Gab Somos 7 - D1

GABARITO
Simulado SOMOS Enem 2021 ‐ Outubro ‐ 1º dia

Questão / Gabarito
1 A Inglês 28 C 60 D
2 B Inglês 29 D 61 B
3 D Inglês 30 C 62 E
4 A Inglês 31 E 63 B
5 E Inglês 32 B 64 C
1 C Espanhol 33 A 65 D
2 B Espanhol 34 A 66 C
3 C Espanhol 35 E 67 B
4 C Espanhol 36 B 68 B
5 B Espanhol 37 A 69 D
6 E 38 D 70 E
7 E 39 A 71 B
8 D 40 A 72 C
9 E 41 E 73 B
10 C 42 E 74 A
11 C 43 A 75 B
12 C 44 A 76 D
13 A 45 D 77 B
14 C 46 C 78 C
15 B 47 B 79 E
16 A 48 A 80 D
17 C 49 C 81 A
18 D 50 C 82 B
19 A 51 C 83 B
20 C 52 A 84 C
21 B 53 A 85 B
22 D 54 B 86 C
23 B 55 C 87 A
24 C 56 B 88 A
25 C 57 C 89 B
26 E 58 B 90 E
27 E 59 C
SIMULADO ENEM 2021 – OUTUBRO
Gabarito do 1o dia
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Ciências Humanas e suas Tecnologias
RESOLUÇÕES E RESPOSTAS
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
Questão 01 Resposta A
Habilidade: H08 – Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade cultural e
linguística.
A) CORRETA. Segundo o texto, a literatura inglesa proporciona o desenvolvimento de habilidades essenciais para o
ambiente global atual, além de aprimorar as habilidades de escrita, leitura, análise e persuasão.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica que o trecho mostra o potencial da literatura em desenvolver
habilidades, mas não atenta ao trecho “today’s global environment”, o qual mostra que as habilidades são essenciais para
o ambiente global atual.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica o trecho “literature makes sense of the world through
stories, poems, novels and plays” e interpreta incorretamente que ele mostra um aspecto negativo da literatura, quando,
na verdade, é um aspecto positivo.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica o trecho “English literature opens up a world of inspiration
and creativity” e interpreta incorretamente que qualquer forma de arte desperta a inspiração e a criatividade, sem atentar
à opinião presente no trecho.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa interpreta incorretamente que o trecho “developing skills that are
essential for today’s global environment” quer dizer que as habilidades desenvolvidas por meio da literatura não são
essenciais para o mundo global atual.
Questão 02 Resposta B
Habilidade: H05 – Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa faz uma leitura da imagem com base no senso comum. O distrator
induz uma possível associação automática e inadequada entre a imagem e o aspecto viciante do cigarro expresso na
questão.
B) CORRETA. O aluno que assinala essa alternativa percebe que as expressões “smoke around” e “secondhand smoke”
indicam o referido aspecto do fumo passivo, fortemente presente no tabagismo e, especialmente, em torno de crianças
com tabagistas ao redor.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa associa a imagem da criança doente ao vício, podendo incluir em seu
raciocínio elementos verbais mal interpretados.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa associa a imagem do hospital e a temática do cigarro, ignorando os
elementos verbais da campanha.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa associa a palavra “shy” a uma vergonha generalizada; a figura da
mãe expressa na foto pode levar o aluno a marcar esse distrator.
Questão 03 Resposta D
Habilidade: H07 – Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa faz uma leitura parcial do texto e tira conclusões baseadas no senso
comum, desconsiderando os outros motivos para além de fugir dos conflitos étnicos, como a busca por estudos.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa faz uma leitura baseada no senso comum, que vê os Estados Unidos
como o país das oportunidades de trabalho, desconsiderando que o texto aponta apenas para as oportunidades de estudo.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende parcialmente o texto, deixando de atentar à informação
final do texto, que indica que os imigrantes novos se juntam aos que já têm residência no país.
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D) CORRETA. Nos trechos “the arrival of refugees from conflict-ridden”, “high-skilled immigrants and foreign students” e
“family members reuniting with immigrants” fica evidente que alguns motivos são refúgio, oportunidades de estudo e
encontrar familiares.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa conclui parcialmente o texto e desconsidera a diversidade de motivos
para a imigração, interpretando que o motivo seja o visto, e não a busca por refúgio e oportunidades de estudo.
Habilidade: H06 – Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de
acesso a informações, tecnologias e culturas.
A) CORRETA. De acordo com o texto, a Amazônia é um ecossistema responsável pela absorção do carbono emitido na
atmosfera. Logo, quando essas árvores são queimadas, o carbono que foi armazenado nelas volta para a atmosfera, e
a ferramenta responsável pela sua absorção está destruída, o que causará o aumento do nível de carbono e contribuirá
com o aquecimento global.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa atenta à afirmação de que as árvores, ao serem queimadas, liberam
o carbono que vinham armazenando. No entanto, ele não se dá conta de que essa alternativa está incorreta porque, de
acordo com o texto, as queimadas destroem o ecossistema; logo, não contribuem com ele.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa atenta à afirmação de que, de fato, os incêndios foram tão grandes
que puderam ser vistos do espaço. No entanto, ele não se dá conta de que essa alternativa está incorreta porque, de
acordo com o texto, isso não é um benefício para a Nasa, apenas uma constatação dela.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa confunde a informação sobre “absorção” e “emissão”, já que o texto
afirma que a floresta é responsável pela absorção do carbono, o que ajuda na atenuação dos efeitos climáticos negativos.
Logo, as queimadas contribuem com a emissão do carbono, e não com a absorção; do mesmo modo, nada é dito sobre
efeitos positivos a longo prazo.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa atenta à afirmativa de que os incêndios, no mês de agosto, atingiram
taxas recordes. No entanto, a alternativa está incorreta, visto que eles não se limitam apenas às áreas de preservação, e
não é possível inferir que se trata de áreas de extrativismo ou terras indígenas.
Questão 05 Resposta E
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa infere que o foco é no edifício Bellevue 600 por ser a única alternativa
a conter uma frase exatamente como aparece no texto.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa infere que os dados numéricos são parte de um relato sobre o fun-
cionamento do prédio Bellevue 600, mas o texto não aborda apenas esse prédio e não instrui sobre seu funcionamento.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica os dados objetivos e os relaciona com o crescimento da
empresa, mas especula ao interpretar que o objetivo comunicativo é a persuasão para a busca de trabalho na empresa.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica os dados e a relação que eles estabelecem com a empresa,
mas infere erroneamente que as informações contidas na reportagem são fruto de uma enquete.
E) CORRETA. O objetivo comunicativo do texto é informar sobre a expansão da empresa Amazon, referindo-se a dados
concretos sobre a abertura de vagas de emprego e a construção de novos edifícios em novas localidades do país, apon-
tando para um crescimento interno e uma expansão geográfica.
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
Questão 01 Resposta C
Habilidade: H06 – Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de
acesso a informações, tecnologias e culturas.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa se confunde com o fato de que outras ferramentas de mensagens
instantâneas possuem número limitado de participantes nas videochamadas, conforme o texto verifica ao citar os casos
do Facebook Messenger, do WhatsApp e do Telegram.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa possivelmente se confunde com o seguinte trecho: “Facebook
Messenger, Whatsapp o Telegram ofrecen también videollamadas. Sin embargo, el número de participantes suele ser
una limitación, por lo que su uso suele quedar en lo estrictamente personal”. O número de participantes é limitado, mas
em nenhum momento é mencionado que esses aplicativos se limitam apenas às empresas.
C) CORRETA. De acordo com o trecho “las familias se comunican con videollamadas y los amigos organizan fiestas en
apps”, é possível afirmar que, mesmo com a pandemia, ainda é possível confraternizar, nem que seja de modo virtual,
por videochamadas.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa possivelmente se confunde com o trecho: “Con el aislamiento social,
es probablemente la aplicación que más está dando que hablar”. No entanto, em nenhum momento há informações de
que o aplicativo Zoom apresente falhas nas videochamadas, e sim que “Su uso no solo se limita el entorno empresarial.
Varios centros educativos también utilizan esta herramienta para ofrecer clases virtuales”.
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E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa possivelmente se confunde com o trecho “Sin embargo, el número
de participantes suele ser una limitación, por lo que su uso suele quedar en lo estrictamente personal”. Os serviços de
videochamadas desses aplicativos possuem um número limitado de participantes, mas não há informação de que isso os
torne ineficientes, apenas limitados.
Habilidade: H08 – Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade cultural e
linguística.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não observa que, de acordo com o texto, pasodoble é uma dança
simples e muito livre no que diz respeito às suas variações. Essa alternativa exige atenção.
B) CORRETA. O aluno que assinala essa alternativa encontra no segundo parágrafo do texto a informação de que a dança
foi popularizada por volta de 1926, portanto, na década de 1920.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não observa que, no primeiro parágrafo do texto, é possível encon-
trar a informação de que a sua música ainda é reconhecida mundialmente e tocada com frequência nas entradas dos
toureiros.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não verifica que, na penúltima linha do texto, é possível encontrar a
informação de que a dança tem como essência a coordenação e a sincronização do casal, e não apenas os movimentos
das mãos e dos braços ou o toque da música.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não observa que, de acordo com o texto, o pasodoble nasce da festa
brava, no entanto não pode desprender-se dela. Essa alternativa exige atenção.
Habilidade: H05 – Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa interpreta equivocadamente a declaração do autor do livro, enten-
dendo que a natureza seria a responsável pelas condições do planeta descritas no parágrafo anterior, as quais incluem
o desaparecimento dos humanos. O cenário apresentado no texto retrata a Terra após a extinção dos seres humanos.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa desconhece o significado da palavra “quedaría” e acredita que ela
indica que os elementos citados na sequência seriam eliminados do planeta, em vez de mantidos. O texto informa que
tudo o que restaria como sinal da existência da humanidade seria uma fina camada de plástico, isótopos radioativos e
ossos de frango.
C) CORRETA. Com o uso da palavra “descompondrá”, o autor do livro sugere que a natureza fará a decomposição daquilo
que foi produzido e deixado pelos humanos, incluindo as cidades e suas construções (como as pontes, citadas no pará-
grafo anterior).
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa desconhece o vocabulário usado na expressão e, recorrendo ao
senso comum, supõe que a natureza é incapaz de destruir o que foi criado pelos seres humanos. O texto informa que a
natureza vai decompor – ao invés de preservar – as criações dos seres humanos no ambiente.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não compreende o contexto apresentado no parágrafo introdutório
do texto-base e interpreta a frase do autor do livro de forma equivocada, compreendendo que, por fim, a natureza é que
será decomposta por completo. O texto explica que, mesmo com o fim da vida humana, a natureza continuaria existindo.
Habilidade: H08 - Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade cultural e
linguística.
A) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa não percebeu que os atletas de alta performance só são mencio-
nados no texto para exemplificar que crianças hiperativas que podem cansar até atletas com bom preparo físico, podem
ser “obrigadas” a fazer uma siesta para combater algum tipo de distúrbio do sono.
B) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa não reparou que, de acordo com o texto, as siestas fazem bem, mas
não mencionam se deixam os estudantes mais concentrados.
C) CORRETA. A siesta, de acordo com o Dr. Eduard Estivill serve para reduzir o sonambulismo e os terrores noturnos em
crianças menores de 4 anos, podendo até ser prescritas pelo médico.
D) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa pode supor que quem trabalha muito precisa de uma pausa para
descansar, mas o texto não menciona isso. O texto menciona pessoas que trabalham no período noturno. Além disso, a
siesta é facultativa para todos. Não há a recomendação de obrigatoriedade.
E) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa pode ter ficado tão focado na informação de que os espanhóis são
grandes adeptos da siesta que não repararam na informação do texto de que os romanos já faziam a siesta muito antes dos
hispanos. Inclusive a origem da palavra siesta é justamente da prática romana, pois o cochilo era feito à sexta hora depois
do despertar (como exemplificado no texto, tomando 9 h da manhã como referência, a sexta hora seria às 15 h da tarde).
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A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende que há algum dado de questionamento na maneira
como a reportagem aborda as datas cívicas; no entanto, não se dá conta de que o problema não está na existência de
datas cívicas, e sim nas contradições entre estas e a leitura histórica que engendram.
B) CORRETA. A visão retrospectiva sobre certos eventos históricos pode levar a certos anacronismos, como é o caso da
data consagrada pelo calendário cívico chileno à independência. A reportagem levanta essa contradição ao apontar, pela
citação do pesquisador, elementos que contestem o 18 de setembro como marco inicial dos processos de independência
ao revelar que na altura do evento histórico não havia um projeto emancipador em curso.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa reconhece que a reportagem se refere a outras datas do calendário
cívico chileno, não se dando conta de que não há um imperativo por qualquer tipo de substituição, mas uma tentativa de
oferecer um panorama comparativo.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa reconhece a arbitrariedade e o anacronismo na escolha de uma data
central para um calendário cívico, mas não percebe que sua pertinência não está em questão, mas sim as contradições
entre os eventos históricos e suas interpretações por meio das datas.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa entende que se aponta na reportagem algum nível de contradição
entre as datas cívicas e os eventos históricos sem, no entanto, se dar conta de que essa contradição se faz patente sem
que seja dirimida, apontando contradições sem oferecer necessariamente conciliações.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Habilidade: H02 – Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para
resolver problemas sociais.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa confunde metáfora com metonímia, já que há uma metonímia em
“vida”, pois a palavra remete a pessoas.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica que a ligação entre a linguagem não verbal e a verbal está
presente na hashtag, mas não compreende que apenas a presença dela não estabelece uma relação, mas a homonímia
da palavra “foca” que cumpre essa função.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa associa incorretamente que a campanha está aproximando a foca
dos motoristas, quando, na verdade, a imagem da foca tem a função de causar uma homonímia com o verbo “focar”.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não compreende como se constitui uma metáfora, acreditando que
“faz de você um motorista” é uma comparação implícita entre a pessoa e um motorista.
E) CORRETA. A imagem da foca estabelece uma relação com a frase “foca no trânsito”, em que o substantivo “foca” é
homônimo do verbo “focar” no modo imperativo, “foca”.
Habilidade: H26 – Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa desconsidera que, embora a personagem represente um político que
esteja discursando em uma câmara e que, por isso, seja usual o emprego de um discurso empolado, no trecho em análise
não se verifica esse estilo.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não leva em conta que a personagem, ao preocupar-se com a
concordância em sua fala, manifesta um planejamento para se comunicar diferente do falante que emprega um discurso
casual, que não tem essa preocupação.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não percebe que o fato de a personagem pensar antes de expressar-se
demonstra que ela não preparou previamente seu discurso, o que provavelmente lhe causou certo constrangimento
diante do presidente, a quem se dirigia.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa acredita que a personagem demonstra preocupação para expressar-se
utilizando jargões; contudo, embora o trecho sugira que a personagem esteja entre deputados, não se observa recurso
linguístico no fragmento que exemplifica linguagem técnica.
E) CORRETA. A preocupação da personagem em expressar-se utilizando adequadamente a variedade padrão mostra-se,
no texto, quando ela interrompe seu discurso, questionando se o verbo “recusar” deveria ir para o plural ou permanecer
no singular na frase “Não sou daqueles que recusa”.
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Habilidade: H16 – Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa relaciona a enumeração de elementos, como em “piano no bordel,
vozes barganhando/uma informação difícil” às etapas do manual, gênero textual cuja principal característica é instruir acerca
do uso de um produto. Para isso, há o predomínio de verbos no modo imperativo, o que não ocorre no texto em questão.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa entende que o texto cita uma narrativa, o que não é verificado, já que
o trecho cria sua própria narrativa, por meio de uma combinação entre poema e prosa. Além disso, sua construção em
forma de versos o distancia de um romance.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa reconhece que o texto menciona uma sequência de acontecimentos,
entre eles uma trilha sonora, vozes e asas batendo. Porém, a alusão a esses sons não é característica do gênero textual
canção, especificamente.
D) CORRETA. As rubricas são usadas em textos do gênero dramático para orientar a execução das personagens (gestos,
movimentos, entonação), bem como descrever cenários e indicar pautas musicais. Como procedimento de construção
poética, esse texto da obra A teus pés remete a rubricas, como pode ser comprovado em “Trilha sonora ao fundo” e “asas
batendo freneticamente”, por exemplo.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa relaciona termos como “apuro” e “técnico” à objetividade do gênero
notícia. No entanto, o trecho do poema não remete ao gênero textual notícia nem alude a termos objetivos. Nele, predo-
minam trechos de sentido subjetivo, cuja interpretação vai além do que é exposto.
Habilidade: H18 – Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação
de textos de diferentes gêneros e tipos.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa considera “Se o amante a abandonasse”, interpretando que a
mudança do eu é vivida pelo personagem Martim, concluindo que essa mudança é abandonar Iracema. Entretanto, a
personagem que vivencia a mudança é a própria Iracema.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa considera “Eis o que é Iracema, criatura copiada da natureza”, interpre-
tando que o termo “eis” explica a mudança de Iracema de uma educação selvagem para um sentimento humano de amor.
Entretanto, o termo “eis” é utilizado para introduzir o resultado provocado pela mudança vivenciada pela personagem.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa considera “Pronta a sacrificar-se por ele”, interpretando que a
mudança da personagem ocorre a partir do momento que ela se sacrificou pelo amado. Entretanto, no trecho não há a
afirmação de que ela se sacrificou, mas que faria se fosse necessário.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa considera “mas não oporia ao volúvel mancebo nem uma súplica
nem uma ameaça”, interpretando que ocorre uma mudança da personagem Iracema, pois infere que ela não ameaçaria
Martim, mas talvez outro. Entretanto, a mudança ocorre na personagem a partir da troca de olhares entre ela e Martim.
E) CORRETA. A expressão “desde que” marca o início da mudança de Iracema, já que introduz o fato de a personagem se
apaixonar por Martim a partir do momento que trocaram olhares; por isso, ela “curvou a cabeça àquela doce escravidão”,
ou seja, curvou-se à paixão. Sendo assim, a ruptura ocorre porque ela passa a ser escrava daquele sentimento, algo que
ela não sentia antes.
Habilidade: H13 – Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza
e preconceitos.
A) INCORRETA. O aluno que marca essa alternativa observa que Rodin representa as figuras em posições contorcidas,
que parecem forçadas, por isso, considera que seu trabalho se afasta da realidade. Mas, na verdade, Rodin buscava
enfatizar as características reais do corpo, destacando os músculos e as imperfeições, recusando-se a representar
corpos idealizados, como mandava a tradição neoclássica.
B) INCORRETA. O aluno que marca essa alternativa pode considerar que a escultura de Rodin é artificial por representar os
corpos retorcidos e duros, enquanto a escultura neoclássica parece natural pela sua leveza. Mas trata-se do contrário: o
naturalismo de Rodin consiste em mostrar o corpo real, com músculos, reentrâncias e peso, justamente o que era negado
pelo Neoclassicismo, que atenuava as formas do corpo para aproximar-se do etéreo.
