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Universidade São Tomás de Moçambique

Faculdade de Ética e Ciências Humanas


Curso de Saúde Pública, Pós-laboral
Cadeira:
Metodologia de Investigação Científica

Trabalho de Pesquisa
Protocolo de Pesquisa
Tema:

Avaliação dos Factores Da Incidência Nos Casos De Malária em mulheres grávidas no


Bairro Ndlavela no Primeiro Trimestre de 2022

Discentes: Docente:
Amina Estêvão Ruaniua. Clara Mauaie
Antonieta Abrão Buque
Célia Armando Tembe
Joaquim Borges Mahumane
Marta Carlos Nahanzule
Mércia Julião Cuambe

Maputo, Junho de 2022


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Índice
Lista de abreviaturas .................................................................................................................. 1
Capítulo I: Introdução ............................................................................................................... 2
1. Problemática .......................................................................................................................... 3
2. Justificativa ............................................................................................................................ 3
3. Objectivos .............................................................................................................................. 4
3.1. Objectivo Geral .................................................................................................................. 4
3.2. Objectivos específicos ........................................................................................................ 4
4. Hipóteses ................................................................................................................................ 4
Capítulo II: Revisão de literatura ............................................................................................... 5
2. Malária ................................................................................................................................... 5
2.1. O vector ............................................................................................................................... 5
2.2. Ciclo de vida ....................................................................................................................... 6
2.3. Transmissão da doença ....................................................................................................... 6
2.4. Sintomatologia .................................................................................................................... 6
2.5. Imunidade ........................................................................................................................... 7
2.6. Diagnóstico ......................................................................................................................... 8
2.7. Prevenção da doença ........................................................................................................... 9
Capítulo III: METODOLOGIA ............................................................................................... 10
3.1.Pesquisa bibliográfica .................................................................................................... 10
3.2.Pesquisa quantitativa ...................................................................................................... 10
3.3.Questionário ................................................................................................................... 10
3.4.Tipo de Estudo ............................................................................................................... 10
3.5.Delimitação no espaço e no tempo ................................................................................. 11
3.6.População e Amostra ...................................................................................................... 11
3.7. Critérios de inclusão ...................................................................................................... 11
3.8.Critérios de exclusão ...................................................................................................... 11
3.9. Procedimentos estatísticos para análise de dados e questões éticas .............................. 12
4. Cronograma de actividades e orçamento ......................................................................... 13
4.1. Cronograma ............................................................................................................... 13
4.2. Orçamento ................................................................................................................. 14
5. Considerações finais ............................................................................................................ 15
Referências bibliográficas ........................................................................................................ 16

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Lista de abreviaturas

IDS – Instituto de Desenvolvimento de Saúde

MISAU - Ministério da Saúde

MTI – Mosquiteiras Tratadas com Insecticida

OMS – Organização Mundial de Saúde

PNCM – Programa Nacional de Combate á Malária

TIP – Tratamento Intermitente Preventivo

TRD – Testes Rápidos de Diagnóstico

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Capítulo I: Introdução

A malária continua a ser o principal desafio para a saúde pública e para o desenvolvimento
sustentável em Moçambique. Apesar dos esforços empreendidos pelo MISAU e Parceiros na
luta contra Malária, esta doença para além do impacto directo na saúde da população, ainda
exerce um peso socioeconómico enorme na população em geral, perpetuando desta forma o
ciclo vicioso de doença/pobreza sobretudo nas comunidades mais desfavorecidas e
vulneráveis.

O seguinte projecto de pesquisa, é inerente a disciplina de Metodologia de Investigação


Científicos, irá abordar uma temática de grande relevância para saúde pública, principal por
se tratar de um grande problema no sistema de saúde dos países da África Subsaariana, a
temática em questão é a seguinte, incidência nos casos de malária no Bairro de Ndlavela no
primeiro trimestre de 2022.

Ira-se debruçar sobre os possíveis factores e as prováveis problemáticas, tendo em conta os


factores sócio-econômicos daquele população e área de saúde.

