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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS – UEMG

UNIDADE ACADÊMICA DE PASSOS


CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

FREDERICO GONZAGA BORGES


ANDRÉ LUIS CIPRIANO RIBEIRO

ANÁLISE DOS INDICADORES ECONÔMICOS E FINANCEIROS DOS CLUBES


DE FUTEBOL MINEIRO: UM ESTUDO DE CASO SOBRE ATLÉTICO MINEIRO E
CRUZEIRO, O QUE PODE INFLUENCIAR DENTRO E FORA DE CAMPO?

Passos
2022
FREDERICO GONZAGA BORGES
ANDRÉ LUIS CIPRIANO RIBEIRO

ANÁLISE DOS INDICADORES ECONÔMICOS E FINANCEIROS DOS CLUBES


DE FUTEBOL MINEIRO: UM ESTUDO DE CASO SOBRE ATLÉTICO MINEIRO E
CRUZEIRO, O QUE PODE INFLUENCIAR DENTRO E FORA DE CAMPO?

Projeto de pesquisa apresentado como


requisito para aprovação na disciplina de
Trabalho de Conclusão de Curso I, do
curso de Ciências Contábeis da
Universidade do Estado de Minas Gerais
– UEMG, Unidade Passos.

Orientador(a): Sandra Antônia Franklin


Brasileiro

Passos
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4

2 REVISÃO DE LITERATURA 4

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 4

4 CRONOGRAMA 4

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 5

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 5

REFERÊNCIAS 5
1 INTRODUÇÃO

A Norma Brasileira de Contabilidade NBC TG 26 (R5) – Apresentação das


Demonstrações Contábeis, traz como objetivo “definir a base para a apresentação
das demonstrações contábeis, para assegurar a comparabilidade tanto com as
demonstrações contábeis de períodos anteriores da mesma entidade quanto com as
demonstrações contábeis de outras entidades.”
Diante disso, a divulgação das demonstrações contábeis dos clubes de
futebol se torna importante no cenário econômico e assim, aumenta a necessidade
de uma melhor divulgação das informações contábeis, contribuindo com a
transparência dos dados aos usuários destas informações.
Iudícibus (2000) destaca que o objetivo principal da contabilidade, de prover
informações úteis aos seus usuários, é atingido mediante a divulgação das
demonstrações contábeis aos usuários externos.
Assim, o presente trabalho tem como o processo de análise das
demonstrações contábeis como estudo de caso os clubes de futebol de Minas
Gerais, em especial Cruzeiro e Atlético Mineiro.
Mesmo os clubes de futebol serem caracterizados como associação sem
fins lucrativos, a Lei nº 9.615/1998 (Lei Pelé) e sua alteração Lei nº 10.672/2003,
impôs a necessidade de os clubes apresentarem e divulgarem as suas
demonstrações contábeis conforme a Lei nº 6.404/1976 – Lei das Sociedades
Anônimas, pois, através das demonstrações contábeis é possível avaliar a
capacidade de liquidez, estrutura de capital, nível de endividamento.
Diante do exposto, levanta-se o seguinte problema: quais os impactos dentro
e fora de campo nas demonstrações contábeis dos clubes de futebol mineiros
Cruzeiro e Atlético?

1.1 Objetivos

Diante disso, o objetivo geral deste estudo é analisar o desempenho


econômico e financeiro dos clubes de futebol mineiro, Cruzeiro e Atlético Mineiro,
utilizar das técnicas da Análise Financeira de Balanços, bem como verificar se
algumas variáveis, como rebaixamento e construção de arenas, interferem nos
indicadores e nas receitas.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Cruzeiro Futebol Clube

O Cruzeiro Esporte Clube nasceu através do esforço de desportistas da


comunidade italiana em Belo Horizonte, com o nome de Societá Sportiva Palestra
Itália, em 2 de janeiro de 1921. Após mais de 91 anos de história, o Clube se
transformou em uma das maiores agremiações de futebol do mundo.
Dos anos iniciais, datam os primeiros ídolos e conquistas do Palestra, como o
tricampeonato estadual de 1928, 1929 e 1930, com uma equipe que contava com os
lendários Ninão, Nininho, Bengala e Piorra.

