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Patologias Do Sistema Reprodutor
Patologias Do Sistema Reprodutor
Licenciatura em Cardiopneumologia
PATOLOGIAS DO
SISTEMA REPRODUTOR
Tiago Rodrigues
2013
Sistema Genital Masculino
Patologias do Sistema Genital
Masculino
1. Patologias da Próstata
a) Hipertrofia Benigna da Próstata
b) Hiperplasia Maligna da Próstata
2. Patologias do Pénis
3. Patologias dos Testículos e Escroto
a) Torsão do Testículo
b) Quistos Epididimários
c) Hidrocelo
d) Epididimite/Orquite e Orquiepididimite
e) Tumores do Testículo
f) Tumores do Escroto
a) Hipertrofia Prostática
Benigna
Aumento da
Hipertrofia
glândula da
Prostática
próstata
Maligna
a) Hipertrofia Benigna da Próstata
• ETIOLOGIA:
• desconhecida
• hormonas masculinas (andropausa)
• INCIDÊNCIA:
• Faz parte do processo de envelhecimento
• Raramente causa problemas antes dos 40 anos
• 50% têm sintomas acima dos 60 anos
• 90% têm sintomas acima dos 80 anos
• DIAGNÓSTICO
• História clínica (sinais de obstrução)
• Toque rectal
• Fluxometria (velocidade da urina)
• Ecografia transrectal
• PSA (diferencial)
ETIOLOGIA:
• Hereditariedade
• Vírus oncogénico
• Alterações hormonais
• Factores ambientais
• Dieta rica em gordura animal
SINAIS E SINTOMAS
• Inicio assintomático.
• Aumento da PSA e da próstata.
• Alteração na micção (mais lenta e progressiva que HBP).
• Dor intensa (metastização óssea).
• Anorexia, diminuição do peso e debilidade.
b) Hiperplasia Maligna da Próstata
TRATAMENTO
• Localizado ao órgão
• Ressecção transuretral de próstata
• Prostatectomia parcial/radical
• Radioterapia
• Braquiterapia (radioterapia interna)
• Crioterapia
b) Hiperplasia Maligna da Próstata
COMPLICAÇÕES DO TRATAMENTO
• Prostatectomia radical
• Incontinência urinária
• Disfunção sexual
• Estenose da uretra
• Hipospádia
• Caracterizada pela abertura em posição anormal,
na face ventral do pénis ou mais raramente
na bolsa escrotal. Geralmente o prepúcio passa a
ter formato de capuz.
• Epispádia
• Má formação do sulco e canal uretral que faz
com que a uretra se abra na face dorsal do pénis.
Associa-se frequentemente à extrofia da bexiga,
mas pode ocorrer separadamente. Pode ter
importância clínica, porque frequentemente o
orifício anormal é constritivo, resultando em
obstrução do trato urinário e risco aumentado
de infecções ascendentes.
• Parafimose
• Incapacidade de fazer o prepúcio voltar a
recobrir a glande do pénis quando retraído.
• Trata-se de uma emergência urológica e, em
casos mais graves, pode levar a gangrena ou
auto-amputação da ponta do pénis.
• Tratamento cirúrgico.
2. Patologias do Pénis
Tumor no pénis
• O carcinoma de células escamosas representa mais de 95% dos casos de
doença maligna do pénis.
• Sinais e Sintomas:
• Aparecimento de uma ferida avermelhada, que não cicatriza, ou de um
pequeno nódulo, na glande, no prepúcio ou no corpo do pénis.
• Manchas esbranquiçadas ou perda de pigmentação na glande.
• Gânglios inguinais inchados na virilha.
SINTOMAS:
• Dor aguda severa, geralmente matinal
• Dor abdominal (quadrantes inferiores)
• Vómitos
• Aumento de volume e temperatura local
• Disúria (dor a urinar) e hematúria
• Sinal de Prehn (alívio da dor com elevação do testículo), sugestivo de epididimite
• Infecção
• Diagnóstico é clínico.
• Tratamento Cirúrgico - é uma urgência urológica, tem de ser tratado
rapidamente.
