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IEADTC
Ensina-nos a Orar
Fortaleza
Dezembro de 2020
Ensina-nos a orar
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Encontro Didático Para Professores da EBD da IEADTC
SUMÁRIO
Apresentação da Presidência..................................................................................04
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Apresentação da Presidência
Nessa obra estudaremos uma temática fundamental para todos os cristãos dos
nossos dias: “ENSINA-NOS A ORAR” - Exemplos de pessoas e orações que
marcaram as Escrituras.
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Esse apoio didático visa trazer um conteúdo complementar de cada lição, buscando
proporcionar ao professor um melhor entendimento dos objetivos gerais e
específicos referente ao conteúdo do 1º Trimestre de 2021.
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LIÇÃO 01
Ensina-nos a orar
Prof. Nícolas
Texto do dia: “Perto está o SENHOR de todos os que o invocam em verdade.” (Sl
145.18).
SÍNTESE
OBJETIVOS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
INTERAÇÃO
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
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INTRODUÇÃO GERAL
Com alegria e boa vontade comento mais uma lição da EBD. Desta vez, a lição
introdutória da revista destinada aos jovens. O assunto em pauta faz parte daquilo
que chamamos “Teologia Prática”. São quatro as áreas que a Teologia abrange:
Bíblia, História, Prática e Temas. Mesmo aqueles que não simpatizam com a tal
Teologia, são, sem querer, “Teólogos”. A Teologia se propõe a “arrumar” o saber
teológico que todos possuímos. Temas específicos são organizados de uma forma
que venhamos ter um conjunto de pensamentos esboçados com lógica, precisão e
organização. Para a excelência no trabalho para o Mestre
INTRODUÇÃO
Etimologicamente “orar” vem do latim oratĭo, orationis, (f.). (oro). Significa: fala,
linguagem, discurso. Eloquência, recurso oratório. Estilo de fala. Discurso. Frase,
sentença. Prosa. Correspondência, carta, mensagem imperial. “Orationes” é
encontrado na Vulgata nos livros de Samuel, Reis (2ºSm 7.27; 1ºRs 8.28; 2ºRs 19.4;
Jó 16.18, etc.).
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fomos iluminados. “Olharam para ele, e foram iluminados; e os seus rostos não
ficaram confundidos.” (Sl 34.5).
3. O que nos leva a orar? Um coração ou uma alma angustiada, atribulada,
oprimida, devedora ou agradecida. São vários os motivos. Ana, a mãe de Samuel,
orou atribulada e agradecida (1ºSm 1.15,26-28). Josué orou e o “tempo parou” (Js
10.12-14). Davi era um orante por todos e vários motivos. Suas orações contribuíram
para a produção do hinário hebreu.
O amor deve ser o motivador número um para orar. Embora pareça “piegas”,
atentem para o “deve ser”. Jeremias proclama: “Há muito que o SENHOR me
apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade
te atraí.” (Jr 31.3). O que motiva o Senhor a nos amar é o seu olâm” ‘ahêv
“eterno amor”. Isto é muito relevante. Por isso, deve ser o “eterno amor” do Senhor o
que nos leve a orar.
A oração deve ser como a água que tira a sede do sedento, devolve a respiração do
arquejante e as forças perdidas do corpo desidratado. Através da oração solicitamos
mudança nas estruturas, nos fundamentos, nos alicerces da nossa vida. A nossa
história muda através do diálogo com o Criador. A oração é o meio. No caminho da
“regeneração”, da procura da restauração de nossas almas, a oração é deve ser a
companhia. Deus completa a obra que começa as nossas vidas, nos dando um novo
coração, um coração segundo o coração de Deus.
“Por isso, quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos; e
ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei, porque as vossas mãos
estão cheias de sangue.” (Is 1.15).
No contexto deste texto, Israel (Judá) transgredia as leis do Senhor. Esse típico
gesto de oração consistia em estender as mãos com as palmas para cima, em
atitude de súplica, na esperança de receber algo. Os olhos estavam abertos e
olhavam para o céu. Muitas orações eram feitas, bem no meio da apostasia, mas
elas não seriam ouvidas; pelo contrário, seria até desprezadas por Jeová, objeto
dessas súplicas. Alguém disse: “A oração está onde a ação está”. Quando homens
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bons oram, começam a acontecer coisas inesperadas. Oremos pela manhã todos os
dias, pois cada dia pode trazer um milagre.
“Se eu atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá;” (Sl 66.18). A
retidão interna deve acompanhar o ritual externo, para que esse ritual signifique
alguma coisa para Deus. Deus não atende todas as orações.
1. “[...] Segundo a sua vontade [...]”. Na oração do Senhor (Mt 6.9-13), Jesus
ensina: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;”
(Mt 6.10). A questão é: a minha vontade é a vontade de Deus? Jesus orou no
Getsêmani: “Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça
a minha vontade, mas a tua.” (Lc 22.42.).
Na oração do Senhor, Jesus refere-se a obediência dos anjos a Deus, o que fazem
com perfeição. Jesus deseja que a vontade de Deus fosse totalmente cumprida
nesta terra, a fim de que assim fosse elevada a vida terrena, c os homens fossem
transformados. “No céu” significa a perfeição ou ideal mais elevado daquilo que deve
ser feito. No céu é que esta o exemplo perfeito. O padrão perfeito daquilo que
precisa ser feito.
2. Diálogo, não uma lista de pedidos. “E, orando, não useis de vãs repetições,
como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.” (Mt 6.7).
3. Tudo tem o seu tempo determinado. “Tudo tem o seu tempo determinado, e há
tempo para todo o propósito debaixo do céu.” (Ec 3.1). O Antigo Testamento
comumente vê perfeito propósito na vida que depende da supervisão dele. Cada
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aspecto da vida tem seu “tempo”: a chuva (Lv 26.4); a queda dos inimigos de Deus
(Dt 32.35); a concepção (2ºRs 4.16s). Daí a grande necessidade de “visão das
épocas” (1ºCr 12.32). A sabedoria envolve o conhecimento dos “tempos” (Et 1.13). O
salmista Davi ora: “Os meus tempos estão em tuas mãos:” (Sl 31.15).
1. “[...] que clamam a Ele de dia e de noite [...]”. “E Deus não fará justiça aos seus
escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?” (Lc
18.7). Examinando o versículo seguinte (v.8), e considerando o contexto inteiro,
podemos pensar que a interpretação permite-nos conservar o paralelo tencionado
entre Deus e o juiz injusto. O juiz iníquo adiava a vingança contra aqueles que
haviam prejudicado a viúva pobre, por motivo de sua indiferença na administração
da justiça. Mas Deus se demora na resolução do problema a fim de testar a nossa
fé. A fim de ensinar-nos melhor na perseverança, e, além disso, de acordo com o
elemento tempo, ele sabe o momento mais vantajoso para nós, sem importar se
sabemos disso ou não. De qualquer maneira, O supremo juiz sempre decide
baseado em seu amor e na sua justiça.
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2. Quando as lutas parecem não ter fim. “Tenho-vos dito isto, para que mim
tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” (Jo
16.33).
O autor da carta aos hebreus indica algo elementar na lista dos heróis descritos
como exemplos de fé, mas, percebeu claramente o que era essencial mencionar: é
necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe. Talvez pareça
estranho que numa epístola que começa com uma asseveração de Deus (Hb 1.1), o
escritor considere necessário indicar a necessidade de crer na Sua existência. Está,
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CONCLUSÃO
Os oradores também devem crer que o Senhor é galardoador dos que o buscam.
Esta declaração visa renovar a certeza daqueles que estão duvidando se a busca de
Deus sempre é bem-sucedida. Aceitar isto requer fé, mas a convicção de que Deus
galardoa aquele que o procura com sinceridade está em plena harmonia com a
natureza de Deus conforme Ele se fez conhecer através de todas as suas
revelações aos homens. Não há receio de que qualquer pessoa que a busca deixará
de achá-lo, se agir com fé. Um meio de expressar essa fé é através da oração.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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LIÇÃO 02
Texto do dia: “Então, me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei”. (Jr
29.12).
SÍTENSE
Abraão nos ensina que a oração, além de possuir importância indizível, é algo
simples e extremamente necessário à caminhada do crente.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
INTERAÇÃO
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
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INTRODUÇÃO
Mesmo aqueles que nunca tiveram a oportunidade e o privilégio de ler a Bíblia toda,
de Gênesis a Apocalipse, sabem da importância de Abraão. E não é sem motivo,
pois esse homem é visto como patriarca das três maiores religiões monoteístas do
mundo: judaísmo, cristianismo e islamismo. Nas páginas das Escrituras Sagradas,
Abraão surge no capítulo 11 de Gênesis (vv. 27-32), trecho este que trata de seus
ancestrais e seu nascimento. A partir desse ponto, o “Pai da fé” ocupa a narrativa
até o capítulo 25, ensinando-nos diversas lições preciosas, dentre as quais estão as
seguintes: é Deus quem toma a iniciativa na chamada do homem; a oração –
diálogo com Deus – estimula a obediência; as promessas de Deus não se cumprem
exatamente no tempo em que queremos, o cumprimento pode demorar anos; e, por
fim, o caminho da maturidade espiritual não é curto e sem percalços, é um processo
que, além de longo, requer perseverança.
A história de Abraão (na época se chamava Abrão) começa em Ur dos Caldeus, sua
terra de nascimento. Ele foi filho de Tera, descendente de Sem, e tinha como
irmãos, Naor e Harã (Gn 11.26-28). Nessa época, o patriarca de Israel era um gentio
que habitava uma cidade tomada pela idolatria e cultuava diversos deuses,
especialmente Nanna, sua padroeira. Ur, naqueles dias, era uma das maiores
cidades-estado da antiga Suméria e ficava nas cercanias da atual Tell el-Muqayyar,
na província iraquiana de Dhi Qar. Foi desse lugar que Deus chamou Abraão para
viver uma vida de peregrino, inicialmente em Harã, e depois por diversos lugares
dentro de Canaã (Gn 12.1,4,5. cf.: At 7.2).
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Pacientes e longânimes.
O Novo Testamento declara que Abraão é o “pai” de todos aqueles que confiam em
Deus (Rm 4.1-4; Gl 3.6-18). Por acreditar na Palavra de Deus que lhe fora revelada
pessoalmente, o patriarca pôde partir em busca de uma terra prometida (Gn 12.4);
acreditar que ele e sua esposa, em idade avançada, gerariam um filho (Gn 15.6); e,
entregar em obediência a Deus seu filho como holocausto (Gn 22.1-9). Porém, não
devemos nos enganar, tudo isso não ocorreu em pouco tempo. Abraão teve de
passar por um longo processo, que envolveu esperar com paciência o cumprimento
de cada uma dessas promessas, confiando, sendo moldado pelo seu diálogo com
Deus. É muito importante entender isto: a perseverança na oração é uma
necessidade nossa. Somos nós que precisamos de disciplina, somos nós que
precisamos valorizar aquilo que o Senhor nos promete. Deus, na sua onisciência,
sabe exatamente o momento certo de nos dar o que precisamos. Os grandes erros
de Abraão ocorreram exatamente no momento em que ele tentou “apressar” o tempo
de Deus, especialmente quando desceu ao Egito sem consultar a Deus e quando se
relacionou com Agar, a fim de gerar um filho (Gn 12.10-20; 16.1-14).