Em 1942, com a entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial, um decreto de lei do


governo federal proibiu o uso de termos que remetem à Itália em entidades,
instituições e estabelecimentos no Brasil. Com isso, o Clube precisou ser
renomeado e o nome escolhido foi Cruzeiro Esporte Clube, em homenagem ao
símbolo maior da pátria brasileira.  Assim como o nome, o uniforme também sofreu
mudanças. Antes verde e vermelho, em homenagem à bandeira italiana, o Clube
adotou o azul e branco, inspirado pela seleção da Itália.

Nas décadas seguintes, o que se viu foi o crescimento de um gigante,


especialmente após a inauguração do Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, onde o
Cruzeiro conquistou os principais títulos da história do futebol de Minas Gerais. Com
craques como Tostão, Piazza, Dirceu Lopes, Raul, Zé Carlos, Palhinha, Joãozinho,
o fenômeno Ronaldo, Sorín, Alex, Fábio e tantos outros, o time passou a ser um dos
clubes brasileiros com maior número de conquistas internacionais.

São dois títulos da Copa Libertadores (1976 e 1997), dois da Supercopa


(1991 e 1992), um da Recopa (1999), um da Copa Ouro (1995) e um da Copa
Master (1995). No âmbito nacional, o time azul foi quatro vezes campeão brasileiro
(1966, 2003, 2013 e 2014) e, em cinco outras ocasiões, conquistou a Copa do Brasil
(1993, 1996, 2000, 2003 e 2017).
Além dos títulos, o Cruzeiro é reconhecido mundialmente pela sua excelente
estrutura e como um dos principais reveladores de talentos para o futebol, como
aconteceu em relação a Ronaldo, Maicon, Gomes, Luisão, Wendell, Jussiê, Beletti e
muitos outros.
Em setembro de 2009, a Federação Internacional de História e Estatística do
Futebol (IFFHS), entidade alemã reconhecida pela FIFA, apontou o Cruzeiro como o
Melhor Clube Brasileiro do Século XX. O instituto levou em consideração a
performance dos clubes do mundo em competições organizadas pelas federações
continentais e só confirmou o que já sabiam todos aqueles que acompanham de
perto a bela trajetória do time cinco estrelas.

A partir de meados da década de 1940, após os títulos de 1943, 1944 e 1945,


o Cruzeiro entrou numa grave crise financeira, mergulhado num mar de lama. O
difícil para esses jovens era como atuar muito perto da direção do clube. A solução
encontrada, que parecia poder ajudar o Cruzeiro a sair do fundo do poço, era a
prática de esportes especializados.

Em 1955 o Conselho levou a pauta da assembleia geral a retirada do clube do


futebol e a extinção do esporte no clube, estando registrado no edital de
convocação.

Mas, apesar do fortalecimento de outros esportes, é claro que o futebol do


Cruzeiro continuou na ativa, participando dos campeonatos estaduais, porém sem
grandes conquistas. O destaque do time dessa vez não estava no ataque, mas no
gol: era o experiente goleiro Geraldo II.

No atual momento, o Cruzeiro vive um de seus piores momentos da história,


com crise financeira grave, problemas relacionados a salários atrasados, elevado
número de processos na Justiça, dentre outros. E esse momento turbulento fora de
campo se reflete no gramado, nos bastidores do futebol e nas sedes sociais do
clube, e até na arquibancada, provocando um dos maiores rachas já vistos na
agremiação estrelada.
2.2 Atlético Futebol Clube

O Clube Atlético Mineiro é um time de futebol fundado no dia 25 de março de


1908, em Belo Horizonte, por um grupo de estudantes reunidos em um coreto no
centro da cidade, que logo ficou conhecido como o “time do povo”, levando a uma
grande identificação com o público, e assim início a trajetória de um dos grandes
clubes do futebol brasileiro.

