Você está na página 1de 10

Dólar Euro

buscar Sexta, 03 de Junho de 2022 R$ 4,80 R$ 5,14

ÚLTIMAS LITORAL VALE DO RIBEIRA BRASIL MUNDO ESPORTE POLÍTICA VARIEDADES ARTIGO DO DIA TV BS9 ESTADO

RETROSPECTO NOS CLÁSSICOS

Um orgulho que nem todos podem ter: A


trajetória do Santos nos clássicos
paulistas do século XXI
Confira os detalhes dos jogos do Peixe contra os rivais paulistas

Por Matheus Rodrigues - Redação BS9 02/05/2022 - segunda às 12h30


Mais Lidas

CRIAÇÃO DE CEI

1 Comissão Especial de Inquérito é


criada na Câmara de Cubatão

ATENDIMENTO À DISTÂNCIA

2 Ministério da Saúde libera R$ 14


milhões para digitalização de UBS's

SÃO PAULO

3 Capital paulista tem madrugada


mais fria do ano

DIA DE DEFINIÇÃO

4 Julgamento do Maníaco da Peruca


segue em Santos

VÍNCULO ATÉ 2026


Em 2002, Robinho e companhia tiraram o time da Vila Belmiro de uma fila de 18
anos sem um título de expressão nacional - (foto: Santos FC) 5 Santos e Lucas Pires estão perto
de uma renovação contratual

O futebol é um esporte contagiante, que encanta e atrai


milhões de pessoas, muitas delas sentem amor verdadeiro
pelo clube escolhido como se fosse uma parte de si, uma
espécie de representação. Esse sentimento inflama ainda
mais quando se trata de clássico, um confronto direto com o
seu ou os seus maiores rivais. Já dizia a expressão popular:
"Clássico não se joga, se ganha". São jogos onde o orgulho
está à flor da pele, atletas e torcedores sentem a pressão
bombear o peito e a raça se torna fator crucial para
estratégia e a tática.
2
Entre em nosso grupo
Um embate contra os seus adversários regionais ou
estaduais afeta o andamento e o planejamento interno de
um clube na temporada, define se técnico e jogadores serão
heróis ou vilões em uma balança extrema de céu ou inferno.
O resultado dentro de campo pode alterar completamente
(alcançando até âmbitos políticos) uma equipe fora dos
gramados, além de determinar se a semana posterior à
partida terá um clima agradável ou conturbado.

O Santos, fundado em 1912, é conhecido no mundo todo por


causa do seu DNA ofensivo, pela coroa, as pedaladas e a
ousadia e alegria dos seus Meninos da Vila. Entre os times
considerados grandes de São Paulo, é o único que não tem
sua origem na capital, mesmo assim, já conquistou o estado,
o país, o continente e o mundo mais de uma vez. É um
"intruso" que bate de frente com Palmeiras, Corinthians e São
Paulo, e consegue se impor, principalmente atuando dentro
do Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro), onde leva extrema
vantagem sobre todos.

Durante os quase 110 anos história, o Santos tem um


aproveitamento menor do que seus adversários diretos em
clássicos, visto que, ao todo foram disputados 991 jogos
contra os rivais da capital, com 320 vitórias, 259 empates e
412 derrotas. Sua fortaleza sempre foi atuar diante seus
torcedores, a Vila Belmiro se transforma em um aliado fiel
para as vitórias do clube praiano, uma vez que, tem números
bem mais expressivos ao lado do 12º jogador.

No entanto, no século XXI o Peixe é superior ao Timão e ao


Tricolor Paulista. O algoz do santista segue sendo o Verdão,
que deixou a equipe da Vila Belmiro como vice-campeão em
três oportunidades nos últimos sete anos (na Copa do Brasil, 2
Entre em nosso grupo
Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores). De 2001 para
cá, o Peixe saiu dos clássicos mais vitorioso do que
derrotado e teve 48,3% de aproveitamento. Foram 87 triunfos
contra 77 derrotas, além dos 52 empates.

Retrospecto do Santos contra o São Paulo


O primeiro embate entre as equipes, popularmente chamado
de San-São ocorreu no dia 11 de maio de 1930, terminando
com o resultado igualado em 2 a 2. Desde então, o São Paulo
obteve mais vitórias no confronto, sendo 136 vitórias contra
106 do Santos, além de outros 74 empates.

Porém, neste século, a dinastia até o momento é totalmente


do Peixe, afinal, foram 33 vitórias 14 empates e 25 derrotas
(52,3% de aproveitamento). Contudo, a marca mais
impressionante está relacionada aos confrontos
eliminatórios, onde o Santos eliminou o Tricolor Paulista em
todas as sete partidas mata a mata que se enfrentaram
desde 2001.

Em 2002, quando o Brasileirão ainda não estava no formato 2


Entre em nosso grupo
de pontos corridos, Robinho e Diego, para surpresa de
muitos, derrotaram o São Paulo nas quartas de final. Em
2004, o mesmo aconteceu na Copa Sulamericana, assim
como no Paulistão em três anos seguidos (2010, 2011 e
2012) e por fim, a semifinal da Copa do Brasil de 2015.