C) CORRETA. Rodin buscava representar o corpo humano como ele é, demonstrando sua força e potência, por isso, enfa-
tizava a musculatura em suas esculturas. Para destacar melhor os músculos, optava por posições que os forçavam ao
máximo, por isso, suas figuras parecem retorcidas, o que acrescenta dramaticidade. Já a escultura neoclássica buscava
a suavidade e a harmonia, representando os corpos com delicadeza.
D) INCORRETA. O aluno que marca essa alternativa considera a intensa marcação da estrutura corporal e dos músculos na
escultura de Rodin, o que demonstra, de fato, uma grande atenção aos detalhes. Entretanto, é incorreto considerar que
a escultura neoclássica não mostra também um grande detalhamento, como é possível observar na obra de Canova. Os
detalhes considerados em cada obra são distintos, porém ambos prezavam por essa característica.
E) INCORRETA. O aluno que marca essa alternativa pode confundir as posições forçadas e contorcidas das figuras de
Rodin com a distorção das proporções. Entretanto, uma análise cuidadosa mostra que o escultor teve muito apreço pelas
proporções do corpo, representando os membros em tamanhos coerentes, ainda que retorcidos. Como buscava repre-
sentar o corpo real, sem disfarces e artifícios, manter as proporções era fundamental para o artista.
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Habilidade: H20 – Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade
nacional.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende que a língua portuguesa abrange diversos povos,
estando presente em diferentes continentes, mas equivoca-se ao considerar esse ponto a principal razão do encanto do
idioma no texto de Ruy Castro.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa entende que a língua portuguesa, conforme o fragmento apresen-
tado, passou por uma série de mudanças, porém não percebe que o texto em momento algum volta-se para a capacidade
inventiva da língua, ao contrário, valoriza sua história.
C) CORRETA. A partir de exemplos brasileiros e portugueses, Ruy Castro questiona a pertinência de reformas ortográficas
da língua portuguesa que visem aproximar o modo como se escreve nos distintos países lusófonos. Para o colunista do
jornal Folha de S.Paulo, o grande encanto do idioma português reside em sua diversidade geográfica e histórica, isto é,
nos diferentes modos de usá-lo ao redor do globo e ao longo do tempo.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa percebe que a língua portuguesa, conforme o fragmento apresen-
tado, passou por uma série de mudanças, entretanto ignora que o autor do texto não se insurge contra elas, uma vez
que são parte de rico patrimônio do idioma português, e sim contra reformas acadêmicas que buscam unificar a língua,
essencialmente plural.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa atenta ao fato de que a língua portuguesa já atravessou diversas
reformas ortográficas, mas erra ao crer que esse dado é visto como positivo pelo autor do texto, o qual justamente critica
o número de acordos acadêmicos envolvendo a ortografia do idioma.
Habilidade: H26 – Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.
A) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa dialoga com informações do mundo que não estão presentes na
tirinha. O aluno considera que a ausência da expressão “Doutor” marca uma relação de informalidade entre as persona-
gens, desconsiderando os demais elementos da tirinha. O aluno busca uma informação fora do texto apresentado para a
construção de sua resposta, o que o leva a assinalar este distrator.
B) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa considera que a personagem feminina, por ter uma aparência supos-
tamente mais jovem, seria responsável por corrigir o médico. Tal suposição é quebrada no último quadrinho, quando o
médico assume não saber os termos médicos por ter faltado à aula; dessa forma, a suposição de uma variante histórica
não pode ser sustentada, o que mostra uma leitura parcial do estudante ao não relacionar as expressões faciais das
personagens no último quadrinho com os elementos verbais.
C) CORRETA. A linguagem médica possui termos singulares, por isso, pode ser identificada pelos interlocutores. Na tirinha
em questão, a correção dos termos médicos pela personagem feminina indica que o “doutor” não domina essa variedade
social. A variedade social adapta-se aos contextos de uso, dessa forma, o esperado por um médico, em uma consulta
médica, seria a utilização dessa variante, o que não ocorre na tirinha.
D) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa considera que expressões que mostrem espontaneidade, como
“verdade”, no último quadrinho, aproximem as personagens de situações comunicativas informais, entretanto, esse tipo
de expressão, embora bastante comum na oralidade, não é exclusivo dela. A expressão indica uma espontaneidade,
mas não uma exclusividade da oralidade. Além disso, em uma situação de consulta médica, como a descrita na tirinha,
espera-se que o médico domine e utilize uma variedade social da linguagem, não uma variedade informal.
E) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa realiza uma leitura parcial da tirinha e considera que a correção feita
pela personagem feminina se dá por uma variação de termos regionais, tais como “macaxeira” e “mandioca”. Grande
parte das questões sobre variedade linguística são sobre variações regionais, o que indica que o aluno, percebendo esse
tipo de questão, pode ter realizado uma leitura mais desatenta. O último quadrinho comprova que a correção deriva não
de um regionalismo, mas de um desconhecimento.
Habilidade: H10 – Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades
cinestésicas.
A) CORRETA. Segundo a pesquisa, realizar atividade física durante a pandemia se mostrou benéfico à saúde dos entrevis-
tados. Trata-se de um reflexo da prática regular da atividade física, que traz benefícios à saúde.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa entende que o tema do texto é o aproveitamento da ginástica para a
forma física, quando o texto em momento algum menciona essa relação. Não é possível fazer afirmações a respeito da
necessidade de manter a forma física ou melhorar a aparência. Os benefícios citados no texto estão relacionados à saúde
e bem-estar e à saúde emocional.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa entende que há uma comparação entre o período de pandemia e o
anterior, quando o texto não compara os exercícios durante a pandemia com os exercícios tradicionais que eram prati-
cados antes do isolamento social, não sendo possível afirmar qual deles traz mais benefício à saúde dos entrevistados.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa se baseia em uma informação adquirida extratextualmente, pois não
há no texto nenhuma informação que delimite o tempo mínimo de treino por 45 minutos ao dia. O texto fala dos benefícios
e do bem-estar emocional proporcionados a pessoas que treinam, sem citar por quanto tempo elas o fazem.
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E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa faz uma inferência que extrapola a argumentação presente no texto,
pois não se afirma que os exercícios em casa colocam em risco o funcionamento ou a existência das academias de
musculação. É apenas mais uma opção, uma alternativa, utilizada durante o isolamento.
Habilidade: H28 – Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação.
A) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa entende que a biometria reduz o homem à condição de um objeto
mapeável, sem considerar suas emoções. Trata-se de um raciocínio que não encontra respaldo no texto, já que esse
acentua a ideia de que o indivíduo apresenta características corporais que o tornam único, portanto, identificável em sua
particularidade.
B) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa desconsidera que a identificação biométrica é também um código
usado para identificar o indivíduo a fim de que ele possa garantir a proteção de seus dados.
C) CORRETA. No texto, a identificação biométrica relaciona-se ao reconhecimento corporal do indivíduo, já que o corpo e a
voz contêm traços que o singularizam. Esse mecanismo é usado como senha para o acesso a conteúdos privados ou que
necessitam de proteção, como dados bancários, contribuindo para garantir o sigilo e a segurança dessas informações.
D) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa extrapola as informações do texto, fazendo inferências possivel-
mente motivadas pela menção aos serviços bancários, caracterizados hoje pela automação na parte do atendimento.
A identificação biométrica é usada em terminais bancários e dispositivos móveis, por exemplo, funcionando como senha
para o acesso a conteúdos e dados relacionados ao indivíduo. No entanto, não há, no texto, qualquer indicação de que o
atendimento pessoal esteja sendo substituído pelo virtual por conta das tecnologias biométricas.
E) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa entende a Identificação Civil Nacional (ICN) como uma forma de o
governo deter o poder sobre a identificação das pessoas, utilizando seus dados em benefício de quem ocupa o poder.
Essa relação é equivocada, pois extrapola as informações do texto. Pode ter sido reforçada porque, nele, há menção ao
Título de Eleitor e à Justiça Eleitoral, instituição na qual a biometria tem sido usada para identificar o eleitor, dispensando
o documento de identificação em papel.
Habilidade: H18 – Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação
de textos de diferentes gêneros e tipos.
A) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa toma o conceito dicionarizado do conectivo “contudo”, cuja acepção
tende a significar oposição ou restrição de algo. Entretanto, no caso do fragmento, a expressão exprime uma ideia de
ressalva.
B) CORRETA. Para Alberto Manguel, a leitura não corresponde apenas à decifração de textos escritos. Assim, ler as letras
de uma página é apenas uma forma de leitura, dentre várias possibilidades.
C) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa apresenta uma visão de que a coerência se encontra intrinsecamente
ligada ao uso de conectivos, o que não é verdade. No fragmento, a longa enumeração de distintos perfis pessoais sem o
uso de um explícito conectivo não prejudica a construção de sentidos do texto.
D) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa desconhece o conceito de “sequência de ideias”, pelo qual uma
imagem é conectada à outra. A expressão da afirmativa promove a conclusão de uma exposição/sequência de argumentos
sobre os tipos de leitura.
E) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa apresenta uma visão de que a coerência se encontra intrinsecamente
ligada ao uso de conectivos, o que não é verdade. No fragmento, a longa enumeração de pessoas lendo, aparentemente
sem uma ligação direta entre elas, não confere nenhum tipo de incoerência ao texto. Ao contrário: é esse encadeamento
que torna o texto coeso e coerente.
Habilidade: H14 – Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas
manifestações de vários grupos sociais e étnicos.
A) CORRETA. Pablo Picasso inspirou-se nas máscaras africanas para realizar seus primeiros trabalhos cubistas, apro-
priando-se da disposição planificada da figura, da simplificação das formas e do progressivo abandono da perspectiva, o
que se pode observar pela comparação entre as imagens.
B) INCORRETA. O que pode atrair o aluno para essa alternativa é a intenção não realista do movimento fauvista, que dis-
tribui as massas de tinta de forma simplificada, sem fidelidade às formas reais, tal qual a máscara africana representada.
Porém, notam-se as diferenças entre as representações, sobretudo na composição por planos chapados e na definição
das formas da máscara africana.
C) INCORRETA. O aluno que marca essa alternativa considera que as máscaras africanas, conforme o texto descreve,
têm relação com o sobrenatural, o que se pode inferir também da obra de Dalí, que representa uma cena fantasiosa. No
entanto, a composição da pintura de Dalí demonstra maior detalhamento e uso da perspectiva, ao contrário da composição
planificada e das formas simplificadas da máscara africana.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa atenta ao apelo dramático da obra de Francis Bacon e ao movimento
expressionista no geral, o que também caracteriza as máscaras africanas, conforme o texto. Mas Bacon usa a deformação
do rosto para provocar impacto, e não a redução das formas em planos, como descrito no texto e na imagem.
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E) INCORRETA. O aluno que se interessa por essa alternativa relaciona os dois contextos estéticos por meio do elemento
da máscara, ainda considerando sua função de esconder a identidade de quem a usa, como mostram o Texto I e a obra
de Nussbaum. No entanto, não se observa a influência africana.
Habilidade: H11 – Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho
e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende que o remo é um esporte coletivo em que não há
interação com o oponente e que o softbol é um esporte coletivo em que há interação com o oponente, mas considera
incorretamente que a natação é um esporte individual em que há contato com o oponente, pois não há, embora todos
estejam na mesma piscina.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica que não há interação com o oponente no atletismo, mas
não atenta que é um esporte individual; além disso, também identifica que a peteca é um esporte em que há interação
com o oponente, mas não leva em consideração que se trata de um esporte individual.
C) CORRETA. O nado sincronizado é um exemplo de esporte coletivo em que não há interação com o oponente, já que
os movimentos sincronizados são executados por equipes, não havendo interação entre elas; o judô é um exemplo de
esporte individual em que há interação com o oponente, já que é uma luta de contato; e o voleibol é um exemplo de
esporte coletivo em que há interação com o oponente, pois as equipes são separadas pela rede e interagem por meio da
passada de bola.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica que o badminton é um esporte individual em que há inte-
ração com o oponente e que o futebol é um esporte coletivo em que há interação com o oponente, mas não atenta que o
levantamento de peso, apesar de não ter interação com o oponente, é um esporte individual, e não coletivo.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica que a canoagem é um esporte que pode ser coletivo e que
não tem interação com o oponente e o basquetebol é um esporte coletivo em que há interação com o oponente, porém
a ginástica olímpica é um esporte individual em que não há interação com o oponente, já que as ginastas não executam
os movimentos ao mesmo tempo na quadra.
Habilidade: H15 – Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto
histórico, social e político.
A) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa possivelmente não se recorda do apurado trabalho com a linguagem
desenvolvida pelo movimento Barroco e, também, do conceito de amor platônico, o que não se aplica ao poema de
Gonzaga. Em vista disso, a alternativa está incorreta, pois o excerto do poema de Gonzaga evidencia um trabalho menos
rebuscado com a linguagem em relação ao movimento estético do Barroco.
B) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa possivelmente não tem compreensão do movimento Parnasiano,
o qual, entre outras características, rejeita o lirismo que compõe muitas das obras poéticas da literatura. Em virtude disso,
a alternativa está incorreta, pois as liras de Gonzaga revelam grande sentimentalismo do eu lírico pela musa Marília.
C) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa possivelmente não estudou ou não se recorda dos principais movi-
mentos literários brasileiros, atribuindo, assim, o poema de Gonzaga à estética simbolista, que é muito posterior ao
período do Arcadismo. Ademais, a alternativa está incorreta, pois não é evidenciado nos versos um trabalho literário
voltado à busca pela elevação espiritual.
D) CORRETA. Há a compreensão do movimento estético do Arcadismo, ou Neoclassicismo, o qual, entre outras caracte-
rísticas, evidencia o desejo de seus poetas, assumindo a identidade de pastores, em levarem uma vida ao lado de suas
amadas em meio a um espaço bucólico.
E) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa guia-se pela referência que o autor faz à Marília, nomeada como
pastora, constituindo, assim, uma representação imagética do papel social de muitas mulheres trabalhadoras do período
colonial brasileiro. Contudo, a alternativa está incorreta, haja vista que o movimento estético do Realismo é posterior ao
do Arcadismo, do qual Gonzaga fazia parte, além de a nomenclatura “pastora” ser empregada para sua amada em outro
sentido, isto é, devido a uma característica importante dos poetas árcades, que era seu desejo de ter uma vida mais
simples em um ambiente campestre ao lado de suas amadas.
Habilidade: H23 – Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público-alvo, pela análise dos
procedimentos argumentativos utilizados.
A) CORRETA. Os cartuns geralmente abordam temas cotidianos e fazem uma crítica social sobre esses temas. No cartum
apresentado, há o contexto de uma sala de aula, onde estão a professora e os alunos, os quais devem responder à
pergunta feita por esta. Ao responder ao questionamento, o aluno invoca o nome científico do mosquito responsável
pela propagação da dengue. O fato de um aluno conhecer uma informação tão específica sobre um tipo específico de
inseto, relacionando-o a um “bicho bem conhecido”, mostra uma crítica à condução das políticas públicas de saúde, que
se mostravam incapazes de combater a epidemia de dengue na época de elaboração do cartum.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa conclui de forma errônea que a interdisciplinaridade não é relevante
para o ensino. No entanto, não é isso o que o cartum evidencia, pois mostra a importância de um conhecimento que vai
além de reconhecer a letra inicial de uma palavra.
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C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa consegue identificar uma das características dos cartuns, que é a
presença de personagens comuns. Porém, falha em sua interpretação, tendo em vista que não percebe o tom humorístico
contido no texto.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não percebe que um dos aspectos que o autor do cartum quer
transmitir é a interação entre professor e aluno, o que é visto como fator estimulador da aprendizagem.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não percebe que o que é estimulado no contexto criado é, de certo
modo, a assimilação/decoreba de conteúdos.
Habilidade: H09 – Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de
um grupo social.
A) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa compreende que o texto valoriza a boa alimentação para a obtenção
de um corpo ideal, contudo, não atenta à crítica feita aos padrões de beleza e estratégias milagrosas de emagrecimento
impostas pela sociedade.
B) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa entende que o texto indica que a prática de exercícios físicos está
relacionada ao desejo de obtenção do corpo perfeito, no entanto, ignora as críticas feitas a tal anseio.
C) CORRETA. O texto critica os padrões de beleza e as estratégias milagrosas de emagrecimento impostas pela sociedade
e sugere uma reflexão sobre o bem-estar físico e mental e a autoestima.
D) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa entende que o texto sugere a importância de clínicas, academias e
dietas no processo de emagrecimento, porém ignora a crítica feita à busca do corpo ideal.
E) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa entende que as revistas são responsáveis por propor padrões esté-
ticos realistas e saudáveis, ideia equivocada e jamais defendida pelo texto.
Habilidade: H03 – Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função
social desses sistemas.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende que o gênero sermão está inserido no contexto da fé
cristã e possui funções disciplinadoras, no entanto, não percebe que, no trecho em questão, o autor dirige-se, essencial-
mente, a um público crente, pois, em algumas passagens, pressupõe-se que seus ouvintes frequentemente assistem a
pregações.
B) CORRETA. O Sermão da Sexagésima, do pregador português Antônio Vieira, discute, metalinguisticamente, as finali-
dades do gênero sermão. De acordo com o padre jesuíta no fragmento selecionado, uma dessas principais funções desse
gênero textual é exortar fiéis com base nos preceitos da Igreja católica. Essa posição é clara sobretudo no final do trecho
apresentado, quando o autor afirma que o pregador deveria corrigir os pecados, costumes e ambições de seus ouvintes.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa entende que, de acordo com o texto do padre Antônio Vieira, muitos
pregadores, ao proferirem seus sermões, estão preocupados com o deleite de sua audiência, entretanto, ignora que essa
preocupação é justamente uma das principais críticas do jesuíta aos colegas de profissão.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa percebe que, no trecho destacado, critica-se a vaidade de determi-
nados pregadores que buscam, a todo custo, obter a aprovação de seus ouvintes, porém engana-se ao tomar essa crítica
como uma das principais funções do gênero, e não como uma discussão específica do Sermão da Sexagésima.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa atenta à história do início do trecho em questão, a qual narra a
discussão que se teceu entre intelectuais de Coimbra acerca de quem, entre os dois grandes religiosos que lá proferiam
seus sermões, era o melhor pregador, mas equivoca-se ao acreditar que o gênero sermão serve sobretudo a interesses
lúdicos, e não religiosos.
Habilidade: H01 – Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos
sistemas de comunicação.
A) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa enxerga uma crítica que não seria compatível com a função social
do gênero, cujo propósito é valorizar a iniciativa de especialistas musicais no sentido de fornecer indicativos culturais aos
leitores.
B) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa deixa de considerar a presença de diversos modalizadores ao
longo do texto que trazem juízos valorativos em relação ao autor da obra, o que não é compatível com abordagens
técnico-científicas.
C) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa relativiza a importância do prefaciador frente ao leitor, além de des-
merecer o autor como produtor e crítico musical.
D) CORRETA. A função social do prefácio, como parte constitutiva dos livros publicados, é reconhecer os méritos do autor e
enfatizar os pontos positivos de sua produção. De fato, como bem ressaltado pelo prefaciador, a contribuição cultural de
Nelson Motta é inestimável por traçar um perfil abrangente e eclético da MPB, ainda que permeado por sua subjetividade.
E) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa considera o uso de marcas de intertextualidade pelo prefaciador
como sinal de parcialidade (tomada de posição) e de vínculo com o autor da obra, em vez de enxergá-las como recurso
estilístico e demonstração de repertório cultural.
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Habilidade: H17 – Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário
nacional.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa possivelmente desconhece o movimento estético do Arcadismo/
Neoclassicismo, haja vista que o poema de Gama é de um período posterior. Ademais, a alternativa está incorreta, pois
Gama não intenta uma emulação do trabalho com o lirismo, tal qual fizeram os poetas árcades que se inspiravam nos
motivos greco-latinos em suas composições, mas tão somente busca exaltar a figura da mulher negra e, assim, confrontar
o padrão de beleza feminino do séc. XIX.
B) CORRETA. O autor busca confrontar o ideal de beleza feminino dos escritores românticos do séc. XIX, situando a mulher
negra, pelo menos, entre o padrão estético de então.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa leu a informação posta no enunciado do período histórico em que o
autor viveu e, possivelmente, recordou-se das principais características de uma obra do movimento romântico, entre elas
a idealização da mulher. Ademais, a alternativa está incorreta, dado que uma das intenções do trabalho literário de Gama
é criticar o projeto dos autores românticos, que, ao passo que tornaram o índio herói nacional, excluíram os negros da
arte literária.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa talvez o faça por desatenção, pois, embora as informações sejam
verdadeiras no que diz respeito ao projeto literário de Gama, elas não são apresentadas no conteúdo do poema.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa talvez o tenha feito por desatenção ou não compreensão do poema,
haja vista que a obra, longe de resignação do autor, intenta uma valorização até então não vista aos atributos físicos da
mulher negra.
nacional.
A) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa se embasa no título do poema, “Não há vagas”, e deduz corretamente
que o texto trata também das condições miseráveis em que se encontrava a população, inclusive no tocante ao desem-
prego. Porém, não interpreta as expressões em destaque no enunciado nesse contexto, que apontam para a abordagem
de temas sociais em textos literários, principalmente as mazelas responsáveis pelo sofrimento da população, bem como
o indivíduo em situação de miséria.
B) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa interpreta o contrário do expresso pelas expressões, já que elas expli-
citam justamente a necessidade de a poesia abordar também temas sociais e cotidianos, aproximando-se da realidade
concreta de forma sensível.
C) CORRETA. O poema de Ferreira Gullar critica o fato de as coisas simples e concretas da realidade, as necessidades
sociais e humanas, muitas vezes não terem espaço na poesia, “não cabem no poema”; apontando, em contrapartida,
para a abordagem de temas ditos “mais elevados”, que se distanciam de situações de miséria (“o homem sem estômago /
a mulher de nuvens / a fruta sem preço”). Logo, o autor reconhece a necessidade de a poesia abordar também os
problemas sociais de um contexto mais amplo.
D) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa infere que a crítica feita no poema é a incapacidade da escrita de
mudar situações concretas, que fugiriam do seu escopo. Logo, ele não interpreta o texto devidamente, uma vez que o
poeta sugere a criação de uma poesia que dialogue com esses problemas mais “básicos”, usando as expressões “não
cabe no poema” e “só cabe no poema” para criticar uma escrita isenta de abordar tais assuntos.
E) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa não interpreta devidamente o poema, em especial os versos “o
homem sem estômago” e “a mulher de nuvens”, entendendo que o primeiro ironiza uma pessoa que provavelmente não
tem estômago, pois não reivindica o preço dos alimentos, enquanto a segunda “vive nas nuvens”, ou seja, não raciocina
acerca de sua realidade para criticá-la. Logo, o aluno extrapola o conteúdo do poema, já que não lê as partes do texto
relacionando-as.
Habilidade: H25 – Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades
linguísticas sociais, regionais e de registro.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa é convencido pela revolta do passageiro diante da certeza de que foi
insultado pelo cobrador, equivocando-se quanto ao significado do termo “recalcitrante” segundo a língua portuguesa.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa considera que a situação tenha sido desencadeada pela interferência
do narrador, que, alheio aos reais motivos do cobrador, se envolve no acontecimento, desconsiderando a irrelevância da
forma da narrativa na origem dessa confusão.
C) CORRETA. O passageiro desconhece o valor semântico da palavra utilizada pelo cobrador (“recalcitrante”), certamente
por ela aparecer raramente em situações informais. Seu uso é, em geral, restrito a textos de norma-padrão, como docu-
mentos oficiais, portarias e normas diversas. Assim, acreditando que se trata de uma ofensa, a confusão se estabelece.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa observa no enunciado que a confusão se instaura a partir do momento
que o passageiro entra molhado no ônibus, e infere incorretamente que é disso que trata o trecho. Entretanto, não há
questionamento do passageiro quanto à existência de regras de vestimentas no ônibus, mas sim uma confusão linguística
a partir de uma falta de conhecimento de vocabulário.
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E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende que há um problema com o calção molhado – asso-
ciando-o a formas não verbais – e depreende então que há uma mistura de recursos verbais (a briga) e não verbais
(o calção). Entretanto, não é isso que “recursos verbais e não verbais” querem dizer. Para que houvesse essa mistura,
deveria haver algum gesto que causasse a confusão, ou algum outro que não decorresse da fala/escrita. Esse não é o
caso do texto, que traz um problema devido a um vocábulo mal compreendido.
Habilidade: H22 – Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não reconhece que os trechos não são do gênero ensaístico e inter-
preta da maneira oposta a passagem “recuso-me a negá-lo”, do Texto II.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica corretamente que os textos são escritos em forma de carta
e localiza, no Texto II, a abordagem sobre o ódio. No entanto, não percebe que o Texto I trata apenas de amor, não de
ódio.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa reconhece que há um enaltecimento, no Texto I, da pessoa amada,
mas não percebe essa ausência no Texto II. O aluno leva em consideração que o Texto II trata de assuntos verdadeiros
à sociedade da época, no entanto, julga erroneamente que os trechos são do gênero relato histórico.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica que a data no início do Texto I pode sugerir que se trate de
um diário, mas não atenta ao termo “Carta” no início do Texto II. O aluno considera erroneamente que ambos os trechos
tratem da possessividade amorosa.
E) CORRETA. Os trechos são estruturados em forma de carta, o que pode ser verificado, no Texto I, pela data e uso de
vocativo e, no Texto II, pelo termo “Carta” logo no início, além do fato de que ambos os textos possuem pronomes e
verbos conjugados na primeira pessoa. No Texto I, o narrador compara “o mundo [...] sem amor” a “uma lanterna mágica
sem luz”, o que exprime a ideia de que, assim como a luz é necessária para o funcionamento da lanterna mágica, o
amor é necessário ao mundo; no Texto II, a narradora apresenta a necessidade de inventar um amor verdadeiro, mesmo
quando o amado não existe.
Habilidade: H04 – Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comu-
nicação e informação.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende que o meme se baseia, na maioria das vezes, em acon-
tecimentos atuais, no entanto não percebe que o texto em momento algum classifica essa característica como negativa.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa percebe que o meme consiste em uma reflexão acerca do mundo
atual, sendo, portanto, ligado a questões do presente, entretanto, deixa de considerar que nada impede que textos desse
gênero reflitam sobre o passado e o futuro.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa entende que, por ser de fácil execução, o meme questiona os
padrões estéticos de outros gêneros, como a charge e a tira, porém se equivoca ao colocar essa crítica no centro do
debate em torno desse tipo textual.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa atenta ao comentário de Vicente Aguiar, especialista em comuni-
cação, sobre alguns memes que, segundo o entrevistado, são “toscos”, mas ignora que o profissional, nesse momento,
apenas reproduz impressões de leitores acerca do meme, não descrevendo uma característica intrínseca ao gênero.
E) CORRETA. O meme, gênero textual que nasceu e se desenvolveu na internet, sobretudo nas redes sociais, veicula, de
forma bem-humorada, críticas a acontecimentos atuais ou a personalidades relevantes para o presente. Apesar de muito
difundido, conforme o trecho acima, recebe várias críticas por parte de leitores que o tomam como um produto de menor
qualidade artística, uma vez que independe de habilidades plásticas para ser produzido.
Habilidade: H14 – Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas
manifestações de vários grupos sociais e étnicos.
A) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa considera que o debate sobre apropriação cultural busca diluir as
fronteiras entre diferentes culturas, considerando que o texto menciona miscigenação e sincretismo. Porém, deve com-
preender que, nesse debate, as fronteiras culturais são ainda mais demarcadas, evidenciando a diversidade étnica a fim
de denunciar a desigualdade.
B) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa considera o trecho do texto que noticia a repressão de uma jovem
branca por utilizar um símbolo da cultura negra. Entretanto, a leitura integral do texto esclarece que o debate sobre apro-
priação cultural trata de reflexões mais complexas, e essa interpretação da questão é equivocada.
C) CORRETA. A apropriação cultural trata da apoderação, por parte da etnia dominante, de artefatos culturais e estéticos
que são símbolos de resistência de etnias marginalizadas. Nesse sentido, segundo o texto, o debate sobre o tema busca
apontar a dominação racial que ocorre também nesse âmbito.
D) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa compreende que o debate sobre apropriação cultural intenciona
exaltar as diferentes expressões culturais das etnias que compõem a população. No entanto, não é correto afirmar que
as diversas etnias e suas culturas coexistem em igualdade; pelo contrário, o debate citado pretende evidenciar a desi-
gualdade racial.
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E) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa entende que se trata da afirmação correta, uma vez que menciona
a miscigenação, que também é citada no primeiro parágrafo do texto. Mas o cerne do debate sobre apropriação cultural
não é a flexibilização das origens das produções culturais, e sim das relações de poder e dominação, que passam pelo
fortalecimento das diferentes origens.
Habilidade: H11 – Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho
e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos.
A) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa se atenta aos aspectos do texto que ressaltam a influência dos
esportes, por exemplo, na vida escolar e profissional. Entretanto, o texto não destaca um êxito em tais áreas, muito menos
de forma contínua, e ressalta que a atividade deve ser praticada assiduamente, e não de forma intermitente.
B) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa se atenta ao caráter de aprimoramento de outras áreas da vida social
da atividade esportiva e entre a relação aluno-professor, entretanto, não é possível inferir a partir do texto que o desporto
garanta relações duradouras e sólidas em quaisquer áreas da vida.
C) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa se atenta aos aspectos da atividade esportiva que podem ajudar
nas relações sociais, como trabalho e escola, entretanto, não atenta ao ponto principal para que tais aspectos ocorram:
a regularidade e a consistência da atividade.
D) CORRETA. O texto salienta que a atividade esportiva pode funcionar como catalisadora das atividades educacionais,
assim como de outras esferas da vida social, como o trabalho. Entretanto, deve-se estar atento para o fato de que tais
vantagens não ocorrem concomitantemente ao início das práticas, nem mesmo se realizadas de forma espontânea, mas
sim com consistência e intencionalidade pelas partes envolvidas.
E) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa se atenta, corretamente, aos aspectos do texto que ressaltam as
possibilidades extraesportivas da atividade, como a melhora nos índices educacionais ou no trabalho, entretanto, se
equivoca ao não assimilar o aspecto fundamental do texto: a regularidade da prática deve ser intencional e consistente,
e não espontânea.
Habilidade: H04 – Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comu-
nicação e informação.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa considera que o uso das expressões enriquece o idioma português,
pois acrescenta novos vocábulos à nossa língua. Essa seria uma visão correta desde que o texto assumisse esse ponto
de vista. Entretanto, o texto da leitora critica o uso excessivo de expressões estrangeiras na língua portuguesa.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica que a leitora é indiferente em relação ao uso excessivo
de estrangeirismos, e, por esse motivo, faz uso excessivo deles em seu texto. Entretanto, é evidente o tom irônico que a
autora adota para se referir ao uso excessivo de estrangeirismos, uma vez que ela os utiliza em demasia e referindo-se
a “aqueles que amam a língua portuguesa”.
C) CORRETA. O texto apresenta a crítica de uma leitora ao uso excessivo de estrangeirismos, que utiliza como exemplo
uma passagem na qual tais termos se fazem presentes em coisas cotidianas, mas que poderiam ser substituídos por
expressões em português.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa considera que, por vivermos em um mundo globalizado, a utilização
de estrangeirismos é muito comum, o que é verdade. Entretanto, o trecho da leitora critica o uso excessivo; logo, o seu
uso não é indispensável, mas sim dispensável.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa considera que o uso excessivo de estrangeirismos é dispensável.
Entretanto, não há elementos no texto que possam ser relacionados a um suposto caráter nacionalista do brasileiro.
Habilidade: H16 – Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa considera os primeiros versos “Quando eu morrer... não lancem meu
cadáver/No fosso de um sombrio cemitério...”, em que o eu lírico nega uma sepultura a uma possível relação de heroísmo
e mártir nacional, explorada, principalmente, na primeira geração do Romantismo. Porém, não há qualquer menção a
nacionalismo, herói ou mártir nacional no poema de Castro Alves.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa relaciona o verso “Ei-la a nau do sepulcro – o cemitério...” a uma
menção à poesia clássica camoniana, presente em Os Lusíadas, que se refere às Grandes Navegações. Porém, apesar
dessa referência às naus, o poema não estabelece relação com a poética de Luís Vaz de Camões.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa relaciona a imagem de poeta engajado, constantemente atribuída
a Castro Alves, aos últimos versos nos quais o eu lírico aponta que o coração do morto está com seus entes queridos,
mulher, pai ou filhos. Ao fazer tal declaração, o poeta não procura um engajamento social, mas apenas busca não roman-
tizar a morte e suas iconografias.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa relaciona os últimos versos a uma visão espiritualizada, típica
do Simbolismo brasileiro, em que haveria a possibilidade de aquele que morreu permanecer presente em seus entes
queridos. O poema não estabelece relação com o Simbolismo por esta ser uma estética posterior. Além disso, os últimos
versos não se apresentam como uma visão mística, em que há um retorno de almas, mas como uma marca deixada pelo
sujeito em vida, em seus entes queridos.
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E) CORRETA. O enunciado propõe que Castro Alves dialoga com vários temas poéticos presentes no Romantismo brasileiro.
No poema, há um intenso diálogo com imagens funestas, como tumbas e cemitérios, tipicamente ultrarromânticas, porém
sem as idealizações que os poetas dessa geração promoviam em suas poesias.
Habilidade: H10 – Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades
cinestésicas.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica que a imagem corporal começa a ser construída na infância,
durante a relação da criança com o mundo; porém essa imagem não é consolidada nesse período, já que, segundo o
texto, com novas demandas, “o indivíduo se vê na necessidade de construir novas imagens e esquemas para o seu
corpo”.
B) CORRETA. O texto mostra que a imagem corporal é um processo gradativo dependente das demandas físicas e afetivas
que a pessoa recebe, de forma que, quando novas demandas são recebidas, “o indivíduo se vê na necessidade de cons-
truir novas imagens e esquemas para o seu corpo”.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica o trecho “as exigências traduzidas pelas imagens do
contemporâneo, sobretudo as fornecidas pelas mídias, configuram um corpo-imagem irreal e ilusório” e interpreta incor-
retamente que a imagem corporal é resultado dessa influência da mídia, sem atentar que o texto mostra um conflito com
essa influência, o qual será organizado por meio de um ajustamento da imagem corporal.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica o trecho “traduzindo-os em movimentos do seu corpo na
relação com os outros” e interpreta incorretamente que há uma comparação entre a imagem corporal da criança e a de
outras pessoas.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica o trecho “imagens corporais de indivíduos imbuídos de
marcas familiares e vivenciais de ordem biológica, afetiva e social” e interpreta incorretamente que a imagem corporal
é uma demanda de diferentes vivências, quando, na verdade, o texto associa a imagem corporal a um processo de
construção.
Habilidade: H24 – Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais
como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras.
A) CORRETA. Para convencer o leitor de sua visão, a autora procura ressaltar as consequências indesejadas do cancela-
mento, como “prejudicar pessoas que não estão ligadas diretamente ao problema que deve ser enfrentado”. Assim, ela
procura demonstrar que esse tipo de atitude não dever ser o foco dos consumidores. Além disso, o cancelamento pode
não resolver o real problema enfrentado.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa entende que a menção à possibilidade de boicote pela internet seja
uma forma de envolver o leitor, presumindo que a internet seja uma tecnologia familiar a todos. A autora se refere à
tecnologia, no entanto, apenas para evidenciar o caráter fluido que o boicote pode adquirir nesse espaço, podendo ser
devastador em um curto espaço de tempo, mas com possibilidade de ser rapidamente esquecido.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa interpreta de maneira equivocada a utilização das aspas no termo
“cancelamento”, assumindo que estas fazem referência a um termo técnico. Entretanto, essa é uma gíria comum entre os
jovens e em meios digitais.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa confunde o emprego das aspas na palavra “cancelamento”, utili-
zadas pela autora como forma de indicar o significado não usual da palavra, como uma forma de ironia, para demonstrar
o desprezo da autora pelo termo.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa acredita que o leitor teria maior envolvimento se acreditasse que seu
boicote fosse capaz de impactar as pessoas responsáveis pelas decisões empresariais. A autora defende, porém, que a
atitude de “cancelamento” não afeta as pessoas no comando, mas sim as pessoas que são inocentes.
Habilidade: H15 – Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto
histórico, social e político.
A) CORRETA. A obra O triste fim de Policarpo Quaresma narra a história de um funcionário público de classe média baixa
do Rio de Janeiro, no final do século XIX, logo após a Proclamação da República. No fragmento, em que Olga faz uma
visita ao seu padrinho, a afilhada fica surpresa ao perceber que, mesmo após a Proclamação da República, a vida no
campo continuava a mesma: as terras continuavam com a oligarquia rural e os trabalhadores eram miseráveis. Situada
no Pré-Modernismo, momento de transição da literatura brasileira, fica evidente na obra o alinhamento com o Realismo,
uma vez que há o retrato da sociedade brasileira da época, com seus contrastes sociais, representados, no trecho, pelas
realidades destoantes vividas por Olga e por Quaresma.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa reconhece que a obra pertence ao Pré-Modernismo, momento de
transição em que ainda perduravam influências do Parnasianismo, em que o preciosismo era uma das principais carac-
terísticas. Porém, essa característica não está presente no fragmento do texto. No texto, já é verificada uma renovação
estética do período, com elaboração textual mais despojada.
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C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende que a visão que Olga tinha sobre os roceiros não era
real, uma vez que imaginava que eles eram felizes e saudáveis. Apesar disso, essa idealização não explica o momento
de transição pelo qual o Pré-Modernismo passava, em que perduravam algumas influências estéticas do século XIX
(Realismo, Naturalismo, Parnasianismo e Simbolismo). É provável que o aluno tenha associado essa obra indevidamente
ao Romantismo, período em que a idealização era uma das características predominantes.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica o Naturalismo como uma das correntes estéticas que
influenciaram as produções no Pré-Modernismo, além de identificar a referência ao “esqueleto de um doente” no
fragmento. Porém, essa referência é usada para metaforizar as condições precárias das casas. Logo, o trecho não
apresenta o mundo sob o viés científico do Naturalismo, mas se atém à representação fiel da vida cotidiana, relacionada
ao Realismo.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não interpreta devidamente a linguagem empregada no trecho. Isso
porque é utilizada uma linguagem voltada ao coloquialismo, como expresso em “Era sempre aquele sapê sinistro e aquele
‘sopapo’ que deixava ver a trama das varas, como o esqueleto de um doente”. Apesar de o escritor Augusto dos Anjos,
por exemplo, surpreender nesse período de transição da literatura brasileira empregando um vocabulário rebuscado e
eloquente, a linguagem utilizada nas obras dessa época era, de um modo geral, coloquial e brasileira, pelo interesse na
abordagem de temas brasileiros.
