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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

WAGNER VIEIRA

DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA WEB


PARA PREVISÃO DE ESTOQUE

Palhoça
2013
WAGNER VIEIRA

DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA WEB


PARA PREVISÃO DE ESTOQUE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso


de Graduação em Sistemas de Informação da
Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito
parcial à obtenção do título de Bacharel em Sistemas de
Informação.

Orientador: Prof. Jean Carlos Rossa Hauck, Dr.

Palhoça
2013
WAGNER VIEIRA

DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA WEB


PARA PREVISÃO DE ESTOQUE

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado


adequado à obtenção do título de Bacharel em Sistemas
de Informação e aprovado em sua forma final pelo
Curso de Graduação em Sistemas de Informação da
Universidade do Sul de Santa Catarina.
Dedico este trabalho à minha família, meus
amigos e professores que sempre estiveram
presentes em todos os momentos.
AGRADECIMENTOS

Prof. Jean Carlo Rossa Hauck, Dr.


Ao Prof. Jean Hauck pela orientação deste trabalho, sempre apoiando e dando seus valiosos
conselhos durante este ano de pesquisa e elaboração do projeto, além é claro, dos seus
ensinamentos como professor.

Prof. Maria Inés Castiñeira, Dra.


A Prof. Maria Inés pelo apoio para elaboração de cada etapa desde projeto, ensinando passo a
passo cada etapa do desenvolvimento do mesmo.

Prof. Moacir Fogaça, Dr.


Ao Prof. Moacir Fogaça pelo apoio desde o início, participando desde a elaboração do
conteúdo até a validação final do projeto.

Prof. Simone Keller Fuchter, Dra.


A Prof. Simone por ter aceito o convite para participar da banca, bem como pelos valiosos
conselhos e correções do trabalho.

Prof. Richard Henrique de Souza, Msc.


Ao professor Richard por também aceitar o convite da banca e por seus conselhos e correções.

Amigos, familiares e demais professores.


Também não poderia esquecer da minha família, amigos e demais professores, mesmo não
participando diretamente do projeto sempre me apoiaram, mesmo nos momentos de ausência
devido a dedicação ao trabalho. Com certeza sem esse apoio não atingiria meu objetivo.
RESUMO

A tecnologia vem revolucionando o dia a dia, gerando transformações sociais e culturais. Para
gerenciar as demandas decorrentes dessas transformações, são necessárias ferramentas para
aumentar a produtividade e a eficiência do controle dos produtos manufaturados da cadeia de
produção. Unindo esse avanço tecnológico com o aumento do consumo de produtos,
observou-se a necessidade da criação de um sistema para o gerenciamento e previsão de
estoques para empresas de produtos manufaturados. Neste sentido, este trabalho é um
composto de um Web Service que pode ser utilizado por qualquer tecnologia ou plataforma e
um Web Site que acessa somente o Web Service desenvolvido. Foram identificadas fórmulas
de previsão e controle de estoque e a partir disto foram levantados os requisitos para o
desenvolvimento deste trabalho. Para o desenvolvimento do sistema foi aplicada a
Metodologia ICONIX, a UML (Unified Modeling Language) foi utilizada para a modelagem
e para o desenvolvimento foram utilizadas tecnologias Microsoft. A tecnologia Microsoft
WCF (Windows Communication Foundation) e Microsoft SQL SERVER para o sistema Web
Service e a tecnologia Microsoft MVC (Model View Controller) para o Web Site, e a
linguagem de programação utilizada foi C#. A partir da validação dos cálculos e do sistema
realizada por um profissional da área de lógista, observou-se que o sistema atende os
requisitos e objetivos propostos.

Palavras-chave: Previsão de Estoque. Web Service. Logística.


ABSTRACT

The technology has revolutionized our day by, creating social and cultural transformations.
To manage the demands arising from these changes are necessary tools to increase
productivity and efficiency control of manufactured products of the production chain. Joining
this technological advancement with increased consumption of products, there was a need to
create a system to manage and forecast inventory for companies manufactures. In this sense,
this work is a composite of a Web Service that can be used by any technology or platform and
a Web site to access only the Web Service developed. Prediction formulas were identified and
inventory control and from this were raised requirements for the development of this work.
For the development of the system was applied to ICONIX methodology, UML (Unified
Modeling Language) was used for the modeling and development were used Microsoft
technologies. Technology Microsoft WCF (Windows Communication Foundation) and
Microsoft SQL SERVER to the system and the Web Service technology Microsoft MVC
(Model View Controller) to the Web Site, and the programming language used was C #. From
the validation of the system and performed by a professional area shopkeeper, it was observed
that the system has met the requirements and objectives.

Keywords: Stock Forecasting. Web Service. Logistics.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1 - Gráfico de tendência de demanda e vendas reais .................................................. 27


Gráfico 2 - Gráfico demonstrativo do TR ............................................................................... 30
Gráfico 3 - Curva do custo de armazenagem .......................................................................... 38
Gráfico 4 - Gráfico da Curva ABC .......................................................................................... 40
Figura 1 - Arquitetura da proposta de sistema ........................................................................ 49
Figura 2 – Arquitetura da proposta de solução ....................................................................... 50
Figura 3 – Requisitos Funcionais ............................................................................................ 53
Figura 4 – Requisitos Não Funcionais .................................................................................... 54
Figura 5 – Diagrama de Casos de Uso .................................................................................... 55
Figura 6 – Diagrama de Robustez ........................................................................................... 57
Figura 7 – Diagrama de Sequência – Efetua Login ................................................................ 58
Figura 8 – Diagrama de Sequência – Efetua Login ................................................................ 59
Figura 9 – Diagrama de Sequência – Efetua Login ................................................................ 62
Figura 10 – Modelo MVC ....................................................................................................... 64
Figura 11 – Tela de Login ....................................................................................................... 69
Figura 12 – Tela Inicial ........................................................................................................... 69
Figura 13 – Tela de Listagem de Produtos ............................................................................. 70
Figura 14 – Tela de Cadastro de Produtos .............................................................................. 71
Figura 15 – Tela de Relatório Curva ABC ............................................................................. 72
Figura 16 – Tela de Relatórios e Previsões de Estoque .......................................................... 73
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Exemplo de pesos para média móvel ponderada ...... ............................................ 23


Tabela 2 – Tabulação dos dados ............................................................................................. 25
Tabela 3 – Giros de estoque por ano, média das empresas ..................................................... 35
Tabela 4 – Dados de Estoque .................................................................................................. 42
Tabela 5 – Montagem da Curva ABC ..................................................................................... 43
Tabela 6 – UC02 – CRUD Usuários ....................................................................................... 55
Tabela 7 – WCF – Serviços e Operações ................................................................................ 65
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 12
1.1 PROBLEMA .................................................................................................................................14
1.2 OBJETIVOS .................................................................................................................................14
1.2.1 Objetivo Geral ..........................................................................................................................14
1.2.2 Objetivos Específicos ...............................................................................................................14
1.3 JUSTIFICATIVA .........................................................................................................................15
1.4 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA ............................................................................................16
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................................... 18
2.1 GERENCIAMENTO DE ESTOQUE...........................................................................................18
2.2 CONTROLE DE ESTOQUE........................................................................................................19
2.3 PREVISÃO DE ESTOQUE .........................................................................................................20
2.3.1 Método do Último Período (MUP) .........................................................................................21
2.3.2 Média Móvel Simples (MMS) .................................................................................................22
2.3.3 Média Móvel Ponderada (MMP) ............................................................................................22
2.3.4 Método das Médias dos Mínimos Quadrados (MMMQ) .....................................................24
2.3.5 Reposição Contínua .................................................................................................................27
2.3.6 Reposição Periódica .................................................................................................................28
2.4 NÍVEIS DE ESTOQUE ................................................................................................................29
2.4.1 Tempo de Reposição (TR) .......................................................................................................29
2.4.2 Ponto de Pedido (PP) ...............................................................................................................30
2.4.3 Estoque de Segurança (ES) .....................................................................................................31
2.4.3.1 Método de Grau de Risco (MGR) ou Fórmula Simples ......................................................... 32
2.4.4 Ruptura de Estoque .................................................................................................................32
2.4.5 Estoque Máximo ......................................................................................................................33
2.4.6 Retorno de Capital ...................................................................................................................33
2.4.7 Giros de Estoques ou Rotatividade (R) ..................................................................................34
2.4.8 Cobertura de Estoque ..............................................................................................................35
2.5 LOTE ECONÔMICO DE COMPRA (LEC) ................................................................................36
2.6 CUSTOS DE ESTOQUE..............................................................................................................37
2.6.1 Custos de Pedido ......................................................................................................................38
2.6.2 Custos de Manutenção de Estoque .........................................................................................38
2.6.3 Custos por Falta de Estoque ...................................................................................................39
2.7 CURVA ABC ...............................................................................................................................39
2.8 UML (UNIFIED MODELING LANGUAGE).............................................................................44
2.9 ERP (ENTERPRISE RESOURCE PLANNING) ........................................................................44
2.10 CRM (CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT) .........................................................45
2.11 WEB SERVICE ............................................................................................................................45
2.12 SOA (SERVICE-ORIENTED ARCHITECTURE)......................................................................45
3 MÉTODO....................................................................................................................................... 47
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA .......................................................................47
3.2 ETAPAS METODOLÓGICAS ....................................................................................................48
3.3 PROPOSTA DE SOLUÇÃO ........................................................................................................48
3.4 DELIMITAÇÕES .........................................................................................................................51
4 METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO ...................................................................... 52
4.1 REQUISITOS ...............................................................................................................................52
4.1.1 REQUISITOS FUNCIONAIS ................................................................................................52
4.1.2 REQUISITOS NÃO-FUNCIONAIS ......................................................................................53
4.2 CASOS DE USO ..........................................................................................................................54
4.3 DIAGRAMAS DE ROBUSTEZ ..................................................................................................56
4.4 DIAGRAMAS DE SEQUÊNCIA ................................................................................................57
4.5 DIAGRAMAS DE CLASSE ........................................................................................................59
5 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................................... 60
5.1 HISTÓRICO DE DESENVOLVIMENTO ..................................................................................60
5.2 TECNOLOGIAS E FERRAMENTAS .........................................................................................60
5.2.1 C# - A Linguagem de Programação .......................................................................................61
5.2.2 MICROSOFT VISUAL STUDIO ..........................................................................................61
5.2.3 SQL SERVER ..........................................................................................................................61
5.2.4 WCF (Windows Communication Foundation) .....................................................................63
5.2.5 MVC C# (Model View Controller) .........................................................................................63
5.3 DESCRIÇÃO DO SISTEMA .......................................................................................................64
5.3.1 WCF/ Web Service...................................................................................................................64
5.3.1.1 Segurança/Autenticação ......................................................................................................... 67
5.3.2 Web Site ....................................................................................................................................68
5.3.2.1 Apresentação do Sistema (Web Site) ..................................................................................... 68
5.4 VALIDAÇÃO DO SISTEMA ......................................................................................................74
6 CONCLUSÕES E OBJETIVOS ALCANÇADOS ..................................................................... 75
6.1 CONCLUSÕES ............................................................................................................................75
6.2 TRABALHOS FUTUROS ...........................................................................................................76
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 78
APÊNDICES ........................................................................................................................................ 81
APÊNDICE A – CRONOGRAMA DO PROJETO ......................................................................... 82
APÊNDICE B – CASOS DE USO ..................................................................................................... 84
APÊNDICE C – DIAGRAMAS DE CLASSE .................................................................................. 92
12

1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos a tecnologia vem mudando nossa cultura e nossa sociedade,
com isso cada vez mais precisa-se de informações mais rápidas e confiáveis, além disso, o
mercado de negócios está cada vez mais competitivo e dinâmico, por isso essa necessidade
das informações tão instantâneas e precisas.
Com o avanço da tecnologia, os sistemas de informação também vêm
modificando a maneira das empresas administrarem seus negócios, tornando-as mais ágeis e
competitivas no mercado. Os benefícios com o avanço da tecnologia são inegáveis, hoje a
tecnologia está presente em quase tudo ao nosso redor. O Brasil é um dos mercados de
software que mais cresce no mundo na atualidade, em um estudo realizado pela Associação
Brasileira das Empresas de Software (ABES) em parceria com a IDC (sigla que em inglês
significa Conselho Internacional dos Trabalhadores Portuário) no ano de 2011 e publicado
recentemente, “apontou um crescimento do País de 14,95% em relação a 2010 e um
faturamento de US$ 19,5 bilhões, 12% maior ante 2010” (MACHADO, 2012).
De acordo com Pereira (2001), outro setor com bastante crescimento na economia
brasileira é o setor logístico, “responsável por planejar e controlar a movimentação e
armazenamento de produtos vive seu melhor momento no Brasil, especialmente por causa da
descoberta do pré-sal e pela realização da Copa do Mundo de 2014”, ainda complementando
estes dois fatores, as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro também ajudará nesse
crescimento.
Para Ballou (2001, p. 21):

Logística é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente


e economicamente eficaz de matérias-primas, estoque em processo, produtos
acabados e informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo,
com o propósito de atender às exigências dos clientes.