3. Patologias dos Testículos e do Escroto
b) Quistos Epididimários
Sintomas
• Dor.
• Febre.
• Frequência urinária aumentada, urgência para urinar, dor ou ardência ao urinar (por
infecção na próstata, denominada prostatite).
• Inchaço, vermelhidão, consistência endurecida e aumento da temperatura local
também podem acompanhar a dor.
• Pouco frequentes
• Maior incidência em jovens
• 90 a 95% dos tumores primários dos testículos são
derivados das células germinativas (seminoma e não-
seminoma)
• Maior incidência do Seminoma
• Mais frequente no testículo direito
• Disseminação via linfática
SINAIS E SINTOMAS
• Nódulo duro testicular com ou sem dor.
• 10% dos tumores do testículo são descobertos
casualmente.
• Anemia, aumento das transaminases (estadios mais
avançados).
3. Patologias dos Testículos e do Escroto
e) Tumores nos Testículos
DIAGNÓSTICO
• Marcadores tumorais (diagnóstico e monitorização do tratamento): -
fetoproteína, S-hCG.
• ECO, Biopsia e TAC.
TRATAMENTO
• Seminoma estadio inicial - Cirurgia (Orquiectomia radical) e Radioterapia.
Sobre-vida aos 5 anos > 70%.
• Seminoma estadio avançado – Quimioterapia neo-adjuvante +
Orquidectomia com dissecação ganglionar linfática.
3. Patologias dos Testículos e do Escroto
f) Tumores no Escroto
TRATAMENTO
• Ressecção Cirúrgica
Sistema Genital Feminino
Patologia Genital Feminina
História Clínica
• Idade
• Data da última menstruação
• Idade menopausa
• História obstétrica (gravidez, partos, abortos)
• Métodos anticoncepcionais
Exame Físico
• Inspecção dos genitais externos
• Exame com espéculo (citologia do colo uterino)
• Toque vaginal
• Palpação do abdómen
• Palpação mamária
Patologia Genital Feminina
EXAMES DE DIAGNÓSTICO
ETIOLOGIA
• Infecção pelo papilomavírus
• Herpes simples
• Doença inflamatória crónica
• Imunodeficiência
• Diabetes, obesidade
• Higiene deficiente
• Tabagismo
Tumores Malignos da Vulva
SINAIS E SINTOMAS
• Prurido (comichão)
• Corrimento vaginal
• Hemorragia
• Dor local e/ou disúria (dor a urinar)
• Massa palpável ou visível
• Lesão ulcerada
TRATAMENTO
• Cirúrgico
• Linfadenectomia inguinal + ressecção da lesão ou vulvectomia
• Radioterapia e quimioterapia (neo ou adjuvante)
Tumores do Colo do Útero
Geralmente visíveis
através da vagina
Pólipos cervicais
Podem ser retirados
em ambulatório
Podem estar
associados a
cervicite crónica
Tumores Malignos do Colo do Útero
CARCINOMA DO COLO DO ÚTERO
TRATAMENTO
• Cirurgia
• Radioterapia
• Quimioterapia
Tumores Benignos do Útero
Pólipos Endometriais
• Mais frequentes no peri e pós menopausa
• Isolados ou múltiplos
• Raramente malignizam
• Metrorragias (sangramento uterino)
• Tratamento se sintomático: Remoção (Curetagem)
Leiomiomas
• Etiologia desconhecida
• São o tumores benignos mais frequentes
• Associados à infertilidade
• Mais frequentes no final da vida reprodutora
• Manifestações: dor, hemorragia anormal, Obstrução uretral
(compressão)
• Tratamento se sintomático: Miomectomia, Histerectomia (Remoção
do útero)
Tumores Malignos do Útero
ADENOCARCIOMA DO ENDOMÉTRIO
FACTORES DE RISCO
• Menarca precoce (1ª menstruação) e menopausa tardia
• Nº reduzido de partos
• Obesidade
• HTA
TRATAMENTO
• Hiperplasia do endométrio – histerectomia
• Carcinoma do Endométrio:
• Histerectomia + anexectomia (retirada dos anexos uterinos)
• Radioterapia neo-adjuvante (tumores com invasão local)
• Hormonoterapia
Tumores Malignos do Ovário
• Principal causa de morte entre os tumores malignos do sistema
genital feminino.