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Abraão e Ló (ainda que este inicialmente tenha escolhido habitar Sodoma, pensando
principalmente nas riquezas do lugar) servem bem para ilustrar o papel que os
cristãos têm nesse mundo: são peregrinos em terra hostil (Jo 17.15,16). No entanto,
a responsabilidade dos servos de Deus aqui é encher a terra com o conhecimento
do Senhor. Uma das promessas feitas a Abraão claramente tinha um propósito
missionário: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3).
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Boa.
Neves explica que "A vontade de Deus é boa porque Ele é bom, e sua
misericórdia se estende de geração em geração" (Justiça e Graça, CPAD, 132).
Na vida de Abraão, temos um exemplo da bondade de Deus na vida do ser humano.
Ele foi chamado, mesmo sem contar com qualquer mérito. Pelo contrário, era
homem pecador, que vivia no meio de um povo pagão (Js 24.2). Deus o conduziu
pelo caminho das promessas durante muitos anos, e os erros de Abraão devem ser
creditados somente a ele. Mentir duas vezes, de forma vergonhosa, foi uma decisão
pessoal (Gn 12.11-13; 20.2). Tomar Agar para lhe gerar um filho foi outro passo
errado. No entanto, mesmo que não sejamos fiéis, Deus permanece fiel (II Tm 2.13).
Graças à boa vontade de Deus, o resultado final foi alcançado.
Agradável.
A vida de Abraão, conforme já dito, não foi livre de dificuldades das mais diversas
modalidades. A própria peregrinação não é um estilo de vida desejável para a
maioria das pessoas. No entanto, esse homem era grato. Ele adorava, reverenciava
o seu Deus (Gn 12.8; 13.4; 17.3). O patriarca de Israel experimentou o gozo da
vontade do Senhor quando estava no lugar certo para isso: no centro dessa
vontade.
Perfeita.
As promessas que Deus fez a Abraão foram cumpridas no tempo certo, no tempo
determinado por Deus. A forma como se cumpriram também revelam a perfeição da
vontade divina. Mesmo que em alguns momentos, Abraão e Sara tenham se
mostrado impacientes e conscientes das suas dificuldades, especialmente quanto à
velhice, tudo aconteceu de modo a resultar em maior glória para o Senhor. Esse é
um aspecto muito importante ao se falar de vontade perfeita de Deus. Devemos
descansar nisto: mesmo quando tudo parece estar errado, Deus tem o controle e
sabe o momento certo de agir.
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CONCLUSÃO
A vida de Abraão nos ensina a importância de viver em diálogo com Deus. Dessa
forma, fortalecemos nossa confiança no Senhor. A rotina diária de oração e
meditação na Palavra de Deus também é passo fundamental para a obediência, que
foi característica marcante do patriarca de Israel. Além disso, aprendemos com ele a
não olhar com ansiedade para o nosso futuro, visto que Deus tem um tempo
determinado para cada coisa.
Referência Bibliográfica
NEVES, Natalino das. Justiça e Graça. Rio de Janeiro-RJ. CPAD. 1ª edição, 2015.
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LIÇÃO 03
Texto do dia: “E falava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala com
seu amigo; depois, tornava o arraial; mas o moço Josué, filho de Num, seu servidor,
nunca se apartava do meio da tenda.” (Êx 33:11)
SÍNTESE
A intimidade com Deus, gerada pela oração, nos coloca em posição de destaque.
OBJETIVOS
INTERAÇÃO
A lição desta semana vem retratar a vida do grande líder que foi Moisés, grande não
apenas por seu feito de conduzir o povo, porém por fazer isto através de sua
intimidade com Deus! E você tem a grande oportunidade de apresentá-lo mais uma
vez aos seus alunos, contudo desta vez, tornando esse momento único, de modo a
motivá-los a sentirem-se a vontade ao ponto de compartilhar suas experiências, e de
terem o desejo da presença constante de Deus em suas vidas, não apenas pelo
conteúdo apresentado, mas principalmente por seu exemplo inspirador!
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
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INTRODUÇÃO
No capítulo 3 do livro de Êxodo, vemos aquele homem que apesar de suas falhas,
conflitos pessoais, e até mesmo pecados, Deus olha para ele, enxerga o seu caráter
de servo e resolve revelar-se, e torna-lo útil em suas mãos para cumprir os seus
propósitos para com o povo de Israel.
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3. Um líder de oração. Assim que Deus declara a Moisés que ele era o escolhido
para a tão grande e difícil missão de libertar o povo das mãos do Faraó, Moisés
entende e reconhece que nem mesmo as mais diversas e incríveis experiências
humanas por ele vividas até aquele momento, eram suficientes para que o tornasse
totalmente capaz de realizar aquela grande obra. “Então Moisés disse a Deus: Quem
sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel?” (Êx. 3.11). Após vermos
nos tópicos anteriores o perfil de Moisés somada as qualidades e personalidades do
povo de Israel, fica claro que esta missão só seria possível de ser realizada, debaixo
de uma caminhada de oração diária e intimidade com Deus, que o daria coragem,
conforto e estratégias necessárias. São as orações diárias que também nos ajudam
a nos mantermos firmes diante de nossas dificuldades, enquanto aqui estivermos.
“O Senhor falava com Moisés face a face, como qualquer fala com seu amigo...”
(Êxodo 33:11 a).
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2. “Conheço-te por teu nome (Êx. 33.12). Ao dialogar com Deus, Moisés usa a
expressão “conheço-te”, que neste momento tem o seu significado além do que o
próprio verbo CONHECER transmite, (ato de descobrir, perceber e ou identificar”
algo). Nesse caso temos a expressão relacionada ao ato de revelação total e
profunda acerca de alguém e seus sentidos, intensões, desejos e práticas. O texto
em (Jeremias 17.10): “Eu, o Senhor, esquadrinho o coração e provo os rins; e isto
para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações”,
ilustra muito bem esse entendimento.
Fica claro que há uma necessidade urgente de os jovens, assim como os líderes da
atualidade almejarem, e buscarem intensamente a condição de conhecidos do
Senhor, para que possam desfrutar das bençãos que para os seus estão
reservadas.
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sabendo que a trajetória seria difícil, apenas uma situação a incomodava: Ter a
presença de Deus consigo!
1. Sede por Deus! Prioridade. Quando lemos o texto de Êxodo 33:15 “Então, disse-
lhe: Se a tua presença não for conosco, não nos faças subir daqui.”, identificamos
uma característica impressa e marcante na personalidade de Moisés, a persistência!
Ele já havia definido e assentado em seu coração a sua prioridade naquela jornada,
a sua oração persistente e incisiva revelava qual a sua prioridade e era inegociável.
Infelizmente nos dias atuais, muita outras coisas tem ofuscado e roubado a
prioridade da presença de Deus, na vida de muitos jovens cristãos, uma formação,
uma vida profissional de sucesso, uma boa casa, um bom carro, um relacionamento
amoroso saudável e feliz...na verdade nada disso é ruim, porém se qualquer um
deles está como prioridade acima de um relacionamento íntimo com Deus, está na
hora de rever a sua escala de valores. Qual a sua prioridade de escolha, a benção
ou o Deus abençoador?
2. “[...] me verás pelas costas [...]” (Êx. 33.23). O relacionamento íntimo entre o
Criador e sua criatura, diferente do que muitos pensam, é uma realidade possível.
Vejamos o exemplo de Gn. 3.8 “E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava
no jardim pela viração do dia; e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do
SENHOR Deus, entre as árvores do jardim.”, é preciso estarmos atentos para ouvir e
conhecer a voz do Senhor! Porém à Moisés apenas ouvir já não lhe bastava apenas
ouvir a sua voz, e com seu caráter persistente e destemido, ele resolve fazer um
pedido incomum e ousado ao Deus de Israel. Contudo Deus conhecendo a estrutura
humana, e sabendo da impossibilidade de qualquer que seja o homem de poder
contemplar a totalidade de sua Glória (Êx. 33.20), porém movido pelo ousado desejo
de Moisés, cria uma oportunidade para que pudesse ser visto mesmo que de costas
por aquele homem.
CONCLUSÃO
Moisés nos ensina através da sua jornada de vida, que independente do ambiente
em que vivemos e daquilo que somos ensinados, podemos e devemos manter viva
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dentro de nossos corações a essência divina, buscando sempre manter uma rotina
saudável de oração e total dependência, para que possamos desfrutar de uma
intimidade com Deus, que nos leva a ter a certeza da vitória, por mais longa e difícil
que seja a caminhada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Lição 04
Texto do dia: “Ela, pois, com amargura de alma, orou ao SENHOR e chorou
abundantemente.” (1Sm 1.10).
SÍNTESE
OBJETIVOS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
INTERAÇÃO
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
O professor tem a sua disposição inúmeras fontes de pesquisa, para enriquecer sua
aula, porém, a principal, e a de maior relevância, que seja a Bíblia Sagrada, e que
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todas as outras, sejam fundamentadas por ela, pois assim garantiremos um ensino
genuíno e capaz de alcançar as mentes e corações.
INTRODUÇÃO GERAL
INTRODUÇÃO
Encontramos na vida de Ana, dois grandes desafios, o primeiro, diz respeito á ser
casada com Elcana e por ser estéril, não poderia gerar filhos, o que já é difícil para
uma mulher que deseja ser mãe, e que na cultura e na época de Ana era ainda
pior, pois todos esperavam ter descendência para dar continuidade ao nome da
família, ser estéril era uma grande vergonha; O segundo desafio, era que Ana vivia
em um casamento polígamo (diferente do padrão monogâmico estabelecido por
Deus em Gn 2.24) atitude utilizada como forma de solução em relação à
esterilidade.(Abrão e Sarai Gn 16.2; Elcana e Ana 1Sm 1.1) e onde Ana era
constantemente afrontada pela outra esposa de Elcana, Penina.
Como toda mulher de seu tempo, Ana desejava ter seu casamento e sua familia
formada, porém, ao descobrir que é estéril, sua vida se transforma em um grande
sofrimento, e já não bastando isso, vê no seu casamento surgir uma rival, que na
proporção que vai gerando filhos para seu marido, usa isso para afrontá-la e tornar
seu sofrimento maior.
Uma história de sofrimento. O texto bíblico nos revela, que não foram poucos os
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anos em que Ana passou por todo o sofrimento, quando diz que “Elcana ia sacrificar,
dava porções a Penina, a todos os seus filhos e a todas as suas filhas”.1Sm 1.4
(grifo nosso) tanto por sua condição de estéril, quanto pelas seguidas investidas de
Penina, que não se compadecia de Ana, e não conformada com tudo que ela já
passava, lhe trazia mais tristeza e vergonha, más sua disposição de adorar à Deus,
suplantava qualquer dificuldade, era uma mulher dotada de fé e confiança no
Altíssimo.