Habilidade: H21 – Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não-verbais utilizados com a finalidade
de criar e mudar comportamentos e hábitos.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa percebe as campanhas vacinais como uma atividade tipicamente
governamental, mas não atenta às reais razões da criação da personagem apontadas no texto, que é justamente reduzir
o temor da população, sobretudo entre as crianças, acerca da vacinação.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa relaciona o recurso utilizado nas campanhas vacinais com formas de
publicidade que ressaltam as consequências negativas das doenças que podem ser prevenidas pelas vacinas. Esse tipo
de abordagem atemoriza a população, contrariando a proposta por trás da criação do Zé Gotinha, a qual é justamente
reduzir o medo da população.
C) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa confunde os recursos visuais do personagem Zé Gotinha com uma
forma de demonstrar eficácia do programa de maneira indireta por meio da credibilidade da personagem, porém o racio-
cínio extrapola as interpretações possíveis.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa associa o conhecimento que detém sobre alto custo dos programas
de vacinação como sendo a suposta finalidade do emprego da personagem Zé Gotinha: trazer aceitação desse dispêndio.
E) CORRETA. O texto evidencia que a personagem Zé Gotinha foi desenvolvida e empregada em campanhas vacinais
como forma de suavizar o sentimento de amedrontamento gerado pelas vacinas, sobretudo nas crianças. Na imagem, é
possível observar traços que tornam a personagem carismática e amigável, reforçando a ideia de que o processo vacinal
seria tranquilo.
Habilidade: H25 – Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades
linguísticas sociais, regionais e de registro.
A) INCORRETA. Embora o Texto II enquadre o contexto do funk em uma estrutura de versos e em uma estrofação em
quadras, não se trata de um uso de variante poética, mas informal. Além disso, não se trata de uma tentativa de elevar o
contexto de funk ao adequá-lo ao universo do poema, mas de representá-lo tal como ele é, com respeito ao passinho e à
dança típicos dessa vivência. O aluno que assinala a alternativa equivoca-se na interpretação de que o contexto do funk
precisa ser elevado, deixando-se conduzir por uma percepção que pode ser proveniente do senso comum.
B) CORRETA. O Texto II apresenta um registro informal de linguagem, como se percebe na omissão do termo “que” e
na redução do verbo “estão” para “tão”, que se aproximam da oralidade. Além disso, utilizam referência à dança e ao
passinho, associados ao ambiente dos bailes. Trata-se de uma representação bem-humorada da vivência do funk, ade-
quando a mensagem de resistência de Quintana a esse contexto tipicamente brasileiro.
C) INCORRETA. Embora o Texto II realize alterações em relação ao primeiro verso do texto de Mario Quintana, não se
trata de uma crítica ao uso formal da linguagem – a começar porque a linguagem empregada no poema original não
apresenta um registro formal, mas uma aproximação da linguagem oral e brincadeiras linguísticas, como no uso do termo
“poeminho”. Não há nenhuma relação de crítica estabelecida pela intertextualidade proposta entre os textos. O aluno que
assinala essa alternativa equivoca-se ao interpretar as variedades de registro.
D) INCORRETA. O Texto II apresenta uma variedade ainda mais informal e característica do ambiente dos bailes funks, o
que, sim, representa uma mudança na variante de registro. No entanto, o aluno que assinala a alternativa equivoca-se ao
identificar uma perda de leveza na mensagem ou uma contrariedade em relação ao poema de Quintana – isso porque a
mensagem transmitida segue no sentido de que o eu lírico de ambos os poemas é resistente aos opositores e mantém-se
pela leveza: seja por “ser passarinho”, seja por “fazê-los dançar o passinho”.
E) INCORRETA. Embora o Texto II seja mais curto do que o texto original, em especial pelo corte de título, a proposta não
pretende reforçar a importância da brevidade para a transmissão da mensagem – não há nada que aponte para esse
caminho, inclusive porque todos os cortes podem ser justificados pela adaptação da variante linguística para representar
o contexto cultural do funk. O aluno que faz essa leitura focada na brevidade da mensagem extrapola as possibilidades
de interpretação, caminhando para uma leitura não autorizada.
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Habilidade: H13 – Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza
e preconceitos.
A) CORRETA. Como Dubuffet declara, a intenção da Art Brut é enaltecer o que a sociedade condena, chamando a atenção
para o que é considerado “feio” pelas normas tradicionais da arte, que o artista considerava afetadas e datadas. Para ele,
a arte deveria ser autêntica, livre de influências dos estilos oficiais, por isso “bruta” ou “crua”.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa considera que, como informa o texto, Dubuffet apreciava a arte
produzida por artistas marginalizados e esquecidos. Porém, está claro que o artista rejeitava o circuito oficial de arte;
portanto, é incorreto considerar que buscava inclusão nesse circuito.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa associa a denominação “arte bruta” à violência. Além disso, em 1945,
ano em que surgiu o movimento, findava a Segunda Guerra Mundial. Mas é incorreto concluir que a Art Brut valorizava a
violência, uma vez que o texto expressa claramente a exaltação à marginalidade e à originalidade.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa considera a menção à loucura e à marginalidade, características
elogiadas por Dubuffet. Entretanto, o artista critica a artificialidade da arte tradicional. Para ele, a arte não deve “simular”
a loucura e a marginalidade, mas trazer à tona o que os loucos e marginais têm de mais espontâneo e verdadeiro, sem
afetações.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa infere que os artistas exaltados por Dubuffet, marginalizados social-
mente, são desconhecidos. Mas deve compreender também que, justamente por valorizar os marginais, a Art Brut rejeita
o mercado de arte e o circuito artístico oficial, elitizado e influenciado pelos estilos tradicionais.
Habilidade: H29 – Identificar pela análise de suas linguagens as tecnologias da comunicação e informação.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa associa diversos problemas advindos dos meios digitais a uma
suposta dificuldade de monitoramento nas redes sociais e infere que esse poderia ser também o caso de um emoji
sendo usado de forma incorreta. Contudo, o texto afirma que a utilização dos emojis é livre, portanto, não necessita de
monitoramento.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende que as mudanças sofridas pela linguagem nos meios
digitais estão associadas à diminuição do uso dos emojis. Contudo, o texto evidencia que esses símbolos, na verdade,
são largamente utilizados, assumindo significados diferentes.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende que um aumento do tempo dos usuários na internet faria
com que essas mudanças ocorressem. Contudo, a mudança no significado das palavras e dos símbolos não depende do
tempo de uso, mas da forma como os usuários interpretam e usam a linguagem nesse contexto digital.
D) CORRETA. Assim como ocorre em outras formas de comunicação, a linguagem nas redes sociais sofre constante adap-
tação em razão da mudança na percepção dos usuários. Esse processo decorre da ressignificação dos símbolos da
linguagem, como os emojis. No caso do símbolo do choro escandaloso, os usuários passaram a utilizá-lo também como
expressão de riso exagerado.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa se apoia na ideia de que a utilização de um mesmo emoji, tanto para
demonstrar alegria como para demonstrar tristeza, está associada às mudanças no contexto social. Entretanto, o texto
evidencia que essas mudanças ocorrem porque a linguagem é constantemente adaptada.
nacional.
A) CORRETA. No fragmento, a personagem Corregedor é uma personagem-tipo, ou seja, uma figura sem profundidade
psicológica que representa os vícios, hábitos e costumes relacionados a esse ofício de um modo geral. Essa represen-
tação de um tipo padronizado fica evidente na identificação da personagem Corregedor, nomeada pela profissão que
exerce.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica, na rubrica do trecho, que o Corregedor levava uma vara
na mão, insígnia que representava a autoridade e o poder dos juízes. Porém, o fato de a personagem portar esse objeto
não indica como as relações sociais e humanas são expressas na obra.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não interpreta devidamente o trecho. Isso porque a personagem
Corregedor representa um tipo padronizado, ou seja, comportamentos de quem tem essa profissão de um modo geral.
Logo, o texto não representa figuras com profundidade psicológica, mas, ao contrário, reúne vícios, hábitos e costumes
comuns a quem tem esse ofício.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa reconhece o contexto social de elaboração e publicação da obra.
Porém, a corrupção no Judiciário, denunciada e criticada no trecho por meio das ações da personagem Corregedor, não
se limita à sociedade portuguesa do século XVI, mas é um problema ainda muito atual na sociedade.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não interpreta o diálogo corretamente. Isso porque o Corregedor
tenta usar do cargo de juiz que desempenhava na Terra para se livrar da condenação ao inferno pelos seus pecados, o
que é contestado pelo Diabo. Isso pode ser confirmado quando a personagem Diabo ironicamente o chama de “descor-
regedor”, em que o prefixo “des-” indica oposição, sugerindo que o Corregedor descumpria a lei.
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Habilidade: H30 – Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao
conhecimento que elas produzem.
A) CORRETA. O ponto responsável por situar a publicidade veiculada pelo YouTube como uma “zona cinza”, prejudicial ao
espectador, é a identificação que o youtuber cria com seu seguidor, que não o vê como alguém que lhe vende algo, mas
como alguém que compartilha uma experiência.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa associa a ausência da televisão desse novo tipo de publicidade a
uma característica das novas tecnologias da informação. No entanto, não há relação entre a existência de “zonas cinzas”
na publicidade e o fato de ela não precisar ser veiculada na televisão.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não compreende que o fomento ao mercado local não se relaciona
à existência de “zonas cinzentas” da publicidade e ao incentivo de uma publicidade ilegal.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica a relação entre youtubers e seus seguidores, não compreen-
dendo, no entanto, que o estímulo à publicidade ilegal não acontece por meio da demanda popular desses seguidores.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa relaciona o texto às discussões sobre circulação de informações
falsas na internet. No entanto, não compreende que tal fator não é determinante à existência de “zonas cinzentas” da
publicidade e ao incentivo de anúncios irregulares.
Habilidade: H23 – Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público-alvo, pela análise dos
procedimentos argumentativos utilizados.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa associa corretamente o termo “dengue não entra em quarentena”
à coloquialidade típica da língua portuguesa. Entretanto, isso não pode ser associado a atingir a população mais pobre,
afinal, a coloquialidade é utilizada em contextos informais.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa associa a propaganda, feita por uma secretaria da saúde de um
município, à ideia de erudição. Entretanto, não é o caso. A expressão “dengue não entra em quarentena” é típica de uma
linguagem coloquial, de jovens, e é utilizada para atingir a população como um todo de maneira simples.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa relaciona corretamente a linguagem informal ao público jovem,
entretanto, não se trata de uma linguagem rebuscada.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica que, pelo fato de o cartaz ser proveniente de uma secretaria
municipal de saúde, está tentando incentivar as pesquisas acadêmicas acerca das doenças provocadas pelo mosquito,
entretanto, esse não é o objetivo da propaganda, a qual quer atingir, por meio de uma linguagem informal, um público mais
amplo.
E) CORRETA. A propaganda, de maneira simples e com humor, objetiva dialogar diretamente com a população por meio de
uma linguagem simples, direta e informal. Isso pode ser visto pelo uso da expressão “dengue não entra em quarentena”,
que não segue o rigor gramatical da variedade padrão da língua.
Habilidade: H03 – Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função
social desses sistemas.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica a opinião do coordenador de projetos no segundo pará-
grafo, mas não atenta que, por se tratar de uma notícia, a opinião da autora não está presente.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa interpreta incorretamente que o fato de os resultados mostrarem a
alta conectividade de crianças e adolescentes à internet também é uma forma de criticar esse uso.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa interpreta incorretamente que a alta conectividade apresentada nos
dados é um argumento para convencer os leitores sobre a importância da internet, quando, na verdade, o texto mostra os
resultados da pesquisa de forma objetiva e imparcial.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa interpreta incorretamente que, por se tratar de uma notícia sobre o
uso de internet pelos brasileiros, o texto tem a função de justificar a realização desse tipo de pesquisa, o que não ocorre
no trecho.
E) CORRETA. O texto é uma notícia que apresenta uma pesquisa sobre o uso da internet no Brasil, tendo como função
informar seus resultados, os quais mostraram uma alta conectividade de crianças e adolescentes brasileiros à internet.
Habilidade: H12 – Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais.
A) CORRETA. Como o texto explica, a história, a cultura e a arte de um povo são elementos interdependentes, não podem
ser compreendidos isoladamente. Portanto, é correto dizer que a arte está integrada aos outros fatores.
B) INCORRETA. O aluno que marca essa alternativa considera que, por ser o último elemento mencionado, a arte resulta
dos dois elementos anteriores. No entanto, o texto deixa claro que a relação entre os elementos é de interdependência.
C) INCORRETA. O aluno que marca essa alternativa conclui que a arte, sendo o único elemento confiável, é dominante
sobre os demais. Todavia, antes de afirmar que a arte é o único em que se pode confiar, o texto ressalta que os três
elementos foram um todo indivisível: para que se compreenda um, é preciso considerar os outros dois.
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D) INCORRETA. O aluno que marca essa alternativa interpreta que, por ser a arte o único elemento confiável, a história e
a cultura estão condicionadas a ela. Mas, apesar de considerar que a arte é o único elemento confiável, o texto enfatiza
que os três elementos só podem ser compreendidos de forma integrada.
E) INCORRETA. O aluno que marca essa alternativa leva em consideração a afirmação do final do texto, de que a arte é o
único elemento confiável entre os três; assim, pode ser compreendida de forma independente. Mas, conforme consta no
texto, os três elementos devem ser compreendidos em conjunto, nunca isoladamente.
Habilidade: H27 – Reconhecer os usos da norma-padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
A) CORRETA. Apesar de conseguir ler a carta, o narrador não a compreende, já que, para ele, “ter-te-ão” seria uma pessoa.
Dessa forma, identifica-se que a norma-padrão faz pouco sentido para o narrador.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica que o narrador apresenta dificuldades de leitura e com-
preensão da norma-padrão e interpreta incorretamente que há uma associação entre a norma-padrão e as frustações
do narrador.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica que o narrador confunde “ter-te-ão” com uma pessoa e
considera esse aspecto criativo, sendo que essa confusão mostra a pouca compreensão da norma-padrão pelo narrador.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica a dificuldade do narrador em compreender a norma-padrão
e interpreta incorretamente que há uma diferença entre a linguagem usada na narração e a norma-padrão, não atentando
às descrições do narrador que seguem a norma-padrão.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica que o narrador está abordando a leitura de uma carta e
interpreta incorretamente que a norma-padrão estaria associada a essa situação de uso.
Habilidade: H19 – Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa crê, erroneamente, que a canção de Paulinho da Viola faz uso,
predominantemente, da função conativa ou apelativa da linguagem. Apesar de ser possível perceber ecos dessa função
em colocações como “Me perdoe a pressa”, a função predominante na composição é a fática, pois a canção simula uma
conversa desinteressada entre dois sujeitos que apresentam dificuldades para manter a comunicação.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa crê, erroneamente, que a canção de Paulinho da Viola faz uso,
predominantemente, da função metalinguística da linguagem. No entanto, a função predominante na composição é a
fática, pois a canção simula uma conversa desinteressada entre dois sujeitos que apresentam dificuldades para manter
a comunicação.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa crê, erroneamente, que a canção de Paulinho da Viola faz uso, pre-
dominantemente, da função emotiva da linguagem. Apesar de ser possível perceber ecos dessa função em colocações
como “Quanto tempo, pois é, quanto tempo”, a função predominante na composição é a fática, pois a canção simula uma
conversa desinteressada entre dois sujeitos que apresentam dificuldades para manter a comunicação.
D) CORRETA. A canção de Paulinho da Viola, “Sinal fechado”, simula a conversa entre dois sujeitos no trânsito enquanto
aguardam o sinal para avançar. Como crítica à velocidade do mundo moderno e, consequentemente, à falta de relações
profundas e verdadeiras, o compositor tece um diálogo em cuja base se encontra a função fática da linguagem, focada
no canal da comunicação. Sem nada a dizer um ao outro, os dois indivíduos buscam apenas manter a conversa com o
conhecido que avistam no trânsito, disfarçando o mal-estar causado pelo encontro.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa crê, erroneamente, que a canção de Paulinho da Viola faz uso, pre-
dominantemente, da função referencial da linguagem. Apesar de ser possível perceber ecos dessa função em colocações
como “Precisamos nos ver por aí”, a função predominante na composição é a fática, pois a canção simula uma conversa
desinteressada entre dois sujeitos que apresentam dificuldades para manter a comunicação.
CIÊNCIAS HUMANAS SUAS TECNOLOGIAS

Habilidade: H23 – Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.
A) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa não reconheceu no texto-base a referência à indicação da ONU de
“Conseguir uma cooperação internacional para resolver os problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural
ou humanitário, e para promover e estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos,
sem distinção de raça, sexo, língua ou religião”, onde torna responsabilidade dos países que a integram a solução de tais
demandas, não sendo compatível a tal, a desobrigação de lutas relativas ao direitos de grupos tidos como minoritários.
B) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa compreende que é tarefa dos países garantir a paz e a segurança em
seus territórios, mas não apenas isso. A manutenção da paz e da segurança deve ser realizada em nível internacional,
como explicitado no trecho “Manter a paz e a segurança internacionais [...]”.
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C) CORRETA. A ONU é uma organização internacional composta de países que defendem a igualdade de soberania entre
os seus participantes. Sua função é estabelecer a paz e a segurança a nível mundial, promover relações amigáveis entre
as nações e estimular o respeito aos direitos humanos e à liberdade. Cabe a cada Estado-nação, até mesmo aos não
membros da ONU, garantir que valores como a paz, o respeito, a igualdade e a liberdade sejam respeitados.
D) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa reconhece que é papel dos países-membros da ONU a defesa dos
direitos humanos em seu território, assim como internacionalmente. Entretanto, a Carta das Nações Unidas não cita a
resolução de questões de ordem econômica através de instituições financeiras, como os bancos.
E) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa compreende a importância da garantia da paz e da segurança inter-
nacionais, porém os Estados não possuem soberania na regulação da paz mundial. Cabe ao Conselho de Segurança
das Nações Unidas adotar medidas obrigatórias para os países-membros, com o objetivo de garantir a execução de suas
resoluções.
Habilidade: H25 – Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa fez uma leitura incorreta sobre o artigo e o parágrafo apontados,
que versam sobre o uso econômico das terras indígenas. Nesse caso, não há abertura para que os indígenas façam o
arrendamento de terras, ou seja, aluguem-nas para terceiros cobrando um valor previamente acordado, o que ocorre
é uma consulta e a obtenção de ganhos dos lucros gerados pela atividade econômica pelos indígenas, dada a licença
concedida.
