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EXPEDIENTE

Maria de Fátima Bezerra


Governadora

Antenor Roberto Soares de Medeiros


Vice-governador

João Maria Cavalcanti


Secretário Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMARH

Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente


do Rio Grande do Norte (IDEMA-RN)
Leonlene de Sousa Aguiar
Diretor-Geral

Werner Farkatt Tabosa


Diretor Técnico

Marcílio Andrade de Lucena Dias


Diretor Administrativo

Bety Jakeliny Mendes Álvares


Chefe de Gabinete

Itan Cunha de Medeiros


Coordenador de Meio Ambiente

Equipe responsável

Sérgio Luiz Macêdo


Engenheiro Civil pela UFRN, Mestre em Engenharia Sanitária pela UFRN
Responsável pelo Núcleo de Monitoramento Ambiental – NMA/IDEMA

Regina Macedo Xavier


Bióloga pela UFRN, Mestre em Bioecologia Aquática pela UFRN
Bolsista FUNCITERN
NMA/IDEMA
2
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Av. Almirante Alexandrino de Alencar, 1397, Tirol, CEP 59015-350. Natal/RN


Tel: (84) 3232.2203 | Fax: (84) 3232.1970 | CNPJ: 08.242.166/0001-26
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Colaboradores

Rosa Maria Pinheiro de Oliveira


Arquiteta e Urbanista pela UFRN
Subcoordenadora da SUGERCO/IDEMA

Júlia Varella Malta


Geóloga pela UFAM, Especialista em Geologia do Quaternário pelo Museu Nacional da UFRJ,
Mestre em Geodinâmica pela UFRN, Doutora em Geologia Ambiental e Costeira pela UFRJ.
Bolsista FUNCITERN
SUGERCO/IDEMA

Cíntia Brito Prudente da Silva


Tecnóloga em Meio Ambiente pelo CEFET/RN, Bacharel em Oceanografia pela FURG, Mestre
em Oceanografia biológica pela FURG.
Bolsista FUNCITERN
SUGERCO/IDEMA

Marcelo da Silva
Biólogo pela UnP, Mestre em Sistemática e Evolução pela UFRN, Doutor em Biodiversidade e
Evolução pelo Museu Paraense Emílio Goeldi.
Bolsista FUNCITERN
NUF (Setor de Fauna)/IDEMA

Marília Abero Sá de Barros


Bióloga pela UFRGS, Mestre em Psicobiologia pela UFRN, Doutora em Biologia Animal pela
UFPE.
Bolsista FUNCITERN
NUF (Setor de Fauna)/IDEMA

Ravena Cristina da Silva Medeiros


Tecnóloga em Gestão Ambiental pela UnP, Engenheira Florestal pela UFRN.
Bolsista FUNCITERN
NUF/IDEMA

Talita Geovanna Fernandes Rocha


Engenheira Florestal pela UFRN, Especialista em Gestão Ambiental pelo IFRN, Mestre em
Ciências Florestais pela UFRN.
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Bolsista FUNCITERN
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Cynthia Azevedo Gurgel Guerra
Engenheira Florestal pela UFRN, Mestre em Engenharia do Desenvolvimento Rural pela
Debrecen University.
Bolsista FUNCITERN
NUF/IDEMA

Rodrigo Castellani
Geógrafo pela UFJF, Especialista em Geoprocessamento e Cartografia Digital pela UFRN,
Especialista em Gestão Ambiental em Municípios pela UFOP, Mestre em Geociências pela
UFRN.
Terceirizado GTRIGUEIRO
Unidade de Geoprocessamento/IDEMA

Mayara Cristina Moura Silva dos Prazeres Silveira


Bióloga pela UFRN, Mestre em Comportamento Animal – Psicobiologia pela UFRN.
Bolsista FUNCITERN
NUF (Setor de Fauna)/IDEMA

Ramiro Gustavo Valera Camacho


Engenheiro Agrônomo pela ESAM, Mestre em Agronomia/Fitotecnia pela UFERSA, Doutor
em Ciências pela USP.
Professor adjunto do Departamento de Ciências Biológicas da UERN cedido ao IDEMA
NUC/IDEMA

Roney Emanuel Costa de Paiva


Bacharel em Ecologia pela UFRN, Mestre em Sistemática e Evolução pelo IFRN.
Bolsista FUNCITERN
NAGAM/IDEMA
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Sumário
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 7
2. OBJETIVO ........................................................................................................................................... 7
3. HISTÓRICO ........................................................................................................................................ 8
3.1. PROGRAMA DE MONITORAMENTO AMBIENTAL PARA O ESTADO DO RIO
GRANDE DO NORTE. PRODUTO 4 – PROPOSTA DE SISTEMA DE MONITORAMENTO
AMBIENTAL. NATAL, OUTUBRO DE 2002 (BRASIL, 2002). ............................................................ 9
3.2. PLANO ESTADUAL DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE E DA QUANTIDADE
DA ÁGUA DE BACIAS PRIORITÁRIAS E PROJETO DE MONITORAMENTO DA
QUALIDADE E DA QUANTIDADE DA ÁGUA – RN. BACIAS DOS RIOS POTENGI E
SERIDÓ. AGOSTO/05 (BRASIL, 2005B). .......................................................................................... 13
3.3 - PROPOSTA DE SISTEMA DE MONITORAMENTO AMBIENTAL PARA O ESTADO DO
RIO GRANDE DO NORTE EMPREGANDO-SE INDICADORES E ÍNDICES AMBIENTAIS.
IDEMA/FUNPEC, MARÇO/2007 (IDEMA, 2007A). ........................................................................ 15
3.3.1. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA ÁGUA ..................................... 16
3.3.2. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA RESÍDUOS SÓLIDOS.......... 17
3.3.3. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA SOLOS ................................... 17
3.3.4. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA FAUNA ................................... 17
3.3.5. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA VEGETAÇÃO ....................... 18
3.3.6. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA SOCIOECONOMIA E
DESENVOLVIMENTO HUMANO ............................................................................................. 18
4. EXPERIÊNCIA DO IDEMA EM MONITORAMENTO AMBIENTAL ..................................... 19
4.1. MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DO RIO PITIMBU (1985-1988).... 19
4.2. MONITORAMENTO DA BALNEABILIDADE DAS PRAIAS DO RN (A PARTIR DE 2001) 20
4.3. PROGRAMA ESTADUAL DE MONITORAMENTO E FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL
AÉREOS – PEMFAA (2004-2010) .................................................................................................... 23
4.4. MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DE RESERVATÓRIOS PÚBLICOS
QUE ABASTECEM OS MUNICÍPIOS DO SERIDÓ E ALTO OESTE POTIGUAR (2006-2007)
............................................................................................................................................................. 24
4.5. MONITORAMENTO EMERGENCIAL DE QUALIDADE DAS ÁGUAS DOS RIOS
JUNDIAÍ E POTENGI (2007) ........................................................................................................... 25
4.6. MONITORAMENTO DE QUALIDADE DAS ÁGUAS DOS RIOS JUNDIAÍ E POTENGI
(2008-2010).......................................................................................................................................... 26
4.7. MONITORAMENTO EMERGENCIAL DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DO RIO AÇU –
REGIÃO BAIXO-AÇU (MARÇO E MAIO/2008) ............................................................................... 27
4.8. MONITORAMENTO DE QUALIDADE DAS ÁGUAS DO RN – PROGRAMA ÁGUA
AZUL (2008-2017) .............................................................................................................................. 28
5. PROPOSTA DO NOVO PLANO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL PARA O RN ......... 37
5.1. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA ÁGUA ............................................. 38
5.1.1. ÍNDICE DE QUALIDADE DE ÁGUA – IQA ................................................................... 39
5

5.1.2. ÍNDICE DE TOXIDEZ – IT E ÍNDICE DE QUALIDADE DE ÁGUA COMBINADO –


Página

IQAc ................................................................................................................................................ 43
5.1.3. ÍNDICE DE ESTADO TRÓFICO – IET ........................................................................... 44

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5.1.4. ÍNDICE BIÓTICO............................................................................................................... 46
5.1.5. INDICADOR DE BALNEABILIDADE ............................................................................ 52
5.1.6. TESTE DE TOXICIDADE ................................................................................................. 54
5.1.7. ÍNDICES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS PARA PROTEÇÃO DA VIDA AQUÁTICA
E DE COMUNIDADES AQUÁTICAS – IVA ............................................................................. 56
5.1.8. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SEDIMENTOS ATRAVÉS DA
CONTAMINAÇÃO QUÍMICA .................................................................................................... 60
5.2. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA SOLO.............................................. 62
5.3. INDICADORES E ÍNDICES PARA O AR E RUÍDO .............................................................. 66
5.3.1. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA O AR ....................................... 66
5.3.1.1. ÍNDICE DE QUALIDADE DO AR – IQAr ........................................................ 67
5.3.2. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA RUÍDO ................................... 69
5.4. INDICADORES E ÍNDICES BIOLÓGICOS........................................................................... 73
5.4.1. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA FAUNA ................................... 74
5.4.2 INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA VEGETAÇÃO ........................ 83
5.5. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA ASPECTOS
SOCIOECONÔMICOS E DE DESENVOLVIMENTO HUMANO.............................................. 97
5.6. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA GESTÃO AMBIENTAL DE
RESÍDUOS SÓLIDOS, ESGOTOS SANITÁRIOS E USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ............ 100
5.6.1. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA RESÍDUOS SÓLIDOS........ 100
5.6.2. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA ESGOTOS SANITÁRIOS .. 102
5.6.3. INDICADORES SELECIONADOS PARA USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ............. 106
5.7. INDICADORES SELECIONADOS PARA AVALIAÇÃO DAS TAXAS DE VARIAÇÃO DA
LINHA DE COSTA .......................................................................................................................... 108
6. DIRETRIZES GERAIS PARA OS PROGRAMAS DE MONITORAMENTO AMBIENTAL 117
6.1. ÁGUA .......................................................................................................................................... 117
6.2. SOLO........................................................................................................................................... 119
6.3. AR E RUÍDO ............................................................................................................................. 120
6.4. FAUNA ...................................................................................................................................... 122
6.5. VEGETAÇÃO ........................................................................................................................... 124
6.6. SOCIOECONÔMICO E DESENVOLVIMENTO HUMANO ............................................. 126
6.7. GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ...................................................................................... 126
6.8. GESTÃO DE ESGOTOS SANITÁRIOS ................................................................................ 127
6.9. GESTÃO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ...................................................................... 128
6.10. LINHA DE COSTA ................................................................................................................. 128
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 129
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 130
6
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1. INTRODUÇÃO

O Rio Grande do Norte possui diversas atividades e empreendimentos utilizadores dos


recursos naturais, tais como: exploração e produção de petróleo e gás natural, extrativismo
mineral, extração e beneficiamento de sal marinho, agropecuária, aquicultura, indústria, usinas
eólicas e fotovoltaicas, empreendimentos imobiliários, obras de saneamento básico, exploração
florestal, entre outros, cujos impactos ambientais precisam ser conhecidos e monitorados.

A ferramenta para se acompanhar o comportamento das variáveis ambientais em


decorrência da implantação e funcionamento dessas atividades/empreendimentos é através da
implementação de um adequado sistema de monitoramento ambiental, que consiste na coleta de
dados, estudo e acompanhamento contínuo e sistemático das variáveis ambientais, com o
objetivo de identificar e avaliar, qualitativa e quantitativamente, as condições dos recursos
naturais atuais e sua evolução, assim como as variáveis socioeconômicas, possibilitando, ainda,
projetar situações futuras. Desta forma, o monitoramento ambiental subsidia medidas de
planejamento, controle, recuperação, preservação e conservação do ambiente em estudo, bem
como auxilia na definição das políticas ambientais.

O monitoramento ambiental é um dos instrumentos da Política Estadual de Meio


Ambiente, conforme o Art. 11, Inciso IX, da Lei Complementar nº 272/2004 (GOVERNO DO
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, 2004), cujo órgão responsável pela implementação
de planos e programas de monitoramento ambiental nas áreas de maior fragilidade do Estado
ou de interesse social e ambiental é o Idema, de modo a subsidiar as ações de controle e
planejamento ambientais, de acordo com o Art. 39 dessa lei.

A presente proposta para implantação do Sistema de Monitoramento Ambiental foi


elaborada a partir da análise de propostas de monitoramento ambiental elaboradas
anteriormente para o RN e da experiência de programas e projetos de monitoramento dos
recursos naturais implementados pelo Idema até o presente momento.

2. OBJETIVO

O objetivo do presente trabalho é apresentar um plano de monitoramento dos recursos


ambientais do estado, cuja implementação seja de responsabilidade do Idema, para que possa
subsidiar as ações de controle e planejamento ambientais, assim como fornecer informações
para a elaboração do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente - RQA e o Sistema Estadual de
Informações Ambientais - SEIA, tendo como base as propostas de monitoramento ambiental
7

anteriores e a experiência de programas e projetos de monitoramento ambiental já executados e


Página

dos atualmente em execução pelo Idema.

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3. HISTÓRICO

A seguir apresenta-se um resumo de três documentos que se referem a propostas de


monitoramento ambiental para o RN, nos quais, na medida do possível, procurou-se manter a
redação o mais próximo possível dos documentos originais, de modo a não descaracterizar ou
dificultar a interpretação dos seus conteúdos.

Antes da apresentação dos citados resumos, é importante destacar que, em 2 a 4 de


outubro de 2001 em Brasília, ocorreu a realização da Oficina para Definição de Indicadores
Mínimos de Qualidade da Água para os Projetos do PNMA II, ministrada pelo Ministério do
Meio Ambiente através da Coordenação Geral do Programa Nacional do Meio Ambiente II,
que subsidiou a elaboração do PLANO ESTADUAL DE MONITORAMENTO DA
QUALIDADE E DA QUANTIDADE DA ÁGUA DE BACIAS PRIORITÁRIAS E
PROJETO DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE E DA QUANTIDADE DA ÁGUA –
RN. BACIAS DOS RIOS POTENGI E SERIDÓ. Agosto/05 (BRASIL, 2005b), cuja proposta
será exposta adiante.

Essa oficina teve como objetivo preparar e conduzir a discussão e proposição de


variáveis mínimas a serem empregadas como indicadores para as atividades de monitoramento
da qualidade da água, e contou com a participação de representantes dos órgãos estaduais de
meio ambiente e recursos hídricos dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal.

O evento teve início com exposição de especialistas, mostrando as principais


inovações relacionadas ao tema, e ampliando dessa forma o conhecimento dos participantes,
onde foram apresentados vários indicadores de qualidade de água, tais como: o Índice de
Qualidade de Água – IQA, Índice de Qualidade de Água de Reservatórios – IQAR, Índice de
Estado Trófico – IET, Testes de Toxicidade (aguda e crônica), Índice de Parâmetros Mínimos
para a Proteção das Comunidades Aquáticas = IPMCA, Índice para proteção da vida aquática
– IVA = (1,2 x IPMCA) + IET), Índice de geoacumulação – Igeo no sedimento. Em um
segundo momento foram realizados trabalhos em grupos para discussão e definição dos
indicadores mínimos.

A Oficina resultou na elaboração da matriz intitulada Indicadores Mínimos, contendo a


relação dos parâmetros não mensuráveis e mensuráveis, que define indicadores de qualidade
para avaliar as águas superficiais e subterrâneas e os principais usos existentes no país como
abastecimento, proteção das comunidades aquáticas, recreação e irrigação, tendo como
objetivo buscar a harmonização dos dados de qualidade existentes nas bacias brasileiras.
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3.1. PROGRAMA DE MONITORAMENTO AMBIENTAL PARA O ESTADO DO RIO
GRANDE DO NORTE. PRODUTO 4 – PROPOSTA DE SISTEMA DE
MONITORAMENTO AMBIENTAL. Natal, outubro de 2002 (BRASIL, 2002).

Esta proposta de monitoramento fez parte do Contrato de Serviços nº 2001/005973


firmado pelo Projeto BRA/00/013 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD), através do NPPP – Projeto de Execução Nacional e subordinado à Coordenadoria do
Componente Gestão Integrada de Ativos Ambientais do Programa Nacional do Meio
Ambiente – PNMA II do Ministério do Meio Ambiente, para o Governo do Estado do Rio
Grande do Norte; a ser conduzido pelo órgão ambiental estadual denominado à época de
Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (IDEMA), que pertencia à
Secretaria de Estado do Planejamento e das Finanças (SEPLAN).

O trabalho apresentou um levantamento das instituições e das ações de monitoramento


que estavam em curso no Estado, conforme está descrito no Quadro 3.1 (extraído do
documento).
Quadro 3.1 - Principais ações de monitoramento dos recursos naturais no Rio Grande do Norte.
Entidade/Órgão Ações de Monitoramento Como é feito o Monitoramento
IBAMA –
Através de atos técnicos e administrativos
Gerência Gestão e Monitoramento dos Recursos
relacionados às licenças concedidas e por
Executiva do Rio Florestais e Pesqueiros
processos e rotinas de fiscalização.
Grande do Norte
Possui rede de pluviômetros em 200 localidades e
com coleta sistematizada dos dados. As séries são
Monitoramento das precipitações
armazenadas em sistemas locais e com boletins
diários disponibilizados pela web.
Convênio com o CPTEC/INPE e com coleta
sistematizada dos dados. As séries são
Previsão do tempo e do clima
armazenadas em sistemas locais e com boletins
diários disponibilizados pela web
Em parceria com o DNOCS e CAERN são
monitorados 39 açudes (2%) com coleta
Monitoramento de volume d‘água em
sistematizada dos dados. As séries são
açudes
armazenadas em sistemas locais e disponibilizados
EMPARN – os dados em rede e pela web
Núcleo de
Monitoramento hidrometeorológico
Meteorologia e
nos Tabuleiros Costeiros e Baixada
recursos Hídricos
Litorânea do Rio Grande do Norte
Estimativa de temperaturas extremas
para Natal-RN.
Monitoramento meteorológico e
previsão do clima. Estudos e Pesquisas em agrometeorologia,
Caracterização dos recursos hídricos desenvolvimento rural e convivência com a seca.
superficiais da bacia hidrográfica do
9

Piranhas-Açu.
Página

Aferição de um modelo de umidade


para o solo para fins agrícolas.
Estudo hidrológico e monitoramento
da bacia hidrográfica do rio Pirangi.

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Avaliação do risco agrícola nas áreas
de assentamento rural.

Quadro 3.1. Principais ações de monitoramento dos recursos naturais no Rio Grande do Norte.
(continuação)
Entidade/Órgão Ações de Monitoramento Como é feito o Monitoramento
Zoneamento ecológico-econômico do
Litoral Oriental.
Zoneamento ecológico-econômico dos
Estuários e seus Entornos.
Zoneamento ecológico-econômico do
município de Nísia Floresta.
IDEMA – Zoneamento ecológico-econômico do
Subcoordenadoria município de Tibau do Sul.
de Gerenciamento Zoneamento ecológico-econômico do Estudo e diagnóstico ambiental.
Costeiro - município de Porto do Mangue.
SUGERCO Zoneamento ecológico-econômico do
município de São Miguel dos Touros.
Levantamento dos manguezais do
Litoral Oriental
Avaliação da balneabilidade das praias
dos municípios de Nísia Floresta,
Parnamirim e Extremoz.
IDEMA –
Através de relatórios de auto gestão das empresas
Subcoordenadoria Atividades objeto de licenciamento
e por ocasião das análises dos estudos de impacto
de Licenciamento ambiental
ambiental.
Ambiental.
IDEMA –
Subcoordenadoria Atua como parceira institucional em projetos,
Não desenvolve ações específicas de
de Pesquisa e como o de controle da desertificação do semi-
monitoramento.
Educação árido, na região do Seridó.
Ambiental.
Atua em parceria com o DNOCS, CAERN e
Programa de Monitoramento e
Associações de Usuários no monitoramento de 42
Fiscalização dos Mananciais
reservatórios com capacidade superior a 5 milhões
Superficiais e Subterrâneos.
de litros.
Programa de Outorgas e Licenças
SERHID –
Secretaria de Licenciamento de obras hidráulicas
Estado dos (açudes, reservatórios, barragens)
Através de procedimentos técnicos-administrativos
Recursos Hídricos.
Licenciamento de obras de decorrente dos pedidos e licenças.
transposição de água entre sub-bacias,
construção de poços, etc.
Sistema de Informações Hídricas Em implantação.

O documento apresenta uma PROPOSTA PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM


10

SISTEMA DE MONITORAMENTO DOS RECURSOS NATURAIS, apresentada


Página

sucintamente a seguir.

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A proposta tem como objetivo integrar e interagir as ações de monitoramento dos
recursos naturais do Estado do Rio Grande do Norte, visando propiciar aos tomadores de
decisão instrumentos gerenciais ágeis e eficientes para o controle das ações antrópicas sobre
os fatores do meio ambiente afetados pelas atividades econômicas em curso e as projetadas. O
Sistema deveria ainda fornecer à sociedade em geral informações e dados sobre o estado de
conservação dos recursos naturais existentes no Estado.

Neste documento também foi proposta a criação de um Grupo Gestor, com a finalidade
de coordenar, articular e acompanhar as ações dirigidas à implantação do Sistema de
Monitoramento dos Recursos Naturais do Estado do Rio Grande do Norte, e desenvolver o
Programa, promovendo inicialmente sua consolidação conceitual, bem como gerenciar todas
as ações necessárias para a implementação do Programa no Estado do Rio Grande do Norte.

A proposta de composição do Grupo Gestor compreende um membro de cada órgão


estadual e/ou federal envolvido com o desenvolvimento de projetos de monitoramento dos
recursos naturais e ainda um membro indicado pelas instituições de ensino e pesquisas, cuja
coordenação caberia ao IDEMA.

O Sistema de Monitoramento Ambiental dos Recursos Naturais do Rio Grande do


Norte proposto estava estruturado em subsistemas de cartografia; fiscalização e
monitoramento florestal, de recursos hídricos, e de solos; monitoramento costeiro;
licenciamento ambiental; e banco de dados georreferenciado.

Os subsistemas seriam formatados e consolidados a partir das ações desenvolvidas


pelo Grupo Gestor, e quando definida a configuração do Sistema de Monitoramento
Ambiental do IDEMA, seriam estabelecidas as estratégias para interligar os subsistemas do
IDEMA com os possíveis subsistemas dos demais parceiros institucionais.

Para que as ações de monitoramento ambiental contínuo fossem eficazes foi sugerida a
compatibilização das diferentes bases de dados (analógicos e digitais) com o conhecimento da
distribuição espacial dos recursos naturais, além de informações sociais e de infraestrutura do
Estado, armazenadas nos órgãos e instituições do Sistema, além de sua atualização e
adequação. A proposta apresenta a utilização das técnicas de geoprocessamento que permitem
a produção de mapas de vegetação e uso do solo, hidrografia, rodovias, ferrovias, limites
municipais, manchas urbanas, altimetria e outros, para o estabelecimento de um sistema de
monitoramento constante da atividade antrópica sobre o meio ambiente. E se propunha
incorporar as técnicas de geomática como base de suas atividades, desenvolvendo programas
de monitoramento especificamente para os fatores do meio ambiente mais frágeis e que estão
11

mais ameaçados pelas atividades antrópicas.


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As principais ações de monitoramento sugeridas no documento são:

 Estruturar, uniformizar e integrar em um sistema de informação sobre os recursos


naturais do Estado, a base cartográfica estadual (mapa base) em formato digital. Esse
mapa base deverá ser disponibilizado para todos os órgãos do governo, parceiros
institucionais e sociedade em geral, visando a sua utilização como referência inicial
para os trabalhos de monitoramento ambiental no Estado.

 Realizar o mapeamento da cobertura florestal do Estado, com utilização integrada do


sensoriamento remoto como fonte de informação a ser empregada em um sistema de
processamento digital de imagens e de sistema de informação geográfica, que através
da interação entre a base cartográfica, as informações pretéritas e aquelas atualizadas,
permitirão a obtenção de respostas rápidas e precisas da situação da cobertura
florestal, identificando desmatamentos e delimitando as áreas conservadas, assim
como auxiliar o zoneamento do uso do solo. As informações a serem geradas pelo
monitoramento da cobertura florestal serão de grande importância para o
planejamento e a operacionalização destas ações no âmbito das microbacias,
especialmente aquelas voltadas a proteção dos remanescentes, o controle e a
fiscalização florestal.

 Mapeamento das Unidades de Conservação do Estado e das áreas de preservação


permanente, visando monitorar e acompanhar a ação do homem sobre estas áreas.

 Ampliação e operação da Rede Hidrometeorológica e da Qualidades das Águas,


visando a complementação e melhoria da rede hidrométrica existente, a integração
da rede meteorológica e o desenvolvimento de sistemas para o embasamento técnico
às tomadas de decisão no planejamento e gestão dos recursos hídricos.

 Armazenamento das informações oriundas dos laudos de vistoria executados pelos


técnicos de campo, tanto pelas áreas de fiscalização como do licenciamento de
atividades potencialmente causadoras de danos ambientais, visando o
acompanhamento dos empreendimentos instalados no Estado, do ponto de vista
ambiental, através da identificação e quantificação das fontes geradoras de
significativo impacto ao meio ambiente. O cadastro dessas informações de maneira
organizada, possibilitando sua rápida recuperação, permitirá ao Estado aprimorar
suas ações de fiscalização e licenciamento ambiental, resultando em ganhos de
eficiência, agilidade e melhoria da qualidade ambiental.
12

 Subsidiar os técnicos de campo nas vistorias, com mapas das informações de uso do
Página

solo, rodovias, hidrografia, manchas urbanas, limites municipais, altimetria,


fragmentos florestais e outros planos de informação necessários. Com os dados que
fazem parte da ação de integração dos órgãos do Estado, como hidrografia, rodovias,

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altimetria, cobertura vegetal, e outros, o técnico de campo terá subsídios importantes
que permitirão maior precisão, principalmente na elaboração de laudos e relatórios.

 Monitorar e subsidiar a fiscalização no cumprimento das normas de uso e


conservação do solo e água, através do cruzamento dos dados obtidos a partir do
Sistema de Informações Geográficas e os levantamentos de campo.

 Adquirir GPS de navegação para os trabalhos de campo dos técnicos do IDEMA que
estejam direta ou indiretamente ligados ao monitoramento constante das atividades
antrópicas sobre os recursos naturais.

 Treinar e capacitar técnicos no uso de GPS e SIG, para que estes possam auxiliar
constantemente os trabalhos de atualização e levantamento de informações espaciais.

 Gerar Modelo de Elevação Digital do Terreno (MDT) para o Estado, visando obter os
seguintes produtos: Armazenamento de dados de altimetria para a geração de mapas
topográficos; Análises de corte-aterro para projeto de estradas e barragens; Elaboração
de mapas de declividade e exposição para apoio a análise de geomorfologia e
erodibilidade; Determinação de áreas de preservação permanente; Apresentação
tridimensional (em combinação com outras variáveis).

 Permitir a participação e integração com as demais instituições e órgãos que atuam no


Estado, nos âmbitos federal, estadual e municipal.

 Disponibilizar dados via Internet, FTP, ou outro meio com o apoio operacional da
empresa estadual de informática (CODIN).

3.2. PLANO ESTADUAL DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE E DA


QUANTIDADE DA ÁGUA DE BACIAS PRIORITÁRIAS E PROJETO DE
MONITORAMENTO DA QUALIDADE E DA QUANTIDADE DA ÁGUA – RN.
BACIAS DOS RIOS POTENGI E SERIDÓ. Agosto/05 (BRASIL, 2005b).

Esta proposta de monitoramento integrou o Projeto BRA/00/013 do Programa das


Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), através do Programa Nacional do Meio
Ambiente – PNMA II do Ministério do Meio Ambiente, para ser implementado pelo Instituto
de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (IDEMA) e pela Secretaria de Recursos
Hídricos do Rio Grande do Norte (SERHID), tendo sido desenvolvido pela CEPEMAR
Serviços de Consultoria em Meio Ambiente Ltda.
13

A proposta teve como objetivo apresentar uma rede básica de monitoramento que
permitisse o conhecimento do comportamento médio da bacia em termos de qualidade, de
Página

forma a fornecer indicadores de qualidade adequados ao planejamento do uso da bacia e ao


acompanhamento das ações de controle ambiental.

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O trabalho foi organizado e apresentado em três volumes:

 Volume I - Diagnóstico das bacias

 Volume II - Capitulo 1 – Desenho da Rede

Capitulo II – Análise dos Dados e Disponibilização da Informação

Capitulo III – Orçamento, Indicadores de Desempenho e Análise de


Sustentabilidade do Plano.

 Volume III - Projeto de Monitoramento da Qualidade e Quantidade da Água para


Bacia do Rio Potengi.

Destaca-se que diversas áreas consideradas ambientalmente críticas quanto ao uso e


ocupação do solo foram visitadas durante campanhas de campo visando obtenção de subsídios
para o planejamento das redes de monitoramento, inclusive com acompanhamento de técnico
do Idema.

O Desenho da Rede das Bacias do Potengi e Seridó contemplou os seguintes pontos


principais:

 Desenho da Rede de Monitoramento quantitativo e qualitativo dos recursos


hídricos, com a localização e descrição dos pontos de amostragem;

 Definição das variáveis a serem medidas e indicadores de qualidade da água a


serem utilizados;

 Definição da frequência de amostragem;

 Identificação e levantamento da capacidade dos laboratórios a serem utilizados,


considerando o pessoal técnico, equipamentos e normas técnicas, definindo as
necessidades de adequação para atender o Plano de acordo com as condições do
Estado.

A rede de monitoramento na Bacia do Rio Seridó contemplava 27 pontos e na Bacia do


Rio Potengi 24 pontos, 12 no Estuário dos Rios Potengi e Jundiaí, todos espacializados em
mapa.
14

A proposta apresenta vários índices de qualidade de água, como o Índice de Qualidade


de Água – IQA, o Índice de Toxidez - IT, o Índice de Qualidade de água bruta para fins de
Página

abastecimento – IAP, o Índice de Qualidade de Água para a Preservação da Vida Aquática -


IVA, que se divide em dois subíndices: O IPMCA – Índice de Parâmetros Mínimos para a

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Proteção das Comunidades Aquáticas, e o IET – Índice do Estado Trófico. Dentre eles, foram
selecionados três para serem adotados no monitoramento, o Índice de Qualidade de Águas –
IQA, complementado pelo Índice de Toxidez – IT, e o Índice de Estado Trófico – IET, com
frequência bimestral de amostragem de água. Vale salientar que todos esses índices foram
propostos na Oficina para Definição de Indicadores Mínimos de Qualidade da Água para os
Projetos do PNMA II, ocorrida de 2 a 4 de outubro de 2001, em Brasília, DF, realizada pelo
Ministério do Meio Ambiente através da Coordenação Geral do Programa Nacional do Meio
Ambiente II, citada anteriormente.

Para o IQA os parâmetros a serem analisados foram: OD, pH, DBO5, Nitrogênio total,
Fósforo total, Coliformes fecais, Afastamento da temperatura de equilíbrio, Turbidez e Resíduo
total. Para a determinação do IT foram selecionados os metais: Cádmio, Chumbo, Cobre,
Mercúrio, Cromo total, Níquel e Zinco. Para o cálculo do IET somente a Clorofila a. Além
disso, o documento apresenta o detalhamento do cálculo de cada índice adotado.

Em relação ao monitoramento quantitativo foi proposta a manutenção dos postos


existentes nas bacias, segundo informações da Agência Nacional de Águas (ANA).

Por fim, foi apresentado o Projeto de Monitoramento da Qualidade e Quantidade da


Água da Bacia do Rio Potengi, escolhida como bacia prioritária, pelo Estado, após a elaboração
do Plano Estadual de Monitoramento da Qualidade e da Quantidade da Água de Bacias
Prioritárias, no qual consta um cronograma físico com metas e atividades do projeto, orçamento
por metas para 24 meses, entre outros, e cuja execução ficaria sob a responsabilidade e
coordenação do Idema, em parceria com o IGARN/SERHID, a EMPARN e a UFRN.

3.3 - PROPOSTA DE SISTEMA DE MONITORAMENTO AMBIENTAL PARA O


ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE EMPREGANDO-SE INDICADORES E
ÍNDICES AMBIENTAIS. IDEMA/FUNPEC, Março/2007 (IDEMA, 2007a).

Este documento tem como objetivo principal a elaboração de um Sistema de


Indicadores Ambientais para o Estado do Rio Grande do Norte, empregando indicadores de
avaliação, com um enfoque analítico de causalidade: pressão-estado-resposta; e tomando
como base o estudo desenvolvido em uma área piloto inserida na Bacia Potiguar. Esta
proposta também adotou as estratégias, a concepção tecnológica, as ações e prioridades para
implantação do monitoramento ambiental previstas no documento descrito no subitem anterior
(3.1), denominado PROGRAMA DE MONITORAMENTO AMBIENTAL PARA O ESTADO
DO RIO GRANDE DO NORTE.
15

A área de estudo compreendeu todas as bacias hidrográficas do Estado do Rio Grande


do Norte, subdividindo-as em quatro grandes grupos, considerando a relevância destas
Página

unidades ambientais para o monitoramento do meio, sendo elas as Bacias Hidrográficas do


Apodi-Mossoró; do Piranhas-Açu; do Leste Potiguar (Norte); e do Leste Potiguar (Sul).

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No desenvolvimento do Sistema de Indicadores Ambientais para o Estado do Rio
Grande do Norte foi proposta a utilização do modelo da Organização para a Cooperação e o
Desenvolvimento Econômico – OCDE, nos quais são empregados indicadores de avaliação
com um enfoque analítico causal: Pressão-Estado-Resposta.

No caso dos indicadores de estado, a informação a ser gerada deve referir-se à situação
em que se encontra o recurso natural. Os indicadores de pressão destinam-se a oferecer uma
informação agregada dos impactos, enquanto os indicadores de respostas devem indicar as
principais ações políticas (públicas ou privadas) e seus resultados em relação ao meio
ambiente.

O sistema de indicadores foi estruturado nas seguintes áreas de conhecimento: água,


solo, fauna, vegetação, resíduos sólidos, socioeconômicos e de desenvolvimento humano,
conforme será detalhado a seguir.

3.3.1. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA ÁGUA

Indicadores de Estado: disponibilidade hídrica regional, índice combinado de


qualidade da água – ICQA, índice do estado trófico de Carson Modificado (IETM), óleos e
graxas, medição das vazões e outros parâmetros não mensuráveis, tais como: tipo de ambiente
(lêntico/intermediário/lótico); materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais; odor;
turvação; corantes provenientes de fontes antrópicas; óleos e graxas (visualmente); resíduos
sólidos objetáveis; mortandade de peixes ou outros organismos aquáticos; lançamento de
efluentes; vegetação aquática flutuante; floração de algas e condições de tempo. Dados
pluviométricos, temperatura do ar e altitude nos pontos de amostragens, sendo este último
utilizado para converter a concentração de oxigênio dissolvido de mg/l para percentual de
saturação de oxigênio dissolvido. Análise de macroinvertebrados bentônicos para
determinação do índice biótico (Biological Monitoring Working Party (BMWP e BMWP
modificado) e outros modelos), e descrição das características abióticas de cada estação de
coleta (correnteza, largura, profundidade, pH, tipos de substratos, oxigênio dissolvido e
temperatura).

Indicadores de Pressão: intensidade do uso da água (volumes destinados ao


abastecimento público, à irrigação, à dessedentação animal e à indústria), população com e
sem tratamento de água e esgoto sanitário e estimativas dos volumes de efluente lançados no
corpo d‘água, se possível, por atividade.

Indicadores de Resposta: gastos públicos com sistemas de esgotamento sanitário, com


16

sistema de abastecimento, com adutoras, com sistema de tratamento e disposição final de


Página

resíduos sólidos urbanos e com drenagem urbana.

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3.3.2. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA RESÍDUOS SÓLIDOS

Neste item serão avaliados os aterros controlados e lixões existentes nos núcleos
urbanos da área de estudo.

Indicadores de Estado: situação das áreas de tratamento e destino final pelo IQR
(Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos). Tendo como principais parâmetros de análise
para determinação do IQR: as características locais, a infraestrutura implantada e as condições
operacionais.

Indicadores de Pressão: produção per capita de resíduos sólidos urbanos, se existirem


dados secundários disponíveis;

Indicadores de Resposta: taxa de reciclagem de vidro, papel, papelão, plástico, metais


e compostagem de resíduos sólidos, resíduos sólidos com tratamento em aterro sanitário, se
existirem dados secundários disponíveis.

3.3.3. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA SOLOS

Foram definidos alguns indicadores voltados mais para a erosão.

Indicadores de Estado: caracterização do solo quanto a sua erosividade (tipo de


material, área protegida e o uso da equação universal de perda de solo) e identificação de áreas
potencialmente contaminadas por agrotóxicos.