A água de fora do barco. Quando a água que cerca o barco passa a ocupar espaço
dentre dele, torna-se uma ameaça, vemos isso na relação entre Ana e Penina, o fato
de ser estéril já lhe causava sofrimento, más eram as abordagens de sua rival que
multiplicavam suas tristezas, e a fazia perder a vontade de coisas básicas da vida,
como alimentar-se. Não podemos deixar que essas “águas” subam no nosso barco,
que é a nossa vida, e tomem espaço, e nos façam submergir, assim como Ana,
precisamos resistir, lutar e principalmente estar em oração ao nosso Deus, e ele virá
em nosso socorro.
Os sofrimentos dos tempos atuais. Assim como nos tempos de Ana, vivemos em
tempos difíceis, em que a modernidade tem trazido consigo, enfermidades, no corpo,
na mente e na alma. Situações que geram filas nos consultórios, aumento no
consumo de medicamentos, distúrbios que tiram das pessoas a capacidade de
pensar racionalmente, e que em muitos casos, levam ao desespero, e ao extremo
ato de tirar a própria vida. Nesse contexto, vemos a atualidade das sagradas
escrituras: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e
buscar a minha face…perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2Cr 7.14),
em meio a tantas situações, não podemos esquecer que é através da oração, que
vamos alcançar a misericórdia de Deus, assim como Ana orou “Ela, pois, com
amargura de alma, orou ao Senhor e chorou abundantemente” (1Sm 1.10), note
que não foi uma oração “cronometrada”, muito comum nos dias atuais, quando orar
se tornou um “fardo” e que através de desculpas injustificadas, não se prioriza mais
buscar ao Senhor.
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Nesse contexto, vemos um detalhe muito interessante, Ana propõe um pacto com
Deus e não o contrário, é quem sabe, o fruto de uma visão profética em relação ao
filho, pois dada a situação da liderança religiosa de Israel, que se encontrava em
profunda decadência espiritual, numa atitude altruista, a mãe já pede um filho,
oferecendo-o a Deus, para serví à ele e ao seu povo.
Porém, a fé em toda a Bíblia, contradiz a lógica, e dessa forma, Ana teve a sua
resposta, assim acontece nos dias atuais, mesmo quando tudo parece contrário à
aquilo que buscamos, Deus é fiel e poderoso para ouvir o nosso clamor e responder.
2. “[…] derramado a minha alma […]” (v.15). “Ela, pois, com amargura de
alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente” (1Sm 1.10), essa passagem
descreve com detalhes, a situação em que Ana se encontrava, numa atitude
particular e solitária, de uma mulher que “derramou a sua alma perante Deus.”
Enquanto orava, os lábios de Ana se moviam más não produziam som algum, não
audíveis aos ouvidos humanos, más que, como gemidos, chegaram á presença do
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Senhor, como diz o salmista “Senhor, diante de ti está todo o meu desejo, e o meu
gemido não te é oculto. (Sl 39.9).
3. “Vai em paz […]” (v.17). Nas palavras do Sacerdote, Ana percebe o “SIM”
de Deus, seu voto havia sido aceito, seu semblante já não é o mesmo, um refrigerio
invade seu ser, e seu coração agora sente paz.
“[…]O choro pode durar uma noite, más a alegria vem pela manhã”(Sl 30.5) Não só
uma, mais durante muitas noites, Ana chorou, angustiada, humilhada, más no tempo
certo, Deus enviou sua resposta, o Senhor é o mesmo, não mudou.
Após 3 anos com o pequeno Samuel, Ana demonstra sua fidelidade à Deus,
cumprindo o voto feito, entregando o menino no templo, ela não havia esquecido do
pacto, o Senhor também não, por conta da sua fidelidade, Ana é grandemente
abençoada “ Visitou, pois, o Senhor a Ana, que concebeu, e deu à luz três filhos e
duas filhas;[…]” (1Sm 2.21).
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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LIÇÃO 05
OBJETIVO ESPECÍFICOS
I – INTRODUÇÃO
Neemias era o copeiro do rei da Pérsia. Quando Deus tem uma obra a realizar,
nunca lhe faltarão instrumentos para fazê-la. Neemias vivia confortavelmente e com
honras; porém, não se esquecia de que era israelita, e que os seus irmãos estavam
angustiados.1
1. Tempos de reconstrução.
Por causa de sua deliberada desobediência ao Senhor, o reino do norte,
composto por dez tribos, foi destruído pela Assíria que, para humilhar ainda mais os
filhos de Israel, levou-os cativos à Mesopotâmia. Isso aconteceu em 722 a.C. Em
586 a. C. foi a vez do reino do Sul. Veio Nabucodonosor contra Jerusalém, deitou
por terra o Santo Templo e derribou os muros da Cidade Santa. Em seguida, levou
os filhos de Judá cativos à Babilônia, onde permaneceriam durante setenta anos (Jr.
25.11).
Sob a proteção do Imperador Ciro, uma primeira leva de 42.360 judeus, sob a
liderança de Zorobabel, retorna a Jerusalém, para reconstruir a cidade e a Casa de
Deus (2 Cr 36.22,23; Jr 29.10). Apesar de todos os problemas encontrados, o
Templo foi reinaugurado em 516 a.C. Mas os muros continuavam destruídos.
1
HENRY, M. Comentário Bíblico de Matthew Henry. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.p.685
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Algumas pessoas preferem não saber o que está acontecendo, pois essa informação
pode implicar certas responsabilidades. De acordo com o velho ditado: "Aquilo que
você não sabe não lhe pode fazer mal". Mas será que isso é verdade? Numa carta a
uma certa Sra. Foote, Mark Twain escreveu: "Tudo o que você precisa nesta vida é
de ignorância e de confiança; essas duas coisas são a garantia de sucesso". Porém,
aquilo que não sabemos pode nos prejudicar, e muito! Há pessoas no cemitério que
escolheram não saber a verdade. O slogan de uma campanha sobre Aids em 1987
diz ia: "Não morra de ignorância", palavras que se aplicam a vários aspectos da vida
além da saúde física.2
2. Sensibilidade e empatia.
Neemias sentiu a dor daqueles que estavam sofrendo em Jerusalém.
Pessoas que ele não conhecia pessoalmente, mas que precisavam de alguém que
trabalhasse em favor delas. A empatia é uma virtude que leva a pessoa a sentir o
que o outro está sentindo. Neemias demonstrou empatia ao lamentar e chorar pela
situação das pessoas que estavam sendo humilhadas em Jerusalém.
A obra de Deus precisa de pessoas empáticas. Gente capaz de sentir a dor
do outro. O envolvimento na obra de Deus depende da capacidade do crente em
perceber as necessidades que precisam ser atendidas. Muitas famílias estão em
crise. Os missionários precisam de auxílio. Os ministérios precisam de líderes. Há
muitas visitas por fazer. Almas estão perecendo sem Cristo. Em cada situação há
muita dor. Somente os cristãos empáticos dirão: “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6.8).
3. Um mundo que agoniza
A televisão gasta longos minutos em notícias sobre o avanço da pandemia
em todo o mundo. Estatísticos e matemáticos se debruçam sobre as chances dos
candidatos nas eleições. Nos mercados financeiros as bolsas sobem e descem. O
mercado vira uma jogatina. O capitalismo neoliberal se assume como um cassino.
2
WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo Antigo Testamento Volume II - Histórico. Santo André: Geográfica,
2010.p.616
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Nossas orações devem ser auxiliadas por esforços sérios ou, de outra maneira,
enganamo-nos a respeito de Deus. Não estamos limitados de tal maneira que só
tenhamos algumas audiências com o Rei dos reis; temos a liberdade de ir a Ele em
todos os momentos. Aproximarmo-nos do trono da graça é uma atitude sempre atual.
Porém, a sensação do desagrado de Deus e das aflições de seu povo são causa de
tristeza para seus filhos, e os prazeres deste mundo não os consolam.3
3
HENRY, M. Comentário Bíblico de Matthew Henry. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.p.686
4
WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo Antigo Testamento Volume II - Histórico. Santo André: Geográfica,
2010.p.615
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2. Ana, orou e jejuou implorando a Deus que sua madre pudesse gerar
uma criança. Deus ouviu sua oração e concedeu a ela o prazer de
tornar-se a mãe de Samuel (1º Samuel 1.7);
3. Davi chorou, orou e jejuou, por seu filho doente (2º Samuel 3.35; 12.16,
21-22).
4. Houve jejum no momento da reconstrução do Templo (Neemias 9.1);
5. Houve jejum durante o ministério do profeta Joel (Joel 1.14; 2.15);
6. E também, jejum de solidariedade no ministério do profeta Isaías
(Isaías 58.1-12
7. Ester pediu a Mordecai e aos judeus para jejuar por ela enquanto se
preparava para comparecer diante de seu marido, o rei (Ester 4.16).
3. Na presença do rei
O relato do momento em que Neemias apresenta o seu pedido para o rei
demonstra o resultado do seu período de jejum e oração.
E aprouve ao rei enviar-me. O rei não só enviou Neemias a Jerusalém como fez dele
governador (Ne 5.14). Com a possibilidade de um tumulto no Egito e no Chipre, o rei
pode ter decidido que, afinal de contas, Jerusalém precisava de um muro (Ed 4.21).
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O rei animou Neemias a pedir o que desejava. Isto lhe deu confiança para falar;
muito mais pode nos animar o convite que Cristo nos tem feito para orar, e a
promessa que Ele nos tem dado de que tudo irá bem, para ir diretamente ao trono
da graça. Neemias orou ao Deus do céu, infinitamente superior a este poderoso
monarca. Elevou o seu coração ao Deus que entende a linguagem do coração.
Nunca devemos buscar nem esperar a direção, a assistência nem a direção divina,
quando empreendemos algo que não seja bom para nós. Houve uma resposta
imediata à sua oração, porque a semente de Jacó nunca buscou em vão o seu
Deus.5
Soli Deo gloria (do Latim: Glória somente a Deus). Que essa, a exemplo da
expressão de Neemias, possa ser a nossa postura. Que em tudo o que fizermos
possamos dedicar toda a glória somente a Deus. Neemias teve todo o esforço e
dirigiu o povo na reconstrução do muro, mas a glória ele deu ao Senhor. Glórias a
Deus!
Referência Bibliográfica
5
HENRY, M. Comentário Bíblico de Matthew Henry. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.p.686
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LIÇÃO 06
SÍNTESE
Devemos buscar a vontade de Deus para nossas vidas diariamente, pois a vontade
do Senhor é boa, agradável e perfeita.
OBJETIVOS
INTERAÇÃO
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
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INTRODUÇÃO
Jeremias passou pela terrível experiência que profeta algum havia passado. Por três
vezes consecutivas, teve suas preces rejeitadas em favor do povo pelo qual
intercedia. Já não bastasse a solidão do profeta, suas orações também não seriam
respondidas.