B) CORRETA. A resposta correta exige do estudante uma leitura atenta e interpretação do trecho da Constituição, bem
como levar em consideração, de maneira crítica, a garantia dos Direitos Humanos, expressa no trecho apresentado por
meio dos direitos de os povos indígenas serem consultados acerca de empreendimentos em seus territórios tradicionais.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende que a exploração das terras indígenas inviabiliza a
permanência dos seus habitantes; entretanto, não há nesse parágrafo indícios de tal mecanismo, ou seja, não há demar-
cação de uma nova terra indígena para aqueles que tenham tido a sua impactada pelos empreendimentos e atividades
econômicas.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa associou os empreendimentos e ciclos produtivos citados no suporte
a algo modernizante e que traria benefícios aos povos indígenas. Nesse caso, é importante frisar que o parágrafo ana-
lisado versa sobre o direito à livre consulta sobre os empreendimentos nos territórios indígenas, sendo que tais obras e
exploração podem impactar significativamente os territórios, não trazendo melhorias. Além disso, a palavra “modernizar”
pode dar a entender que os povos indígenas são povos econômica e tecnologicamente atrasados e necessitam desses
empreendimentos para se desenvolver, o que é um equívoco, dado que suas práticas e culturas estão vivas até hoje e
garantem seus modos de vida e subsistência à revelia de todo o desenvolvimento das sociedades modernas. Ao mesmo
tempo, os povos indígenas e seus modos de vida não devem ser vistos como inimigos da modernização. O que o texto
garante, na verdade, é sua autonomia na preservação de seus costumes e territórios.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa equivocou-se ao associar a consulta aos povos indígenas sobre
os empreendimentos em suas terras enquanto uma formação técnica sobre direito ambiental, ou sobre como produzir.
A Constituição Federal versa apenas acerca da consulta sobre a possiblidade de empreendimentos em terras indígenas,
mas não uma formação aos indígenas enquanto contrapartida.
Habilidade: H28 – Relacionar o uso das tecnologias com os impactos socioambientais em diferentes contextos histórico-
-geográficos.
A) CORRETA. Um marco da 3a Revolução Industrial é a substituição da mão de obra humana por máquinas e equipamentos
industriais, assim como sistemas operacionais, sendo esses aspectos marcados pela música utilizada como suporte.
Podemos chamar esses sistemas, de maneira geral, de sistemas de automação, que substituem aos poucos as atividades
mais manuais e também intelectuais, mas ainda dependem dos comandos e dos controles fornecidos pelo ser humano.
B) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa pode interpretar a menção aos sistemas de automação como uma
crítica à produção em larga escala, podendo também acreditar que a crítica aos processos industriais pressuponha um
retorno ao artesanato, porém, o artesanato é caracterizado pelo trabalho manual, e a própria canção indica que nada é
orgânico, mas, sim, programado. Logo, o artesanato tende a declinar com a modernização tecnológica ocorrida com as
revoluções industriais. O aluno, ao marcar esta alternativa, não teceu essa relação, além de não caracterizar correta-
mente elementos das Revoluções Industriais.
C) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa entende que o incremento tecnológico encarece o produto final, mas,
na realidade, a modernização das linhas de produção tem como objetivo central diminuir os custos de produção e do
produto final, o que facilita o consumo. O aluno entende que investimentos tecnológicos requerem gastos que não são
retornados para o fabricante, gerando, assim, elevação dos custos.
D) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa entende que a automação faz que o conhecimento técnico seja des-
prezível, já que as máquinas fariam os procedimentos mais complexos. Na realidade, a adoção de técnicas modernas de
produção requer profissionais altamente qualificados e especializados. O aluno que marca esta alternativa não entende o
conceito de mão de obra qualificada e o seu emprego em linhas de produção, características da 3a Revolução Industrial.
E) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa não compreende que a mão de obra especializada, que possui alta
demanda no atual cenário industrial, é essencial para a programação dos equipamentos operacionais, bem como para
dar sentido às suas funcionalidades, possibilitando que os mesmos desempenhem suas funções automatizadas.
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Habilidade: H10 – Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da
coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa enxerga o movimento social do campo em prol da reforma agrária
como um adversário das comunidades indígenas. No entanto, esses grupos buscam a redistribuição das terras que estão
em desuso ou que estão em posse de grandes latifundiários.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa acredita que a falta de direitos e a segregação indígena do restante
da população brasileira seja por uma recusa dessas comunidades. No entanto, essa segregação decorre da história colo-
nial brasileira de genocídio contra os grupos indígenas, o que provocou uma falsa ideia de inferioridade dessas pessoas,
incitando atitudes racistas, existentes até os dias atuais.
C) CORRETA. As comunidades indígenas têm como principal ameaça a invasão de suas terras por grileiros e latifundiários
em busca de anexação de novas terras para a plantação de alimentos para exportação e criação de gado, principalmente.
O Estatuto do Índio e a presença dessa pauta na Constituição de 1988 foram passos importantes para a defesa das
comunidades indígenas contra essas ameaças de invasões violentas.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não conhece o movimento social indígena e não compreende que
todos esses direitos citados no texto foram conquistados pela ação desse movimento social.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende que não existem representantes indígenas nos órgãos
legislativos brasileiros. No entanto, na história brasileira já foram eleitos deputados indígenas que representam essas
comunidades, tendo sido o primeiro eleito em 1983.
Habilidade: H05 – Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em dife-
rentes sociedades.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa relaciona de forma equivocada o trecho do texto-base “trans-
formou-se dinamicamente” com uma extraordinária capacidade de inovação técnica. Entretanto, tal expressão se refere
a um processo de mudanças de longa duração, não caracterizando “intensa capacidade de inovações tecnológicas”.
Além disso, o registro do modo de fazer do queijo de Minas privilegia seus aspectos tradicionais, isto é, de conservação
– ainda que toda tradição esteja sempre sujeita a modificações e ressignificações.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não compreende que o texto-base aponta para uma importância local
do queijo de Minas, não nacional. Além disso, mesmo considerando-se apenas localmente sua importância econômica,
deve-se ressaltar que os produtores artesanais sofrem para dar continuidade a tal atividade diante da produção industrial
de queijo.
C) CORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende que o texto-base se refere ao queijo artesanal de Minais
Gerais, portanto, um queijo regional, associado a modos de produção e a elementos culturais locais. Além disso, o aluno
deve reconhecer que, como sugere a patrimonialização de seu modo de fazer, o produto possui uma importância mais
que econômica; tanto o modo de fazer e o consumo quanto a tradição histórica associada ao queijo o constituem como
símbolo da identidade de Minas Gerais – a chamada “mineiridade”.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa interpreta que o trecho “as bases originais do modo de fazer queijo
nas Gerais vêm da tradição portuguesa da Serra da Estrela, na região central de Portugal” expõe que o status atribuído
ao queijo de Minas relaciona-se necessariamente com grande profundidade histórica, isto é, com uma origem longínqua
no passado – no caso, com os tempos do Brasil colonial. Contudo, o texto-base destaca menos sua antiguidade que sua
relevância atual no cenário local mineiro.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa confunde-se com o trecho “Como todo queijo artesanal feito no
Brasil...” concluindo que o queijo de Minas não comporta especificidades no cenário nacional, representando, portanto,
um ponto de convergência artesanal e cultural brasileiro. No entanto, a comparação expressa em tal frase remete apenas
à origem portuguesa da tradição queijeira que se desenvolveu no Brasil. O saber artesanal referente ao queijo de Minas
não é de natureza nacional, mas sim local, como destaca o texto-base.
Habilidade: H2 – Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não se recorda de que a liberdade de imprensa foi implementada
no Brasil em 1821. Ademais, ignora a informação, constante do texto-base, de que, no período em questão, “cada
um escrevia e assinava o que bem entendia”, o que seria suficiente para aferir a inexistência da censura no contexto
delimitado.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica corretamente que, no período em tela, havia uma disputa
entre liberais e conservadores. Contudo, ao assentir a essa afirmação, o aluno contraria o comando do enunciado, que
exige que se identifique qual aspecto da atividade periódica é destacado pelo texto-base. A disputa entre liberais e
conservadores, embora de fato presente no período, é um elemento externo ao escopo do texto e, portanto, não configura
uma resposta correta.
C) CORRETA. Decretada em 1821 pelo príncipe regente, a liberdade de imprensa tornou-se um marco fundamental no
processo de independência, na medida em que criou uma arena livre para a contraposição de projetos políticos. A divul-
gação, a defesa e a contraposição de distintas perspectivas políticas por meio da imprensa influenciaram fortemente a
condução do processo de independência e, posteriormente, o desenvolvimento de uma cultura política nacional.
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D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa pauta-se por uma leitura leviana e pouco detida do texto, deixando-se
levar pela alusão ao Reino Unido. A alusão em questão refere-se, como é evidente pelo contexto do documento, ao Reino
Unido do Brasil, e não da Grã-Bretanha, de modo que não há sentido em afirmar a influência da imprensa britânica sobre
o periodismo brasileiro.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica corretamente que o papel desempenhado pela imprensa
durante o processo de Independência contribuiu para o desenvolvimento de uma cultura política eivada de valores demo-
cráticos. Entretanto, o aluno ignora a informação, presente no texto-base, de que a intensa atividade periódica levada a
cabo no período em tela foi caótica e não tinha “regras definidas”.
Habilidade: H30 – Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
A) CORRETA. No Brasil, o modelo mais comum de urbanização renega a forma natural de seus rios, apostando na cana-
lização e/ou retilinização dos mesmos rios. Dentre as consequências desse modelo, destaca-se a maior ocorrência no
número de inundações que provocam desastres de diversas ordens, sobretudo em termos de perdas de vidas humanas
e perdas materiais/econômicas.
B) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa compreende que os rios são frequentemente considerados obstáculos
para a urbanização brasileira, de modo que o modelo mais adotado nas cidades do país é o de canalização e retilinização
dos rios. Todavia, esse modelo de estruturação das cidades não é responsável pelo aumento da pluviosidade.
C) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa compreende que uma das razões que levaram à retilinização dos rios
foi a necessidade de aperfeiçoar os sistemas viários das cidades. No entanto, o descarte inadequado de resíduos sólidos
não tem relação direta com a retilinização dos rios.
D) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa compreende bem que uma característica da estruturação urbana das
cidades brasileiras é a ocupação irregular das áreas de várzea dos rios. Contudo, o aumento da deposição de sedimentos
oriundo das intervenções dos rios ocorre a jusante, não a montante.
E) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa compreende bem que uma característica da estruturação urbana das
cidades brasileiras é a ocupação irregular das áreas de várzea dos rios, o que disponibiliza espaço para a construção de
empreendimentos imobiliários. Contudo, não é possível afirmar que a retilinização dos rios de planície, conforme mencio-
nado no texto-base, favorece o surgimento de voçorocas em áreas de declive acentuado.
Habilidade: H14 – Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou
fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.
A) CORRETA. Ao assinalar essa alternativa, o aluno analisa de forma crítica os argumentos mobilizados pela autora do
trecho destacado e seu posicionamento frente à disparidade de direitos entre homens e mulheres. Trechos como “Se os
direitos abstratos do homem sustentarão o debate e a explanação, os da mulher não serão submetidos à mesma análise”
e “se as mulheres devem ser excluídas [...] da participação dos direitos naturais da humanidade, prove antes que elas são
desprovidas de razão” evidenciam o recorte de gênero estabelecido por Wollstonecraft e seus questionamentos acerca
da falta de direitos a qual as mulheres estão submetidas.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa se baseia no trecho “um lampejo dessa verdade pareceu surgir a sua
frente quando observou ‘que ver metade da raça humana excluída pela outra metade de toda participação no governo era
um fenômeno político impossível de explicar de acordo com princípios abstratos’.”. Todavia, a alternativa propõe que esse
trecho realiza uma análise sobre diferenças raciais em âmbito mundial, enquanto o argumento da autora fundamenta-se,
principalmente, nas divergências no acesso a direitos entre homens e mulheres.
C INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa realiza uma interpretação equivocada de dois excertos do texto-base
apresentado na questão: “ver metade da raça humana excluída pela outra metade de toda participação no governo era
um fenômeno político impossível de explicar de acordo com princípios abstratos” e “essa falha em sua nova Constituição
sempre mostrará que o homem deve de alguma forma agir como um tirano”. O equívoco na análise desses trechos pode
levar o aluno a compreender que a autora está criticando o modelo de governo atual e defendendo a instauração de uma
tirania. Entretanto, o entendimento correto do texto demonstra que a forma de governo vigente é o exercício do poder
masculino, de forma tirana, sobre o poder feminino e, consequentemente, essa é a crítica feita por Wollstonecraft.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa considera os ideais Iluministas de liberdade e igualdade e os atrela
ao uso da razão, chegando, por fim, à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789. Entretanto, é preciso
destacar que o questionamento de Mary Wollstonecraft não se dirige à Declaração ou à necessidade do exercício da
razão, já que seu argumento versa sobre a crença e a defesa de que as mulheres teriam seu acesso negado a tais direitos
por serem consideradas desprovidas de razão.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa pode ter considerado, principalmente, o trecho: “Se os direitos abs-
tratos do homem sustentarão o debate e a explanação, os da mulher não serão submetidos à mesma análise.”. Ele
demonstra a insatisfação da autora ao observar que os direitos dos homens e das mulheres são interpretados e analisados
de formas diversas frente à sociedade. Entretanto, segundo a autora, isso não ocorre por conta da natureza dos direitos
(se são abstratos ou concretos), mas sim pela natureza de quem os requisita (nesse caso, se são homens ou mulheres).
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Habilidade: H15 – Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa leu o texto-base e compreendeu, equivocadamente, que a prefeitura
do Rio de Janeiro cedeu um terreno público para o movimento negro ou outro grupo citado. Não é verdade, pois foi uma
celebração que envolveu todos esses atores e o terreno continua sendo um local público.
B) CORRETA. O texto cita um momento de celebração em torno da conquista e confluência, por esforço de vários atores,
para que o Cais do Valongo fosse reconhecido como Patrimônio da Humanidade. O texto também deixa claro que essa
conquista não significa somente o tombamento do espaço, mas sim o reconhecimento pela sociedade e a valorização
pública de um local que representa a memória e identidade dos afrodescendentes no Brasil.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa leu, no texto-base, que um espaço público foi modificado por conta
de mudanças urbanísticas na cidade do Rio de Janeiro. Porém, o evento citado no texto não foi de maneira alguma uma
cessão do espaço público para a atividade portuária, pelo contrário, no local citado, Cais do Valongo, foi definido um sítio
de memória tombado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa interpretou que ocorreu uma redescoberta do Cais do Valongo como
um espaço de memória da cultura afro, por anos ignorado. Ele pode ter entendido que existe um processo de intolerância
religiosa por conta da cultura envolvida, o que não é verdade, pois existe, sim, o conflito e a denúncia pelo apagamento da
história dos afrodescendentes por muito tempo; no entanto, o texto fala de um momento de mudança e reconhecimento
dessa história.
E) INCORRETA. O aluno que assinalou essa resposta entendeu que há uma disputa étnica pelo Cais do Valongo, como se
houvesse duas etnias distintas brigando pelo espaço. Isso não é verdade, pois existiu, sim, o esquecimento da história e
a desvalorização da cultura dos afrodescendentes pelo Estado e pela sociedade brasileira, mas não se pode definir esse
tipo de conflito como uma disputa étnica.
Habilidade: H03 – Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não percebe o paralelo entre os regimes antigo e moderno que o
trecho busca fazer. Assim, confunde a referência feita à “exterioridade” ou “identidade” das “instâncias constitutivas do
político” (que, nesse caso, são a comunidade e o poder) com a ideia acerca da independência dos poderes políticos nos
regimes contemporâneos. Esse, entretanto, não é um ponto levantado pelo trecho em questão.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende a “soberania das leis”, que é de fato um princípio repu-
blicano presente no pensamento político contemporâneo, como uma separação entre a comunidade e o poder político,
e enxerga isso sendo aludido no texto. No entanto, não se trata, nessa passagem, dessa questão em particular, nem se
pode dizer que essa seja uma marca distintiva entre os dois regimes.
C) CORRETA. O trecho alude ao fato de que, embora ambos os regimes, antigo e moderno, partilhem dos princípios gerais
de soberania do povo e igualdade de todos, eles assumem caráteres opostos em cada caso particular. Na democracia
antiga, a soberania do povo se manifesta pela democracia direta, a participação na assembleia, enquanto a igualdade
se dá pelo fato de os cargos públicos serem sorteados e pelo direito de todo cidadão à palavra. No caso da democracia
moderna, a soberania do povo se dá pela via da escolha de representantes, de um lado, enquanto, de outro, a igualdade
se resume ao sufrágio universal, o direito de cada cidadão ao voto nas eleições. Nesse segundo caso, o da democracia
moderna, o governo acaba por se distinguir do povo, o que faz com que haja a “exterioridade entre a comunidade e o
poder”, como diz o texto. Diferente é o caso antigo, em que o poder político se preserva no seio da comunidade.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não compreende o paralelo que o trecho busca fazer. Ele se orienta
pelo seu conhecimento de que a sociedade grega era baseada no escravagismo e que os critérios de cidadania eram
restritos, e, então, enxerga as alusões à “identidade” e “exterioridade” como referências à inclusão social.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não percebe o argumento em questão no trecho. Enxerga na afir-
mação de identidade das instâncias do político na antiguidade uma referência a restrições da liberdade do povo. Assim,
pensa que a distinção da democracia moderna, marcada por sua “exterioridade” das instâncias, consiste, então, na
garantia da liberdade de expressão. Esse é de fato um princípio republicano característico das democracias modernas,
mas não é o que está em questão no trecho.
Habilidade: H13 – Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos
de disputa pelo poder.
A) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa pode ter ficado confuso em relação ao papel da República Velha ou
Primeira República na questão dos direitos trabalhistas. O texto, porém, demonstra que esse período da história política
brasileira foi de intensa repressão aos movimentos operários, ou seja, não contribuiu para o progresso dos direitos dos
trabalhadores.
B) CORRETA. O aluno analisou corretamente que o texto propõe uma leitura do tema dos direitos trabalhistas como sendo
uma conquista dos trabalhadores, pois Getúlio Vargas compreendia que, para obter governabilidade, era preciso ceder
aos trabalhadores o que eles já vinham tensionando por meio de greves. O texto apresenta que os atos de Vargas em
prol dos trabalhadores são resultado de um embate político muito longo pelos próprios operários.
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C) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa pode ter entendido como os trabalhadores tensionaram muitas greves
por melhores condições de trabalho antes de Vargas; então eles poderiam ser contrários às propostas varguistas. Porém esta
seria uma má interpretação do texto, já que não consta, no texto, conflito pós-promoção de direito trabalhistas.
D) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa pode ter considerado que como os direitos trabalhistas vieram a
partir de Getúlio Vargas, ele foi o principal responsável por todas as conquistas que beneficiaram a classe trabalhadora.
O texto, porém, propõe uma abordagem mais ampla da questão, enfatizando o papel das próprias organizações operárias.
E) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa pode ter considerado que, como Vargas instituiu as leis trabalhistas,
tal fato trata-se de uma tradição. Porém, a tradição, pelo que o texto revela, não eram os direitos e sim as longas greves
por melhores condições de trabalho.