Dentro da logística, encontram-se o controle de estoque, a previsão de estoque e o


gerenciamento da cadeia de suprimentos, temas principais deste trabalho que serão abordados
com mais detalhes nos próximos capítulos. O controle de estoque é uma das atividades
primárias da Logística, juntamente com transportes e processamento de pedidos, “essas
atividades são consideradas primárias porque ou elas contribuem com maior parcela do custo
13

total da logística ou elas são essenciais para a coordenação e o cumprimento da tarefa


logística” (BALLOU, 1993, p.24).
A previsão de estoque, para Dias (2012), é o método que estabelece estimativas
futuras de produtos acabados ou vendidos, ou seja, estima-se quais os produtos, a quantidade
e quando serão utilizados.
Já o gerenciamento da cadeia de suprimentos tem como objetivo maximizar e
tornar realidade a integração entre as partes da cadeia produtiva e mantê-las em sinergia,
atendendo assim ao consumidor final de forma mais eficiente através da redução dos custos,
(POZO, 2004, p.29).
Controlar o estoque é muito importante para as empresas, sabe-se que um controle
de estoque eficiente e bem gerenciado é um grande diferencial competitivo, principalmente no
mercado globalizado em que vivemos nos dias de hoje. Segundo Ballou (1993, p.204) “o
controle de estoques é a parte vital do composto logístico, pois estes podem absorver de 25%
a 40% dos custos totais, representando uma porção substancial do capital da empresa”.
Nas últimas décadas houve uma verdadeira revolução nas organizações que
deixaram de utilizar sistemas de estoques manuais para utilizar sistemas computadorizados,
devido a uma série de vantagens (BALLOU, 1993, p.231), pois os sistemas computacionais
facilitam muito o controle e o gerenciamento do estoque, além de fornecer relatórios de forma
simples e rápida, onde antes com o controle manual era muito demorado ou até mesmo em
alguns casos quase impossível.
Fazendo uma breve pesquisa na internet, encontram-se alguns sistemas de
controle de estoque no mercado, porém sistemas que além do controle de estoque ofereçam
previsão de estoque com técnicas e fórmulas logísticas são difíceis de encontrar e ainda não
possuem previsões diferenciadas através de cálculos matemáticos logísticos.
Nesse sentido, este trabalho tem como proposta desenvolver um sistema de
informação para controle e previsão de estoque, disponibilizando um sistema web de fácil
utilização e eficiente no controle e principalmente na previsão de estoque, além de fornecer
diversos relatórios para auxiliar as decisões estratégicas das empresas.
14

1.1 PROBLEMA

Diversos são os problemas referentes ao controle e a previsão de estoques. Sem


um controle de estoque eficiente, os custos com o estoque podem representar uma grande
fatia dos gastos das empresas, sendo que no Brasil estes custos giram em torno de 30%
(POZO, 2004, p.18), afetando diretamente o desempenho financeiro das empresas, fazendo
com que elas gastem dinheiro desnecessário no controle de estoque quando poderiam estar
aplicando em outras áreas e ampliando seu negócio.

1.2 OBJETIVOS

A seguir, são apresentados o objetivo geral e os objetivos específicos deste


trabalho.

1.2.1 Objetivo Geral

Desenvolver um sistema de gerenciamento de estoque web que possibilite o


cálculo de previsão de estoque, tomando por base técnicas de logística.

1.2.2 Objetivos Específicos

A seguir são apresentados os objetivos específicos deste trabalho.


 Realizar o levantamento bibliográfico do tema proposto.
 Modelar uma solução para a previsão de estoques baseada em web.
15

 Desenvolver um sistema de gestão de estoque utilizando as técnicas de


logística.
 Desenvolver no sistema relatórios e informações através dos dados
armazenados no histórico para facilitar e agilizar as tomadas de decisões.

1.3 JUSTIFICATIVA

O avanço da tecnologia e a globalização estão tornando o mercado coorporativo


muito mais dinâmico e competitivo, com isso se faz necessário ter as informações cada dia
mais rápidas e, principalmente, informações precisas com qualidade.
Como toda tecnologia, e ou inovação, seu custo inicial costuma ser muito elevado,
e com isso, as empresas com maior recurso financeiro tendem a fazer o uso destas inovações
antes das pequenas e médias empresas.
Mas, com o passar do tempo e, consequentemente, a proliferação da tecnologia e a
concorrência fazem com que esse alto custo de uma nova tecnologia diminua, e com os
sistemas de informação não é diferente. Hoje está cada vez mais acessível para as empresas,
principalmente para as de pequeno e médio porte fazerem o uso de inovações tecnológicas,
devido a grande quantidade de fabricantes e a concorrência de mercado.
Os custos logísticos tem um valor significativo no preço final do produto, “um
estudo recente, nos EUA, mostrou que os custos logísticos são de 21% do PNB (Produto
Nacional Bruto), e aqui no Brasil giram em torno de 30%” (POZO, 2004, p.18), dessa forma,
o bom gerenciamento do estoque pode reduzir esses custos e maximizar a qualidade e a
eficiência dos serviços das empresas.
Para suprir essa carência e ajudar a reduzir o preço final dos produtos, a proposta
de desenvolvimento deste sistema proporcionará uma melhor gestão do estoque, e até mesmo
uma gestão financeira mais eficiente para as empresas.
Também seguindo a tendência e a facilidade tecnológica, foi escolhido o
desenvolvimento da proposta em plataforma web, possibilitando assim uma gama de
possibilidades e facilidades, tanto de acesso, como de utilização do sistema, podendo ser
utilizado através de computadores, tablets ou celulares com acesso à internet.
16

Atualmente no mercado existem alguns softwares de controle de estoque,


inclusive alguns gratuitos, porém são sistemas mais simples, apenas controle de entrada e
saída de produtos e alguns outros mais robustos desenvolvidos por empresas consolidadas no
mercado de software, como IMPACT da IBM (BALLOU, 1993). Além dos famosos sistemas
das empresas TOTVS e SAP.
O propósito do desenvolvimento deste sistema é fazer um sistema diferenciado,
pois como já citado os softwares livres não atendem todas as necessidades destas empresas e
os softwares mais completos custam caro, além, é claro, da perspectiva de crescimento do
setor logístico e tecnológico nos próximos anos.
Para Ballou (1993, p.231) o controle automatizado reduziria o capital investido e
ao mesmo tempo melhoraria o nível de serviço e também seria possível elaborar relatórios
mais precisos.
Percebe-se então, uma grande oportunidade de negócio em duas das áreas que
estão entre os setores com grande crescimento no Brasil, Logística e Tecnologia da
Informação. A união desses setores tende a aperfeiçoar ainda mais os negócios das empresas
no controle e gerenciamento de estoque.

1.4 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA

Este trabalho está dividido em 6 (seis) capítulos, são estes:


 Capítulo 1: É apresentada a introdução do tema, a problemática, os objetivos
gerais e específicos, bem como a justificativa do trabalho.
 Capítulo 2: São abordados os conceitos teóricos sobre o controle e a previsão
de estoque, o que é o estoque, tipos de estoque, níveis de estoque, estoque de
segurança, previsões de estoque, curva ABC de produtos, tempos de reposição
de estoque e os fatores mais importantes sobre o tema principal deste trabalho.
 Capítulo 3: São apresentadas a modelagem, a arquitetura e os detalhes de
desenvolvimento da solução deste trabalho.
 Capítulo 4: São apresentadas as metodologias de desenvolvimento, bem como
os diagramas e suas respectivas definições.
17

 Capítulo 5: São apresentados o histórico do desenvolvimento, bem como as


ferramentas e tecnologias utilizadas. Também serão apresentadas as principais
telas do sistema com suas descrições e funcionalidades.
 Capítulo 6: É apresentada a conclusão e os objetivos alcançados com o
desenvolvimento deste trabalho.
18

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo, são apresentadas as fundamentações teóricas deste trabalho,


visando dar sustentação científica ao mesmo. São assuntos fundamentais para o
desenvolvimento e entendimento do trabalho.
Aqui são abordados os principais temas para previsão de estoque, assunto
principal deste trabalho, iniciando com uma abordagem geral do gerenciamento do estoque e
chegando até aos assuntos mais específicos como cálculos e métodos estatísticos. Por fim são
apresentados alguns conceitos relevantes quanto ao desenvolvimento do sistema.

2.1 GERENCIAMENTO DE ESTOQUE

Segundo Pozo (2004), cabe ao setor de gerenciamento de estoque fazer o controle


das disponibilidades e das necessidades do processo produtivo, esse processo envolve desde a
matéria-prima, passando pelos setores intermediários, almoxarifado até chegar aos produtos
acabados. Nesse sentido, Dias (2012) descreve:

O principal objetivo de uma empresa é maximizar o retorno sobre o capital


investido. O capital normalmente é investido em fábricas, equipamentos,
funcionários, financiamentos, reservas de caixa e estoques. Para conseguir o
máximo retorno, ela deve usar o capital da melhor maneira possível para que este
não permaneça inativo. Os estoques, em si, não geram retorno, mas também não
significa que aumentando os estoques provoca o aumento das vendas nem de lucros.
O investimento em estoques é importante, são essenciais para a produção e o bom
atendimento das vendas. Por outro lado, a insuficiência em estoque pode
comprometer o ritmo de produção e limitar as vendas.

Sendo assim, observa-se que a principal função do gerenciamento de estoques é


maximizar o uso dos recursos logísticos da empresa (POZO, 2004).
19

2.2 CONTROLE DE ESTOQUE

As razões pelas quais uma empresa mantém estoque vão desde estratégias
comerciais a possíveis faltas de produto num futuro próximo. A sincronização perfeita entre a
oferta e a demanda seria o ideal. (BALLOU, 1993). Manter um estoque serve para:
 Melhorar o nível de serviço;
 Incentivar economias na produção;
 Permitir economias de escala nas compras e no transporte;
 Agir como proteção contra aumentos de preços;
 Proteger a empresa de incertezas na demanda e no tempo de ressuprimento;
 Servir como segurança contra contingências.
Dentro da logística, o termo controle de estoque está em função da necessidade
das empresas estipularem os diversos níveis de materiais e produtos que elas devem manter
num parâmetro econômico viável. (POZO, 2004, p. 38).
Segundo Ballou (2001), as empresas estocam produtos e materiais por quatro
razões básicas:
 Reduzir custos de transporte e produção;
 Coordenar oferta e demanda;
 Auxiliar no processo de produção;
 Ajudar no processo de marketing.
O objetivo do controle de estoque, é otimizar o investimento, aumentar o uso
eficiente dos meios financeiros e minimizar as necessidades de capital investido em estoques
(DIAS, 2012, p.7). Para Ballou (1993), o objetivo é balancear os custos de manutenção de
estoque, aquisição de produtos e a falta de produtos em estoque.
De acordo com Dias (2012), para manter um setor de controle de estoques
organizado, existem alguns pontos fundamentais, que são:

a) Número de itens: determinar “o que” deverá permanecer em estoque;


b) Periodicidade: determinar “quando” deverá ser reabastecido o estoque;
c) Quantidade de compra: determinar “quanto” de estoque será necessário
para um período;
d) Solicitação de compra: departamento de compras executa aquisição de
compras;
20

e) Receber, armazenar e guardar materiais de acordo com as necessidades;


f) Controlar estoques em termos de quantidade e valor;
g) Manter inventários periódicos para avaliação das qualidades e estados dos
materiais estocados;
h). Identificar e retirar do estoque itens obsoletos e danificados.

Em vista do apresentado, percebe-se que a principal função do controle de é


maximizar as vendas e ajustar o planejamento de produção, simultaneamente minimizar o
capital investido em estoques.

2.3 PREVISÃO DE ESTOQUE

A previsão de estoques é vital para as empresas, porque fornece as entradas


básicas para o planejamento e o controle de todas as áreas das empresas, incluindo logística,
marketing, produção e as finanças. (BALLOU 2001). A previsão de estoques, geralmente, é
fundamentada nas informações fornecidas pela equipe de vendas, onde são elaborados os
valores de demandas de mercado. (POZO, 2004). A previsão de estoque, para Dias (2012),
estabelece estimativas futuras de produtos acabados e vendidos, ou seja, estima-se então,
quais os produtos, a quantidade dos produtos e quando serão comprados pelo cliente.
Segundo Dias (2012), as informações básicas que permitem decidir qual será a
demanda e a distribuição no tempo da demanda de produtos está dividida em duas categorias:
quantitativas e qualititivas.
“As informações quantitativas são referentes a volumes e decorrentes de
condições que podem afetar a demanda [...]” (POZO, 2004, p. 51), por exemplo:
 Influência das propagandas;
 Evolução das vendas no período de tempo;
 Variações decorrentes de modismos;
 Variações decorrentes a economia;
 Crescimento populacional.
Já as informações qualitativas, segundo Pozo (2004, p. 51), “é a busca de
informes mediante pessoas com grande conhecimento do assunto e especialistas.”, tais como:
21

 Opinião de gerentes;
 União de vendedores;
 União de compradores;
 Pesquisa de mercado.

São diversos os métodos utilizados para previsão de estoque, a seguir são


apresentados os principais deles.

2.3.1 Método do Último Período (MUP)

Este modelo é o mais simples de todos, não utiliza fundamentos matemáticos e


consiste em apenas utilizar o valor do último período como previsão para o próximo período.
(POZO, 2004, p. 54).
Ainda o mesmo Pozo (2004) exemplifica da seguinte forma:

A Empresa Fabricadora de Peças S.A. teve neste ano o seguinte volume de vendas
para seu produto “Bomba Injetora YZ”: janeiro, 2.500; fevereiro, 2.200; março,
2.650; abril, 2.800; maio, 2.850; junho, 2.900; julho, 3.000. Calcule a previsão de
demanda para agosto.

