇌ =[ ][ ]

Se por um lado, somando as duas equações, obtém-se:


+ ⇌ +
Por outro, relacionando a constante da basicidade com a de acidez, resulta:

36
[ ]
[ ]= [ ]
para a equação da Ka e para Kb, tem-se:

[ ]
[ ]= [ ]
, igualando as duas equações, resulta:

[ ] [ ]
=
[ ] [ ]
[ ][ ]
= =
[ ][ ]

=
A constante de equilíbrio para uma reacção ácido-base é o produto das constantes
intrínsecas de um ácido HA e a de uma base B.

5.6.3 Constante da água.

A água é uma substância anfótera ou anfotérica. Na sua molécula existe o protão e


o ião hidróxido. A capacidade de doar e de receber o protão pode ser realizada
entre duas moléculas de água.
+ ⇌ +
Diz-se que a água tem capacidade de auto-ionização. Simplificadamente, escreve-
se:
⇌ +
Para este equilíbrio da água, corresponde a seguinte equação da constante de
equilíbrio:
=[ ][ ]
Kw é chamada constante da água ou produto iónico da água. Sendo uma constante
de equilíbrio, depende da temperatura (a cada temperatura, Kw tem um valor
determinado).

Medindo a condutividade eléctrica, determinou-se que [ ] = 10 .


Sabendo que na água pura [ ] = [ ], portanto a 25°C Kw vale 10 .
= 10
No caso de uma solução aquosa não pura em que [ ]≠[ ], a solução
caracterizar-se-á por ser ácida ou básica.

37
Adicionando uma quantidade de ácido à água (por exemplo HCl), a concentração
em iões hidrogénio torna-se maior que a concentração de iões hidróxido na
solução e esta torna-se ácida.
Solução ácida é a solução em que [ ]>[ ] ou [ ] > 10 ou ainda [ ]<
10 .
Devendo sempre satisfazer a relação =[ ][ ].
Baseando nesta relação, pode-se calcular [ ] [ ] for conhecida e vice-
versa.
Exemplos:
1 - Calcule a concentração de [ ] na solução de HCl 0,1 M.
Nesta solução existem dois (2) equilíbrios:
⇌ +
⇌ +
Portanto, [ ]=[ ]+[ ] . Como [ ]≪[ ], por aproximação, pode-se
escrever: [ ]≅[ ], logo [ ] = 10

10
[ ] = =
[ ] 10
[ ] = 10
2 - Calcule [ ] [ ] na solução de NaOH 0,01 M.

[OH ] = [OH ] = 10 mol


l
k 10
[H ]= = = 10
[OH ] 10

5.6.3.1 Conceito de pH
As concentrações de H+, bem como de OH- na solução, são muitas vezes pequenas e
expressas através de expoentes negativos. Para caracterizar a acidez ou a
basicidade das soluções, utiliza-se o pH, definido por:
=− [ ]
Analogamente para pOH:
=− [ ]
Sendo
=[ ][ ] = 10

38
− =− [ ]− [ ]
= + = 14

Exemplo:
Calcule o pH da solução NaOH 2.10-4 mol/l.
[OH ] = 2 × 10
pOH = −log[2 × 10 ] = −[log2 + log10 ] = −(0,692 − 4) = +3,30
pH + pOH = 14
pH = 14 − pOH = 14 − 3,30 = 10,7

5.7 EQUILÍBRIO IÓNICO. TIPOS DE ELETRÓLITOS

Os casos em que algumas ou todas as substâncias que reagem são iónicas e estão
no estado de equilíbrio, dá-se o nome de equilíbrio iónico.
Os equilíbrios iónicos aparecem sob a forma de soluções em que o dissolvente
comum é a água e que como soluto figuram os ácidos, hidróxidos e sais
(eletrólitos).
5.7.1 Constante de ionização (KI)

Para a dissociação parcial de um eletrólito associada a uma reação de equilíbrio,


existe uma constante de equilíbrio chamada, constante de ionização (KI).
Para o hidróxido de amónio (NH4OH):
⇌ +

[ ][ ]
=
[ ]

Exemplo: Calcular KI no eletrólito XY a uma certa temperatura para a qual:


[X+]= 2x10-3 M e [XY]=0,2 M.
⇌ +

39
[ ][ ] (2 × 10 )
= = = 2 × 10
[ ] 2 × 10

Quanto menor for o valor de KI, mais fraco será o ácido.

5.7.2 Grau de ionização (α)

Define-se como sendo a fração das moléculas que se encontram dissociadas nos
seus respetivos iões.
No estado de equilíbrio: ⇌ +
Se houver α moléculas dissociadas, haverá α iões positivos e α iões negativos,
ficando por dissociar 1- α moléculas de XY. Portanto para uma concentração C
qualquer, podemos escrever:
⇌ +
C(1- α) Cα Cα
×
= =
(1 − ) 1 −

Resulta em uma equação do segundo grau. Recorre-se muitas vezes a aproximação


de que 1 − = 1, tratando-se de um eletrólito fraco que se ioniza pouco e por isso
alfa representa um valor muito pequeno, quando normalmente
< 10 <5

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