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PESAVENTO Anotações
PESAVENTO Anotações
identidade, uma vez que se apresentam como representações do mundo social ou como
práticas discursivas significativas que atuam com métodos e fins diferentes. A identidade, por
sua vez, é um processo ao mesmo tempo pessoal e coletivo, onde cada indivíduo se define em
relação a um "nós " que, por sua vez, se diferencia dos "outros".” (p. 9) – não há separação,
sob a perspectiva da autora, entre o real a as subjetividades das construções imaginárias - a
história se reveste de uma função de criação, ao selecionar documentos, compor um enredo,
desvendar uma intriga, recuperar significados – fontes como fragmentos da História (não pode
ser recuperada em sua integridade) e que já se constituem numa representação, numa leitura
daquilo que se passou – reimaginar o imaginado (História se dá no campo da representação,
mesmo que na crítica desta) – “veracidade” substituído por “verossimilhança” – relação entre
ficção/discurso literário e realidade ( busca contextualização – ficção e literatura como fonte –
narrativa comporta explicação do real e traduz sensibilidade diante do mundo) – “[...] pode-se
argumentar que, segundo estas posturas, a história também não é passível de uma leitura
literal, sendo ela também uma representação do real e comportando, pois, a atribuição de um
sentido.” (p. 11) – articula fala autorizada sobre o passado, recriando memória social através
de processo de seleção e exclusões
No Brasil: degradação fragmentada colonial, tentativa das elites de construir algo “diferente”
do restante da América – pensamento ilustrado – elite cafeeira impõe, por coerção e
consenso, centralização monárquica – Brasil como única monarquia da América Latina entre
repúblicas de herança hispânica – “Nacionais- os cidadãos brasileiros- seriam os elementos da
elite branca e civilizada, escravista e proprietária de terras, que via no endosso seletivo do
liberalismo a forma de preservar os seus privilégios diante do Estado Nacional nascente.” (p.
13 – 14) – tutela paternalista e ilustrada contra caudilhagem, caboclismo, erupção das massas,
bolivarianismo (José Bonifácio, Evaristo Veiga, Hipólito da Costa) – Romantismo – “[...]
retomando o entrecruzamento da história e da literatura, resgatamos um forte elemento de
ficcionalidade na história e um empenho em atribuir veracidade à ficção da narrativa literária.”
(p. 15) – aponta-se para o Brasil que se quer
Mesmo em Machado de Assis e Lima Barreto, que revelaram a hipocrisia dos valores de sua
época, lidaram com especificidade brasileira, sem apontar para o caminho da latino-
americanidade
Rio Grande do Sul como única zona do Brasil que apresenta um sentimento de pertencimento
a uma realidade latino-americana, porém platina