O IDS 2011 recolheu informações sobre os meios de prevenção contra a malária por meio da
pulverização, posse e utilização de redes mosquiteiras tratadas com insecticida (MTI), o uso
do tratamento intermitente preventivo (TIP) durante a gravidez, bem como a prevalência e
tratamento de febres em crianças menores de cinco anos. Para avaliar a prevalência da
malária e da anemia nas crianças entre 6-59 meses de idade foram recolhidas amostras de
sangue para a testagem de malária através do uso de testes rápidos de diagnóstico (TRD) e a
leitura de lâminas por gota espessa.

O trabalho vai obedecer a seguinte estrutura: I capítulo aborda sobre os aspectos


introdutórios, II capítulo apresenta os conceitos chaves e outros pressupostos sobre a malária,
III capítulo refere aos procedimentos metodológicos para a elaboração do trabalho e por
último as considerações finais.

Palavras Chaves: Avaliação, Incidência, Malária

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1. Problemática

Cerca de 216 milhões de pessoas foram diagnosticadas malária e 455 000 morreram a maioria
crianças menores de cinco anos de idade segundo o relatório mundial de 2016. Malária é uma
doença que se encontra confinada à África, Ásia e América Latina. Os problemas de controlo
da malária nestas regiões são agravados pela inadequação das estruturas sanitárias e pobres
condições socioeconómicas

A malária continua a ser o maior problema de saúde pública em Moçambique, sendo


responsável (em 2015) por 29% de todas as mortes hospitalares e 42% das mortes de crianças
menores de cinco anos. Contudo, foram alcançados progressos importantes, tendo-se
registado em 2015 um declínio de 9% nos casos confirmados e não confirmados em relação a
2009, e uma redução de 34% na mortalidade.

Tendo em conta os pontos citados acima, é perceptível a dimensão da problemática da


malária a nível do nosso país, e os seus efeitos devastadores na saúde dos diferentes
indivíduos.

Questão de Pesquisa: Quais são os factores que levaram a incidência dos casos de malária
no bairro Ndlavela no primeiro trimestre de 2022?

2. Justificativa

A escolha deste tema foi feita por se tratar de uma situação e de problemática de saúde
pública que afecta o bairro de Ndlavela, de acordo com os relatórios do PNCM do Centro de
Saúde de Ndlavela, registou-se um aumento de casos de malária no primeiro trimestre de
2022, o estudo terá um oportunidade de fazer um aprofundamento da situação, para dar a
conhecer os possíveis factores do aumento de novos casos, naquele ponto da cidade da
Matola.

A malária existe desde a mais remota antiguidade. A malária é uma doença infecciosa, febril,
aguda, sistémica, não contagiosa que tem como agente etiológico protozoários das espécies
plasmodium.

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As condições de saneamento do meio são colocadas em causa, pois as condições do meio
ambiente em algum momento espelham as condições de saúde das comunidades que nela
habitam, respondendo assim as diferentes situações de saúde.

3. Objectivos

3.1. Objectivo Geral

 Compreender os factores da incidência dos casos de Malária no bairro Ndlavela no


primeiro trimestre de 2022.

3.2. Objectivos específicos

 Identificar as causas da incidência dos casos de malária no bairro Ndlavela no


primeiro trimestre de 2022;
 Comparar incidência de casos de malária do primeiro trimestre de 2022, com primeiro
trimestre de 2022;
 Descrever as condições sócio-econômicas e sócio-geográficas do Bairro Ndlavela;
 Compreender as práticas culturais das mlheres grávidas do Bairro Ndlavela;
 Explicar a fisiopatológico da malária;
 Descrever o perfil do Bairro Ndlavela.

4. Hipóteses

 H0 (Hipótese nula): Os factores da incidência nos casos de Malária não são


alarmantes no Bairro Ndlavela.
 H1(Hipotese alternativa): Os factores da incidência nos casos de Malária são
alarmantes no Bairro Ndlavela.

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Capítulo II: Revisão de literatura

2. Malária

A malária é uma doença infecciosa causada por um protozoário unicelular, do género


Plasmodium, que reparte o seu ciclo de vida entre mosquitos do género Anopheles e
vertebrados. Apesar de existirem várias espécies deste parasita, apenas cinco foram
reconhecidas como tendo capacidade de infectar o Homem (OMS, 2010).

De entre essas espécies, Plasmodium falciparum é o mais mortal e encontra-se distribuído


principalmente pelo Continente Africano. P. vivax é o menos perigoso mas no entanto
encontra-se disseminado por várias zonas. Já P. ovale, P. malariae e P. knowlesi são
encontrados com menos frequência, sendo que o último se encontra circunscrito à Malásia
(OMS, 2010).