Habilidade: H11 – Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa entende duas coisas complementares como contraditórias, isto é, a
violência de gênero nas universidades está diretamente associada ao índice de denúncias desse tipo nesse ambiente.
Ainda que o texto-base não exiba os índices, são enumeradas situações diversas em que ocorre violência e discriminação
de gênero nas universidades, de modo que o estudante pode inferir que os índices de violência são altos, de fato, porém
isso não se contradiz com a ocorrência da violência.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa entende que, como o texto aponta para a discriminação contra as
mulheres em cursos tradicionalmente masculinos, existe uma segregação entre homens e mulheres em alguns cursos
universitários. Ao ler atentamente o texto-base, é possível compreender que, na verdade, existem cursos nos quais a
presença masculina é superior à feminina por serem considerados tradicionalmente masculinos.
C) CORRETA. Para assinalar essa alternativa, o aluno deve ser capaz de considerar que as universidades brasileiras
possuem um caráter democrático, o que significaria, a princípio, que todos os alunos, pesquisadores e funcionários
poderiam usufruir os espaços acadêmicos (sala de aulas, laboratórios, entre outros ambientes) de forma igualitária, sem
quaisquer distinções de gênero, classe ou cor. Entretanto, o que se observa no texto-base é que esses espaços acabam
sendo ambientes de discriminação e violência contra as mulheres.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica duas coisas não contraditórias como tal, isto é, a ocor-
rência de violência de gênero não se contradiz com a maior ou menor presença de mulheres em cursos universitários.
Na verdade, mesmo em cursos universitários com presença significativa de mulheres a violência de gênero é uma reali-
dade, da mesma forma que esse tipo de violência ocorre em cursos historicamente associados aos homens, com menos
mulheres matriculadas. Assim, o fator quantidade de mulheres em um espaço não afeta significativamente a ocorrência
de violência de gênero.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa como correta considera que as práticas discriminatórias que ocorrem
nos espaços da universidade atentam contra os costumes fora desse âmbito. Isso implica dizer que, fora da universidade,
esses casos não ocorrem, mas, na verdade, os casos dentro de instituições apenas reproduzem o que já ocorre na socie-
dade, como é o caso da violência de gênero.
Habilidade: H26 – Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana
com a paisagem.
A) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa não analisa o aspecto positivo dos impactos retratados no primeiro
texto, apelando para o senso comum de que todo impacto ambiental é negativo.
B) CORRETA. Ambos os contextos trazidos versam sobre o impacto da ocupação humana sobre a paisagem. No primeiro
caso, a ocupação humana dos sistemas socioeconômicos proto-Jê teria favorecido a expansão das Florestas de Araucária
para áreas em que não ocorria; no segundo caso, a ocupação socioeconômica contemporânea afeta a dinâmica das
bacias hidrográficas associadas ao Cerrado, favorecendo o escoamento superficial em detrimento da infiltração, ou seja,
em ambos os casos apresentados há uma alteração da dinâmica natural por dois sistemas socioeconômicos distintos.
C) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa iguala a alteração da paisagem em ambos os casos, desconside-
rando que, embora ocorra a alteração nos dois casos, só em um tal alteração é negativa. Esse aluno não compreende
que o impacto ambiental do primeiro caso possa ser benéfico.
D) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa não compreende que o enunciado solicitou a identificação do aspecto
comum dos dois textos e utilizou apenas o suporte do Texto I para afirmar que em ambos os casos a influência foi positiva,
sendo tal fato verdade apenas para o Texto I.
E) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa interpreta erroneamente o Texto I, relacionando a presença indígena
à existência da Floresta de Araucárias, quando o que ocorre é uma concordância da localização das ocupações humanas
com a expansão da floresta, que, aparentemente, seguia as ocupações humanas pré-coloniais.
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Habilidade: H09 – Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala
local, regional ou mundial.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa exibe um raciocínio anacrônico. Não houve, durante a Reforma
Protestante, uma nova onda de cruzadas. Ao assentir a essa informação, o aluno imputa ao contexto em questão um
elemento que não lhe pertence.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa exibe uma compreensão equivocada da doutrina luterana. Uma
das principais premissas defendidas por Lutero é a ideia de que o clero não deve ter qualquer poder temporal, devendo
este ficar a cargo das autoridades seculares. Nestes termos, a alegação feita pela alternativa é francamente contrária
ao que pregava o luteranismo, e também aos exemplos de expropriação das prerrogativas eclesiásticas providos pelo
texto-base.
C) CORRETA. Lutero pregava que a Igreja não deveria dispor de quaisquer prerrogativas políticas, devendo, portanto,
submeter-se ao jugo das autoridades seculares. A adesão oficial ao luteranismo consistiu, por conseguinte, em uma
oportunidade única para o fortalecimento dos Estados nacionais. Ao declararem o luteranismo a religião oficial de seus
Estados, os governantes do Norte da Europa lograram, de uma só vez, expandir seus poderes e legitimar sua autori-
dade. O texto-base dá exemplos significativos desse processo: ao adotar a fé luterana, Gustavo Vasa, rei da Suécia,
habilitou-se a transferir o recebimento de dízimos da Igreja para a Coroa. Trata-se de um exemplo patente da adequação
das prerrogativas eclesiásticas ao poder secular.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa equivoca-se quanto às implicações políticas da Reforma Protestante.
De modo geral, a afirmativa é taxativamente equivocada, na medida em que o resultado político da Reforma Protestante
foi o fortalecimento das nobrezas nacionais. Quanto à questão específica da Ordem dos Cavaleiros Teutônicos, o aluno
pauta-se por uma interpretação igualmente errônea. A Ordem dos Cavaleiros Teutônicos foi uma instituição da Igreja
católica, e não uma ordem nobiliárquica. Sendo assim, a “secularização das terras dos cavaleiros teutônicos” não cons-
titui, como afirma a alternativa, uma investida contra a nobreza guerreira, mas sim contra a Igreja.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica corretamente que o advento da Igreja luterana repre-
sentou uma afronta à hegemonia do papado. No entanto, pauta-se por uma compreensão equivocada da doutrina de
Lutero. Lutero criticava avidamente os poderes políticos universais e transnacionais exercidos pelo papado. Para Lutero,
a própria ideia de um papa – ou seja, de um sumo pontífice com influência sobre toda a cristandade – era absurda. Para
ele, a Igreja deveria ser uma instituição nacional, um Estado dentro do Estado. Nesses termos, constata-se que a afir-
mação de que a Igreja luterana se tornou uma potência universal e transnacional está equivocada. O que o luteranismo
fez foi permitir a criação de uma miríade de Igrejas nacionais, cada qual sujeita ao jugo de seu respectivo príncipe ou
soberano.
Habilidade: H02 – Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
A) INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois o texto aborda o elemento oral como forma de linguagem e como portador
da memória, sendo, então, independente da tradição escrita para existir.
B) INCORRETA. O aluno pode ter interpretado que a tradição oral é mais frágil que a tradição escrita por ter como substrato
a memória de pessoas. Porém, é importante termos em mente que ambas as tradições possuem desafios de diferentes
naturezas quanto a manterem-se íntegras e preservadas.
C) INCORRETA. O aluno possivelmente pensa existir uma forma de memória pura e objetiva, quando é possível aferir que
tanto na tradição escrita como na oral as subjetividades atravessam a construção da memória coletiva e a da individual.
D) CORRETA. O aluno identifica que a tradição oral permite a passagem de narrativas e memórias entre pessoas que não
se conheceram e identifica também os aspectos coletivos compartilhados de geração para geração de forma comunitária.
E) INCORRETA. O aluno pode ter considerado que a tradição oral é menos confiável do que os documentos da tradição
escrita. Porém, é preciso que ele faça um exercício de crítica, revendo os aspectos que embasam a tradição escrita e que
podem também ser falseados ou perdidos.
Habilidade: H14 – Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou
fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não compreende que o argumento que contrapõe as iniciativas de
mineração em Minas Gerais não se baseia em arrecadação, já que a rentabilidade da atividade mineradora é a principal
vantagem de minerar no estado.
B) CORRETA. O texto apresenta a rentabilidade da mineração para Minas Gerais, mas também esclarece que essa ativi-
dade gera inúmeros impactos ambientais e que existem alguns territórios mineiros que ainda não foram ocupados pela
mineração, sendo territórios importantes por sua diversidade florestal e existência de mananciais. Portanto, o texto usa a
preservação do potencial hídrico como justificativa para contrapor às iniciativas mineradoras no estado.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não compreende que a história econômica do estado está baseada
na mineração e que ir contra às iniciativas mineradoras seria ir contra a história econômica.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende que a recorrência de desastres sociais e ambientais
envolvendo a mineração é um ponto de atenção contra essa atividade, mas não compreende que esse argumento não foi
utilizado no texto.
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E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa entende que a autora do texto utiliza a potencialidade mineradora em
outras partes do território brasileiro para justificar que não deveria haver mineração no estado de Minas Gerais, porém,
no próprio texto está claro que Minas Gerais possui os maiores índices de mineração do país.
Habilidade: H01 – Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
A) INCORRETA. A escolha desta alternativa demonstra a falta de entendimento do enunciado da questão, que se propõe
a discutir a forma como determinadas características são estereotipadas pelos meios de comunicação. Além disso, a
imagem associa estereótipos necessariamente como formas de humor, e não reconhece sua faceta racista.
B) INCORRETA. A questão está incorreta, pois o contexto e as ferramentas utilizadas para a construção da personagem em
questão não são limitantes para evitar os estereótipos construídos para as pessoas negras.
C) INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois não leva em consideração o contexto da publicação, bem como o enun-
ciado, e parte do senso comum de que ambientes bucólicos são primitivos, apresentando poucos recursos. De fato, o
ambiente retratado busca apenas reforçar um estereótipo em que o personagem, em si, é considerado primitivo.
D) INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois considera que o elemento humorístico dispensa crítica e, como tal, pode
se utilizar de estereótipos racistas sem prejuízo nenhum. É evidente que não há justificativa para o comportamento pre-
conceituoso, que apenas reforça estereótipos desrespeitosos.
E) CORRETA. A imagem presente na questão traz a representação de uma pessoa negra retratada de forma quase animali-
zada e em um ambiente de natureza, transmitindo uma mensagem de primitivismo relacionada à população negra, ou seja,
a imagem reforça a veiculação de estereótipos na mídia.
Habilidade: H07 – Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica que os EUA e a Rússia não possuem alianças entre si e
conclui, então, que as disputas ideológicas da Guerra Fria se mantêm. Entretanto, desde o fim da URSS, não se pode
mais falar em uma disputa entre esses dois blocos devido a diferenças ideológicas, mas sim por disputas políticas, eco-
nômicas e de poder.
B) CORRETA. As diferentes linhas do mapa demonstram como a maiorias dos países são ligados a inúmeros outros por
meio de pactos militares de defesa. Dessa forma, diferentes blocos estratégicos são interconectados pelas alianças entre
seus membros. Isso é indicado, por exemplo, pela aliança entre parte dos países da União Europeia com os EUA pela
Otan, enquanto esse último é ligado por meio do TIAR a países que compõem o Mercosul, como o Brasil.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica que a maioria dos países possui inúmeros tratados e
aliados, e conclui erroneamente que isso indica a homogeneidade entre esses países. Entretanto, isso não é verdade
nem entre as alianças militares – afinal, países como a Coreia do Norte possuem poucos aliados – nem condiz com as
realidades econômica, política e cultural do mundo.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica que os países desenvolvidos possuem diversas alianças
entre si – como as representadas entre EUA e seus parceiros europeus – e que locais subdesenvolvidos ou em desenvol-
vimento – como os continentes africano e sul-americano – fazem alianças internas, e conclui erroneamente que o mapa
demonstra tal polarização. Entretanto, o aluno falha em notar que países desenvolvidos e subdesenvolvidos também
possuem relações entre si: assim, os países da América do Sul são interligados com os EUA, e os países africanos são
ligados também com os EUA e com a Europa.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica que os países orientais possuem menos alianças do que
os países ocidentais, e conclui erroneamente que eles possuem uma influência limitada. Entretanto, esses países não
são irrelevantes nem militar e muito menos economicamente: a China, por exemplo, destaca-se como a segunda maior
economia do mundo – assim como possui o segundo maior orçamento militar do planeta, no atual momento.
Habilidade: H23 – Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.
A) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa erra ao associar equivocadamente a noção de dever ao pensamento
moral aristotélico. Em verdade, o conceito de dever é importante para pensarmos a moral no contexto da filosofia kantiana.
Em se tratando de Aristóteles, não há do que falarmos em dever, tendo em vista que a economia de seu pensamento moral
trabalha com outros termos, tais como: virtude, prudência e felicidade.
B) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa se equivoca ao associar o parâmetro utilitário à filosofia aristotélica.
A justiça se define conforme a utilidade a partir dos parâmetros do pensamento moral utilitarista. Para esses autores, a
ação justa ou moralmente adequada é a ação útil, isto é, a que maximiza os prazeres e minimiza as dores daqueles nela
envolvidos. Aristóteles não admite a definição da justiça conforme os critérios de utilidade tão celebrados pelos autores
utilitaristas; inclusive, Aristóteles defende que uma cidade justa não é aquela que ocasiona prazer aos seus cidadãos, mas,
sim, aquela que permite que seus cidadãos exerçam a bondade e a justiça ao deliberar sobre as coisas comuns.
C) CORRETA. “Dar às pessoas o que elas merecem, dando a cada um o que lhe é devido” é um comando típico do princípio
da equidade, que pode ser resumido a partir da seguinte sentença: “tratar o igual como igual, o desigual como desigual,
na medida em que se desigualam”. A equidade muito se resume em dar às pessoas segundo suas necessidades e quali-
dades, o que acarreta, na perspectiva aristotélica, no ideal de justiça. Nesse sentido, a situação justa é, para Aristóteles,
a situação equânime, e promover a justiça é promover a equanimidade entre as pessoas.
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D) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa relaciona, erroneamente, o conceito de liberdade, central para o
pensamento moral kantiano, com a ética proposta por Aristóteles. No pensamento moral de Aristóteles, a justiça ou a
ação moralmente adequada não se define segundo o exercício da liberdade, como acontece em Kant. De acordo com a
moral aristotélica, a justiça se define conforme a ação virtuosa, associada ao conceito de prudência (phronesis), e não ao
conceito de liberdade.
E) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa comete o seguinte engano: “dar às pessoas o que elas merecem,
dando a cada um o que lhe é devido” é um comando que não pode ser traduzido pelo ideal de igualdade. Em outras pala-
vras, uma situação de igualdade não corresponde àquela situação em que as pessoas recebem aquilo que elas merecem
e lhes é devido. Imagine que 3 porções de alimento tenham de ser distribuídas para dois adultos, um normal e um atleta.
O ideal de igualdade ordena que 1,5 porção seja destinada a um adulto e 1,5 porção seja destinada ao outro. A equidade,
por outro lado, ordena que uma maior quantidade seja destinada ao atleta, tendo em vista que seu corpo demanda uma
ingestão calórica superior àquela pelo adulto normal, sendo-lhe merecido e devido uma distribuição desigual, porém
equânime.
Habilidade: H04 – Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende a importância da criação da imprensa para a evolução
industrial em sociedades ocidentais, contudo, se equivoca ao afirmar que suportes impressos escritos substituem a
prática da transmissão oral de histórias.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa equivoca-se ao considerar que comunidades tradicionais africanas,
onde estão inseridos os griots, são avessas à adoção de suportes impressos de comunicação. O que há é uma preser-
vação da cultura de contagem de histórias, não a negação de uma tecnologia.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa equivoca-se ao considerar o desenvolvimento de suportes impressos
de comunicação, como os livros, uma invenção que torna uma sociedade mais evoluída que outra.
D) CORRETA. Os textos abrangem a tradição oral representada na figura dos griots, responsáveis por passar o conhe-
cimento e os valores para as diferentes gerações e a tendência cientificista, de valorização dos relatos escritos e da
metodologia, nas culturas ocidentais europeias que adotaram em seu percurso uma postura imperialista e impositiva de
padrões metodológicos e técnicos, sem respeitar as tradições orais e especificidades dos demais povos.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende como o processo de colonização dos povos ao longo
da história envolveu o processo de imposição da cultura da nação dominante sobre a comunidade dominada. Contudo, o
Texto I ressalta a permanência da cultura dos griots de transmissão oral de conhecimentos e de histórias.
Habilidade: H19 – Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apro-
priação dos espaços rural e urbano.
A) INCORRETA. O aluno poderia marcar esta alternativa ao pensar no número de pessoas ocupadas no campo. Esse
trabalho, porém, especificamente para a agricultura orgânica e familiar, como destaca o texto, não pode ser considerado
formal.
B) INCORRETA. O aluno poderia marcar esta alternativa ao associar o aumento da produção ao aumento de exportação.
Vale lembrar, entretanto, que o texto destaca uma agricultura orgânica e familiar, e o principal destino desses produtos é
o mercado interno.
C) CORRETA. O texto destaca a produção sem agrotóxicos. Logo, os impactos ocasionados pelo uso desse tipo de produto,
como a contaminação do solo, do lençol freático e danos à saúde dos trabalhadores, são consideravelmente minimizados.
D) INCORRETA. O texto destaca o uso do trabalho familiar para auxiliar a produção. Logo, mais trabalhadores mantêm seu
trabalho no campo, reduzindo, então, a necessidade de migrar para cidades, ao contrário do proposto pela alternativa.
E) INCORRETA. O valor de produção da agricultura orgânica é maior, tendo em vista o maior uso de mão de obra manual,
a maior dificuldade de controle de pragas, a produção em menor escala e a dificuldade para adquirir certificação, o que
contraria o proposto pela alternativa.
Habilidade: H20 – Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida
social e ao mundo do trabalho.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa estabelece uma relação causal indevida, que não se faz presente no
texto-base. Muito embora o autor faça uma crítica ao caráter preguiçoso, negligente e pouco ambicioso dos homens de
seu tempo, ele não associa essas características ao uso ou à invenção de novas tecnologias. Muito pelo contrário, para
Young, as inovações tecnológicas de seu tempo atestavam a genialidade e superioridade moral de seus criadores.
B) CORRETA. O testemunho em questão veicula um elogio entusiasmado com relação às máquinas inventadas durante a
Revolução Industrial – e uma crítica ao caráter daqueles que não compartilham desse entusiasmo. Trata-se, portanto, de
uma posição inteiramente favorável ao novo maquinário, que pouco se importa com as possíveis consequências nega-
tivas que elas poderiam trazer. Tal posição pode ser sintetizada pela declaração de que “tais obras, quaisquer que sejam
seus funcionamentos, causas e consequências, têm infinito mérito”.