Foi fundado em 25 de março de 1908 por um grupo de estudantes, tem como


suas cores tradicionais o preto e o branco. Contudo, o clube teve como primeiro
nome Athlético Mineiro Football Club. Seu símbolo e alcunha mais popular é o Galo,
mascote oficial no final da década de 1930.

Embora tenha atuado em outras modalidades esportivas ao longo dos anos,


seu reconhecimento e suas principais conquistas foram alcançados no futebol. O
clube é o maior campeão do Campeonato Mineiro com 46 troféus, além de ser o
maior vencedor do Clássico Mineiro, com uma grande vantagem contra seu rival, o
Cruzeiro. A nível nacional, foi campeão brasileiro uma vez, em 1971, e conquistou
outros três títulos nacionais oficiais: a Copa dos Campeões (FBF) em 1937, a Copa
dos Campeões (CBD) em 1978, e a Copa do Brasil, em 2014. Na esfera
internacional, possui quatro títulos oficiais: uma Copa Libertadores da América, duas
Copas Conmebol e uma Recopa Sul-Americana. Em 2014 o Atlético foi eleito o
melhor time da América do Sul, e o 6º melhor do mundo, conforme o ranking
elaborado pela IFFHS. No ano de 2017 o Atlético novamente apareceu no ranking
da IFFHS, agora como melhor time da América do Sul e 13º do mundo. Em 2021, a
IFFHS elaborou o ranking de clubes da América do Sul, com dados estatísticos de
2011 a 2020, no qual o Atlético se destacou como o 9º melhor clube da América do
Sul na década. Um outro grande feito do Atlético é o de ser, junto ao Dublin-URU,
Santa Cruz, Arsenal-ING, e do Flamengo, um dos 5 únicos clubes do mundo que já
venceram a Seleção Brasileira de Futebol.

De modalidades esportivas importantes ao longo da história atleticana,


destacam-se o voleibol, onde o clube é ainda hoje o segundo maior campeão
estadual (apenas atrás do Minas Tênis Clube). O atletismo rendeu ao clube três
conquistas na Corrida Internacional de São Silvestre, conquistados por João da
Mata (1983) e Robert Cheruiyot (2007) no masculino, e Alice Timbilili (2007) no
feminino.[ No futsal, o Atlético Pax de Minas, através de craques como Manoel
Tobias e Falcão, dominou o Brasil e o mundo, conquistando títulos como a Taça
Brasil em 1985, a Liga Futsal em 1997 e 1999, e a Copa Intercontinental em 1998.

2.3 Demonstrações Contábeis

As demonstrações contábeis são relevantes nas empresas pois entregam


valiosas informações a qual auxilia na movimentação contábil, no entanto para que
refletir a realidade.

O IBRACON ( NPC 27) define que “o objetivo das demonstrações contábeis


de uso geral é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o
resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla
variedade de usuários na tomada de decisões.

Quando a empresa adota as demonstrações contábeis como parte de seu


controle gerencial, ela passa a ter visibilidade mensal sobre a performance e a
rentabilidade do seu negócio.

Com base nas demonstrações contábeis é possível saber: como o patrimônio


da empresa é formado; onde os recursos estão sendo investidos; quais os
resultados obtidos com suas atividades. Além disso, as demonstrações financeiras
também entregam dados que fornecem informações mais específicas sobre o
negócio, como grau de endividamento e liquidez do negócio.

Em dezembro de 2007, foi sancionada a Lei nº 11.638, que trouxe novas


regras para a elaboração e divulgação das demonstrações contábeis. O Conselho
Federal de Contabilidade, por sua vez, editou atos normativos, visando à sua
aplicação prática.

