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Índice

I. INTRODUÇÃO.........................................................................................................2

1.1. Objectivos...........................................................................................................4

1.1.1. Geral............................................................................................................4

1.1.2. Específicos...................................................................................................4

II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................5

2.1. Cólera..................................................................................................................5

2.1.1. Reservatório.................................................................................................5

2.1.2. Modo de transmissão...................................................................................5

2.1.3. Período de incubação e de transmissibilidade.............................................5

2.1.4. Susceptibilidade e imunidade......................................................................5

2.1.5. Manifestações clínicas:................................................................................6

2.1.6. Prevenção da cólera.....................................................................................6

2.2. Infodemia, Desinformação e Fake News............................................................6

2.3. Papel do enfermeiro no combate a desinformação sobre a origem da cólera.....7

2.3.1. Atitude do enfermeiro como educador em saúde no combate a


desinformação............................................................................................................7

2.3.2. Enfermeiro como sensibilizador nas comunidades.....................................8

III. CONCLUSÃO........................................................................................................9

IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................10


I. INTRODUÇÃO
A cólera é uma doença infecciosa que se manifesta clinicamente sob a forma de
diarreia aguda secretora, sendo causada pelos serotipos toxigénicos de Vibrio cholerae
(O1 e O139) (1). Esta doença pode matar uma pessoa saudável em 12 a 24 horas a partir
do início da diarreia e origina surtos explosivos, o que provavelmente torna o V.
cholerae no patógeno que consegue matar o maior número de seres humanos num mais
curto espaço de tempo (2). (Vaz, 2013)

Segundo Vaz (2013), a partir disso, o pais foi assolado por um surto de casos que de
cólera afectou varias vidas humanas. Ocorre que, além disso. a população também foi
acometida pela grande disseminação de noticias falsas relacionadas a esta doença o que
levou a morte de líderes das comunidades devido a ataques da população.

De acordo com Matos (2021 cit. Vaz, 2013), as fake news são denominadas como
escritas e publicadas com a intenção de enganar e repassar desinformações, o que afecta
o âmbito da segurança da informação, podendo trazer sérios riscos para toda uma
população desprovida de conhecimento científico, por exemplo.

Neste presente trabalho, será demonstrado através de pesquisas de dados científicos e


que as fakes news, atreladas à desinformação, resultam em sérios danos à Saúde
Pública.

A propagação e o compartilhamento desenfreado de notícias falsas, principalmente em


aplicativos de mensagens prejudicam a compreensão correta a respeito da cólera, seus
riscos, prevenções, tratamentos, desenvolvimento da doença e gravidade desta, além do
que diz respeito também à vacinação.

O alastramento de notícias falsas para o indivíduo e a colectividade é extremamente


perigoso. No que tange à Saúde Pública, pode-se ter consequências desastrosas e até
fatais

Neste sentido, cumpre mencionar que o combate às fake news deve ser priorizado pelas
organizações e nações mundiais, e o enfermeiro tem um papel primordial na educação
em saúde para combater a desinformação.
I.1. Metodologia
O estudo foi realizado através de uma pesquisa bibliográfica para revisão de literatura,
realizada no período de fevereiro de 2024. O levantamento bibliográfico foi obtido
através de sítios como Bireme, Pubmed, Lilacs e Scielo, além das plataformas de dados
online.
I.1. Objectivos

I.1.1. Geral
 Abordar sobre as atitudes do enfermeiro no combate a desinformação sobre a
origem da cólera.

I.1.2. Específicos
 Conceituar a cólera;
 Elucidar o impacto da desinformação sobre surto de cólera;
 Mencionar atitudes do enfermeiro perante a desinformação sobre a origem da
cólera.
II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

II.1. Cólera
A cólera é uma doença diarreica aguda causada pela enterotoxina do Vibrio
cholerae, através da ingestão de alimentos ou água contaminados pela bactéria Vibrio
cholerae. Tem um período de incubação curto, que varia de duas horas a cinco dias, e
manifesta-se com diarreia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dor abdominal e
cãibras, que quando não tratada prontamente, pode evoluir para a desidratação grave,
acidose e colapso circulatório, com choque hipovolêmico e insuficiência renal e,
consequentemente a morte em poucas horas (MISAU, 2016).

II.1.1. Reservatório
Os principais reservatórios de V. cholerae são o homem e as fontes de água. O homem é
o reservatório usual de V. cholerae toxigênico dos sorogrupos O1 e O139. Contudo,
vários estudos têm demonstrado que V. cholerae O1 pode ser isolado de ambientes
aquáticos, principalmente associados a estuários, indicando que animais marinhos
(como, por exemplo, moluscos e crustáceos) podem ser reservatórios naturais do V.
cholerae (MISAU, 2016).