Indicadores de Pressão: determinação dos produtos químicos utilizados para aplicação


de agrotóxicos e adubos químicos em áreas de cultivo;

Indicadores de Resposta: determinar, quando possível, os gastos públicos para


descontaminação do solo e para a luta contra a erosão (revegetação de áreas sob erosão,
recuperação de mata ciliar, etc.).

3.3.4. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA FAUNA

Considerando que ―as aves têm grande diversidade, suas espécies se disseminam pelos
mais diversos ambientes, suportando as mais diversas condições ecológicas, respondendo
rapidamente às alterações ambientais‖, para este estudo da fauna foi selecionada a avifauna
como indicador, conforme descrito a seguir.

Indicadores de Estado: presença de aves ameaçadas de extinção (a1); raridade das


17

espécies em nível regional/estadual (a2); presença de aves endêmicas (a3); grau de exigência
Página

ambiental das aves (a4); peso corporal médio das espécies de aves (a5); especial importância
para as aves silvestres (a6); e diversidade de aves silvestres (a7).

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Indicadores de pressão: presença de espécies introduzidas (b1); e caça/captura/comércio
de espécies silvestres (b2).

Indicadores de resposta: normas de proteção da fauna silvestre; pesquisas


científicas/iniciativas sobre conservação/recuperação da fauna; programas de
reflorestamento/conservação de ecossistemas; fiscalização da caça/captura/comércio de
animais silvestres; programas/iniciativas de educação ambiental; e Unidades de Conservação.

3.3.5. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA VEGETAÇÃO

O estudo da vegetação limitou-se aos estratos arbóreo e arbustivo, visto que a


identificação de suas espécies em campo é menos complexa que para os extratos herbáceos e
subarbustivos, e considerando que as comunidades arborícolas e arbustivas na área de estudo
são suficientemente diversas para caracterizar de forma significativa de cada tipo de formação,
e refletir o grau de impacto ou de alteração ao qual podem estar sendo submetidas.

Indicadores de Estado: Presença de espécies de árvores ameaçadas (a1); presença de


espécies de árvores localmente raras (a2); presença de espécies de árvores endêmicas (a3);
importância ecológica e utilidade (IEU) (a4); presença de pés notáveis (a5); composição
florística/abundância de espécies de árvores e arbustos (a6); porte da formação (a7); cobertura
do estrato arbóreo-arbustivo (a8); número de estratos da formação (a9); extensão/isolamento
da formação (a10); singularidade regional do biótopo (a11); diversidade/repartição da
dominância (a12).

Indicadores de Pressão: Espécies e formações vegetais introduzidas; e impactos


antrópicos diretos.

Indicadores de Resposta: Normas de proteção da vegetação nativa; pesquisas


científicas e iniciativas sobre conservação de ecossistemas e espécies; programas de
reflorestamento ecológico; fiscalização do desmatamento; programas/iniciativas de educação
ambiental; e Unidades de Conservação.

3.3.6. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA SOCIOECONOMIA E


DESENVOLVIMENTO HUMANO

Os indicadores e índices selecionados devem ser processados e apresentados em nível


municipal.

Indicadores de Estado: qualidade da habitação, condições de vida, renda, saúde e


18

segurança ambiental e serviços sanitários. O conjunto destes indicadores levará à obtenção do


Página

Índice Temático de Qualidade de Vida Humana.

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Indicadores de Pressão: pressão urbana, pressão industrial, pressão agropecuária e
cobertura vegetal. O conjunto destes indicadores levará à obtenção do Índice Temático de
Pressão Antrópica.

Indicadores de Resposta: autonomia político-administrativa, gestão pública municipal,


gestão ambiental e informação e participação. O conjunto destes indicadores levará à obtenção
do Índice Temático de Capacidade Institucional.

4. EXPERIÊNCIA DO IDEMA EM MONITORAMENTO AMBIENTAL

A seguir são apresentados alguns programas de monitoramento ambiental executados e


em execução pelo Idema.

4.1. MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DO RIO PITIMBU (1985-


1988)

É o primeiro monitoramento executado pela Coordenadoria do Meio Ambiente -


CMA/Secretaria de Planejamento do Estado – SEPLAN que se tem conhecimento. Ele foi
desenvolvido através do Setor de Laboratório no período de 1985 a 1988. Foram monitorados 7
pontos, assim discriminados: nascente, passagem de areia, montante da Indaiá, jusante da
Indaiá e/ou montante da INPASA PAPÉIS, jusante da INPASA PAPÉIS, jusante da
TEXITA/CONCRETEX e entrada da Lagoa do Jiqui, para a determinação dos seguintes
parâmetros: temperatura da água, turbidez, resíduo total, pH, oxigênio dissolvido, DBO,
coliforme fecal.

As coletas de água foram realizadas mensalmente, na medida do possível, e as análises


foram realizadas em campo e em um pequeno laboratório existente na própria CMA e na
Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais do RN – CDM, sendo este último
responsável pelas análises de DBO e coliformes fecais. Com os resultados, pelo menos para o
ano de 1986, foi determinado o Índice de Qualidade da Água – IQA em cada ponto monitorado.
Infelizmente após o ano de 1988 esse monitoramento não teve continuidade.

Nessa época, a CMA também chegou a realizar o monitoramento da balneabilidade das


praias de Natal, com coletas semanais, e com coletas mensais nas praias do Litoral Sul, mas
infelizmente os resultados das análises de coliformes fecais não foram encontrados.
19
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4.2. MONITORAMENTO DA BALNEABILIDADE DAS PRAIAS DO RN (a partir de
2001)

O monitoramento da balneabilidade das praias começou no ano de 2001, através de um


convênio do Idema com a FUNCERN/CEFET-RN. Esse estudo se iniciou pelas praias dos
municípios de Nísia Floresta, Parnamirim e Extremoz, cujo objetivo era classificar as águas em
própria ou imprópria para a recreação de contato primário, principalmente para o banho.

Os pontos de coleta de amostras de água podem ser visualizados na Tabela 4.1,


inclusive em qual município se localiza.
Tabela 4.1 – Pontos de coleta de amostras.
Ponto Localidade Município
1 Rio Pium (Pirangi) Parnamirim/Nísia Floresta
2 Camurupim Nísia Floresta
3 Tabatinga Nísia Floresta
4 Búzios 1 Nísia Floresta
5 Búzios 2 Nísia Floresta
6 Búzios 3 Nísia Floresta
7 Pirangi do Sul Nísia Floresta
8 Pirangi do Norte Parnamirim
9 Pirangi do Norte Parnamirim
10 Pirangi do Norte Parnamirim
11 Cotovelo Parnamirim
12 Cotovelo Parnamirim
13 Redinha Nova Extremoz
14 Redinha Nova Extremoz
15 Jenipabu Extremoz
16 Barra do Rio Extremoz
17 Graçandu Extremoz
18 Graçandu Extremoz
19 Pitangui Extremoz

As amostragens foram realizadas semanalmente a uma profundidade média em torno de


1 m e sempre nos mesmos pontos. As amostras de água após coletadas eram levadas ao
laboratório do CEFET para a determinação da quantidade de coliformes fecais, e
posteriormente os resultados eram comparados com os limites máximos permitidos pela
Resolução CONAMA nº 274/2000 (BRASIL, 2000).

Em 2003 foram acrescidos os pontos das praias do Município de Natal e readequados os


demais pontos dos Municípios de Nísia Floresta, Parnamirim e Extremoz, conforme a Tabela
20

4.2, totalizando 29 pontos.


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Tabela 4.2 – Descrição dos pontos amostrados.
Ponto Praia Referência Município
NF-01 Tabatinga Flutuante do Mar Nísia Floresta
NF-02 Búzios Rio Doce Nísia Floresta
NF-03 Búzios Barracas Nísia Floresta
NF-04 Pirangi do Sul Igrejinha Nísia Floresta
PA-01 Rio Pium (Pirangi) Ponte Nova Parnamirim
PA-02 Pirangi do Norte APURN Parnamirim
PA-03 Pirangi do Norte Coqueiros Parnamirim
PA-04 Cotovelo Barra Mares Parnamirim
NA-01 Ponta Negra Morro do Careca Natal
NA-02 Ponta Negra Descida para praia Natal
NA-03 Ponta Negra Free Willys Natal
NA-04 Via Costeira Hotel Vila do Mar Natal
NA-05 Barreira D‘água Estação Elevatória Natal
NA-06 Mãe Luiza Posto de Gasolina Natal
NA-07 Miami Edifício Natal
NA-08 Areia Preta Jangada Natal
NA-09 Dos Artistas Centro de Artesanato Natal
NA-10 Do Meio Início da ciclovia Natal
NA-11 Do Forte Prainha Natal
NA-12 Redinha-rio Rio Potengi Natal
NA-13 Redinha Velha Norte do molhe Natal
NA-14 Redinha Nova Barraca Big Brother II Natal
EX-01 Redinha Nova Hotel Atlântico Norte Extremoz
EX-02 Redinha Portal das Dunas Extremoz
EX-03 Jenipabu Bar do Pedro Extremoz
EX-04 Barra do Rio Barraca Cata-vento Extremoz
EX-05 Graçandu Palhoças Extremoz
EX-06 Pitangui O Lagostão Extremoz

Em 2005 o estudo da balneabilidade das praias do RN passou a ser denominado


Programa Água Viva e a partir de 07/12/2006 foram incluídas 18 praias, distribuídas nos
Municípios de Baía Formosa, Canguaretama, Tibau do Sul, Ceará-Mirim, Maxaranguape,
Touros, Macau, Areia Branca, Grossos e Tibau, conforme pode ser visualizado na Tabela 4.3,
sendo que o monitoramento dos pontos localizados fora da Região Metropolitana de Natal
somente era realizado no período de veraneio, ou seja, nos meses de dezembro, janeiro e
fevereiro.
Tabela 4.3 – Identificação e localização das estações de monitoramento.
Estações de Praia/Local da coleta Município
monitoramento
21

BF-01 Bacopari Baía Formosa


BF-02 Porto Baía Formosa
Página

CA-01 Barra do Cunhaú/Rio Canguaretama


CA-02 Barra do Cunhaú/Punto Macimo Canguaretama
TS-01 Sibaúma Tibau do Sul

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TS-02 Pipa Tibau do Sul
TS-03 Barra de Guaraíras Tibau do Sul
NF-01 Tabatinga Nísia Floresta
NF-02 Búzios/Rio Doce Nísia Floresta
NF-03 Búzios/Barracas Nísia Floresta
NF-04 Pirangi do Sul/Igreja Nísia Floresta
PA-01 Rio Pium (Pirangi)/ Ponte Nova Parnamirim
PA-02 Pirangi do Norte/ APURN Parnamirim
PA-03 Pirangi do Norte/Barracas Parnamirim
PA-04 Cotovelo/Barramares Parnamirim
PA-05 Rio Pium (Pirangi)/Balneário Parnamirim
NA-01 Ponta Negra/ Morro do Careca Natal
NA-02 Ponta Negra/Acesso principal Natal
NA-03 Ponta Negra/Free Willys Natal
NA-04 Ponta Negra/Final do Calçadão Natal
NA-05 Via Costeira/Cacimba do Boi Natal
NA-06 Via Costeira/Barreira D‘água Natal
NA-07 Via Costeira/Mãe Luiza Natal
NA-08 Miami/Relógio Solar Natal
NA-09 Areia Preta/Praça da Jangada Natal
NA-10 Artistas/ Centro de Artesanato Natal
NA-11 Do Meio/Iemanjá Natal
NA-12 Do Forte Natal
NA-13 Redinha/Rio Potengi Natal
NA-14 Redinha/Igreja Natal
NA-15 Redinha/Barracas Natal
EX-01 Redinha Nova/Espigão Extremoz
EX-02 Redinha Nova/Tômbolo Extremoz
EX-03 Jenipabu/Barracas Extremoz
EX-04 Barra do Rio/Cata-vento Extremoz
EX-05 Graçandu/Barracas Extremoz
EX-06 Pitangui Extremoz
CM-01 Jacumã Ceará-Mirim
CM-02 Muriú Ceará-Mirim
MX-01 Barra de Maxaranguape Maxaranguape
MX-02 Maracajaú Maxaranguape
TO-01 Touros Touros
MA-01 Camapum Macau
AB-01 Ponta do Mel Areia Branca
AB-02 Upanema Areia Branca
GR-01 Pernambuquinho Grossos
TB-01 Manoelas Tibau
TB-02 Tibau Tibau

Em 2008 o monitoramento da balneabilidade das praias passou a integrar o Programa


Água Azul, que se caracteriza por uma rede compartilhada de monitoramento de qualidade das
águas do RN, e sobre o qual será comentado mais adiante.
22
Página

Adicionalmente eram realizadas campanhas educativas com ações de divulgação das


atividades desenvolvidas pelo programa de monitoramento da balneabilidade das praias,
incluindo a instalação de 06 (seis) bases de apoio, distribuídas nas principais praias

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monitoradas, funcionando aos sábados e domingos, durante um total de 06 (seis) semanas,
distribuídas nos meses de janeiro e fevereiro de cada ano.

Atualmente a balneabilidade continua sendo executada através de um contrato do Idema


com a FUNCERN/IFRN, monitorando as estações de amostragem constantes na Tabela 4.3,
acrescida dos pontos NF-05 Foz do Rio Pirangi, NF-06 Lagoa de Arituba e EX-07 Lagoa de
Pitangui. Enfatiza-se que o monitoramento das estações de coleta situadas na Grande Natal é
efetuado durante todas as semanas do ano, enquanto que nos demais pontos o monitoramento é
realizado durante o período de veraneio, compreendendo os meses de dezembro, janeiro e
fevereiro, ambos com coletas semanais para a determinação de coliformes termotolerantes.
Além disso, continua prevista a realização das campanhas educativas conforme citado no
parágrafo anterior.

Nesse último contrato foi acrescido um estudo experimental para avaliar as condições
sanitárias das areias das praias em 6 estações de monitoramento de Natal, através da
determinação de Coliformes Totais e Escherichia coli, com frequência semanal. Sendo que, ao
longo da execução do contrato podem ser definidos outros pontos de monitoramento.

Os resultados do monitoramento são divulgados através de boletins semanais e


relatórios técnicos trimestrais e anuais contendo todos os dados e informações a respeito das
condições de balneabilidade das praias monitoradas, incluindo interpretações, discussões e
sugestões. Estes documentos são disponibilizados no sítio eletrônico do IDEMA e na própria
página eletrônica do Programa Água Azul.

Além disso, os banhistas também são informados das condições de balneabilidade


através das placas de sinalização (Própria/Imprópria) localizadas nas praias da Região
Metropolitana de Natal, que estão consoantes com os resultados encontrados em cada semana.

4.3. PROGRAMA ESTADUAL DE MONITORAMENTO E FISCALIZAÇÃO


AMBIENTAL AÉREOS – PEMFAA (2004-2010)

Cabe esclarecer que esse programa teve início a partir de abril de 2004, ainda sem nome
definido, sendo que a partir de outubro de 2005 passou a ser chamado de Programa Estadual de
Monitoramento e Fiscalização Ambiental Aéreos – PEMFAA, tendo sido executado até 2010
através de contratos do Idema com uma empresa privada.

Esse programa teve como objetivo possibilitar a identificação de áreas, processos e


empreendimentos com efetiva ou potencial degradação ambiental e poluição, e áreas de
23

relevante interesse ambiental a serem preservadas, no Estado do Rio Grande do Norte.


Página

Apesar dos esforços desprendidos pelos técnicos do Idema, muitas vezes tem-se
encontrado dificuldades em se localizar as áreas, processos e/ou empreendimentos com

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degradação ambiental e poluição, face às condições de acesso e dificuldades de visualização via
terrestre, fluvial ou marítima. Assim, o PEMFAA apresenta-se como uma importante e
indispensável ferramenta auxiliar na identificação e localização precisa de degradações
ambientais, essencialmente em áreas ambientalmente mais frágeis, e de difícil acesso e
visualização via terrestre.

Este monitoramento ambiental aéreo constava de sobrevoos sistemáticos sobre o


território potiguar, com uso de aeronave apropriada para este tipo de serviço e capacidade
mínima para 03 (três) passageiros, obedecendo a roteiros preestabelecidos pelo Idema. Tinha
como objetivo documentar, através de fotografias aéreas oblíquas, áreas degradadas, em
degradação ou ambientalmente ameaçadas, identificadas durante todos os sobrevoos, assim
como através de vídeos que compreendiam a um percentual do total de voos a serem realizados
pelo programa, cuja definição era a critério do Idema.

Como produto, foram elaborados diversos relatórios técnicos para cada sobrevoo
realizado, devidamente assinado pelo responsável técnico da empresa que participou do
respectivo sobrevoo, incluindo toda a documentação fotográfica em meio digital e de vídeos
editados, o nome de cada arquivo digital identificando o local específico onde foi tomada a
fotografia e/ou vídeo.

As observações e toda a documentação obtida em cada sobrevoo, constantes nos


relatórios técnicos, têm como objetivo subsidiar as ações de controle ambiental a serem
implementadas pelo Idema para execução da política ambiental estadual.

4.4. MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DE RESERVATÓRIOS


PÚBLICOS QUE ABASTECEM OS MUNICÍPIOS DO SERIDÓ E ALTO OESTE
POTIGUAR (2006-2007)

Esse monitoramento foi realizado através de um contrato firmado entre o Idema e a


FUNPEC, com vistas à execução do Programa de Fortalecimento Institucional do Idema. O
objetivo desse trabalho foi o monitoramento da qualidade das águas contidas nos principais
reservatórios hídricos do Seridó (Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu) e do Alto Oeste
Potiguar (Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró), por meio de análises físico-químicas e
microbiológicas efetuadas em campo e em laboratório; reconhecimento dos reservatórios e/ou
áreas críticas, quanto às anomalias reconhecidas a partir das análises levantadas; e a
identificação dos principais fatores naturais e/ou antrópicos que contribuem para essas
anomalias.
24

Os municípios e reservatórios monitorados no Seridó foram: Acari (Açude Marechal


Página

Dutra/Gargalheiras), Caicó (Açude Itans), Cruzeta (Açude de Cruzeta) e Parelhas (Açude


Boqueirão); e no Alto Oeste foram: Alexandria (Açude Gov. Cortez Pereira/Pulgas), Lucrécia

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(Açude de Lucrécia), Pau dos Ferros (Açude Pau dos Ferros), Pilões (Açude de Pilões) e
Tenente Ananias (Açude Jesus, Maria, José).

O monitoramento foi desenvolvido durante um período de 12 meses, através de visitas


trimestrais em cada reservatório estudado, totalizando 4 levantamentos de campo para coleta de
amostras de água entre 14/01/2006 e 05/02/2007, cuja amostragem foi realizada em dois
pontos, sendo um no local de captação para o abastecimento público, e outro localizado mais a
montante do reservatório.

Em campo, o levantamento da qualidade da água foi realizado com a utilização de uma


sonda de multianálise (pH, condutividade, turbidez, oxigênio dissolvido, temperatura e
salinidade). Em laboratório, as amostras foram analisadas para a determinação da quantidade de
metais pesados na água (Cu, Pb, Zn, Cd, Hg, Cr e Ni), assim como para a determinação da
quantidade de coliformes fecais e cianobactérias.

O produto desse monitoramento foi a elaboração do Relatório Final contendo todos os


resultados encontrados.

4.5. MONITORAMENTO EMERGENCIAL DE QUALIDADE DAS ÁGUAS DOS RIOS


JUNDIAÍ E POTENGI (2007)

Esse monitoramento realizado no período de 21/08/2007 a 06/11/2007, através de um


Contrato com a FUNPEC, teve como objetivo a execução de campanhas de monitoramento
ambiental dos estuários dos rios Jundiaí e Potengi, desenvolvidas em caráter emergencial, por
meio da determinação de índices como IQA (Índice de Qualidade da Água), IT (Índice de
Toxidez) e IET (Índice de Estado Trófico), assim como a determinação de metais no sedimento
de fundo, permitindo a elaboração de um diagnóstico da qualidade ambiental das águas
estuarinas e a produção de informações que possibilitassem a constituição de um banco de
dados, para uso em estudos temporais e comparativos, buscando-se a definição de parâmetros
que subsidiassem uma melhor gestão dos recursos naturais envolvidos.

A justificativa para esse monitoramento ambiental, em caráter emergencial, deu-se


sobretudo pela ocorrência da grande mortandade de peixes verificada no Estuário do Rio
Jundiaí ocorrida nos dias 27 e 28 de julho de 2007 e ainda por não ter sido iniciado o programa
de monitoramento da qualidade de água e sedimento de fundo do Rio Jundiaí.

Os locais de amostragem de água nos Estuários dos Rios Jundiaí e Potengi estão
apresentados na Tabela 4.4.
25
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Tabela 4.4 - Pontos de coleta de amostras.
Ponto Descrição
E 01 Ponte sobre a BR 226
E 02 Em frente ao hospital em Macaíba
E 03 Jusante do lançamento do CIA
E 04 Montante da Imunizadora Riograndense
E 05 Montante do Curtume J. Motta
E 06 Confluência do Rio Jundiaí com o Rio Potengi
E 07 Golandim - Proximidade da sua desembocadura
E 08 Ponte de Igapó
E 09 Dique da Marinha do Brasil
E 10 Jusante do Canal do Baldo
E 11 Em frente ao Iate Clube
E 12 Vão central da Ponte Newton Navarro

Foram realizadas 4 campanhas de coleta de água nas marés baixa e alta nos 12 pontos
para análises físicas, químicas, bacteriológicas e fitoplanctônica; e 2 campanhas de coleta de
sedimento de fundo nos 12 pontos; além de 4 coletas em 4 pontos para o teste de toxicidade.
Os parâmetros analisados na água foram: temperatura, pH, oxigênio dissolvido, DBO,
coliformes termotolerantes, nitrogênio total, fósforo total, sólidos totais, turbidez, cor
verdadeira, óleos e graxas, sólidos dissolvidos totais, salinidade, nitrito, nitrato, nitrogênio
amoniacal, sulfetos, clorofila a, comunidade fitoplanctônica (quali-quantitativo), DQO, COT,
polifosfatos, ensaios de toxicidade, arsênio total, cádmio total, chumbo total, cobre dissolvido,
mercúrio total, cromo total, níquel total e zinco total.
Nos sedimentos de fundo os parâmetros analisados foram: cádmio total, chumbo total,
cobre total, mercúrio total, cromo total, níquel total e zinco total.
Foram produzidos 4 relatórios técnicos de monitoramento.

4.6. MONITORAMENTO DE QUALIDADE DAS ÁGUAS DOS RIOS JUNDIAÍ E


POTENGI (2008-2010)
Esse monitoramento foi uma continuidade do monitoramento emergencial realizado no
período de 21/08/2007 a 06/11/2007, citado anteriormente. Foi executado através de um
convênio com a FUNPEC, no período de 02/04/2008 a 16/12/2010, e teve como objetivo a
execução de campanhas de monitoramento ambiental dos estuários dos rios Jundiaí e Potengi,
por meio da determinação de índices: IQA (Índice de Qualidade da Água), IT (Índice de
Toxidez) e IET (Índice de Estado Trófico), e também a determinação de metais no sedimento de
fundo.
Os locais de amostragem de água nos Estuários dos Rios Jundiaí e Potengi estão
apresentados na Tabela 4.5.
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Tabela 4.5 - Pontos de coleta de amostras.
Ponto Descrição
E 01 Ponte em Peri-Peri, próximo à linha de alta-tensão
E 02 Ponte na BR 226
E 03 Em frente ao hospital em Macaíba
E 04 Jusante do lançamento do CIA
E 05 Montante da Imunizadora Riograndense
E 06 Montante do Curtume J. Motta
E 07 Jusante da lagoa aerada da CAERN em Quintas
E 08 50 m à montante da Ponte de Igapó
PA Ponte Forte-Redinha
PB Jusante do Porto de Natal
PC Jusante do Canal do Baldo
PD Em frente ao CIAT
PE Confluência do Riacho Rego Moleiro com o Rio Potengi

Cabe destacar que os pontos PA, PB, PC, PD e PE só foram analisados na primeira
campanha de coleta, tendo em vista que eles foram contemplados no Programa Água Azul,
conforme será descrito adiante.

A primeira campanha de coleta de amostras de água nas marés baixa e alta foi realizada
nos 13 pontos discriminados na Tabela 4.2, sendo que as 7 demais campanhas só foram
realizadas nos pontos E 01 a E 08. Foram realizadas 4 campanhas de coleta de sedimento de
fundo nos pontos E 01 a E 08 para análise de metais.

Os parâmetros analisados na água foram: temperatura, pH, oxigênio dissolvido, DBO,


coliformes termotolerantes, nitrogênio total, fósforo total, sólidos totais, turbidez, cor
verdadeira, óleos e graxas, sólidos dissolvidos totais, salinidade, nitrito, nitrato, nitrogênio
amoniacal, sulfetos, clorofila a, DQO, COT, polifosfatos, arsênio total, cádmio total, chumbo
total, cobre dissolvido, mercúrio total, cromo total, níquel total e zinco total.

Nos sedimentos de fundo os parâmetros analisados foram: cádmio total, chumbo total,
cobre total, mercúrio total, cromo total, níquel total e zinco total.

Foram produzidos 8 relatórios técnicos de monitoramento.

4.7. MONITORAMENTO EMERGENCIAL DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DO RIO


AÇU – REGIÃO BAIXO-AÇU (março e maio/2008)

A execução desse monitoramento ocorreu através do CONTRATO DE COOPERAÇÃO


27

TÉCNICO-CIENTÍFICO Nº 007/2008 IDEMA/FUNPEC, e teve como objetivo a execução de


campanhas de monitoramento da qualidade das águas do Rio Açu, mais precisamente na
Página

Região do Baixo-Açu, em caráter emergencial. O que permitiu a elaboração de um diagnóstico


da qualidade ambiental das águas, sobretudo pela ocorrência das últimas chuvas ocorridas em

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2008 que acabou provocando inundações no Vale do Açu em áreas de agricultura irrigada,
pecuária, projetos de carcinicultura, locais de disposição de lixo a céu aberto, entre outros,
consequentemente arrastando muita sujeira para o interior desse corpo d‘água, além de ter
ocasionado o transbordamento dos efluentes da Estação de Tratamento de Esgotos – ETE da
Cidade de Macau, localizada na Ilha de Santana, bem como o rompimento de parte da ponte de
madeira que liga Macau a essa ilha, o que acarretou o rompimento da tubulação de recalque dos
esgotos para a referida ETE, e consequentemente despejo dos esgotos brutos diretamente no
Estuário do Rio Açu.

Também tinha como objetivo a produção de informações que contribuíssem para a


constituição de um banco de dados, para uso em estudos temporais e comparativos, buscando-
se a definição de parâmetros que subsidiassem uma melhor gestão dos recursos naturais
envolvidos.

Os 10 pontos de coleta monitorados foram: Próximo à captação para o Projeto Baixo-


Açu, Montante da Cidade de Alto do Rodrigues, Jusante da Cidade de Alto do Rodrigues,
Jusante da Cidade de Pendências, Ponte com bifurcação dos Rios Açu e Rio dos Cavalos,
Montante da Cidade de Macau, Jusante da Cidade de Macau, Foz do Rio dos Cavalos, em
frente à Salina Dois Irmãos, Montante da Cidade de Porto do Mangue, no Riacho das Conchas,
e Jusante da Cidade de Porto do Mangue, no Riacho das Conchas.

Foram realizadas 3 campanhas de coletas de amostras de água, sendo uma em


março/2008 e duas em maio/2008, cujos parâmetros analisados foram: cor verdadeira, turbidez,
temperatura, condutividade, sólidos totais, sólidos dissolvidos totais, salinidade, teor de óleos e
graxas, pH, nitrogênio total, nitrito, nitrato, nitrogênio amoniacal, fósforo total, polifosfatos,
oxigênio dissolvido, DQO, DBO, COT, clorofila a, coliformes termotolerantes, metais (arsênio,
cádmio, chumbo, cobre dissolvido, mercúrio, cromo, níquel e zinco). Para a determinação da
balneabilidade foram realizadas coletas de água em 5 semanas consecutivas.

De posse dos resultados foram determinados o IQA, o IT, o IET e a balneabilidade nos
pontos monitorados, os quais podem ser visualizados no Relatório Técnico apresentado como
produto do monitoramento emergencial.

4.8. MONITORAMENTO DE QUALIDADE DAS ÁGUAS DO RN – PROGRAMA


ÁGUA AZUL (2008-2017)

Antes de adentrar na descrição deste monitoramento, será explicitada a situação do


monitoramento da qualidade das águas realizado pelo Idema e pelo Igarn no início de 2000,
28

através do documento intitulado ―Situação da atividade de Monitoramento da Qualidade da


Página

Água realizada pelos órgãos estaduais de meio ambiente e de recursos hídricos‖, de agosto de
2002, elaborado no âmbito do Componente Desenvolvimento Institucional/Subcomponente

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Monitoramento da Qualidade da Água do Programa Nacional do Meio Ambiente II – PNMA II,
do Ministério do Meio Ambiente.

No referido documento consta que para essa avaliação foram analisados os seguintes
aspectos: porcentagem de amostragem das bacias hidrográficas; tipos de parâmetros analisados;
frequência de amostragem e disponibilidade da informação, sendo que para cada aspecto
analisado o estado obtinha uma pontuação conforme o percentual de atendimento. Foram
estabelecidos cinco níveis de classificação dos estados, referente à somatória da pontuação
estabelecida para cada aspecto citado anteriormente, da seguinte forma:
Ótimo – 90 a 100 pontos;
Muito bom – 70 a 90 pontos;
Bom – 50 a 70 pontos;
Regular – 30 a 50 pontos;
Fraco ou insipiente – 0 a 30 pontos.

O resultado da avaliação revelou que o Estado do RN obteve um total de 15 pontos,


classificando-o na condição de Fraco ou Insipiente quanto à implementação do monitoramento
da qualidade da água em 2002. Essa situação foi compartilhada com mais 12 estados
brasileiros, dos quais 7 eram nordestinos.

Para reverter essa condição, no período de 16 a 18 de agosto de 2006 o Ministério do


Meio Ambiente, através da Agência Nacional de Águas – ANA, realizou em Natal uma Oficina
da Rede Hidrometeorológica e de Qualidade de Água e Sedimento do Estado do Rio Grande do
Norte, que contou com a participação de técnicos da ANA, CPRM, DNOCS, SERHID, Idema,
IGARN, EMPARN, CAERN, Vigilância Ambiental, CEFET, ARSBAN e UFRN.

O objetivo da oficina era conhecer inicialmente as redes de monitoramento das


Instituições participantes, para em seguida promover uma discussão em três Grupos Temáticos,
Grupo I – Quantidade, Grupo II – Qualidade e Grupo III – Subterrânea, para discussão da rede
existente (ativada e desativada), espacialização das estações, parâmetros medidos (quantidade e
qualidade da água e das variáveis climáticas) e elaboração das propostas de monitoramento
com a localização das estações de cada grupo temático. Por fim, a apresentação da proposta da
Rede Compartilhada para o Estado do Rio Grande do Norte.

Então, a Rede Compartilhada de qualidade da água foi resultado da comparação entre a


rede de monitoramento realizada pelo IGARN (49 pontos) e a rede proposta no Programa de
29

Desenvolvimento Sustentável e Convivência com o Semiárido Potiguar, contendo também


novas estações de monitoramento acrescentadas pelos técnicos das instituições que integravam
Página

o Grupo II. Nessa proposta foram estabelecidos 103 pontos de monitoramento nos corpos
hídricos superficiais localizados em rios, açudes, estuários e lagoas, distribuídos em 14 bacias

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hidrográficas do Estado. Além disso, definiram-se os parâmetros a serem analisados e os
índices de qualidade que deveriam ser adotados, como o Índice de Qualidade das Águas Brutas
para Fins de Abastecimento Público – IAP, o IQA e o IET.

Já o Grupo III, de água subterrânea, apresentou, entre outros encaminhamentos, uma


proposta de monitoramento da qualidade para 100 pontos distribuídos da seguinte maneira: 10
pontos nos Aquíferos Aluvionares, 43 pontos no Aquífero Dunas-Barreiras, 17 pontos em
Coberturas Sedimentares (Serras) – Fontes Naturais, 15 pontos no Aquífero Jandaíra e 15
pontos no Aquífero Açu. Esta equipe também apresentou os parâmetros a serem analisados por
tipo de aquífero.

Essas propostas de monitoramento de qualidade das águas superficiais e subterrâneas


advindas dessa Oficina e o monitoramento da balneabilidade das praias já existente serviram de
base para se criar o Programa Água Azul, caracterizado como sendo uma Rede Compartilhada
de Monitoramento de Qualidade das Águas do RN.

O Programa Água Azul teve início em 2008 através de um Convênio do Idema com o
IGARN, EMPARN, UERN, UFRN, UFERSA e IFRN, com duração de 30 meses e 100%
financiado pelo Idema. Devido a atrasos durante a sua execução, o programa teve seu prazo
aditado e sua duração ultrapassou o período previsto inicialmente. Já para o segundo convênio,
também financiado totalmente pelo Idema, a UFERSA não participou, e a sua operação, que
também previa uma duração de 30 meses, por alguns motivos também teve aditivos de prazo,
durando até maio de 2017. Entretanto, esclarece-se que esse programa de monitoramento de
qualidade das águas é contínuo.

O objetivo geral desse programa é realizar o monitoramento sistemático da qualidade


das águas dos principais corpos d‘água interiores e das águas subterrâneas, bem como das
condições de balneabilidade das praias do Estado do Rio Grande do Norte.

Nesse programa, cada Instituição parceira tinha suas atribuições distribuídas da seguinte
maneira:

 IGARN – responsável, inicialmente, pelas Análises de temperatura, turbidez, pH,


OD, DBO e coliformes termotolerantes para as amostras coletadas nas bacias
hidrográficas do Apodi/Mossoró, Piranhas/Açu e Faixa Litorânea Norte de
Escoamento Difuso, assim como pela coleta de amostras de água superficial e
subterrânea e envio aos laboratórios das Instituições.

 UFRN - responsável pelas análises físico-químicas e microbiológicas para as


30

amostras coletadas nas bacias hidrográficas do Boqueirão, Maxaranguape, Punaú,


Página

Ceará-Mirim, Doce, Potengi, Pirangi, Faixa Litorânea Leste de Escoamento Difuso,


Trairi, Jacu e Curimataú, assim como para as amostras de efluentes líquidos

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industriais ou sanitários, e de água superficial ou subterrânea para atendimento a
emergências, denúncias, perícias e solicitações de promotorias, além de todos os
testes de toxicidade, agrotóxicos e cianobactérias, e algumas análises de metais em
sedimento de fundo, assim como pelas análises das águas subterrâneas dos poços de
Natal.

 UERN - responsável pelas análises físico-químicas e microbiológicas que o


laboratório móvel do IGARN não realizasse para as amostras coletadas na Bacia
Hidrográfica do Apodi/Mossoró, assim como para as amostras de efluentes líquidos
industriais ou sanitários, e de água superficial ou subterrânea para atendimento a
emergências, denúncias, perícias e solicitações de promotorias. Além disso, também
era responsável pelas análises das águas subterrâneas dos poços localizados nessa
bacia hidrográfica.

 EMPARN - responsável pelas análises físico-químicas e microbiológicas que o


laboratório móvel do IGARN não realizasse para as amostras coletadas nas bacias
hidrográficas do Piranhas/Açu e Faixa Litorânea Norte de Escoamento Difuso, bem
como das análises das águas subterrâneas dos poços localizados nessas bacias e nas
demais bacias hidrográficas do litoral leste.

 UFERSA (durante o primeiro convênio) - responsável pelas análises de metais no


sedimento de fundo do Estuário do Rio Apodi-Mossoró.

 IFRN - responsável pelo monitoramento da balneabilidade das praias e balneários


interiores.

O Programa Água Azul tem a seguinte característica metodológica para a determinação


da qualidade das águas:

a) Nas águas superficiais

 Análise de parâmetros físico-químicos e bacteriológicos para determinação do Índice


de Qualidade de Água – IQA em 113 estações, conforme Figura 4.1, com
amostragem trimestral nos estuários e semestral nos demais pontos.

 Determinação do Índice de Toxidez – IT em 113 estações, com amostragem trimestral


nos estuários e semestral nos demais pontos.

 Determinação do Índice de Qualidade de Água Combinado – IQAc em 113 estações.


31

 Análise de clorofila ―a‖ e fósforo total para determinação do Índice de Estado


Página

Trófico – IET em 113 estações, com amostragem trimestral nos estuários e semestral
nos demais pontos.