Pagosto (MUP). = O último período foi julho, 3.000 unidades, então, a previsão para
agosto será de 3.000 unidades.

O procedimento é pegar a demanda do último mês e utilizar para o mês seguinte; no


caso, a demanda do último mês (julho) foi de 3.000 unidades, e é o que utilizaremos
para agosto: 3.000 unidades.

Conforme exemplificado, este modelo usa como previsão para o próximo período
o valor do período anterior.
22

2.3.2 Média Móvel Simples (MMS)

No método da média móvel simples ou também conhecido como método da


média aritmética, a previsão do próximo período é obtida calculando a média aritmética do
consumo dos períodos anteriores (POZO, 2004). Complementando, Dias (2012) descreve que
para calcular a previsão do próximo período, deve ser calculada a média de consumo nos n
períodos anteriores. Fórmula:

C1 C2 C3 Cn ...(1)
+ + + ...
MMS =
n

Onde:
MMS = Consumo Médio
C = Consumo nos Períodos Anteriores
n = Número de Períodos

Por exemplo, os volumes consumidos entre janeiro e julho de determinado ano


foram, respectivamente: 2.500, 2.200, 2.650, 2.800, 2.850, 2.900, 3.000. Qual seria a previsão
para o mês de agosto:
Exemplo:
2.500 + 2.200 + 2.650 + 2.800 + 2.850 + 2.900 + 3.000 ...(2)
MMSagosto = = 2.700
7

Resultado: A previsão para abril é de 2.700 unidades.

2.3.3 Média Móvel Ponderada (MMP)

Esse método é parecido com o anterior, à diferença é que os valores dos períodos
mais próximos tem um peso de importância maior do que os períodos mais anteriores. (DIAS,
2012). Fórmula:
23

...(3)
n
∑ Ci x Pi
Ppp (MMP) =
i=1

Simplificando:
...(4)
Ppp (MMP) = (C1 x P1) +(C2 x P2) +...(Cn x
Pn)

Onde:
Ppp (MMP) = Previsão do Próximo Período
C1, C2, Cn = Consumo nos Períodos Anteriores
P1, P2, Pn = Ponderação/Peso de Importância dada a cada Período

A determinação da ponderação deve ser de tal ordem que a soma seja 100%
(DIAS, 2012).
Tabela 1 - Exemplo de pesos para média móvel ponderada.
Período Quantidade/Consumo Peso Quantidade Ponderada
1 2.500 1 2.500
2 2.200 2 4.400
3 2.650 3 7.950
4 2.800 4 11.200
5 2.850 5 14.250
6 2.900 6 17.400
7 3.000 7 21.000
8 28 78.700

Fonte: O Autor, 2013.

...(5)
MMPagosto = 78.700 / 28

MMPagosto = 2.811

Agora um exemplo de média móvel ponderada com valores definidos. Determinar


o consumo previsto para 2008 utilizando o método da média móvel ponderada com os
seguintes pesos:
24

2004 – 72 (5%) 2006 – 63 (25%)


2005 – 60 (20%) 2007 – 66 (50%)

Resolução:
...(6)
P2008 = 0,50 x 66 + 0,25 x 63 + 0,20 x 60 + 0,05 x 72 = 64,35

Resultado: A previsão para 2008 é de 2.811 unidades.

2.3.4 Método das Médias dos Mínimos Quadrados (MMMQ)

Esse método é um processo de ajuste que tende a se aproximar dos valores


existentes, ou seja, minimizando as distâncias entre cada consumo. (POZO, 2004). Segundo
Dias (2012), esse é um modelo utilizado para determinar a melhor linha de ajuste, que passa
perto de todos os dados coletados, desta forma, minimiza as diferenças entre os dados
observados.
Pozo (2004) ainda complementa, que a vantagem deste modelo é que ele baseia-se
na Equação da Reta [Y = a + bx] para calcular a previsão de demanda, com isso torna-se
possível tracejar uma tendência bem realista, para calcular. Fórmula:

...(7)
Ppp (MMMQ) = a + bx

Pozo (2004, p. 60) descreve, para calcularmos os valos de a e b, é necessário


tabular os dados existentes para preparar as equações normais, dadas por:

...(8)
∑y = (n x a) + (∑x x b) (1)
∑xy = (∑x x a) + (∑x2 x b) (2)
25

Por exemplo, uma empresa fabricadora de peças, teve no ano o seguinte volume
de vendas de “Bomba Injetora YZ”: janeiro, 2.500; fevereiro, 2.200; março, 2.650; maio,
2.850; junho, 2.900; e julho, 3.000. Calcule a previsão para agosto. (POZO, 2004, p. 60).
Primeiro passo: tabular os dados.

Tabela 2 – Tabulação dos dados.


n
Qtd. Períodos Períodos y x x2 xy
1 janeiro 2.500 0 0 0
2 fevereiro 2.200 1 1 2.200
3 março 2.650 2 4 5.300
4 abril 2.800 3 9 8.400
5 maio 2.850 4 16 11.400
6 junho 2.900 5 25 14.500
7 julho 3.000 6 36 18.000
7 ∑ 18.900 21 91 59.800

Fonte: POZO, 2004.

Segundo passo: montar as equações normais.

∑y = (n x a) + (∑x x b)
∑xy = (∑x x a) + (∑x2 x b)

Onde,

(1) 18.900 = 7a + 21b


(2) 59.800 = 21a + 91b

Terceiro passo: resolver as incógnitas a e b.

Primeiro, para resolver este exemplo iguala-se o coeficiente de a multiplicando


toda a equação (1) por -3.

18.900 = 7a + 21b (-3)


26

59.800 = 21a + 91b

-56.700 = -21a – 63b

Agora com o resultado obtido, somam-se as equações.

-56.700 = -21a – 63b


59.800 = 21a + 91b

3.100 = 28b

Agora uma incógnita está resolvida, a seguir a resolução:

3.100 = 28b

b = 3.100/28

b = 110,7

Após encontrar a primeira incógnita, calcula-se a outra.

18.900 = 7a + 21b

18.900 = 7a + 21(110,7)

18.900 – 2.324,7 = 7a

16.575,3 = 7a

a = 16.575,3/7

a = 2.367,9

Obtendo os valores de a e b, e como se observa o valor de x, que é a quantidade


de períodos, pode-se então, calcular a previsão de agosto com a fórmula dada:

...(9)
Ppp (MMMQ) = a + bx
27

a = 2.2367,9
b = 110,7
x=7
Pagosto (MMMQ) = 2.367,9 + (110,7 x 7)
Pagosto (MMMQ) = 2.367,9 + 774,9
Pagosto (MMMQ) = 3.142,8 (como não se vende meia peça, arredonda-se)
Pagosto (MMMQ) = 3.143

Resultado: A previsão para agosto é de 3.143 unidades.

Gráfico 1 – Gráfico de tendência de demanda e vendas reais

Fonte: Adaptado de POZO, 2004.

2.3.5 Reposição Contínua

Esse método, também conhecido como sistema de ponto de pedido se dá na


avaliação da quantidade de estoque sempre quando houver um consumo ou retirada de
28

produto a fim de identificar se é o momento de fazer a reposição do produto. (BERTAGLIA,


2005). Fórmula:

...(10)
Pe = Qe + Rp - Qa

Onde:
Pe = Posição de estoque em unidades
Qe = Quantidade disponível em estoque
Rp = Recebimentos programados
Qa = Quantidades comprometidas ou alocadas

Ainda para o mesmo Bertaglia (2005), as verificações são mais frequentes do que
contínua, pois se escolhe um período para avaliação, podendo este ser diário ou semanal,
dependendo do produto e o consumo.

2.3.6 Reposição Periódica

Este método, diferentemente do anterior, consiste numa revisão fixa e regular dos
estoques e no final do período é realizado um novo pedido para repor o estoque.
(BERTAGLIA, 2005, p. 333).
Bertaglia (2005), também descreve que as revisões podem variar de acordo com a
classificação dos itens, especialmente os itens prioritários podem ser revisados mais
frequentemente. Porém neste método deve-se ter cuidado com o período, pois a demanda
pode oscilar e consequentemente podem ocorrer rupturas de estoque.
29

2.4 NÍVEIS DE ESTOQUE

Determinar os níveis de estoque mais econômicos para a empresa é um importante


problema, pois os custos de estoque são influenciados por muitos fatores, como volume,
disponibilidade, movimentação, mão de obra e o próprio recurso financeiro. (POZO, 2004).

2.4.1 Tempo de Reposição (TR)

Tempo de Reposição (TR) para Dias (2012, p. 45), “[...] é o tempo gasto desde a
verificação de que o estoque precisa ser reposto ate a chegada efetiva do material no
almoxarifado da empresa.”. Complementando, Pozo (2004), afirma que quando efetua-se um
pedido de compra junto ao fornecedor até o produto ser entregue, decorre um espaço de
tempo que vai desde a solicitação no almoxarifado, o pedido de compra, a fabricação do
produto até o momento do recebimento do pedido. O TR é composto de três elementos
básicos, são eles:
1. Tempo para elaborar e confirmar o pedido junto ao fornecedor;
2. Tempo que o fornecedor leva para processar e entregar o pedido;
3. Tempo para processar a liberação do pedido na fábrica.

...(11)
TR = 1 + 2 + 3

As variáveis 1 e 3 são dependentes de ações da empresa, esse pode ser reduzido


ao máximo possível, porém a variável 2 depende do fornecedor, esse tempo depende de uma
boa negociação para reduzir ao menor tempo possível. (POZO, 2004).
30

Gráfico 2 – Gráfico demonstrativo do TR

Fonte: Adaptado de DIAS, 2012.

2.4.2 Ponto de Pedido (PP)

A definição de Ponto de Pedido (PP) segundo Pozo (2004, p. 64), “é a quantidade


de peças que temos em estoque e que garante o processo produtivo para que não sofra
problemas de continuidade, enquanto aguardamos a chegada do lote de compra [...]”.
Segundo Dias (2012), o ponto de pedido é quando o estoque atinge uma quantidade de
produtos que juntamente com o tempo de reposição indica que deverá ser reposto o material,
de tal forma que a quantidade do estoque suporte durante o tempo de reposição. Fórmula:
...(12)
PP = (C x TR) + ES

Onde:
PP = Ponto de Pedido
C = Consumo normal de produtos
TR = Tempo de Reposição
ES = Estoque de Segurança
31

Para melhor compreender o cálculo, observa-se o e exemplo de Pozo (2004, p.


65), “Determinada peça é consumida em 2.500 unidades mensalmente e sabemos que seu
ponto de pedido é de 45 dias. Então, qual é seu ponto de pedido (PP), uma vez que seu
estoque de segurança é de 400 unidades”.
...(13)
PP = (C x TR) + ES
C = 2.500 unidades por mês
TR = 45 dias = 1,5 mês

ES = 400 unidades
PP = (2.500 x 1,5) + 400
PP = 3.750 + 400
PP = 4.150 unidades

Resultado: O Ponto de Pedido (PP) é 4.150 unidades.

2.4.3 Estoque de Segurança (ES)

Estoque de Segurança (ES), segundo Pozo (2004, p. 66), “[...] é uma quantidade
mínima de peças que tem que existir no estoque com a função de cobrir as possíveis variações
do sistema [...]”. Ainda para Pozo (2004), é uma medida de precaução por alguns fatores que
podem ocorrer, como: atrasos no tempo de reposição pelo fornecedor, rejeição do lote de
compra ou aumento na demanda do produto, de tal forma que não afete o meio de produção
ou as vendas. Segundo Dias (2012, p. 50), estoque de segurança “[...] é a quantidade mínima
que deve existir em estoque, que se destina a cobrir eventuais atrasos no ressuprimento,
objetivando a garantia do funcionamento ininterrupto e eficiente do processo produtivo, sem o
risco de faltas”.
Existem alguns cálculos para o estoque de segurança, mas será apresentado
apenas um deles, o Método de Grau de Risco (MGR), também conhecido como Fórmula
Simples.
32

2.4.3.1 Método de Grau de Risco (MGR) ou Fórmula Simples

Esse modelo é simples e fácil de utilizar, o modelo usa um fator de risco em


porcentagem que é definido pelo administrador através de sua sensibilidade com o mercado e
com as informações obtidas junto ao setor de vendas (POZO, 2004, p. 67). Fórmula:

...(14)
ES = C x K

Onde:
ES = Estoque de Segurança
C = Consumo Médio Mensal
K = Fator de segurança com o qual se deseja garantir contra um risco de ruptura

O fator K, é arbitrário, ele é proporcional ao grau de atendimento desejado para


um determinado item.
Dias (2012), exemplifica da seguinte forma: se desejar que uma peça tenha um
grau de atendimento de 90%, ou seja, deseja-se que somente em 10% das vezes o estoque
esteja zerado, sabendo que o consumo mensal é 60 unidades, o estoque de segurança será:

ES = 60 x 0,9
ES = 54

Resultado: O Estoque de Segurança (ES) é de 54 unidades.