A malária é considerada a doença parasitária com maior impacto mundial, sendo um grande
causa- dor de doença em países tropicais e subtropicais, afectando principalmente crianças
com menos de cinco anos e grávidas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a
cada 45 segundos morre uma criança com malária em África (OMS, 2010).

2.1. O vector

Todos os parasitas do género Plasmodium são transmitidos pela picada de mosquitos fêmea
do género Anopheles mas existem espécies mais eficazes que outras na transmissão de
doença. Essa eficácia depende de vários factores como a fonte de alimento preferida (humana
ou outra), se vive dentro ou fora das casas, a altura em que se alimenta, o tempo de vida do
mosquito. Para que o mosquito se torne infeccioso tem de viver tempo suficiente para que o
parasita complete a parte do ciclo que se desenvolve nele. Por isso, os mosquitos que vivem
mais tempo são melhores vetores. (Webber, 2004)
Para além destes fatores, as condições ambientais assumem uma grande importância na
transmissão da doença, como é o caso da temperatura. Apesar de uma elevada resistência a
temperaturas elevadas, o comportamento do mosquito é muito sensível a este fator podendo
afetar aspetos como a duração do período de hibernação e o estímulo à alimentação. Para
além de afetar o comportamento do mosquito, a temperatura também condi- ciona o
desenvolvimento do parasita no interior do mosquito (Capinha, 2009; Webber, 2004).

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2.2. Ciclo de vida

2.3. Transmissão da doença

A transmissão pode ocorrer por inoculação de esporozoítos por picada de mosquito,


transfusão de sangue infetado pelo parasita, utilização de seringas que foram contami- nadas
por pessoas infetadas e ainda por transmissão congénita de mãe para filho (Biggs e Brown,
2001).

2.4. Sintomatologia

Os sinais clínicos iniciam-se com o chamado acesso malárico. O paciente começa por sentir
tremores de frio seguidos de uma rápida subida da temperatura do corpo. Esta subida é
muitas vezes acompanhada por náuseas, vómitos, dores de cabeça e musculares. Estes
sintomas estão relacionados com a rotura dos eritrócitos e libertação dos merozoítos para a
circulação sanguínea (Biggs e Brown, 2001; Heyneman, 2007).

Quando a temperatura baixa verifica-se uma intensa sudorese que se pode prolongar por

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vários minutos ou horas. Este ciclo de sintomas (frio-febre-sudorese) repete-se em dife-
rentes intervalos de tempo de acordo com a espécie infetante. Em P. falciparum, P. vivax e
P. ovale verifica-se de três em três dias enquanto que para P. malariae de quatroem quatro.

Para a espécie menos comum, P. knowlesi, verifica-se de 24 em 24 horas, tendo assim a


potencialidade de ser muito patogénico porque em poucos dias há mais parasitas no sangue
do que nas outras espécies conhecidas (White, 2008). Estes sinto- mas inicialmente podem
ocorrer em períodos irregulares sendo difíceis de distinguir de outras infeções (Biggs e
Brown, 2001).

Se a doença não for tratada, podem surgir complicações como o desenvolvimento de anemia
devida à elevada destruição de eritrócitos pelo parasita. Outra complicação que pode existir é
a chamada malária cerebral causada unicamente por P. falciparum.

É devida ao fenómeno já abordado em que os eritrócitos são sequestrados, ficando aderidos à


microvasculatura cerebral, dificultando ou impedindo o fluxo sanguíneo normal seguindo-se
a congestão, o edema, a anóxia, a necrose local e por último a morte. Na infeção por esta
espécie também pode ocorrer falência renal, problemas respiratórios, disfunções do
miocárdio e arritmias devidos ao mesmo fenómeno verificado na malária cerebral, porém não
é comum. (Biggs e Brown, 2001).

2.5. Imunidade

Ao longo dos anos verificou-se que as infecções repetidas deste parasita induziam um
crescente grau de imunidade que conferia alguma protecção contra a malária. Já na época do
Império Colonial Português havia a perceção que o povo português era mais suscep- tível à
malária que o povo local que estava exposto ao parasita desde a nascença (Havik, 2011). Esta
proteção adquirida permitia o controlo da doença, reduzindo a severidade das infeções.