Tantas decepções refletiram no torcedor são paulino,


Vinícius Lima, que comentou sobre sua memória mais
marcante no clássico: “Não é a melhor lembrança do mundo,
mas foi uma vitória do Santos por 2 a 1. Quando o Neymar
fez a paradinha em cima do Rogério Ceni. Foi a época das
dancinhas do Neymar, só se falava do Santos em todo jornal
esportivo. Ganhar do Santos seria a mesma coisa que
ganhar um campeonato e defender a soberania tricolor. O
que não aconteceu, né? Acabou com o ídolo do time
chorando para o juiz”.

Na ocasião, a reclamação do capitão do São Paulo gerou


resultados. Naquela mesma temporada, a artimanha da
paradinha no momento da cobrança do pênalti foi proibida
no mundo da bola.
Retrospecto do Santos contra o Corinthians
Assim como contra o São Paulo, o primeiro jogo entre
santistas e corintianos terminou empatado, desta vez em 3 a
3, no dia 10 de outubro de 1917. A partir daí, a rivalidade se
estreitou, proporcionando aos espectadores, grandes
batalhas, tabus, encontro de gerações e disputas diretas por
troféus. Na íntegra, o clássico contém 134 vitórias do
Corinthians, 109 triunfos do Santos e 97 empates.

2
Entre em nosso grupo
Contudo, houve uma virada de chave no século XXI, afinal, o
Peixe saiu vencedor de 31 confrontos, perdeu 24, além dos
21 jogos igualados (50% de aproveitamento). As histórias
dessas partidas foram intensas, sendo quatro grandes finais
disputas nos últimos 20 anos.

"Teve um jogo que me marcou muito, do Santos contra o


Corinthians, foi a final de 2002 do Brasileirão. Eu tinha uns 10
anos na época e é estranho porque, de cabeça, mesmo
sendo corintiano, eu não consigo dizer quem do Corinthians
estava jogando naquela partida, mas consigo lembrar
nitidamente do Robinho e o Diego em campo. Até hoje não
consigo esquecer uma música que a torcida santista cantava
sem parar naquele dia e por semanas e semanas: "Diego
toca a bola, Robinho deita e rola, e só dá Santos!". Foi um dia
ruim para ser corintiano, mas uma lembrança muito especial
da minha infância", disse o advogado e garçom, Marcus
Santana.
2
Entre em nosso grupo

Esta partida ocorreu em 2002, a decisão do Campeonato


Brasileiro ficou marcada na história dos santistas, que
relembram com muito carinho até os dias atuais as oito
pedaladas de Robinho sobre o zagueiro Rogério, as defesas
espetaculares de Fábio Costa e o golaço que decretou o
título, marcado pelo lateral esquerdo que se consagraria ídolo
do clube, Léo.

Após vencer o primeiro jogo por 2 a 0, com gols de Renato e


Alberto, o Santos estava a um passo de conseguir conquistar
um título de expressão nacional após 18 anos de seca. De
um lado, uma equipe com jogadores de renome como Doni,
Fábio Luciano, Kléber, Vampeta, Deivid e Guilherme,
comandados pelo técnico Carlos Alberto Parreira, do outro,
um time desacreditado no início da competição, treinados
por Emerson Leão, que apostou todas suas fichas na
juventude dos garotos das categorias de base: Robinho,
Diego, Elano, Renato e Alex.

Empurrados por mais de 74 mil torcedores, o Timão


pressionou desde o primeiro minuto, todavia, o arqueiro do
Peixe segurou a o zero no placar e de sobra viu Robinho
bailar, flutuar e pedalar oito vezes antes de ser derrubado
dentro da área. O árbitro Carlos Eugênio Simon assinalou
pênalti e o próprio garoto de 18 anos assumiu a
responsabilidade e converteu a cobrança.

No intervalo, o placar marcava 1 a 0 (3 a 0 no agregado) e a


certeza de que o Alvinegro Praiano iria levantar o caneco
aumentava, mas o Timão reagiu de forma rápida e virou a
partida com Anderson Cléber e Deivid (devido a melhor
campanha, um empate no resultado conjunto daria o
campeonato time de preto e branco). A aflição se tornou
absurda, será que os meninos, os inexperientes irão
conseguir manter o resultado? Sim. Robinho fez o que sabia
fazer de melhor, bagunçou a defesa adversária com a sua
principal característica, o drible veloz, e serviu Elano para
empatar a partida. No último lance do jogo, com Robinho no
comando de ataque novamente, Léo conseguiu achar um
espaço na entrada da área e soltou uma bomba para
estourar a torcida santista em festa.

"Foi uma sensação maravilhosa. Fui campeão da


Libertadores, mas o título de 2002 foi muito especial, por
tudo o que representou para o clube que iniciou aquele Entre em nosso grupo
2

campeonato como candidato ao rebaixamento. Foi, de longe,


o gol mais importante da minha carreira", revelou Léo, autor
do gol que decretou o Campeonato Brasileiro de 2002.