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C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa pauta-se por uma interpretação equivocada do texto-base, que não
consiste de uma “descrição minuciosa” de uma invenção, mas de uma mera alusão. Assim, ainda que esteja correto dizer
que o relato de Young expresse entusiasmo ante as máquinas, não se pode alegar que ele proveja uma descrição de seu
modo de operar. O autor efetivamente alega desconhecer o funcionamento dessas máquinas quando diz: “quaisquer que
sejam seus funcionamentos, causas e consequências, (essas máquinas) têm infinito mérito”.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa pauta-se por uma compreensão equivocada do texto-base, proje-
tando-lhe um teor satírico ou jocoso que não tem. O testemunho em questão, embora certamente crítico e até mesmo
insultivo, é literal – isto é, não traz qualquer crítica implícita, e constitui um elogio puro e simples do progresso técnico
decorrente da invenção das máquinas.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica corretamente o tom elogioso do texto. Contudo, engana-se
ao assentir à afirmação de que se trata de uma forma de bajulação, produzida com vistas a adquirir a simpatia do suposto
chanceler. O documento em questão é um relato de viagem, e constitui um testemunho genuinamente elogioso, que
não visa obter a simpatia de quem se elogia. Ademais, o Sr. Arkwright não foi um chanceler, mas um dos mais profícuos
inventores da Revolução Industrial.
A) INCORRETA. Ao marcar esta alternativa, o aluno demonstra não compreender que as independências das colônias
espanholas foram promovidas pelas populações desses territórios, principalmente pelas elites locais, e não houve o
destronamento do monarca pelos rebeldes, assim como proposto, mas pela invasão napoleônica. É perceptível, também,
que o aluno não fez uma leitura atenta do texto, que contrariava o proposto pela alternativa.
B) CORRETA. Ao marcar esta alternativa, o aluno demostra compreender que os conflitos ocorridos na Europa contribuíram
para que as colônias espanholas na América declarassem sua independência. Mesmo que o aluno não tivesse conhe-
cimento prévio sobre essa questão, é possível que ele tenha marcado esta alternativa após ter feito uma leitura atenta
do texto.
C) INCORRETA. Ao marcar esta alternativa, o aluno demonstra não ter compreendido que as tropas de Napoleão invadiram
a Espanha para expandir seu império, dominando o território espanhol não para auxiliar o movimento de independência.
É possível que o aluno, ao marcar esta alternativa, a tenha associado à passagem do texto que afirma que após a invasão
napoleônica a população de Caracas se reuniu para dizer não ao governo espanhol, mas isso não foi feito com o apoio
de tropas francesas.
D) INCORRETA. Quando o aluno opta por esta alternativa, demonstra conhecimento acerca dos personagens que promo-
veram a independência, mas não compreende que tais personagens queriam se desvencilhar do governo espanhol. É
possível que o aluno tenha se confundido com informações presentes no texto, pois no mesmo afirma-se que a população
estava contrariada com as invasões napoleônicas, contudo, não apoiava Fernando VII. É perceptível, assim, que o aluno
também não fez uma leitura atenta do texto.
E) INCORRETA. O aluno que marca esta alternativa não compreende que as tropas napoleônicas não invadiram a América
Espanhola. Caso o aluno marque esta alternativa, é possível que tenha confundido a ocupação francesa nas Américas
com uma suposta invasão de tropas napoleônicas no continente.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não compreende que a reportagem trata de uma questão econômico-
-tecnológica que coloca o Brasil em uma saia-justa com a China e os Estados Unidos. Além disso, o aluno não conhece o
regime político dos dois países, já que a China adota um regime socialista e o Brasil, uma república democrática.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não compreende qual é a situação complicada em que o Brasil se vê
nesse conflito, já que o país não possui uma tecnologia própria e o impasse que vive é sobre a escolha da empresa que
instalará a tecnologia 5G em seu território.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa considera a histórica influência estadunidense sobre a economia dos
países latino-americanos. Entretanto, apesar da influência, não existe uma soberania estadunidense sobre a economia
brasileira, já que, para existir uma soberania, todas as decisões econômicas que o Brasil precisasse tomar deveriam
passar pelos Estados Unidos.
D) CORRETA. O Brasil se vê em uma situação complicada no contexto apresentado pela reportagem, porque China e
Estados Unidos estão em um conflito internacional sobre a atuação da empresa Huawei nos países e o Brasil está
fazendo acordos com a China para a contratação dessa empresa na instalação da tecnologia 5G no país. O Brasil se
vê em uma “saia-justa”, pois realiza acordos econômicos bilaterais com os dois países e, pela relação de poder entre as
nações, não é interessante para o Brasil se indispor com nenhuma das duas maiores economias do mundo, EUA e China.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não compreende a relação amistosa entre Brasil e Estados Unidos
na política internacional, já que os Estados Unidos exercem grande influência sobre o Brasil e não seria interessante ao
país adotar posturas de enfrentamento em conflitos mundiais.
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Habilidade: H21 – Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
A) INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois o texto afirma que a internet é uma criação militar utilizada pelas universi-
dades em um contexto posterior; portanto, a relação estabelecida entre as universidades e as atividades de espionagem
é indevida.
B) INCORRETA. A internet é fruto da engenharia militar no contexto da Guerra Fria e foi criada para fins militares. Seu uso
como ferramenta comercial e universitária é posterior a esse contexto.
C) INCORRETA. O aluno pode ter interpretado que, como o uso da internet partiu inicialmente da tecnologia militar, essa
mesma matriz incentivou seu uso público. Porém, é importante salientar que a tese do texto é justamente a de que o uso
de uma tecnologia pode ser direcionado para propósitos diferentes daqueles que se pretendiam inicialmente com a sua
criação.
D) INCORRETA. O contexto da Guerra Fria foi marcado por conflitos não militares entre Estados Unidos e União Soviética,
diferentemente da diplomacia que a alternativa atribui ao período. Além disso, o texto ressalta que a internet foi criada
para articular a defesa norte-americana no caso de um ataque soviético.
E) CORRETA. A análise do texto revela diferentes usos e apropriações da internet enquanto tecnologia, desde sua invenção,
como uma inovação militar, até seu uso com fins comerciais e universitários.
Habilidade: H10 – Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da
coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa confunde dois conceitos históricos que envolvem importantes
momentos na luta contra o racismo: o Apartheid, regime de extrema segregação racial que vigorou a partir de 1948 até
1994 na África do Sul, e o Black Lives Matter, um grande movimento de protestos ocorridos em 2020 contra o racismo e
a violência policial contra negros.
B) CORRETA. O Black Lives Matter é um movimento ativista internacional, com origem na comunidade afro-americana, que
faz campanha contra a violência direcionada às pessoas negras, com enfoque atual à violência policial, após o assassi-
nato por estrangulamento de George Floyd, que estava rendido, por um policial branco.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa entende que há uma relação entre o movimento e a consequência na
imagem midiática de grandes marcas ao se posicionarem ou se omitirem em relação às manifestações. O boicote, porém,
por mais que possa ocorrer em menor escala, não é o objetivo principal do movimento. O aluno pode, ainda, ter feito uma
interpretação errônea do texto, que cita a adesão de grandes marcas e lojas.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa reconhece a existência de trabalhos análogos à escravidão ainda
na atualidade, porém demonstra desconhecimento quanto aos objetivos do movimento Black Lives Matter, que enfoca a
violência contra a população negra.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa reconhece a importância da luta pela conquista de direitos pelos
cidadãos. O movimento citado, porém, é focado em pessoas negras – não necessariamente latinas – e não possui o viés
econômico como seu mote principal, apesar de o racismo também ser refletido nos salários médios da população negra.
Habilidade: H16 – Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida
social.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não compreende preceitos básicos de cadeias produtivas. Nesse
processo, é possível delimitar – desde a retirada da matéria-prima até a construção do produto final lapidado – um incre-
mento de valor agregado em todas as etapas, o que resulta, diretamente, em um maior valor no produto final.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa confunde-se ao inferir que a segregação de cadeias produtivas redu-
ziria, em alguma medida, o impacto ambiental de produção. Na realidade, em processos fragmentados ou não, o custo
ambiental para retirada de matéria-prima, transformações do bem, transporte e definição final continua o mesmo. Para
além, dependendo da cadeia produtiva em questão, esse impacto pode até mesmo aumentar.
C) CORRETA. Pode-se compreender que as alterações na cadeia produtiva apresentadas no texto – em específico, na
cadeia de eletrônicos – estão intrinsecamente ligadas a um processo de globalização. Nesse cenário, têm-se interlocuções
produtivas entre diversos países, constituindo pontes de negócios, multinacionais e acordos comerciais. A integração eco-
nômica é também política, e ambas são planetárias.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não compreende que algumas mudanças em cadeias produtivas
não são capazes de alterar relações de trabalho estruturais. Dessa forma, deve-se compreender que modificações em
processos produtivos não representam a descaracterização de modelos econômicos ou de arranjos de labor, mas apenas
a transformação, nesse caso, da segmentação de produção.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa se equivoca com a ideia de que a segmentação da produção geraria
maior igualdade entre países que participam da produção de produtos. No entanto, tal divisão não é responsável por
romper uma hierarquia estruturada historicamente, pois os países subdesenvolvidos – em sua maioria – continuam
fornecendo matéria-prima, mão de obra e participando, normalmente, das etapas de produção. Já os países desenvol-
vidos, em grande parte, permanecem com a inserção tecnológica e finalização de produtos, o que garante maior valor
agregado e, consequentemente, maior controle de produção e de seus resultados.
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Habilidade: H04 – Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
A) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa realiza uma leitura correta do texto – a utilização das ideias raciona-
listas pelo Iluminismo –, mas o associa a uma visão equivocada acerca da mulher. A imagem da mulher utilizada pelo
Iluminismo, no plano simbólico, é associada à liberdade, e não à santificação, atrelada ao catolicismo.
B) CORRETA. O Iluminismo, como defendido por Kant, é a saída do homem da menoridade, ou seja, a utilização da capa-
cidade racional para retirar o sujeito da dominação exercida pela religião e pelos governos despóticos. Essa ideologia
serviu de inspiração para movimentos revolucionários na Europa e na América e foi simbolizada pela figura feminina, a
qual era relacionada à liberdade, apesar de as mulheres, naqueles contextos e continentes, não terem sido contempladas
com os direitos políticos e civis, por exemplo.
C) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa confundiu a ideia de plano teórico, não visualizando que o Iluminismo
saiu da teoria e foi à prática, estimulando vários movimentos revolucionários pela Europa e América, com destaque para
a Revolução Francesa e a Americana.
D) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa não prestou atenção à imagem de Delacroix. De fato, o Iluminismo, do
ponto de vista da aquisição de direitos, ficou restrito aos homens brancos e com posses, não contemplando as mulheres.
Entretanto, do ponto de vista da simbologia, o Iluminismo utilizou a figura feminina como está explícito na imagem.
E) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa faz uma leitura superficial da afirmação e não a contextualiza correta-
mente. O aluno não tomou o devido cuidado com a palavra “inédito”, pois o racionalismo, na Modernidade, já era utilizado
desde o período do Renascimento (entre os séculos XIV-XVI). Além disso, o aluno precisava saber que a imagem da
mulher foi somente utilizada no plano simbólico, não representando conquistas efetivas, no plano dos direitos, para a
população feminina.
Habilidade: H20 – Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida
social e ao mundo do trabalho.
A) CORRETA. O autor critica o direcionamento da tecnociências aos interesses mercantis, e não para a solução dos
problemas da humanidade; ou seja, ele não condena o atual desenvolvimento tecnocientífico, mas seu uso seletivo que
prioriza o mercado em vez de ser utilizado para a promoção de valores humanos.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa interpreta o trecho como uma crítica à tecnociência em geral,
entendendo que ela está intrinsecamente e originalmente ligada ao mercado, quando, na realidade, o autor coloca que é
possível outra forma de utilização dela.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa pode entender corretamente a crítica colocada pelo autor, porém a
interpreta como a problematização das condições individuais, quando, na verdade, o autor a coloca a partir do conceito
de humanidade, ou seja, do conjunto da sociedade, não do indivíduo.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa entende que o uso inadequado da tecnociência se dá pela abstenção
do poder político em regulamentar seu melhor uso, porém o que se vê na atualidade é o casamento da tecnociência com
a política, que garante o funcionamento dos meios técnicos e mercantis por meio de doutrinas como o neoliberalismo.
Trata-se de uma abstenção conscientemente pensada, portanto, há sim atuação política de modo a promover o uso
mercantil da tecnociência.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa opõe tecnociência e neoliberalismo, entretanto, não identifica que o
autor problematiza o uso da tecnociência à mercê do mercado neoliberal, não problematizando questões de bem-estar
social e qualidade de vida.
Habilidade: H08 – Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfren-
tamento de problemas de ordem econômico-social.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa equivoca-se pela menção no texto à eclosão da Revolução Farroupilha,
que se enquadra historicamente entre as chamadas “revoltas do período regencial”. Contudo, uma leitura atenta do texto
permite compreender que a Revolução Farroupilha, ao contrário de motivar a imigração de alemães para o Brasil, inviabi-
lizou “em boa medida o ingresso de novos contingentes [de imigrantes] até 1845”.
B) CORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica corretamente a divisão presente no texto-base entre duas
ondas imigratórias alemãs para o Brasil, tendo a primeira, como propósito principal, povoar e garantir a posse de territórios
até então afastados do controle imperial, sobretudo na Região Sul do país, e a segunda, empregar trabalhadores livres no
campo.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa reconhece que, houve de fato, uma importante participação de imi-
grantes na produção cafeeira no Oeste Paulista. Contudo, tais imigrantes foram, sobretudo, de origem italiana e japonesa,
e a expansão cafeeira para o Oeste Paulista se deu apenas na segunda metade do século XIX – portanto, nos anos em
que já ocorria a segunda onda da imigração alemã, conforme as datas oferecidas no texto-base.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa analisa os trechos “assegurar a posse de território” e “soldados
para regiões de conflito” com uma possível necessidade de combate a populações indígenas. No entanto, tais trechos
se referem à primeira onda de imigração alemã para o Brasil, mas não à segunda. Os imigrantes que chegaram ao país
após 1846 tiveram pouco ou nenhum contato com populações indígenas e, portanto, não poderiam ter como função
combatê-las.
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E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa reconhece a participação importante que imigrantes vindos para o
Brasil, como os alemães, tiveram no contexto de desenvolvimento da indústria no país. Contudo, os fluxos migratórios
destinados aos centros urbanos e industriais não ocorreram no período referido no texto.
Habilidade: H27 – Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração
aspectos históricos e/ou geográficos.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende que só o fato de plantar de forma direta no solo sem
alterar sua organização inicial afetaria a restauração, porém essa prática pode ser benéfica, principalmente se consorciar
novas culturas com a vegetação existente.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende que a construção de níveis afetou a dinâmica natural
do solo, prejudicando-o em seus aspectos iniciais.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende que a rotação de culturas prejudica a dinâmica natural
do solo ao instabilizar sua relação com os ciclos de plantio, porém, novamente, temos aqui uma técnica que pode preservar
a dinâmica do solo.
D) CORRETA. O texto trata do período de restauração dos solos entre um cultivo e outro como fundamental para a perma-
nência da qualidade. O plantio em monocultura não considera esse tempo, já que cultiva apenas uma espécie, demandando
sempre os mesmos nutrientes, e não prevê um intervalo de descanso.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não tem conhecimento sobre a agricultura de jardinagem, praticada
na Ásia, em locais afetados pelo clima de monções. Esse modelo agrícola privilegia os locais alagados para cultivos que
necessitam de muita água, como o arroz. Por aguardar o tempo das monções, o solo consegue se recuperar.
Habilidade: H01 – Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa interpreta de modo equivocado o texto-base, pois nele Platão deixa
claro não considerar que a arte possa representar os objetos em sua perfeição.
B) CORRETA. Para Platão, o conhecimento verdadeiro encontra-se no mundo das ideias, que seriam captadas pelo inte-
lecto e não poderiam ser desvirtuadas. O mundo ideal organiza as ideias de modo hierárquico de acordo com o grau de
perfeição. O mundo sensível, por sua vez, abriga as cópias materiais, imperfeitas e acessíveis à percepção dos sentidos
humanos. As representações das ideias eram consideradas meras imitações, em vez de ideias verdadeiras. Portanto,
Platão afirmava que a arte imita de maneira inferior as ideias perfeitas, sendo considerada uma ilusão para os nossos
sentidos.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende que Platão considerava que as obras de arte eram
representações imperfeitas dos objetos. No entanto, ao contrário do que a alternativa afirma, isso não era suficiente para
apreensão do conhecimento.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa reconhece que a obra de arte, no pensamento platônico, faz parte do
conhecimento sensível. No entanto, o filósofo não considerava que os sentidos humanos eram a fonte de conhecimento,
mas sim o intelecto. Por isso, as obras de arte não seriam meios adequados para se construir a filosofia.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende que a filosofia de Platão tem como característica evitar
a corrupção dos sentidos que impossibilitam o conhecimento perfeito. No entanto, não é por meio da arte que alcançamos
essa pretensão, mas pela filosofia e seu método dialético.
Habilidade: H17 – Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da
produção.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa faz uma interpretação equivocada do Plano de Metas, já que ele
propôs a construção da capital no Centro-Oeste, retirando o foco do Sudeste. Entretanto, o Plano de Metas não significou
a saturação do setor secundário, já que incentivou o crescimento e o desenvolvimento desse setor.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa possui um conhecimento prévio acerca do Plano de Metas e reco-
nhece os investimentos previstos por ele para a indústria brasileira. Entretanto, o texto-base não aponta que a produção
desse setor se tornou mais dispersa por conta do Plano.
C) CORRETA. Os primeiros momentos após a vitória de Juscelino Kubitschek e seu vice, João Goulart, foram marcados por
conflitos e pela instabilidade política herdada da crise ocorrida antes e depois do suicídio de Getúlio Vargas. Juscelino
cria, então, o Plano de Metas, para desenvolver a modernização da economia e da indústria brasileira, além de garantir
a estabilização do governo a partir de uma ampla base de apoio.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não reconhece que o objetivo do Plano de Metas, como apontado
pelo texto-base, foi “capitanear um novo centro político para o país”, não transformando, necessariamente, o Centro-
-Oeste em um novo polo industrial do país. Além disso, não há indicações no texto-base que permitem inferir que no
período citado houve um aumento das exportações.
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E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa confunde a construção da capital na região Centro-Oeste com uma
suposta transformação dessa região em centro industrial. Além disso, confunde-se na leitura do trecho “o grande desafio
de Kubitschek para implementar seu ousado projeto de modernização brasileira foi o da frequente necessidade de se
obter não apenas forte respaldo político, mas também uma ampla base de apoio, que se estendesse desde os proprietá-
rios rurais, passando pelo empresariado comercial e industrial, incluindo também os militares e os assalariados urbanos”,
concluindo que ele se refere somente ao Centro-Oeste, e não ao país como um todo.
Habilidade: H24 – Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa atribui o aumento da salinidade como agravante natural do processo
de desertificação, identificando essa alternativa como correta por saber que o Nordeste brasileiro é área de entrada dos
ventos alísios das regiões Nordeste e Sudeste, porém a salinidade marítima só tem presença significativa ao longo do
litoral.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa atribui a relativa regularidade pluvial do clima subtropical úmido como
responsável pela erosão de solos previamente degradados, porém esse tipo climático só é encontrado nas regiões Sul e
Sudeste.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa relaciona o conhecido aspecto seco e retorcido da vegetação do
Cerrado ao clima desértico, atribuindo ao Cerrado o papel de componente de equilíbrio dessa paisagem, porém o clima
desértico não é encontrado no Brasil e caracteriza-se por, muitas vezes, ficar anos sem registrar chuvas.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa atribui a suposta semiaridez da área retratada no texto como agra-
vante do processo de desertificação, a proximidade do Piauí com o domínio da Caatinga é entendida pelo aluno como
indicativo da semiaridez da área, porém cita-se no texto que a área ainda está inserida em pleno Cerrado, tendo por essa
razão predomínio de clima tropical continental/típico.