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 Análise de metais no sedimento de fundo em 22 pontos localizados nos estuários, 1
em Passagem de Pedra no Rio Apodi/Mossoró, bem como em 3 pontos no Açude
Gargalheiras, totalizando 26 pontos, com amostragem semestral.

 Testes de toxicidade realizados em 22 pontos nos estuários, com amostragem


trimestral.

 Densidade de cianobactérias determinada em 17 açudes e 3 lagoas que são utilizadas


para abastecimento humano e em 16 pontos nos estuários, totalizando 36 pontos, com
amostragem trimestral.

 Análises de agrotóxicos em 24 pontos, com amostragem semestral.

 Estimar a qualidade ecológica da água através de índices bióticos nos trechos


escolhidos a partir de coletas sistemáticas de organismos bentônicos.

b) Nas águas subterrâneas

 Análises físico-químicas e bacteriológicas em 100 poços, conforme Figura 4.2, dos


quais 28 são em Natal, com amostragem semestral.

 Análises de Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e Xileno – BTEX, em 28 poços em Natal.

c) Nas praias

 Monitoramento ambiental das praias da área Metropolitana de Natal, em 33 estações,


conforme Figura 4.3, através de análises bacteriológicas, com coleta semanal durante
12 meses por ano.

 Monitoramento ambiental das praias do Litoral Potiguar, em 22 estações, conforme as


Figuras 4.4 e 4.5, através de análises bacteriológicas, com coleta semanal durante os
meses de dezembro, janeiro e fevereiro (período de veraneio).

 Realização de vistorias e investigações com vistas à identificação de potenciais


poluidores das praias monitoradas e campanhas educativas nas principais praias
monitoradas.

d) Outros
32

 Análises de efluentes líquidos industriais ou sanitários.


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 Análises de água superficial ou subterrânea para atendimento a emergências e


solicitações de promotorias.

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Os parâmetros físico-químicos e microbiológicos determinados nas águas superficiais,
em 113 estações, são os seguintes: temperatura da amostra, pH, oxigênio dissolvido, demanda
bioquímica de oxigênio (5 dias, 20ºC) – DBO5, coliformes termotolerantes, nitrogênio total,
fósforo total, sólidos totais e turbidez, para determinação do Índice de Qualidade de Água –
IQA; e outros parâmetros: carbono orgânico total – COT (somente nos estuários), nitrogênio
amoniacal total, salinidade, cor verdadeira, óleos e graxas (só nos estuários), clorofila ―a‖; além
dos metais considerados tóxicos para determinar o Índice de Toxidez - IT: cádmio total,
chumbo total, cobre dissolvido, mercúrio total, cromo total, níquel total e zinco total.
Figura 4.1 – Mapa com a localização das 113 Estações de monitoramento das águas
superficiais.

Os parâmetros físico-químicos e bacteriológicos para as águas subterrâneas em 100


poços são os seguintes: Temperatura, cor, turbidez, pH, condutividade elétrica, sólidos
dissolvidos totais, dureza total, nitrogênio amoniacal, nitrito, nitrato, cálcio, magnésio, sódio,
potássio, ferro, carbonato, bicarbonato, sulfato, cloreto, coliformes totais e termotolerantes.
Quando o poço está localizado no calcário, 10 poços de Baraúnas, acrescentam-se os
parâmetros bário e boro. Além de análises de Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e Xileno – BTEX,
33

em 28 poços em Natal.
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Figura 4.2 – Mapa com a localização dos 100 poços de monitoramento das águas subterrâneas.

Nos sedimentos de fundo são analisados os seguintes metais: cádmio total, chumbo
total, cobre dissolvido, mercúrio total, cromo total, níquel total e zinco total.

O parâmetro utilizado para a determinação da balneabilidade das praias é o coliforme


termotolerante.
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Figura 4.3 – Mapa com a localização das 33 estações de monitoramento da balneabilidade das
praias da área Metropolitana de Natal (Municípios de Nísia Floresta, Parnamirim, Natal e
Extremoz).

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Figura 4.4 – Mapa com a localização das 16 estações de monitoramento da balneabilidade das
praias do Litoral Potiguar/Setor Leste (Municípios de Baía Formosa, Canguaretama, Tibau do
Sul, Nísia Floresta, Extremoz, Ceará-Mirim, Maxaranguape e Touros).

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Figura 4.5 - Mapa com a localização das 6 estações de monitoramento da balneabilidade das
praias do Litoral Potiguar/Setor Norte (Municípios de Macau, Areia Branca, Grossos e Tibau).

Os relatórios técnicos elaborados trimestralmente para as águas superficiais,


semestralmente para as águas subterrâneas e trimestralmente para a balneabilidade das praias
podem ser visualizados nos sítios eletrônicos do Idema e do Programa Água Azul –
www.programaaguaazul.ct.ufrn.br.

5. PROPOSTA DO NOVO PLANO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL PARA O RN

Considerando as propostas existentes, a experiência do Idema em monitoramento


ambiental e as necessidades identificadas, apresenta-se a seguir a proposta de um novo plano de
monitoramento ambiental para o Rio Grande do Norte, cuja execução será de responsabilidade
do Idema, com ou sem a participação de outras Instituições governamentais.

O plano também contempla diretrizes gerais para os programas de monitoramento


ambiental por área, que deverão ser objeto de um detalhamento posterior.

A proposta do plano de monitoramento ambiental utiliza o modelo da Organização para


a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico – OCDE, que leva em consideração a adoção
de indicadores e índices ambientais utilizando um enfoque analítico de causalidade: Pressão-
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Estado-Resposta. Esse modelo também integrava a PROPOSTA DE SISTEMA DE


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MONITORAMENTO AMBIENTAL PARA O ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

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EMPREGANDO-SE INDICADORES E ÍNDICES AMBIENTAIS. IDEMA/FUNPEC,
Março/2007 (IDEMA, 2007a), comentado anteriormente.

No caso dos indicadores de estado, a informação a ser gerada referir-se-á à situação em


que se encontra o ambiente. Os indicadores de pressão oferecerão uma informação agregada
dos impactos, enquanto os indicadores de respostas identificarão as principais ações políticas
(públicas ou privadas) e seus resultados em relação ao meio ambiente.

Os Indicadores Ambientais são parâmetros, ou funções derivadas deles, que têm a


capacidade de descrever um estado ou uma resposta dos fenômenos que ocorrem em um meio.
Exemplo: pH; balneabilidade – própria ou imprópria ao banho.

Os Índices Ambientais são o resultado da combinação de um conjunto de parâmetros


associados uns aos outros por meio de uma relação preestabelecida que dá origem a um novo e
único valor. Exemplo: Índice de Qualidade da Água – IQA. Os índices ambientais também são
indicadores ambientais.

Para o Ministério do Meio Ambiente Indicadores Ambientais são estatísticas


selecionadas que representam ou resumem alguns aspectos do estado do meio ambiente, dos
recursos naturais e de atividades humanas relacionadas.

Os Indicadores e Índices Ambientais reduzem o número de medidas e de parâmetros


que seriam normalmente necessários para analisar uma situação com exatidão. Eles simplificam
o processo de comunicação dos resultados aos usuários, para tanto, devem ser simples, claros e
facilmente compreensíveis por não especialistas, além de serem capazes de mostrar a evolução
das tendências com o tempo e serem preditivos; e permitir alertar sobre tendências negativas.

O plano aqui proposto leva em consideração o monitoramento nas seguintes áreas: a)


recursos naturais: água, solo, ar e ruído, e biológico (fauna e vegetação); b) aspectos
socioeconômicos e de desenvolvimento humano; c) gestão ambiental: disposição final de
resíduos sólidos urbanos municipais, sistemas de tratamento de esgotos sanitários municipais
através de lagoas de estabilização e uso e ocupação do solo; d) Linha de costa.

A seguir são apresentados os principais indicadores e índices ambientais por área e as


respectivas metodologias de cálculo, principalmente dos indicadores de estado.

5.1. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA ÁGUA

Indicadores de Estado: a) Águas superficiais: Índice de Qualidade de Água – IQA,


38

Índice de Toxidez - IT, Índice de Qualidade de Água combinado – IQAc, Índice de Estado
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Trófico de Carson Modificado (IETM), Análise de macroinvertebrados bentônicos para


determinação do índice biótico com base no Biological Monitoring Working Party (BMWP)

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descrito na proposta de 2007 (IDEMA, 2007a) e outros modelos utilizados para rios do Estado
(ANDRADE, 2016), Indicador de balneabilidade, Teste de Toxicidade, Índice de qualidade das
águas para proteção da vida aquática e de comunidades aquáticas – IVA, Avaliação da
qualidade dos sedimentos através da contaminação química, densidade de cianobactérias,
análise de agrotóxicos, além de carbono orgânico total – COT (somente nos estuários),
nitrogênio amoniacal total, salinidade, cor verdadeira, óleos e graxas (somente nos estuários),
clorofila ―a‖ e os metais considerados tóxicos cádmio total, chumbo total, cobre dissolvido,
mercúrio total, cromo total, níquel total e zinco total; b) Águas subterrâneas: Temperatura, cor,
turbidez, pH, condutividade elétrica, sólidos dissolvidos totais, dureza total, nitrogênio
amoniacal, nitrito, nitrato, cálcio, magnésio, sódio, potássio, ferro, carbonato, bicarbonato,
sulfato, cloreto, coliformes totais e termotolerantes. Quando o poço estiver localizado no
calcário, acrescentar-se-á os parâmetros bário e boro. Análises de Benzeno, Tolueno,
Etilbenzeno e Xileno – BTEX, em locais com vulnerabilidade de contaminação por vazamento
em postos de combustíveis

5.1.1. ÍNDICE DE QUALIDADE DE ÁGUA – IQA

Esse índice é amplamente adotado no Brasil e pelo Idema através do Programa Água
Azul, inclusive integra a proposta do PLANO ESTADUAL DE MONITORAMENTO DA
QUALIDADE E DA QUANTIDADE DA ÁGUA DE BACIAS PRIORITÁRIAS E PROJETO
DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE E DA QUANTIDADE DA ÁGUA – RN.
BACIAS DOS RIOS POTENGI E SERIDÓ. Agosto/05 (BRASIL, 2005b) e da proposta de
SISTEMA DE MONITORAMENTO AMBIENTAL PARA O ESTADO DO RIO GRANDE
DO NORTE EMPREGANDO-SE INDICADORES E ÍNDICES AMBIENTAIS.
IDEMA/FUNPEC, Março/2007 (IDEMA, 2007a).

O IQA fornece uma indicação relativa da qualidade da água, permitindo uma


comparação espaço temporal de pontos distribuídos num mesmo corpo aquático ou entre
distintas coleções hídricas. Foi desenvolvido inicialmente pela National Sanitation Foundation
(NSF), da cidade de Ann Arbor, Michigan, EUA, em 1970, para avaliar a qualidade da água
para abastecimento humano.

Para o cálculo do IQA, foram selecionados 9 (nove) parâmetros considerados os mais


importantes na qualificação da água, e para cada um deles definiu-se um peso significativo da
sua importância na determinação do índice. A Tabela 5.1 apresenta os parâmetros que compõem
o IQA, bem como seus pesos. Pode-se verificar que o somatório dos pesos é igual a 1,0. O IQA
pode ser calculado através de duas expressões matemáticas que definem o IQA aditivo (IQA A)
39

e o IQA multiplicativo (IQAM), ou seja:


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Onde,
IQA= índice de qualidade da água, representado por um número em escala contínua de 0 a 100.
qi= qualidade individual (subíndice de qualidade) do iésimo parâmetro, um valor entre 0 e100.
Wi= peso unitário do iésimo parâmetro.

Tabela 5.1 – Parâmetros e pesos para cálculo do IQA.

Os valores dos subíndices são obtidos através de ―curvas médias‖ para cada parâmetro
de controle (OTT, 1978, citado em IDEMA, 2007a) (Figuras 5.1 a 5.9). Nestas curvas, a linha
contínua representa a média aritmética e, portanto, o valor de referência considerado.

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Figura 5.1 – Função de subíndice para OD. Figura 5.2 – Função de subíndice para
coliformes termotolerantes.

Figura 5.3 – Função de subíndice para pH. Figura 5.4 – Função de subíndice para
DBO5.
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Figura 5.5 – Função de subíndice para Nitrato. Figura 5.6 – Função de subíndice para
fósforo total.

Figura 5.7 – Função de subíndice para variação de Figura 5.8 – Função de subíndice para
temperatura. variação de turbidez.
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Figura 5.9 – Função de subíndice para variação de sólidos totais.

O IQA classifica uma água de acordo com a nota atribuída a mesma, variando de 0
(zero) a 100 (cem), conforme se verifica na Tabela 5.2.
Tabela 5.2 – Classificação de águas naturais, conforme o IQA-NSF.

Faixa Nível de Qualidade


90 < IQA ≤ 100 Excelente
70 < IQA ≤ 90 Bom
50 < IQA ≤ 70 Médio
25 < IQA ≤ 50 Ruim
00 < IQA ≤ 25 Muito Ruim

5.1.2. ÍNDICE DE TOXIDEZ – IT E ÍNDICE DE QUALIDADE DE ÁGUA


COMBINADO – IQAc

Para a determinação do IT são considerados os seguintes metais tóxicos: cádmio total,


chumbo total, cobre dissolvido, mercúrio total, cromo total, níquel total e zinco total. O IT será
utilizado em conjugação ao IQA. O IT é um índice binário (valores 0 e 1), ou seja, quando
alguma substância tóxica apresentar valor acima do limite permitido pela Resolução CONAMA
43

N.º 357/2005 (BRASIL, 2005a), o IT assumirá valor 0 (zero), e quando nenhuma substância
tóxica ultrapassar o limite permitido o IT assumirá o valor 1 (um). A nota final da qualidade de
Página

um ponto de amostragem será o produto do IQA pelo IT. Quando o IT for igual a 0 (zero) o
produto é zero, fazendo com que o IQA assuma valor 0 (zero), classificando a água como da

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pior qualidade, ou seja, muito ruim. Quando o IT for igual a 1 (um) o produto confirmará o
resultado do IQA. O Índice de Qualidade de Água combinado (IQAc) adotado será aquele
resultante do produto do IT pelo IQA, conforme a equação: IQAc = IQA x IT.

5.1.3. ÍNDICE DE ESTADO TRÓFICO – IET

Este índice tem por finalidade classificar corpos d‘água em diferentes graus de trofia, ou
seja, avaliar a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito
relacionado ao crescimento excessivo das algas e cianobactérias (CETESB, 2020).

O índice do estado trófico adotado foi o clássico introduzido por Carlson modificado
por Toledo et al. (1983) e Toledo (1990) que, através de método estatístico baseado em
regressão linear, alterou as expressões originais para adequá-las a ambientes subtropicais. Este
índice utiliza três avaliações de estado trófico em função dos valores obtidos para as variáveis:
transparência (disco de Secchi), clorofila a e fósforo total. Contudo, conforme adotado pela
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB (2020), das três variáveis utilizadas
para o cálculo do IET, foram aplicadas apenas duas: clorofila ‘a’ e fósforo total, uma vez que os
valores de transparência muitas vezes não são representativos do estado de trofia, pois ela pode
ser afetada pela elevada turbidez decorrente de material mineral em suspensão e não apenas
pela densidade de organismos planctônicos, além de que, muitas vezes não se dispõem desses
dados. Dessa forma, não será considerada a transparência no cálculo do Índice do Estado
Trófico – IET em reservatórios e rios do Estado do Rio Grande do Norte.

De forma que nesta proposta, o Índice do Estado Trófico (IET) será composto pelo
Índice do Estado Trófico para o fósforo – IET(P) e o Índice do Estado Trófico para a clorofila a
– IET(CL), modificados por Lamparelli (2004), sendo estabelecidas as seguintes equações para
ambientes lóticos (rios) e para lênticos (reservatórios), respectivamente:

- Rios (também será usada para estuários)

IET (CL) = 10x(6-((-0,7-0,6x(ln CL))/ln 2))-20

IET (PT) = 10x(6-((0,42-0,36x(ln PT))/ln 2))-20

- Reservatórios (açudes e lagoas)

IET (CL) = 10x(6-((0,92-0,34x(ln CL))/ln 2))

IET (PT) = 10x(6-((1,77-0,42x(ln PT))/ln 2))


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Em que:
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PT = concentração de fósforo total medida à superfície da água, em μg.L-1

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CL= concentração de clorofila ‗a‘ medida à superfície da água, em μg.L-1

In = logaritmo natural

O resultado dos valores do IET será a média aritmética simples, com arredondamento
da primeira casa decimal, dos índices relativos ao fósforo total e a clorofila a, segundo a
equação:

IET = [IET(P) + IET(CL)]/2

No caso de não houver resultados para o fósforo total ou para a clorofila a, o índice será
calculado com o parâmetro disponível e considerado equivalente ao IET, devendo apenas
constar uma observação junto ao resultado, informando que apenas um dos parâmetros foi
utilizado.

Nas Tabelas 5.3 e 5.4 apresentam-se a classificação do Estado Trófico para rios e
reservatórios, respectivamente (CETESB, 2020).
Tabela 5.3 - Classificação do Estado Trófico para rios segundo Índice de Carlson Modificado.

Classificação do Estado Trófico para rios

P-total – P Clorofila a
Categoria (Estado Trófico) Ponderação
(mg.m-3) (mg.m-3)
Ultraoligotrófico IET ≤ 47 P ≤ 13 CL ≤ 0,74
Oligotrófico 47 < IET ≤ 52 13< P ≤ 35 0,74 < CL ≤ 1,31
Mesotrófico 52 < IET ≤ 59 35 < P ≤137 1,31 < CL ≤ 2,96
Eutrófico 59 < IET ≤ 63 137< P ≤296 2,96 < CL ≤ 4,70
Supereutrófico 63 < IET ≤ 67 296 < P ≤640 4,70 < CL ≤ 7,46
Hipereutrófico IET> 67 640 < P 7,46 < CL
Fonte: CETESB, 2020.

Tabela 5.4 – Classificação do Estado Trófico para reservatórios segundo Índice de Carlson
Modificado.

Classificação do Estado Trófico para reservatórios

Categoria (Estado Secchi – S P-total – P Clorofila a


Ponderação
Trófico) (m) (mg.m-3) (mg.m-3)
Ultraoligotrófico IET ≤ 47 S ≥ 2,4 P≤8 CL ≤ 1,17
Oligotrófico 47 < IET ≤ 52 2,4 > S ≥ 1,7 8 < P ≤ 19 1,17 < CL ≤ 3,24
Mesotrófico 52 < IET ≤ 59 1,7 > S ≥ 1,1 19 < P ≤ 52 3,24 < CL ≤ 11,03
45

Eutrófico 59 < IET ≤ 63 1,1 > S ≥ 0,8 52 < P ≤ 120 11,03 < CL ≤ 30,55
Página

Supereutrófico 63 < IET ≤ 67 0,8 > S ≥ 0,6 120 < P ≤ 233 30,55 < CL ≤ 69,05
Hipereutrófico IET> 67 0,6 > S 233 < P 69,05 < CL
Fonte: CETESB, 2020.

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5.1.4. ÍNDICE BIÓTICO

O Biomonitoramento Aquático pode ser definido, cientificamente, como um conjunto


de técnicas que permitem a estimativa da qualidade das águas naturais e o grau de preservação
dos ecossistemas aquáticos a partir do estudo dos organismos que habitam esse meio. Um dos
métodos mais indicados para sistemas fluviais é aquele que estuda os macroinvertebrados
bentônicos para posterior aplicação de Índices Bióticos. Esses organismos, especialmente os
mais sensíveis, funcionam como indicadores de qualidade e estabilidade do ecossistema fluvial,
pelo qual seu estudo torna-se uma ferramenta muito confiável para monitorar a evolução
temporal dos rios, complementando, no momento, as convencionais análises físico-químicas
das águas.

Para tanto, deve-se avaliar os macroinvertebrados bentônicos, através dos seguintes


indicadores de estado: famílias ou grupos como Trichoptera, Efhemeroptera, Odonata
(Cordulidae), entre outras, que sinalizem a boa qualidade da água na estação em estudo ou no
próprio trecho do rio analisado. Outras Ordens e Famílias, a exemplo de Diptera
(Quironomidae, Culicidae), Odonata (Libellulidae), que possam sinalizar condições de má
qualidade da água. Finalmente, outros organismos como Diptera (Simuliidae, Ceratopogonidae)
Odonata (Coenagrionidae), que retratem as condições intermediárias da água. Dados ou fatores
abióticos como correnteza, largura, profundidade, pH, tipos de substratos, oxigênio dissolvido e
temperatura de cada estação de coleta deverão fazer parte complementar, na avaliação dos
possíveis grupos de organismos que estarão inseridos em um modelo de avaliação da qualidade
da água do trecho do rio estudado.

Para o planejamento das coletas, a amostragem e o tratamento das amostras, seguirão as


recomendações da Environmental Protection Agency (USEPA) nos seus Rapid Bioassessment
Protocols for Use in Streams and Wadeable Rivers. As estações de amostragem devem ser
distribuídas com a finalidade de prospectar os diversos microambientes do canal fluvial,
situando-as respectivamente nas águas rasas e no sedimento próximo à margem. Nos locais de
análises devem ser retiradas três réplicas de cada ponto, com uma periodicidade trimestral,
utilizando ferramentas convencionais para extração dos espécimes, sedimentos e vegetação,
através de ferramenta criada para esse fim: peneira coletora triangular (tipo D-frame tip net) de
cabo longo, com malha dupla de 0,8mm de trama, com dimensões de 30 x 40 cm.
Esporadicamente, para facilitar a identificação das larvas, pupas e ninfas de várias ordens de
insetos a nível genérico e específico, serão coletados adultos dessas ordens com rede
entomológica manual (tipo butterfly-net), além de rede de coleta tipo (rapixé). Para cada
amostra nos pontos de coleta deve-se explorar as margens direita e esquerda, bem como uma
46

amostra na parte central do rio, levando em consideração a somatória das réplicas como uma só
Página

análise. As amostras devem ser rotuladas e preservadas in natura, em álcool etílico hidratado
(70%). Após a chegada ao laboratório, as amostras serão submetidas à limpeza, triagem e
contagem dos indivíduos encontrados, de forma fracionada, o que permitirá a utilização de

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metodologias quantitativas e semi-quantitativas na interpretação dos resultados. A identificação
dos espécimes encontrados deve ser feita em Laboratório especializado em Entomologia com
ajuda de lupa binocular (Leica Wild M3Z) e através de múltiplas chaves publicadas para os
diferentes grupos e táxons (McCAFFERTY & PROVONSHA, 1994; LEHMKUHL, 1979;
EDMUNDS et al., 1963; NIESSER & MELO, 1997).

Embora a Resolução CONAMA nº 357/2005 (BRASIL, 2005a), no seu capítulo III,


seção I, Art. 8º parágrafo 3º menciona que ―a qualidade dos ambientes aquáticos poderá ser
avaliada por indicadores biológicos...‖ não há uma descrição mais detalhada nesta norma
acerca da utilização de bioindicadores. Neste contexto, em alguns estados brasileiros o método
mais apropriado para inferir na qualidade da água de ambientes lóticos tem sido a aplicação de
índices bióticos já estabelecidos em outros países. Um dos índices mais empregados nesta área
de monitoramento no continente europeu, e mais recentemente adaptado em outros países, é o
Biological Monitoring Working Party (BMWP e BMWP modificado) (JUNQUEIRA &
CAMPOS, 1998). No Estado do Rio Grande do Norte também há trabalhos desenvolvidos com
adaptações deste índice, bem como de outros índices bióticos para macroinvertebrados
bentônicos. Para este estudo propõem-se a aplicação de três índices modificados a partir do
BMWP que foi abordado na proposta de 2007 (IDEMA, 2007a), são eles: BMWP‘, adaptado
por Junqueira & Campos (1998); BMWP‘*, adaptado por Alba-Tercedor (2000); e BMWP",
adaptado por Monteiro et. al (2008). O BMWP‘* e o BMWP" já são utilizados em bacias
hidrográficas do território brasileiro. Também são propostos outros dois índices bióticos: um
semi-qualitativo, o índice de Hilsenhoff, 1977; e um semi-quantitativo, o índice de Chandler,
1970. Estes últimos índices foram bem estudados e posteriormente indicados por Irusta (2002)
após análise de vários índices para serem utilizados em campanhas de biomonitoramento na
bacia hidrográfica do rio Piranha-Açu, descrito no ―Relatório Final do Projeto Sistema de
Indicadores e Índices Ambientais para a Área da Bacia Potiguar no Estado do Rio Grande do
Norte‖ (IDEMA, 2007a) realizado na região do Baixo-Acu, bem como o trabalho descrito no
Relatório sobre o Biomonitoramento dos rios Pitimbu e Punaú realizado através da
identificação de macroinvertebrados bentônicos (ANDRADE, 2016).

Conforme citado no Relatório Final do Sistema de Indicadores e Índices para a área da


Bacia Potiguar no Estado do Rio Grande do Norte (IDEMA, 2007b), MELO-JÚNIOR &
IRUSTA (2004) efetuando um trabalho de diagnóstico e monitoramento ambiental no Baixo-
Açu concluíram, após análise de dez índices diferenciados, que o Índice de Chandler e o Índice
de Hilsenhoff seriam os mais adaptados para a análise dos macroinvertebrados bentônicos.
Uma vez que o período estudado para este trabalho compreendeu a época seca da região,
determina-se, pois, que um único índice, o de Chandler, pode retratar suficientemente a
47

qualidade da água no rio em análise. Ele é expresso na forma de uma matriz com duas entradas:
as categorias taxonômicas nas linhas e as classes de abundância nas colunas. Cada tipo de
Página

organismo encontrado nas amostras deverá ser identificado e contado previamente, para poder
aceder ao índice com essas informações. No cruzamento entre linhas e colunas atingir-se-á um

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valor que formará parte do somatório que fornecerá o valor do índice para uma amostra ou
travessa. Para a adaptação do índice partiu-se da modificação publicada por GARCÍA DE
JALÓN & GONZÁLEZ DEL TÁNAGO (1980), conforme citado por Andrade (2016), a qual
incrementa o número de linhas e modifica os valores de abundância ao método original. O
resultado dessas adaptações é um índice modificado de Chandler (IC*) para o trecho baixo do
rio Açu, com a mesma base metodológica de MELO-JÚNIOR & IRUSTA (2004), na
possibilidade de poder aplicá-lo para as espécies locais.

Portanto, após o levantamento dos dados qualiquantitativos dos táxons se utilizará os


cinco índices para determinação da qualidade da água, segundo discriminado a seguir.
Lembrando que os índices descritos a seguir (nas Tabelas 5.5 a 5.14) estão de acordo com o
citado no trabalho de Biomonitoramento dos Rios Pitimbu e Punaú realizado através da
identificação de macroinvertebrados bentônicos no âmbito do Programa Água Azul
(ANDRADE, 2016).
Tabela 5.5 - Índice biótico de Chandler* adaptado por Irusta (2002).
Número de organismos
Macroinvertebrados
1-2 3-10 11-40 41-80 >80
PLECOPTERA 94 96 98 99 100
Progomphus (Gomphidae, ODONATA), Leptophlebiidae (EPHEMEROPTERA) 85 88 90 93 96
TRICHOPTERA (exc. Hydroptilidae) 79 83 86 89 92
Tricorythidae, Baetidae (EPHEMEROPTERA) 73 76 79 82 85
Hydroptilidae (TRICHOPTERA); Gomphidae (exc. Progomphus e Aphylla,
70 72 75 78 83
ODONATA)
Caenidae (EPHEMEROPTERA) 65 68 73 75 77
Aphylla (Gomphidae, ODONATA) 63 66 69 72 74
Protoneuridae, Calopterigidae, Aeshnidae (ODONATA) 58 62 66 69 73
Simuliidae, Tipulidae (DIPTERA) 56 58 60 63 66
Amphizoidae, Elmidae, Haliplidae, Ptilodactilidae, Helodidae (COLEOPTERA) 54 57 60 63 66
Rhagoveliinae (Veliidae, HEMIPTERA) 52 54 57 60 63
Palaemonidae (exc. Macrobrachium, DECAPODA) 50 55 57 59 61
Corduliidae, Coenagrionidae, Lestidae (ODONATA) 48 50 53 56 58
Mesoveliidae, Ambrysinae (Naucoridae) (HEMIPTERA) 46 48 50 53 56
Libellulidae (ODONATA); Ancilidae (GASTROPODA) 44 46 48 51 54
Berosinae, Hydrobiinae (Hydrophilidae), Limnichidae (COLEOPTERA) 42 45 48 50 52
Dolichopodidae, Ceratopogonidae, Stratiomyidae,Tabanidae (DIPTERA) 41 43 45 49 51
Orthocladiinae, Tanypodinae (Chironomidae, DIPTERA) 41 43 45 48 50
Chironominae (exc. Chironomus, Chironomidae), Chaoboridae (DIPTERA) 40 42 44 46 48
Physidae, Antillorbis (Planorbidae) (GASTROPODA); Sphaeridae (BIVALVIA) 40 41 43 45 47
Veliidae (exc. Rhagoveliinae), Notonectidae, Hebridae (HEMIPTERA) 38 40 41 43 44
COLLEMBOLA; Naucoridae (exc. Ambrysinae), Pleidae (HEMIPTERA) 38 39 40 41 42
Dytiscidae, Gyrinidae, Hydrophilinae (Hydrophilidae), Noteridae, Curculionidae
38 39 40 41 42
(COLEOPTERA)
CLADOCERA; CONCHOSTRACA 37 37 38 39 40
Macrobrachium (Palaemonidae) (DECAPODA) 36 36 36 36 36
HIRUDINEA; Hidracnidae (ACARI) 34 33 32 31 30
Belostomatidae, Corixidae, Nepidae (HEMIPTERA) 33 32 31 29 27
LEPIDOPTERA; Ephydridae (DIPTERA) 32 30 28 26 25
48

Pomacea (Pilidae), Biomphalaria (Planorbidae) (GASTROPODA) 30 27 24 20 17


Culicidae (DIPTERA); OLIGOCHAETA 27 24 20 16 12
Página

ISOPODA; ARANEA; ORTHOPTERA 25 22 18 12 8


Thiaridae (GASTROPODA) 17 11 6 3 0
Chironomus (Chironomidae, DIPTERA) 15 10 5 2 0

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Tabela 5.6 - Categorias para o Índice biótico de Chandler* adaptado por Irusta (2002).
Índice Qualidade
> 2000 Muito bem preservado

1300-2000 Relativamente preservado

700-1299 Alterações moderadas

350-699 Alterações importantes

<350 Forte descaracterização

Tabela 5.7 - Índice biótico de Hilsenhoff* adaptado por Irusta (2002).


Classe Insecta
O. EPHEMEROPTERA O. COLEOPTERA (continuação)
F. BAETIDAE 1,5 F. HELODIDAE 2,5
F. CAENIDAE 2,5 F. HYDROPHILIDAE
F. TRICORYTHIDAE 2 Subf. Berosinae 3
O. ODONATA Subf. Hydrobiinae 3
F. CALOPTERYGIDAE 2,5 Subf. Hydrophilinae 3,5
F. COENAGRIONIDAE 3 F. LIMNICHIDAE 2,5
F. PROTONEURIDAE 3 F. NOTERIDAE 3,5
F. AESHNIDAE 2,5 F. PTILODACTYLIDAE 2,5
F. GOMPHIDAE O. TRICHOPTERA
Aphylla sp. 2 F. HYDROPTILIDAE
Progomphus sp. 1 Ochrotrichia sp. 1,5
F. LIBELLULIDAE 3,5 Oxyethira sp. 2
O. ORTHOPTERA Neotrichia sp. 2
F. TRIDACTYLIDAE 4 F. ODONTOCERIDAE 0,5
O. HEMIPTERA F. POLYCENTROPIDAE 1
F. BELOSTOMATIDAE 4 O. LEPDOPTERA
F. HEBRIDAE 3,5 F. PYRALIDAE 3,5
F. MESOVELIIDAE 3 O. DIPTERA
F. NAUCORIDAE 3,5 F. CERATOPOGONIDAE 2,5
F. NOTONECTIDAE 3 F. CHIRONOMIDAE
F. PLEIDAE 3 Subf. Chirominae 3
F. VELIDAE Subf. Orthocladiinae 2,5
Subf. Microveliinae 3,5 Subf. Tanypodinae 3
Subf. Rhagoveliinae 2,5 F. CULICIDAE 4,5
O. COLEOPTERA F. DOLICHOPODIDAE 2,5
F. CURCULIONIDAE 3,5 F. SIMULIIDAE 2
49

F. DYTISCIDAE 3,5 F. STRATIOMYDAE 2,5


F. GYRINIDAE 3,5 F. TABANIDAE 2,45
Página

F. HALIPLIDAE 3,5

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Tabela 5.8 - Categorias para o índice biótico de Hilsenhoff* adaptado por Irusta (2002).
Índice Qualidade
< 1,40 Águas muito limpas

1,40-2,10 Águas relativamente limpas

2,11-2,90 Águas ligeiramente poluídas

2,91-3,75 Águas claramente poluídas

> 3,75 Águas muito poluídas

Tabela 5.9 - Índice biótico BMWP’ adaptado por Junqueira, Campos (1998).
FAMÍLIAS Pontuação
Siphlonuridae, Gripopterygidae, Pyralidae, Odontoceridae, Hydroscaphidae, Helicopsychidae 10
Leptophlebiidae, Perlidae, Hebridae, Hydrobiosidae, Philopotamidae, Calopterygidae, Psephenidae, Dixidae 8
Leptohyphidae, Veliidae, Leptoceridae, Polycentropodidae 7
Glossosomatidae, Hydroptilidae, Gyrinidae, Coenagrionidae, Ancylidae 6
Naucoridae, Belostomatidae, Corixidae, Nepidae, Hydropsychidae, Gomphidae, Libellulidae, Dytiscidae, 5
Corydalidae, Dugesiidae, Simuliidae
Baetidae, Elmidae, Hidrophylidae, Piscicolidae, Athericidae, Empidoidea, Tabanidae 4
Physidae, Planorbidae, Sphaeriidae, Glossiphoniidae, Ceratopogonidae, Tipulidae, Culicidae 3
Erpobdellidae, Chironomidae, Psychodidae, Stratiomyidae, Syrphidae 2
Oligochaeta (toda classe) 1

Tabela 5.10 - Categorias para o Índice biótico BMWP’ adaptado por Junqueira, Campos (1998).
Classe Valor Qualidade
I ≥ 86 Excelente
II 64-85 Boa
III 37-63 Satisfatória
IV 17-36 Ruim
V ≤ 16 Muito ruim

Tabela 5.11 - Índice biótico BMWP’’ adaptado por Monteiro, Oliveira, Godoy (2008).
Táxons Pontuação
CALOPTERYGIDAE 10
PSEPHENIDAE 9
TIPULIDAE 8
BELOSTOMATIDAE PERILESTIDAE 6
COLLEMBOLA, ELMIDAE, GLOSSOSOMATIDAE, LEPTOPHEBIIDAE, NAUCORIDAE, PERLIDAE 7
SIMULIIDAE, HIDRACARINA, BAETIDAE, ECNOMIDAE, OLIGOCHAETA, GOMPHIDAE, 6
CHIRONOMIDAE, LIBELLULIDAE, PYRALIDAE ODONTOCERIDAE, LEPTOHYPHIDAE,
CORYDALIDAE, COENAGRIONIDAE, HYDROPSYCHIDAE.
PHILOPOTAMIDAE, HYDROPTILIDAE, LEPTOCERIDAE, OLIGONEURIIDAE 5
50

GRYPOPTERYGIDAE, HYDROBIOSIDAE, HELICOPSYCHIDAE, POLYCENTROPODIDAE,


NOTERIDAE, CERATOPOGONIDAE, BIVALVIA
Página

CRUSTACEA GASTROPODA HIRUDINEA 4

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Tabela 5.12 - Categorias para o Índice biótico BMWP’’ adaptado por Monteiro, Oliveira, Godoy
(2008).
Classe Valor Qualidade
I ≥ 150 Excelente

II 149-100 Boa

III 99-60 Satisfatória

IV 59-20 Ruim

V ≤ 19 Muito ruim

Tabela 5.13 - Índice biótico BMWP’* adaptado por Alba-Tercedor (2000).