"Ser campeão já seria motivo de grande festa, mas em cima


do Corinthians, ganhando as duas partidas da decisão. Um
sonho! Esse fato com certeza tornou aquela conquista ainda
mais especial" complementou.

As outras decisões citadas anteriormente foram todas pelo


Campeonato Paulista. Em 2009, o Timão e os 107kg de
Ronaldo esmagaram o Peixe, com direito a um gol
fenomenal na Vila Belmiro. Além disso, os torcedores
brasileiros acompanharam o encontro de gerações entre
Ronaldo e Neymar, os símbolos mais atuais de sucesso da
Seleção Brasileira.

Tempos depois, o Santos deu o troco e marcou a memória


do cantor Leonidas: “O jogo mais marcante para mim foi a
atuação de gala do Peixe, e do Neymar em especial, na final
do Campeonato Paulista de 2011 entre Santos e Corinthians.
Até porque no ano seguinte, não vencemos eles na
Libertadores (quando o Corinthians avançou para a final da
competição continental e se sagrou pela primeira vez em sua
história, sobre o Boca Juniors, campeão da América)”.

A última decisão entre as equipes ocorreu em 2013, com a


Vila Belmiro em clima de despedida, pois, Neymar, já estava
com negociações avançadas para ir rumo ao Barcelona. O
até logo, como prometido pelo craque, poderia ter sido um
feito histórico, afinal, nenhum clube paulista conseguiu a
façanha de conquistar o torneio estadual por quatro anos
consecutivos. O tabu se manteve e o Corinthians chegou, na
época, ao seu 27º estadual.

Retrospecto do Santos contra o Palmeiras


O clássico contra o Palmeiras não costuma ter, em sua
maioria, um final feliz para o Santos. A Academia, desde o
princípio, castigava o Peixe com derrotas amargas e era o
único clube, com a maestria de Ademir de Guia, que
enfrentou de igual para igual o Santos de Pelé. A história do
duelo até o momento consta 142 vitórias alviverdes contra
105 vitórias alvinegras, sendo assim, o clássico que o Peixe
menos venceu e de quebra o que mais perdeu (sem esquecer
dos 87 empates).
2
Entre em nosso grupo
A situação segue favorável para o Palmeiras neste século,
com 23 vitórias santistas, 28 vitórias para os palmeirenses e
17 empates. Além do mais, o Palmeiras venceu a Copa do
Brasil 2015 e a Libertadores 2020 em confronto direto com o
Peixe, além de ter o time do litoral como seu vice no
Campeonato Brasileiro de 2016.

Até mesmo o Léo admite uma falta de momentos bons para


o Peixe: “Confesso que contra o Palmeiras não tenho grandes
lembranças”.

Com isso, Daniel Silva vários momentos marcantes sobre o


clássico para escolher a seu favor e motivos de sobra para
sorrir. A sua história mágica como torcedor se faz devido ao
surgimento de um ídolo na Sociedade Esportiva Palmeiras.

“Sem pensar duas vezes eu diria a Copa do Brasil de 2015.


Claro que a Libertadores é um título maior, mas aquela
2
conquista tem toda uma aura mágica. É o ponto de virada do Entre em nosso grupo

Palmeiras atual, o momento que o torcedor pode falar "ok,


acho que finalmente temos um time". Até existia um pouco
de ressentimento pelo Paulistão (conquistado pelo Santos
sobre o Palmeiras no mesmo ano), não vou mentir, mas era
mais que isso que estava em jogo: uma série B recente,
provocações entre as torcidas e os jogadores (só lembrar a
tatuagem do Lucas Lima ou os desentendimentos entre o
Ricardo Oliveira e o Fernando Prass). Por falar no arqueiro,
também considero aquele jogo a consolidação de um ídolo.
Particularmente é o meu jogador favorito da história recente
do Palmeiras”.

Na Vila, quem dá a bola é o Santos!


O estádio Urbano Caldeira é temido pelos adversários por ser
um Alçapão. É ali, na Vila Belmiro, que o Santos joga com a
sua identidade e honra contra qualquer um adversário,
principalmente os paulistas, no qual leva vantagem atuando
em casa.

Contra o São Paulo, o Peixe disputou 32 partidas,


conquistando 17 vitórias, 9 empates e apenas 6 derrotas,
alcançando um aproveitamento de 62,5% de aproveitamento.

Frente ao Corinthians, as estatísticas melhoram ainda mais,


visto que, em 33 partidas os santistas saíram sorrindo em 20
oportunidades, contra 6 empates e 7 derrotas
(aproveitamento de 66,6%).

2
Entre em nosso grupo
Enfrentando o Palmeiras, o Santos, que costuma ter
dificuldades contra este rival, mantém a similaridade efetiva,
assim como contra os outros grandes de São Paulo. Desde
2001 o Alvinegro Praiano comemorou 16 vitórias, tendo
também 7 empates e 7 derrotas (gerando um
aproveitamento do 61,1%).

Deixe a sua opinião

Leia Mais

2
Entre em nosso grupo

Você também pode gostar