2.4.4 Ruptura de Estoque

Ruptura de Estoque ocorre quando a quantidade de produtos em estoque chega a


zero e dessa forma, não se pode atender uma necessidade de consumo, uma requisição ou até
mesmo uma venda. (DIAS, 2012).
33

2.4.5 Estoque Máximo

Estoque máximo é a soma do Estoque de Segurança mais o Lote Econômico de


Compra, ou seja, é o nível máximo de estoque, onde o volume armazenado ultrapassa a
somatória do estoque de segurança com o lote de compra. (POZO, 2004). Fórmula:

...(15)
Emax = ES + LEC

Onde:
Emax = Estoque Máximo
ES = Estoque de Segurança
LEC = Lote Econômico de Compra

2.4.6 Retorno de Capital

Retorno de Capital é o cálculo do lucro das vendas anuais sobre o capital


investido em estoque. Como resultado do cálculo, o coeficiente deve ser maior do que 1, e
quanto maior esse coeficiente melhor será o retorno do capital. (POZO, 2004). Fórmula:

...(16)
RC = L / C

Onde:
RC: Retorno de Capital
L: Lucro
C: Capital em Estoque

Avaliando o retorno de capital de uma empresa, por exemplo, seu lucro anual é de
R$65.000,00 e tem armazenado em estoque um total de R$35.000,00, calcule o retorno de
capital. (POZO, 2004).
34

RC = 65.000,00 / 35.000,00

RC = 1,86

Resultado: O retorno de capital é 1,86, é um bom retorno.

2.4.7 Giros de Estoques ou Rotatividade (R)

Giros de Estoque ou Rotatividade, segundo Pozo (2004, p. 47), “é a avaliação do


capital investido em estoques comparado com o custo das vendas anuais, ou da quantidade
média de materiais em estoque dividido pelo custo anual das vendas.”. Para Dias (2012), é a
relação entre o consumo anual e o estoque médio de um produto.
Para calcular a Rotatividade, pode ser utilizada a quantidade em produtos ou a
quantidade monetária. (POZO, 2004, p. 47). Fórmula:

...(17)
R = CV / E

Onde:
R = Rotatividade
CV = Custo das Vendas
E = Estoque

Por exemplo, uma empresa tendo vendas anuais de R$1.200.000,00, com custo
anual de vendas em R$780.000,00 e lucro anual de R$65.000,00, e tendo em seu estoque
(matéria-prima, auxiliar, manutenção e outros) um investimento de R$240.000,00, qual é a
rotatividade de seus estoques? (POZO, 2004)

R = 780.000,00 / 240.000,00
35

R = 3,25

Resultado: O estoque gira 3,25 vezes ao ano.

Outro exemplo de Dias (2012): o consumo de determinado item foi de 800


unidades no ano, e a quantidade média em estoque foi de 100 unidades, qual seria a
rotatividade do estoque?

R = 800 / 100

R=8

Resultado: O estoque gira 8 vezes ao ano.

“Quanto maior for o número da rotatividade, melhor será a administração logística


da empresa, menores serão seus custos e maior será sua competitividade.” (POZO, 2004, p.
49). No Brasil a rotatividade de estoques está em torno de 14 giros por ano, que comparado
aos padrões mundiais está muito abaixo.

Tabela 3 - Giros de estoques por ano, média das empresas


Índices de 97 Mundial
(Médias) Brasil (EUA, Europa, Ásia) Japão
Rotatividade
(giros do estoque) 14 80 160

Fonte: POZO, 2004.

2.4.8 Cobertura de Estoque

Segundo Bertaglia (2005, p. 318), “a cobertura de estoque está relacionada à taxa


de uso do item e baseia-se no cálculo da quantidade de tempo de duração do estoque, caso
36

este não sofra um ressuprimento.”. Para Beckedorff (2009), cobertura de estoque indica uma
unidade de tempo que o estoque será suficiente para cobrir a demanda média. Fórmula:

...(18)
Cobertura Estoque = Número de dias / Giro de estoque

Beckdorff (2009) exemplifica da seguinte maneira: Calcule a cobertura de estoque


para uma fábrica, sendo 180 dias (6 meses) o período de estudo e 17, 34 o giro do estoque no
período.

Cobertura Estoque = 180 / 17,34

Cobertura Estoque = 10,38

Resultado: A cobertura de estoque é suficiente para 10,38 dias.

2.5 LOTE ECONÔMICO DE COMPRA (LEC)

O lote econômico de compra tem por objetivo determinar o tamanho de um lote


de produtos a ser comprado ou produzido, com intenção de minimizar os custos de aquisição
e os custos de manutenção de estoque. (BERTAGLIA, 2005). Segundo Pozo (2004), é a
determinação do nível de estoque mais econômico para a empresa. Fórmula:

...(19)
LEC = √2 x D x Cp / Cc

Onde:
LEC = Lote Econômico de Compra
D = Demanda anual
Cp = Custo de Pedido
Cc = Custo de Manutenção de Estoque
37

Beckdorff (2009) exemplifica da seguinte forma: calcule o LEC com as


informações:
D= demanda 40.000 unidades por ano
Cp= custo de preparação $ 30,00 por pedido
Cc= custo de carregamento = $ 0,30 por unidade ano
Ci= custos independentes = $ 50,00 por ano.

LEC = √2 x 40.000 x 30 / 0,30

LEC = 2.828,43

Resultado: O lote econômico de compras é 2.828,43 unidades.

2.6 CUSTOS DE ESTOQUE

Conforme Dias (2012, p. 31), Custo de Estoque é “todo e qualquer


armazenamento de material gera determinados custos [...]”. São eles:
 Juros;
 Depreciação;
 Aluguel;
 Equipamentos de movimentação;
 Deterioração;
 Obsolescência;
 Seguros;
 Salários;
 Conservação;
Segundo Ballou (1993), existem três categorias de custos de estoques, são elas: os
custos de pedido, os custos de manutenção de estoque e os custos por falta de estoque.
38

Gráfico 3 – Curva do custo de armazenagem

Fonte: Adaptado de DIAS, 2012.

2.6.1 Custos de Pedido

Sempre que um pedido é emitido, incorrem custos fixos e variáveis referentes a


ele. Os custos fixos são referentes aos salários dos envolvidos, e os custos variáveis são
referentes a todos os demais recursos necessários para solicitar o pedido junto ao fornecedor.
(POZO, 2004). Os custos de pedido estão associados ao processo de aquisição de material
para reposição de estoques, sendo eles custos fixos e custos variáveis. (Ballou, 1993)

2.6.2 Custos de Manutenção de Estoque

São todos os custos necessários para manter certa quantidade de produtos em


estoque por um período de tempo. Há uma série de custos, como seguro contra incêndio e
roubo, espaço para armazenamento, deterioração e o risco de manter o estoque. (BALLOU,
1993).
39

Segundo Pozo (2004, p. 43):


“Os custos de manutenção de estoque incorporam também as despesas de
armazenamento, tais como: altos volumes, demasiados controles, enormes espaços
físicos, sistemas de armazenagem e movimentação e pessoal alocado, equipamentos
e sistemas de informação específicos. Temos também custos associados aos
impostos e aos seguros de incêndio e roubo decorrentes do material estocado. Além
disso, os itens estão sujeitos a perdas, roubos e obsolescência, aumentando ainda
mais os custos de mantê-los em estoque.”.

2.6.3 Custos por Falta de Estoque

“São aqueles que ocorrem caso haja demanda por itens em falta no estoque.
Conforme a reação do cliente potencial a uma situação de carência pode ocorrer dois tipos de
falta: custos de vendas perdidas e custos de atrasos.” (BALLOU, 1993, p. 212).
Para Pozo (2004), um planejamento e um controle de estoques inadequados, pode
acarretar o atraso ou a não entrega de um produto por falta de estoque, e com isso causar
alguns transtornos ao cliente, como imagem da empresa, custos, confiabilidade, entre outros.

2.7 CURVA ABC

A Curva ABC, ou Curva 80/20, ou também conhecida como Regra de Pareto é um


importante instrumento para o administrador, com ela é possível identificar aqueles itens que
merecem uma atenção e um tratamento especial na sua administração. (DIAS, 2012).
Conforme Pozo (2004, p. 92):

O princípio da Curva ABC foi elaborado, inicialmente, por Vilfredo Pareto, na


Itália, no fim do século passado, quando por volta do ano de 1897 elaborava um
estudo de distribuição de renda e riqueza da população local. Nesse estudo, Pareto
notou que grande porcentagem da renda total concentrava-se nas mãos de uma
pequena parcela da população, numa proporção de aproximadamente 80% e 20%
respectivamente, ou seja, 80% da riqueza local estavam concentrada com 20% da
população. Esse princípio geral, mais tarde, foi difundido para outras atividades e
passou a ser uma ferramenta muito útil para os administradores.
40

“A curva é tradicionalmente dividida em três categorias: 20% dos produtos e


clientes com maior lucratividade formam a categoria „A‟; os próximos 50% formam a
categoria „B‟ e os 30% finais formam a categoria „C‟.” (CHRISTOPHER, 2001, p. 46).

Segundo Dias (2012), após a ordenação dos itens por importância relativa, as
classes da Curva ABC podem ser classificadas da seguinte forma:

 Classe A: É o grupo de itens mais importante que devem ser tratados com
uma atenção especial pela administração (DIAS, 2012). Para Pozo (2004, p.
93), “É nos itens dessa classe que iremos tomar as primeiras decisões sobre os
dados levantados e correlacionados em razão de sua importância monetária”.
 Classe B: Conforme Pozo (2004, p. 93), “São os itens intermediários e que
deverão ser tratados logo após as medidas tomadas sobre os itens da classe
A.”.
 Classe C: É o grupo com a maior quantidade de itens, porém com valor
monetário muito reduzido, permitindo assim um espaço de tempo maior para
análise e tomada de ação. (POZO, 2004).

Gráfico 4 – Gráfico da Curva ABC

Fonte: Adaptado de POZO, 2004.


41

Para Pozo (2004, p. 93), precisa-se processar quatro passos para montar a Curva
ABC, são eles:
1. Levantar todos os itens, com os dados de quantidades, preços unitários e
preços totais;
2. Colocar todos os itens em uma tabela em ordem decrescente de preços totais e
sua somatória total. Esta tabela deve conter as seguintes colunas: item, nome,
preço unitário, preço total do item, preço acumulado e porcentagem;
3. Dividir cada valor total de cada item pela somatória total de todos os itens e
colocar a porcentagem obtida em sua respectiva coluna;
4. E por fim, dividir todos os itens em classes A, B e C, de acordo com a
prioridade e tempo disponível.

Por exemplo, uma fábrica de peças para poder negociar com seus fornecedores
reduções de preço, isso tem que ser urgente e o tempo disponível é pequeno. A direção, então,
solicitou resolver o problema utilizando a Curva ABC da tabela a seguir: (POZO, 2004).
42

Tabela 4 - Dados de Estoque


Custo/Unid. Consumo/Mês Valor Mensal
Peça Nome R$ Peças R$
A-1C Eixo 20,00 100 2.000,00
A-1B Porca 0,50 1.000 5,00
A-2A Parafuso 1,00 100 100,00
A-2B Polia 10,00 2.000 20.000,00
C-1A Anel 2,50 1.000 2.500,00
C-1B Anel liso 1,50 50 75,00
A-1A Chaveta 0,50 80 40,00
B-2A Mola 3,00 5.000 15.000,00
C-1C Arruela 0,50 20 10,00
A-1X Eixo 50,00 500 25.000,00
A-1D Eixo 5,00 600 3.000,00
A-2D Placa 1,00 1.000 1.000,00
A-3B Polia 8,00 1.000 8.000,00
C-2A Aro 2,20 400 880,00
C-2B Anel fixo 1,50 100 150,00
A-2A Chave 0,50 100 50,00
B-2A Luva 3,00 150 450,00
C-2C Pino 0,70 200 140,00

Fonte: POZO, 2004

Depois de levantados os dados do estoque, será ordenado de acordo com o valor


total de cada item em ordem decrescente, veja tabela a seguir:
43

Tabela 5 - Montagem da Curva ABC


I Custo/Unid.
P Consumo Valor/Mês R$
Item Peça R$ peças Total Acum. %
01 A-1X 50,00 500 25.000,00 25.000,00 31,7
A 02 A-2B 10,00 2.000 20.000,00 45.000,00 57,0
03 B-2A 3,00 5.000 15.000,00 60.000,00 76,1
04 A-3B 8,00 1.000 8.000,00 68.800,00 86,2
B 05 A-1D 5,00 600 3.000,00 71.000,00 90,0
06 C-1A 2,50 1.000 2.500,00 73.500,00 93,2
07 A-1C 20,00 100 2.000,00 75.500,00 95,7
08 A-2D 1,00 1.000 1.000,00 76.500,00 97,0
09 C-2A 2,20 400 880,00 77.380,00 98,1
10 A-1B 0,50 1.000 500,00 77.880,00 98,7
11 B-2A 3,00 150 450,00 78.330,00 99,3
12 C-2B 1,50 100 150,00 78.330,00 99,5
C 13 C-2C 0,70 200 140,00 78.480,00 99,7
14 A-2A 1,00 100 100,00 78.620,00 99,8
15 C-1B 1,50 50 75,00 78.795,00 99,9
16 A-2A 0,50 100 50,00 78.845,00 99,94
17 A-1A 0,50 80 40,00 78.885,00 99,99
18 C-1C 0,50 20 10,00 78.895,00 100
Total acumulado 78.895,00 100
Fonte: POZO, 2004

Para montagem da Curva ABC foram adotados os critérios anteriormente


enunciados para a tomada de decisão a montagem da Curva ABC da tabela anterior. (POZO,
2004).