Fico imaginando o que Jeremias sentiu. Afinal, ele não estava pedindo somente por
ele, mas pelo povo. Ele poderia ter desistido na primeira negativa de Deus, mas
continuou insistindo. De todas as formas possíveis tentou colocar diante de Deus
tudo o que estava destruindo o povo, apelando por Suas misericórdias não por amor
do próprio povo, mas por amor do Seu nome que estava sendo profanado. Só que a
conexão de Jeremias com o SENHOR, não era a mesma dos habitantes de
Jerusalém.
A vocação de Jeremias (Jr 4-10). Deus assegurou ao profeta que ele estava
predestinado para sua tarefa, fator que foi a base da sua convicção inabalável de
que sua missão era indubitavelmente de origem divina. Apesar desta certeza
Jeremias precisou de constante apoio espiritual para poder proclamar a palavra de
Deus a uma nação teimosa e rebelde. À medida que a profecia avança ficará
evidente como Jeremias obteve suas forças da comunhão constante com Deus.
Quanto mais perto do exílio, mais sua timidez inicial é substituída por coragem e
franqueza para anunciar a palavra divina, o que mostra que ele cresceu em
sabedoria e entendimento, como pessoa.
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iniciam com sua vocação, e este versículo ilustra a tensão que surge entre a
relutância em aceitar a tarefa confiada a ele e a declaração divina de que ele já foi
equipado com as forças morais e espirituais necessárias. A palavra hebraica
traduzida criança pode significar também “menino” (IBB) ou “adolescente” (Êx 2: 6, 1
Sm 4: 21), e também “jovem” (Gn 14: 24, 34:19), ou “rapaz”. Obviamente é este o
sentido aqui.
2. Vejo uma vara de amendoeira. A primeira visão faz uma associação positiva.
Seu conteúdo é uma vara de amendoeira, a primeira árvore a florir na primavera. No
TM há um jogo de palavras (sãqêd, “aquele que acorda”, e sõqêd, eu velo sobre),
que ilustra a prontidão com que Deus cumpre suas promessas. Assim como os
primeiros botões da amendoeira anunciavam a primavera a palavra pronunciada
apontava para seu rápido cumprimento. Jeremias, como Amós, gostava muito da
natureza (veja 2: 10, 8: 7, 12: 8s, 14: 4-6, etc), e sabia que ela podia funcionar como
agente divino.
Jeremias faz sua primeira afirmação profética do desastre iminente. Sua dura
advertência de que ele viria da direção norte deixa seus ouvintes imediatamente
apreensivos quanto à situação política da Assíria. As- surbanipal, o último grande rei
assírio, morreu por volta da data em que Jeremias foi vocacionado (veja introdução,
II) e, no espaço de uma década, o império que tinha aterrorizado o Oriente Próximo
estava à beira da dissolução. Para Judá, que era um estado-tampão entre o Egito e
os poderes do norte, o futuro não prometia nada de bom. Na profecia Deus afirmara
que estava reunindo as potestades do norte para usá-las em seu julgamento. Sem
contar as incursões egípcias os hebreus estavam acostumados com a idéia de que o
desastre lhes sobrevinha do norte; nesta vívida predição Jeremias estava afirmando
que cada um dos reis porá o seu trono à entrada das portas de Jerusalém e de
outras cidades fortificadas de Judá.
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vindouro era inevitável devido aos pecados de Judá, mas também garante a
Jeremias o livramento pessoal das mãos de seus inimigos.
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Jeremias esperava que Deus assim fosse para com eles e não como o estrangeiro
na terra ou como o viajante que logo estaria indo embora e ali estivesse apenas de
passagem. Não, O Senhor era aquele que habitava com eles e nele esperavam. Ele
lembra ao Senhor que eles eram chamados pelo seu nome. Isso explica a força da
motivação apresentada no v.7. A honra do Senhor estava em jogo no destino do seu
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povo. Ou Ele agiria em defesa dela, ou ela seria afetada. Por isso, ele também dizia
para o Senhor não ser como um homem surpreendido, como um valoroso que não
poderia salvar, mas antes como o Senhor dos Exércitos, O poderoso, forte e capaz
de livrá-los.
Dos versos de 10 a 12, Deus responde à oração de Jeremias, mas rejeitando o seu
pedido.
No verso 10, o Senhor é quem diz e o diz acerca desse povo. É bastante
significativo que Deus não tivesse dito “meu povo”. Se o povo tinha gostado de
andar errante pelo caminho, por que Ele, O Senhor os livraria agora? Por que não
detiveram os seus pés quando podiam, antes sem qualquer freio se entregaram à
iniquidade? Deus não poderia aceitá-los, pois não havia ali arrependimento algum,
antes somente queriam se livrar da seca e nada mais de compromissos com aquele
que poderia livrá-los.
Além de não responder favoravelmente a Jeremias, Ele ainda lhe diz para não rogar
por eles! Isso porque o Senhor estava ainda querendo abençoá-los, por isso que
falou aquilo a Jeremias para o bem deles - vs.11. Veja que aqui, a proibição vem
depois da intercessão feita nos vs.7-9. De nada adiantaria eles jejuarem ou
oferecerem sacrifícios, holocaustos e ofertas de manjares. Deus criticava os seus
rituais vazios (cf. Is 1.11-17; Mq 6.6-8). Além de não se agradar deles em suas
tentativas de mudar as consequências, Ele diz que haveria de consumi-los pela
espada, pela fome e pela peste. Essa expressão de que iria devorá-los “pela
espada, pela fome e pela peste” era a primeira das muitas ocasiões em que essa
combinação é falada em Jeremias (p. ex., 15.2). Ela é usada para resumir os
horrores que o julgamento de Deus pode provocar (Dt 32.24-25).
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que ele não tinha ordenado nem falado. Com Deus não se brinca de forma alguma.
Se não levamos Ele a sério, ele não nos tem por inocente ou entende que foi uma
simples brincadeirinha.
A jornada é difícil, mas é simples. É tão simples que muitos têm confundido o papel
da graça. Ora, o que é de graça é gratuito. Você e eu não precisamos fazer nada
para obtê-la. Ela nos é dada como um presente. Um presente que já foi pago por
Cristo na cruz. Basta aceitá-la! Mas, quando a aceitamos, consequentemente,
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vivemos por ela. E é esse viver que devemos buscar seguindo o nosso único
Exemplo: “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo
sofreu em vosso lugar, deixando-vos EXEMPLO PARA SEGUIRDES OS SEUS
PASSOS” 1ªPe 2.21.
Muito em breve cessarão as intercessões. Como aquela geração de Judá, estamos
diante de uma geração que prefere ouvir mentiras a aceitar a verdade. E a situação
é tão agravante, que esta realidade tem sido vista inclusive no meio daqueles que se
chamam pelo nome de Deus. Como Cristo mesmo nos advertiu, muitos falsos
profetas têm se levantado para confundir e enganar, “se possível, os próprios
eleitos” (Mt 24.24). E o que nós temos feito?
Na verdade, creio que não foram as orações de Jeremias que foram rejeitadas, mas
o coração endurecido de um povo que não mais conhecia o seu Deus. Não permita
que isto aconteça com você!
Há uma batalha muito grande acontecendo e é a sua vida que está em jogo.
Permita, HOJE, que a Água da Vida opere um lavar regenerador em seu coração.
Não rejeite o chamado da salvação! Bom dia, encharcados pela Água da Vida!
Referência Bibliográfica
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LIÇÃO 07
OBJETIVOS
INTRODUÇÃO
Portanto, creio que, por meio de tal lição bíblica, o Senhor Deus falará às nossas
mentes e corações, fazendo-nos desejar ter mais comunhão com Ele. Assim, rogo a
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Deus que desperte, cada vez mais, a Sua igreja, o seu povo para viver uma vida de
oração, de santidade, de fé, de ousadia, de convicção, pois, apesar de sermos
pessoas comuns, temos um Deus extraordinário, que governa a História e que se
revela, maravilhosamente, para aqueles que o amam, que o obedecem, que o
buscam.
Como consequência disso, no ano terceiro do reinado de Jeoaquim (Dn 1:1, 2), o rei
Nabucodonosor sitiou Jerusalém, marchando sobre tal cidade, que, antes, era
bastante temida, admirada e respeitada. Assim, iniciava-se o exílio do Reino de
Judá, juntando-se aos exilados do Reino do Norte, que haviam sido levados cativos
há muitos anos. Para tanto, é imprescindível salientar que Daniel, que era do Reino
de Judá, foi contemporâneo do profeta Jeremias e do profeta Ezequiel (A Bíblia da
Mulher: Leitura, Devocional, Estudo).
Assim, em Daniel 1:3-6, tem-se que: “E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus
eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real e dos
príncipes, jovens em quem não houvesse defeito algum, de boa aparência, e
instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciência, e entendidos no conhecimento,
e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem
as letras e a língua dos caldeus. E o rei lhes determinou a porção diária, das iguarias
do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por três anos, para
que, no fim destes, pudessem estar diante do rei. E, entre eles, achavam-se, dos
filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias.”. Conforme o supracitado texto,
depreende-se que os jovens de origem nobre deveriam ser levados para a Babilônia,
a fim de contribuírem para o crescimento daquele imponente reino. Destaca-se que
o mais interessante é que diversos jovens de Judá foram levados para o exílio, mas
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o texto enfatiza o nome de apenas quatro rapazes, pois estes decidiram fazer a
diferença em meio ao paganismo.
Logo, não se pode pensar que “Deus quer apenas o coração”, que “Deus não se
importa com o que você faz de errado”, que “Deus é só amor, que não é ira”. Na
realidade, Deus quer o ser humano por inteiro, ou seja, a mente, o coração, o corpo;
Deus, realmente, importa-se com a conduta, pois, como está escrito em Tito 2:7-8, o
cristão deve ser exemplo de boas obras, deve estar firmado na verdadeira e sã
doutrina, falando o que convém, o que edifica, a fim de que o adversário seja
envergonhado.
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Porém, conforme está escrito em Daniel 1:8-21, Daniel e seus amigos decidiram,
firmemente, não se contaminar com as finas iguarias do rei, pois aqueles alimentos
eram todos consagrados a deuses pagãos. Assim, se eles comessem tais iguarias,
eles estariam compactuando com a idolatria daquela terra estranha. Por isso,
aqueles jovens preferiram comer apenas legumes e beber água, e Deus lhes
concedeu vigor e formosura física, dando-lhes dez vezes mais inteligência e
sabedoria, diante dos magos e encantadores de todo o reino babilônico.
Além disso, Daniel e seus amigos sabiam a quem pertenciam, sabiam de suas
origens, pois conheciam o propósito genuíno de Deus para as suas vidas, estando
firmados na Rocha da Salvação, vislumbrando a glória futura, vencendo as
tentações, prosseguindo para a Cidade Celestial, pois visavam algo maior: o
galardão.
Para tanto, deve-se evidenciar que a comunhão com Deus é algo que deve ser
cultivado diariamente, pois o cristão que ora é vitorioso sobre o pecado, sobre a dor,
sobre as tentações. Aqueles que oram vencem as dificuldades da vida, superam, em
Cristo, as provações. Logo, o cristão que não ora está sujeito a cair, facilmente, em
tentação; está vulnerável a agir impulsivamente, não discernindo o que vem de
Deus, e o que não vem de Deus.