FAMÍLIAS Pontuação
Siphlonuridae, Heptageniidae, Leptophlebiidae, Potamanthidae, Ephemeridae, Taeniopterygidae, Leuctridae, 10
Capniidae, Perlodidae, Perlidae, Chloroperlidae, Aphelocheiridae, Phryganeidae, Molannidae, Beraeidae,
Odontoceridae, Leptoceridae, Goeridae, Lepidostomatidae, Brachycentridae, Sericostomatidae,
Calamoceratidae, Helicopsychidae, Megapodagrionidae, Athericidae, Blephariceridae.
Astacidae, Lestidae, Calopterygidae, Gomphidae, Cordulegastridae, Aeshnidae, Corduliidae, Libellulidae, 8
Psychomyiidae, Philopotamidae, Glossosomatidae.
Ephemerellidae, Prosopistomatidae, Nemouridae, Gripopterygidae, Rhyacophilidae, Polycentropodidae, 7
Limnephelidae, Ecnomidae, Hydrobiosidae, Pyralidae, Psephenidae.
Neritidae, Viviparidae, Ancylidae, Thiaridae, Hydroptilidae, Unionidae, Mycetopodidae , Hyriidae, 6
Corophilidae, Gammaridae, Hyalellidae, Atyidae, Palaemonidae, Trichodactylidae, Platycnemididae,
Coenagrionidae, Leptohyphidae.
Oligoneuridae, Polymitarcyidae, Dryopidae, Elmidae, Helophoridae, Hydrochidae, Hydraenidae, Clambidae, 5
Hydropsychidae, Tipulidae, Simuliidae, Planariidae, Dendrocoelidae, Dugesiidae.
Aeglidae, Baetidae, Caenidae, Haliplidae, Curculionidae, Chrysomelidae, Tabanidae, Stratyiomyidae, 4
Empididae, Dolichopodidae, Dixidae, Ceratopogonidae, Anthomyidae, Limoniidae, Psychodidae,
Sciomyzidae, Rhagionidae, Sialidae, Corydalidae, Piscicolidae, Hydracarina.
Mesoveliidae, Hydrometridae, Gerridae, Nepidae, Naucoridae (Limnocoridae), Pleidae, Notonectidae, 3
Corixidae, Veliidae, Helodidae, Hydrophilidae, Hygrobiidae, Dytiscidae, Gyrinidae, Valvatidae, Hydrobiidae,
Lymnaeidae, Physidae,
Chironomidae, Culicidae, Ephydridae, Thaumaleidae. 2
Oligochaeta (toda a classe), Syrphidae. 1

Tabela 5.14 - Categorias para o Índice biótico BMWP’* adaptado por Alba-Tercedor (2000).
Classe Valor Qualidade Significado
I 101-120 Boa Águas muito limpas (prístinas)
>120 Águas não poluídas ou sistema perceptivelmente não alterado

II 61-100 Aceitável São evidentes os efeitos moderados da poluição

III 36-60 Duvidosa Águas poluídas (sistema alterado)

IV 16-35 Crítica Águas muito poluídas (sistema muito alterado)


51

V <16 Muito crítica Águas fortemente poluídas (sistema fortemente alterado)


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5.1.5. INDICADOR DE BALNEABILIDADE

A balneabilidade é a qualidade das águas destinadas à recreação de contato primário, ou


seja, quando existir o contato direto do usuário com os corpos de água como, por exemplo, as
atividades de natação, esqui aquático e mergulho.

Os critérios de balneabilidade em águas brasileiras são definidos pela Resolução


CONAMA nº 274/2000 (BRASIL, 2000). De acordo com essa resolução os indicadores de
poluição fecal são: coliformes fecais (termotolerantes), Escherichia coli e Enterococos.

O Art. 2º da citada resolução define a classificação das águas doces, salobras e salinas
destinadas à balneabilidade (recreação de contato primário) nas categorias própria e imprópria,
conforme a Tabela 5.15.
Tabela 5.15 – Classificação de balneabilidade das praias.

Coliforme
Escherichia coli Enterococos
CATEGORIA Termotolerante
(UFC/100 mL) (UFC/100 mL)
(UFC/100 mL)
Quando 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em cada uma das cinco semanas anteriores, colhidas
no mesmo local, houver no máximo:
EXCELENTE 250 200 25
PRÓPRIA MUITO BOA 500 400 50
SATISFATÓRIA 1.000 800 100
Quando um conjunto > 20% de amostras obtidas em cada uma das cinco semanas anteriores, colhidas no
mesmo local, for:
> 1.000 > 800 > 100
IMPRÓPRIA > 2.500 > 2.000 > 400
na última amostragem na última amostragem na última amostragem

A referida resolução considera as águas impróprias, também, quando no trecho avaliado


for verificada uma das seguintes ocorrências:
 valor obtido na última amostragem for superior a 2500 coliformes fecais
(termotolerantes) ou 2000 Escherichia coli ou 400 enterococos por 100 mililitros;
 incidência elevada ou anormal, na Região, de enfermidades transmissíveis por via
hídrica, indicada pelas autoridades sanitárias;
 presença de resíduos ou despejos, sólidos ou líquidos, inclusive esgotos sanitários,
óleos, graxas e outras substâncias, capazes de oferecer riscos à saúde ou tornar
desagradável a recreação;
52

 pH < 6,0 ou pH > 9,0 (águas doces), à exceção das condições naturais;
Página

 floração de algas ou outros organismos, até que se comprove que não oferecem riscos
à saúde humana;

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 outros fatores que contraindiquem, temporária ou permanentemente, o exercício da
recreação de contato primário.

Portanto, o indicador de balneabilidade a ser adotado é o coliforme fecal


(termotolerante), com amostragem semanal, conforme já utilizado pelo Idema, a partir de 2001,
quando teve o início do monitoramento da balneabilidade das praias no Rio Grande do Norte,
cuja informação a ser dada à sociedade sobre as condições de recreação de contato primário
será a classificação semanal de Própria ou Imprópria para banho.

Com o objetivo de determinar a qualidade anual de um local é proposto um Índice de


Balneabilidade Anual – IBA com base nas classificações semanais, conforme a Tabela 5.16.

Tabela 5.16 – Índice de Balneabilidade Anual – IBA.


CATEGORIA CLASSIFICAÇÃO
EXCELENTE Praias classificadas como EXCELENTES em 100% do ano
MUITO BOA Praias classificadas como MUITO BOA em 100% do ano.
Praias próprias em 100% do ano, exceto as classificadas como EXCELENTE
SATISFATÓRIA
ou MUITO BOA
RUIM Praias classificadas como IMPRÓPRIAS > 20% e ≤ 50% do ano
MUITO RUIM Praias classificadas como IMPRÓPRIAS > 50% do ano

Além da classificação da balneabilidade das praias com base na determinação de


coliformes fecais (termotolerantes) nas águas, deve ser realizado um estudo experimental para
avaliar as condições sanitárias das areias das praias, através da determinação de Coliformes
Totais e Escherichia coli em amostras de sedimento de praia, na zona de estirâncio, com
frequência de amostragem semanal.

As coletas para análise da qualidade das areias para o contato primário devem ser
obtidas através de amostras compostas. Cada amostra composta deverá conter 500 (quinhentos)
gramas de areia coletada a partir de cinco pontos equidistantes 10 (dez) metros, em uma linha
paralela ao mar. Cada subamostra constituída por 100 (cem) gramas que deverá ser coletada em
areia preferencialmente seca e na camada superficial (de até 5 cm de profundidade). Como se
trata de um estudo experimental, e ainda não existe um valor padrão estabelecido pelo
CONAMA, tampouco pelo CONEMA, os resultados serão comparados aos padrões
estabelecidos pela Resolução SMAC nº 468, de 28 de janeiro de 2000, da Prefeitura do Rio de
Janeiro (RIO DE JANEIRO, 2000). Esse trabalho visa estabelecer, futuramente, padrões
estaduais para a qualidade sanitária das areias das praias do RN.
53
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5.1.6. TESTE DE TOXICIDADE

São propostos ensaios ecotoxicológicos através da determinação da toxicidade aguda e


crônica sobre o microcrustáceo Mysidopsis juniae, a serem realizados em amostras de água dos
principais estuários do RN. Também há previsão de amostragens de efluentes líquidos para
casos específicos a serem definidos pelo Idema, de acordo com necessidade, tais como, em
atendimento à demanda interna do setor de licenciamento, a denúncias da fiscalização e ao
Ministério Público.

Os testes de toxicidade foram selecionados para esta proposta tomando como base a
Resolução Conama nº 357/2005 (BRASIL, 2005a), que dispõe sobre ―a classificação dos
corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento‖; que define dentre as
condições de qualidade de água, em seu artigo 21, inciso I, alínea a, que nas águas salobras de
classe 1 não se devem verificar efeito tóxico crônico a organismos; e que estabelece, em seu art.
22, inciso I, alínea a, que nas águas salobras classe 2 não se devem verificar efeito tóxico agudo
a organismos, em ambos os casos, de acordo com os critérios estabelecidos pelo órgão
ambiental competente, ou, na sua ausência, por instituições nacionais ou internacionais
renomadas, comprovado pela realização de ensaio ecotoxicológico padronizado ou outro
método cientificamente reconhecido. Assim como, considerando o que prevê a Resolução
Conama nº 430/2011 (BRASIL, 2011) que dispõe sobre ―as condições e padrões de lançamento
de efluentes‖, a qual estabelece em seu artigo 14 que o órgão ambiental competente poderá,
quando a vazão do corpo receptor estiver abaixo da vazão de referência, estabelecer restrições e
medidas adicionais, de caráter excepcional e temporário, aos lançamentos de efluentes que
possam, dentre outras consequências, acarretar efeitos tóxicos agudos ou crônicos em
organismos aquáticos.

Para essa proposta foram considerados os trabalhos pretéritos conduzidos pelo Idema
através de convênio com instituição de pesquisa para a realização do Programa Água Azul.
Conforme um dos relatórios do Programa, o de ―Ensaio de Toxicidade – Estuários – Utilizando
Mysidopsis juniae, de março de 2010‖, foi avaliada a qualidade das águas dos estuários dos rios
Potengi, Curimataú e Maxaranguape, em duas campanhas, através da determinação da
toxicidade aguda sobre o referido microcrustáceo. No ―Relatório das Cargas Poluentes lançadas
no Estuário dos rios Potengi/Jundiaí‖, de 2010, são apresentados os resultados da 1a campanha
referentes à toxicidade crônica dos efluentes industriais das empresas COTEMINAS, Nóbrega
e Dantas, SITEL CIA, SITEL DIN, Lançamento do CIA e CLAN, através da avaliação das
curvas de mortalidade e fecundidade dos misidáceos expostos a esses efluentes. Segundo o
―TOMO VI - Avaliação da toxicidade aguda sobre o microcrustáceo mysidopsis juniae de
54

amostras de águas em estuários do RN‖, para uma caracterização adequada, a estratégia mais
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eficiente é o uso integrado de análises físicas, químicas e ecotoxicológicas.

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Para a determinação da toxicidade aguda sobre filhotes de Mysidopsis juniae nas
amostras de água deve-se seguir a metodologia descrita na NBR 15.308 (ABNT, 2017).
Filhotes de 1 a 8 dias de vida (não ultrapassando 4 dias de diferença) devem ser expostos às
amostras coletadas (cinco replicações), num sistema estático, por um período de 96 h, com
objetivo de determinar a Concentração Letal 50% (CL50%), utilizando como endpoint a
sobrevivência dos organismos testados.

Na Tabela x, tem-se o resumo das condições de teste de toxicidade aguda:


Tabela x - Resumo das condições de teste.
Tipo de Ensaio ------------------------------------------------------------------------------------------- Agudo
Temperatura de Incubação----------------------------------------------------------------------------25 ± 1ºC
Fotoperíodo------------------------------------------------------------------12 horas claro / 12 horas escuro
Frasco-teste----------------------------------------------------------------------------------Becker de 400 mL
Volume da solução-teste--------------------------------------------------------------------------------300 mL
Origem dos organismos--------------------------------------------------------------------Cultivo ECOTOX
Idade dos organismos-----------------------------------------------------------------------------------1-3 dias
Nº de organismos / frasco-------------------------------------------------------------------------------------10
Nº de réplicas----------------------------------------------------------------------------------------------------- 5
Alimentação--------------------------------20 náuplios de Artemia sp recém eclodidos / misidáceo / dia
Controle--------------------------------------------------------------------------Água do mar natural filtrada
Duração do ensaio---------------------------------------------------------------------------------------96 horas
Resposta-------------------------------------------------------------------------------------------- Sobrevivência

Para a determinação da toxicidade crônica se utilizará o método adaptado da norma


americana ―Métodos de Curta Duração para a Estimativa da Toxicidade Crônica de Efluentes e
Corpos D‘água Receptores em Organismos Marinhos e Estuarinos – Misidáceo,
Mysidopsisbahia, Sobrevivência, Crescimento e Fecundidade‖, Environmental Protection
Agency – EPA/US, 2002. Filhotes de Mysidopsisjuniae com 7 dias de vida, previamente
separados do cultivo, serão expostos às diferentes amostras ambientais, durante 7 dias. Os
efeitos analisados serão sobrevivência e fecundidade (porcentagem de fêmeas com ovos no
oviduto e/ou bolsa incubadora). De acordo com o trabalho de Diagnóstico das Cargas de
Poluentes Lançadas no Estuário dos Rios Potengi e Jundiaí, em execução, o teste não é aceito
quando a mortalidade no controle ultrapassa 20% dos indivíduos testados. Com relação à
fecundidade, pelo menos 50% das fêmeas testadas do controle devem estar ovadas ao final do
teste. Os parâmetros físico-químicos como OD, pH e salinidade também devem ser
monitorados no decorrer dos testes.
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Na Tabela y, tem-se o resumo das condições de teste de toxicidade crônica:
Tabela y- Resumo das condições de teste.
Tipo de Ensaio------------------------------------------------------------------------------------------------------ Crônico
Renovação-----------------------------------------------------------------------------------------------------semi-estático
Temperatura de Incubação---------------------------------------------------------------------------------------25 ± 1ºC
Fotoperíodo------------------------------------------------------------------------------12 horas claro / 12 horas escuro
Frasco-teste----------------------------------------------------------------------------------------------- Becker de 400 mL
Volume da solução-teste---------------------------------------------------------------------------------------------200 mL
Origem dos organismos---------------------------------------------------------------------------------Cultivo ECOTOX
Idade dos organismos-----------------------------------------------------------------------------------------------6-7 dias
Nº de organismos / frasco------------------------------------------------------------------------------------------------- 10
Nº de réplicas--------------------------------------------------------------------------------------------- -------------------5
Alimentação-------------------------------------------20 náuplios de Artemia sp recém eclodidos / misidáceo / dia
Controle--------------------------------------------------------------------------------------- Água do mar natural filtrada
Salinidade--------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 25±1‰
Duração do ensaio------------------------------------------------------------------------------------------------------ 7 dias
Resposta--------------------------------------------------------------------------------------Sobrevivência / Fecundidade

Os organismos a serem utilizados nos ensaios devem ser cultivados seguindo a


metodologia para o cultivo baseada na NBR 15308/2017 (ABNT, 2017).

As amostras devem ser obtidas logo abaixo da superfície em cada Ponto de coleta. O
volume coletado deve ser igual a 3 litros e devem ser acomodados em 2 garrafas pet de água
mineral, com capacidade para 1,5L. Em laboratório, serão tomadas as medidas de salinidade,
pH e O2 dissolvido. As amostras serão mantidas sob refrigeração ou congeladas dependendo do
tempo em que serão iniciados os testes, observando que, de acordo com NBR 15308/2017
(ABNT, 2017), as amostras podem ser congeladas por até 60 dias.

No dia do início do teste, depois de descongeladas em temperatura ambiente, as


amostras terão suas salinidades ajustadas para 35 psu, que é a salinidade recomendada pela
NBR 15308/2017 (ABNT, 2017). Esse ajuste dá-se pela adição de água destilada diretamente
na amostra com maior salinidade, ou adicionando-se sal marinho ou salmoura na amostra de
menor salinidade.

5.1.7. ÍNDICES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS PARA PROTEÇÃO DA VIDA


AQUÁTICA E DE COMUNIDADES AQUÁTICAS – IVA

O IVA foi elaborado por ZAGATTO et al., 1999 e vem sendo adotado pela CETESB
desde 1999. Este índice tem o objetivo de avaliar a qualidade das águas para fins de proteção da
fauna e flora em geral, diferenciando-se, portanto, de um índice para avaliação da água para o
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consumo humano e recreação de contato primário.


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O IVA é calculado da seguinte forma:

IVA = (IPMCA x 1,2) + IET

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Sendo que o IPMCA – Índice de Variáveis Mínimas para a Preservação da Vida
Aquática é composto por dois grupos de variáveis:

- Grupo de variáveis essenciais (oxigênio dissolvido, pH e toxicidade), e

- Grupo de substâncias tóxicas (cobre dissolvido, zinco total, chumbo total, cromo total,
mercúrio total, níquel total, cádmio total, surfactantes).

Para cada variável incluída no IPMCA, são estabelecidos três diferentes níveis de
qualidade, com ponderações numéricas de 1 a 3 e que correspondem a padrões de qualidade de
água estabelecidos pela Resolução CONAMA 357/05 (BRASIL, 2005a), e padrões
preconizados pelas legislações americana (USEPA, 1991) e francesa (Code Permanent:
Environnement et Nuisances, 1986), que estabelecem limites máximos permissíveis de subs-
tâncias químicas na água, com o propósito de evitar efeitos de toxicidade crônica e aguda à
biota aquática.

Esses níveis refletem as seguintes condições de qualidade de água:

Nível A: Águas com características desejáveis para manter a sobrevivência e a reprodução dos
organismos aquáticos. Atende aos padrões de qualidade da Resolução CONAMA nº 357/2005
(BRASIL, 2005a) para águas classes 1 e 2. (ponderação 1). A exceção é o Oxigênio Dissolvido
(OD) para classe 1 cujo valor é ≥ 6,0 mg L-1 O2.

Nível B: Águas com características desejáveis para a sobrevivência dos organismos aquáticos,
porém a reprodução pode ser afetada a longo prazo (ponderação 2).

Nível C: Águas com características que podem comprometer a sobrevivência dos organismos
aquáticos (ponderação 3).

A Tabela 5.17 ilustra as variáveis componentes do IPMCA e suas ponderações, de


acordo com os três níveis de qualidade citados anteriormente.
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Tabela 5.17 – Variáveis componentes do IPMCA e suas ponderações.

Fonte: CETESB, 2020.

O IPMCA é calculado da seguinte forma:


IPMCA = VE x ST
Onde:
VE: Valor da maior ponderação do grupo de variáveis essenciais;
ST: Valor médio das três maiores ponderações do grupo de substâncias tóxicas. Este valor é um
número inteiro e o critério de arredondamento deverá ser o seguinte: valores menores que 0,5
serão arredondados para baixo e valores maiores ou iguais a 0,5 para cima.
O valor do IPMCA pode variar de 1 a 9, sendo subdividido em quatro faixas de
qualidade, classificando as águas para a proteção da vida aquática, conforme a Tabela 5.18.
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Tabela 5.18 – Classificação do IPMCA.

Fonte: CETESB, 2020.

A classificação do IET para o cálculo do IVA é apresentada na Tabela 5.19.


Tabela 5.19 – Classificação do IET.

Fonte: CETESB, 2020.

Após o cálculo das ponderações do IPMCA e IET, calcula-se o IVA conforme


apresentado anteriormente: IVA = (IPMCA x 1,20) + IET. Na Tabela 5.20 são apresentados os
valores de IVA, a partir dos valore do IET integrados com os do IPMCA.
Tabela 5.20 – Cálculo do IVA integrando os valores do IET com os valores do IPMCA.
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Fonte: CETESB, 2020.

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O valor resultante do índice descreve cinco classificações de qualidade, apresentadas na
Tabela 5.21.
Tabela 5.21 – Classificação do IVA.

Fonte: CETESB, 2020.

5.1.8. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SEDIMENTOS ATRAVÉS DA


CONTAMINAÇÃO QUÍMICA

A qualidade dos sedimentos é baseada nos resultados da caracterização química e


comparados com os valores orientadores previstos na Tabela III do Anexo da Resolução
CONAMA nº 454/2012 (BRASIL, 2012), que estabelece diretrizes e procedimentos mínimos
para o gerenciamento de material a ser dragado, e classificados em dois níveis: Nível 1 (limiar
abaixo do qual há menor probabilidade de efeitos adversos à biota) e Nível 2 (limiar acima do
qual há maior probabilidade de efeitos adversos à biota) para os metais cádmio, chumbo, cobre,
cromo, mercúrio, níquel e zinco.

Para o diagnóstico químico será adotada a proposta da CETESB que estabelece cinco
classes de qualidade de acordo com sua relação com o Nível 1 e Nível 2, conforme Figura 5.1.
Figura 5.1 – Classificação de contaminantes químicos em cinco faixas de qualidade e sua relação
com os critérios Nível 1 e Nível 2.
Nível 1 Nível 2

ÓTIMA BOA REGULAR RUIM PÉSSIMA

A qualidade ÓTIMA, para cada contaminante, corresponde à concentração inferior ao


Nível 1. A qualidade BOA, a faixa entre o Nível 1, inclusive, e a concentração correspondente a
60

50% da distância entre o Nível 1 e o Nível 2, somado ao Nível 1. A qualidade REGULAR, a


Página

faixa superior a 50% da distância entre o Nível 1 e o Nível 2, somado ao Nível 1 e inferior ao
Nível 2. A qualidade RUIM, a faixa entre o Nível 2, inclusive, e a concentração correspondente
a 1,5 x de seu próprio valor. E a qualidade PÉSSIMA acima de 1,5 x o Nível 2.

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A classe de cada substância química é detalhada nas Tabelas 5.22 e 5.23.
Tabela 5.22 – Classificação de contaminantes em sedimento de água doce estabelecidos a partir do
Nível 1 e Nível 2.
QUALIDADE ÓTIMA BOA IRREGULAR RUIM PÉSSIMA
Cd (µg/g)1 < 0,6 ≥ 0,6 - 2,1 > 2,1 - < 3,5 3,5 – 5,3 > 5,3
Pb (µg/g)1 < 35,0 ≥ 35,0 - 63,2 > 63,2 - < 91,3 91,3 – 137,0 > 137,0
Cu (µg/g)1 < 35,7 ≥ 35,7 - 116,4 > 116,4 - < 197,0 197,0 – 295,5 > 295,5
Cr (µg/g)1 < 37,3 ≥ 37,3 - 63,7 > 63,7 - < 90,0 90,0 – 135,0 > 135,0
Hg (µg/g)1 < 0,170 ≥ 0,170 - 0,328 > 0,328 - < 0,486 0,486 – 0,729 > 0,729
Ni (µg/g)1 < 18 ≥ 18 - 27 > 27 - < 36 36 – 54 > 54
Zn (µg/g)1 < 123 ≥ 123 - 219 > 219 - < 315 315 – 473 > 473
1
Environmental Canada. Canadian Sediment Quality Guidelines for the Protection of Aquatic
Life. Canadian Environmental Quality Guidelines - Summary Tables. <http://www.ec.gc.ca>,
atualizado em 2002.
Fonte: CETESB, 2020.
Tabela 5.23 – Classificação de contaminantes em sedimento de água salina/salobra estabelecidos a
partir do Nível 1 e Nível 2.
QUALIDADE ÓTIMA BOA IRREGULAR RUIM PÉSSIMA
Cd (µg/g)2,3 < 1,2 ≥ 1,2 - 4,2 > 4,2 - < 7,2 7,2 – 10,8 > 10,8
Pb (µg/g)2 < 46,7 ≥ 46,7 - 132,3 > 132,3 - < 218 218 – 327 > 327
Cu (µg/g)2 < 34 ≥ 34 - 152 > 152 - < 270 270 – 405 > 405
Cr (µg/g)2 < 81 ≥ 81 - 225,5 > 225,5 - < 370 370 – 555 > 555
Hg (µg/g)3,4 < 0,3 ≥ 0,3 - 0,65 > 0,65 - < 1 1 – 1,5 > 1,5
Ni (µg/g)2 < 20,9 ≥ 20,9 – 36,2 > 36,2 - < 51,6 51,6 – 77,4 > 77,4
Zn (µg/g)2 < 150 ≥ 150 - 280 > 280 - < 410 410 – 615 > 615
2
Smith et al., 1996 Long, E.R., MacDonald, D.D., Smith, S.L. & Calder F.D. (1995). Incidence of
adverse biological effects within ranges of chemical concentrations in marine and estuarine sediments.
Environmental Management 19 (1): 81-97.
3
Environmental Canada and Ministère du Développement durable, de l’Environnement et dês Parcs du
Québec. Criteria for the Assessment of Sediment Quality in Quebec and Application Frameworks:
Prevention, Dredging and Remediation. <http://www.planstlaurent.qc.ca>, atualizado em 2008.
4
HPA – Hamburg Port Authority,2011: Assessment Criteria for Dredged Material with special focus on
the North Sea Region. http://www.sednet.org.

A Tabela 5.24 apresenta os critérios para o diagnóstico da qualidade do sedimento.


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Tabela 5.24 – Critérios para o diagnóstico da qualidade dos sedimentos
QUALIDAD
ÓTIMA BOA REGULAR RUIM PÉSSIMA
E
Sustâncias Todos O pior O pior O pior O pior
Químicas (a) contaminantes contaminante contaminante contaminante contaminante
em com concentração com com valor entre com valor
concentração acima do Nível 1 concentração o Nível 2 e até superando 1,5 o
inferior ao Nível mas inferior 50% acima do Nível 1,5 o Nível 2 Nível 2
1 da distância entre 1 superior a
o Nível 1 e o 50% da
Nível 2 distância entre o
Nível 1 e o
Nível 2, mas
inferior ao
Nível 2
(a)
Segundo os valores guias estabelecidos pelo CCME (2001a).
Fonte: CETESB, 2020.

Indicadores de Pressão: intensidade do uso da água (volumes destinados ao


abastecimento público, à irrigação, à dessedentação animal e à indústria), população com e
sem tratamento de água e esgoto sanitário e estimativas dos volumes de efluente lançados no
corpo d‘água, se possível, por atividade.

Indicadores de Resposta: gastos públicos com sistemas de esgotamento sanitário, com


sistema de abastecimento, com adutoras, com sistema de tratamento e disposição final de
resíduos sólidos urbanos e com drenagem urbana, maior controle ambiental (licenciamento,
fiscalização e monitoramento ambientais).

5.2. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA SOLO

Foram considerados os indicadores voltados para a erosão e para a identificação de


superfícies de solo contaminadas pelo uso de agrotóxicos, conforme a proposta do SISTEMA
DE MONITORAMENTO AMBIENTAL PARA O ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
EMPREGANDO-SE INDICADORES E ÍNDICES AMBIENTAIS. IDEMA/FUNPEC,
Março/2007 (IDEMA, 2007a) Além disso, está sendo proposto um monitoramento geral da
qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas.

Indicadores de Estado: caracterização do solo quanto a sua erosividade (tipo de


material, área protegida e o uso da equação universal de perda de solo), qualidade do solo
quanto à presença de substâncias químicas e identificação de áreas potencialmente
contaminadas por agrotóxicos.
62
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Para expressar a erosividade do solo serão aplicados os índices litológicos estabelecidos


pela FAO (1980), conforme disposto na Tabela 5.25 (extraída do documento).

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Tabela 5.25 - Índices litológicos da FAO (1980).

Para elaboração do Índice de Resistência à Erosão será aplicado ambiente SIG


(Sistema de Informação Geográfica), utilizando o Mapa Geológico do Estado do RN,
confeccionado pela CPRM em escala 1:500.000, adotando-se o modelo de FAO (Tabela 5.25)
para classificação dos índices de acordo com as propriedades físicas da rocha expostas na
superfície mapeada. Os resultados serão adaptados numa forma de representação de cinco
classes quanto à resistividade do solo à erosão: muito baixa (0,1-0,2), baixa (0,3-0,4),
moderada (0,5-0,6), alta (0,7-0,8), muito alta (0,9-1,0).

Também se considerará o levantamento do Índice de Proteção do Solo pela cobertura


vegetal, pois a influência da vegetação e do uso do solo é relevante para a magnitude e
intensidade dos processos de erosão. A tabela 5.26 (extraída do documento) mostra a
classificação do tipo de vegetação e seu estado, a declividade do terreno e o índice de proteção.
A cada parcela final obtida, se atribuirá o grau de erosividade seguinte:

Grau de Erosividade = 1 – Índice de Proteção

O Índice de Proteção será elaborado também em ambiente SIG, a partir do cruzamento


dos mapas de vegetação e de declividade do terreno preexistentes (ou confeccionados durante
o trabalho). Os resultados serão adaptados numa forma de representação de cinco classes
quanto à proteção do solo e à erosão: muito baixa (0,1-0,2), baixa (0,3-0,4), moderada (0,5-
0,6), alta (0,7-0,8), muito alta (0,9-1,0), levando-se em conta o Índice de Proteção.
63
Página

Quanto o Grau de Erosividade, os resultados encontrados a partir do Índice de Proteção


serão adaptados numa forma de representação de cinco classes quanto ao grau de erosão: muito
baixa (0,1-0,2), baixa (0,3-0,4), moderada (0,5-0,6), alta (0,7-0,8), muito alta (0,9-1,0).

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Tabela 5.26 - Índice de Proteção.

Também será determinado o indicador para solos afetados pela erosão através da
Equação Universal de Perdas de Solo (WISCHMEIER; SMITH, 1978), utilizando a seguinte
fórmula:
A = R. K. L. S. C.P
onde,
A – perda anual de solo por unidade de área e tempo (t/ha ano)
R – fator de erosividade da chuva ou índice de erosão pela chuva
K – fator de erosividade ou capacidade do solo erodir-se em face de uma determinada chuva
64

L – fator de comprimento do declive ou rampa


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S – fator do grau do declive

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C – fator de uso e manejo do solo
P – fator de prática conservacionista

Para o monitoramento da qualidade do solo decorrente da disposição inadequada de


resíduos sólidos ou líquidos no solo é importante destacar a Resolução CONAMA nº
420/2009 (BRASIL, 2009), que dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do
solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento
ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades
antrópicas.

De acordo com o Art. 7º dessa resolução, a avaliação da qualidade de solo, quanto à


presença de substâncias químicas, deve ser efetuada com base em Valores Orientadores de
Referência de Qualidade (VRQ), de Prevenção (VP) e de Investigação (VI).

Contudo, o Art. 8º diz: Os VRQs do solo para substâncias químicas naturalmente


presentes serão estabelecidos pelos órgãos ambientais competentes dos Estados e do Distrito
Federal. No caso do RN, o Idema é o órgão responsável por esse estabelecimento.

Os Valores de Prevenção (VP) e os Valores de Intervenção (VI) são apresentados no


ANEXO II – LISTA DE VALORES ORIENTADORES PARA SOLOS E ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS. Nesse anexo não constam os VRQs, pois cada Estado e o Distrito Federal
devem defini-los. Portanto, para que se implemente um programa de monitoramento da
qualidade do solo no RN o ideal é que se disponha dos VRQs para o solo de nossa região. O
fato é que o Idema ainda não realizou estudo técnico para a definição dos VRQs para os solos
do RN.

Entretanto, apesar de nosso Estado ainda não dispor dos VRQs, a rigor esse fato não se
constitui em um impeditivo para se implementar um programa de monitoramento da qualidade
do solo, pois uma vez determinada as concentrações das substâncias no solo monitorado, pode
se comparar os resultados com os VPs e VIs constantes no referido ANEXO II. Nessa
circunstância, a única dúvida seria quando o valor da concentração da substância ficasse abaixo
do VP, pois não se teria como saber se essa concentração estaria abaixo ou acima do VRQ para
aquele solo amostrado.

Para a identificação de superfícies de solo contaminadas pelo uso de agrotóxicos será


empregada a metodologia adotada pela OCDE (1994) para o setor agrícola. Serão analisados os
elementos de nitrogênio e fósforo para as amostras de solo, pois são elementos nutritivos
essenciais dos vegetais, mas são também responsáveis pela eutrofização e suas incidências
65

sobre a vida aquática e sobre a qualidade da água. Também serão analisados os seguintes
Página

metais pesados: cádmio, cobre e zinco, para determinação das concentrações dos mesmos, o
que permitirá o uso como parâmetro do uso de agrotóxicos nas áreas amostradas.

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Indicadores de Pressão: uso e ocupação do solo e áreas desmatadas, disposição
inadequada de resíduos sólidos e líquidos no solo, determinação dos produtos químicos
utilizados para aplicação de agrotóxicos e adubos químicos em áreas de cultivo.

Indicadores de Resposta: determinar, quando possível, os gastos públicos para


descontaminação do solo e para a luta contra a erosão (revegetação de áreas sob erosão,
recuperação de mata ciliar, etc.), redução da disposição a céu aberto dos resíduos sólidos
urbanos.

5.3. INDICADORES E ÍNDICES PARA O AR E RUÍDO

5.3.1. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA O AR

A Resolução CONAMA nº 491/2018 (BRASIL, 2018), que dispõe sobre os padrões de


qualidade do ar, no seu Art. 2º, define poluente atmosférico como sendo: qualquer forma de
matéria em quantidade, concentração, tempo ou outras características, que tornem ou possam
tornar o ar impróprio ou nocivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos
materiais, à fauna e flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade ou às
atividades normais da comunidade.

Inúmeras doenças acometidas pela população têm sua origem na presença de poluentes
atmosféricos, entre elas podem-se destacar: asma, bronquite, rinite, pneumonia, doença
pulmonar obstrutiva crônica – DPOC, câncer de pulmão. Além disso, as doenças pulmonares
relacionadas à poluição do ar também aumentam o risco de distúrbios do coração.

Já sobre os efeitos da poluição atmosférica sobre a vegetação, de acordo com a


CETESB (2021a), percebe-se que a cobertura vegetal é mais sensível que os animais. Com o
passar do tempo, nas comunidades vegetais, os efeitos dos poluentes e suas interações podem
resultar em uma série de alterações: eliminação de espécies sensíveis, redução na diversidade,
remoção seletiva das espécies dominantes, diminuição no crescimento e na biomassa e
aumento da suscetibilidade ao ataque de pragas e doenças. Inclusive, as observações de
injúrias e a sensibilidade da vegetação tem sido um meio de monitoramento e controle das
emissões.

Ainda segundo a CETESB (2021a), a exemplo de danos causados por poluentes


atmosféricos à vegetação, cita-se o dióxido de enxofre, que quando acumulado na forma de íon
sulfato nas folhas, é tóxico para as células mesofílicas, causando efeitos no metabolismo que
66

afetam negativamente a fotossíntese, a transpiração e a respiração, sendo as folhas adultas as


Página

mais sensíveis.

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Também há substâncias que provocam alterações na atmosfera, produzindo efeitos
nocivos a grandes distâncias ou até sobre o planeta como um todo. Essas substâncias são
denominadas de poluentes de efeito global, como, por exemplo, as chuvas ácidas, a destruição
da camada de ozônio e o efeito estufa.

Como efeito da chuva ácida, podemos citar: destruição de florestas, deterioração das
estátuas feitas de rocha calcária e mármore, oxidação de metais, e em lagos/lagoas podem
afetar a fauna e flora desses ambientes.

Portanto, o conhecimento dos níveis de concentração de poluentes no ar, por meio de


redes de monitoramento, e dos fatores que influenciam a dispersão destes poluentes, possibilita
a gestão adequada da qualidade do ar, principalmente nos locais onde se concentram as maiores
fontes de poluição, sejam elas móveis ou fixas.

Considerando que o Idema não possui dados de monitoramento do ar pois nunca


monitorou a qualidade do ar no RN, e que se faz necessário conhecê-la, no mínimo, nas áreas
mais urbanizadas e no entorno de importantes fontes industriais, propõe-se os indicadores
discriminados a seguir.

Indicadores de Estado: caracterização da qualidade do ar ambiente através da medição


da concentração dos seguintes poluentes: Material Particulado MP10, Material Particulado
MP2,5, monóxido de carbono, dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio, ozônio e a
determinação do Índice de Qualidade do Ar – IQAr.

5.3.1.1. ÍNDICE DE QUALIDADE DO AR – IQAr

Valor utilizado para fins de comunicação e informação à população que relaciona as


concentrações dos poluentes monitorados aos possíveis efeitos adversos à saúde, conforme a
Resolução CONAMA nº 491/2018 (BRASIL, 2018), tornando mais fácil o entendimento dos
resultados pela sociedade.

O Anexo IV da Resolução CONAMA n° 491/18 (BRASIL, 2018) discrimina os


poluentes atmosféricos que fazem parte do cálculo do IQAr, os valores de concentração
referentes à classificação do ar no nível ―bom‖ e a equação matemática para conversão das
concentrações monitoradas nos valores do índice.

