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Malária
Malária
Trabalho de Pesquisa
Protocolo de Pesquisa
Tema:
Discentes: Docente:
Amina Estêvão Ruaniua. Clara Mauaie
Antonieta Abrão Buque
Célia Armando Tembe
Joaquim Borges Mahumane
Marta Carlos Nahanzule
Mércia Julião Cuambe
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Lista de abreviaturas
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Capítulo I: Introdução
A malária continua a ser o principal desafio para a saúde pública e para o desenvolvimento
sustentável em Moçambique. Apesar dos esforços empreendidos pelo MISAU e Parceiros na
luta contra Malária, esta doença para além do impacto directo na saúde da população, ainda
exerce um peso socioeconómico enorme na população em geral, perpetuando desta forma o
ciclo vicioso de doença/pobreza sobretudo nas comunidades mais desfavorecidas e
vulneráveis.
O IDS 2011 recolheu informações sobre os meios de prevenção contra a malária por meio da
pulverização, posse e utilização de redes mosquiteiras tratadas com insecticida (MTI), o uso
do tratamento intermitente preventivo (TIP) durante a gravidez, bem como a prevalência e
tratamento de febres em crianças menores de cinco anos. Para avaliar a prevalência da
malária e da anemia nas crianças entre 6-59 meses de idade foram recolhidas amostras de
sangue para a testagem de malária através do uso de testes rápidos de diagnóstico (TRD) e a
leitura de lâminas por gota espessa.
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1. Problemática
Cerca de 216 milhões de pessoas foram diagnosticadas malária e 455 000 morreram a maioria
crianças menores de cinco anos de idade segundo o relatório mundial de 2016. Malária é uma
doença que se encontra confinada à África, Ásia e América Latina. Os problemas de controlo
da malária nestas regiões são agravados pela inadequação das estruturas sanitárias e pobres
condições socioeconómicas
Questão de Pesquisa: Quais são os factores que levaram a incidência dos casos de malária
no bairro Ndlavela no primeiro trimestre de 2022?
2. Justificativa
A escolha deste tema foi feita por se tratar de uma situação e de problemática de saúde
pública que afecta o bairro de Ndlavela, de acordo com os relatórios do PNCM do Centro de
Saúde de Ndlavela, registou-se um aumento de casos de malária no primeiro trimestre de
2022, o estudo terá um oportunidade de fazer um aprofundamento da situação, para dar a
conhecer os possíveis factores do aumento de novos casos, naquele ponto da cidade da
Matola.
A malária existe desde a mais remota antiguidade. A malária é uma doença infecciosa, febril,
aguda, sistémica, não contagiosa que tem como agente etiológico protozoários das espécies
plasmodium.
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As condições de saneamento do meio são colocadas em causa, pois as condições do meio
ambiente em algum momento espelham as condições de saúde das comunidades que nela
habitam, respondendo assim as diferentes situações de saúde.
3. Objectivos
4. Hipóteses
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Capítulo II: Revisão de literatura
2. Malária
A malária é considerada a doença parasitária com maior impacto mundial, sendo um grande
causa- dor de doença em países tropicais e subtropicais, afectando principalmente crianças
com menos de cinco anos e grávidas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a
cada 45 segundos morre uma criança com malária em África (OMS, 2010).
2.1. O vector
Todos os parasitas do género Plasmodium são transmitidos pela picada de mosquitos fêmea
do género Anopheles mas existem espécies mais eficazes que outras na transmissão de
doença. Essa eficácia depende de vários factores como a fonte de alimento preferida (humana
ou outra), se vive dentro ou fora das casas, a altura em que se alimenta, o tempo de vida do
mosquito. Para que o mosquito se torne infeccioso tem de viver tempo suficiente para que o
parasita complete a parte do ciclo que se desenvolve nele. Por isso, os mosquitos que vivem
mais tempo são melhores vetores. (Webber, 2004)
Para além destes fatores, as condições ambientais assumem uma grande importância na
transmissão da doença, como é o caso da temperatura. Apesar de uma elevada resistência a
temperaturas elevadas, o comportamento do mosquito é muito sensível a este fator podendo
afetar aspetos como a duração do período de hibernação e o estímulo à alimentação. Para
além de afetar o comportamento do mosquito, a temperatura também condi- ciona o
desenvolvimento do parasita no interior do mosquito (Capinha, 2009; Webber, 2004).