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Ademais, o Apóstolo Paulo nos orienta, em Efésios 6:18, que devemos perseverar
em oração, a saber: “Orai no Espírito em todas as circunstâncias, com toda petição e
humilde insistência. Tendo isso em mente, vigiai com toda a perseverança na oração
por todos os santos.”. Assim, é necessário orar e vigiar, a fim de que possamos
permanecer firmes no propósito de Deus para as nossas vidas.
Vale ressaltar que Daniel foi vítima de um decreto que impunha que todo homem
que, por espaço de trinta dias, fizesse petição a qualquer deus ou a qualquer
homem, que não fosse o rei Dario, fosse lançado na cova dos leões (Dn 6:7). Assim,
todos os presidentes do reino, os prefeitos e sátrapas, conselheiros e governadores
concordaram com tal decreto, e fizeram o rei assinar a escritura e o interdito.
Evidencia-se que tal decreto não podia ser revogado. É de extrema importância dizer
que os presidentes e os sátrapas fizeram isso para acusar Daniel, pois tinham inveja
da sabedoria do homem de Deus, não encontrado mal nenhum em Daniel (Daniel
6:3, 4).
Mesmo diante disso, Daniel não deixou de orar, pois sabia que Deus era seu fiel
amigo, crendo que Deus jamais o desampararia. Assim, Daniel foi pego, por seus
acusadores, orando; e foi levado para ser lançado na cova dos leões. Quando
Daniel estava naquele lugar, rodeado por feras, Deus o livrou, pois Daniel confiava
em Deus, e o rei Dario ficou maravilhado com a fé do homem de Deus (Dn 6:22-28).
Então, aquele malicioso decreto, que tinha a finalidade de prejudicar Daniel, voltou-
se contra aqueles que o planejaram. Basta ler Daniel 6:24, a saber: “E ordenou o rei,
e foram trazidos aqueles homens que tinham acusado a Daniel, e foram lançados na
cova dos leões, eles, seus filhos e suas mulheres; e ainda não tinham chegado ao
fundo da cova quando os leões se apoderaram deles, e lhes esmigalharam todos os
ossos.”. Diante disso, vê-se como é triste o fim daqueles que tentam destruir os
filhos de Deus; muitíssimo pior é o castigo final dos falsos acusadores dos filhos de
Deus (Bíblia Shedd: Antigo e Novo Testamentos).
Segundo a escritora cristã Elisabeth Elliot, a aflição nos aproxima de Deus, fazendo-
nos mais fortes, pois o sofrimento tem um propósito de Deus. Em seu livro “O
Sofrimento Nunca É Em Vão”, especificamente, na página 61, a missionária e
escritora Elisabeth Elliot afirma que não estamos à deriva, no caos, mas que
estamos seguros nos braços eternos. Portanto, podemos dizer: “Sim, Senhor, eu o
recebo.”. De acordo com Elisabeth, a faculdade pela qual Deus é compreendido é a
faculdade da fé. E a fé me capacita a dizer: “Sim, Senhor. Eu não entendo o que Tu
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estás fazendo. […] Mas, Deus, Tu estás no comando.”. Eu conheço Aquele que está
no comando do universo. Onde Ele tem o mundo inteiro? Em Suas mãos, e, nelas,
eu estou. Assim, que possamos ter a convicção de que Deus é Aquele que nos
fortalece nos momentos bons e ruins da vida.
2. Vidas que oram em todo o tempo: É maravilhoso saber que Daniel não desistiu
de sua fé, quando enfrentou tenebrosas dificuldades, mas buscou, ainda mais,
aproximar-se de Deus, orando incessantemente. Logo, precisamos ter firmeza
quando estivermos atribulados, quando formos perseguidos, quando formos
injuriados, pois Jesus afirma, em Mateus 5:1-12, que bem-aventurados são aqueles
que sofrem por amor a Cristo, por amor a Sua infalível Palavra da Verdade.
No livro “Mulheres Fiéis e Seu Deus Maravilhoso”, da escritora cristã Noël Piper,
esposa do pastor e escritor John Piper, há no capítulo quatro da referida obra, um
belo testemunho de uma missionária, que se chamava Ahn Ei Sook, uma cristã
norte-coreana, que, assim como Daniel, decidiu não se contaminar com a idolatria
imposta, no caso, pelo Japão, quando este dominava a Coreia. Ahn Ei Sook ou
Esther Ahn Kim foi presa por não se prostrar diante dos relicários de Xinto (imagem
da deusa do sol mais a imagem do imperador japonês). Na prisão, Ahn Ei Sook
pregou para os soldados japoneses e para os seus companheiros de cela, e muitos
deles se converteram ao Cristianismo.
No cárcere, Ahn Ei Sook orava para que Deus ajudasse os cristãos perseguidos e
para que a Palavra de Deus penetrasse nas mentes e nos corações daqueles que
estavam cegos pelo pecado e pela idolatria. Assim, depois de quase seis anos de
aprisionamento, Ahn Ei Sook foi solta, e, no dia de sua libertação da prisão, ela e
outros quatorze irmãos saíram da prisão. No referido dia, o carcereiro gritou para a
multidão que os esperavam do lado de fora: “[…] Estes venceram, sem curvar suas
frontes ao ídolo do Japão. Hoje, eles são campeões da fé!”.
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1. Um homem de oração: Mais uma vez, ressalta-se que o profeta Daniel era um
homem fiel a Deus, pois orava três vezes ao dia (Dn 6:10), isto é, a oração fazia
parte da vida dele. Na atualidade, muitos cristãos passam muito tempo em redes
sociais, em bate-papos na internet, em visualização de vídeos que não edificam.
Lamentavelmente, esse tempo gasto, em excesso, acaba sacrificando o tempo de
oração, de leitura da Bíblia, de bons livros de Teologia. Como cristãos, precisamos
administrar, com sabedoria, o tempo que Deus nos deu, pois a Palavra de Deus diz
que há tempo para todas as coisas debaixo do céu (Eclesiastes 3:1).
Para tanto, apesar da juventude, é preciso aprender a viver uma vida de oração,
pois esta tem muito poder e eficácia, e, conforme está escrito em Tiago 5:16, a
oração do justo pode muito em seus efeitos. Logo, devemos orar constantemente.
Devemos orar para que Deus nos oriente em nossas decisões, em nossa vida diária,
pois o Cristianismo deve perpassar por todas as áreas da vida de um cristão. Afinal,
não se pode separar a vida espiritual da vida secular, pois estão, intrinsecamente,
ligadas.
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2. O estadista que orava: Algo, realmente, belo é ver que Deus fez Daniel chegar a
posições de alto escalão na Corte da Babilônia. Basta ler o que está escrito em
Daniel 2:47-49, a saber: “Respondeu o rei a Daniel, e disse: Certamente o vosso
Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis e revelador de mistérios, pois pudeste
revelar este mistério. Então, o rei engrandeceu a Daniel, e deu-lhe muitas e grandes
dádivas, e o pôs por governador de toda a província de Babilônia, como também o
fez chefe dos governadores sobre todos os sábios de Babilônia. E pediu Daniel, ao
rei, e constituiu ele, sobre os negócios da província de Babilônia, a Sadraque,
Mesaque e Abednego; mas Daniel permaneceu na corte do rei.”. Isso ocorreu em
virtude de Daniel ter interpretado o sonho do rei Nabucodonosor, que muito se
admirou com o Deus de Daniel.
Como cristãos, devemos tomar a vida de Daniel como exemplo, pois ele depositou a
sua confiança no Senhor, entendendo que obedecer a Deus é um princípio divino, e
não uma obrigação. Ademais, Daniel entendeu que a oração não é, meramente,
uma obrigação ou um cumprimento de tabela, mas uma forma maravilhosa e
graciosa de se ter intimidade com o Altíssimo. Afinal, é como disse o apologista
(defensor da fé cristã) C. S. Lewis, em seu livro “Cartas a Malcolm: sobretudo a
respeito da oração”, especificamente, na página 161, a oração não deve ser uma
mera obrigação, mas um verdadeiro deleite.
3. As orações que Deus ouve: Quando lemos o livro de Daniel, vemos que Deus
ouvia e respondia as orações que Daniel fazia, pois ele orava com sinceridade, com
devoção, com fé, com quebrantamento. Assim, Deus ouve as orações que são feitas
pelos humildes, pelos generosos; Deus ouve as orações que o adoram, que o
louvam, verdadeiramente; Deus ouve as orações que são feitas com fé e paciência;
Deus ouve as orações daqueles que o amam; Deus ouve as orações sinceras.
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Logo, como cristãos, é preciso buscarmos, diariamente, viver uma vida de santidade,
por meio de um Cristianismo autêntico, genuíno. Como cristãos, é necessário que
vivamos um Cristianismo que mude a nossa vida, que mude as pessoas que vivem e
que convivem conosco, que mude a sociedade, em que estamos inseridos. Não
devemos, simplesmente, viver uma vida cristã rasa, superficial e sem profundidade,
mas uma vida de convicção em Deus, de fé real e de certeza da salvação.
Como servos de Deus, não podemos servir a dois senhores (Mateus 6:24), mas
apenas a um Senhor, que é o Deus Vivo. Portanto, por mais difícil que seja a
jornada rumo à Cidade Celestial, necessitamos, todos os dias, fazer como Daniel,
que decidiu não se contaminar com as finas iguarias do rei. Se fizermos como
Daniel, seremos vitoriosos em Deus, que nos ama e que nos dirige em todas as
searas de nossa vida.
CONCLUSÃO
Conclui-se que a vida de Daniel, desde a mais tenra idade, foi dedicada ao Senhor
Deus de Israel, pois Daniel sabia que pertencia a Ele, que sua vida era Dele e que a
fidelidade a Deus o conduziria a uma vida de plenitude na presença de Deus. Assim,
o jovem Daniel (chamado de Beltessazar) e seus amigos Hananias, Misael e Azarias
(chamados de Sadraque, de Mesaque e de Abede-Nego, na respectiva ordem)
foram firmes diante das tentações, pois sabiam que tudo aquilo, no Reino de
Babilônia, seria passageiro. Sem dúvidas, estes quatro jovens já vislumbravam obter
a glória futura do galardão celestial.
Ademais, não se pode esquecer que Daniel foi um profeta escatológico, pois Deus
revelou a Daniel a respeito de eventos futuros, isto é, sobre acontecimentos
relacionados ao fim dos tempos, de forma profunda e gloriosa.
Para tanto, desde a infância, desde a adolescência, desde a juventude, é de
extrema relevância ensinar que a oração é primordial na vida daqueles que servem
ao Pai Celestial, pois, de acordo com as Escrituras Sagradas, os homens e as
mulheres, que oravam, tinham vitória em Deus, não sendo desamparados nem
abandonados. Com isso, aprendemos, em consonância com a Palavra de Deus, que
a oração nos sustenta nos momentos bons e difíceis, tornando-nos mais fortes,
fazendo-nos vencedores, por meio de Cristo, sobre o pecado e sobre as lutas.
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Referência Bibliográfica
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LIÇÃO 08
Prof. Saulo
Texto: “Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio
dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da
misericórdia.”. (Habacuque 3:2).