Com a edição da Lei nº 11.638/07, atos normativos foram editados pelo CFC.
Cabe ao CRCRS fiscalizar a aplicação dessas novas normas, que passaram a
vigorar a partir de 2008, de forma escalonada. Desde 1º/01/2010, a legislação
passou a ser aplicável às Pequenas e Médias Empresas (PME’s).
2.3.1 Balanço Patrimonial

Segundo o que prevê a Lei 6.404/76 e as Normas Brasileiras de Contabilidade, o


Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil formada pelo Ativo, pelo Passivo e pelo
Patrimônio Líquido. O ativo abrange os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos
controlados pela empresa com potencial de gerar lucros futuros. O passivo aponta todas as
obrigações assumidas com terceiros, resultantes de eventos, que requerem ativos para
liquidação. O patrimônio líquido é o conjunto dos recursos próprios da empresa. O seu valor é
determinado pela diferença positiva entre o valor do ativo e o valor do passivo.

2.3.2 Demonstração do Resultado do Exercício

A DRE é a demonstração contábil responsável por mostrar mês a mês ou


anualmente se a empresa está obtendo lucro ou prejuízo. Na prática, o
Demonstrativo do Resultado do Exercício é formado por receitas, despesas e
deduções tributárias.

A DRE é confeccionada junto com o Balanço Patrimonial, e deve ser assinada


por um contador habilitado pelo CRC . Pela lei, o relatório é obrigatório para todas as
empresas, exceto o MEI, e deve ser feito anualmente.

A DRE é uma grande aliada do empreendedor. Por isso, saber usá-la é tão
importante para a administração da sua empresa. Esse relatório confronta os dados
das receitas e das despesas do negócio, mostrando o resultado líquido do seu
desempenho e detalhando a real situação operacional de um negócio.

Ao utilizar esse controle também como relatório gerencial, você poderá avaliar
como anda a saúde financeira da sua empresa e, assim, usar as informações para
tomar decisões que irão reduzir gastos e fazer seu negócio faturar mais.

2.4 Terceiro Setor

Chama-se "terceiro setor" as organizações não governamentais (sigla


ONG), que não têm finalidade de lucro, mas congregam objetivos sociais,
filantrópicos, culturais, recreativos, religiosos, artísticos.
É representado pelas entidades sem finalidade de lucro.

A característica principal dessas organizações é que não visam ao


lucro. Os recursos são oriundos da própria atividade, além de doações,
subvenções e financiamentos, sendo que a sua aplicação deve ser
integralmente na própria atividade a qual foi instituída, de acordo com
estatuto. No caso de eventual superávit este não deve ser distribuído aos
associados/membros. Portanto, o resultado superavitário deverá ser
reinvestido nas atividades fins das entidades.

2.5 Normas Contábeis aplicadas ao Terceiro Setor

O terceiro setor equivale ao conjunto de Entidades privadas Sem Fins


Lucrativos (ESFL) que prestam serviços de interesse coletivo e representam uma
alternativa híbrida entre a atuação do estado (primeiro setor) e a iniciativa privada
(segundo setor).

Essas entidades paraestatais, como também são chamadas, são regidas pelo
Código Civil de 2002 (Lei nº 10.406/2002), e podem se organizar em fundações e
associações, embora sejam conhecidas como organizações não governamentais
(ONGs).  

No terceiro setor, imunidades e isenções aplicam-se em relação ao imposto de


renda da pessoa jurídica e à contribuição social sobre o lucro líquido, mas elas variam
de acordo com a natureza de cada atividade do terceiro setor.

Em 1999, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) publicou as


primeiras Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas, NBC T particulares ao terceiro
setor. A evidenciação contábil específica a transparência exigida para que essas
entidades consigam a compensação das isenções.

Em 2012, após o processo de convergência às normas contábeis


internacionais, IFRS, iniciado em 2002, o CFC, a partir da Resolução nº 1.409/12,
aprova a Interpretação Técnica Geral (ITG) 2002.
Em setembro de 2015, a Interpretação Técnica Geral 2002 passou por
sua primeira revisão (R1). As alterações esclareceram sobre o tratamento contábil às
subvenções e ao trabalho voluntário. Desde então, a norma é aplicável ao terceiro setor
com exercícios iniciados a partir de 2012.