• Diagnosticado frequentemente em estadio avançado.
FACTORES DE RISCO
• Idade
• Nuliparidade (nunca teve filhos)
• História familiar (1º grau)
• Exposição ao asbesto
Tumores Malignos do Ovário
SINAIS E SINTOMAS
• Nos estadios iniciais é assintomático
• Dor e desconforto abdominal
• Aumento do volume abdominal
• Alterações urinárias
MEIOS DE DIAGNÓSTICO
• Exame físico
• Laboratoriais: hemograma, BQ, proteína CA 125, ß-hCG, alfa fetoproteína
• Imagiológicos: RX, ECO, TAC pélvica, …
• Cirúrgico: Laparotomia ou laparoscopia (estadiamento)
TRATAMENTO
• Cirurgia (raramente isolada) - Ressecção cirúrgica + quimioterapia adjuvante
PATOLOGIA DA MAMA
Patologia Maligna da Mama
• Neoplasia maligna mais frequente na Mulher.
• 1ª causa de morte por cancro 35-55 anos.
• 2ª causa morte noutras idades.
• Há 4500 novos casos/ano.
• A grande maioria são adenocarcinomas (derivados dos ductos ou
glândulas).
FACTORES DE RISCO
• Idade (> 50 anos)
• História familiar 1º e 2º grau
• Idade menarca (< 12 anos)
• Idade menopausa (> 55 anos)
• Nuliparidade ou 1º parto > 30 anos
• Hiperplasia atípica (Doença Fibroquística)
• Carcinoma da mama contralateral
• Dieta hiperlípidica
Patologia Maligna da Mama
Patologia Maligna da Mama
MANIFESTAÇÕES (fase inicial praticamente assintomática)
DIAGNÓSTICO
• Auto-exame da mama e exame clínico da mama.
• Laboratorial: hemograma (citopenias); BQ (enzimas
hepáticas, hipercalcemia); proteína CA 15-3, CEA, CA 27,
29.
• Imagiologia: mamografia, ecografia, cintigrama ósseo, TAC.
• Citologia aspirativa e/ou biopsia excisional.
Patologia Maligna da Mama
RASTREIO - diagnóstico precoce melhora o prognóstico
• Auto-exame da mama (mensal) e exame clínico da mama
• Inspecção: simetria, massas, alterações da pele
• Mamilos: retracção, corrimento (expressão)
• Palpação por quadrantes
• Palpação das cadeias ganglionares (axilares e supraclaviculares)
• Mamografia
• 2/2 anos mulheres 40/45-69 anos
• Com história familiar, iniciar vigilância mais cedo e posteriormente
anual
Patologia Maligna da Mama
TRATAMENTO
• Cirurgia
• Tumorectomia/quadrantectomia/mastectomia
• Com ou sem esvaziamento ganglionar (pesquisa e biopsia do gânglio
sentinela)
• Mastectomia simples: remoção da mama
• Mastectomia radical: + gânglios + músculos peitorais
• Mastectomia radical modificada: + tecido que reveste os músculos
peitorais (Técnicas Patey e Madden)
• Hormonoterapia (anti-estrogéneos)
• Quimioterapia (adjuvante ou neo-adjuvante)
• Radioterapia (pode ser intra-operatória)
Patologia Benigna da Mama
Fibroquística
• Caracterizada pelo desenvolvimento do tecido fibroso e formações
quísticas no peito, cujas manifestações consistem no aparecimento
de nódulos e dores.
• > 30-55 anos < após menopausa, Vigilância.
Fibroadenoma
• Nódulo firme, liso, com uma consistência dura ou de borracha e uma
forma bem definida. Move-se facilmente no interior da pele quando
se toca nele e é normalmente indolor.
• Deve-se vigiar.
Papiloma
• Pequenos tumores dentro dos canais das glândulas não são
palpáveis. Risco de Malignizarem.
Mastite aguda e abcesso mamário
• Inflamação da mama causada por uma infecção.