SÍNTESE
OBJETIVOS
INTERAÇÃO
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
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INTRODUÇÃO
I - A INIQUIDADE DE JUDÁ
1. Caos e sofrimento
Habacuque viveu durante um dos períodos mais críticos de Judá. Seu país havia
caído do auge das reformas de Josias para as profundezas do tratamento violento
de seus cidadãos, medidas opressoras contra o necessitado e a ruína do sistema
legal. O mundo localizado ao redor de Judá estava em guerra, com a Babilônia
levantando-se em ascensão sobre a Assíria e o Egito. A ameaça da invasão do
Norte foi adicionada à desordem interna de Judá. Habacuque, provavelmente, tenha
escrito durante o intervalo entre a queda de Nínive, em 612 a.C., e a queda de
Jerusalém, em 586 a.C.
2. Vivendo em tempos de iniquidades
Nos primeiros quatro versículos, Habacuque é oprimido por circunstâncias existentes
ao redor dele. Ele não consegue pensar em nada além da iniquidade e da violência
que ele vê entre seu povo. Embora Habacuque se dirija a Deus, ele crê que Deus se
retirou do cenário da terra: as palavras de Deus foram esquecidas; suas mãos não
se manifestam; Deus não pode ser encontrado em lugar nenhum. Os homens vis
estão na direção. Eles agem como esperado que agissem os homens sem o controle
de Deus.
Até quando? O profeta clama, mas Deus não ouve. Então, questiona o Senhor. Por
que é que Deus nada faz? Trata-se do problema clássico: “A verdade está sempre
no patíbulo. O mal sempre no trono.”. A situação excruciante surge da vasta
discrepância entre fé e fato. Se Deus é justo e soberano, por que o justo sofre
enquanto o ímpio prospera? Esta é a pergunta feita por milhares de pessoas em
todas as épocas. O problema que Habacuque trata em nível nacional é o mesmo
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II - O CASTIGO DE JUDÁ
1. Bênção ou maldição
Uma referência a um dos discursos de Moisés no Pentateuco alinhado ao princípio
da semeadura, aquilo que semearmos também colheremos. Há um tempo
determinado para o juízo sobre nossas atitudes e escolhas.
2. O sofrimento dos justos
O Senhor responde às perguntas do profeta oferecendo levar invasores estrangeiros
para cercar o poder dos israelitas maus. Os caldeus, com seus soldados da
Babilônia, são uma nação amarga, agindo impetuosamente à medida que eles se
movem violentamente através da terra. A solução de Deus para o problema inicial do
profeta somente suscita mais questionamentos. Como Deus pode usar um exército
invasor cruel para resolver um problema interno do seu povo? Os caldeus serão
castigados a seu turno.
3. Pela fé
O Talmude judaico diz: “Moisés entregou 613 mandamentos. Davi reduziu-os a 10;
Isaías, a 2; mas Habacuque a um: “O justo, pela sua fé, viverá.”.”.
Se o centro do evangelho é a mudança e a transformação, o livro de Habacuque
demonstra essa renovação evangélica. No centro da mudança e no centro do livro,
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está este nítido credo da fé: “O justo, pela sua fé, viverá”. Para o profeta, a promessa
é para proteção física em tempo de grande sublevação.
A palavra traduzida por fé é o hebraico emunah, derivado de um verbo que,
originalmente, significa “ser firme”, usado no Antigo Testamento no sentido físico de
firmeza, imobilidade, imperturbabilidade, constância. Portanto, a melhor tradução é
“fidelidade” (cf. NVI). Fé é uma palavra para qual, no sentido ativo do Novo
Testamento, o hebraico não tem equivalente – embora o termo “crer” seja derivado
do mesmo radical que emunah. Emunah é a palavra usada para descrever as mãos
levantadas de Moisés que estavam firmes (Êx.17.12). Sobre o justo, pela sua fé,
viverá, Lehrman comenta: “Os israelitas justos, que permanecem inabalavelmente
leais aos preceitos morais, resistirão, ainda que tenham de sofrer por seus
princípios; ao passo que os ímpios, que desfrutam uma supremacia temporária por
violarem o direito, no fim serão derrotados e humilhados.”.
Para os escritores do Novo Testamento, tais como Paulo e o autor de Hebreus, essa
afirmação de fé confiante se torna uma demonstração do poder do evangelho para
dar a segurança da salvação eterna. Para Martinho Lutero, o tema de Habacuque se
torna o tema da Reforma
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Paga (hebraico) - Vem da raiz de uma palavra que significa "colidir pela
violência". Paga segundo a Concordância de Strong, quer dizer: "colidir, encontrar,
por acidente ou violência, ou (figuradamente) pela importunação. Vir (entre),
suplicar, cair (sobre), fazer intercessão, interceder, pleitear, prostrar, encontrar com
(juntos), suplicar, orar, alcançar, correr". É esta a palavra usada em Is. 55:12; Jr.
7:16; 27:18; 36:25.
O Léxico Hebraico-Caldeu do Velho Testamento, de H.W.F. Gesenius, ressalta
vários significados existentes na raiz da palavra. Destacamos: "Vir sobre ou contra,
quer de propósito ou acidentalmente, quer violenta ou levemente; num bom sentido,
assaltar alguém com petições, orações; instá-lo; encontrar-se com; alcançar alguém;
fazer uma aliança com alguém..."
Interessantes são também as expressões: "colocar-se na brecha", para defender
alguém (Ez. 13:5; 22:30; SI. 106:23) e "erguer um muro em torno de alguém" (Ez.
13:6; 22:30).
Ënteuxis (grego) - (substantivo) De acordo com W. E. Vine, em seu Expository
Dictionary of the New Testament Words, "primariamente denota encontrar-se com;
então, uma conversação; uma petição; é um termo técnico de aproximação de um
rei, bem como para a aproximação de Deus em intercessão; é traduzido para oração
em I Tm. 4:5 e no plural em I Tm. 2:1 (isto é, procurando a presença e ouvindo de
Deus a favor de outros).
Entugchano (grego) - (verbo) Segundo W. E. Vine, "primariamente harmonizar-se
com, encontrar-se com o fim de conversar; então, fazer petição, especialmente
intercessão, pleitear com uma pessoa, tanto a favor quanto contra outros;
(a) contra: At. 25:24; Rm. 11:2;
(b) a favor: Rm. 8:27,34; Hb. 7:25.
Huperentugcha no grego) - Interceder a favor de; fazer intercessão por.
Interceder, segundo o Dicionário de Aurélio, é "pedir, rogar, suplicar (por outrem);
intervir (a favor de alguém ou de algo)"
O Dicionário da Bíblia, de Nelson, declara: "O ato de peticionar a Deus ou orar a
favor de outra pessoa ou grupo."
Habacuque fala em nome do povo. O pano de fundo é a tua palavra, o relatório da
fama de Jeová por ter libertado Israel do Egito (Nm.14.15; Dt.2.25). Não se trata de
mera visão estática e imediata que o profeta recebe, mas tem claras raízes
históricas. Entendemos que a história total do Antigo Testamento é um registro da
heilsgeschichte (história de salvação), que mantém e interpreta os atos poderosos
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CONCUSÃO
Os versículos finais desta profecia ensinam que é possível se levantar acima das
circunstâncias e até mesmo se alegrar nelas, através da visão direcionada para
Deus, que está sobre todas as coisas. Habacuque não nega seus problemas, nem
os trata brandamente, ao invés disso, ele acha Deus capaz no meio dos seus
problemas por meio da intercessão mediante a fé.
Referência Bibliografia
Walsh, J., & Sattes, B. (2011). Thinking through quality questioning. Deepening
student engagement. Thousands Oaks, CA: Corwin.
Ross Price. C. Paul Gray. J. Kenneth Grider. Roy Swin. Comentário Bíblico
Beacon. Vol. 5. Oséias a Malaquias. CPAD.
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Lição 09
SÍNTESE
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
INTERAÇÃO
INTRODUÇÃO
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pessoas se humilhem diante de Deus para obter o perdão, e aqueles que são
orgulhosos (todo aquele que se exalta) serão humilhados por Deus.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
I – A ORAÇÃO DO FARISEU
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c)Era a mesma postura que os rabinos judeus exigiam daqueles que oravam a Deus.
Não levantaria tanto quanto seus olhos ao céu, - Aquele trono do Altíssimo, - como
se mesmo um olhar de seus olhos profanos pudesse contaminar aquele lugar
sagrado. Ele baixou os olhos, como se fosse ler na terra o registro de seu pecado;
ele não se atreveu a olhar para cima. Mas golpeou em seu peito, - Seu coração o
feriu, e ele feriu seu coração.
Será exaltado. Um grande contraste bíblico, Deus faz o homem ser elevado à
honra, como resultado da autohumilhação (Mt 23,12: "aquele que se exalta", etc.; Lc
14,11; Lc18,14, são passagens paralelas); de sublevação e avivamento espiritual
(Tiago 4:10; 1Pe 5: 6: "ele te exaltará"; 1Pe_5: 6: "ele te exaltará"); introduzir as
bênçãos da salvação por meio do evangelho (2Co_11: 7: "fostes exaltados").
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Uma vida alegre dando graças a Deus por tudo. O Espirito Santo nos capacita a
sermos gratos a Deus e levarmos uma vida de gratidão.
3. Sujeição (v.21)
CONCLUSÃO
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
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LIÇÃO 10
Texto do dia: “Mas, quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu
Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensar. ” (Mt.
6.6).
SÍNTESE
Devemos aprender com o Senhor Jesus a orar a Deus por nossas petições.
OBJETIVOS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
INTERAÇÃO
Aula dos Jovens. Estamos vivendo em tempos onde o mundo tem feito tudo para
“tragar” nossos jovens e precisamos constantemente está trazendo algo novo para
motivar a juventude está aprendendo a palavra de Deus. Busque sempre uma aula
interativa onde o jovem perceba que é ouvido, onde possa expressar sua opinião e
tirar suas dúvidas. Do mesmo modo é importante que na aula a mensagem seja
introduzida de forma a chamar a atenção para mensagem, instigando a curiosidade
do Jovem. Além da oração e estudo da palavra de Deus. Fazendo assim essa e
todas as outras aulas serão uma benção.
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ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Fale que a vida do crente é como uma vela e o combustível que deixa a chama
acessa é a oração e sem oração o crente se apaga, abrindo caminho para o mal.
INTRODUÇÃO
Em Lucas 11.1 um discípulo chega para Jesus pede que lhes ensine a orar, Jesus
prontamente começa a ensinar e para tanto se utiliza da oração do Pai-Nosso para
mostrar como se deve fazer uma oração.
Nesta lição aprenderemos com Jesus a orar ao Deus Pai, conforme as instruções de
Jesus, que trouxe uma nova perspectiva de como devemos orar, para tanto trouxe a
luz o Pai-Nosso, nossa oração modelo que nos ensina a maneira correta de oramos
a Deus.