II.1.2. Modo de transmissão


Uma vez que a transmissão da cólera está associada à gestão inadequada do meio
ambiente, a falta de água potável, higiene individual e colectiva deficiente, a
transmissão ocorre, principalmente, pela ingestão de água ou alimentos contaminados
por fezes ou vómitos de um doente ou portador (MISAU, 2016).

II.1.3. Período de incubação e de transmissibilidade


De algumas horas a 5 dias, sendo na maioria dos casos, de 2 a 3 dias. O período de
transmissibilidade perdura enquanto houver eliminação do vibrião nas fezes, o que
ocorre, na maioria dos casos, até poucos dias após a cura. Para fins de vigilância, o
período aceite como padrão é de 20 dias (MISAU, 2016)

II.1.4. Susceptibilidade e imunidade


A susceptibilidade é variável e aumenta na presença de factores que diminuem a acidez
gástrica (acloridria, gastrectomia, uso de alcalinizantes e outros). A infecção produz
elevação de anticorpos e confere imunidade por tempo limitado, em torno de 6 meses
II.1.5. Manifestações clínicas:
De acordo com a MISAU (2016), a cólera manifesta-se de forma variada, desde
infecções inaparentes até diarreia profusa e grave. Além da diarreia, podem surgir
vômitos, dor abdominal e, nas formas severas, cãibras, desidratação e choque. A febre
não é uma manifestação comum. Portanto, a doença pode manifestar-se de 2 formas:

Complicações:

As complicações na cólera decorrem, fundamentalmente, da depleção hidro-salina


causada pela diarreia e pelos vômitos. Ocorrem mais frequentemente nos indivíduos
idosos, diabéticos ou com patologia cardíaca prévia. A desidratação não corrigida levará
a uma deterioração progressiva da circulação, da função renal e do balanço
hidroeletrolítico, produzindo dano a todos os sistemas do organismo. Em consequência,
sobrevém choque hipovolêmico, necrose tubular renal, íleo paralítico, hipocalemia
(levando a arritmias), hipoglicemia (com convulsão e coma em crianças) (MISAU,
2016).

II.1.6. Prevenção da cólera


O melhor meio de protecção contra epidemias de cólera é através do abastecimento de
água potável em quantidade e qualidade, boas condições de saneamento do meio, boa
higiene individual e colectiva, produção e disseminação de mensagens para a promoção
da higiene e saúde, e mobilização de outros sectores para apoiar nesta actividade
(MISAU, 2016).

II.2. Infodemia, Desinformação e Fake News


A infodemia nada mais é do que o excesso de informação sobre determinado
tema, por vezes incorrecta e produzida por fontes não verificadas ou pouco confiáveis,
que se propaga de forma acelerada e, em alguns casos, desenfreada/descontrolada.
Nessa situação, podem surgir rumores e desinformações, além da possibilidade de haver
manipulação de informações com intenção duvidosa (Viana, 2022).

Desinformação é uma informação falsa ou imprecisa cuja intenção deliberada é enganar.


No contexto do surto actual, pode afectar profundamente todos os aspectos da vida e,
mais especificamente, a saúde mental das pessoas, pois a busca por actualizações sobre
a cólera na Internet cresceu. Muitas histórias falsas ou enganosas são inventadas e
compartilhadas sem que se verifique a fonte nem a qualidade.
Para Viana (2022), grande parte dessas desinformações se baseia em teorias
conspiratórias; algumas inserem elementos dessas teorias em um discurso que parece
convencional. Estão circulando informações imprecisas e falsas sobre todos os aspectos
da doença: como a origem da cólera, a causa, o tratamento e o mecanismo de
propagação.

Por sua vez, as fake news são definidas notícias falsas, ou seja, quaisquer notícias e
informações inverídicas que são compartilhadas como se fossem reais e verdadeiras,
divulgadas em contextos virtuais, especialmente em mídias sociais ou em aplicativos
para compartilhamento de mensagens.

Diante disso, a OMS– Organização Mundial da Saúde – afirma que “a desinformação


coloca a saúde e as vidas em risco, além de minar a confiança na ciência, nas
instituições e nos sistemas de saúde” (Viana, 2022).

Em um surto de colera, a desinformação prejudica a saúde humana. Muitas histórias


falsas ou enganosas são fabricadas e compartilhadas sem verificar a fonte ou a
qualidade.