O desenvolvimento da imunidade ativa varia de indivíduo para indivíduo, mas a grande


maioria dos adultos numa área endémica desenvolvem imunidade que os protege durante a
vida no caso de se manterem em contínua exposição ao parasita.

Isto é, numa área endémica, a população pode encontrar-se continuamente infetada com
Plasmodium mas a maioria dos adultos não apresentam qualquer sintoma. Já para uma
pessoa que não é da área, essa infecção pode apresentar sintomas, podendo ser fatal (Biggs e
Brown, 2001;Doolan et al, 2009).

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No entanto, sabe-se que durante a gravidez a imunidade encontra-se reduzida podendo a
grávida vir a sofrer de malária severa, mesmo tendo vivido numa área endémica (Webber,
2004; Garbis et al., 2007). Quando a criança nasce, nos primeiros meses de vida está
protegida contra a doença como resultado de imunidade adquirida através da mãe. Com o
tempo perde essa imunidade passiva ficando mais susceptível à infeção.

Devido a esta imunidade reduzida, as crianças tornam-se no principal grupo etário mais
grave- mente afetado pela doença. Só com repetido contacto com o parasita é que desenvolve
a imunidade ativa. Trata-se então de uma imunidade de desenvolvimento lento e que
rapidamente desaparece se não se houver uma exposição contínua (Biggs e Brown, 2001;
Doolan et al, 2009).

2.6. Diagnóstico

O sucesso no tratamento da malária depende de um diagnóstico célere e correto e da


aplicação da terapia antimalárica mais apropriada no tempo mais breve possível. Primei-
ramente é feito um diagnóstico clínico o qual se baseia na história do doente assim como é
efetuado um exame clínico para avaliar os sintomas.
Segundo a OMS (WHO, 2011a) é recomendada a confirmação do diagnóstico clínico por
confirmação da presen- ça do parasita no sangue através da microscopia ou alternativamente
por testes rápidos de diagnóstico antes de se efetuar qualquer tratamento medicamentoso.
Segundo esta entidade, o tratamento somente baseado na suspeita através do diagnóstico
clínico só deve ser considerado quando a pesquisa de parasitas no sangue não for possível
(WHO, 2011a).

A pesquisa poderá ser feita através de microscopia fazendo a análise direta de sangue
recorrendo ao método do esfregaço (Figura 4) e/ou da gota espessa (Figura 5), usando como
coloração Giemsa ou Wrigth (The Merck Manual).

O esfregaço permite diferen- ciar as espécies e quantificar a percentagem de eritrócitos


infetados enquanto que o método da gota espessa permite a concentração dos parasitas
tornando-se muito útil em casos em que o número de parasitas a circular no sangue seja
pequeno (Balakrishnan, 2001).

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2.7. Prevenção da doença

As campanhas da OMS para combater a doença a nível mundial apostam muito na pre-
venção. Para além de fazer a divulgação das medidas que ajudam a prevenir a doença, reúne
esforços para fazer o controlo do vetor distribuindo redes impregnadas com inse- ticidas,
pulverizando as paredes das casas com inseticidas (como é o caso do DDT, de piretroides e
organofosfatos) e em alguns casos fazendo o controlo larvar.

O controlo larvar só pode ser feito quando os locais de reprodução dos mosquitos são
reduzidos e facilmente identificados (WHO, 2011a). Para a pulverização das casas, a OMS
reco- menda um sistema rotativo com diferentes classes de inseticidas para zonas onde é
feito com frequência. Esta medida é importante porque os mosquitos repousam nas paredes
após se terem alimentado.

Quanto ao uso das redes no leito revela ser uma medida de combate indispensável porque o
mosquito normalmente alimenta-se ao amanhecer e ao anoitecer (WHO, 2011a).

A prevenção da doença também pode ser feita através do uso de repelentes, tendo em atenção
que os mais eficazes são os que contêm 30% de N,N-dietilmetatoluamida (DEET). Também
contribuem para o sucesso da prevenção o uso de roupas protectoras.

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Capítulo III: METODOLOGIA

Para alcançar os objectivos trançados irá se optar pelo estudo transversal, em abordem
quantitativa, e revisão bibliográfica através de estudos já feitos respeitando as referências
bibliográficas, artigos científicos e manuais, inerente a temática em questão.