Jesus explica que orar não é apenas um ato de religiosidade, mas uma forma de
estarmos mais perto de Deus, confidenciando a ele nossas necessidades, alegrias,
tristeza, deixando claro que Deus escuta quando você entrar na presença dele em
oração, atende suas necessidades e o conforta quando você não tem a petição
atendida (2Co. 12.9).
1. Onde orar
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O Senhor nos ensinou que o melhor lugar para orar a Deus é no “nosso quarto com
a porta fechada ” (Mt. 6.6), mas onde é o nosso quarto? Lembro de um filme que
assisti que o título era quarto de guerra, onde uma senhora tinha um local reservado
para fazer suas orações, este era seu quarto trancado, Daniel orava a Deus de sua
janela que era virada para Jerusalém (Dn. 6.10), esse era o seu quarto trancado.
Precisamos ter um momento de intimidade com Deus e não podemos fazer isso em
qualquer lugar, para tanto sempre temos um local especial para oramos a Deus.
Pense sobre isso, um lugar especial é aquele que você se sente bem e pode falar
com Deus com liberdade.
2. Quando orar
O ser humano é um ser é muito complicado, pois o senhor através de Paulo nos
ensinou a “orar sem cessar” (I Ts.5.17) ou seja orar com persistência e constância,
sempre buscando a Deus enquanto se pode achar (Is.55.6), no entanto as pessoas
esquecem de buscar a Deus em oração, muitas vezes só o buscam nos momentos
de dificuldades e pior ainda tem aqueles que são tão orgulhosos que quando chega
a dificuldade pensa “não busquei antes não vai me atender agora”.
Isaias diz que “busquem o Senhor enquanto ele pode ser encontrado; invoquem-no
enquanto ele está perto. ” (Is. 55.6), com isso ele quer dizer, não sei o que você fez
até agora, mas ore, pois todo tempo é tempo de falar com Deus, seja para pedir ou
para agradecer.
3. Porque orar
Em Tiago no capitulo 5 a partir do versículo 13 ele começa a discorrer sobre a
oração “Alguém de vocês está sofrendo? Faça oração” (Tg. 5.13) ali Tiago discorre
sobre alguns motivos de oração, nos incentivando a ser bons cristãos.
Jesus diz que “tudo que pedirem em meu nome isso farei” (Jo. 14.13), então o
Senhor deixa claro que devemos orar por tudo que necessitamos.
Normalmente não se orava por pequenas coisas, mas o Senhor nos ensinou que
devemos orar por todas as nossas necessidades, por menor que seja.
Devemos orar por todas as nossas necessidades, bem como para agradecer a Deus
por todas as dádivas que Ele nos concede independentemente do tamanho da
bênção ou problema, se grande ou pequeno devemos orar.
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pede recebe”, mas precisamos sempre nos lembrar que a vontade de Deus é
soberana e deve sobrepor a nossa. Em 2Corintios Paulo diz que orou três vezes por
um “espinho na carne”, porém não era a vontade do Senhor, remover aquele
espinho, então o Senhor respondeu “a minha graça te basta”.
Então sempre que estivermos em oração precisamos dizer que a vontade do Senhor
deve ser feita, mesmo e principalmente se não for igual a nossa.
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Em nossas orações devemos pedir a Deus perdão por nossos pecados, mas
também precisamos estar dispostos a também perdoar.
CONCLUSÃO
Jesus deixou a lição de como devemos orar, nos ensinou que devemos buscar a
Deus, exaltando e adorando seu santo nome, ensinou ainda que precisamos pedir a
Deus por nossas necessidades, desde o pão de cada dia até o livramento do mal.
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Esse modelo de oração nos foi dado para que aprendamos a compartilhar com o
Senhor nossas necessidades, alegrias e tristezas, mas sempre nos lembrando que
temos um Pai no Céu.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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LIÇÃO 11
Texto do dia: “Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram
teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra”. (Jo 17:6)
SÍNTESE
A vida de oração de Jesus é um exemplo para todo crente que deseja cultivar um
relacionamento íntimo com o Pai.
OBJETIVOS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Explicar as razões que levaram Jesus a orar por perseverança, livramento e união.
INTERAÇÃO
Baseado em João 17:8 onde vemos uma interessante relação entre conhecer (
ginosko), que nesse contexto significa “conhecimento com base na experiência
pessoal” e crer ( pisoteio), que nesse caso significa “depositar a confiança em”.
Pergunte aos seus alunos se é possível desenvolvermos uma crença comprometida
com o Senhor sem conhecê-Lo por meio de um relacionamento profundo e diário.
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ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Dívida a turma em três grupos. Peça que os grupos leiam as seguintes referências:
João 17.1-5 / João 17.6-19 / João 17.20-23, depois pergunte: “Por quem Jesus
orou?” Explique que ao orar por si próprio, Jesus estava orando por nós. Ele orou
pelos seus discípulos e por todos crentes. Ele espera que sua igreja siga o seu
exemplo.
INTRODUÇÃO
Estudaremos nessa lição a oração sacerdotal de Jesus. Em João 17, Ele expressa
os sentimentos, pensamentos vontades mais íntimas do Mestre no que diz respeito
aos discípulos. Ele fez uso da oração intercessora pela designação da Sua alta
oração sacerdotal. O estudo deste capítulo é de suma relevância, porquanto não
somente revela o que nosso Senhor espera de sua igreja, mas também evidência a
importância da intercessão de um líder em favor de seus liderados.
I. É chegada a hora
1. Em fervente oração.
Uma vida de comunhão com o Pai requer um íntimo relacionamento com Deus.
(João 17.2,3). Jesus nos seus últimos momentos demonstra em suas palavras
dirigidas ao Pai o seu anseio para que os discípulos aprofundassem o conhecimento
deles referente a Deus. Assim como o profeta Oséias recomenda: “Conheçamos e
prossigamos em conhecer o Senhor” (6.3) só conseguimos nos relacionar
intimamente com alguém a quem conhecemos de modo profundo. É fundamental
que aquele que suplica conheça profundamente a quem Ele dirige suas orações, a
fim de que possa ser atendido. A Bíblia nos revela que Deus é amor, misericórdia,
longanimidade, bondade, fidelidade e justiça. Portanto, o conhecimento de tais
atributos divinos é imprescindível para orarmos a Deus com entendimento e sermos
respondidos em nossas súplicas. Quanto mais conhecemos a Deus, melhor
compreenderemos, aceitaremos e identificaremos a sua vontade. Observamos que a
oração sempre foi uma constante no ministério de Jesus. A oração sacerdotal nos
mostra o cuidado do mestre para com a igreja e o anseio para que conheçam
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2. A mensagem da cruz.
“É chegada a hora” (João 17.1) a hora de Cristo da a sua vida na cruz pela
humanidade garantindo assim o acesso à vida eterna. Esse ato é loucura para o
mundo. A mensagem da cruz é de fato loucura para o mundo porque ela não se
baseia em nenhuma obra, conceito ou mérito humano. A mensagem da cruz é
sabedoria de Deus, mas insensatez para os incrédulos. Esse ato cheio de amor (
João 3.16) ninguém jamais poderá imaginar.
Uma vida que glorifica a Deus ( João 17.4). O homem foi criado para glorificar a
Deus (Isaías 43.7,21; I Co 6.20). Jesus enquanto esteve na terra, viveu para
glorificar a Deus, em todos os seus atos (João 17.4). De igual modo, o crente deve
viver neste mundo para a glória do Senhor. À medida que nos relacionamos
intimamente com o Senhor por meio da oração e da meditação em seus
mandamentos, o seu caráter vai sendo moldado em nós e, por conseguinte,
externamos uma vida que glorifica ao Senhor. Que a igreja de Cristo busque
ardentemente agradá-lo e o glorifica-lo em todo tempo (I Co 10.31)
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Por conhecer o mundo em que viveriam seus discípulos, um mundo que jaz no
maligno, Jesus revela uma preocupação muito grande com eles. Sendo assim, roga
a Deus, como um bom Pai, que livre seus filhos do mal, ou seja, das tentações, dos
perigos e investidas do Diabo. Podemos descansar na proteção divina, uma vez que
estamos refugiados no esconderijo do altíssimo (Salmos 91.1). Contudo, é nosso
dever vigiar e orar, “em todo o tempo “ (Efésios 6.18) a fim de não entrarmos em
tentação (Lucas 22.40).
Jesus em sua oração ressalta a unidade existente entre Ele e o Pai. O Pai, o Filho e
o Espírito Santo são pessoas divinas e distintas, mas são um em essência e vivem
em perfeita unidade. Cristo anseia que seu corpo viva de igual modo, unido. Essa
virtude é conquistada e conservada por meio de um andar em Espírito ( Gl 5.16.26 ).
Temos que vigiar, perante aquilo que falamos e fazemos, pois se somos de Deus
temos que produzir frutos e os benefícios que eles nos oferecem, como por
exemplo, o perdão e a misericórdia, devemos imitar a Deus. “Pelos seus frutos o
conhecereis”. ( Mt 7.20 )
3. A obra continua.
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Assim como Deus enviara o seu amado Filho ao mundo, Jesus enviaria seus
discípulos, a fim de que produzissem frutos permanentes. Aquele que está em
Cristo, a videira verdade, naturalmente produz frutos da mesma espécie (Jo15.5). É
impossível estar ligado ao Senhor e, por conseguinte, desfrutar de comunhão íntima
com Ele e não frutificar (Jo 15.4)
CONCLUSÃO
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
BRANDT, Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. 4. Ed. Rio de
Janeiro, CPAD, 2006.
GEORGE, Jim. Orações Notáveis da Bíblia. I. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.
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Lição 12
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
INTRODUÇÃO
“Por essa razão…” (Ef 3.14) se refere ao versículo anterior “não desanimem” frente
ao mistério revelado anteriormente (judeus e gentios remidos em Cristo formando
um só corpo, o povo de Deus!). Em Efésios 3.1,14, Paulo fala da gloriosa
reconciliação dos gentios com Deus e dos gentios com os judeus, formando uma
única igreja, o corpo de Cristo.
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Mesmo preso, Paulo mostra uma reverência que brota do seu interior ao se colocar
de joelhos diante do Pai, único Pai de toda família nos céus e na terra. Paulo fala da
igreja militante na terra e da igreja triunfante no céu como uma única igreja.
Ele suplica segundo “a riqueza da sua glória” (Ef 3.16). É dever de todo salvo em
Cristo orar! Fomos constituídos “reis e sacerdotes” (Ap 1.6) para oferecermos
sacrifícios espirituais a Deus e orarmos/intercedermos uns pelos outros.
II – O PEDIDO DE PAULO
O apóstolo suplica que sejamos fortalecidos com o poder do Espírito Santo, é uma
capacitação para a vida cristã, um revestimento de poder para testemunhar de
Cristo, para cumprir o propósito de Deus. Em Lucas 4 vemos que Jesus dependia do
Espírito Santo. E por que precisamos desse poder? Simples… Porque somos fracos,
dependemos Dele para tudo, haja vista nossa natureza pecaminosa, porque nosso
inimigo é astucioso e precisamos dos dons do Espírito, e porque precisamos
desesperadamente Dele para termos uma vida vitoriosa.