Classe A = 17% dos itens correspondem a 76% do valor total;


Classe B = 22% dos itens correspondem a 20% do valor total;
Classe C = 61% dos itens correspondem a 4% do valor total.
44

Pozo (2004, p. 95), conclui com este exemplo, que os itens A-1X, A-2B e B-2A
correspondem a 76% do dinheiro envolvido em materiais e apenas 17% dos itens a ser
negociados.
Contudo, a Curva ABC é apresenta uma gama de aplicações, podendo ser
utilizada em empresas de pequeno porte, médio e grande porte, ou seja, desde empresas que
possuem sistemas informatizados quanto àquelas que fazem seu próprio planejamento.
(DIAS, 2012).

2.8 UML (UNIFIED MODELING LANGUAGE)

A UML (Unified Modeling Language que em português se traduz para


Linguagem de Modelagem Unificada) é a notação mais utilizada em especificações, não
somente para aplicações estruturais, comportamentais e arquiteturais, mas também para
modelo de negócios e estrutura de dados (UML, 2012).
A notação UML unifica cada etapa de desenvolvimento e integração a partir da
modelagem de negócio, através da modelagem de arquitetura e aplicação para o
desenvolvimento, implantação, manutenção e evolução dos sistemas (UML, 2012).
Segundo Fowler (2005), a notação é o marial gráfico que é visto nos modelos de,
ou seja, ela é a sintaxe gráfica da linguagem de modelagem.

2.9 ERP (ENTERPRISE RESOURCE PLANNING)

O ERP (Enterprise Resource Planning ou planejamento dos recusos corporativos)


é um conjunto de sistemas que tem por objetivo otimizar a gestão e auxiliar as empresas a
atingir seus objetivos. O ERP é um sistema que utiliza o mesmo banco de dados para e
interage com todas as áreas da empresa facilitando o fluxo de informação em todas as áreas da
empresa. De tal forma, que é possível monitorar todas as operações em tempo real e de forma
integrada (MSBRASIL, 2013).
45

2.10 CRM (CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT)

Segundo Ascenção (2013), um CRM (Customer Relationship Management ou


Gerenciamento de Relacionamento com Clientes) é uma filosofia que permite desenvolver
técnicas de gestão de relacionamento com o cliente, visando melhorar sua fidelidade e
confiança ao longo do tempo. Com isto, busca-se melhorar a competitividade das empresas e
assim melhorar a rentabilidade das empresas, de tal forma que, maximize a taxa de retorno do
investimento.

2.11 WEB SERVICE

Um Web Service é uma solução utilizada para integrar sistemas entre diferentes
aplicações, ou seja, através dela é possivel conectar uma nova solução com um sistema já
existente, inclusive de outras plataformas, fazendo assim que sejam compatíveis. Um Web
Service traz agilidade e eficiência nos processos de comunicação, além de ser dinâmica e
segurança, pois não há intervenção humana no processo. A base de um Web Service são os
padrões XML e SOAP, ou seja, os dados são transferidos no formato XML e são
encapsulados pelo protocolo SOAP, sendo o transporte normalmente realizado via protocolo
HTTP (OFICINA DA NET, 2013).

2.12 SOA (SERVICE-ORIENTED ARCHITECTURE)

SOA (Serviço Orientado a Arquitetura) é um dos mais recentes conceitos da


informática, SOA é melhor definido como individualização de projetos, ou seja, cada projeto
de negócio possui uma flexibilidade e serviços definidos e destintos, além disso, SOA é
incremental e permite escalabilidade de sistemas (IBM, 2013).
46

Ainda para IBM (2013), SOA ajuda a criar um grande alinhamento entre a TI
(Tecnologia da Informação) e a camada de negócios, pois gera uma grande flexibilidade de
serviços, de tal forma que pode ajudar na reutilização de sistemas e fazer uma grande
integração entre diferentes sistemas.
47

3 MÉTODO

Neste capítulo são apresentados o tipo de pesquisa para a elaboração deste


trabalho, bem como o planejamento das atividades, a proposta de solução e suas delimitações.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA

Segundo Silva e Menezes (2001) “pesquisa é um conjunto de ações, propostas


para encontrar a solução para um problema, que têm por base procedimentos racionais e
sistemáticos. A pesquisa é realizada quando se tem um problema e não se tem informações
para solucioná-lo”.
As pesquisas podem ser classificadas de diversas formas, de acordo com Silva e
Menezes (2001), as formas clássicas de classificação são do ponto de vista da sua natureza:
pesquisa básica e pesquisa aplicada. E do ponto de vista da forma de abordagem do
problema, são classificadas em: pesquisa quantitativa e pesquisa qualitativa.
Para este trabalho, quanto à classificação do ponto de vista da sua natureza, será
utilizada a pesquisa aplicada, que de acordo com Silva e Menezes (2001), tem por objetivo
gerar novos conhecimentos para aplicações práticas dirigidos a solucionar problemas
específicos.
Quanto à classificação do ponto de vista da forma de abordagem, neste trabalho
será utilizada a pesquisa qualitativa, onde não há uso de recursos e técnicas estatísticas para
avaliação. (SILVA; MENEZES, 2001).
48

3.2 ETAPAS METODOLÓGICAS

Para o desenvolvimento deste trabalho serão necessárias algumas etapas, cada


uma com sua devida importância. A seguir são apresentadas resumidamente as etapas para a
elaboração deste projeto.
 Fundamentação teórica: nesta etapa é realizada a pesquisa bibliográfica para o
embasamento teórico necessário, de tal forma que os assuntos deste trabalho
sejam melhor esclarecidos. Para isso foram utilizados livros e artigos.
 Modelagem: para esta outra etapa, serão utilizados diagramas definidos pela
UML (Unified Modeling Language), conforme (UML, 2012) para visualizar o
desenho do projeto. Para isso será seguido o processo ICONIX, que é
composto pelos principais diagramas, que são: domínio, casos de uso,
robustez, sequência e classe.
 Implementação: após a modelagem, será realizada a implementação do
projeto, ou seja, o desenvolvimento do sistema propriamente dito. Nesta etapa
o projeto será codificado, testado, implementado e validado por profissionais
da área.
 Documentação final: está é a última etapa, nela serão apresentados os
resultados finais obtidos com a implementação do sistema.

3.3 PROPOSTA DE SOLUÇÃO

Sistemas de controle de estoque existem vários disponíveis, inclusive alguns


gratuitos. Porém, conforme pesquisas realizadas na internet nos sistemas já existentes,
percebeu-se que sistemas que além de fazer o controle de estoque, façam a previsão de
estoque, possuam relatórios diferenciados, e auxiliem os gestores das empresas a manterem
seus estoques sempre num nível mais proveitoso possível ainda são inovadores no mercado
brasileiro, por isso o enfoque deste projeto é trazer algo novo e diferenciado.
Este trabalho tem como proposta desenvolver um sistema com duas interfaces, um
sistema web com interface gráfica que poderá ser acessado a partir de navegadores de
49

internet, popularmente conhecidos como browsers, e um sistema padronizado de


comunicação web baseado em XML, SOAP, WSDL e outras tecnologias denominado Web
Service (WORLD WIDE WEB CONSORTIUM, 2012) que poderá ser integrado a sistemas já
existentes ou até mesmo serem desenvolvidos outros sistemas a partir dele. A figura 1 mostra
uma visão geral da arquitetura tecnológica proposta. O sistema web será desenvolvido
utilizando a tecnologia Microsoft e utilizando a linguagem de programação orientada a
objetos Microsoft C# (OFICINA DA WEB, 2012), o Web Service será desenvolvido
utilizando a tecnologia Microsoft WCF (Windows Communication Foundation) que fornece
um modelo unificado de programação para construção de aplicações distribuídas orientadas a
serviço (SOA), com servidor de aplicações Microsoft Windows Server que é líder de mercado
e controla os maiores datacenters (MICROSOFT WINDOWS SERVER, 2012). Como banco
de dados será utilizado o Microsoft SQL Server, um servidor abrangente, com alto nível de
desempenho, disponibilidade e segurança (MICROSOFT SQL SERVER, 2012).

Figura 1 – Arquitetura da proposta de sistema

Fonte: O Autor (2012)

Na aplicação web será possível realizar: cadastros, edições e exclusões de


usuários, fornecedores, clientes, produtos, categorias de produtos, entrada e saída de produtos.
Também serão disponibilizados relatórios, gráficos, serão exibidas mensagens de alerta e
serão enviados emails alertando alguma anormalidade com o estoque, por exemplo: o estoque
mínimo de determinado produto foi atingido.
Já no módulo de Web Service serão disponibilizados todos os cadastros e
relatórios, assim como na aplicação, porém não serão enviados emails nem serão
50

disponibilizados os gráficos. Com isso, o Web Service torna-se totalmente independente e a


partir dele podem ser desenvolvidos outros sistemas ou acoplados a sistemas já existentes,
como ERPs, CRMs e os próprios sistemas das empresas, dessa forma, facilitando a integração
com os sistemas que uma determinada empresa já utiliza. A figura 2 mostra o detalhamento
da arquitetura de solução técnica, já apresentando alguns dos componentes do sistema.

Figura 2 – Arquitetura da proposta de solução

Fonte: O Autor

Como pode ser percebido na figura 2, o sistema terá três principais


funcionalidades: cadastros, relatórios e alertas com avisos por email e avisos em tela. O
acesso ao sistema será realizado de forma protegida por meio de login e senha, após isto o
usuário terá acesso a essas funcionalidades de acordo com o seu perfil de acesso e, portanto,
terá acesso as funcionalidades do sistema.
51

3.4 DELIMITAÇÕES

Como visto, o sistema terá seu foco na previsão de estoque, controle de produtos e
relatórios. Contudo, alguns tópicos não serão abordados neste projeto e serão descritos a
seguir.
Por se tratar de um sistema de previsão e controle de estoque, nesse primeiro
momento o sistema não contará com controle de custos e transações financeiras, tal como
juros, impostos e tributações. Além disso, não será implementada compra e venda de
produtos, apenas entrada e saída de produtos, isso tudo devido ao tempo disponível para o
desenvolvimento do projeto.
52

4 METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO

Neste capítulo são apresentados as metodologias de desenvolvimento, bem com as


modelagens para o desenvolvimento do sistema de previsão de estoque.

4.1 REQUISITOS

Esta etapa corresponde a compreensão do problema aplicado ao desenvolvimento


do software, tendo como principal objetivo o entendimento que usuários e desenvolvedores
tenham a mesma visão do problema a ser resolvido (BEZERRA, 2002).
Ainda segundo Bezerra (2002), os requisitos podem ser definidos em duas
categorias: requisitos funcionais e requisitos não-funcionais.
A seguir serão apresentados estes requisitos.

4.1.1 REQUISITOS FUNCIONAIS

Os requisitos funcionais definem as funcionalidades do sistema, ou seja, quais


serão as funcionalidades práticas (BEZERRA, 2002).
Na figura a seguir são apresentados os requisitos funcionais.
53

Figura 3 – Requisitos Funcionais

Fonte: O Autor (2012)

4.1.2 REQUISITOS NÃO-FUNCIONAIS

Os requisitos não-funcionais indicam as características de qualidade que o sistema


deve possuir e que estão diretamente ligados às suas funcionalidades, essas características são
tais como: segurança, desempenho, portabilidade (BEZERRA, 2002).
A seguir são apresentados os requisitos não-funcionais.
54

Figura 4 – Requisitos Não Funcionais

Fonte: O Autor (2012)

4.2 CASOS DE USO

Segundo Bezerra (2002), caso de uso é a especificação de uma sequência passo a


passo de interações entre sistemas e agentes externos, definindo uma parte da funcionalidade
do sistema.
Os casos de uso são muito reconhecidos e com uma parte importante na UML. Os
casos de uso servem para descrever as interações típicas entre os usuários de um sistema e o
próprio sistema, fornecendo uma narrativa de como o sistema é utilizado. Eles representam
uma visão externa do sistema, os casos de uso são uma ferramenta valiosa para ajudar no
entendimento dos requisitos funcionais de um sistema.
Para o desenvolvimento deste projeto, os casos de uso foram modelados para
atender os requisitos e mostrar uma visão de como será o sistema e suas funcionalidades, na
figura a seguir é apresentado o diagrama de casos de uso.
55

Figura 5 – Diagrama de Casos de Uso

Fonte: O Autor (2012)

E na tabela a seguir é apresentado o caso de uso UC02 – CRUD Usuários, este


caso de uso mostra os fluxos de cadastro, edição, exclusão e listagem de usuários do sistema.