De acordo com essa resolução, para o cálculo da conversão das concentrações


monitoradas nos valores do IQAr deverá ser utilizada a Equação 1, para cada um dos poluentes
67

monitorados, e para definição da primeira faixa de concentração do IQAr, que define a


classificação do ar no nível bom, deverá ser utilizado como limite superior o valor de
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concentração adotado como padrão de qualidade do ar final – PF (valores guia definidos pela

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Organização Mundial da Saúde – OMS em 2005) para cada poluente que faz parte do cálculo
do IQAr, conforme a Tabela 5.27 extraída do Anexo IV.

As demais faixas de concentração do IQAr e padronizações são definidas conforme o


Guia Técnico para o Monitoramento e Avaliação da Qualidade do Ar (MMA, 2020), e pode ser
visualizado na Tabela 5.28.

Tabela 5.27 - Poluentes atmosféricos que fazem parte do cálculo do IQAr e os valores de
concentração referentes a classificação do ar no nível “bom”.

Equação 1 – Cálculo do Índice de Qualidade do Ar

Para cada poluente medido é calculado um índice, que é um valor adimensional.


Dependendo do índice obtido, o ar recebe uma qualificação, que consiste em uma nota para a
qualidade do ar, além de uma cor, conforme apresentado na Tabela 5.28. Quando se tem valores
para vários poluentes, adotar-se-á o maior valor do IQAr calculado para cada poluente, o qual
definirá o poluente responsável pela qualidade do ar na área monitorada.

A cor específica para cada categoria do IQAr auxilia as pessoas na interpretação rápida
da qualidade do ar, tornando mais fácil verificar se a contaminação do ar está chegando a níveis
insalubres em uma determinada localidade, prioritariamente em sua comunidade.
68
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Tabela 5.28 - Estrutura do índice de qualidade do ar.

Fonte: CETESB, 2019 apud MMA (2020).

Indicadores de Pressão: fontes móveis (veículos automotores e trens), fontes fixas


(indústrias, usinas termoelétricas, incineradores, padarias, pizzarias, churrascarias, serrarias,
etc), queima de resíduos sólidos nos lixões, queimadas/incêndios florestais.

Indicadores de Resposta: mudança de combustível, substituição de forno/equipamento


por outro menos poluente e mais eficiente, inclusive substituição por equipamentos elétricos,
instalação de sistemas de controle das emissões, maior controle ambiental (licenciamento
ambiental, fiscalização ambiental e monitoramento ambiental).

5.3.2. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA RUÍDO

A poluição sonora urbana afeta a saúde da população, e uma das principais causas é o
tráfego de veículos, que tende a piorar quando circulam com sistemas de escapamento
adulterados e emitem ainda mais excesso de ruído. Outras fontes de poluição sonora são os
shows em espaços abertos, atividades comerciais, de construção civil, industriais, de
mineração, entre outras.

De acordo com a NBR 12179/1992 (ABNT, 1992), o som é definido como ―Toda e
qualquer vibração ou onda mecânica que se propaga num meio dotado de forças internas (P.
ex.: elástico, viscoso, etc.), capaz de produzir no homem uma sensação auditiva‖. Da mesma
forma, define ruído como sendo uma ―Mistura de sons cujas frequências não seguem nenhuma
lei precisa, e que diferem entre si por valores imperceptíveis ao ouvido humano‖ e ―Todo som
indesejável‖.
69

Os principais impactos da poluição sonora são: incômodo à circunvizinhança, perda


auditiva, dor de cabeça, insônia, agitação, dificuldade de concentração e estresse.
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Portanto, considerando a necessidade de se conhecer os níveis de ruídos ambientais,
principalmente nas áreas urbanas, e, eventualmente, no entorno de importantes fontes
individuais, propõe-se os indicadores discriminados a seguir.

Indicadores de Estado: caracterização do ruído ambiental através da determinação do


Nível de Pressão Sonora (dB) e a determinação do Índice de Qualidade de Ruído – IQRu
ambiental.

O monitoramento do ruído ambiental proposto tem como objetivo principal detectar,


prioritariamente nas áreas urbanas, os locais e os horários mais críticos, bem como as principais
fontes causadoras da poluição sonora. Portanto, para o levantamento da intensidade de níveis de
ruído em um determinado ambiente deverá ser medido o Nível de Pressão Sonora nos locais
pré-definidos em função das fontes de poluição, conforme a metodologia especificada na NBR
10151/2019 – ―Acústica - Medição e avaliação de níveis de pressão sonora em áreas habitadas
– Aplicação de uso geral‖, devendo o resultado ser comparado com os Limites de níveis de
pressão sonora em função dos tipos de áreas habitadas e do período, conforme a Tabela 5.29.

Tabela 5.29 - Limites de níveis de pressão sonora em função dos tipos de áreas habitadas e do
período (dB), conforme a NBR 10151/2019 (ABNT, 2019).
RLAeq
Tipos de áreas habitadas Limites de níveis de pressão sonora
Período diurno Período noturno
Área de residências rurais 40 35
Área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou
50 45
de escolas
Área mista predominantemente residencial 55 50
Área mista com predominância de atividades
60 55
comerciais e/ou administrativa
Área mista com predominância de atividades culturais,
65 55
lazer e turismo
Área predominantemente industrial 70 60

É importante esclarecer que a comparação dos resultados medidos com a NBR


10151/2019 (BRASIL, 2019) está especificada na Resolução CONAMA 01/1990 (BRASIL,
1990), em seu Inciso II, conforme descrito a seguir: São prejudiciais à saúde e ao sossego
público, para os fins do item anterior, os ruídos com níveis superiores aos considerados
aceitáveis pela Norma NBR-10.151 intitulada: Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas visando
o conforto da comunidade, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

Existe ainda a Lei Estadual nº 6.621/1994 (GOVERNO DO ESTADO DO RIO


70

GRANDE DO NORTE, 1994), que dispõe sobre o controle da poluição sonora e as


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condicionantes do meio ambiente no Estado do Rio Grande do Norte, e dá outras providências,


cujo artigo 5º institui que: A emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades

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industriais, comerciais, prestação de serviços, inclusive de propaganda, bem como, sociais e
recreativas, obedecerá aos padrões e critérios estabelecidos nesta Lei.

Cabe transcrever também o Art. 6º, Inciso II, que estabelece: Independentemente do
ruído de fundo, o nível de som proveniente da fonte poluidora, medida dentro dos limites reais
da propriedade, não poderá exceder aos níveis fixados na tabela que é parte integrante desta
Lei. A Tabela 5.30 define os limites máximos permissíveis de ruídos em função da zona de uso
(RESIDENCIAL – ZR, DIVERSIFICADA – ZD, INDUSTRIAL – ZI).

O Parágrafo único do Inciso II do Art. 6º institui que: Quando a propriedade, onde se


dá o incômodo, for escola, creche, biblioteca pública, cemitério, hospital, ambulatório, casa de
saúde ou similar, deverão ser atendidos os limites estabelecidos para a zona residencial (ZR),
independentemente da efetiva zona de uso. Isto é, 55 dBA para o período diurno e 45 dBA para
o período noturno.
Tabela 5.30 - Limites máximos permissíveis de ruídos em função da zona de uso/tipo de área,
conforme a Lei Estadual nº 6.621/1994.
PERÍODO DO DIA
TIPO DE ÁREA
DIURNO NOTURNO
RESIDENCIAL (ZR) 55 dBA 45 dBA
DIVERSIFICADA (ZD) 65 dBA 55 dBA
INDUSTRIAL (ZI) 70 dBA 60 dBA

Comparando-se a NBR 10151/2019 com a Lei Estadual nº 6.621/1994, verifica-se,


inicialmente, que a nomenclatura utilizada para definir o Tipo de Área não é exatamente igual.
Entretanto, comparando os tipos de área com a nomenclatura mais próxima, observa-se que, na
NBR 10151/2019, para a Área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas o
limite máximo permitido para o período diurno é de 50 dB, e para Zona Residencial, que
também inclui hospitais e escolas, na Lei Estadual nº 6.621/1994 o limite máximo permitido é
de 55 dBA, ou seja, o limite estabelecido pela Resolução CONAMA 01/1990 (BRASIL, 1990),
que remete ao atendimento à NBR 10151/2019 (ABNT, 2019), é mais restritivo.

Para as áreas mistas, a NBR 10151/2019 define três faixas, cujo limite máximo para o
período diurno varia de 55 dB a 65 dB, sendo que para a Zona Diversificada descrita na Lei
Estadual nº 6.621/1994, o limite máximo é de 65 dBA. Portanto, existem duas faixas de áreas
mistas ou diversificadas na citada NBR, a Área mista predominantemente residencial e a Área
mista com predominância de atividades comerciais e/ou administrativa, que não têm similares
na lei estadual, inclusive com limites máximos diurnos inferiores a 65 dB. Somente a Área
mista com predominância de atividades culturais, lazer e turismo estabelecida na NBR
71

10151/2019 tem o limite máximo permitido para o período diurno igual ao da Zona
Página

diversificada da Lei Estadual nº 6.621/1994, ou seja, 65 dB. Consequentemente, quando a área


monitorada for uma das duas áreas mistas especificadas na NBR 10151/2019, e que não possui

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similaridade com a Zona diversificada discriminada na Lei Estadual nº 6.621/1994, deve-se
adotar como padrão os Limites de níveis de pressão sonora especificados na NBR 10151/2019,
inclusive o limite de 50 dB para o período noturno referente à Área mista predominantemente
residencial.

A NORMA REGULAMENTADORA nº 15 – NR 15, do Ministério do Trabalho e


Emprego (MTE), no seu ANEXO I, especifica os LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO
CONTÍNUO OU INTERMITENTE, na qual para o nível de ruído de 85 dBA um trabalhador
teria uma Máxima exposição diária permissível de 8 horas, e para 90 dBA a máxima exposição
é de 4 horas. Quando o nível de ruído é de 115 dBA a Máxima exposição diária permissível é
de 7 minutos. Esse anexo deixa claro que ―as atividades ou operações que exponham os
trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção
adequada, oferecerão risco grave e iminente‖.

A publicação da Organização Mundial da Saúde - OMS intitulada ―Saúde Infantil e o


Meio Ambiente‖, traduzido pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, (OMS,
2009) traz informações sobre a magnitude e os efeitos do som sobre a audição humana, onde
destaca-se que um ruído de 70 dBA tem efeito ―irritante e intrusivo‖, e um ruído de 80 dBA um
efeito de ―possível dano auditivo‖. Além disso, informa que o ruído de 120 dBA é o limiar da
dor humana. Onde dBA é a curva de ponderação: resposta de um filtro que é aplicado a
medidores de nível de som para imitar (aproximadamente) a resposta do ouvido humano.
Assim, uma curva típica humana de igual intensidade é um pouco semelhante à curva dBA,
mas invertida.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde 65 dBA é o valor limite a que uma
população urbana pode expor-se ao ruído sem que cause danos a sua saúde.

A seguir, apresenta-se uma proposta de escala de níveis sonoros que classifica os sons
ambientais em 5 categorias, tendo como base as citações anteriores:
 Até 65 dBA: valor limite a que uma população urbana pode expor-se ao ruído sem
que cause danos a sua saúde;
 De 70 até 79 dBA: irritante, intrusivo;
 De 80 até 90 dBA: possível dano auditivo para nível de ruído de 80 dBA e lesão
auditiva crônica se a exposição ao nível de ruído de 90 dBA for maior do que 4
horas;
 Acima de 90 até 115 dBA: lesão auditiva crônica até lesões mais graves se a
72

exposição ao nível de ruído de 115 dBA for acima de 7 minutos;


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 Acima de 115 dBA, os ruídos provocam lesões irreversíveis imediatamente.

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Tomando-se como base essas informações, propõe-se a criação de um ÍNDICE DE
QUALIDADE DE RUÍDO – IQRu ambiental, conforme a Tabela 5.31.
Tabela 5.31 - Classificação do IQRu.
CATEGORIA NÍVEL DE PRESSÃO SONORA MEDIDO
Atende ao limite estabelecido para o tipo de área habitada, conforme a
BOA NBR 10151/2019 e suas atualizações, ou norma Estadual ou Municipal
mais restritiva
REGULAR ≥ 70 e ≤ 79 dBA
RUIM ≥ 80 e ≤ 90 dBA
MUITO RUIM > 90 e ≤ 115 dBA
PÉSSIMA > 115 dBA

Indicadores de Pressão: tráfego de veículos, shows em espaços abertos, atividades


comerciais, de construção civil, industriais, de mineração.

Indicadores de Resposta: rodízio de veículos, inspeção periódica de veículos em uso,


disciplinamento do horário de funcionamento do estabelecimento em função do tipo da área
habitada, maior controle ambiental nas atividades passíveis de licenciamento ambiental
(licenciamento ambiental, fiscalização ambiental e monitoramento ambiental).

5.4. INDICADORES E ÍNDICES BIOLÓGICOS

São considerados bons indicadores biológicos em um sistema de monitoramento da


biodiversidade aqueles que apresentam (1) alta racionalidade – o grupo deve ser sensível a
alterações ecológicas do ambiente, além de ser bom representante de outros grupos também
sensíveis a essas alterações; (2) alto desempenho – ter potencial de aplicação como indicador
em diferentes situações, por exemplo, em diferentes biomas, ou seja, estar bem representado em
ampla escala, além de fornecer indicação confiável e segura; e (3) alta possibilidade de
implantação – ser de fácil mensuração e acompanhamento, ou seja, ser viável econômica e
logisticamente. Assim, os conceitos de racionalidade, desempenho e implantação são os três
pilares que sustentam um bom indicador biológico (ICMBIO, 2013).

Neste enfoque, e tomando como base a proposta de indicadores e índices de 2007


(IDEMA, 2007a) e o Projeto Piloto no Baixo-Açu realizado com aves silvestres e espécies
vegetais arbóreas e arbustivas, contido no relatório final do ―Sistema de Indicadores e Índices
Ambientais para a área da Bacia Potiguar no estado do Rio Grande do Norte‖ (IDEMA, 2007b),
foram selecionados nesta nova proposta os seguintes grupos faunísticos: aves silvestres;
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mamíferos terrestres de grande e médio porte; morcegos insetívoros; e os mesmos grupos


florísticos citados no Relatório.
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5.4.1. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA FAUNA

Segundo a Proposta para a composição de um Sistema Brasileiro de Monitoramento da


Biodiversidade (ICMBIO, 2013), a partir das informações do Livro Vermelho da Fauna
Brasileira Ameaçada de Extinção, pode-se afirmar que o Brasil apresenta o maior número de
espécies de aves em risco de extinção, e que as principais pressões que afetam negativamente
as aves são o desmatamento e a fragmentação de habitats. Essa sensibilidade às alterações no
habitat credencia as aves como um grupo de grande valor para indicação da qualidade
ambiental. O Rio Grande do Norte é um dos estados da região nordeste menos estudado em
relação à avifauna (VARELA-FREIRE et al, 1999). Apesar disso, alguns estudos evidenciam a
riqueza e composição de espécies que ocorrem no Estado (IRUSTA; SAGOT-MARTIN, 2011;
SILVA et al., 2012; PICHORIM et al., 2014a, b; PICHORIM et al., 2016; HASUI et al., 2018;
SAGOT-MARTIN et al., 2020), que inclusive revelam uma situação preocupante de algumas
populações de aves (SAGOT-MARTIN et al., 2020) além do que, existem inventários de aves
da Mata Atlântica (OLMOS, 2003; HASUI et al., 2018), da Caatinga (SILVA et al., 2012;
PICHORIM et al., 2014b; PICHORIM et al., 2016), Savana (PICHORIM et al., 2014a) e da
Zona Costeira (IRUSTA; SAGOT-MARTIN, 2011). A compilação de informações mostra uma
riqueza de 425 espécies de aves no Estado (SAGOT-MARTIN et al., 2020).

O conhecimento do tamanho das populações é importante para se estabelecer estratégias


de conservação (THOGMARTIN et al., 2006), além disso, os estudos que realizam estimativas
de densidades de populações são importantes para comparar a situação de ameaça de espécies
nativas (SILVA et al.,2017), bem como os status das populações (TEIXEIRA et al., 2016), por
exemplo, principalmente estudos que apresentam uma representatividade temporal (STEVENS
et al., 2019; CAMP et al.,2020; MONKS et al.,2021). Apenas nas últimas décadas houve um
aumento de informações populacionais em estudos com aves no Brasil (GALETTI et al., 1997;
BERNARDO et al., 2011; THEL et al., 2015; TEIXEIRA et al., 2016; SILVA et al., 2017;
PEREIRA-RIBEIRO et al., 2018; BEZERRA et al., 2019).

Por outro lado, os mamíferos terrestres, apesar de ainda pouco estudados no RN


(BERNARD et al., 2011; FEIJÓ; LANGGUTH, 2013), nos últimos anos ocorreram alguns
estudos cujas as publicações têm tornado a composição e a abundância da mastofauna terrestre
mais conhecida (e.g. BARROS et al., 2017; DANTAS et al., 2016; MARINHO et al., 2018). É
importante ressaltar que estes estudos apontaram para a ocorrência de pelo menos 14 espécies
de mamíferos de médio e grande porte e de 42 espécies de morcegos no território potiguar
(MARINHO et al., 2018; VARGAS-MENA et al., 2018), das quais sete espécies: três felinos e
quatro morcegos, encontram-se ameaçadas de extinção (BRASIL, 2014).
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ÍNDICE DE QUALIDADE AMBIENTAL (VIF) A PARTIR DOS INDICADORES DE
AVIFAUNA E MASTOFAUNA

Para esta proposta de monitoramento dos referidos grupos faunísticos tomou-se como
base o sistema de indicadores adotado para aves na ―Proposta de Sistema de Monitoramento
Ambiental para o Estado do Rio Grande do Norte empregando-se Indicadores e Índices
Ambientais‖ (IDEMA, 2007a). Então, foram estabelecidos para aves e mamíferos terrestres os
indicadores descritos a seguir, com alguns ajustes no método de caracterização dos indicadores
para algumas categorias e ponderações (valorações), com intuito de retratar melhor a avifauna e
mastofauna terrestre nas áreas do estudo.

Indicadores de Estado: presença de espécies ameaçadas de extinção (a1); raridade das


espécies em nível regional/estadual (a2); presença de espécies endêmicas (a3); grau de
exigência ambiental das espécies (a4); peso corporal médio das espécies (a5); especial
importância para as espécies (a6); diversidade das espécies (a7); e Valor Integrado da Fauna
(VIF) para aves e mamíferos.

Indicadores de pressão: presença de espécies introduzidas (b1); perda ou degradação


de habitat; e caça/captura/comércio de espécies silvestres (b2).

Indicadores de resposta: normas de proteção da fauna silvestre (c1); pesquisas


científicas/iniciativas sobre conservação/recuperação da fauna (c2); programas de
reflorestamento/conservação de ecossistemas (c3); fiscalização da caça/captura/comércio de
animais silvestres (c4); programas/iniciativas de educação ambiental (c5); e Criação de
Unidades de Conservação (c6).

Para o grupo quirópteros (morcegos) será utilizado o mesmo enfoque analítico de


causalidade: pressão-estado-resposta, entretanto com caracterização específica para este grupo
faunístico, conforme disposto a seguir.

Indicadores de Estado: presença de espécies ameaçadas de extinção (a1); raridade


das espécies em nível regional/estadual (a2); presença de espécies endêmicas (a3); grau
deexigência ambiental das espécies (a4); diversidade das espécies de morcegos (a5); e Valor
Integrado da Fauna (VIF) para morcegos.

Indicadores de pressão: Perseguição e extermínio intencional de morcegos em


abrigos (b1); Mineração, destruição/alteração ambiental ou perturbação em cavernas (b2); e
Presença de turbinas eólicas em operação (b3).
75

Indicadores de resposta: normas de proteção da fauna silvestre (c1); pesquisas


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científicas/iniciativas sobre conservação/recuperação da fauna (c.2); programas de


reflorestamento/conservação de ecossistemas (c3); fiscalização do abate ilegal dos morcegos

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(c4); programas/iniciativas de educação ambiental referente a morcegos (c5); e Criação de
Unidades de Conservação (c6).

DESCRIÇÃO DOS INDICADORES PARA FAUNA

Os demais indicadores de fauna (mamíferos de grande e médio porte e morcegos)


devem ser desenvolvidos tomando como base os indicadores para a avifauna estabelecidos na
proposta de 2007 (IDEMA, 2007a) e trabalhados no Projeto Piloto no Baixo-Açu (IDEMA,
2007b), que estão descritos a seguir.

a. Indicadores de Estado

a.1. Presença de aves ameaçadas de extinção

Deve atribuir-se um valor para cada espécie de ave encontrada na área de estudo,
conforme Tabela 5.32 (adaptada da Tabela 7.12 da proposta 2007 (IDEMA, 2007a)), seguindo
as listagens disponíveis nas esferas nacional e internacional.

Tabela 5.32. Ponderação do Grau de ameaça

Escala Categoria Valor Escala Categoria Valor


Criticamente em perigo (CR) 8 Criticamente em perigo (CR) 5
Em perigo (EN) 6 Em perigo (EN) 4
Nível Vulnerável/Ameaçada (VU) 4 Vulnerável/Ameaçada (VU) 3
Nível
Naciona
Quase ameaçada (NT) 2 Internacional Quase ameaçada (NT) 1
l
Pouco preocupante (LC) 0 Pouco preocupante (LC) 0
Dados insuficientes (DD) Dados insuficientes (DD)
Não avaliada (NE) Não avaliada (NE)

a.2. Presença de aves raras em nível regional / estadual

Deve atribuir-se um valor para cada espécie de ave encontrada na área de estudo,
conforme Tabela 5.33 (extraída da Tabela 7.13 da proposta 2007 (IDEMA, 2007a)), seguindo
estimativas de raridade local encontradas em publicações especializadas regionais e de alguns
trabalhos realizados no RN.

Tabela 5.33. Ponderação do Grau de Raridade Local

Categoria Valor
Superabundante -1
76

Comum 0
Pouco comum 1
Página

Rara 3
Muito rara 5

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a.3. Presença de aves endêmicas

Deve atribuir-se um valor para cada espécie de ave encontrada na área de estudo,
conforme Tabela 5.34 (extraída da Tabela 7.14 da proposta 2007 (IDEMA, 2007a)),
considerando consultas a publicações especializadas sobre espécies endêmicas no Brasil, ou
determinados ecossistemas e regiões.

Tabela 5.34. Ponderação do Grau de Endemicidade.

Categoria Valor
Brasil 1
Caatinga 2
Nordeste 2
Rio Grande do Norte 4
Não endêmica 0
Introduzida -3

a.4. Grau de Exclusividade Ambiental das aves

Deve atribuir-se um valor para cada espécie de ave encontrada na área de estudo,
conforme Tabela 5.35 (extraída da Tabela 7.15 da proposta 2007 (IDEMA, 2007a)),
considerando que as espécies de aves que requerem um tipo de habitat exclusivo ou de algumas
condições determinadas para sobreviver apresentam maior vulnerabilidade.

Tabela 5.35. Ponderação do Grau de Exclusividade Ambiental.

Categoria Valor
Exclusiva / Muito exigente 3
Semi-exclusiva 1
Adaptável 0
Muito adaptável / Antropófila -1

a.5. Peso corporal médio das espécies de aves

Deve atribuir-se um valor para cada espécie de ave encontrada na área de estudo,
conforme Tabela 5.36 (extraída da Tabela 7.16 da proposta 2007 (IDEMA, 2007a)), através da
introdução da variável de peso corporal médio, que valoriza mais a fauna de maior porte, e com
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base no valor das espécies obtido em bibliografia especializada.


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Tabela 5.36. Ponderação do peso corporal.

Categoria Valor
> 500 gr 2
200-500 gr 1,5
80-200 gr 1
20-80 gr 0,5
< 20 0

a.6. Locais de especial importância para as aves silvestres

Os locais que possuam características singulares que os tornem de especial importância


para alguma ou diversas populações ou comunidades aviares devem ter sua valorização de
qualidade incrementada, conforme se observa na Tabela 5.37 (extraída da Tabela 7.17 da
proposta 2007 (IDEMA, 2007a)).

Tabela 5.37. Ponderação dos locais de especial importância para as aves.

Categoria Valor
Concentrações grandes 3
Local de invernada 2
Reprodução comprovada 2
Colônia reprodutiva 5
Reprodução de espécie ameaçada 5

a.7. Diversidade de aves silvestres

Cada uma das espécies encontradas acrescenta valor ao território, independentemente se


aparece em grande ou pequena quantidade. Com isso, todas as espécies somam no valor final
da área, ainda que sejam aves comuns (não sejam ameaçadas, nem raras, nem endêmicas) e que
não foram positivamente ponderadas pelos indicadores que visam a qualidade das espécies.

b. Indicadores de Pressão

b.1. Presença de espécies introduzidas

A presença dessas espécies nos diferentes ambientes, seja sua introdução intencional ou
acidental, interferirá na qualidade da comunidade aviária, sendo valorizada de forma negativa.
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b.2. Caça / captura / comércio de espécies silvestres


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Medido através do número de espécies apreendidas ou implicadas em denúncias e


ações policiais contra esses tipos de práticas ilegais.

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Os métodos de amostragem.

Aves. O levantamento de dados será feito diretamente in situ na área de estudo, em


campanhas de campo periódicas. As metodologias para a coleta de dados serão os pontos com
unidades de gravação automática ou monitoramento acústico (HILL et al. 2018) e transectos
lineares (BUCKLAND et al. 1993; THOMAS et al. 2010). Para a coleta de dados serão
utilizados binóculos, luneta e câmera fotográfica digital.

Os resultados do monitoramento acústico subsidiarão o estudo da composição e riqueza


de espécies de aves nas áreas selecionadas. Para isso será usado o método passivo de gravação
de áudios com o gravador AudioMoth (HILL et al. 2018). Esses equipamentos serão
distribuídos nas áreas de estudo, em diferentes habitats, e nos períodos de chuva e de estiagem.
A distância entre os pontos de amostragem será de 300 m. Os gravadores serão programados
para gravar das 4:30 às 9:30 horas durante 1 minuto em intervalos de 10 minutos, em uma faixa
de amostragem de áudio de 44,1 kHz, em arquivos no formato ―wav‖. Os gravadores serão
colocados a 2,5 m de altura em relação ao solo.

A coleta de dados utilizando transectos lineares ocorrerá no horário entre 6:00 às 10:00
horas. Em cada área amostrada serão delimitados transectos que devem ficar distante, no
mínimo, a 300 m paralelamente um do outro, sendo assim, os mesmos devem ser independentes
e a extensão deles deverá variar de 1 a 2 km. A velocidade do deslocamento dos observadores
no transecto deve ser de 1,5 km/h. Durante o percurso devem ser anotados: a espécie
observada, quantidade de indivíduos por espécie e a distância perpendicular. As distâncias
perpendiculares devem ser medidas com trena e as observações visuais deverão ser feitas com
auxílio de binóculo 10X42.

Mamíferos. Será realizado o monitoramento passivo de dois grupos de mamíferos:


mastofauna terrestre (mamíferos de médio e grande porte) e mastofauna voadora (morcegos).

As amostragens de mamíferos terrestres serão realizadas com a utilização de armadilhas


fotográficas, i.e. câmeras acionadas pelo calor e movimento dos animais que passam em frente
dos equipamentos. Essas armadilhas serão instaladas em diferentes pontos de amostragem de
forma a representar os principais tipos de ambiente. Devem ser amostrados, preferencialmente,
habitats com presença de vegetação nativa (especialmente trilhas e fragmentos florestais) e/ou
corpos d‘água (e.g. rios perenes e intermitentes, lagoas), que constituem recursos importantes
para a mastofauna. As coletas de dados serão realizadas considerando as estações de seca e de
chuva, conforme o regime pluviométrico de cada ambiente.
79

As armadilhas fotográficas serão programadas para operar continuamente durante os


Página

períodos diurno e noturno, permanecendo ativas 24 horas/dia. Os equipamentos serão


configurados para registrar as informações de data e horário em cada arquivo gerado de
imagem (fotografia e/ou vídeo). As fotografias e/ou vídeos serão analisados por mastozoólogos

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especialistas para identificação taxonômica dos animais registrados em campo. A nomenclatura
das espécies deverá estar de acordo com a lista de mamíferos proposta pelo Comitê de
Taxonomia da Sociedade Brasileira de Mastozoologia (ABREU et al., 2021).

Para amostrar a fauna de morcegos, será realizado monitoramento acústico com


detectores de ultrassons (taxa de amostragem ≥ 384 kHz), com o objetivo de gravar
vocalizações de morcegos em voo nas proximidades do microfone (especialmente espécies
insetívoras). Os detectores de morcegos serão posicionados em diversos pontos de amostragem
em campo com o objetivo de contemplar os principais tipos de habitat da região. Serão
amostrados, prioritariamente, ambientes com ocorrência de vegetação arbórea (bordas de
florestas, trilhas e clareiras), corpos d‘água naturais ou artificiais (e.g. lagos, rios, açudes) e
entorno de cavernas, locais que geralmente apresentam alta atividade de morcegos. Os
diferentes pontos de amostragem e tipos de habitat serão monitorados nas estações seca e
chuvosa, definidas de acordo com os padrões locais de pluviosidade.

Os detectores de morcegos serão programados para gravar ao longo do período


crepuscular e noturno, com as noites de amostragem iniciando 30–60 minutos antes do pôr do
sol e terminando 30–60 minutos após o amanhecer. Os equipamentos deverão ser programados
para realizar a coleta de dados continuamente ou em intervalos, de acordo com o esforço
amostral e a área de estudo. Em cada noite de amostragem, serão gerados arquivos de som
contendo informações de data e horário das gravações de morcegos. As gravações serão
analisadas por profissionais capacitados para identificação das vocalizações até o menor nível
taxonômico possível, com auxílio de bibliografia de suporte (e.g. ARIAS-AGUILAR et al.,
2018). A nomenclatura taxonômica deverá seguir a última versão da lista de espécies do Comitê
da Lista de Morcegos do Brasil, disponível no site da Sociedade Brasileira para o Estudo de
Quirópteros (GARBINO et al., 2020).

A análise e interpretação dos dados. Seguirá o modelo descrito na Proposta de 2007


(IDEMA, 2007a), cuja metodologia foi aplicada em um Projeto Piloto na região do Baixo-Açu
(IDEMA, 2007b). Resumidos a seguir.

Os indicadores: ―a1‖ a ―a5‖, proporcionarão um valor de qualidade intrínseca para cada


espécie; a soma das ponderações desses indicadores resultará num valor de qualidade de cada
espécie encontrada: ―Qsp‖ (Tabela 5.38, extraída da tabela 7.18 da proposta 2007 (IDEMA,
2007a); e a soma dos valores de qualidade das espécies resultará num valor de qualidade para
aquele local: ―∑ Qsp‖. Enquanto que os indicadores ―a.6.‖ e ―a.7.‖ estão dirigidos a valorar as
características de cada local amostrado, em função da avifauna que apresenta.
80
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Tabela 5.38. Obtenção da “Qsp” e da “∑ Qsp” para uma estação de amostragem.

Indicadores
Espécies registradas a1 a2 a3 a4 a5 Qsp
Sp 1
Sp 2
Sp 3
Sp n
Σ Qsp

Qsp = ∑ (a1-a5)

O valor de qualidade do local vê-se aumentado pela contribuição do indicador ―a.6‖, nas
espécies que apresentam os critérios descritos nesse indicador, resultando num valor de
Qualidade Modificada para cada espécie ―QMsp‖. A soma desses valores oferecerá a Qualidade
Modificada para o local em análise ―∑Qmsp‖ (Tabela 5.39, extraída da Tabela 7.19 da proposta
2007 (IDEMA, 2007a)).

Tabela 5.39. Obtenção da “QMsp” e da “∑ QMsp” para uma estação de amostragem.

Indicadores Potenc.
Espécies registradas a1 a2 a3 a4 a5 Qsp a6 QMsp
Sp 1
Sp 2
Sp 3
Sp n
Σ Qsp Σ QMsp

Qsp = ∑ (a1-a5)

QMsp = Qsp + a 6

O indicador ―a.7‖ introduz a abundância de espécies no índice desenvolvido. O valor


dessa diversidade é dado diretamente pelo número de espécies de aves encontrado em cada
amostragem.
81

Como o número de espécies de um local pode ser relativamente alto, esse valor deve
dividir-se por três antes de ser somado ao valor de ∑ QMsp. A partir dessa soma obtém-se o
Página

Valor Integrado de Avifauna: ―VIAV‖:

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VIAV = ∑ QMsp + D/3

Esta proposta considerará o índice denominado valor integrado da avifauna (VIAV),


descrito na proposta de monitoramento de 2007 (IDEMA, 2007a) e desenvolvido no projeto-
piloto no Baixo-Açu (IDEMA, 2007b), que apresenta cinco categorias de qualidade ambiental
com base na avifauna (tabela X extraída da Tabela 4.16 do Projeto Piloto na região do Baixo-
Açu (IDEMA, 2007b)). Na proposta atual o VIAV será utilizado para todos os grupos da fauna
e portanto, será denominado VIF, valor integrado da fauna. Entretanto, para a categorização
deverão ser desenvolvidas valorações distintas para os demais grupos da fauna.

Obtém-se o Valor Integrado da Fauna, VIF, a partir da soma ∑Qmsp. Cada local
analisado resultará em um ―VIF‖, em cada amostragem. A partir dos valores de VIF mensais
pode-se obter, para cada local, o ―VIF médio‖, que permite estabelecer a importância do
mesmo ao longo do período de estudo, e um ―VIF máximo‖, que reflete o valor daquela área no
momento de maior atividade aviária. Os valores médios e máximos do VIF indicarão a
qualidade faunística de cada área estudada, permitindo tanto comparações objetivas entre as
situações detectadas, quanto o estabelecimento de prioridades de conservação.

Tabela 5.40. Categorias da avifauna segundo VIF

Índice (VIF) Qualidade

≥ 80 Muito bom
60-79,9 Relativamente Bom
40-59,9 Moderado
20-39,9 Pobre
< 20 Muito pobre

Reitera-se que para os mamíferos terrestres e morcegos não há valoração pré-definida


para a categorização a partir do valor integrado da fauna (VIF), de modo que ela deve ser
desenvolvida para cada um deles no decorrer do trabalho a partir dos dados obtidos e
considerando a categoria já disponível para avifauna, expressa na Tabela 5.40 (extraída da
Tabela 4.16 do documento IDEMA, 2007b).

Indicador: aves raras e ameaçadas de extinção

O monitoramento de aves por longos períodos de tempo permite avaliar como as


populações animais se comportam com o passar do tempo. Assim como permitem encontrar
variações e declínio populacional, e relacionar quais fatores ambientais e antrópicos podem
82

influenciar na redução das populações. Desta forma com o acompanhamento das populações
Página

serão avaliados como fatores temporais e espaciais podem influenciar o tamanho das
populações.

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O método de amostragem adotado para este fim será o transecto linear para monitorar as
aves raras ou ameaçadas de extinção nas categorias VU – Vulnerável, EN – Em perigo e CR –
Criticamente em perigo (MMA 2014, ICMBIO 2018, IUCN 2021). O objetivo deste estudo será
estimar a densidade dessas espécies e suas populações nas áreas selecionadas, para entender se
existem flutuações ou declínio de população frente a impactos ambientais nas paisagens
naturais em diferentes estágios de conservação. Este monitoramento fornecerá informação para
a avaliação das tendências de variações temporais (sazonais) e do estado de conservação da
fauna e para implementação de estratégias de conservação para espécies ameaçadas de
extinção.

Para utilizar o método dos transectos lineares é necessário seguir as premissas que
seguem a ordem decrescente de importância: os animais posicionados diretamente na linha do
transecto devem ser detectados, os animais são detectados na sua posição inicial, antes de
qualquer movimento em resposta ao observador, às distâncias perpendiculares são medidas
corretamente e as detecções são eventos independentes (BUCKLAND et al., 1993; THOMAS
et al., 2010).

Para tratamento dos dados será utilizado o Programa Distance 6.2 (THOMAS et al.,
2010) e os modelos selecionados pelo critério do AIC (Critérios de Informação de Akaike)
(BUCKLAND et al., 2001; BUCKLAND et al., 2004; BURNHAM et al., 2002).
Posteriormente, a seleção do modelo se utilizará filtros com truncamento diferentes para
selecionar o mais adequado aos dados. Para escolher o filtro será usado o GOF (Goodnessoffit).
A estimativa de densidade será calculada usando a fórmula D = N/(2*LE*L), onde: D =
densidade (indivíduos/km²), N = número de avistamentos, LE = largura efetiva da área
amostrada (em km) e L = quilometragem total percorrida. As diferenças entre a densidade e
fatores temporais-espaciais serão testados usando Modelos Lineares Generalizados (GLM). As
análises vão ser conduzidas com o pacote MASS (VENABLES; RIPLEY, 2002) na plataforma
R (R Core Team 2021).