A  ITG 2002 (R1)  é a norma que regulamenta a contabilidade das entidades do


terceiro setor no Brasil, abrangendo instituições de assistência social, entidades
religiosas, partidos políticos, sindicatos, entidades de cunho cultural, entre outras. 

Seu objetivo, de acordo com o texto original, é “estabelecer critérios e


procedimentos específicos de avaliação, de reconhecimento das transações e
variações patrimoniais, de estruturação das demonstrações contábeis e as informações
mínimas a serem divulgadas em notas explicativas de entidade sem finalidade de
lucros”.

Além da ITG 2002 (R1), outras normas são aplicadas às entidades sem fins
lucrativos no Brasil, entre elas estão: os Princípios de Contabilidade e a Norma
Brasileira de Contabilidade Técnica Geral (NBC TG) 1000 – Contabilidade para
Pequenas e Médias Empresas. 

No aspecto internacional, ainda não há uma única regulamentação que oriente a


contabilidade para o terceiro setor. Existe uma iniciativa para a elaboração
da IFR4NPO, mas que ainda está na fase de consulta entre doadores, auditores,
reguladores do setor, normatizadores e órgãos de contabilidade que fazem o
financiamento sem fins lucrativos acontecer em toda a parte do mundo. 

Organizações brasileiras que buscam seguir os requisitos internacionais de


relatórios financeiros podem acompanhar as normas do International Accounting
Standards Board. No Brasil, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) é o órgão
responsável pelas publicações da IASB.

As entidades que atrasarem ou não cumprirem suas obrigações contábeis,


fiscais e tributárias estão sujeitas a multas normais previstas pela legislação tributária.
Seus responsáveis podem ser denunciados por crime tributário, além do risco de perder
sua fonte de financiamento e suas possíveis isenções.
As entidades sem fins lucrativos também têm a obrigatoriedade de prestar
contas ao Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), ao Conselho Nacional
de Assistência Social (CNAS) e pelas Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público (OSCIP).

No terceiro setor, a contabilidade segue a estrutura patrimonial definida pela Lei


das Sociedades por Ações (Lei 6404/1976), mas com algumas adaptações,
especialmente, no que se refere à nomenclatura. 

Nas demonstrações contábeis das entidades sem fins lucrativos, determinadas


pela NBC T 3, o patrimônio social substitui o termo capital social, ainda que a equação
patrimonial seja a mesma. 

Conforme a norma NBC T-10.19, o lucro ou prejuízo acumulado é denominado


superávit ou déficit do exercício, visto que o resultado não é destinado aos detentores
do patrimônio líquido.

As contas de receitas e despesas, superávit ou déficit, devem ser evidenciadas


de forma segregada, quando identificáveis por tipo de atividade, tais como educação,
saúde, assistência social e outras, conforme previsto na NBC T - 10.19.2, item 5.

2.6 Impostos e Contribuições Federais aplicadas ao Terceiro Setor

O terceiro setor possui tributação diferenciada por englobar entidades sem


fins lucrativos. Por ser um setor mantido por meio de doações da iniciativa privada,
repasse de verbas públicas e Leis de Incentivo Fiscal, a contabilidade tem um papel
importante na transparência de informações financeiras para o Município, Estado e
União.

Hoje no Brasil existem três tipos de tributação: o Regime Especial Unificado


(Simples Nacional), o Lucro Presumido e o Lucro Real. O terceiro setor não se
enquadra no Simples Nacional, por ser um regime exclusivo de pequenas e médias
empresas. O Lucro Real e Lucro Presumido são tributações cabíveis em entidades
do terceiro setor.
Na apuração dos impostos, as entidades do terceiro setor se dividem em
duas classes: isentas e imunes. A imunidade tem caráter permanente, por ser
instituída pela Constituição Federal (art. 150) e a isenção tem concessão temporária
por Lei, excluindo de tributação.