Tabela 6 – UC02 – CRUD Usuários


Caso de Uso UC02 – CRUD Usuários
Descrição Efetua o cadastro, edição, listagem e exclusão de
usuários no sistema
Pré Condições UC01 – Efetua Login
Pós Condições Gerenciar os usuários do sistema
Fluxo Principal 1. O usuário clica no link “usuários” no menu do
sistema
2. O sistema exibe uma lista com os usuários
cadastrados no sistema
3. O sistema exibe as seguintes opções na tela:
3.1 Cadastrar [Fluxo alternativo 1]
3.2 Editar [Fluxo alternativo 2]
3.3 Excluir [Fluxo alternativo 3]

Fluxos Alternativos 1 – Cadastrar


1.1 O sistema apresenta uma página com as
56

informações para cadastro


1.2 O usuário digita as informações nos
campos requeridos
1.3 O sistema faz uma requisicão para o
webservice cadastrar as informações
1.4 O webservice armazena as informações
no banco de dados
1.5 O sistema exibe uma mensagem de
cadastro realizado com sucesso.
2 – Editar
2.1 O sistema apresenta uma página com as
informações para cadastro
2.2 O usuário digita as informações nos
campos requeridos
2.3 O sistema faz uma requisição para o
webservice atualizar as informações
2.4 O webservice atualiza as informações no
banco de dados
2.5 O sistema exibe uma mensagem de
cadastro atualizado com sucesso.
3 – Excluir
3.1 O sistema faz uma requisição para o
webservice excluir o registro
3.2 O webservice exclui o registro do banco
de dados
Fonte: O Autor (2012)

4.3 DIAGRAMAS DE ROBUSTEZ

O Diagrama de Robustez não existe na UML (Unified Modeling Language),


porém é utilizado em processos ICONIX e geralmente é um diagrama de estereótipos entity,
boundary e control. É um diagrama que tem por função verificar se o texto de caso de uso
está correto e verificar de forma preliminar o conjunto de objetos que irão participar do caso
de uso (DELFIM, 2008).
Na figura a seguir, o diagrama de robustez para o desenvolvimento do sistema,
está dividido entre a aplicação web e o web service e foram desenvolvidos genericamente
atendendo os requisitos de todos os casos de uso.
57

Figura 6 – Diagrama de Robustez

Fonte: O Autor (2012)

4.4 DIAGRAMAS DE SEQUÊNCIA

Os diagramas de sequência geralmente apresenta o comportamento de apenas um


cenário, mostrando exemplos de objetos e mensagens que são passadas entre os objetos de um
caso de uso (FOWLER, 2005).
No diagrama de sequência a seguir, é exibida a sequência dos fluxos de
mensagens e objetos do fluxo de efetuar login do sistema, onde os demais fluxos seguem o
mesmo raciocínio.
58

Figura 7 – Diagrama de Sequência – Efetua Login

Fonte: O Autor (2012)


59

4.5 DIAGRAMAS DE CLASSE

De acordo com Fowler (2005), diagrama de classes descrevem quais objetos e os


tipos de objetos presentes no sistema e os relacionamentos estáticos entre eles, além disso,
mostram as propriedades e as operações de uma classe.
As propriedades representam as características estruturais da classe, em outras
palavras, as propriedades correspondem aos campos de uma classe. E a notação atributos
descreve uma propriedade como uma linha de texto dentro da caixa de classe (Fowler, 2005).

Figura 8 – Diagrama de Classe – Usuários

Fonte: O Autor (2013)


60

5 DESENVOLVIMENTO

Neste capítulo são apresentados o histórico de desenvolvimento com um breve


resumo de cada etapa, as tecnologias e ferramentas que foram utilizadas com uma descrição
de cada uma delas, a descrição e as principais telas do sistema e por fim a validação do
sistema.

5.1 HISTÓRICO DE DESENVOLVIMENTO

Primeiramente foi realizada uma pesquisa na internet avaliando os atuais sistemas


de previsão de estoque no mercado, foram levantados os prós, os contras, e principalmente o
que ainda não existia e o que poderia ser melhorado.
A partir desta pesquisa e seguindo a metodologia ICONIX que foi escolhida como
metodologia de desenvolvimento, foram levantados os requisitos do sistema, em sequência
foram criados os diagramas e por fim o desenvolvimento do sistema.

5.2 TECNOLOGIAS E FERRAMENTAS

Para o desenvolvimento da proposta de solução, serão utilizadas diversas


tecnologias e ferramentas (softwares) que são especificados a seguir.
61

5.2.1 C# - A Linguagem de Programação

A linguagem de programação C# (se lê C Sharp) é uma linguagem simples, porém


poderosa e também ideal para desenvolver aplicações web com o ASP.NET. É uma
linguagem evoluída do C e C++, que além de utilizar muitas características do C++, como
declarações, expressões e operadores, possui um mecanismo chamado Garbage Collector
(Coletor de Lixo), que de forma automática gerencia a memória utilizada das aplicações
facilitando o desenvolvimento (LOTAR, 2007).
Ainda segundo Lotar (2007), C# é uma linguagem orientada a objetos, sendo
assim, existe a capacidade de uma classe herdar características ou métodos de outras classes.
Todos os programas desenvolvidos em C# devem ser compilados e geram arquivos com a
extensão DLL ou EXE. E assim compilados, tornam a execução dos programas mais rápidas
do que as linguagens de script que geralmente são utilizadas na internet.

5.2.2 MICROSOFT VISUAL STUDIO

De acordo com a MSDN (2013):


“O Visual Studio é um pacote de ferramentas de desenvolvimento de software
baseadas em componentes e outras tecnologias para a criação de aplicativos
avançados de alto desempenho. Além disso, o Visual Studio é otimizado para
projeto, desenvolvimento e implantação em equipe usando Team Foundation
Service ou Team Foundation Server.”

5.2.3 SQL SERVER

Banco de dados é um conjunto de informações relacionadas a determinado objeto


ou assunto, sendo as informações armazenadas em tabelas. Tabelas é um conjunto de dados
sobre um tópico específico, onde são armazenados dados em colunas (campos) e em registros
(linhas) (LOTAR, 2007).
62

Ainda segundo Lotar (2007), para realizar as consultas e transações no banco de


dados, é utilizada a linguagem de consulta estruturada SQL (Structed Query Language), que
se divide em:
 Linguagem de consulta de dados (DQL – Data Query Language)
 Linguagem de manipulação de dados (DML – Data Manipulation Language)
 Linguagem de definição de dados (DDL – Data Definition Language)
“O Microsoft SQL Server é um servidor de banco de dados abrangente, pronto
para as cargas de trabalho corporativas mais exigentes” (MICROSOFT SQL SERVER, 2012).

Na figura abaixo é apresentado o diagrama de entidade-relacional (ER) do banco


de dados utilizado pelo sistema.

Figura 9 – Diagrama Entidade Relacionamento

Fonte: O Autor (2013)


63

5.2.4 WCF (Windows Communication Foundation)

Windows Communication Foundation (WCF) é um modelo de programação


unificada da microsoft para contrução de Serviços Orientados à Arquitetura (SOA). Permite
desenvolvedores criarem soluções seguras, confiáveis e negociadas. Além do mais, pode
interagir com todas as plataformas, seguindo o conceito de interoperabilidade (MSDN, 2012).

5.2.5 MVC C# (Model View Controller)

MVC C# é um modelo usado para aplicações web, ele é dividido em 3 camadas.


A Model é a camada que representa os dados da aplicação, as regras de negócio do acesso e
modificadores dos dados, a camada View é a responsável por renderizar as informações e
enviar para a camada de controle as ações do usuário, ela também acessa os dados do
controlador (controller) determinando como os dados devem ser manipulados, a camada
Controller é onde fica a regra de negócio do sistema, ela interpreta as ações dos usuário
(View) e as mapeia para as chamadas do modelo (Model) (LEMOS, 2013).
64

Figura 10 – Modelo MVC

Fonte: Lemos (2013)

5.3 DESCRIÇÃO DO SISTEMA

Conforme planejado, foram desenvolvidos dois sistemas, um sistema Web Service


que se comunica somente com o Banco de Dados e um outro sistema Web que utiliza apenas
o Web Service como fonte de dados.
A seguir são apresentados cada um desses sistemas.

5.3.1 WCF/ Web Service

O serviço WCF de controle e previsão de estoque desenvolvido neste projeto, é


um serviço disponibilizado na web que poderá ser acessado por qualquer outro sistema por
requisições HTTP através de métodos GET ou POST e é exposto para consumo através do
endpoint (MSDN WCF, 2013).
65

Através da interoperabilidade do serviço WCF, ele poderá ser acoplado em


qualquer sistema já existente, podendo ser aplicado nos ERP (Enterprise Resource Planning),
CRM (Customer Relationship Management) e inclusive nos próprios sistemas internos de
cada empresa. Com isso, torna-se mais fácil, barato e acessível fazer o uso dos serviços
disponibilizados nesse projeto.
Para fazer uso deste serviço WCF, o cliente precisa criar um proxy para se
comunicar com o serviço WCF, após isso, deverá referenciar o serviço em seu código como
faria com qualquer outro objeto (MSDN WCF, 2013).
A seguir, veja um exemplo de utilização na linguagem C#.

private void Button1_Click(Object sender, eventArgs e)


{
ProductWCF.ProductClient client = new ProductWCF.ProductClient();
client.SaveOrUpdate(txtSession.Text, GetProduct());
}

O serviço WCF é semelhante aos conhecidos sistemas Web Service, só que com a
grande vantagem de poder trabalhar diretamente com um objeto e não precisar fazer
manipulação de XML para fazer cada transação serializando e desserializando as mensagens
em string. Sem contar as outras vantagens, como: objetos tipados, tempo de comunicação,
tempo de desenvolvimento, entre outras.
Para este projeto, foram desenvolvidos os seguintes serviços e suas operações:

Tabela 7 – WCF – Serviços e Operações


Nome do Serviço Operação/Função
Endereços - PesquisaPorID;
- SalvarOuAtualizar;
Marcas - PesquisarTodas;
- PesquisarPorId;
- SalvarOuAtualizar;
- Excluir;
Cidades - PesquisarTodas;
- PesquisarPorId;
66

- SalvarOuAtualizar;
Empresas - PesquisarTodas;
- PesquisarPorId;
- SalvarOuAtualizar;
- Excluir;
Países - PesquisarTodos;
- PesquisarPorId;
- SalvarOuAtualizar;
Categorias de Produtos - PesquisarTodas;
- PesquisarPorId;
- SalvarOuAtualizar;
- Excluir;
Entrada de Produtos - ObterEntradasMensal;
- PesquisarEntradasPorEmpresa;
- PesquisarEntradasPorCategoriaProduto;
- PesquisarPorId;
- SalvarOuAtualizar;
- Excluir;
Saída de Produtos - ObterTotalDeVendasMensal;
- PesquisarSaidasPorEmpresa;
- PesquisarSaidarPorCategoriaProduto;
- PesquisarPorId;
- SalvarOuAtualizar;
- Excluir;
Produtos - PesquisarProdutosPorEmpresa;
- PesquisarProdutosPorCategoria;
- PesquisarProdutoPorId;
- SalvarOuAtualizar;
Excluir
Relatórios - ObterLista;
- ObterRelatorios;
- ObterRelatorioCurvaABC;
Estados - PesquisarTodos;
67

- PesquisarPorId;
- SalvarOuAtualizar;
Usuários - PesquisarTodos;
- PesquisarPorId;
- SalvarOuAtualizar;
- Login;
- Excluir;
Fonte: O Autor (2013)

Como descrito anteriormente, com o serviço WCF é possível qualquer aplicação


já existente integrar ao seu sistema e usufruir dos recursos deste projeto, e também, novas
aplicações podem fazer a utilização do sistema. Podendo ser aplicado em qualquer linguagem
que aceite requisições HTTP, podendo ser utilizado em aplicações JAVA, PHP e muitas
outras linguagens por exemplo.

5.3.1.1 Segurança/Autenticação

Para acessar cada serviço e suas respectivas operações, é obrigatório enviar um


“token/chave” de segurança para fazer a autenticação do usuário no sistema. Para obter o
token é necessário fazer a operação de Login, veja a seguir um exemplo de como deverá ser
feito o login na linguagem de programação C#:

private void Login_Click(Object sender, eventArgs e)


{
UserWCF.UserClient client = new UserWCF.UserClient();
string token = client.Login(txtUsername.Text, txtPassword.Text);
}

Após feito o login, deve-se guarder o token de segurança e deverá ser enviado em
cada transação dos serviços WCF desenvolvido, dessa forma, sabe-se qual usuário está
realizando cada transação, caso contrário, não será possível efetuar a transação requerida.
68

5.3.2 Web Site

Além do sistema WCF apresentado anteriormente, também foi desenvolvido para


este projeto um Web Site que utiliza somente os serviços do sistema WCF/Web Service
criado, sem acesso à banco de dados ou qualquer outra fonte de dados, ou seja, o web site que
será apresentado a seguir só utiliza como fonte de dados o serviço WCF de controle e
previsão de estoque criado.
A seguir, serão apresentadas as principais telas do sistema e suas devidas
funcionalidades.

5.3.2.1 Apresentação do Sistema (Web Site)

A seguir, são apresentadas as principais telas do sistema com uma breve descrição
das funcionalidades de cada uma delas. O acesso ao Web Site se dá através de login e senha
previamente cadastrados no banco de dados.
A figura a seguir apresenta a tela de login do sistema, nela o usuário deverá digitar
seu login e sua senha e em seguida clicar no botão “Enviar”.
69

Figura 11 – Tela de Login

Fonte: O Autor (2013)

A figura 12 representa a tela inicial do sistema com os menus disponíveis.