3.1.Pesquisa bibliográfica

De acordo com Gil (1991) é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído


principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido
algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de
fontes bibliográficas.

3.2.Pesquisa quantitativa

Segundo Kaplan e Duchon (1988) se caracteriza pela imersão do pesquisador no contexto e


na perspectiva interpretativa de condução da pesquisa. Geralmente, é usada quando o
entendimento do contexto social e cultural é um elemento importante para a pesquisa. Esses
tipo de estudo a interpretação dos resultados é feita na base de dados estatísticos.

3.3.Questionário

É uma serie ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante. O
questionário deve ser objectivo, limitado em extensão e estar acompanhado de instruções que
devem esclarecer o propósito da sua aplicação, ressaltar a importância da colaboração do
informante e facilitar o preenchimento (Silva & Meneses 2001).

3.4.Tipo de Estudo

Tipo descritivo exploratório, segundo Andrade (1999), nesse tipo de pesquisa, os factos são
observado, registados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador
interfira neles. Isso significa que os fenómenos do mundo físico e humano são estudados, mas
não manipulados pelo pesquisador. Desta feita, objectivou-se em descrever os factores que
envolvem a temática.

De acordo com Pedron (2003) “quanti-qualitativo emprega dados estatísticos como centro do
processo de análise de um problema sendo possível estabelecer uma relação entre o mundo
real e o objecto da pesquisa.”

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A pesquisa exploratória estabelece critério, métodos e técnicas para elaboração de uma
pesquisa e visa oferecer informações sobre o objecto desta e orientar a formulação de
hipótese (Gil 2008).

De acordo com GIL (2008) as pesquisas descritivas possuem como objectivo a descrição das
características de uma população, fenómeno ou de uma experiência.

Na pesquisa descritiva realiza-se o estudo, a análise, o registo e a interpretação dos factos do


mundo físico sem a interferência do pesquisador (Gil 2008).

3.5.Delimitação no espaço e no tempo

Este Trabalho será desenvolvido no Bairro Ndlavela, compreendendo o período de Junho à


Agosto de 2022. A escolha do espaço deveu-se ao facto da sua localização geográfica que
facilita aos pesquisadores na recolha de dados.

3.6.População e Amostra

Na visão de Gil (1999) população é um conjunto definido de elementos que possuem


determinadas características.

A amostra é subconjunto, uma parte seleccionada da totalidade de observações, abrangidas


pela população, através da qual se faz um juízo ou inferência sobre as características da
população (Gil 1999).

Participam deste estudo 20 mulheres seleccionadas de forma aleatória no Bairro Ndlavela

3.7. Critérios de inclusão

 Que já tenha adoecido de malária em estado de gravidez;


 Que seja residente no Bairro Ndlavela.

3.8.Critérios de exclusão

 Que não seja tenha adoecido de malária e que esteja grávida;


 Que não queira participar do estudo.

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3.9. Procedimentos estatísticos para análise de dados e questões éticas

Os dados obtidos por via de inquéritos terão um tratamento obedecendo o modelo “SPSS”:
definição de variáveis de inferência aplicáveis às categorias dos interlocutores, é uma
metodologia para as ciências sociais, para o estudo do conteúdo factores de incidência da
doença malária e textos que partem de uma perspectiva quantitativa, analisando
numericamente a frequência de ocorrência de problemas ligados aos elevados casos de
malária para mulheres grávidas.

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4. Cronograma de actividades e orçamento

4.1. Cronograma

A seguir faz-se menção do período e das actividades que serão desenvolvidas ao longo da
pesquisa para mensuração da monografia.

Períodos de tempo – mensais

Actividade Abril Maio Junho


Pesquisa bibliográfica
Revisão da literatura
Colecta de dados
Análise de dados
Redacção preliminar
Revisão e correcção
Entrega do trabalho
Revisão e correcção
Redacção final
Submissão do trabalho à defesa
Defesa

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4.2. Orçamento

Para a realização da pesquisa estima-se o uso total do orçamento disposto na tabela abaixo,
onde são envolvidos os humanos, materiais e financeiros.