Paulo pede força espiritual para a obra à qual foram chamados e à qual se
dedicavam. Ser corroborado com poder no homem interior é ser investido com um
alto grau de graça e habilidades espirituais para cumprir o dever, resistir tentações,
suportar perseguições etc. E isso pelo Espírito, cuja força no homem interior é a
melhor e mais desejosa força, força para servir a Deus e testemunhar de Cristo com
vigor e alegria.
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autorização completa de forma a fazer o que quiser, ou seja, é o dono da casa. Isso
significa que devemos entregar todas as chaves da nossa “casa” (vida) a Jesus!
Cristo habitar implica em Ele ter todo o acesso a todas as áreas da nossa vida
(Jo 14.23; Cl 1.27)! E as perguntas que ficam são: “Jesus reina em todas as áreas
da minha vida?” e “Jesus tem prazer habitando em mim?”.
O Seu Espírito em nós reside e nos conduzirá de glória em glória até participarmos
plenamente de Sua natureza, de Sua santidade e de Seus atributos perfeitos (2Co
3.18; Rm 8.29). Esse é o grande tema e alvo do Evangelho! Cristo veio habitar em
nossos corações a fim de sermos o que Ele é, e a fim de que todas as graças
divinas tenham realização em nós! Em certo sentido, portanto, “somos Cristo”, isto é,
estamos sendo feitos naquilo que Ele é – Somos Cristo “em formação”. E assim
participamos em tudo quanto Ele realizou e experimentou, em sua morte, em sua
ressurreição, em sua ascensão e em sua glorificação (Ef 1.19). Cristo se encontra
em nossos corações para que recebamos o que Ele possui, a sua herança (Rm
8.17) e para que participemos de sua glorificação (Rm 8.30).
Então… Para que suplicar por fortalecimento no poder do Espírito e para que Cristo
habite no coração? Qual a finalidade disso? Para AMAR, para nos ensinar a amar!
Não adianta poder sem amor. O amor é a base de tudo! (1Co 13). É o resumo da
Lei e dos Profetas. É o sinal dos discípulos de Jesus (1Jo 4.19).
Paulo usa duas metáforas para expressar a profundidade do amor: uma procedente
da botânica e outra, da arquitetura. Devemos estar tão firmes como uma árvore e
tão sólidos como um edifício. Uma árvore precisa ter suas raízes profundas no solo
se ela quiser encontrar provisão e estabilidade. Se o edifício não cresce com solidez
para baixo, ele não pode crescer com segurança para cima. As tempestades da vida
provam se as nossas raízes e a fundação da nossa vida são profundas (Mt 7.24-27).
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(Jó 11.8,9). Devemos desejar compreender cada vez mais desse amor. Esse amor
de Cristo excede todo entendimento, como podemos conhecê-lo? Devemos orar e
nos esforçar em conhecer cada vez mais, embora, depois do melhor esforço,
ninguém realmente possa compreender plenamente esse amor: na sua extensão
plena ele excede todo o entendimento.
“… com todos os santos” (Ef 3.18) é uma expressão que enfatiza a importância
primária da “edificação mútua” (nada de desigrejados!), pois a falta de crescimento
no corpo inteiro entrava o avanço de cada um de seus membros.
Deus é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que
pedimos ou pensamos. Existe uma plenitude inesgotável de graça e misericórdia
em Deus que as orações de todos os santos nunca podem esgotar. O apóstolo tinha
consciência da extrema ousadia da oração que acabara de proferir. Mas ele
protestou que, ao invés de haver ultrapassado os propósitos de Deus, ficava ainda
aquém dos mesmos! Nem a estreiteza de nossos conhecimentos e nem a
debilidade de nossas orações poderão limitar as riquezas dos dons divinos.
Certamente, isso é motivo de louvores!
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“… a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus” (Ef 3.21) aqui vemos a glória
“na igreja”, a igreja de Cristo é o principal instrumento de louvor e de glória nas mãos
do Senhor Deus, e isso porque os remidos, de conformidade com a mensagem do
“mistério da igreja”, compartilham da “plenitude de Deus”, sendo eles a “plenitude
de Cristo” (Ef 1.23). O que acontece com o corpo, necessariamente acontece com a
cabeça, pois a identificação entre eles é total e absoluta! Essa associação é
eterna de tal modo que a glorificação de um é a glorificação do outro!
A base dos louvores de Deus está na igreja. Cada membro em particular, judeu ou
gentio, coopera nessa obra de louvor a Deus. O Mediador desses louvores é Jesus
Cristo. Todos os dons de Deus vêm Dele por meio da mão de Cristo; e todos os
nossos louvores passam de nós para Deus por meio da mesma mão. E Deus deve
ser louvado e será louvado dessa forma “… em todas as gerações, para todo o
sempre”. Porque Ele sempre terá uma igreja que o louvará e sempre terá Seu
tributo de louvor da sua igreja. “Amém”. Que assim seja, e assim certamente será.
CONCLUSÃO
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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LIÇÃO 13
SÍNTESE
Paulo a orar para se ver livre do seu espinho, recebe de Deus uma resposta
diferente, porém mais excelsa do que imaginava.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
INTERAÇÃO
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
INTRODUÇÃO
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Paulo aceitou a aflição mandada pelo céu com a mesma humildade com que
recebera a visão do Senhor. Nas suas palavras: “Para que não me ensoberbecesse
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A palavra traduzida por “espinho” vem do termo grego skolops, significando “uma
estaca aguçada”. Paulo escreveu, então, especificamente: “Foi-me posta uma
estaca na carne”.
O que seria, então, esse espinho? As sugestões são muitas. Alguns dizem que era
uma série de tentações espirituais. Outros apontam para as tentações carnais.
Outros ainda sugerem oposição e perseguição impiedosas. Deformidade física.
Epilepsia. Enxaquecas. Problemas visuais crônicos. Corcunda. Surtos de malária e a
dor de cabeça latejante que a acompanha. A verdade é que não sabemos.
Como é útil para nós ver tudo isso como o plano de Deus para manter-nos humildes.
É algo que não pode ser ensinado nas faculdades nem em seminários bíblicos.
Essas lições são aprendidas nas duras realidades da vida. Que homens e mulheres
de oração nos tornaríamos! Com que frequência nos voltaríamos para ele! Quão
plenamente nos apoiaríamos nele. E que discernimento teríamos! Foi exatamente
isso que aconteceu quando Paulo passou a voltar-se cada vez mais para o Senhor.
Deus deu uma resposta que ele não esperava.
Qual foi essa resposta? Deus respondeu: “Não”, mas ofereceu algo muito melhor do
que alívio. Graça suficiente. “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa
na fraqueza” (2 Co 12.9). Foi assim que esse homem de graça e coragem obteve
sua notável perspectiva sobre a fraqueza humana. Suponho que chamaríamos isso
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Quando Deus permite o sofrimento em nossa vida, há várias maneiras de lidar com
ele. Alguns ficam amargurados e colocam a culpa em Deus por privá-los de sua
liberdade e prazer. Outros simplesmente “desistem” e não recebem bênção alguma
por meio dessa experiência, pois não a enfrentam com coragem. Outros rangem os
dentes, colocam uma máscara de valentia, determinados a “suportar até o fim”.
Apesar de ser uma reação corajosa, normalmente ela esgota todas as forças
necessárias para a vida diária, e, depois de um tempo, não é raro ocorrer um
colapso.
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Paulo apropriou-se da promessa de Deus e se valeu da graça que lhe foi oferecida;
esse passo transformou em triunfo o que, antes, havia parecido uma tragédia. Deus
não mudou a situação removendo a aflição; mudou-a acrescentando um ingrediente
novo: a graça. Nosso Deus é “o Deus de toda graça” (1 Pe 5:10) e está assentado
no “trono da graça” (Hb 4:16). A Palavra de Deus é a “palavra da sua graça” (At
20:32) e, de acordo com sua promessa, ele “dá maior graça” (Tg 4:6). Sob qualquer
ponto de vista, a graça de Deus é suficiente para todas as nossas necessidades.
No entanto, Deus não nos concede sua graça simplesmente para que possamos
“suportar” os sofrimentos. Até mesmo os não convertidos podem demonstrar enorme
capacidade de suportar a dor. A graça de Deus deve permitir que nos elevemos
acima de todas as circunstâncias e sentimentos e fazer com que nossas aflições
trabalhem em nosso favor, para nosso bem. Deus deseja construir nosso caráter de
modo a nos tornar mais semelhantes ao nosso Salvador.
Que benefícios Paulo colheu desse sofrimento? Em primeiro lugar, experimentou o
poder de Cristo em sua vida. Deus transformou a fraqueza de Paulo em força. O
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termo traduzido por repousar significa “abrir uma tenda sobre algo”. Paulo
considerava seu corpo uma tenda frágil (2 Co 5:1 ss), mas a glória de Deus havia
entrado nessa tenda e a transformara num santo tabernáculo.
Além disso, o apóstolo foi capaz de se gloriar em suas enfermidades. Isso não
significa que preferia a dor à saúde, mas que aprendeu a se beneficiar das
enfermidades. O que determinou essa diferença? Ele "[sentiu] prazer nas fraquezas"
e problemas, não porque era emocionalmente desequilibrado e gostava da dor, mas
porque sofria por amor a Jesus Cristo. Glorificava a Deus com seu modo de aceitar e
de lidar com as experiências difíceis da vida.
Tudo depende da expressão: “por amor de Cristo”; acerca da qual Tasker comenta:
“Só mesmo um fanático mórbido pode sentir prazer no sofrimento que inflige a si
mesmo; só mesmo um tolo insensível pode sentir prazer nos sofrimentos
decorrentes de sua própria tolice; e só mesmo um cristão convicto pode sentir prazer
no sofrimento suportado por amor de Cristo, pois só esse cristão foi iniciado no
segredo divino, o de que somente quando ele é fraco…. é que ele é forte”. Os
visionários superespirituais que afligiam a igreja nada sabiam desse cristianismo. A
reação de Paulo, o seu gloriar-se nas fraquezas, praticamente não fazia sentido para
eles, mas homens e mulheres que conhecem e amam a Jesus discernirão
prontamente por que Paulo chega a essas conclusões revolucionárias, pois
começaram a compreender o que significa servir e sofrer “por amor de Cristo” (2 Co
12.10). E, à medida que servem, podem confiar na perfeita combinação de
soberania e graça que há em Cristo, a qual os capacita a cantarem:
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Madame Guyon, a grande mística francesa, escreveu certa vez a uma amiga aflita:
“Ah! se você soubesse do poder inerente à agonia que é aceita!” Paulo conhecia
esse poder, pois confiava na vontade de Deus e dependia da graça de Deus, e esse
mesmo poder nos é oferecido hoje
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Baxter, J. Sidlow, Examinais as Escrituras, São Paulo, Vida Nova, vol. 5. 356 p.
Bruce, F. F., Merece Confiança o Novo Testamento, São Paulo, Vida Nova, 155 p.
Champlin, R. N. Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. São Paulo,
Editora Condeia, Vol. 1 e 2
Pfeiffer, Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro : CPAD, 2007.
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