Dentro desta reflexão, é importante compreender que toda situação de infodemia,


desinformação e o reflexo que isso causa na saúde no bem-estar social está
completamente (Viana, 2022).

A desinformação pode se espalhar e ser absorvida muito rapidamente, mudando o


comportamento das pessoas e potencialmente levando-as a correrem maiores riscos
(Viana, 2022).

II.3. Papel do enfermeiro no combate a desinformação sobre a origem da


cólera

II.3.1. Atitude do enfermeiro como educador em saúde no combate a


desinformação
A educação em saúde é actualmente compreendida como um processo de
transformação que forma e desenvolve a consciência crítica das pessoas a respeito das
causas dos seus problemas de saúde, estimulando sua organização para a busca de
soluções colectivas. Vista dessa maneira, ela permeia e dá suporte a toda acção de
saúde, devendo ser dinamizada de forma integrada, em todos os níveis do sistema e em
todas as fases do processo de organização e desenvolvimento dos serviços de saúde.

A educação em saúde permite às pessoas a apropriação do conhecimento e a busca para


transformação da situação de saúde. É uma prática participativa e deve ocorrer: (1) nas
relações dos profissionais de saúde; (2) nas discussões com o paciente sobre seu
atendimento e sobre suas formas de prevenção e tratamento; (3) no modo como os
serviços e a comunidade se encontram organizados; (4) no acesso e no domínio dos
grupos às informações; e (5) no entendimento das relações que se estabelecem entre o
paciente, os grupos e o meio socioeconómico e cultural (MISAU, 2008).

II.3.2. Enfermeiro como sensibilizador nas comunidades


Ao lado das acções de vigilância à saúde, o ACS desenvolve acções educativas,
levando informações e orientações às famílias e aos indivíduos, organizando reuniões
para discussão e busca de soluções para problemas colectivos, a exemplo de doenças
associadas ao saneamento básico e ambiental.

O Programa de Agentes Comunitários de Saúde (Pacs) foi implantado em nível nacional


em 1991 e, a partir de 1994, assumiu a condição de estratégia de transição para a
Estratégia Saúde da Família (ESF). Ao integrarem a equipe básica de saúde da família,
ao lado de um médico, um enfermeiro e um auxiliar de enfermagem, os ACS vêm
contribuindo para a tarefa de organização das ações de atenção básica nos sistemas
municipais de saúde (MISAU, 2008).

Ao fazer a ponte entre o serviço de saúde e a comunidade, o ACS registra informações,


dados e percepções que vão possibilitar que os profissionais da unidade de saúde
articulem a visão clínico-epidemiológica e os aspectos sociais e culturais da
comunidade, favorecendo uma assistência mais integral e resolutiva. (MISAU, 2008).
III. CONCLUSÃO
A cólera é uma doença diarreica aguda causada, através da ingestão de alimentos
ou água contaminados pela bactéria Vibrio cholerae. Manifesta-se com diarreia aquosa e
profusa, com ou sem vômitos, dor abdominal e cãibras, que quando não tratada
prontamente, pode evoluir para a desidratação grave, acidose e colapso circulatório,
com choque hipovolêmico e insuficiência renal e, consequentemente a morte em poucas
horas.

Com o surgimento de novos casos de cólera no norte do pais, a população ficou


alarmada e preocupada com o controle e os cuidados com esta doença, tendo em vista o
seu alto risco de contágio.

Apesar das orientações de profissionais da saúde, a respeito da gravidade da doença e da


sua propagação em massa, ainda existe um índice altíssimo de disseminação de notícias
falsas as denominadas fake news, que são aquelas compartilhadas sem qualquer teor
científico ou informativo comprovado que gera a desinformação na população.

O enfermeiro tem o papel primordial na transmissão de informação verídica e na


senssibilizacao da população para o combate a desinformação sobre a cólera. Por meio
da educação para saúde nas comunidades e na triagem nos posto de saúde.
IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MISAU. (2008). MANUAL INTEGRADO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA
CÓLERA. Brasilia.

MISAU. (2016). MANUAL DE PREVENÇÃO E CONTROLO DA CÓLERA E OUTRAS


DIARREIAS AGUDAS. Ministério da Saúde.

AGUDAS.

Vaz, A. S. (2013). CONTROLO E PREVENÇÃO DA CÓLERA. Portugal: Faculdade de


Medicina, Universidade de Coimbra.

Viana, B. R. (2022). O IMPACTO DAS FAKE NEWS RELATIVAS À COVID- 19 NA


ESFERA DA SAÚDE PUBLICA. CEILÂNDIA-DF.

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