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2.2. Ciclo de vida
2.4. Sintomatologia
Os sinais clínicos iniciam-se com o chamado acesso malárico. O paciente começa por sentir
tremores de frio seguidos de uma rápida subida da temperatura do corpo. Esta subida é
muitas vezes acompanhada por náuseas, vómitos, dores de cabeça e musculares. Estes
sintomas estão relacionados com a rotura dos eritrócitos e libertação dos merozoítos para a
circulação sanguínea (Biggs e Brown, 2001; Heyneman, 2007).
Quando a temperatura baixa verifica-se uma intensa sudorese que se pode prolongar por
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vários minutos ou horas. Este ciclo de sintomas (frio-febre-sudorese) repete-se em dife-
rentes intervalos de tempo de acordo com a espécie infetante. Em P. falciparum, P. vivax e
P. ovale verifica-se de três em três dias enquanto que para P. malariae de quatroem quatro.
Se a doença não for tratada, podem surgir complicações como o desenvolvimento de anemia
devida à elevada destruição de eritrócitos pelo parasita. Outra complicação que pode existir é
a chamada malária cerebral causada unicamente por P. falciparum.
2.5. Imunidade
Ao longo dos anos verificou-se que as infecções repetidas deste parasita induziam um
crescente grau de imunidade que conferia alguma protecção contra a malária. Já na época do
Império Colonial Português havia a perceção que o povo português era mais suscep- tível à
malária que o povo local que estava exposto ao parasita desde a nascença (Havik, 2011). Esta
proteção adquirida permitia o controlo da doença, reduzindo a severidade das infeções.
Isto é, numa área endémica, a população pode encontrar-se continuamente infetada com
Plasmodium mas a maioria dos adultos não apresentam qualquer sintoma. Já para uma
pessoa que não é da área, essa infecção pode apresentar sintomas, podendo ser fatal (Biggs e
Brown, 2001;Doolan et al, 2009).
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No entanto, sabe-se que durante a gravidez a imunidade encontra-se reduzida podendo a
grávida vir a sofrer de malária severa, mesmo tendo vivido numa área endémica (Webber,
2004; Garbis et al., 2007). Quando a criança nasce, nos primeiros meses de vida está
protegida contra a doença como resultado de imunidade adquirida através da mãe. Com o
tempo perde essa imunidade passiva ficando mais susceptível à infeção.
Devido a esta imunidade reduzida, as crianças tornam-se no principal grupo etário mais
grave- mente afetado pela doença. Só com repetido contacto com o parasita é que desenvolve
a imunidade ativa. Trata-se então de uma imunidade de desenvolvimento lento e que
rapidamente desaparece se não se houver uma exposição contínua (Biggs e Brown, 2001;
Doolan et al, 2009).
2.6. Diagnóstico
A pesquisa poderá ser feita através de microscopia fazendo a análise direta de sangue
recorrendo ao método do esfregaço (Figura 4) e/ou da gota espessa (Figura 5), usando como
coloração Giemsa ou Wrigth (The Merck Manual).
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2.7. Prevenção da doença
As campanhas da OMS para combater a doença a nível mundial apostam muito na pre-
venção. Para além de fazer a divulgação das medidas que ajudam a prevenir a doença, reúne
esforços para fazer o controlo do vetor distribuindo redes impregnadas com inse- ticidas,
pulverizando as paredes das casas com inseticidas (como é o caso do DDT, de piretroides e
organofosfatos) e em alguns casos fazendo o controlo larvar.
O controlo larvar só pode ser feito quando os locais de reprodução dos mosquitos são
reduzidos e facilmente identificados (WHO, 2011a). Para a pulverização das casas, a OMS
reco- menda um sistema rotativo com diferentes classes de inseticidas para zonas onde é
feito com frequência. Esta medida é importante porque os mosquitos repousam nas paredes
após se terem alimentado.
Quanto ao uso das redes no leito revela ser uma medida de combate indispensável porque o
mosquito normalmente alimenta-se ao amanhecer e ao anoitecer (WHO, 2011a).
A prevenção da doença também pode ser feita através do uso de repelentes, tendo em atenção
que os mais eficazes são os que contêm 30% de N,N-dietilmetatoluamida (DEET). Também
contribuem para o sucesso da prevenção o uso de roupas protectoras.
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Capítulo III: METODOLOGIA
Para alcançar os objectivos trançados irá se optar pelo estudo transversal, em abordem
quantitativa, e revisão bibliográfica através de estudos já feitos respeitando as referências
bibliográficas, artigos científicos e manuais, inerente a temática em questão.
3.1.Pesquisa bibliográfica
3.2.Pesquisa quantitativa
3.3.Questionário
É uma serie ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante. O
questionário deve ser objectivo, limitado em extensão e estar acompanhado de instruções que
devem esclarecer o propósito da sua aplicação, ressaltar a importância da colaboração do
informante e facilitar o preenchimento (Silva & Meneses 2001).