Figura 12 – Tela Inicial

Fonte: O Autor (2013)


70

A próxima figura apresenta a lista de produtos cadastrados no sistema, juntamente


com um botão “criar” para adicionar um produto, um botão “editar” para atualizar os dados de
um produto e um botão “excluir” para remover um produto.

Figura 13 – Tela de Listagem de Produtos

Fonte: O Autor (2013)

A figura seguinte apresenta a página com formulário para cadastro de produtos.


Ao clicar no botão “Salvar”, o sistema valida se todos os campos obrigatórios foram
preenchidos, caso sim, o sistema apresenta uma mensagem de sucesso, caso contrário,
apresenta uma mensagem de erro.
71

Figura 14 – Tela de Cadastro de Produtos

Fonte: O Autor (2013)

A figura 15 apresenta a tela com a Curva ABC de produtos cadastrados no


sistema, ordenados pela ordem de importância da Curva ABC, primeiro os produtos de nível
A, depois B e por últimos os produtos com nível C.
72

Figura 15 – Tela de Relatório Curva ABC

Fonte: O Autor (2013)

A próxima figura apresenta a tela de relatórios do sistema, com gráfico de vendas


e também apresenta as previsões de estoque com as formulas estatísticas apresentadas neste
trabalho.
73

Figura 16 – Tela de Relatórios e Previsões de Estoque

Fonte: O Autor (2013)


74

5.4 VALIDAÇÃO DO SISTEMA

A validação do sistema foi realizada em duas etapas, a primeira foi realizada pelo
autor realizando testes funcionais do sistema, análises de usabilidade e ação do sistema nos
navegadores Internet Explorer 9.0, Mozilla Firefox 20.0 e no Google Chrome 27.0.
E por último, foi realizada a validação do sistema por um profissional da área de
Logística, avaliando as fórmulas aplicadas no projeto, a usabilidade do sistema, validando os
gráficos e os relatórios que nele foram aplicados.
Esta terceira e última etapa de validação, foi realizada pelo professor titular da
Universidade do Sul de Santa Catarina Moacir Fogaça, também é cordenador do curso de
Tecnologia em Logística na Unisul Virtual. Possui graduação em Engenharia Operacional
Industrial pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1980), graduação em Tecnologia
Eletrônica pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1980), graduado em Tecnologia em
Gestão Financeira pela Unisul em 2009. Possui larga experiência em Engenharia Elétrica,
com ênfase em Engenharia Elétrica e Telecomunicações, atuando principalmente nas áreas de
logística, qualidade, internet e ensino a distância.
Através da validação realizada junto ao especialista, foi observado que os cálculos
para previsão de estoque estavam corretos e sem erros, e também foram levantados alguns
erros nos cálculos do estoque de segurança, ponto de pedido, giro de produtos e cobertura de
estoques. As devidas correções foram realizadas e o sistema encontra-se com os cálculos dos
relatórios propostos corretos.
75

6 CONCLUSÕES E OBJETIVOS ALCANÇADOS

Neste capítulo são apresentada as conclusões obtidas na elaboração deste trabalho,


as dificuldades encontradas durante o desenvolvimento, bem como sugestões para trabalhos
futuros.

6.1 CONCLUSÕES

Este trabalho teve como principal objetivo desenvolver sistemas de informação


com base em técnicas de TI e fórmulas matemáticas aplicadas à logística.
Foi desenvolvidos um sistema composto por um Web Service que é o sistema
principal e um Web Site que apenas utiliza o Web Service desenvolvido como fonte de
alimentação para realizar todas as transações necessárias, como fazer autenticação, realizar
cadastros, editar conteúdo e exibir os registros cadastrados. No Web Site, através dos registros
retornados pelo Web Service, foram desenvolvidas páginas web para fazer os cadastros de
forma mais amigável, além disso, com os dados foram criados gráficos para uma melhor
interpretação e visualização dos relatórios.
Para a elaboração deste projeto foram observadas algumas dificuldades, como
desenvolver os métodos com os cálculos matemáticos para previsão de estoque e desenvolver
em tempo hábil todo o projeto proposto.
O Web Service desenvolvido, por ser uma aplicação independente e por ter a
possssibilidade de ser utilizada por qualquer tecnologia web, possui uma grande vantagem no
mercado atual por poder ser incluída num sistema já existente, ou seja, o Web Service
desenvolvido para este projeto poderá ser incluído em um Web Site já existente, em um ERP
já existente, poderá ser desenvolvidos sistemas Mobile para usufruir as funcionalidades do
Web Service, de tal forma que o sistema seja utilizado por diferentes aplicações. Além do
mais, por ser um sistema independente e online, sempre que houver atualizações no Web
Service, todos os sistemas que fazem o uso dele serão atualizados automaticamente sem a
necessidade de instalação ou atualização local do sistema que o utiliza.
76

Com o desenvolvimento dos sistemas acima descritos, observa-se que os objetivos


apresentados no início deste trabalho foram alcançados, nos objetivos estavam previstos o
desenvolvimento de um sistema baseado em tecnologia web, bem como a utilização de
técnicas de logísticas e por fim o desenvolvimento de relatórios através dos dados
armazenados no histórico.
Para as etapas do desenvolvimento do projeto, foi utilizada a metodologia
ICONIX que propõe a elaboração dos diagramas, que são: domínio, casos de uso, robustez,
sequência e classe.
Foi utilizada a tecnologia Microsoft para o desenvolvimento do sistema, o banco
de dados utilizado foi o Microsoft SQL Server, o Web Service foi desenvolvido com a
tecnologia Microsoft WCF (Windows Communication Foundation) e o Web Site foi
desenvolvido com a tecnologia Microsoft MVC (Model View Controller).
A validação do sistema foi realizada por um especialista da área de Logística que
é professor de Logística e também é cordenador do curso de Tecnologia em Logística na
Unisul Virtual.
De forma geral, este projeto atende os requisitos nele propostos, bem como
atendeu os objetivos levantados no início do projeto. Com isto, agora pode-se dar sequência
no projeto implementando novas funcionalidades que será descrito a seguir.

6.2 TRABALHOS FUTUROS

Mesmo atendendo bem os objetivos propostos neste projeto, ainda são percebidas
algumas melhorias no sistema desenvolvido. A seguir são listadas as melhorias observadas:

 Implementação mais completa de compra e vendas de produtos;


 Controle de custos e transações financeiras no Web Service;
 Melhorar algumas validações e tratamento de erros;
 Permitir estoque negativo no sistema, pois pode ser vendido um produto sem
estoque e este produto ser comprado do revendedor, desta forma não bloqueia
a venda de produtos;
77

 Elaborar uma documentação explicando como devem e para que serve cada
relatório;
78

REFERÊNCIAS

ASCENÇÃO, Carlos Pinto. CRM (Customer Relationship Management). Disponível em:


<http://www.portalwebmarketing.com/Marketing/CRM%28CustomerRelationshipManageme
nt%29/tabid/955/Default.aspx>. Acesso em: 2 jul. 2013.

BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. 1.


ed. São Paulo: Atlas, 1993, 616 p.

BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento,


organização e logística empresarial. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2001, 532 p.

BECKDORFF, Irzo A. Administração de recursos materiais e patrimoniais. 1. ed. Indaial:


Uniasselvi, 2009, 72 p.

BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. 1.


ed. São Paulo: Saraiva, 2005, 509 p.

BEZERRA, Eduardo. Princípoios de Análise e Projeto de Sistemas com UML: Um guia


prático para modelagem de sistemas orientados a objetos através da Linguagem de
Modelagem unificada. 1. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos:


estratégias para a redução de custos e melhoria dos serviços. 1.ed. São Paulo: Pioneira,
2001. 240 p.

DELFIM, Samuel Martins. Diagrama de Robustez. 2008. Disponível em: <


http://www.portalarquiteto.com.br/diagrama-de-robustez/>. Acesso em: 3 dez. 2012.

DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: princípios, conceitos e gestão. 6. ed.


São Paulo: Atlas, 2012.

FOWLER, Martin. AUML Essencial: Um breve guia para a linguagem-padrão de


modelagem de objetos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

IBM. What is SOA?. Disponível em: < http://www-01.ibm.com/software/solutions/soa/what-


is-soa.html/>. Acesso em: 4 abr. 2013.

LEMOS, Tiago. O que é o MVC - Model View Controller. Disponível em:


<http://www.tiagolemos.com.br/2009/07/10/o-que-e-o-mvc-model-view-controller/>. Acesso
em: 15 mai. 2013.

LOTAR, Alfredo. Como programar com Asp.net e C#. 1. ed. São Paulo: Novatec Editora,
2007.

MACHADO, Léia. Software nacional diante dos gargalos. 2012. Disponível em: <
http://www.decisionreport.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=11802&sid=2
9>. Acesso em: 1 set. 2012.
79

MACORATTI, José Carlos. Desenvolvendo para desktop ou para Web ?. 2012. Disponível
em: < http://www.macoratti.net/vbn_dkwb.htm>. Acesso em: 3 set. 2012.

MICROSOFT WINDOWS SERVER. Microsoft Server and Cloud Platform. Disponível


em: <http://www.microsoft.com/pt-br/server-cloud/windows-server/2012-default.aspx>.
Acesso em: 29 out. 2012.

MICROSOFT SQL SERVER. Microsoft SQL Server. Disponível em:


<http://www.microsoft.com/sqlserver/pt/br/default.aspx>. Acesso em: 29 out. 2012.

MSBRASIL. Entenda o conceito de ERP. Disponível em: <


http://msbrasil.com.br/blog/dicas/conceito-erp/>. Acesso em: 02 jul. 2013.

MSDN. Windows Communication Foundation. Disponível em:


<http://msdn.microsoft.com/en-us/library/dd456779.aspx>. Acesso em: 04 out. 2012.

MSDN. Visual Studio. Disponível em: < http://msdn.microsoft.com/pt-


br/vstudio/cc136611>. Acesso em: 04 abr. 2013.

MSDN WCF. Os serviços do Windows Communication Foundation e serviços de dados


do WCF em Visual Studio. Disponível em: < http://msdn.microsoft.com/pt-
br/library/vstudio/bb907578.aspx>. Acesso em: 21 mai. 2013.

OFICINA DA NET. O que é Web Service?. Disponível em:


<http://www.oficinadanet.com.br/artigo/447/o_que_e_web_service>. Acesso em: 3 jul. 2013.

OFICINA DA WEB. C# (CSharp) o que é está linguagem?. Disponível em:


<http://www.oficinadanet.com.br/artigo/526/c_sharp_csharp_o_que_e_esta_linguagem>.
Acesso em: 29 out. 2012.

PEREIRA, Leandro Marçal. Logística em expansão: tendência é de crescimento em 2011.


2011. Disponível em: < http://www.online.unisanta.br/2011/03-12/porto-1.htm>. Acesso em:
1 set. 2012.

POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem


logística. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004. 204 p.

UML. Unified Modeling Language: Disponível em: <http:// http://www.uml.org/>. Acesso


em: 25 nov. 2012.

WORLD WIDE WEB CONSORTIUM. Web of Services: Disponível em:


<http://www.w3.org/standards/webofservices/>. Acesso em: 29 out. 2012.
80
81

APÊNDICES
82

APÊNDICE A – Cronograma do Projeto

ATIVIDADES AGO SET OUT NOV DEZ FÉRIAS FEV MAR ABR MAI JUN JUL
Definição da x
Equipe e
Orientador/Te
ma/Problema/
Objetivos ou
proposta
Capítulo 1 e X
Referências
Bibliográficas
Sumário + X
Capítulo 1 +
Capítulo 2
Capítulo 3 X
Sumário + X
Capítulo 1 +
Capítulo 2 +
Capítulo 3 +
Referências
Bibliográficas
Entrega da x
Monografia
(TCC I)
Entrega do X
cronograma
Modificações x
monografia de
acordo com
correções
revisor externo
Entrega X
Modelagem
Controle e X
verificação da
proposta de
desenvolvimen
to
Entrega do X
desenvolvimen
to da proposta
Controle e X
verificação da
aplicação da
norma ABNT
Envio pelo X
orientador do
Termo de
encaminhame
nto para
Defesa Pública
de TCC
83

Agendamento X
da defesa do
TCC
Entrega final X
da monografia
Defesa Pública X
do TCC
Entrega da x
monografia
com as
correções
finais
Cronograma do Projeto
Fonte: O Autor (2012)
84

APÊNDICE B – Casos de Uso

Caso de Uso UC01 – Efetuar Login


Descrição Efetua o login para ter acesso ao sistema
Pré Condições Credenciais válidas
Pós Condições Permanecer logado no sistema
Fluxo Principal 1. O usuário na página inicial digita o login e senha e
clica no botão “enviar”
2. O sistema faz uma requisição para o web service
3. O webservice valida os dados de login
4. O usuário é redirecionado para a página inicial
com a sessão ativa.
Fluxos Exceção 1. O sistema valida os dados, login ou senha estão
incorretos
2. O sistema exibe uma mensagem “Usuário ou
Senha informados estão incorretos.”.
Diagrama de Casos de Uso – 001 – Efetuar Login
Fonte: O Autor (2012)