5.4.2 INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA VEGETAÇÃO

Nesta proposta foram selecionadas quatro metodologias. A primeira utiliza a mesma


metodologia descrita na Proposta de Monitoramento do subitem 3.3, a qual foi aplicada em um
Projeto Piloto na região do Baixo-Açu (IDEMA, 2007b). Ela busca encontrar um valor de
qualidade a partir da análise das espécies arbóreo-arbustivas registradas (QMsp) e um valor de
qualidade para as formações vegetais amostradas (Qf). Da integração desses dois índices
obtém-se o Valor Integrado de Vegetação (VIV) para cada local amostrado. A segunda
83

metodologia compreende a utilização de imagens de satélite a partir da composição dos Índices


Página

de Vegetação NDVI e SAVI e de segmentação, para elaborar mapas de uso do solo e cobertura
vegetal, com intuito de monitorar as áreas de vegetação nativa, de supressão vegetal e de
agricultura e pastagem. A terceira proposta compreende o monitoramento das áreas de

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vegetação nativa com supressão autorizada no Estado, através das Autorizações de Supressão
para Uso Alternativo do Solo e para Exploração Florestal emitidas pelo Idema, anualmente. A
4a proposta pretende avaliar a evolução do manguezal nos estuários do Estado a partir da
comparação dessas áreas vegetadas com mangue disponíveis em fotografias aéreas pretéritas
com imagens de satélite mais atuais, observando se houve aumento ou diminuição das áreas
com vegetação de manguezal, e detectando as áreas que foram desmatadas.

(1) Índice de Qualidade Ambiental. Seguindo a Proposta de 2007 (IDEMA, 2007a), cuja a
metodologia foi aplicada no Baixo-Açu (IDEMA, 2007b), esta nova proposta pretende obter
um índice de qualidade ambiental (VIV) a partir da caracterização dos estratos arbóreos e
arbustivos, visto que a identificação de suas espécies em campo é menos complexa que para os
extratos herbáceos e subarbustivos, e considerando que as comunidades arborícolas e arbustivas
na área de estudo são suficientemente diversas para caracterizar de forma significativa cada tipo
de formação, e refletir o grau de impacto ou de alteração ao qual podem estar sendo submetidas

Para tanto, foram selecionados os indicadores de estado, pressão e resposta abaixo


discriminados:

Indicadores de Estado: Presença de espécies arbóreas e arbustivas ameaçadas (a1);


presença de espécies arbóreas e arbustivas localmente raras (a2); presença de espécies arbóreas
e arbustivas endêmicas (a3); importância ecológica e utilidade (IEU) (a4); presença de pés
notáveis (a5); composição florística/abundância de espécies arbóreas e arbustivas (a6); porte da
formação (a7); cobertura do estrato arbóreo-arbustivo (a8); número de estratos da formação
(a9); extensão/isolamento da formação (a10); singularidade regional do biótopo (a11);
diversidade/repartição da dominância (a12); e Valor Integrado de Vegetação (VIV).

Indicadores de Pressão: Espécies e formações vegetacionais introduzidas (b1); e


impactos antrópicos diretos (b2).

Indicadores de Resposta: Normas de proteção da vegetação nativa (c1); pesquisas


científicas e iniciativas sobre conservação de ecossistemas e espécies (c2); programas de
reflorestamento ecológico (c3); fiscalização do desmatamento (c4); programas/iniciativas de
educação ambiental (c5); e Criação de Unidades de Conservação (c6).

Descrição dos Indicadores para Vegetação

a. Indicadores de Estado para a Vegetação

a.1. Presença de espécies arbóreas e arbustivas ameaçadas


84

Deve-se atribuir um valor para cada espécie encontrada na área de estudo, conforme
Página

Tabela 5.41 (adaptada da Tabela 7.21 da proposta de 2007 (IDEMA, 2007a), considerando as
listagens disponíveis na esfera nacional: Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira

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Ameaçadas de Extinção do Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2014), e Lista Vermelha do
Centro Nacional de Conservação da Flora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
(CNCFLORA, 2013), disponível no sítio eletrônico oficial
(http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/listavermelha); bem como em nível internacional.

Tabela 5.41. Ponderação do Grau de ameaça

Escala Categoria Valor Escala Categoria Valor


Criticamente em perigo (CR) 8 Criticamente em perigo (CR) 5
Em perigo (EN) 6 Em perigo (EN) 4
Vulnerável/Ameaçada (VU) 4 Vulnerável/Ameaçada (VU) 3
Nível Nível
Nacional Quase ameaçada (NT) 2 Internacional Quase ameaçada (NT) 1
Pouco preocupante (LC) 0 Pouco preocupante (LC) 0
Dados insuficientes (DD) Dados insuficientes (DD)
Não avaliada (NE) Não avaliada (NE)

a.2. Presença de espécies arbóreas e arbustivas localmente raras

Deve-se atribuir um valor para cada espécie encontrada na área de estudo, conforme
Tabela 5.42 (extraída da Tabela 7.22 da proposta de 2007 (IDEMA, 2007a), seguindo o grau
de raridade das espécies arbóreas e arbustivas conferido nos trabalhos de campo e nos
trabalhos publicados que recolham informação a respeito. A classificação das espécies raras
será verificada na Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção do
Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2014), como também no site oficial da Lista Vermelha
do Centro Nacional de Conservação da Flora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
(CNCFLORA, 2013);

Tabela 5.42. Ponderação do Grau de Raridade Local

Categoria Valor
Superabundante -1
Comum 0
Pouco comum 1
Rara 3
Muito rara 5

a.3. Presença de espécies arbóreas e arbustivas endêmicas


85

Deve-se atribuir um valor para cada espécie encontrada na área de estudo, conforme Tabela
5.43 (extraída da Tabela 7.23 da proposta de 2007 (IDEMA, 2007a), considerando o grau de
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endemicidade das espécies arbóreas e arbustivas obtido em bibliografia especializada.

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Tabela 5.43. Ponderação do Grau de Endemicidade.

Categoria Valor
Brasil 0
Caatinga 2
Nordeste 2
Rio Grande do Norte 4
Não endêmica 0
Introduzida -2

a.4. Importância ecológica e utilidade das espécies (IEU)


Deve-se atribuir um valor para cada espécie de ave encontrada na área de estudo,
segundo disposto na Tabela 5.44 (extraída da Tabela 7.24 da proposta de 2007 (IDEMA,
2007a), considerando que algumas espécies parecem ser mais importantes do que outras para a
manutenção dessas funções.
Tabela 5.44. Ponderação da importância Ecológica e Utilidade.

Categoria Valor
Muito 3
Para a fauna Médio 1
Pouco 0
Muito 2
Para o homem Médio 1
Pouco 0

O Valor deste indicador se obtém a partir da média aritmética entre os pesos dados em
relação à importância de cada espécie para a fauna e para o homem:

IEU = (peso p/ fauna + peso p/ vegetação)/2

a.5. Presença de pés notáveis

Este indicador entra como um modificador ou potencializador do valor de qualidade das


espécies (Qsp) com indivíduos de porte singular, que incrementam seu valor específico e o do
local onde se localizam, resultando numa qualidade modificada das espécies (QMsp). Assim,
86

indivíduos de porte notável aumentam 3 unidades no valor de Qsp dessa espécie, naquele local.
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QMsp = Qsp + 3 (para espécies que cumpram os critérios)

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a.6. Composição florística/abundância de espécies arbóreas e arbustivas da formação

Será expressa em função do número de espécies arbóreas e arbustivas encontradas numa


determinada unidade vegetal (Tabela 5.45, extraída da Tabela 7.25 da proposta de 2007
(IDEMA, 2007a).
Tabela 5.45. Ponderação da abundância de espécies.

Nº espécies Peso
≥ 40 5
30-39 4
29-29 3
10-19 1
< 10 0

a.7. Porte da formação vegetacional

Conforme se vê na Tabela 5.46 (extraída da Tabela 7.26 da proposta de 2007 (IDEMA,


2007a), as formações de maior altura ou espessura serão mais valorizadas. A altura e a
espessura média da formação serão estimadas a partir dos dados obtidos nas unidades
amostrais, isto é: altura média da formação; distribuição diamétrica à altura do peito (DAP)
média dos indivíduos de diâmetro superior a 2 cm para formações de Caatinga, considerando
que a partir desta medida a vegetação é utilizada para produção de lenha (CARVALHO e
ZÁKIA, 1994). Em indivíduos de Mata de Caatinga com mais de um fuste será calculado o
DAP equivalente. Para vegetação de Mata Atlântica será utilizada a medida diamétrica de 3,5
cm, considerando que a partir desse valor se classificam os estágios sucessionais dessas
formações vegetais, conforme dispõe a Resolução Conama no 32/1994 (CONAMA, 1994).
Tabela 5.46. Ponderação do porte da formação.

Metros Peso
≥ 24 4
Altura média 16-23,9 3
8-15,9 2
<8 1
Cm Peso
≥ 35 4
87

DAP médio 25-34 3


15-24 2
Página

< 15 1

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O valor do indicador será obtido através da multiplicação dos pesos relativos
concedidos à altura e ao DAP, subtraindo-se uma unidade ao produto final:

Porte da formação = (Altura média x DAP médio) – 1

a.8. Cobertura do estrato arbóreo-arbustivo


De acordo com o que se observa na Tabela 5.47 (extraída da tabela 7.27 da proposta de
2007 (IDEMA, 2007a), quanto maior a qualidade da formação vegetal nativa maior será a
cobertura de seus extratos superiores, se aproximando de 100%. Neste indicador será
diferenciado o grau de cobertura total da formação da cobertura relativa de cada uma das
espécies principais da formação em estudo.
Tabela 5.47. Ponderação do grau de cobertura da formação.

Categoria Peso
≥ 90 4
70-89 3
50-69 2
30-49 1
< 30 0

a.9. Número de estratos da formação

Na Tabela 5.48 (extraída da Tabela 7.28 da proposta de 2007 (IDEMA, 2007a) serão
valoradas com maior peso as formações vegetais com maior número de estratos que
representam ecossistemas mais complexos e diversificados.
Tabela 5.48. Ponderação do porte da formação.

Categoria Peso
4 estratos 3
3 estratos 2
2 estratos 1
1 estrato 0

a.10. Extensão / isolamento da formação

Com base na Tabela 5.49 (extraída da Tabela 7.29 da proposta de 2007 (IDEMA,
2007a), observa-se que as formações nativas de maior extensão serão mais valorizadas, obtendo
88

uma maior pontuação, que os fragmentos menores.


Página

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Tabela 5.49. Ponderação da extensão da formação.

Hectares Peso
≥ 500 5
250-500 4
80-250 3
20-80 2
5-20 1
<5 0

A superfície de cada unidade vegetal, juntamente com a distância de outros fragmentos


próximos, também podem indicar o seu grau de isolamento (Tabela 5.50, extraída da tabela
7.30 da proposta de 2007 (IDEMA, 2007a).
Tabela 5.50. Ponderação do isolamento da formação.

Categoria Peso
Ilhado -1
Relativamente isolado -0,5
Comunicado 0

a.11. Singularidade regional do biótopo

Formações vegetais consideradas raras ou minoritárias em nível local, regional ou


estadual devem ser mais valorizadas do que aquelas mais extensas, uma vez que funcionam
como redutos para a fauna e flora mais adaptada àquele ambiente (Tabela 5.51, extraída da
Tabela 7.31 da proposta de 2007 (IDEMA, 2007a).

Tabela 5.51. Ponderação da singularidade do biótopo.

Categoria Peso

Muito rara / exclusiva 5


Rara 3
Pouco comum 2
Comum 1
89

Semi-antrópica 0
Página

Antrópica / introduzida -1

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a.12. Diversidade / Repartição da dominância

Como a dominância das espécies dentro de uma formação vegetal costuma expressar-se
como uma proporção relativa da cobertura de cada uma delas, o valor total dessa co-
dominância pode ser calculado pela expressão da diversidade de Shannon (H) (SHANNON &
WEAVER, 1963), introduzindo na expressão dados de cobertura, no lugar de dados de número
de indivíduos, então:

H = - Σ Pi Ln Pi

Onde, Pi representa a proporção da cobertura da espécie ―i‖ na formação.

Os valores resultantes dessa expressão se classificam em 6 categorias (Tabela 5.52,


extraída da Tabela 7.32 da proposta de 2007 (IDEMA, 2007a):
Tabela 5.52. Ponderação da diversidade da formação.

Valor de H Peso
≥ 4,5 5
3,8-4,4 4
3,1-3,7 3
2,4-3,0 2
1,7-2,3 1
< 1,7 0

b. Indicadores de Pressão para a Vegetação

b.1. Espécies e formações vegetais introduzidas

A presença dessas espécies nos diferentes ambientes deve ser valorizada de forma
negativa, da mesma forma em que foi considerada em outros sistemas de indicadores
ambientais (MIMAM, 1996 apud IDEMA, 2007a).

b.2. Impactos antrópicos diretos

Será elaborada uma classificação de maior ou menor gravidade desses impactos diretos
em cada formação (Tabela 5.53, extraída da Tabela 7.33 da proposta de 2007 (IDEMA, 2007a).
90
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Tabela 5.53. Ponderação da diversidade da formação.
Categoria Peso
Críticos -8
Severos -5
Moderados -3
Compatíveis -1
Ausência 0

Os métodos de amostragem.

Para o estudo das comunidades vegetacionais deverá ser selecionada uma série de
formações arbóreo-arbustivas, variadas e representativas. Dentro de cada uma delas, serão
realizadas amostragens independentes para cada tipo de unidade vegetal (amostragens
estratificadas), obedecendo a um esforço amostral intrinsecamente relacionado às
características da área de estudo.

Em cada estação de amostragem serão levantadas as informações necessárias para


trabalhar com os indicadores selecionados. De modo que se buscará a maior diversidade de
cada formação, registrando-se as espécies arbóreas e arbustivas com altura superior a 150 cm
e com diâmetro à altura do peito (DAP) superior a 2 cm para formações de Caatinga,
considerando que a partir desta medida a vegetação é utilizada para produção de lenha
(CARVALHO e ZÁKIA, 1994). Em indivíduos de Mata de Caatinga com mais de um fuste
será calculado o DAP equivalente. Para vegetação de Mata Atlântica será utilizada a medida
diamétrica de 3,5 cm, considerando que a partir desse valor se classificam os estágios
sucessionais dessas formações vegetais, conforme dispõe a Resolução Conama no 32/1994
(BRASIL, 1994). Para as variáveis que precisarem de medição individualizada dos indivíduos,
será estabelecida a quantidade de unidades amostrais observando a suficiência amostral, em
pontos representativos da formação e afastados das suas margens.

A análise e interpretação dos dados. Seguirá o modelo da Proposta de 2007, descrito


sucintamente a seguir.

Os indicadores ―a.1‖ a ―a.4‖ (considerando que o indicador ―a.3-espécies endêmicas‖


integra-se o ―b.1-espécies introduzidas‖) trazem informações das espécies. Com a soma deles
obtém-se o valor de Qualidade Individual para cada espécie: ―Qsp‖.
91

O valor intrínseco da espécie pode ser incrementado em alguns locais pela presença de
pés notáveis (indicador ―a.5‖), expresso pela Qualidade Específica Modificada: ―Qmsp‖. Com
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a soma dos ―QMsp‖ obtém-se o valor de qualidade de uma estação de amostragem pelas suas

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espécies: ―∑ Qmsp‖ (Tabela 5.54, extraída da Tabela 7.34 da proposta de 2007 (IDEMA,
2007a).

Os indicadores ―a.6‖ a ―a.12‖ mais o ―b.2‖ integram as informações das formações


vegetais amostradas. Com a soma das ponderações atribuídas a cada um desses indicadores
obtém-se o valor de Qualidade da formação, ―Qf‖.
Tabela 5.54. Planilha para obtenção da “Qsp”, da QMsp e da “∑ Qsp” para uma estação de
amostragem.

Indicadores Índice
Espécies registradas a1 a2 a3 a4 Qsp a5 QMsp
Sp 1
Sp 2
Sp 3
Sp n
Σ Qsp

Qsp = ∑ (a1-a5)
QMsp = Qsp+a5

Os indicadores ―a.6‖ ao ―a.12‖ mais o ―b.2‖ integram as informações das formações


vegetais amostradas. Com a soma das ponderações atribuídas a cada um desses indicadores
obtém-se o valor de Qualidade da formação, ―Qf‖:
Qf = a.6 + a.7 + a.8 + a.9 + a.10 + a.11 + a.12 + b.2

Somando o resultado de ―∑ QMsp‖ e da Qf, vezes cinco, obtém-se o Valor Integrado da


Vegetação, VIV, para uma determinada estação de amostragem.
VIV = ∑QMsp + (Qf x 5)

O VIV permitirá a comparação objetiva entre diferentes áreas e a possibilidade de


priorizar ações de conservação ou desenvolvimento, levando-se em conta a qualidade relativa
da vegetação nativa de uma região.
92

Segundo o projeto-piloto, para melhor interpretação dos valores finais do VIV foram
Página

estabelecidas cinco categorias que podem diferir em função do tipo de formação vegetal
avaliada. Foram determinadas categorias distintas para as formações de caatinga e mata ciliar e
para as formações de manguezal e carnaubal, segundo as tabelas a seguir.

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Tabela 5.55. Categorias das formações vegetais do tipo caatinga e mata ciliar, segundo VIV
(extraída do projeto-piloto do Baixo-Açu (IDEMA, 2007b).

Índice (VIV) Qualidade


≥195 Preservado
155-194,9 Bom
115-154,9 Moderado
75-114,9 Degradado
<75 Muito degradado

Tabela 5.56. Categorias das formações vegetais do tipo manguezal e carnaubal de fundo de vale,
segundo VIV (extraída do projeto-piloto do Baixo-Açu (IDEMA, 2007b).

Índice (VIV) Qualidade


≥100 Preservado
80-99,9 Bom
60-79,9 Moderado
40-59,9 Degradado
<40 Muito degradado

Para a formação vegetal de Mata Atlântica não há valoração pré-definida para


categorização a partir do valor integrado (VIV), de modo que ela deve ser desenvolvida no
decorrer do trabalho a partir dos dados obtidos e considerando as categorias já disponíveis para
outras formações vegetais, citadas nas tabelas anteriores.

(2) Índices de Vegetação em imageamento. A segunda proposta está baseada na utilização de


imagens digitais de sensores remoto com resolução mínima de 30 metros, a partir da
composição dos índices de vegetação provenientes das bandas com reflectâncias do vermelho e
infravermelho próximo: Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) e Índice de
Vegetação Ajustado ao Solo (SAVI), além da avaliação por processo de segmentação
(manchas); com o objetivo de realizar um monitoramento contínuo e sistemático da cobertura
vegetal e do uso e ocupação do solo, considerando que o monitoramento das áreas ainda
cobertas por vegetação nativa é de extrema importância. Neste enfoque, pretende-se mapear e
acompanhar de forma contínua e sistemática o desenvolvimento da vegetação de manguezal,
Mata Atlântica e de Caatinga, bem como, as áreas de supressão de vegetação nativa autorizadas
e as ilegalmente desmatadas. Também se faz necessária a verificação de campo através de
93

visitas de campo nas coordenadas predefinidas para checagem dos padrões e características da
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cobertura vegetacional observados nas imagens.

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Para tanto, a proposta tem como objetivos específicos a avaliação temporal dos
diferentes índices de vegetação; a elaboração de mapas de uso de solo e cobertura vegetal a
partir dos dados produzidos; a determinação da área ocupada por cada uma das categorias de
uso do solo e de cobertura vegetal.

O Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) atua com sensores


infravermelho próximo (NIR), analisando a resposta espectral das plantas nas bandas do
vermelho e do infravermelho próximo. Pode ser utilizado no monitoramento das lavouras para
detecção de deficit hídrico, danos de pragas, estimativa de produtividade e outros. Plantas com
diferentes caraterísticas foliares, seja devido à seca, nutrição ou fitossanidade apresentam
diferentes valores de NDVI. Os valores mais elevados em vermelho indicam a vegetação mais
ativa, que predomina no período chuvoso. Enquanto em período mais seco os valores são mais
baixos e o vermelho menos intenso.

É calculado a partir da fórmula:

Onde:
IVP: reflectância na faixa do Infravermelho próximo
V: reflectância na faixa do vermelho.

Segundo descrito na dissertação de mestrado de Jussara Rosendo (2005), sobre Índices


de Vegetação e Monitoramento do Uso do Solo e Cobertura Vegetal, os valores de NDVI
variam de -1 a 1. Os valores próximos de 1 indicam uma vegetação ativa e saudável, e 0 ou
negativos são outros objetos ou vegetação menos ativa ou senescente.

O NDVI tem se mostrado bastante útil na estimativa de parâmetros biofísicos da


vegetação e o seu ponto forte é o conceito de razão que reduz várias formas de ruídos
multiplicativos como diferenças de iluminação, sombra de nuvens, atenuação atmosférica,
certas variações topográficas; ainda de acordo com a referida autora, uma peculiaridade
atribuída ao NDVI é a rápida saturação que o torna insensível ao aumento da densidade do
dossel. Os valores NDVI estabilizam-se em um patamar independente do aumento da densidade
do dossel.

O Índice de Vegetação Ajustado ao Solo (SAVI) que foi proposto por Huete (1988)
possui a propriedade de minimizar os efeitos do solo de fundo no sinal da vegetação ao
94

incorporar uma constante de ajuste de solo, o fator L no denominador da equação NDVI. Ele é
Página

muito utilizado em áreas que apresentam baixas densidades de vegetação ou de início de


plantio. O fator L varia com a característica da reflectância do solo (calor e brilho) e vai variar
dependendo da densidade da vegetação que se deseja analisar. Para vegetação muito baixa, é

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sugerido utilizar o fator L = 1.0, para vegetação intermediaria L = 0,5, para altas densidades L =
0,25. A utilização do L = 0 os valores do SAVI serão idênticos ao NDVI, e para o L = 100 os
valores do SAVI serão aproximados ao do PVI. A equação do SAVI é escrita da seguinte
maneira:

L = variável de ajuste do solo

Será necessário executar os seguintes procedimentos operacionais: utilização de


recursos cartográficos, de produtos de sensoriamento remoto e de técnicas de
geoprocessamento divididos em três etapas distintas: Aquisição dos produtos e manipulação das
imagens; Geração dos Índices de Vegetação e elaboração dos mapas de uso e ocupação do solo
e cobertura vegetal; e Aplicação do método de detecção de mudanças - Imagem Diferença.

Aquisição dos produtos e manipulação das imagens.

As imagens devem ser selecionadas buscando-se as mais atuais, com o intuito de obter
uma situação da cobertura vegetacional mais fidedigna o possível com a realidade. Também
devem ser considerados os períodos chuvoso e de estiagem. Elas podem ser adquiridas de
várias formas. Na modalidade paga obviamente obtém-se as imagens de forma mais cômoda,
rápida e objetiva, em detrimento do alto custo de aquisição. Enquanto que a utilização das
imagens disponibilizadas gratuitamente deve ser obrigatoriamente precedida de um vasto
processo de triagem para seleção daquelas mais adequadas, tanto com relação a datas, como
sem ocorrências de sombreamento significativo ocasionado por nuvens. Essas imagens podem
ser adquiridas pelo sítio eletrônico do INPE (www.inpe.br), bem como pelo Serviço Geológico
dos EUA) (https://earthexplorer.usgs.gov), nos quais se pode selecionar os satélites, as datas e
as áreas objeto de estudo.

Geração dos Índices de Vegetação e elaboração dos mapas de uso e ocupação da terra e
cobertura vegetal.

A geração dos índices de vegetação, tais como NDVI, SAVI e NDWI, será através de
imagens de satélites multiespectrais, contendo, no mínimo, um canal no comprimento de ondas
correspondendo ao vermelho e um canal no comprimento de ondas correspondendo ao
Infravermelho próximo. Estes canais podem ser identificados, tecnicamente, no modo
95

multiespectral, a partir dos seguintes satélites:


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 Landsat 8, de 30 m de resolução (gratuito)


 Sentinel-2, de 10 m de resolução (gratuito)

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 Pleiades, de 2 m de resolução
 World View 2, de 2 m de resolução
 Geoeye, de 2 m de resolução
 Triplesat, de 4 m de resolução
 RapidEye de 5 m de resolução

Para a execução dos processamentos existem diversos softwares, entre soluções


gratuitas e pagas, as quais são citadas como mais relevantes: ENVI, Global Mapper, gvSIG
(único gratuito) e TerrSet (antigo IDRISI).

Aplicação do método de detecção de mudanças - Imagem Diferença. Segundo Rosendo (2005),


essa técnica baseia-se no registro de imagens de dois tempos diferentes (t1 e t2), quando é feita
a subtração pixel a pixel e produzida uma terceira imagem, imagem residual que representa as
mudanças entre duas datas. A imagem diferença realça as mudanças ocorridas dentro de um
determinado recorte temporal e espacial, podendo ser aplicada com objetivo de realçar alvos
como expansão de áreas urbanas, mudanças no uso do solo, diferenças sazonais na vegetação e
no desmatamento.

(3) Indicador de vegetação a partir das áreas de supressão de vegetação nativa


autorizadas pelo Idema. Pretende-se com essa terceira proposta acompanhar a extensão total e
a espacialização das áreas de vegetação nativa com supressões autorizadas pelo Idema
anualmente, através do mapeamento das poligonais das áreas de vegetação, para cada bioma,
contidas nas ―Autorizações de Supressão de Vegetação Nativa para Uso Alternativo do Solo‖ e
―Autorização para Exploração Vegetal‖ (nas modalidades de planos de manejo sustentáveis e
simplificados) emitidas pelo Idema, inclusive acompanhar a evolução anual das áreas de
supressão de vegetação nativa (caatinga e mata atlântica) autorizadas por região e por
município do Estado. Este monitoramento fornecerá informações que serão utilizadas também
para complementar a 2ª proposta no que diz respeito ao mapeamento e acompanhamento das
áreas de supressão de vegetação nativa autorizadas e as ilegalmente desmatadas, utilizando
imagens de sensoriamento remoto.

Pretende-se com essa terceira proposta acompanhar a extensão total e a espacialização


das áreas de vegetação nativa com supressões autorizadas pelo Idema anualmente, através do
mapeamento das poligonais das áreas de vegetação, para cada bioma, contidas nas
―Autorizações de Supressão de Vegetação Nativa para Uso Alternativo do Solo‖ e ―Autorização
para Exploração Vegetal‖ (nas modalidades de planos de manejo sustentáveis e simplificados)
emitidas pelo Idema, a partir do Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos
Florestais (Sinaflor); inclusive acompanhar a evolução anual das áreas de supressão de
96

vegetação nativa (caatinga e mata atlântica) autorizadas por região e por município do Estado.
Página

Este monitoramento fornecerá informações que serão utilizadas também para complementar a
2ª proposta no que diz respeito ao mapeamento e acompanhamento das áreas de supressão de

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vegetação nativa autorizadas e as ilegalmente desmatadas, utilizando imagens de sensoriamento
remoto.

(4) Indicador de vegetação a partir das áreas de vegetação de manguezal. A quarta proposta
tem como objetivo avaliar a evolução do manguezal nos estuários do Estado a partir da
verificação das áreas, observando se houve aumento ou diminuição no crescimento da
vegetação, e detectando as áreas que foram desmatadas, tomando como base as fotografias
aéreas pretéritas das áreas estuarinas disponíveis no Idema, no setor da Sugerco, e comparando-
as com as imagens de satélite mais atuais. Deverão ser utilizadas imagens históricas do Google
Earth* de forma complementar as fotos aéreas, e realizadas visitas de campo nas coordenadas
predefinidas para checagem dos padrões e características da cobertura vegetacional observados
nas fotos e imagens.

5.5. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA ASPECTOS


SOCIOECONÔMICOS E DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

Foi adotada a proposta do SISTEMA DE MONITORAMENTO AMBIENTAL PARA


O ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE EMPREGANDO-SE INDICADORES E
ÍNDICES AMBIENTAIS. IDEMA/FUNPEC, Março/2007. E teve por princípio a
consideração e o respeito à diversidade social, econômica e ambiental do conjunto de
municípios do Estado do Rio Grande do Norte, cujos indicadores e índices selecionados serão
processados e apresentados em nível municipal.

Indicadores de Estado: qualidade da habitação, condições de vida, renda, saúde e


segurança ambiental e serviços sanitários. O conjunto destes indicadores levará à obtenção do
Índice Temático de Qualidade de Vida Humana.

Indicadores de Pressão: pressão urbana, pressão industrial, pressão agropecuária e


cobertura vegetal. O conjunto destes indicadores levará à obtenção do Índice Temático de
Pressão Antrópica.

Indicadores de Resposta: autonomia político-administrativa, gestão pública municipal,


gestão ambiental e informação e participação. O conjunto destes indicadores levará à obtenção
do Índice Temático de Capacidade Institucional.

Os três índices sugeridos apresentam as seguintes características:

i. O índice de qualidade de vida humana: mensura a capacidade do município em


97

reduzir a desigualdade social, prover os habitantes de condições básicas de vida e de


um ambiente construído saudável e seguro;
Página

ii. O índice de pressão antrópica: mensura o potencial de degradação e o grau de


impacto antrópico no município, ou seja, avalia o grau de estresse exercido pela

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intervenção antrópica – urbanização e principais atividades econômicas – sobre o
sistema ambiental local, com especial atenção para seu potencial poluidor, ritmo de
crescimento e concentração espacial; e
iii. O índice de capacidade política e institucional, que mensura a capacidade dos
sistemas político, institucional, social e cultural locais, é capaz de superar as
principais barreiras e oferecer respostas aos desafios presentes e futuros de
sustentabilidade.

Os três índices acima descritos serão obtidos com base em indicadores que,
por sua vez, resultarão da combinação de variáveis, conforme apresentado na
Tabela 5.57.

98
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Tabela 5.57 - Índices Temáticos e Indicadores para Socioeconomia e Desenvolvimento Humano.

Uma vez definidas e calculadas as variáveis que


compõem os indicadores padronizados (conforme Tabela 5.54), o próximo
passo é o do cálculo dos índices temáticos, através da seguinte fórmula:
99
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Depois de calcular os indicadores faz-se a média não ponderada, obtendo-se os índices
temáticos.

Por fim, pode-se obter um Índice Síntese de Desenvolvimento Sustentável, que


―reflete o grau relativo de desempenho em todas as dimensões referidas para
cada período de tempo‖ (SEPÚLVEDA (2005), citado na proposta de indicadores e índices
ambientais (IDEMA, 2007a).

5.6. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA GESTÃO AMBIENTAL DE


RESÍDUOS SÓLIDOS, ESGOTOS SANITÁRIOS E USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

5.6.1. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA RESÍDUOS SÓLIDOS

Neste item serão avaliados os sistemas de disposição final dos resíduos sólidos
urbanos existentes em cada município do RN, considerando a proposta do SISTEMA DE
MONITORAMENTO AMBIENTAL PARA O ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
EMPREGANDO-SE INDICADORES E ÍNDICES AMBIENTAIS. IDEMA/FUNPEC,
Março/2007.

Indicadores de Estado: situação das áreas de tratamento e disposição final dos


resíduos sólidos urbanos pelo IQR (Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos).

O IQR foi elaborado pela CETESB (2021b) e se caracteriza por ser um índice
abrangente e levar em consideração as condições do município, possibilitando uma
padronização na avaliação das condições ambientais das instalações, diminuindo o nível de
subjetivismo e também a uma análise de comparação de maior significância entre as instalações
existentes no estado.

Os principais parâmetros de análise são: estrutura de apoio, frente de trabalho, taludes e


100

bermas, superfície superior, estrutura de proteção ambiental, características da área e outras


informações, conforme mostrado na Tabela 5.58, que se trata de uma versão atualizada da
Página

proposta IDEMA/FUNPEC (Março/2007).

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Tabela 5.58 – Planilha utilizada no cálculo do
IQR.

101

Fonte: CETESB, 2021b.


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A equação que define o IQR é dada por:

IQR = (SUBTOTAIS 1+2.1+3)/10 (sem recebimento de resíduos industriais)

IQR = (SUBTOTAIS 1+2.2+3)/11 (com recebimento de resíduos industriais)

A Tabela 5.59 apresenta os coeficientes do IQR para enquadramento das condições do


aterro (adequadas ou inadequadas).
Tabela 5.59 – Avaliação dos aterros de resíduos segundo o IQR.
IQR AVALIAÇÃO
0,0 a 7,0 Condições Inadequadas (I)
7.1 a 10,0 Condições Adequadas (A)

Indicadores de Pressão: produção per capita de resíduos sólidos urbanos, se existirem


dados secundários disponíveis;

Indicadores de Resposta: taxa de reciclagem de vidro, papel, papelão, plástico, metais


e compostagem de resíduos sólidos, resíduos sólidos com tratamento em aterro sanitário, se
existirem dados secundários disponíveis.

5.6.2. INDICADORES E ÍNDICES SELECIONADOS PARA ESGOTOS SANITÁRIOS

Serão avaliados os sistemas de tratamento de esgotos sanitários do tipo lagoas de


estabilização existentes nos municípios do RN, sob os aspectos de sua implantação e operação.

Indicadores de Estado: situação dos sistemas de lagoas de estabilização que tratam os


esgotos sanitários gerados nos municípios do RN através do Índice de Qualidade de Lagoas de
Estabilização – IQL.

Devido à grande utilização de Lagoas de Estabilização no Brasil, onde só no Rio


Grande do Norte existem, no mínimo, 71 sistemas de Lagoas de Estabilização tratando os
esgotos sanitários de 48 Cidades Sedes Municipais, faz-se necessário um sistema eficaz de
avaliação da sua implantação e operação, no qual a adoção de um Índice de Qualidade de
Lagoas de Estabilização – IQL se apresenta como uma importante ferramenta de gestão
ambiental que norteará o Órgão ambiental na análise do pedido de licença de operação ou
licença simplificada (principalmente suas renovações), assim como orientará o órgão/empresa
responsável pelo gerenciamento de sua operação e manutenção.
102

O IQL foi elaborado pelo Engenheiro Civil Sérgio Luiz Macêdo, servidor público do
Página

quadro efetivo do Idema, cuja proposta foi apresentada em artigo técnico no 30º Congresso
Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, realizado no ano de 2019 em Natal, com o

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título PROPOSTA DE ÍNDICE DE QUALIDADE DE LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO –
IQL (MACÊDO, 2019).

A metodologia adotada para elaboração do IQL utilizou a Técnica Delphi para a


consulta aos especialistas visando a definição dos pesos para cada avaliação considerada, e foi
composta por 15 (quinze) profissionais engenheiros civis, sanitaristas e ambientais, dividido da
seguinte forma: 7 (sete) do IDEMA, 1 (um) do IGARN, 3 (três) professores da UFRN, 1 (um)
professor do IFRN, 1 (um) da CAERN, 1 (um) da SESAP e 1 (um) profissional liberal.

O Formulário do Índice de Qualidade de Lagoas de Estabilização – IQL, Quadro 1, que


deverá ser preenchido em campo pelo Avaliador de acordo com o que ele constata do sistema
de lagoas de estabilização, além de conter informações gerais como localização e configuração
da ETE, data, entre outros, está dividido em três itens: 1 - CARACTERÍSTICA DA ÁREA, 2 -
INFRAESTRUTURA IMPLANTADA e 3 - CONDIÇÕES OPERACIONAIS. Sendo que cada
item apresenta vários subitens com os aspectos a serem levados em consideração para a sua
avaliação, e cada subitem tem o seu respectivo parâmetro de avaliação e seu respectivo peso,
cujo valor é maior quando o mesmo é considerado de maior importância para se instalar e
operar Lagoas de Estabilização.

Cabe destacar que a soma parcial dos pesos das avaliações de cada Subitem que compõe
cada Item está dividida da seguinte forma: Subtotal 1 = 10 (correspondente ao Item 1 -
CARACTERÍSTICA DA ÁREA), Subtotal 2 = 30 (correspondente ao Item 2 -
INFRAESTRUTURA IMPLANTADA) e Subtotal 3 = 60 (correspondente ao Item 3 -
CONDIÇÕES OPERACIONAIS), perfazendo um total de 100 (cem) pontos.

É importante informar que em 2018 o Idema aplicou o IQL em 34 sistemas de lagoas de


estabilização em funcionamento em 18 municípios do Estado do Rio Grande do Norte, e o
mesmo se mostrou uma importante ferramenta de gestão ambiental e de gerenciamento desses
sistemas de tratamento de esgotos sanitários, cujos resultados fazem parte do citado artigo
técnico intitulado PROPOSTA DE ÍNDICE DE QUALIDADE DE LAGOAS DE
ESTABILIZAÇÃO – IQL.