3.4.Tipo de Estudo
Tipo descritivo exploratório, segundo Andrade (1999), nesse tipo de pesquisa, os factos são
observado, registados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador
interfira neles. Isso significa que os fenómenos do mundo físico e humano são estudados, mas
não manipulados pelo pesquisador. Desta feita, objectivou-se em descrever os factores que
envolvem a temática.
De acordo com Pedron (2003) “quanti-qualitativo emprega dados estatísticos como centro do
processo de análise de um problema sendo possível estabelecer uma relação entre o mundo
real e o objecto da pesquisa.”
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A pesquisa exploratória estabelece critério, métodos e técnicas para elaboração de uma
pesquisa e visa oferecer informações sobre o objecto desta e orientar a formulação de
hipótese (Gil 2008).
De acordo com GIL (2008) as pesquisas descritivas possuem como objectivo a descrição das
características de uma população, fenómeno ou de uma experiência.
3.6.População e Amostra
3.8.Critérios de exclusão
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3.9. Procedimentos estatísticos para análise de dados e questões éticas
Os dados obtidos por via de inquéritos terão um tratamento obedecendo o modelo “SPSS”:
definição de variáveis de inferência aplicáveis às categorias dos interlocutores, é uma
metodologia para as ciências sociais, para o estudo do conteúdo factores de incidência da
doença malária e textos que partem de uma perspectiva quantitativa, analisando
numericamente a frequência de ocorrência de problemas ligados aos elevados casos de
malária para mulheres grávidas.
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4. Cronograma de actividades e orçamento
4.1. Cronograma
A seguir faz-se menção do período e das actividades que serão desenvolvidas ao longo da
pesquisa para mensuração da monografia.
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4.2. Orçamento
Para a realização da pesquisa estima-se o uso total do orçamento disposto na tabela abaixo,
onde são envolvidos os humanos, materiais e financeiros.
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5. Considerações finais
Em síntese, apesar de todos os esforços realizados até hoje para erradicar uma doença que é
causadora de milhares de mortos todos os anos, essa tarefa ainda não foi conseguida. A
adopção de medidas profiláticas e o tratamento com medicamentos tem ajudado a controlar a
infecção, mas o contínuo surgimento de resistências às drogas e aos insecticidas ameaça
constantemente esse controlo.
Por isso, torna-se necessário desenvolver medicamentos que sejam eficazes a impedir a
transmissão do parasita por forma a contribuir para a erradicação da doença. Outra vertente
que também tem sido alvo de desenvolvimento para auxiliar na erradicação é a vacinação,
havendo neste momento vários estudos a decorrer, não havendo no entanto uma vacina
disponível para já.
Outro aspecto relevante que torna urgente a erradicação da malária é o possível alastramento
da doença para países onde já foi erradicada, mas que no entanto poderão voltar a padecer
deste mal devido às alterações climatéricas previstas para o futuro. Por tudo isto, e por
Portugal já ter sido afectado no passado, torna-se importante o conhecimento e partilha de
informação sobre esta doença.
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Referências bibliográficas
Biggs, BA. e Brown, GV. (2001). Malaria. In: Gillespie, S. e Pearson, RD. (Eds). Principles
and Practice of Clinical Parasitology. Reino Unido, John Wiley and Sons, pp. 53-98.
Portal da Saúde. Consulta do viajante. [Em linha]. Disponível em < http://www.min- sau-
de.pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/saude+em+viagem/consulta+de+saude+do+vi
ajante.htm>.
Webber, R. (2004). Communicable disease epidemiology and control: a global perspec- tive.
2ª edição. Reino Unido, CABI Publishing, pp. 208-219.
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Anexos
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Guião de entrevista
Este questionário é dirigido as mulheres do Bairro Ndlavela tem como foco analisar: a
incidência dos casos de malária em mulheres grávidas. Os dados a serem recolhidos são de
carácter académico e não serão usados para outras finalidades. Agradecimentos
antecipados pela vossa colaboração e por responder o questionário.
Dados do entrevistado:
Sexo: _____ Idade: ______
Idade: _____________________
Marque com X as afirmações que satisfazem as seguintes perguntas:
2. Já teve malária?
a) Sim ___
b) Não ____
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5. Quantas vezes?
a) Uma vez _____
b) Duas vezes ____
c) Três vezes ____
6. Qual tem sido a forma de prevenção da malária.
a) Uso de rede mosquiteira ___
b) Aplica repelente ___
c) Pulverização ___
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