Recursos Descrição Unidades Preço (Mt) Total (Mt)


Moradores do
Humanos
Bairro Ndlavela - - -
Lapiseira 2 8,00 16,00
Bloco de notas 1 120,00 120,00
Materiais Canetas 3 6,00 18,00
Agrafadores 1 250,00 250,00
Impressão 400 pg. 3,00 1.200,00
Fotocópia de
material 300 pg. 1,50 450,00
Flash 1 300,00 300,00
Internet 300,00
Comunicação 1.500,00 1.500,00
Financeiros Transporte 30 350,00 10.500,00
Refeições 30 150,00 4.500,00
Taxas 3.000,00 3.000,00
Total 26.254,00
Contingência 2.625,40
Total geral 28.879,40

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5. Considerações finais

Em síntese, apesar de todos os esforços realizados até hoje para erradicar uma doença que é
causadora de milhares de mortos todos os anos, essa tarefa ainda não foi conseguida. A
adopção de medidas profiláticas e o tratamento com medicamentos tem ajudado a controlar a
infecção, mas o contínuo surgimento de resistências às drogas e aos insecticidas ameaça
constantemente esse controlo.

Por isso, torna-se necessário desenvolver medicamentos que sejam eficazes a impedir a
transmissão do parasita por forma a contribuir para a erradicação da doença. Outra vertente
que também tem sido alvo de desenvolvimento para auxiliar na erradicação é a vacinação,
havendo neste momento vários estudos a decorrer, não havendo no entanto uma vacina
disponível para já.

Outro aspecto relevante que torna urgente a erradicação da malária é o possível alastramento
da doença para países onde já foi erradicada, mas que no entanto poderão voltar a padecer
deste mal devido às alterações climatéricas previstas para o futuro. Por tudo isto, e por
Portugal já ter sido afectado no passado, torna-se importante o conhecimento e partilha de
informação sobre esta doença.

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Referências bibliográficas

Biggs, BA. e Brown, GV. (2001). Malaria. In: Gillespie, S. e Pearson, RD. (Eds). Principles
and Practice of Clinical Parasitology. Reino Unido, John Wiley and Sons, pp. 53-98.

Portal da Saúde. Consulta do viajante. [Em linha]. Disponível em < http://www.min- sau-
de.pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/saude+em+viagem/consulta+de+saude+do+vi
ajante.htm>.

Serra, I. (2003). Rotas do paludismo. Comemorações Internacionais dos 10 anos da Red de


Intercambios para la História y la Epistemologia de las Ciencias Químicas y Biológicas-
Lisboa, 2003.

Webber, R. (2004). Communicable disease epidemiology and control: a global perspec- tive.
2ª edição. Reino Unido, CABI Publishing, pp. 208-219.

OMS (2010). Guidelines for the treatment of malaria. 2ª edição. Disponível em


<http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241547925_eng.pdf>.

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Anexos

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Guião de entrevista

Este questionário é dirigido as mulheres do Bairro Ndlavela tem como foco analisar: a
incidência dos casos de malária em mulheres grávidas. Os dados a serem recolhidos são de
carácter académico e não serão usados para outras finalidades. Agradecimentos
antecipados pela vossa colaboração e por responder o questionário.

Curso: Licenciatura em Gestão Financeira e de Seguros


Instituição: USTM
Campo de Estudo: Ndlavela
Tema: Avaliação dos Factores Da Incidência Nos Casos De Malária em mulheres grávidas
no Bairro Ndlavela no Primeiro Trimestre de 2022

Dados do entrevistado:
Sexo: _____ Idade: ______
Idade: _____________________
Marque com X as afirmações que satisfazem as seguintes perguntas:

1. No seu entender o que provoca a doença malária?


a) Picada de mosquito ___
b) Falta de higiene ____

2. Já teve malária?
a) Sim ___
b) Não ____

3. A durante a gravides foi diagnosticada malária?


a) Sim ___
b) Não ____

4. Qual foi o tipo de exame feito para o diagnostico?


_________________________________________________________________

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5. Quantas vezes?
a) Uma vez _____
b) Duas vezes ____
c) Três vezes ____
6. Qual tem sido a forma de prevenção da malária.
a) Uso de rede mosquiteira ___
b) Aplica repelente ___
c) Pulverização ___

7. Quais são os medicamentos administrados?


_______________________________________________________________________

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