E) CORRETA. Embora o processo de desertificação e arenização seja quase sempre obra humana, as características natu-
rais das áreas que sofrem esse processo podem atuar em sua intensificação ou retração. No caso do Cerrado, o clima
tropical continental caracteriza-se pela existência de secas semestrais que podem se estender para além desse período,
potencializando a degradação dos solos ao dificultar sua recolonização por plantas e animais durante a seca.
Habilidade: H12 – Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
A) INCORRETA. A Lei de Inovação não se refere à aceleração de processos que envolvem o uso de tecnologia, tampouco
beneficia os que fazem esse uso.
B) INCORRETA. Como o texto diz, a Lei de Inovação apoia as empresas e entidades que estão envolvidas em atividades
de pesquisa, desenvolvimento e inovação, facilitando a sua regulamentação.
C) INCORRETA. Uma lei destinada a essa área não significa um aumento de burocracia para o setor, pelo contrário. Ao se
destinar uma regulamentação própria às agências de fomento à pesquisa e a empresas de tecnologia, o objetivo é facilitar
seus processos e normatização.
D) CORRETA. Com a emergência das novas tecnologias e seu uso cada vez mais expandido na sociedade, uma Lei espe-
cífica foi criada para regulamentar as áreas de pesquisa, desenvolvimento e inovação. A Lei da Inovação por exemplo,
estabelece regras para transferência de recursos, licenciamento, contratação de bens e serviços, para empresas, agências
de fomento e instituições do terceiro setor voltadas para tecnologia.
E) INCORRETA. A Lei da Inovação, como dito no texto, regulamenta e incentiva os investimentos em tecnologia e, não
tendo como função coibir o funcionamento desse setor.
A) CORRETA. A alternativa é correta, pois o texto-base expõe que a cidadania se inicia primeiro no momento do nasci-
mento, o que indica sua qualidade individual como algo imbricado ao próprio nascimento: a vida, o patrimônio, a liberdade
e a cidadania se iniciam ao mesmo tempo.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa desconhece as características da cidadania na república romana,
que era bastante abrangente e passou até mesmo a compreender estrangeiros, e não era restrita somente aos ricos,
ainda que os maiores cargos como os de senador e imperador fossem, de fato, ocupados por pessoas oriundas da elite.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não compreende que a cidadania romana se realizava não pelo voto,
mas pela tomada de decisão na vida pública, de modo coletivo e por meio do pertencimento ao ideal republicano.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa pode ter considerado que, pelo fato de o texto enfatizar a educação
no processo de formação do cidadão, isso significaria que a escolarização seria necessária para se obter a cidadania. No
entanto, a educação passava pelas relações familiares, tutorias e comunidade e não estava restrita à escola tal como a
conhecemos na atualidade.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa pode ter compreendido que, como a cidadania é um direito pessoal,
conforme apontado pelo texto, isso significaria também que não haveria encargo social para cada pessoa, porém o texto
afirma que é no contato com a coletividade que a cidadania se desenvolve plenamente.
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Habilidade: H18 – Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações socioespaciais.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa reconhece no texto a ocupação do solo, e pensa que ela deve dimi-
nuir os espaços de lazer citados, sem perceber que, na verdade, não há essa relação, pois os mesmos locais ocupados
serão vetores de ocupação de espaços urbanos que podem abrigar áreas de lazer.
B) CORRETA. O trecho em questão mostra que as obras do Rodoanel se expandiram por locais que já tinham sofrido um
primeiro ciclo de ocupação, o que demonstra, no caso em questão, que as estratégias de circulação de riquezas tendem
a seguir os vetores de ocupação urbana.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende o papel do Rodoanel na possível influência em maior
expansão urbana, porém o texto traz o relato de um morador regular, que adquiriu as terras por meio da compra.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa relaciona a expansão viária à melhoria de qualidade de vida; porém,
no texto, um morador questiona a ausência de melhoria das condições infraestruturais, avaliando que as obras não
tiveram efeito positivo nesse aspecto.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa relaciona a expansão rodoviária à maior ocupação e, consequente-
mente, maior produção de lixo, porém o texto foca em outras problemáticas, como aquelas relacionadas à compensação
ambiental e à melhoria na qualidade de vida.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa interpreta que o desenvolvimento do conhecimento histórico no
século XIX associou-se a uma tentativa de conscientizar a população e incitar movimentos sociais. No entanto, não é isso
o que o texto-base apresenta: nele, defende-se que aqueles que tinham interesses históricos eram movidos, principal-
mente, por um incipiente sentimento nacionalista, sem vistas a nenhuma mudança na realidade.
B) CORRETA. Conforme aponta Hobsbawm, um dos mais importantes estímulos deste “despertar histórico” das primeiras
décadas do século XIX foi o nacionalismo. Ainda segundo o autor, os historiadores e lexicógrafos podem ser conside-
rados, em muitos contextos, os “verdadeiros fundadores da consciência nacional”. Nesses termos, há uma inequívoca
relação entre as novas práticas historiográficas que então se desenvolviam e a formação de identidades políticas e
culturais de cunho nacionalista, afinal, a História foi, nesse contexto, um dos principais elementos a permitir a formação
da consciência nacional.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica corretamente o período em tela como o contexto de desen-
volvimento do Romantismo (meados do século XIX). No entanto, foge ao escopo do enunciado e do texto-base, visto que
estes não permitem estabelecer uma “íntima relação” entre o advento dessa nova estética literária e o desenvolvimento
das referidas práticas de escrita da História. Ademais, é incorreta a interpretação de que se valoriza uma “paixão” como
formador das identidades históricas, dado que esse contexto historiográfico foi marcado pela busca de uma objetividade
e verdade da História, tentando aproximá-la de uma ciência exata.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica corretamente que, no período em questão, observou-se um
boom do antiquarismo e da prática de colecionar relíquias históricas. Entretanto, engana-se ao assentir à afirmação de
que essas práticas teriam ensejado uma “diminuição da importância relativa da disciplina histórica”. Pelo contrário: o que
se deu não foi a substituição da História pelo antiquarismo, mas o desenvolvimento de uma nova prática historiográfica
baseada na leitura crítica e na apreciação de documentos e relíquias pretéritas. Assim, no século XIX, o antiquarismo
tornou-se um elemento subsidiário da nova História que então se desenvolvia.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica corretamente que as novas práticas historiográficas então
emergentes fomentaram políticas de proteção do patrimônio e das relíquias históricas. Essa informação pode ser aferida
do próprio texto-base. Contudo, esse anseio pela preservação deu-se, conforme aponta o texto, em âmbito estritamente
nacional. Nas palavras do próprio autor, o nacionalismo foi “o principal estímulo” desse despertar histórico. No período
em questão, cada país estava preocupado em levantar e preservar as relíquias de seu próprio passado, pois estas cons-
tituíam importantes subsídios para a afirmação da identidade nacional. A alternativa está equivocada na medida em que
afirma a criação de uma suposta organização internacional para a preservação do patrimônio – ideia incompatível com os
sentimentos nacionalistas então em voga.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa associa o período das Grandes Navegações ao cientificismo, então
compreende que este foi desvinculado da influência teológica cristã. Entretanto, o texto associa essas visões, não sepa-
rando a colonização do Brasil da religiosidade.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa compreende que, uma vez que o texto reflete sobre a influência
teológica, isso significaria um desprendimento dos interesses econômicos. No entanto, um aspecto não anula o outro;
ao contrário, a ideia de “paraíso perdido”, mencionada no texto, se dava, também, pelo interesse econômico em extrair
metais preciosos e produtos agrícolas lucrativos, conforme previa a economia mercantilista.
31
C) CORRETA. A chegada dos portugueses ao Brasil foi, assim como o contexto da época, marcada por uma profunda
religiosidade. Dessa maneira, os portugueses, além de transferirem sua cultura e religião para o Brasil, buscaram definir
a identidade local a partir dos símbolos judaico-cristãos. Algo muito presente naquela época era a busca pelo paraíso
perdido. As belezas locais fizeram os primeiros portugueses definirem o território como um paraíso perdido, conforme já
se pensava na Bíblia.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa associa a influência da cultura islâmica em Portugal, que existe
devido à expansão muçulmana, à memória da fundação do Novo Mundo. Entretanto, o texto destaca o papel da religiosi-
dade cristã na elaboração dos mitos sobre o Novo Mundo, e não do islamismo.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa acredita que os valores dos povos nativos estabeleceram a identidade
brasileira inicial. De fato, esse aspecto faz parte da constituição da “memória brasileira” construída nos séculos seguintes,
especialmente com o Romantismo. Entretanto, o texto não cita nenhum elemento dos povos nativos para a constituição
dessa identidade inicial. Como se percebeu, a identidade foi formada, inicialmente, por valores judaico-cristãos.
Habilidade: H15 – Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa confunde o movimento cartista, apresentado no texto, com o movi-
mento ludista, ocorrido um pouco antes, no mesmo país. Entretanto, o movimento cartista não visava à destruição do
maquinário, e sim à conquista de direitos por meio de cartas e pressão política.
B) CORRETA. Para escolher o gabarito nessa questão, o aluno deve ser capaz de compreender os mecanismos utilizados
pelos operários para reivindicar os seus interesses no movimento descrito. O cartismo, cujo nome deriva das cartas que
os operários enviavam, exigia a melhoria nas condições de vida dos trabalhadores e reivindicava maiores liberdades polí-
ticas. Por não utilizar a violência e por desejar a mudança constitucional, é classificado como um movimento reformista e
pacífico.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa relaciona genericamente movimentos operários com a realização de
greves pelas classes trabalhadoras, algo que não ocorreu no movimento cartista.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa associa equivocadamente o fato de os operários terem sido dura-
mente reprimidos e sofrido condenações com o ato de desobediência civil, em que a população se opõe a ordens e outras
exigências feitas pelo Estado, o que não ocorreu no movimento em questão. Além disso, confunde a reivindicação do
movimento: “abolição do sistema pelo qual só podiam se candidatar os que tivessem renda” com os seus membros de
“alto escalão social”.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa acredita que, no momento da ação social mencionada (1837-38), a
presença dos sindicatos já apresentava força o suficiente para realizar grandes mobilizações, o que não se verifica nesse
período, uma vez que eles ganharam força e destaque somente após o surgimento do socialismo científico, no final da
década de 1840.
Habilidade: H08 – Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfren-
tamento de problemas de ordem econômico-social.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa reconhece que a região Leste da China apresenta melhor clima, além
de reconhecer a presença de desertos em parte da China. Assim, acredita que a migração para Xinjiang se dê por conta
de fatores climáticos.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa reconhece o desenvolvimento econômico da região Leste da China,
mas acredita erroneamente que a região de Xinjiang, por estar mais próxima ao Ocidente, seja um importante centro
militar e, assim, atraia migrantes para trabalharem lá. Entretanto, o incentivo à migração se dá para diminuir a influência
dos uigures na região.
C) CORRETA. A região Leste da China é aquela em que há, devido ao planejamento governamental, as maiores indústrias
chinesas. Assim, ali estão as maiores oportunidades econômicas que atraem milhões de migrantes chineses. Já a oeste,
apesar de os números serem menores do que aqueles encontrados a leste, a migração se dá por incentivo governamental.
A região de Xinjiang, marcada no mapa com maior fluxo migratório, é historicamente uma região de populações uigures.
Para evitar o separatismo e diminuir a relevância dessa etnia na composição étnico-populacional, o governo chinês incen-
tiva a migração dos han (a etnia majoritária no país) para a região.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa acredita que a China obriga as pessoas a migrarem para suas
maiores cidades, para tornar seus cidadãos empregados das grandes fábricas, utilizando para isso práticas de coação.
Entretanto, a migração para essas regiões é espontânea, uma vez que a economia da região Leste é mais desenvolvida
do que no resto do país, o que atrai migrantes.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa acredita que a população chinesa deseja fugir do controle gover-
namental do país e que esse é um dos principais motivos que levam à migração. Dessa forma, acredita que as regiões
mais afastadas das ZEE serão menos controladas pelo governo; assim, crê que Xinjiang é um candidato à migração.
Entretanto, sabe-se que o governo chinês exerce bastante controle sobre esse território, uma vez que ele possui conflitos
separatistas.
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A) CORRETA. Conforme aponta o texto, a noção de opinião pública surge da crítica à condução monopolística e centra-
lizada dos assuntos públicos pelo Estado Absolutista, e pelo anseio de certos estratos da população (com destaque à
burguesia) por maior participação política. A ideia e a prática de opinião pública surgem, portanto, como um contraponto
à circunscrição do indivíduo ao âmbito da moral. Nesses termos, a opinião pública constituiu um importante subsídio para
as democracias, na medida em que deu uma legitimidade inédita à prática da representação política.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa pauta-se por uma leitura equivocada do texto-base. Conforme afirma
o autor, a circunscrição do indivíduo ao âmbito da moral era uma prática corrente sob os Estados Absolutistas, nos quais
os assuntos políticos eram reservados exclusivamente ao Estado e à Corte. A noção de opinião pública não corrobora
essa tendência – pelo contrário, ela a questiona, dando ao indivíduo o direito de participação na coisa pública.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa mimetiza o texto-base, que alude ao surgimento de uma sociedade
civil autônoma. Contudo, inversamente à alternativa, o excerto é inequívoco ao afirmar que foi a existência de uma socie-
dade civil autônoma que facultou o surgimento do conceito de opinião pública, e não o contrário. A alternativa consiste,
portanto, de uma inversão causal.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa se deixa levar pela menção que se faz à “sociedade corporativa”,
também presente no texto-base. Embora mobilize um conceito presente no texto, o que se afirma na alternativa está equi-
vocado. O conceito de opinião pública refere-se a uma sociedade de indivíduos, e não a uma sociedade de castas e corpo-
rações. Nesses termos, é errado afirmar que a ideia de opinião pública tenha conferido liberdade à sociedade corporativa.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa procede por um raciocínio anacrônico, enganando-se quanto ao
período histórico enquadrado pela questão. A prensa móvel de Gutenberg foi concebida por volta de 1450, ao passo que
as formulações referentes ao conceito de opinião pública datam do final do século XVII e meados do XVIII – ou seja, ao
escopo estendido do que se convencionou chamar de Iluminismo.
Habilidade: H29 – Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as
mudanças provocadas pelas ações humanas.
A) CORRETA. O domínio morfoclimático da Mata de Araucárias se localiza na região Sul do Brasil, onde predomina o clima
subtropical, com estações bem definidas.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não compreende que nesse domínio predomina a espécie das arau-
cárias, não sendo um ponto relevante à sua biodiversidade.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não reconhece a localização desse domínio, que está no interior da
região Sul do país.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não compreende que esse domínio morfoclimático se situa em uma
região de elevada umidade, sem a presença de estação seca prolongada.
E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não entende que as araucárias são árvores mais adaptadas ao
clima frio.
Habilidade: H22 – Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas
políticas públicas.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não identifica a tese central do texto, qual seja, comparar os dois
grupos apontando que ambos, historicamente, enfrentaram e enfrentam empecilhos similares quanto à sua capacidade
civil (ou aos seus direitos relacionados à cidadania), e não diferentes. De fato, tais empecilhos levaram a movimentos
sociais que lutam muitas vezes por direitos similares, como o reconhecimento de sua capacidade civil. No entanto, outro
erro não identificado pelo aluno se refere à ideia de normalização da diversidade (entendida como uniformização, padro-
nização, adequação ao considerado “normal”), enquanto o texto cita o contrário de tal ideia, ou seja, o reconhecimento da
pluralidade.
B) CORRETA. O aluno que assinala essa alternativa identifica corretamente a ideia defendida pelo texto, a de que histo-
ricamente tais populações passaram por processos de marginalização e exclusão de processos sociais, por meio do
exercício do poder de demais grupos sobre eles na forma que o texto chama de tutelar, não os considerando capazes
civilmente, operando por meios como a manipulação, o confinamento, a catequização, a domesticação e a interdição civil.
O texto indica, ainda, que a luta de tais grupos por reconhecimento é atual, de forma que não é possível afirmar que já
não enfrentem mais processos de marginalização e exclusão.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa demonstra não ter compreendido a indicação no texto de que histo-
ricamente os dois grupos foram e ainda são oprimidos e marginalizados, motivo pelo qual necessitam lutar pelo reconhe-
cimento de sua capacidade e de seus direitos. A alternativa incorre em erro ao afirmar que, ao agirem como movimentos
sociais, tais grupos exercem poder e moralidade sobre os demais, o que historicamente se caracteriza pelo oposto.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não identifica que o objeto do que é chamado tutelar é o tratamento
historicamente reservado às pessoas com transtornos mentais e às pessoas indígenas (no sentido de não as entender
como capazes de exercer por si sós sua vida civil), e não a capacidade civil em si. O texto compara ambos no sentido de
afirmar sua capacidade civil e desconstruir o entendimento de que se trata de grupos que precisam ser tutelados por não
possuírem tal capacidade.
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E) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não compreende a passagem do texto que indica que os movimentos
sociais lutam atualmente para construir e afirmar uma cidadania que os reconheça, o que sugere que ainda possuem
reivindicações.
Habilidade: H06 – Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa associa o clima mais estável das áreas litorâneas ao climograma,
pois apresentam índices de chuva e umidade relativamente estáveis ao longo do ano. Em geral, as cidades litorâneas
brasileiras, no entanto, deveriam apresentar queda de temperatura média no inverno devido à maior influência da massa
polar atlântica, que chega a afetar o Nordeste.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa pode ter relacionado as altas pressões subtropicais à ocorrência de
frentes frias, o que resultaria na boa distribuição de chuvas observada no climograma, porém as temperaturas apresen-
tadas são discordantes, pois não demonstram queda acentuada no inverno.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa relaciona o climograma ao clima tropical de altitude, que por vezes
apresenta características semelhantes ao clima equatorial, como a boa distribuição de chuvas; no entanto, não se observa
no gráfico redução acentuada de temperaturas.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa relaciona o climograma à boa distribuição de chuvas de climas sub-
tropicais, porém mais uma vez as médias térmicas invalidam tal raciocínio.
E) CORRETA. As florestas ombrófilas são aquelas florestas muito dependentes de chuvas para promover a manutenção
de sua estrutura vegetal – são as florestas atlânticas planáltico-litorâneas ou localizadas em áreas mais acidentadas do
Centro-Sul, e também a feição predominante na Amazônia, o que nos indica que essas áreas possuem altos índices plu-
viométricos, característica observada no climograma. As médias térmicas indicam se tratar de uma área com incidência
regular de luz solar, além de serem relativamente altas (acima de 25 ºC), evidenciando se tratar de um lugar localizado
próximo à linha do equador. Estamos, portanto, analisando um local da Amazônia, especificamente o climograma de
Manaus-AM.
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