A tributação no terceiro setor apresenta características específicas como:

– Alíquota de 1% sobre o total da folha de salário para o recolhimento do PIS


(Programa de Integração Social) dos colaboradores.

– Imunidade no pagamento do IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica)


para entidades sem fins lucrativos.

– Isenção de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social


(COFINS).

– Isenção do CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) para


responsáveis por atividades sem fins lucrativos.

O art. 150 da Constituição Federal ainda traz a proibição do Estado em


estabelecer impostos sobre o patrimônio, serviços ou renda de “entidades sindicais
dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos”.

2.7 Legislação Desportiva

2.8 Composição da Receita dos Clubes

2.8.1 Cruzeiro

2.8.2 Atlético Mineiro

2.9 Composição das Despesas dos Clubes

2.9.1 Cruzeiro

2.9.2 Atlético Mineiro


2.10 Análise dos Indicadores Econômico-financeiros

2.10.1 Índices de Liquidez

2.10.2 Índices de Endividamento

2.10.3 Índices de Rentabilidade

2.10.4 Índices de Lucratividade

2.10.5 Análise Horizontal e Vertical

Aqui nesse tópico vocês irão descrever cada um dos


índices

2.11 Coleta de Dados

2.11.1 Análise do Balanço Patrimonial Cruzeiro

2.11.2 Análise da Demonstração do Resultado do Exercicio do


Cruzeiro

2.11.3 Análise do Balanço Patrimonial Atlético

2.11.4 Análise da Demonstração do Resultado do Exercício do


Atlético Mineiro

3. METODOLOGIA

A metodologia é embasada em uma pesquisa bibliográfica, para elaborar a


fundamentação teórica, e documental, obtendo os dados dos clubes através do
Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício dos anos de 2016 a
2020 dos Clubes Cruzeiro e Atlético Mineiro, publicadas em seus endereços
eletrônicos.
Na abordagem do problema caracteriza-se como quantitativa, devido ao
cálculo dos indicadores e quanto à tipologia da pesquisa e descritiva, por utilizar-se
de técnicas para analisar dados e buscar fornecer suporte nas inferências do
pesquisador.
Segundo Silva & Menezes (2000, p. 20), “a pesquisa qualitativa considera que
há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo
indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser
traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e atribuição de significados
são básicos no processo qualitativo. Não requer o uso de métodos e técnicas
estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o
pesquisador é o instrumento

REFERÊNCIAS

NBC TG 26 (R5) – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

LEI Nº 9.615, DE 24 DE MARÇO DE 1998.


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9615consol.htm

LEI No 10.672, DE 15 DE MAIO DE 2003.


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.672.htm

SILVA, E. L., MENEZES, E. M. (2000) Metodologia da pesquisa e elaboração de


dissertação. Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção,
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2000, 118p.

História do Cruzeiro Futebol Clube - https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist


%C3%B3ria_do_Cruzeiro_Esporte_Clube#Crise_financeira (acesso em: 29/07/2021)

História do Clube Atlético Mineiro: https://pt.wikipedia.org/wiki/Clube_Atl


%C3%A9tico_Mineiro: (acesso em: 29/07/2021)

Blog_Demonstração Contábil_01.pdf– (acesso 15/10/2021)


https://www.crcrs.org.br/demonstracoes-contabeis/ - Acesso em 15/10/2021

https://www.ecocontabilidade.com.br/informacoes-tecnicas/contabilidade-de-terceiro-
setor/72 - Acesso em 21/10/2021

https://www.accountfy.com/blog/quais-sao-as-consideracoes-contabeis-para-
entidades-do-terceiro-setor#:~:text=A%20ITG%202002%20(R1)%20%C3%A9,de
%20cunho%20cultural%2C%20entre%20outras.–Acesso em 28-10-2021

https://www.pollicontabil.com.br/como-funciona-a-tributacao-no-terceiro-setor/-
acesso em 03-11-2021

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