Quadro 1 – Formulário do Índice de Qualidade de Lagoas de Estabilização – IQL.


ÍNDICE DE QUALIDADE DE LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO - IQL
MUNICÍPIO/ESTADO: DATA/HORA:
103

LOCAL: ÓRGÃO RESP. PELA ETE:


BACIA HIDROGRÁFICA: LICENÇA AMBIENTAL:
Página

CORPO RECEPTOR: AVALIADOR:


CONFIGURAÇÃO DA ETE: TITULAÇÃO:
ITEM SUBITEM AVALIAÇÃO PESO PONTOS

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1-PROXIMIDADE DE NÚCLEOS ≥ 150 m 3
1 - CARACTERÍSTICAS

HABITACIONAIS < 150 m 0


2-OS VENTOS DOMINANTES SÃO NO SIM 3
DA ÁREA

SENTIDO DO NÚCLEO HABITACIONAL


PARA A ETE OU PARALELO NÃO 0
3-PROFUNDIDADE DO LENÇOL
P ≥ 3m e K ≤ 10E-6 cm/s 4
FREÁTICO (P) X PERMEABILIDADE
NATURAL DO SOLO (K) CONDIÇÃO INADEQUADA 0
SUBTOTAL 1 10
SIM/SUFICIENTE 3
4-ISOLAMENTO FÍSICO/CERCA
NÃO/INSUFICIENTE 0
5-SISTEMA DE TRATAMENTO SIM/SUFICIENTE 4
PRELIMINAR NÃO/INSUFICIENTE 0
6-LEITOS DE SECAGEM DE LODO OU
OUTRO DISPOSITIVO COM A MESMA SIM 4
FUNÇÃO (PARA O MATERIAL
2 - INFRAESTRUTURA IMPLANTADA

SOBRENADANTE E RETIRADO DO NÃO 0


TRATAMENTO PRELIMINAR)
7-OS DISPOSITIVOS DE ENTRADA E
NÃO 4
SAÍDA DAS LAGOAS PERMITEM O
CURTO-CIRCUITO HIDRÁULICO SIM 0
8-IMPERMEABILIZAÇÃO DO FUNDO E EXISTENTE 5
LATERAIS INTERNAS DAS LAGOAS INSUFICIENTE 1
(ATENTAR PARA VAZAMENTOS INEXISTENTE
0
LATERAIS)
EXISTENTE 3
9-MEDIDOR DE VAZÃO PARA O
PRECÁRIO 1
EFLUENTE FINAL
INEXISTENTE 0
10-DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS SIM 3
NÃO INTERFERE NO FUNCIONAMENTO
NÃO 0
DAS LAGOAS
11-POÇOS/PIEZÔMETROS PARA SIM 4
MONITORAMENTO DAS ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS NÃO 0
SUBTOTAL 2 30
SIM/EFICIENTE 4
12-PRESENÇA DE OPERADOR
NÃO/INEFICIENTE 0
13-FICHA DE CONTROLE SIM/EFICIENTE 3
3 - CONDIÇÕES OPERACIONAIS

OPERACIONAL NÃO/INEFICIENTE 0
14-FUNCIONAMENTO E LIMPEZA DO EFICIENTE 4
SISTEMA DE TRATAMENTO REGULAR 2
PRELIMINAR INEXISTENTE 0
SÓ PRÓX. DAS LAGOAS 4
15-EXALAÇÃO DE MAUS ODORES DENTRO DA ETE 2
FORA DA ÁREA DA ETE 0
104

16-PRESENÇA DE ANIMAIS NO NÃO 2


INTERIOR DA ETE SIM 0
Página

17-PRESENÇA DE VEGETAÇÃO NO POUCO/NENHUM 3


TALUDE INTERNO DAS LAGOAS MUITO 0
18-PRESENÇA DE MATERIAL POUCO/NENHUM 4

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SOBRENADANTE NAS LAGOAS MUITO 0
NÃO 5
19-AS LAGOAS ESTÃO ASSOREADAS
SIM 0
20-FUNCIONAMENTO DOS LEITOS DE EFICIENTE 4
SECAGEM DE LODO OU OUTRO REGULAR 1
DISPOSITIVO COM A MESMA FUNÇÃO INEXISTENTE 0
21-FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE
EFICIENTE 3
DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
(DEVE-SE ATENTAR PARA A
EXISTÊNCIA DE PROCESSOS EROSIVOS REGULAR 1
NOS DIQUES, O QUE DENOTARIA O
MAU FUNCIONAMENTO DO SISTEMA INEXISTENTE 0
DE DRENAGEM)
22-MONITORAMENTO DE QUALIDADE SIM 4
DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NÃO 0
EFICIENTE 4
23- MEDIÇÃO DE VAZÃO DO EFLUENTE
REGULAR 1
FINAL
INEXISTENTE 0
24-MONITORAMENTO DA ETE – SIM 5
EFLUENTES BRUTO E TRATADO NÃO 0
25-O EFLUENTE FINAL ATENDE AOS
SIM 7
PADRÕES DE EMISSÃO ADOTADOS
PELO ÓRGÃO AMBIENTAL NÃO 0
REÚSO CONTROLADO DE
NO MÍNIMO 80% DA VAZÃO 4
TOTAL
REÚSO SEM CONTROLE
26-DISPOSIÇÃO FINAL DO EFLUENTE ADEQUADO NA 1
TRATADO AGRICULTURA
INFILTRAÇÃO NO SOLO 2
CURSO D‘ÁGUA PERENE 3
CURSO D‘ÁGUA
INTERMITENTE
0
SUBTOTAL 3 60
TOTAL MÁXIMO 100
IQL = SOMA DOS PONTOS / 10

A equação que define o IQL é dada por:

IQL = (SUBTOTAL 1 + SUBTOTAL 2 + SUBTOTAL 3)/10

Onde:
105

SUBTOTAL 1 = somatório das características da área avaliadas pelos respectivos pesos;

SUBTOTAL 2 = somatório das características da infraestrutura implantada avaliadas pelos


Página

respectivos pesos;

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SUBTOTAL 3 = somatório das condições operacionais avaliadas pelos respectivos pesos.

A Tabela 5.60 apresenta as faixas do IQL que definem a avaliação da ETE em condições
Adequadas, Aceitáveis e Inadequadas.
Tabela 5.60 – Avaliação das ETEs segundo os Índices de Qualidade de Lagoas de Estabilização –
IQL.
IQL AVALIAÇÃO
8,1 a 10,0 CONDIÇÕES ADEQUADAS
7,0 a 8,0 CONDIÇÕES ACEITÁVEIS
0,0 a 6,9 CONDIÇÕES INADEQUADAS

A avaliação das Lagoas de Estabilização poderá ser subdividida nas seguintes


categorias: excelente, muito boa, aceitável, ruim e muito ruim, conforme a Tabela 5.61.
Tabela 5.61 – Avaliação das ETEs em categorias segundo os Índices de Qualidade de Lagoas de
Estabilização – IQL.
IQL AVALIAÇÃO
9,1 a 10,0 EXCELENTE
8,1 a 9,0 MUITO BOA
7,0 a 8,0 ACEITÁVEL
5,0 a 6,9 RUIM
0,0 a 4,9 MUITO RUIM

Indicadores de Pressão: negligência do operador da ETE, produção per capita de


esgotos sanitários.

Indicadores de Resposta: taxa de reúso controlado dos esgotos sanitários tratados,


gerenciamento da ETE pelo operador, maior controle ambiental (licenciamento ambiental,
fiscalização ambiental e monitoramento ambiental).

5.6.3. INDICADORES SELECIONADOS PARA USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Esse programa tem como objetivo possibilitar a identificação de áreas, processos e


empreendimentos com efetiva ou potencial degradação ambiental e poluição, e áreas de
relevante interesse ambiental a serem preservadas, no Estado do Rio Grande do Norte.
106

Apesar dos esforços desprendidos pelos técnicos do Idema, muitas vezes tem-se
encontrado dificuldades em se localizar as áreas, processos e/ou empreendimentos com
Página

degradação ambiental e poluição, face às condições de acesso e dificuldades de visualização via


terrestre, fluvial ou marítima.

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Para se monitorar o uso e ocupação do solo de uma determinada região e identificar os
problemas ambientais supracitados, uma das alternativas é a utilização periódica de imagens de
satélite. Outra opção seria, periodicamente, a tomada de fotos e/ou a realização de filmagens
aéreas através de sobrevoos com aeronaves de pequeno porte, ou por meio de drones ou
VANTs.

Diante disso, optou-se pelo monitoramento ambiental aéreo através de fotos e/ou
filmagens aéreas. Assim, esse programa apresenta-se como uma importante e indispensável
ferramenta auxiliar na identificação e localização precisa de degradações ambientais,
essencialmente em áreas ambientalmente mais frágeis, e de difícil acesso e visualização via
solo.

Este monitoramento ambiental aéreo consta de sobrevoos sistemáticos sobre o território


potiguar, com uso de aeronave apropriada para este tipo de serviço e com capacidade mínima
para 03 (três) passageiros, obedecendo a roteiros preestabelecidos pelo Idema, com o objetivo
de documentar, através de fotografias aéreas oblíquas, áreas degradadas, em degradação ou
ambientalmente ameaçadas, identificadas durante todos os sobrevoos, assim como através de
vídeos compreendendo um percentual do total de voos a serem realizados pelo programa, cuja
seleção será executada pelo Idema. É importante destacar que em determinadas áreas,
predefinidas pelo Idema, o monitoramento ambiental aéreo poderá ser feito com a utilização de
drones ou VANT.

É importante salientar que o Idema já tem experiência nesse tipo de monitoramento,


quando a partir de 2004 iniciou um monitoramento ambiental aéreo utilizando aeronave de
pequeno porte para tomada de fotografias aéreas oblíquas em baixa altitude, e que em outubro
de 2005, este monitoramento passou a ser denominado de Programa Estadual de
Monitoramento e Fiscalização Ambiental Aéreos – PEMFAA.

Indicadores de Estado: diagnóstico visual do uso e ocupação do solo através de


fotografias aéreas, que farão parte de relatórios técnicos de cada sobrevoo realizado, incluindo
toda a documentação fotográfica em meio digital e vídeo editado pertinentes, bem como o
nome de cada arquivo digital identificando o local específico onde foi tomada a fotografia e/ou
vídeo.

Indicadores de Pressão: ocupações em Áreas de Preservação Permanente – APP,


desmatamentos, retirada de solo e/ou argila para construção civil de forma clandestina e muito
impactante, disposição de resíduos sólidos urbanos a céu aberto e de forma camuflada,
107

implantação de empreendimentos/atividades sem o prévio licenciamento ambiental.


Página

Indicadores de Resposta: ações de controle ambiental, principalmente de fiscalização,


recuperação de áreas degradadas, subsídios para o licenciamento ambiental e criação de
unidades de conservação.

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5.7. INDICADORES SELECIONADOS PARA AVALIAÇÃO DAS TAXAS DE
VARIAÇÃO DA LINHA DE COSTA

A Zona Costeira corresponde ao espaço geográfico de interação do ar, do mar e da terra,


incluindo seus recursos renováveis ou não, abrangendo uma faixa marítima e uma faixa
terrestre.

No Brasil, a Zona Costeira foi distinguida como patrimônio nacional, na Constituição


Federal de 1988, art. 225, 4º, passando a ser contemplada por um conjunto de instrumentos
voltados ao detalhamento de normativas e mecanismos de gestão vinculados à Política
Nacional do Meio Ambiente - PNMA, a exemplo do Plano Nacional de Gerenciamento
Costeiro – PNGC, (Lei 7.661, DE 16 DE MAIO DE 1988) e do Decreto que o regulamenta
(DECRETO Nº 5.300 DE 7 DE DEZEMBRO DE 2004).

O referido Decreto; no intuito de possibilitar o cumprimento dos objetivos definidos na


PNMA (BRASIL, 1981) e no PNGC, relativos à preservação, melhoria e recuperação da
qualidade ambiental propícia à vida, assegurando as condições ao desenvolvimento
socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida
humana; complementou os instrumentos de planejamento e gestão da Zona Costeira, prevendo:
o Plano de Ação Federal da Zona Costeira – PAF, voltado ao planejamento de ações
estratégicas para a integração de políticas públicas incidentes na zona costeira, buscando
responsabilidades compartilhadas de atuação; o Zoneamento Ecológico-Econômico Costeiro
(ZEEC), voltado a orientar o processo de ordenamento territorial, necessário à obtenção das
condições de sustentabilidade do desenvolvimento da zona costeira, em consonância com as
diretrizes pautadas para o território nacional, como mecanismo de apoio às ações de
monitoramento, licenciamento, fiscalização e gestão; o Sistema de Informações do
Gerenciamento Costeiro, componente do Sistema Nacional de Informações sobre Meio
Ambiente - SINIMA, que integra informações georreferenciadas sobre a zona costeira; o
Sistema de Monitoramento Ambiental da Zona Costeira – SMA, destinado à estruturação
operacional de coleta contínua de dados e informações, para o acompanhamento da dinâmica
de uso e ocupação da zona costeira e avaliação das metas de qualidade socioambiental e o
Relatório de Qualidade Ambiental da Zona Costeira - RQA-ZC que buscará consolidar,
periodicamente, os resultados produzidos pelo monitoramento ambiental, avaliando a eficiência
e eficácia do conjunto articulado das ações da gestão costeira.

Ao ser publicado o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima, em 2016, os


108

ecossistemas costeiros se apresentam como espaços prioritários para o desenvolvimento de


estudos e estratégias para enfrentamento da elevação do nível médio do mar e da ocorrência de
Página

eventos extremos, associados às mudanças do clima, de modo que o Ministério do Meio


Ambiente vislumbrou a necessidade de estabelecimento do Programa Nacional para a

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Conservação da Linha de Costa - Procosta, mediante a colaboração com vários parceiros
institucionais e com a comunidade científica.

No âmbito nacional, o processo de construção das bases necessárias à concepção do


Procosta, foi sendo moldada a partir de variadas ações estruturadas sob a Coordenação-Geral de
Gerenciamento Costeiro, a exemplo: da efetuação de capacitações de gestores estaduais no
Sistema de Modelagem Costeira (SMC Brasil), fruto de cooperação técnica com o Instituto
Hidráulico da Cantábria/Espanha; a compatibilização das componentes verticais de altimetria e
batimetria, tema pertinente ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e à
Comissão Nacional de Cartografia (CONCAR/CICVTM), e a inserção de objetivos
relacionados à Zona Costeira no Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima para a zona
costeira.

Dentre a variada gama de aspectos que necessitam ser estudados no âmbito do


Programa de Monitoramento e Gestão para Conservação da Linha de Costa, considera-se
imprescindível que se observe as diretrizes advindas no plano nacional, e que esforços sejam
envidados para que os demais projetos lógicos e interdependentes, quais sejam, Alt-Bat
(Integração dos Níveis de Referência Altimétricos e Batimétricos na Zona Costeira); Projeção
da Linha de Costa; Identificação de Perigos, Riscos Costeiros e Estratégias de Adaptação
também sejam deflagrados, possibilitando a necessária articulação em prol da Gestão para
Conservação da Linha de Costa.

Desse modo, o principal propósito do monitoramento derivado deste projeto será


subsidiar um planejamento de longo prazo, que deve envolver as instâncias de governo nos
diversos âmbitos, os segmentos econômicos e as organizações que representam a população em
geral, buscando a mitigação, adaptação e minimização dos danos derivados da regressão da
linha de costa, possibilitando a preservação das características e serviços ambientais prestados
por essa região litorânea, frente à mudança do clima, proporcionando melhoria e recuperação
da qualidade ambiental propícia à vida e assegurando as condições para o desenvolvimento
socioeconômico, a manutenção da segurança nacional e a proteção da dignidade da vida
humana.

A ZC do RN é composta por 29 municípios, dos quais 23 são defrontantes com o mar,


possuindo uma extensão litorânea de aproximadamente 410 km de linha de costa, sendo
composta por uma variedade de ecossistemas que abrigam enorme biodiversidade e que sofrem
a influência de dinâmicas naturais que ocorrem na área continental, com o transporte de
sedimentos, quanto na área marítima, onde ocorre a influência das ondas, marés e ventos, além
109

de dinâmicas antrópicas relacionadas ao uso e ocupação de ambientes que exercem importantes


serviços relacionados à estabilidade da linha de costa, ou mesmo à redução dos efeitos
Página

negativos advindos da regressão de linha de costa, sobre o patrimônio e a vida.

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Embora se constitua por ecossistemas sensíveis, frágeis e dinâmicos, a ZC é responsável
por uma gama variada de serviços ambientais, continentais e marinhos, importantes para a
manutenção da vida no planeta, sendo imprescindível que sejam estudados, conhecidos,
monitorados e preservados, ensejando o estabelecimento de programas, dentre os quais se
ressalta o monitoramento da linha da costa.

No sentido de iniciar o processo voltado à estruturação do Programa Estadual para a


Conservação da Linha de Costa - PECLC, este documento se dedica à identificação de
indicadores selecionados que possibilitem avaliar as taxas de variação da linha de costa no
Estado do Rio Grande do Norte, facilitando e auxiliando a compreensão sobre a atual situação
da Linha da Costa do Estado do Rio Grande do Norte e sobre as tendências que devem ser
consideradas para a adoção de políticas públicas e medidas estruturantes, diante dos processos
desencadeados pelas mudanças climáticas e, consequentemente, pelo aumento de eventos
extremos que irão incidir nas cidades costeiras.

Desse modo, esta proposta aborda a avaliação dos processos costeiros naturais e
antrópicos que interagem no balanço da dinâmica sedimentar na linha de praia, que têm sido
intensificados pelas mudanças climáticas e pelo uso socioeconômico, nem sempre apropriado,
da orla marítima.

As atividades a serem desenvolvidas tratam da análise multitemporal de longo e médio


prazo, a serem efetuadas com base nas imagens de satélite disponíveis, além de levantamento
aerofotogramétrico de curto prazo, utilizando Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) ou
Aeronave Remotamente Pilotada (RPA, sigla em inglês de Remotely Piloted Aircraft) na
elaboração de ortofotomosaicos, Modelo Digital de Elevação (MDE) e Modelo Digital da
Superfície (MDS) validados e calibrados por geoposicionamento de alta precisão e acurácia
planialtimétrica, conforme preconiza a associação com o Sistema Global de Navegação por
Satélite (GNSS, sigla em inglês de Global Navigation Satellite System).

O monitoramento da dinâmica costeira intenciona avaliar os fatores naturais e as


atividades antrópicas que colaboram para a erosão e inundação costeira fundamentada em
estudos que incluem averiguar: as características geológico-geomorfológicas da orla marítima,
do litoral do Estado do Rio Grande do Norte; os aspectos do suprimento de sedimentos na
célula sedimentar litorânea no percurso do projeto; as evidências de alterações no nível médio
do mar e suas principais causas, como aquelas relativas ao clima, ao sistema de
compartilhamento de sedimentos no sistema praia-duna, inclusive considerando-se os aspectos
da ocupação do solo; os efeitos da interação local entre as forçantes hidrodinâmicas na orla
110

marítima; os prognósticos de alterações climáticas, incluindo os eventos climáticos extremos,


de curto ao longo prazo.
Página

Para auxiliar na previsão de desastres causados por eventos de erosão, notadamente


acompanhados por eventos de inundação costeira (POLLARD et al., 2019), com menores

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níveis de incertezas, distinguindo o comportamento do sistema hidrológico e com indicações
sobre os possíveis impactos nas atividades antrópicas, tais atividades são fundamentais como
subsídios ao planejamento estratégico de adaptação e mitigação aos danos que acometem as
populações costeiras e na elaboração de políticas públicas focadas na mitigação de riscos e
impactos ocasionados por eventos extremos climáticos, notados no presente e projetadas como
de intensificação futuras devido às tendências de mudanças climáticas (MOTTA et al., 2011;
PBMC, 2016).

Devido às constantes mudanças no sistema praia-duna, causadas pelas variações nas


condições de ondas, ventos e marés, a face de praia tende a sofrer alterações na morfologia e no
volume de sedimentos ao longo de diversas escalas temporais de curto (dia) ao longo prazo
(décadas). Assim, o conhecimento do comportamento praial é parte importante de subsídio ao
planejamento da gestão e do ordenamento na zona costeira (AMARO et al., 2021). O objetivo
desse plano inicial é, portanto, identificar áreas críticas que se encontram em processo de
erosão, para que sejam focos do monitoramento contínuo da linha de costa do litoral do RN.
Para, assim, mostrar a origem do desenvolvimento relacionado às modificações de feições
morfológicas costeiras que ocorrem a partir da ação de processos físicos que controlam sua
dinâmica, envolvendo a interação entre as ondas, as correntes, as marés e a topografia da
plataforma continental (MORTON, 1991; CUCHIARA et al., 2006).

Indicadores de Estado: é definido pela identificação do comportamento das taxas de


variação da linha de costa (TVLC), através de análise multitemporal de longo prazo, por
imagem de satélite tendo como base: Levantamento Bibliográfico e Cartográfico; o
Monitoramento Sistemático da Linha de Costa para análise de médio e curto prazo através de
perfis de praia e aerolevantamento.

Aspectos Metodológicos

Levantamento Bibliográfico e Cartográfico

A determinação das áreas a serem analisadas no Monitoramento Sistemático da Taxa de


Variação da Linha de Costa será feita a partir dos estudos já publicados ao longo do litoral do
Rio Grande do Norte e trabalhos realizados atualmente pelo IDEMA em parceria com FAPERN
e FUNCITERN. Vale salientar a importância de estabelecer parcerias com os grupos de
pesquisa que, de longa data, vem desenvolvendo trabalhos nesse sentido e poderiam fornecer
informações (shapefile) a serem padronizadas/validadas e analisadas de forma conjunta dentro
deste plano de monitoramento. Este levantamento tem como finalidade gerar um diagnóstico
111

em escala regional das condições de erosão/acresção da linha de costa do Rio Grande do Norte
e assim identificar os hotspots erosivos que servirão de base para nortear as próximas etapas do
Plano de Monitoramento Sistemático da Linha de Costa, em escala local, direcionado apenas as
Página

áreas críticas. Serão consideradas áreas críticas os hotspots erosivos identificados no


levantamento que coincidam com: áreas urbanizadas que apresentem impactos negativos e/ou

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riscos associados à erosão costeira; áreas não urbanizadas com alta demanda por licenças
ambientais junto ao IDEMA.

Levantamento Geodésico

Para a adequada utilização do GPS na determinação de coordenadas geodésicas e


altitudes ortométricas utilizadas no mapeamento das áreas de estudo, faz-se necessário o uso de
dados que possibilitem o emprego desta técnica de maneira eficiente e precisa. Na
determinação das coordenadas geodésicas, é necessária uma rede geodésica que forneça
estações de referência para o posicionamento relativo GPS. Na determinação da altitude
ortométrica, deve-se utilizar Referências de Nível (RRNN) e um modelo geoidal (SANTOS;
AMARO, 2011).

As RRNN devem ser implantadas com espaçamento médio de 5 km, materializadas por
marcos de concreto e identificadas com chapas de bronze. Também são usadas chapas
metálicas, chumbadas em monumentos, soleiras de igrejas, plataformas de estações
ferroviárias, pontes, etc. A localização e os dados das estações obtidos serão cadastrados no
Banco de Dados Geodésicos do IBGE, disponível no site (IBGE, 2021).

Considerando a metodologia empregada por Santos & Amaro (2011) quanto a Rede
GPS do Litoral Setentrional do Rio Grande do Norte (RGLS), para o presente Plano de
Monitoramento serão verificadas as condições dos marcos pré-existente, analisando a
possibilidade de uso destes, a necessidade de adensamento da rede e/ou a expansão desta rede
com inclusão de novos marcos no Litoral Oriental. Esta etapa tem como finalidade uniformizar
a base de dados para que todo o material encontrado durante o levantamento bibliográfico e
cartográfico, e/ou posteriormente produzido, seja georeferenciado utilizando informações dessa
rede de marcos, permitindo análise integrada dos diferentes produtos.

Monitoramento Sistemático da Linha de Costa

Monitoramento da Linha de Costa deve ser realizado em campanhas na estação de seca


e de chuva (periodicidade mínima de 6 meses) em períodos de sizígia, do qual fazem parte
perfis de praia e o aerolevantamento, com o objetivo de acompanhar em escala local a taxa de
variação de curto e médio prazo da linha de costa nas áreas críticas, seus efeitos sobre as
estruturas instaladas (áreas urbanizadas) e/ou necessidade de adotar recuos para novas
instalações (áreas não urbanizadas).

- Por Perfil de Praia


112

Os perfis praiais consistem em levantamentos topográficos da face de praia com o


Página

objetivo de conhecer a morfodinâmica, e analisar a evolução de curto prazo. Devido às


constantes mudanças no sistema praia-duna, causadas pelas variações nas condições de ondas,
ventos e marés, a face de praia tende a sofrer alterações na morfologia e no volume de

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sedimentos ao longo de diversas escalas temporais de curto (dia) ao longo prazo (décadas).
Assim, o conhecimento do comportamento praial é parte importante como subsídios ao
planejamento da gestão e ordenamento na zona costeira (AMARO et al., 2021), sendo, portanto
apresentado como uma das etapas do Monitoramento Sistemático da Linha de Costa.

Com o intuito de quantificar as variações da morfologia e volume sedimentar das praias


em áreas críticas (hotspots erosivos) ao longo do litoral do RN sugere-se a aplicação da
metodologia segundo os procedimentos propostos por Muehe (1998): devem ser realizados
levantamentos topográficos bidimensionais transversais à praia, espaçados de 100 em 100
metros em períodos de sizígia com maré baixa, nas áreas consideradas críticas durante a fase de
levantamento bibliográfico e cartográfico, partindo-se sempre de um referencial de nível
conhecido no pós-praia (duna frontal, por exemplo). Para os levantamentos devem ser
utilizados GPS geodésico no modo pós-processado (PPK) sendo a linha de praia demarcada por
caminhamento sobre a linha de máxima preamar das marés de sizígia (AMARO et al., 2021).
Deve-se utilizar o Datum SIRGAS 2000 para as coordenadas planas projetadas (UTM). As
cotas altimétricas devem ser ajustadas ao nível médio do mar (NMM). A coleta de dados deve
contemplar as feições da parte emersa, desde o reverso das dunas frontais até o recuo máximo
do espraiamento. Assim como se devem coletar sedimentos representando a camada superficial,
com máximo de 5cm, considerando assim a deposição mais recente. Os sedimentos superficiais
são coletados ao longo de cada perfil durante os levantamentos de campo, durante a baixa-mar
das marés de sizígia, permitindo a amostragem dos três compartimentos morfológicos do
ambiente praial: pós-praia, zona de estirâncio e zona de antepraia.

A granulometria dos sedimentos constitui um fator de controle importante na


morfologia do perfil praial, pois a relação entre esta e a declividade da face praial resultante
estão intimamente relacionadas com o grau de dissipação e/ou conservação de energia ao longo
do perfil praial (ABREU, 2011). A coleta em cada ponto consiste em recolher 400g de
sedimentos que são armazenados e as amostras serão encaminhadas para análise
granulométrica, em peneiras de 500 a 20 mm, com resultado na forma de phi (DIAS, 2004).

Para a análise, as amostras são submetidas a alguns procedimentos, inicialmente com a


secagem de cada amostra em estufa a 110°C por 24h. Em seguida é realizada a
homogeneização da amostra e o quarteamento para retirada de uma porção de 100g. Para a
avaliação da granulometria por via úmida sendo utilizadas cinco peneiras, sendo elas: 8# (2360
μm), 28# (600 μm), 80# (180 μm), 270# (53 μm) e 450# (32 μm) (DIAS, 2004).

- Por Aerolevantamento
113

O aerolevantamento das áreas críticas (hotsposts erosivos) será realizado com


equipamento do tipo RPA modelo DJI Phantom4 Professional, quadricóptero pensando pouco
Página

mais de 1,3kg que opera com segurança até cerca de 3,0 km de distância do transmissor, que
efetua transmissão de vídeo e faz fotografia com câmera acoplada em tempo real, a partir de

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utilização de um tablet ou smartphone conectado ao transmissor de rádio. Os métodos
empregados para controle dos aerolevantamentos utilizam ao menos de três softwares do
planejamento até a execução dos vôos, desde o Google Earth Pro para a elaboração de croquis
para estabelecimento dos planos de vôo, que são exportados em formato ‗.kml‘ para o software
Drone Deploy controlador das configurações do RPA e parâmetros dos vôos. A segurança do
vôo é realizada no software DJI GO 4 que permite o controle manual do RPA e o ajuste das
configurações internas do equipamento, tais como: a definição do local de homepoint, os
parâmetros focais da câmera, o nível crítico da bateria, a calibração do Ground Positioning
System (GPS) de navegação embarcado, o Inertial Measurement Unit (IMU) e a bússola do
RPA, além das condições de comunicação por rádio de controle entre o operador e o RPA
(SIMÕES et al., 2019) (AMARO et al., 2021).

Na obtenção de maior precisão e acurácia nos aerolevantamentos com RPA está o uso
dos dados precisos das efemérides da constelação de satélites GNSS, continuamente
disponíveis. Durante o aerolevantamento, o sensor GPS de navegação embarcado no RPA
permuta informações com os satélites e também com uma base de referência, para corrigir o
geoposicionamento do RPA. Contudo, é sempre uma questão de decisão técnica a correção da
margem de erro de geoposicionamento, fator extremamente definidor da precisão dos dados
espaciais coletados em superfície, que podem ser baseados nos métodos Real Time Kinematic
(RTK) e Post Processed Kinematic (PPK) (AMARO et al., 2021).

Em cada uma das áreas críticas selecionadas na etapa de Levantamento bibliográfico e


cartográfico serão selecionados pontos de controle a serem rastreados com GNSS-PPK cuja
antena rover será mantida sobre o GCP por cerca de 15 minutos, enquanto a outra antena
mantida sobre a estação base, instalada sobre marco de concreto, que permanecerá em coleta
por cerca de 06 horas. Os dados espaciais coletados em seguida serão submetidos ao IBGE-
PPP. Tais procedimentos geodésicos permitem a maior calibração de Modelos Digitais de
Elevação (SANTOS; AMARO, 2011), igualmente correlacionados aos aerolevantamentos
fotográficos.

No aerolevantamento serão coletadas aerofotos, com sobreposição lateral e frontal de


75% e 65%, respectivamente, com alto grau de sobreposição e calibragem para cada
geoposicionamento na superfície do terreno, respectivamente. O processamento da nuvem de
pontos e imagens será realizado nos softwares Pix4D e Map3dque permitem a integração entre
as aerofotos e a elaboração do ortofotomosaico, do MDE e do MDS, além de outras
informações como a distribuição das curvas de nível. Tais produtos destacam os dados espaciais
(x, y, z), ou coordenadas planialtimétricas, que representam a realidade do terreno. No Pix4D o
114

curso de ações consiste essencialmente na seleção e alinhamento das aerofotos, inclusão de


pontos GNSS, construção da nuvem de pontos e, posteriormente, a elaboração do
Página

ortofotomosaico, MDE e MDS (AMARO et al., 2021).

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Com base neste produto (ortofotomosaico) será determinada a linha de praia para cada
um dos levantamentos realizados (ao menos 6 em 6 meses) ao longo do Monitoramento
Sistemático da Linha de Costa, bem como a disposição das estruturas/edificações existentes no
local e sua interação com os agentes erosivos. As linhas de praia determinadas juntamente com
os dados resultantes do perfil de praia serão analisadas de forma contínua, ou seja, a cada novo
levantamento os dados serão inseridos na análise para atualizar e acompanhar as alterações na
linha de praia e por consequência a taxa de variação da linha de costa em escala temporal de
curto e médio prazo com base no Monitoramento Sistemático.

Modelagem Hidrodinâmica

Recentemente, uma série de instrumentos e técnicas vem sendo desenvolvida para a


obtenção de dados de ondas. Dentre eles podem ser citados as observações visuais, os
instrumentos técnicos de medida, como boias, e o uso de satélites. No entanto, limitações
relacionadas principalmente à confiabilidade e a resoluções espaciais e temporais de dados
(REGUERO et al., 2012) motivaram o interesse no desenvolvimento de modelos numéricos de
onda que utilizam como dados de entrada informações sobre velocidade do vento a 10 m de
altura (CAIRES; STERL, 2003).

As informações obtidas a partir de técnicas de modelagem e reanálises de onda, apesar


de algumas deficiências, apresentam-se como uma forma otimizada para interpolar dados com
precisão no tempo e no espaço (CAIRES et al., 2004), possibilitando a obtenção de
informações confiáveis sobre o clima de ondas de qualquer região, inclusive para aquelas que
não apresentam qualquer tipo de registro. Além disso, esses registros podem ser utilizados
como dados de entrada para modelos capazes de transferir as informações para regiões de
menor profundidade, representar os fenômenos de transformação sofridos pelas ondas e
propagar correntes em zonas mais próximas da costa.

O SMC-Brasil integra um conjunto de ferramentas que inclui metodologias, base de


dados de dinâmica marinha e modelos numéricos, que permitem estudar os processos costeiros
e quantificar as variações que sofre o litoral como consequência de eventos naturais e/ou de
atuações antrópicas na costa, em séries temporais longas. A metodologia se baseia em
simulações da dinâmica de sedimentos. Antes de executar essas simulações, entretanto, é
necessário inserir, dentro do ambiente de trabalho do programa, todas as características reais do
local, dentre elas a mais importante, que é a batimetria detalhada da região. Os principais
resultados das simulações numéricas são os transportes médios anuais de sedimentos em seções
transversais posicionadas ao longo da área de estudo.
115

O SMC-Brasil será utilizado para determinar os parâmetros de elevação de maré


Página

astronômica (HP), altura da sobrelevação meteorológica (met), altura (HS12) e período (T12)
de onda, o qual foi desenvolvido pelo Instituto de Hidráulica Ambiental da Universidade da
Cantabria – Espanha e adaptado para o Brasil (SMC-BRASIL, 2014). Os modelos aplicados e

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calibrados em diversos estudos são dotados de uma base de dados de 70 anos (1948-2018) que
permite, além da propagação de ondas até águas rasas (ALMEIDA et al., 2015), a construção
de cenários para regimes extremos (LIU; LOSADA, 2002; GONZÁLEZ et al., 2007). Vale
destacar que o parâmetro H0 está vinculado ao NMM do SGB, assim como o parâmetro Hi
calculado pela Equação abaixo (Eq. 01).

e= 0,36g1/2tan(β)Hs121/2T12 Eq. 01

Onde: onde e é a altura do espraiamento da onda (m), g é a aceleração da gravidade (9,81 ms-
2), β é o declive da face da praia (obtido no MDE), HS12 é a altura (m) significativa de onda
superada 12 horas por ano, e T12 é seu período associado (s).

É importante citar que, comparando diferentes modelos de cálculo de espraiamento,


como os de Nielsen e Hanslow (1991) e de Masselinke e Hughes (2003), sabe-se que os
segundos apresentaram os maiores valores de altitude de inundação. Sendo assim, com base no
Princípio da Prevenção e Precaução (art. 225, IV, e art. 9o, I, III, V da Lei no 6.938/81,
BRASIL, 1981), o modelo de Masselink e Hughes (2003) tornou-se mais apropriado para as
estimativas desse parâmetro. Dessa forma, a altitude ortométrica de inundação pode ser
associada à altitude ortométrica adotada no MDE praial.

Na caracterização dos períodos de retorno desses parâmetros, é utilizado o método de


máximos anuais (GARCIA, 2008), no qual os valores máximos são definidos por período de
tempo (ano). Esses valores podem ser ajustados a três distribuições, Gumbel, Fréchete Weibull,
segundo o teorema das três caudas (FISHER; TIPPETT, 1928). Esses três tipos podem ser
combinados em uma única expressão, denominada Distribuição de Valores Extremos
Generalizados (Generalized Extreme Value, GEV) dada na Equação (Eq. 02).

1/ ξ

F(x)=exp - 1- ξ(x- μ) Eq. 02


ψ

Onde: μ é o parâmetro de localização, ψ é o parâmetro de escala e ξ é o parâmetro de forma.


Quando -0,05 < ξ < 0,05, a distribuição é de Gumbel, quando ξ > 0,05, a distribuição é de
Fréchet, e quando ξ < -0,05, a distribuição é de Weibull. Através desses processos pretende-se
identificas as preferenciais de incidência de ondulação para as áreas estudadas, assim como
116

calcular as maiores altitudes de inundação por período de retorno. Levando em consideração a


sobrelevação astrológica e meteorológica, respectivamente registrada na base de dados do
Página

SMS-Brasil e as declividades das faces praiais.