Caso de Uso UC03 – CRUD Fornecedores


Descrição Efetua o cadastro, edição, listagem e exclusão de
fornecedores no sistema
Pré Condições UC01 – Efetua Login
Pós Condições Gerenciar os fornecedores do sistema
Fluxo Principal 1. O usuário clica no link “fornecedores” no menu
do sistema
2. O sistema exibe uma lista com os fornecedores
cadastrados no sistema
3. O sistema exibe as seguintes opções na tela:
3.1 Cadastrar [Fluxo alternativo 1]
3.2 Editar [Fluxo alternativo 2]
3.3 Excluir [Fluxo alternativo 3]

Fluxos Alternativos 1 – Cadastrar


1.1 O sistema apresenta uma página com as
informações para cadastro
1.2 O usuário digita as informações nos
campos requeridos
1.3 O sistema faz uma requisicão para o
webservice cadastrar as informações
1.4 O webservice armazena as informações
no banco de dados
1.5 O sistema exibe uma mensagem de
cadastro realizado com sucesso.
85

2 – Editar
2.1 O sistema apresenta uma página com as
informações para cadastro
2.2 O usuário digita as informações nos
campos requeridos
2.3 O sistema faz uma requisição para o
webservice atualizar as informações
2.4 O webservice atualiza as informações no
banco de dados
2.5 O sistema exibe uma mensagem de
cadastro atualizado com sucesso.
3 – Excluir
3.1 O sistema faz uma requisição para o
webservice excluir o registro
3.2 O webservice exclui o registro do banco
de dados
Diagrama de Casos de Uso – 002 – CRUD Fornecedores
Fonte: O Autor (2012)

Caso de Uso UC04 – CRUD Clientes


Descrição Efetua o cadastro, edição, listagem e exclusão de
clientes no sistema
Pré Condições UC01 – Efetua Login
Pós Condições Gerenciar os clientes do sistema
Fluxo Principal 1. O usuário clica no link “clientes” no menu do
sistema
2. O sistema exibe uma lista com os clientes
cadastrados no sistema
3. O sistema exibe as seguintes opções na tela:
3.1 Cadastrar [Fluxo alternativo 1]
3.2 Editar [Fluxo alternativo 2]
3.3 Excluir [Fluxo alternativo 3]

Fluxos Alternativos 1 – Cadastrar


1.1 O sistema apresenta uma página com as
informações para cadastro
1.2 O usuário digita as informações nos
campos requeridos
1.3 O sistema faz uma requisicão para o
webservice cadastrar as informações
1.4 O webservice armazena as informações
no banco de dados
1.5 O sistema exibe uma mensagem de
cadastro realizado com sucesso.
2 – Editar
2.1 O sistema apresenta uma página com as
informações para cadastro
2.2 O usuário digita as informações nos
campos requeridos
86

2.3 O sistema faz uma requisição para o


webservice atualizar as informações
2.4 O webservice atualiza as informações no
banco de dados
2.5 O sistema exibe uma mensagem de
cadastro atualizado com sucesso.
3 – Excluir
3.1 O sistema faz uma requisição para o
webservice excluir o registro
3.2 O webservice exclui o registro do banco
de dados
Diagrama de Casos de Uso – 003 – CRUD Clientes
Fonte: O Autor (2012)

Caso de Uso UC05 – CRUD Produtos


Descrição Efetua o cadastro, edição, listagem e exclusão de
produtos no sistema
Pré Condições UC01 – Efetua Login
Pós Condições Gerenciar os produtos do sistema
Fluxo Principal 1. O usuário clica no link “produtos” no menu do
sistema
2. O sistema exibe uma lista com os produtos
cadastrados no sistema
3. O sistema exibe as seguintes opções na tela:
3.1 Cadastrar [Fluxo alternativo 1]
3.2 Editar [Fluxo alternativo 2]
3.3 Excluir [Fluxo alternativo 3]

Fluxos Alternativos 1 – Cadastrar


1.1 O sistema apresenta uma página com as
informações para cadastro
1.2 O usuário digita as informações nos
campos requeridos
1.3 O sistema faz uma requisicão para o
webservice cadastrar as informações
1.4 O webservice armazena as informações
no banco de dados
1.5 O sistema exibe uma mensagem de
cadastro realizado com sucesso.
2 – Editar
2.1 O sistema apresenta uma página com as
informações para cadastro
2.2 O usuário digita as informações nos
campos requeridos
2.3 O sistema faz uma requisição para o
webservice atualizar as informações
2.4 O webservice atualiza as informações no
banco de dados
2.5 O sistema exibe uma mensagem de
87

cadastro atualizado com sucesso.


3 – Excluir
3.1 O sistema faz uma requisição para o
webservice excluir o registro
3.2 O webservice exclui o registro do banco
de dados
Diagrama de Casos de Uso – 004 – CRUD Produtos
Fonte: O Autor (2012)

Caso de Uso UC06 – CRUD Categorias de Produtos


Descrição Efetua o cadastro, edição, listagem e exclusão de
categorias de produtos no sistema
Pré Condições UC01 – Efetua Login
Pós Condições Gerenciar os categorias de produtos do sistema
Fluxo Principal 1. O usuário clica no link “categorias de produtos”
no menu do sistema
2. O sistema exibe uma lista com as categorias de
produtos cadastrados no sistema
3. O sistema exibe as seguintes opções na tela:
3.1 Cadastrar [Fluxo alternativo 1]
3.2 Editar [Fluxo alternativo 2]
3.3 Excluir [Fluxo alternativo 3]

Fluxos Alternativos 1 – Cadastrar


1.1 O sistema apresenta uma página com as
informações para cadastro
1.2 O usuário digita as informações nos
campos requeridos
1.3 O sistema faz uma requisicão para o
webservice cadastrar as informações
1.4 O webservice armazena as informações
no banco de dados
1.5 O sistema exibe uma mensagem de
cadastro realizado com sucesso.
2 – Editar
2.1 O sistema apresenta uma página com as
informações para cadastro
2.2 O usuário digita as informações nos
campos requeridos
2.3 O sistema faz uma requisição para o
webservice atualizar as informações
2.4 O webservice atualiza as informações no
banco de dados
2.5 O sistema exibe uma mensagem de
cadastro atualizado com sucesso.
3 – Excluir
3.1 O sistema faz uma requisição para o
webservice excluir o registro
3.2 O webservice exclui o registro do banco
88

de dados
Diagrama de Casos de Uso – 005 – CRUD Categorias de Produtos
Fonte: O Autor (2012)

Caso de Uso UC07 – CRUD Entrada de Produtos


Descrição Efetua o cadastro, edição, listagem e exclusão de
entrada de produtos no sistema
Pré Condições UC01 – Efetua Login
Pós Condições Gerenciar os entrada de produtos do sistema
Fluxo Principal 1. O usuário clica no link “entradas” no menu do
sistema
2. O sistema exibe uma lista com as entradas de
produtos cadastradas no sistema
3. O sistema exibe as seguintes opções na tela:
3.1 Cadastrar [Fluxo alternativo 1]
3.2 Editar [Fluxo alternativo 2]
3.3 Excluir [Fluxo alternativo 3]

Fluxos Alternativos 1 – Cadastrar


1.1 O sistema apresenta uma página com as
informações para cadastro
1.2 O usuário digita as informações nos
campos requeridos
1.3 O sistema faz uma requisicão para o
webservice cadastrar as informações
1.4 O webservice armazena as informações
no banco de dados
1.5 O sistema exibe uma mensagem de
cadastro realizado com sucesso.
2 – Editar
2.1 O sistema apresenta uma página com as
informações para cadastro
2.2 O usuário digita as informações nos
campos requeridos
2.3 O sistema faz uma requisição para o
webservice atualizar as informações
2.4 O webservice atualiza as informações no
banco de dados
2.5 O sistema exibe uma mensagem de
cadastro atualizado com sucesso.
3 – Excluir
3.1 O sistema faz uma requisição para o
webservice excluir o registro
3.2 O webservice exclui o registro do banco
de dados
Diagrama de Casos de Uso – 006 – CRUD Entrada de Produtos
Fonte: O Autor (2012)
89

Caso de Uso UC08 – CRUD Saída de Produtos


Descrição Efetua o cadastro, edição, listagem e exclusão de
saídas de produtos no sistema
Pré Condições UC01 – Efetua Login
Pós Condições Gerenciar as saídas de produtos do sistema
Fluxo Principal 1. O usuário clica no link “saídas” no menu do
sistema
2. O sistema exibe uma lista com as saídas de
produtos cadastrados no sistema
3. O sistema exibe as seguintes opções na tela:
3.1 Cadastrar [Fluxo alternativo 1]
3.2 Editar [Fluxo alternativo 2]
3.3 Excluir [Fluxo alternativo 3]

Fluxos Alternativos 1 – Cadastrar


1.1 O sistema apresenta uma página com as
informações para cadastro
1.2 O usuário digita as informações nos
campos requeridos
1.3 O sistema faz uma requisicão para o
webservice cadastrar as informações
1.4 O webservice armazena as informações
no banco de dados
1.5 O sistema exibe uma mensagem de
cadastro realizado com sucesso.
2 – Editar
2.1 O sistema apresenta uma página com as
informações para cadastro
2.2 O usuário digita as informações nos
campos requeridos
2.3 O sistema faz uma requisição para o
webservice atualizar as informações
2.4 O webservice atualiza as informações no
banco de dados
2.5 O sistema exibe uma mensagem de
cadastro atualizado com sucesso.
3 – Excluir
3.1 O sistema faz uma requisição para o
webservice excluir o registro
3.2 O webservice exclui o registro do banco
de dados
Diagrama de Casos de Uso – 007 – CRUD Saída de Produtos
Fonte: O Autor (2012)

Caso de Uso UC09 – CRUD Marcas


Descrição Efetua o cadastro, edição, listagem e exclusão de
marcas dos produtos no sistema
Pré Condições UC01 – Efetua Login
Pós Condições Gerenciar os marcas dos produtos do sistema
90

Fluxo Principal 1. O usuário clica no link “marcas” no menu do


sistema
2. O sistema exibe uma lista com as marcas
cadastradas no sistema
3. O sistema exibe as seguintes opções na tela:
3.1 Cadastrar [Fluxo alternativo 1]
3.2 Editar [Fluxo alternativo 2]
3.3 Excluir [Fluxo alternativo 3]

Fluxos Alternativos 1 – Cadastrar


1.1 O sistema apresenta uma página com as
informações para cadastro
1.2 O usuário digita as informações nos
campos requeridos
1.3 O sistema faz uma requisicão para o
webservice cadastrar as informações
1.4 O webservice armazena as informações
no banco de dados
1.5 O sistema exibe uma mensagem de
cadastro realizado com sucesso.
2 – Editar
2.1 O sistema apresenta uma página com as
informações para cadastro
2.2 O usuário digita as informações nos
campos requeridos
2.3 O sistema faz uma requisição para o
webservice atualizar as informações
2.4 O webservice atualiza as informações no
banco de dados
2.5 O sistema exibe uma mensagem de
cadastro atualizado com sucesso.
3 – Excluir
3.1 O sistema faz uma requisição para o
webservice excluir o registro
3.2 O webservice exclui o registro do banco
de dados
Diagrama de Casos de Uso – 008 – CRUD Marcas
Fonte: O Autor (2012)

Caso de Uso UC10 – Visualizar Relatórios


Descrição Visualiza relatórios dos produtos no sistema
Pré Condições UC01 – Efetua Login
Pós Condições Visualizar relatórios do sistema
Fluxo Principal 1. O usuário clica no link “relatórios” no menu do
sistema
2. O sistema exibe as seguintes opções na tela:
3.1 Lista de Produtos com um link
“visualizar” para Visualizar os relatórios dos
produtos [Fluxo alternativo 1]
91

3.2 Curva ABC por Produto [Fluxo


alternativo 2]
3.3 Curva ABC por Categoria de Produto
[Fluxo alternativo 3]

Fluxos Alternativos 1 – Visualizar


1.1 O sistema apresenta uma página com os
produtos cadastrados.
1.1 O usuário clica no link “visualizar” do
produto desejado.
1.2 O sistema apresenta uma página com os
relatórios e gráficos do produto escolhido.
2 – Curva ABC por Produtos
2.1 O sistema apresenta uma página com o
relatório da Curva ABC por Produtos.
3 – Curva ABC por Categoria de Produtos
3.1 O sistema apresenta uma página com as
categorias de produtos
3.2 O usuário clica no link “visualizar” da
categoria de produto desejada
3.3 O sistema apresenta uma página com o
relatório da Curva ABC por Categoria de
Produtos

Diagrama de Casos de Uso – 009 – Visualizar Relatórios


Fonte: O Autor (2012)
92

APÊNDICE C – Diagramas de Classe

Diagrama de Classe – 001 – Categorias de Produto


Fonte: O Autor (2013)
93

Diagrama de Classe – 002 – Empresas


Fonte: O Autor (2013)
94

Diagrama de Classe – 003 – Entrada de Produto


Fonte: O Autor (2013)
95

Diagrama de Classe – 004 – Produtos


Fonte: O Autor (2013)
96

Diagrama de Classe – 005 – Marcas de produto


Fonte: O Autor (2013)
97

Diagrama de Classe – 006 – Relatórios


Fonte: O Autor (2013)
98

Diagrama de Classe – 007 – Saídas de Produto


Fonte: O Autor (2013)

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