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Sumário
Na tranquila floresta onde Eli passou a maior parte de sua vida, havia
uma harmonia constante. Ele cresceu cercado pelo carinho de sua
manada e pela sabedoria de seu pai, o líder respeitado. Eli, no entanto,
sentia um anseio profundo dentro de si. Ele ansiava por algo mais, algo
que pudesse dar significado à sua existência.
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Ele não conseguia acreditar que seu pai se fora para sempre. Recusava-
se a aceitar a realidade, como se sua negação pudesse trazer seu pai de
volta. Eli, atormentado por dúvidas, questionava-se se deveria assumir
o fardo da liderança ou permanecer na sombra de seu pai, repetindo as
mesmas coisas - seu pai sempre fora um grande mestre e um bom
guerreiro - não seria nada demais repetir o caminho do pai.
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Foi nesse momento que ele encontrou Sam, um pássaro sábio e antigo
habitante da floresta. Sam, com suas asas envelhecidas e olhos
brilhantes, representava a figura de mentor que guiaria Eli em sua
jornada.
"Vejo em seus olhos um desejo ardente, jovem Eli," disse Sam com a voz
serena como o vento nas árvores. "Você busca algo mais, algo que vai
além das fronteiras da floresta que você conhece."
Eli, com o coração pesado, contou a Sam sobre a morte de seu pai e a
responsabilidade que agora recaía sobre seus ombros. Sam ouviu com
paciência e então falou: "A perda de seu pai é uma tristeza que nunca
desaparecerá completamente, mas ela pode ser transformada em algo
significativo. Sua jornada é o primeiro passo."
Com Sam como seu mentor, ele deu seu primeiro passo em direção ao
desconhecido, com o eco das palavras do sábio pássaro em seu
coração: "A jornada é o primeiro passo, Eli. E é uma jornada que o
ajudará a descobrir seu propósito."
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2. Recusa do Chamado
A Raiva e a Aceitação do Desafio
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"Por que meu pai teve que partir tão cedo?" ele se perguntava, o tom de
revolta presente em sua voz. "Por que eu, um jovem e inexperiente
elefante, devo assumir a liderança? Isso não é justo!"
Foi nesse momento de conflito interior que Eli encontrou sua primeira
prova. Uma cascata alta bloqueava seu caminho, e a correnteza rugia
como uma fera selvagem. A voz raivosa da água ecoava sua própria
raiva.
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"Você não deveria estar aqui, Eli," murmurou para si mesmo, desejando
voltar para casa. Mas a voz de Sam ecoou em sua mente: "A jornada é o
primeiro passo."
Ao emergir do outro lado, Eli sentiu uma mudança dentro de si. Sua
raiva havia diminuído, substituída por uma aceitação gradual do desafio
que havia escolhido abraçar.
Sam, observando com olhos atentos, sabia que Eli havia superado a
primeira grande barreira. O elefante jovem agora tinha uma
compreensão mais profunda de sua busca e estava começando a trilhar
seu próprio caminho, honrando seu pai de maneira única.
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3. A Jornada de Eli
A Barganha e a Descoberta
Foi durante um encontro com um velho lobo solitário que Eli teve uma
revelação. O lobo, com seus olhos sábios e pelagem cinza, parecia
conhecer os segredos mais profundos da floresta. Eli compartilhou suas
preocupações e sua busca por propósito com o lobo.
Eli ficou intrigado. "Como posso encontrar meu propósito olhando para
dentro de mim mesmo?"
Cada passo que Eli dava na floresta era um passo em direção a uma
compreensão mais profunda de si mesmo. Ele começou a abraçar sua
singularidade, sua habilidade de ouvir e compreender os segredos da
natureza. A barganha de suas dúvidas e incertezas deu lugar a uma
aceitação mais profunda de sua própria jornada.
Porém Eli não sabia em seu íntimo o que era mais assustador: Se a
depressão que o assolava ou a manada de elefantes. “Parece que não
sinto mais nada. Como poderei fazer algo sem a sabedoria do meu pai?”
Perguntava a si mesmo.
- A sabedoria do seu pai sempre estará com você jovem Eli, mas os seus
desafios você deve vivencia-los por você mesmo. Disse-lhe o velho lobo
que a aquela altura já sabia ler os pensamentos de Eli.
"Meu jovem amigo, mesmo nas horas mais sombrias, você tem uma luz
interior que pode guiá-lo. Você já enfrentou desafios difíceis nesta
jornada, e este é apenas mais um passo em direção ao seu verdadeiro
propósito."
Eli olhou nos olhos do lobo, buscando forças em suas palavras. Ele
sabia que não podia recuar agora. Ele precisava encontrar a coragem
dentro de si para continuar, mesmo que a depressão o assolasse.
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A provação era árdua e parecia não ter fim. Mas Eli não desistiu. Ele
sabia que precisava vencer essa tempestade interior para encontrar
seu verdadeiro propósito. A depressão que o havia assolado durante
toda a jornada estava finalmente cedendo, dando lugar a uma sensação
de autoconfiança e autoaceitação.
Eli não estava mais preso à sombra de seu pai. Ele havia encontrado seu
propósito, não na repetição do passado, mas na criação de sua própria
história. Sua jornada tinha sido uma busca pela autenticidade, uma
busca por compreender que ele era mais do que apenas o filho de seu
pai.
Seu coração, uma vez envolto em luto e dúvida, agora brilhava como o
sol da manhã na floresta. Eli tornou-se um símbolo de inspiração, um
líder que não apenas guiava sua manada, mas também a ajudava a
encontrar seu próprio propósito.