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Indicadores de Pressão: decorrem de intervenção antrópica nos processos costeiros,
principalmente através de interferências no balanço sedimentar, seguido da urbanização da orla,
que ocupa a faixa de resposta dinâmica da praia às tempestades; construções de estruturas que
bloqueiam o trânsito livre de sedimentos no sistema praia-duna ou ao longo da costa sem
planejamento adequado; presença de estruturas rígidas de contenção que alteram a energia de
onda e potencializam o efeito erosivo; drenagem pluvial desordenada remobilizando
sedimentos indevidamente; represamento dos rios mais expressivos que drenam regiões (p. ex.
rio Açu) impedindo que o suprimento sedimentar chegue à plataforma continental.

Indicadores de Resposta: decorrem do disciplinamento do uso do solo; zoneamento


ambiental; ações de controle ambiental, principalmente de fiscalização, para evitar ocupações
irregulares em áreas de preservação permanente, borda de falésias e/ou dunas frontais.

6. DIRETRIZES GERAIS PARA OS PROGRAMAS DE MONITORAMENTO


AMBIENTAL

Neste item serão apresentadas as diretrizes gerais que nortearão a elaboração dos
programas de monitoramento ambiental específicos e que serão objeto de trabalhos posteriores.

6.1. ÁGUA

Deverá ser retomada a execução do Programa Água Azul, que obteve ótimos resultados
ao longo do período de 2008 a 2017.

O monitoramento das águas superficiais deverá ocorrer em 113 pontos, espalhados em


todas as bacias hidrográficas do Estado, com coletas trimestrais nos estuários e semestrais nos
demais pontos. De posse dos resultados das análises laboratoriais dos parâmetros discriminados
no Subitem 5.1, deve-se determinar o IQA, IT, IQAc, IET e o IVA. É importante frisar que o
cálculo do IVA é uma proposta nova que está sendo adotada para complementar os índices já
utilizados no Programa Água Azul.

A análise de macroinvertebrados bentônicos para a determinação do Índice Biótico


deverá ser realizada em pontos pré-definidos em sistemas fluviais. Os testes de toxicidade
deverão ser realizados, no mínimo, em amostras de água dos estuários. A densidade de
cianobactérias deverá ser determinada em amostras de água coletadas nos estuários, e nos
açudes e lagoas que são utilizados como fontes de abastecimento humano. Já as análises de
117

agrotóxicos deverão ser determinadas em pontos estratégicos em regiões que utilizam essas
substâncias na agricultura irrigada.
Página

É importante que os relatórios de monitoramento de qualidade das águas superficiais


apresentem o comportamento dos parâmetros analisados e dos índices ambientais determinados

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ao longo do tempo, assim como relate os pontos onde as concentrações de determinados
parâmetros estão em desacordo com as respectivas classes de enquadramento, conforme a
Resolução CONAMA nº 357/2005 (BRASIL, 2005a).

Da mesma forma para as águas subterrâneas, que deverá seguir a experiência adquirida
através do Programa Água Azul, que monitorou as águas de 100 poços espalhados pelo Estado,
dos quais 28 poços foram em Natal. Portanto, os parâmetros a serem determinados deverão ser
os mesmos, assim como as coletas de água deverão ser semestrais. Recomenda-se, que seja
feita uma análise para verificar se haverá necessidade de substituir a coleta de água em
determinados poços e substituí-los por outros mais representativos.

Os relatórios de monitoramento de qualidade das águas subterrâneas deverão apresentar


o comportamento dos parâmetros analisados ao longo do tempo, assim como deverá relatar os
poços onde as concentrações de determinados parâmetros estão em desacordo com os padrões
estabelecidos na Resolução CONAMA nº 396/2008 (BRASIL, 2008).

Em relação ao monitoramento de balneabilidade das praias, deve-se dar continuidade ao


que já vem sendo adotado desde 2001, através do Programa Água Viva, que foi incorporado ao
Programa Água Azul em 2008, e que atualmente encontra-se em plena execução. Ou seja, são
coletas semanais em 33 pontos na região da Grande Natal, para determinação de coliformes
termotolerantes durante todo o ano. Nas demais praias, totalizando 22 pontos, serão coletas
semanais somente durante o período de veraneio, com amostragem iniciando em dezembro e
concluindo no mês de fevereiro do ano seguinte.

De posse dos resultados das concentrações de coliformes termotolerantes, deve-se


definir a balneabilidade da água no ponto monitorado, ou seja, se a água é própria ou imprópria
para recreação de contato primário, conforme a Resolução CONAMA nº 274/2000 (BRASIL,
2000). Com o objetivo de se determinar a qualidade anual de um local está sendo proposta a
adoção de um Índice de Balneabilidade Anual – IBA com base nas classificações semanais,
conforme a Tabela 5.16.

Também deverá ser dada continuação ao estudo experimental para avaliar as condições
sanitárias das areias das praias, através da determinação de Coliformes Totais e Escherichia coli
em amostras de sedimento de praia, na zona de estirâncio, com frequência de amostragem
semanal, cujo objetivo é estabelecer, futuramente, padrões estaduais para a qualidade sanitária
das areias das praias do RN.

Para a avaliação da qualidade dos sedimentos através da contaminação química,


118

conforme discriminado no Subitem 5.1.5, inicialmente deverão ser definidos os pontos de


coleta de sedimentos nos estuários, devendo a amostragem coincidir com a campanha de coleta
Página

trimestral de água superficial nos estuários. Após as coletas e análises laboratoriais, os


resultados das concentrações das substâncias nos sedimentos deverão ser comparados com as

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cinco classes de qualidade de cada substância química, conforme as Tabelas 5.22 e 5.23, para
então se definir o diagnóstico da qualidade do sedimento com base nos critérios estabelecidos
na Tabela 5.24.

6.2. SOLO

Para o monitoramento considerando os indicadores voltados para a erosão, inicialmente


deverá ser realizado um levantamento bibliográfico para identificar as áreas com processos
erosivos instalados e aquelas mais propensas a sua ocorrência no Estado. Em seguida, devem
ser definidas as áreas prioritárias para se proceder com o monitoramento, no qual se
determinará o Grau de Erosividade representado através de cinco classes quanto ao grau de
erosão: muito baixa, baixa, moderada, alta e muito alta. Também será determinada a perda de
solo utilizando a Equação Universal de Perdas de Solo (T/ha.ano).

Com relação à avaliação da qualidade de solo, quanto à presença de substâncias


químicas, decorrente da disposição inadequada de resíduos sólidos ou líquidos no solo, o
monitoramento deve ser efetuado com base em Valores Orientadores de Referência de
Qualidade (VRQ), de Prevenção (VP) e de Investigação (VI), constantes na Resolução
CONAMA nº 420/2009 (BRASIL, 2009). Entretanto, conforme já explanado no Subitem 5.2, o
Idema ainda não realizou estudo técnico para a definição dos VRQs para os solos do RN.
Mesmo assim, essa situação não se constitui em um impeditivo para se implementar um
programa de monitoramento da qualidade do solo, pois uma vez determinadas as concentrações
das substâncias no solo monitorado, pode se comparar os resultados com os VPs e VIs
constantes no ANEXO II da referida resolução. A única questão ainda a ser esclarecida seria
quando o valor da concentração da substância ficar abaixo do VP, pois neste caso não há como
determinar se essa concentração estaria abaixo ou acima do VRQ para o solo em questão.

Portanto, enquanto não se definirem os VRQs para os solos do RN, deve-se


implementar um programa de monitoramento da qualidade do solo comparando os resultados
obtidos com os VPs e VIs constantes no referido ANEXO II. Para tanto, deve-se selecionar as
áreas com fontes de poluição do solo conhecidas, e também as substâncias a serem analisadas
em função dos prováveis poluentes/contaminantes; além de definir o número de pontos de
monitoramento, cujas coletas de amostras de solo devem ser semestrais, sendo que devem ser
consideradas uma para o período seco e outra no período chuvoso. Devendo, ainda, o Idema
providenciar, o mais breve possível, a realização de um estudo para o estabelecimento dos
VRQs para os solos do RN, inclusive para cumprimento da determinação da referida resolução.
119

O monitoramento para a identificação de superfícies de solo contaminadas pelo uso de


agrotóxicos, conforme a metodologia apresentada no Subitem 5.2, deverá ser implementada nas
Página

áreas onde o Idema já possui conhecimento do grande uso de fertilizantes e agrotóxicos, como
por exemplo, na Região do Baixo-Açu. Outras regiões deverão ser identificadas através dos

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processos de licenciamento ambiental existentes no Idema, para também serem monitoradas.
Uma vez definidas as áreas, deverá ser calculada a quantidade de pontos de amostragem por
área a ser monitorada, cujas coletas de amostras de solo para análises laboratoriais deverão ser
semestrais, sendo uma no período seco e outra no período chuvoso. Os resultados das
concentrações das substâncias presentes no solo deverão ser comparados com os valores
orientadores de qualidade do solo constantes na Resolução CONAMA nº 420/2009 (BRASIL,
2009), inicialmente para os VP e VI, e futuramente também com os VRQs. No caso do
nitrogênio e fósforo, como não existem valores orientadores nessa resolução, as concentrações
poderão ser comparadas com valores obtidos de áreas localizadas nas imediações dos locais
monitorados, e que não tenham recebido fertilizantes, para servir de testemunho. Outra
alternativa seria comparar os valores encontrados no monitoramento com os dados de literatura.

6.3. AR E RUÍDO

O programa de monitoramento da qualidade do ar deve contemplar inicialmente a


aquisição de um equipamento de medição dos poluentes citados no Subitem 5.3.1.1, para que
seja possível implementar o referido programa.

Atualmente encontra-se em tramitação junto ao Idema, a instalação de uma estação


completa de monitoramento da qualidade do ar por parte do Ministério do Meio Ambiente,
compreendendo a doação de equipamentos automáticos de monitoramento da qualidade do ar,
cujo projeto prevê a instalação de equipamentos para o monitoramento de Partículas Inaláveis
(MP10 e MP2,5), Dióxido de Enxofre (SO2), Monóxido de Carbono (CO), Óxidos de
Nitrogênio (NOx) e Ozônio (O3) e de parâmetros meteorológicos (direção e velocidade do
vento, temperatura, pressão, umidade, precipitação e radiação). Está incluída no projeto a
estrutura necessária para a instalação da estação constituída por um contêiner, um aparelho de
ar condicionado, um ―Nobreak‖, um ―Data Logger‖, assim como a instalação elétrica e a
estrutura civil necessária para a estação. No momento encontra-se em análise a definição de um
local em Natal para a instalação da citada estação.

Considerando que essa estação será fixada em um determinado local e retratará a


qualidade do ar desse local e da sua área de influência, o ideal seria o próprio Idema, de forma
complementar, adquirir equipamentos portáteis que formasse um conjunto móvel capaz de
realizar as medições dos mesmos poluentes da estação a ser fornecida pelo MMA. Entretanto,
que esse conjunto móvel tivesse mobilidade para ser instalado em pontos estratégicos e dessa
forma, dentro de intervalos pré-definidos, poder obter dados de qualidade do ar de outros locais
120

da Cidade do Natal, e dessa maneira propiciar uma cobertura maior do monitoramento da


qualidade do ar em Natal. Além disso, permitiria monitorar a qualidade do ar em outros
municípios do Estado onde tivessem atividades relacionadas a fontes de poluição atmosférica
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que justificassem esse monitoramento, mesmo que fosse por um determinado período.

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Uma vez instalada e em operação a estação de monitoramento fornecerá os resultados
das concentrações dos poluentes, que servirão de base para se calcular o Índice de Qualidade do
Ar – IQAr, conforme a Resolução CONAMA n° 491/2018 (BRASIL, 2018). De posse do maior
valor do IQAr calculado para cada poluente, este definirá o poluente responsável pela qualidade
do ar na área monitorada, que terá um enquadramento da qualidade do ar em uma das seguintes
categorias: Boa, Moderada, Ruim, Muito Ruim e Péssima, conforme apresentado na Tabela
5.28. O IQAr poderá ser diário, mensal ou anual, desde que se tenham dados representativos
dos períodos amostrados.

Em relação ao programa de monitoramento de ruídos, uma das alternativas é avaliar o


impacto sonoro provocado pelo tráfego de veículos nos grandes centros urbanos,
principalmente em Natal. Para tanto, inicialmente deverão ser identificadas as avenidas e ruas
com tráfego de veículos mais intenso, se possível obter dados do fluxo diário de veículos junto
aos órgãos competentes, e identificar os pontos onde serão procedidas as medições dos ruídos.
Também deverão ser definidos os horários das medições, o tempo de medição e a
periodicidade. O objetivo é identificar os locais em desacordo com os padrões estabelecidos na
Resolução CONAMA 01/1990, que remete à NBR 10151/2019b (BRASIL, 1990), e na Lei
Estadual nº 6.621/1994. Além disso, de posse dos resultados deve-se calcular o ÍNDICE DE
QUALIDADE DE RUÍDO – IQRu ambiental, conforme a Tabela 5.31, classificando as áreas
em uma das seguintes categorias: Boa, Regular, Ruim, Muito Ruim ou Péssima.

A partir dos resultados do monitoramento deverão ser identificadas as áreas mais


críticas em relação às condições de conforto acústico ambiental exterior, inclusive identificando
os horários de pico, para os turnos matutino e vespertino, e na medida do possível, também para
o período noturno, quando ocorrerem níveis de pressão sonora mais elevados e em
desconformidade com a legislação retromencionada. Assim como, para esses locais, poderão
ser apresentadas recomendações de adoção de ações que visarão à redução dos ruídos. Da
mesma forma, deverão ser identificados os locais e horários de pico nos dois turnos, e quando
possível, no período noturno, nos quais se verificarão conformidades com os limites de níveis
sonoros estabelecidos na legislação. Na 1ª situação, o objetivo é identificar as áreas críticas em
desconformidade nos horários de pico, na 2ª situação o objetivo é identificar os locais que
mesmo nos horários de pico permanecem atendendo aos limites máximos estabelecidos pela
legislação.

Outra opção de monitoramento dos níveis de ruído pode ser no entorno de fontes
pontuais como indústrias com equipamentos reconhecidamente geradores de ruído
significativo, usinas termoelétricas, usinas eólicas, aeroportos, entre outras. Todavia, esse
121

monitoramento, a princípio, deve ser considerado como uma alternativa de conferência de


dados, de caráter temporário, dos resultados dos automonitoramentos apresentados pelos
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empreendedores, e não de substituição desses monitoramentos.

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6.4. FAUNA

O monitoramento da fauna silvestre deve seguir o Sistema de Indicadores e Índices


Ambientais da proposta apresentada em 2007 (IDEMA, 2007a), que foi executado em parte do
Estado, na região do Baixo-Açu (IDEMA, 2007b), no qual tomou como indicador as aves
silvestres. Ademais, o monitoramento deve se estender aos mamíferos terrestres de grande e
médio porte, e aos mamíferos voadores (morcegos), utilizando como base a mesma
metodologia desenvolvida na proposta de 2007 para as aves (IDEMA, 2007a), sendo que foram
acrescentadas algumas adequações introduzidas neste documento (subitem 5.4.1.), com intuito
de retratar melhor a avifauna e mastofauna nas áreas do estudo.

Para o estudo dos indicadores supracitados, recomenda-se realizar previamente uma


análise dos locais potenciais de monitoramento para cada grupo faunístico em todo o Estado,
para seleção das áreas e pontos de monitoramento de forma a alcançar uma representatividade
amostral e considerando os recursos disponíveis. Ainda devem ser definidas as campanhas de
campo e suas periodicidades. As coletas de dados deverão ser realizadas considerando as
estações de seca e de chuva, conforme o regime pluviométrico de cada ambiente. A definição
das estações de amostragem deverá seguir ainda os seguintes critérios constantes no Relatório
Final do Baixo-Açu (IDEMA, 2007b):
 Atingir a maior diversidade em ambientes e em formações vegetais nativas;
 Incluir as áreas com formações vegetais aparentemente mais maduras e
conservadas;
 Incluir as áreas que apresentem maior relevância para as espécies de estudo;
 Distribuição homogênea das estações amostrais ao longo da área de estudo.

Para o monitoramento da mastofauna terrestre devem ser amostrados,


preferencialmente, habitats com presença de vegetação nativa (especialmente trilhas e
fragmentos florestais) e/ou corpos d‘água (rios perenes e intermitentes, lagoas), que constituem
recursos importantes para os mamíferos. E para o monitoramento dos quirópteros, deverão ser
amostrados, prioritariamente, ambientes com ocorrência de vegetação arbórea (bordas de
florestas, trilhas e clareiras), corpos d‘água naturais (lagoas e rios) ou artificiais (açudes) e
entorno de cavernas, locais que geralmente apresentam alta atividade de morcegos. Sugere-se
algumas regiões potenciais para o monitoramento de mamíferos e terrestres e voadores que
compreendem fragmentos florestais de Mata Atlântica, savanas, ecossistemas dunares, serras
122

com vegetação de Caatinga, áreas cársticas e habitats litorâneos (Tabela 6.1).


Página

As aves silvestres também serão objeto de outra linha de monitoramento, sendo que este
estudo terá como indicador as espécies de aves raras e ameaçadas de extinção, com intuito de
realizar estimativas de densidade e de populações de aves no Estado para entender se existem

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flutuações ou declínio de população frente a impactos ambientais nas paisagens naturais. A
proposta sugere a realização do estudo em seis regiões diferentes no Estado do Rio Grande do
Norte: em fragmentos florestais no sul do estado, na área de savana na região norte da Mata
Atlântica, em duas unidades de conservação no litoral oriental, oriental, em formações serranas
no Planalto da Borborema, em áreas cársticas na Caatinga, e em manguezais e habitats
costeiros no litoral norte (Tabela 6.1).

Os fragmentos de florestas localizados no município de Baía Formosa apresentam o


maior número de espécies ameaçadas na Mata Atlântica no Estado e possuem espécies que
estão restritas aos fragmentos florestais no município. As populações dessas espécies não têm
informações populacionais e nem dos impactos da fragmentação florestal sobre essas aves.

O segundo local para o monitoramento é a área de vegetação de Savana localizada nos


municípios de Maxaranguape, Rio do Fogo, Pureza e Touros, que apresenta espécies de aves
endêmicas de vegetação de savana e que atualmente é amplamente procurada para a
implantação de empreendimentos eólicos.

O terceiro ponto de estudo está baseado na comparação entre as populações de aves


através da estimativa da densidade de Penelope superciliaris e Ortalis araucuan, que são duas
espécies de galiformes de médio porte e que são importantes frugívoros que realizam a
dispersão de sementes. Então, o estudo irá comparar as populações das duas aves em uma
unidade de proteção integral (Parque Estadual Dunas do Natal) e uma de uso sustentável (APA
de Jenipabu).

Tabela 6.1. Áreas sugeridas para o monitoramento da fauna de aves e mamíferos no âmbito da
“Proposta de sistema de monitoramento ambiental para o estado do Rio Grande do Norte
empregando-se indicadores e índices ambientais”, a ser executada pelo IDEMA/RN.

Bioma Região Importância


Maior fragmento de Mata Atlântica no RN; Presença de aves
Mata Fragmentos de florestas no ameaçadas de extinção e de aves com distribuição restrita a essa
Atlântica município de Baía Formosa área no estado; Área potencialmente importante para mamíferos
devido à alta disponibilidade de vegetação nativa.
Transição Área de savana nos Única área com fisionomia típica de Cerrado no estado; Presença
Caatinga/ municípios de de aves endêmicas de vegetação de savana; Área potencialmente
Mata Maxaranguape, Rio do Fogo, importante para mamíferos devido à possível presença de
Atlântica Pureza e Touros espécies associadas a savanas.
Áreas protegidas com alta relevância para a fauna; Presença de
Unidades de conservação no
populações de duas espécies de aves de interesse, Penelope
Mata litoral oriental: Parque
superciliaris e Ortalis araucuan; Área potencialmente importante
123

Atlântica Estadual Dunas do Natal e


para mamíferos devido ao mosaico formado por fragmentos de
APA de Jenipabu
vegetação, dunas e corpos d‘água.
Página

Áreas de serra no Planalto da Sobreposição com áreas prioritárias para conservação da


Borborema, nos municípios biodiversidade da Caatinga; Presença de aves ameaçadas de
Caatinga
de Lajes, Cerro Corá, São extinção, quase ameaçadas, endêmicas e da única população
Tomé, Coronel Ezequiel, conhecida de maracanã-verdadeira (Primolius maracana) no

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Martins, Portalegre, Serrinha estado; Formações serranas com presença de espécies ameaçadas
dos Pintos e/ou Luís Gomes e endêmicas de mamíferos.
Áreas cársticas nos Alta densidade de cavernas potencialmente importantes para
municípios de Mossoró, abrigar a fauna, especialmente de morcegos; Áreas importantes
Caatinga Baraúna, Governador Dix- para aves associadas a ambientes cavernícolas; Alta diversidade
Sept Rosado, Felipe Guerra, potencial de morcegos, incluindo espécies ameaçadas de
Apodi e/ou Jandaíra extinção.
Áreas de manguezal e
habitats costeiros na APA Ambientes únicos de ecótono com presença de vegetação e áreas
Caatinga/ Dunas do Rosado e úmidas importantes para a fauna; Áreas importantes para aves
Litoral municípios de Caiçara do migratórias; Ausência de informações sobre ocorrência e riqueza
Norte, Galinhos, Guamaré de mamíferos.
e/ou Macau

6.5. VEGETAÇÃO

A 1ª proposta de monitoramento da vegetação nativa tomará como base a análise das


espécies arbóreo-arbustivas registradas e a adoção de um valor de qualidade para as formações
de vegetação nativa amostradas, conforme disposto no Sistema de Indicadores e Índices
Ambientais proposto em 2007 (IDEMA, 2007a) e executado em parte do Estado, na região do
Baixo-Açu (IDEMA, 2007b). Sendo que foram acrescentados à proposta de 2007 alguns ajustes
no método de caracterização dos indicadores (subitem 5.4.2.), com intuito de caracterizar
melhor a vegetação nas áreas do estudo.

Para este estudo será necessário ainda definir as áreas e estações amostrais, que devem
seguir uma representatividade amostral e considerar os recursos disponíveis. Bem como, devem
ser definidas as campanhas de campo e suas periodicidades, considerando as estações de seca e
de chuva, conforme o regime pluviométrico local. A definição das estações de amostragem
deverá seguir os seguintes critérios constantes no Relatório Final do Baixo-Açu (IDEMA,
2007b):
 Atingir a maior diversidade em ambientes e em formações de vegetação nativa;
 Incluir as áreas com formações de vegetação nativa aparentemente mais maduras e
conservadas;
 Incluir as áreas que apresentem maior relevância para as espécies de estudo;
 Distribuição homogênea das estações amostrais ao longo da área de estudo.

Além dos levantamentos de dados da vegetação, algumas outras características


ambientais deverão ser observadas em cada estação amostral, como: estrutura da formação,
124

sinais de atividades antrópicas e de poluição, sinais de erosão, presença de animais domésticos,


dentre outros.
Página

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A segunda proposta está baseada na utilização de imagens digitais de sensores remoto e
Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) e Índice de Vegetação Ajustado ao
Solo (SAVI) com o objetivo de realizar um monitoramento contínuo e sistemático da cobertura
vegetal e do uso e ocupação do solo. Para tanto, devem ser definidas áreas prioritárias nas quais
o trabalho deve ser executado inicialmente. Dentre elas, indicam-se áreas de remanescentes de
Mata Atlântica e de Caatinga; Unidades de Conservação como a RDS Ponta do Tubarão que
inclusive já possui uma proposta de monitoramento ambiental que poderá ser atualizada; áreas
susceptíveis ou em processo de desertificação que estão localizadas no Núcleo de
Desertificação do Seridó (Acari, Currais Novos, Jardim do Seridó, Carnaúbas dos Dantas,
Equador e Parelhas); e áreas de maior fragilidade e que sofrem maior pressão antrópica como
são as áreas costeiras.

A terceira proposta compreende o monitoramento das áreas de vegetação nativa com


supressão autorizada no Estado através das Autorizações de Supressão para Uso Alternativo do
Solo e para Exploração Florestal emitidas pelo Idema. Para o desenvolvimento deste
monitoramento o Idema não necessitará de alocação de grandes recursos financeiros ou
contratação de serviço especializado. Pois, a proposta consiste em realizar a coleta e
sistematização periódica das informações constantes nas citadas autorizações para mapear as
áreas do Estado autorizadas para cada bioma (Mata Atlântica e Caatinga), de modo a permitir
obter anualmente a compilação de informações a cerca das áreas autorizadas por tipologia
vegetacional, bem como de sua totalidade. De posse dessas informações será possível comparar
o percentual de áreas autorizadas pelo Idema a cada ano; comparar as áreas onde ocorreu
supressão da vegetação nativa com a devida autorização com as áreas desmatadas ilegalmente;
observar anualmente as áreas do Estado que sofreram maior supressão vegetal; obter
anualmente um valor percentual de áreas suprimidas legalmente (taxa de supressão da
vegetação nativa autorizada); e acompanhar a evolução deste percentual ao longo dos anos, por
cada bioma e em sua totalidade. A taxa de supressão autorizada, por cada bioma e em sua
totalidade, poderá ser calculada tomando como base a área de remanescente de vegetação
nativa de um determinado ano estabelecido como referência, como também poderá ser feita
com base no ano em questão. A taxa ainda poderá ser calculada por região e por bioma, o que
poderá facilitar a identificação de áreas que sofrem maior pressão de supressão autorizada e de
desmatamento ilegal.

A quarta proposta de monitoramento da vegetação pretende avaliar a evolução do


manguezal nos estuários do Estado a partir da comparação dessas áreas cobertas por mangue
disponíveis em fotografias aéreas pretéritas com imagens de satélite mais atuais, observando se
125

houve aumento ou diminuição das áreas com vegetação de manguezal, e detectando as áreas
que foram desmatadas. Para desenvolvimento do trabalho serão utilizadas fotografias aéreas já
Página

disponíveis no Idema e complementadas com imagens de satélite disponíveis no Google Earth*


das áreas dos sete estuários do Estado. Sendo que o levantamento deve ser iniciado pelo
Estuário do Rio Potengi, que representa o principal estuário do Estado devido à elevada

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concentração de atividades antrópicas existentes nos seus arredores. Em segundo lugar, deve
ser executado o levantamento dos estuários do Rio Apodi-Mossoró e do Piranhas-Acu, também
importantes recursos naturais que sofrem intensa pressão antrópica.

6.6. SOCIOECONÔMICO E DESENVOLVIMENTO HUMANO

Para o monitoramento dos indicadores socioeconômicos e de desenvolvimento humano


por município, deverão ser determinados os Índices Temáticos de Qualidade de Vida Humana,
de Pressão Antrópica e de Capacidade Institucional, para se obter o Índice Síntese de
Desenvolvimento Sustentável, conforme descrito no Subitem 5.5. Entretanto, inicialmente, será
necessário definirem por Região/Território quais os municípios que serão selecionados para o
monitoramento.

Os aspectos relacionados às diversidades social, econômica e ambiental deverão ser os


fatores que definirão os municípios que serão selecionados por Região/Território para serem
monitorados. É importante lembrar que a existência de dados secundários confiáveis é um dos
fatores primordiais para a seleção dos municípios.

Os índices temáticos deverão ser determinados por município e por ano, assim como os
índices sínteses de desenvolvimento sustentável, de modo a possibilitar o acompanhamento da
evolução de cada município ao longo do tempo. Outra maneira de apresentar os resultados do
monitoramento é calcular a média dos índices para o conjunto dos municípios de cada
Região/Território.

6.7. GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Recomenda-se que os sistemas de disposição final dos resíduos sólidos urbanos


existentes em cada município do RN sejam avaliados a cada dois anos, através da determinação
do Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos – IQR, conforme detalhado no Subitem 5.6.1.
De posse dos resultados do IQR de cada município, deverá ser elaborado um mapa do RN com
a divisão política e as bacias hidrográficas, no qual cada município analisado receberá a cor
correspondente a sua classificação quanto ao IQR encontrado, ou seja: o município receberá a
cor vermelha se o seu sistema de disposição final dos resíduos sólidos urbanos estiver em
Condições Inadequadas, e a cor verde se estiver em Condições Adequadas.

Esse mapa fornecerá uma visão espacial dos municípios que estiverem com seus
126

sistemas de disposição dos resíduos sólidos urbanos em condições inadequadas, inclusive


informará as regiões mais críticas, e servirá para comparação com mapa do IQR do RN pré-
existente, no qual será possível verificar os municípios onde ocorrerem melhorias ou
Página

deterioração nesses sistemas.

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Também deverão ser elaborados quadros com a evolução do enquadramento do IQR
para cada ano avaliado, quanto aos municípios, e também quadros com a evolução do IQR nas
bacias hidrográficas, quanto ao enquadramento dos municípios.

Outra maneira de apresentar os resultados do monitoramento dos sistemas de disposição


final dos resíduos sólidos urbanos poderia ser a elaboração de um quadro com o enquadramento
dos municípios em ordem decrescente quanto às condições ambientais desses sistemas com
base nos valores do IQR, assim como através de gráficos de barras por região/território e por
bacias hidrográficas.

6.8. GESTÃO DE ESGOTOS SANITÁRIOS

Para a avaliação dos sistemas de tratamento de esgotos sanitários do tipo lagoas de


estabilização existentes nos municípios do RN, sob os aspectos de sua implantação e operação,
deverá ser adotado o Índice de Qualidade de Lagoas de Estabilização – IQL, conforme
detalhado no Subitem 5.6.2.

Inicialmente deverá ser realizado um levantamento o mais detalhado possível junto aos
dados de licenciamento ambiental existentes no Idema para identificar os municípios que
possuem sistemas de lagoas de estabilização tratando os esgotos sanitários municipais. Em
seguida, anualmente, pelo menos um técnico do Idema, da área de engenharia sanitária ou
ambiental, deverá realizar visitas em todos os sistemas de lagoas de estabilização do Estado
para aplicar o formulário do IQL. Posteriormente, o técnico deverá proceder ao cálculo do IQL
de cada sistema de lagoas de estabilização analisado e, de acordo com o valor encontrado,
definir a avaliação desse sistema com base na Tabela 5.60 em uma das seguintes situações:
Condições Adequadas, Condições Aceitáveis e Condições Inadequadas.

A avaliação das Lagoas de Estabilização também deverá ser subdividida nas seguintes
categorias: excelente, muito boa, aceitável, ruim e muito ruim, conforme a Tabela 5.61.

De posse dos resultados do IQL de cada sistema de lagoas de estabilização, deverá ser
elaborado um mapa do RN com a divisão política e as bacias hidrográficas, no qual cada
sistema analisado receberá um símbolo com a cor correspondente a uma das 5 (cinco)
categorias de avaliação segundo o IQR encontrado, ou seja: cor azul para Excelente, verde para
Muito Boa, amarela para Aceitável, laranja para Ruim e vermelha para Muito Ruim.

Os resultados do monitoramento também poderão ser apresentados em forma de um


127

quadro com o enquadramento dos sistemas de lagoas de estabilização em ordem decrescente


quanto às condições ambientais (implantação e operação) desses sistemas com base nos valores
Página

do IQL. Outra maneira de expressar os resultados é através de gráficos de barras por


região/território e por bacias hidrográficas, assim como também poderão ser elaborados

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quadros com a evolução do enquadramento do IQL por sistema analisado em cada ano
considerado, e quadros com a evolução do IQL por bacias hidrográficas.

6.9. GESTÃO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Deve-se retomar o monitoramento aéreo denominado ―Programa Estadual de


Monitoramento e Fiscalização Ambiental Aéreos – PEMFAA‖, com o objetivo de possibilitar a
identificação de áreas, processos e empreendimentos com efetiva ou potencial degradação
ambiental e poluição, e áreas de relevante interesse ambiental a serem preservadas, no Estado
do Rio Grande do Norte.

Inicialmente deverá ser realizado um levantamento das rotas utilizadas e definir os


ajustes necessários, acrescentado novas rotas e/ou readequando rotas pré-definidas e utilizadas
no programa de monitoramento aéreo anterior.

O monitoramento será realizado através da tomada de fotografias e/ou a realização de


filmagens aéreas através de sobrevoos com aeronaves de pequeno porte, ou por meio de drones
ou VANTs. Portanto, deverão ser definidas as áreas cujo monitoramento deverá ser realizado
por aeronaves de pequeno porte e aquelas áreas que poderão ser monitoradas por meio de
drones ou VANTs. Ressaltando que os sobrevoos com aeronave de pequeno porte só serão
possíveis se firmado contrato com uma empresa especializada.

6.10. LINHA DE COSTA

O estabelecimento de um Programa Estadual para a Conservação da Linha de Costa tem


por objetivo prover dados confiáveis, em escala regional, a serem utilizados para auxiliar na
compreensão, delimitação e acompanhamento sistemático do posicionamento da linha da costa
e a que processos está relacionado, possibilitando atuar na previsão de possíveis alterações
futuras e nas alternativas de mitigação e adaptação aos efeitos adversos de dinâmicas que
provoquem erosão costeira e regressão da linha de costa, em ambientes que se mostrem
sensíveis a esses fenômenos, observando as seguintes diretrizes gerais:
 Efetuação do levantamento do estado da arte, no tocante à produção de conhecimento
científico envolvendo estudos que verificam e avaliam os registros sobre as variações da
linha da costa do RN;
 Determinação do ―status‖, em escala regional, das condições de erosão/acresção da
128

linha de costa do Rio Grande do Norte através do Levantamento Bibliográfico e


cartográfico.
Página

 Identificação dos ―hotspots‖ erosivos ao longo da costa do RN que servirão de base para
nortear as próximas etapas do Plano de Monitoramento Sistemático da Linha de Costa.

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 Determinação das áreas críticas, foco do monitoramento, com base na sobreposição
entre ―hotspots‖ identificados no levantamento com: áreas urbanizadas que apresentem
impactos negativos e/ou riscos associados à erosão costeira; áreas não urbanizadas com
alta demanda por licenças ambientais junto ao IDEMA.
 Identificação de possíveis alterações futuras que podem derivar do processo de
regressão da linha da costa e quais são as alternativas de mitigação e adaptação viáveis.
 Atualização da rede geodésica existe, verificando as condições dos marcos já
implantado, analisando a possibilidade de uso destes, a necessidade de adensamento da
rede e/ou a expansão desta rede com inclusão de novos marcos no Litoral Oriental.
 Monitoramento sistemático da linha de costa com base nos perfis de praia e em
aerolevantamentos com periodicidade semestral (mínima) e espacialidade com base nas
áreas críticas selecionadas.
 Atualização da taxa de variação da linha de costa com base no monitoramento
sistemático, permitindo estabelecer critérios e medidas a serem tomadas em cada uma
das áreas críticas analisadas;
 Valorização da rede de pesquisa relacionada ao estudo da linha da costa do RN, com
promoção, ou fomento à promoção de seminários, fóruns, oficinas e outros eventos
destinados à divulgação, debate e avaliação das principais linhas de pesquisas a serem
priorizadas, com vistas a aprofundar o conhecimento científico e aprimorar a
identificação das feições, ou ecossistemas costeiros que devem ser destacados como
alvos de monitoramento mais detalhado, por desempenharem funções de proteção
natural da linha de costa e também para o enfrentamento dos riscos costeiros já
identificados, dentre outras temáticas a serem priorizadas.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta proposta busca, através dos aspectos metodológicos explanados, alcançar de forma
o mais abrangente possível, o monitoramento das principais variáveis naturais e
socioeconômicas, assim como de gestão ambiental, possibilitando que o Governo do Estado do
Rio Grande do Norte, através do Idema, implemente um conjunto de programas e projetos de
monitoramento que retrate a qualidade ambiental no nosso Estado, e com isso, viabilize a
elaboração periódica dos Relatórios de Qualidade do Meio Ambiente do RN, e alimente o
Sistema Estadual de Informações Ambientais, que são atribuições dispostas em Lei.
129

O plano que se caracteriza por ser uma ação estratégica e essencial para o Idema, deve
ser implementado de forma ampla para garantir que este Instituto, de uma vez por todas,
Página

assuma de uma maneira mais abrangente a responsabilidade de acompanhamento do


comportamento das condições dos recursos naturais atuais e sua evolução ao longo do tempo,

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assim como das variáveis socioeconômicas, informando à sociedade norte riograndense o
estado da qualidade do ambiente no RN, com a qualidade técnica e a segurança jurídica
necessárias.

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habitadas - Aplicação de uso geral. Rio de Janeiro, 2019. 25p.

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Janeiro,1992. 9 p.

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