Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
São Paulo
2023
2
Orientador:
Coorientador:
São Paulo
2023
3
xxiii, 135 f.
Título em inglês: MAFLD prevalence and risk factors according to sex in a Brazilian
population attending a private preventive medicine center.
Aluna:
São Paulo
2023
5
Presidente da banca:
Banca examinadora:
Data da aprovação:
_______________
6
Dedicatória
Agradecimentos
• À Deus, por me amparar nos momentos difíceis, me dar força para superar as
dificuldades, mostrar o caminho nas horas incertas e por suprir todas as minhas
necessidades.
• À minha família, meu esposo e nossos filhos Benjamin e João Marco, a minha
base, meu tudo, os quais tenho um amor incondicional, pelo carinho e incentivo
em todas os momentos.
• Ao meu orientador, Prof. Dr. Edison Roberto Parise, por acreditar em mim, por
e por ser exemplo de profissional, o qual sempre fará parte da minha vida. Ao
meu coorientador Prof. Dr. Roberto José de Carvalho Filho, pelo carinho e
• Aos meus amigos e irmãos de coração: Vívian, João Luiz, Cláudia, Gustavo,
Ibrahim, Ana Leatrice, Mirella, Ayk, Letícia e Júlio, por sempre estarem ao meu
sempre.
Universidade Federal de São Paulo, Dr. Roberto, Dra. Ana Cristina, Dra. Maria
Lúcia, Dra. Carolina, Dra. Patrícia, Dra. Virgínia, Dr. Raul, Dra. Juliana, Dra.
Marlise, Dra. Ivonete, Dra. Eunice, Dra. Christine, Dra. Sílvia, Dra. Amélia.
8
Dr. Joffre Resende Filho, por me receberem tão bem na cidade que escolhi
• Ao Prof. Dr. Raul Santos, pelo apoio durante todo o processo de elaboração e
Epígrafe
(Tiago 2:26)
10
Resumo
Abstract
Objectives: To assess the prevalence of DHGM and its association with age, lifestyle
and cardiovascular risk factors, according to gender, in a population undergoing check
up in a preventive medicine unit. Methods: Retrospective study, with the collection of
data from medical records, in adults ≥ 18 years old who underwent an evaluation
between 2005 and 2019, with an abdominal ultrasound (US) examination. After
excluding those with an increased risk of alcoholic disease (AUDIT score > 8), those
with steatosis on US and those with ≥ 2 metabolic risk factors were classified as having
nonalcoholic fatty liver disease (MFHD). The global prevalence and in each of the
three consecutive fiveyear periods (20052019) were calculated. Lifestyle and
cardiovascular risk factors (CMRF) were assessed according to age and body mass
index (BMI) and stratified by sex and age. Results: Of the 45,195 cases, 14,089
patients fulfilled the criteria for DHGM with an overall prevalence of 31.2%, being
higher among men than women. In women, the prevalence increased significantly over
time, especially from the first to the second five years (8.7%, 15.1% and 16.6%), while
among men the prevalence was similar between periods (38.5 %, 41.1% and 41.8%).
The evaluation regarding sex and age showed a significant increase after 50 years of
age. Regarding risk factors, smoking was associated with DHGM only among men,
while all other investigated factors showed a significant odds ratio (OR) for DHGM, with
BMI being the factor that presented the highest OR in both sexes (4.79 in men and 5.4
in women), followed by triglyceride levels (2.7 and 3.27). In comparison with clinical
factors, BMI was again the one with the highest OR (10.26 for men and 11.84 for
women), followed by a history of type 2 diabetes mellitus (2.65 and 4.02, respectively).
Conclusion: The results demonstrate a high prevalence of nonalcoholic DHGM in our
midst, and a significant increase over the years, maintaining a higher prevalence
among men and a significant increase among women with advancing age, every five
years. With the exception of smoking, all other FRCM and lifestyle factors were
associated with a higher OR for the presence of nonalcoholic DHGM in both genders,
especially BMI, triglyceride levels and previous diagnosis of type 2 diabetes mellitus.
12
Sumário
Dedicatória................................................................................................................. VI
Epígrafe.......................................................................................................................IX
Resumo....................................................................................................................... X
Abstract...................................................................................................................... XI
Sumário..................................................................................................................... XII
Listas.............................................................................................................. XIV XX
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................21
2. OBJETIVOS............................................................................................................35
2.1 Geral.................................................................................................................35
2.2 Específicos .......................................................................................................35
3. CASUÍSTICA E MÉTODOS....................................................................................36
4. RESULTADOS.......................................................................................................42
4.1 Avaliação global dos pacientes inseridos no estudo de acordo com o sexo.......43
4.2 Avaliação dos fatores de risco cardiometabólico de acordo com a presença ou
ausência de DHGM............................................................................................46
13
4.3 Análise dos fatores de risco cardiometabólico e estilo de vida, da população com
DHGM de acordo com o sexo.............................................................................50
4.4 Avaliação da população com DHGM de acordo com a idade e o sexo...............52
4.5 Razão de probabilidade dos fatores de risco cardiometabólico e estilo de vida
para o diagnóstico de DHGM de acordo com o sexo..........................................56
4.6 Valores de FIB4 na avaliação do risco de fibrose avançada de acordo com sexo
e idade (maiores ou menores de 50 anos) de portadores de
DHGM................................................................................................................58
4.7 Avaliação da população geral de acordo com os três quinquênios consecutivos
de 2005 a 2019...................................................................................................59
4.8 Análise dos fatores de risco cardiometabólico e estilo de vida nos pacientes com
DHGM de acordo com os três quinquênios e com o sexo dos
pacientes........................................................................................................... 61
4.9 Razão de probabilidade dos fatores de risco cardiometabólico para o
diagnóstico de DHGM de acordo com o sexo nos três
quinquênios........................................................................................................64
5. DISCUSSÃO...........................................................................................................68
6. CONCLUSÕES.......................................................................................................81
7. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS..................................................................................82
8. ANEXOS ................................................................................................................83
9. Referências bibliográficas....................................................................................107
14
Lista de figuras
Lista de gráficos
masculino...................................................................................................................55
Lista de tabelas
Tabela 8: Razão de chances (odds ratio) para o diagnóstico de DHGM para diferentes
fatores de risco para a doença, de acordo com o sexo, corrigidos para idade e índice
de massa corporal......................................................................................................57
Tabela 9. Fibrosis4 index (valor médio com desvio padrão ou percentual de pacientes
com valor <1,30) comparação de homens e mulheres com DHGM em todo o grupo ou
apenas naqueles com 50 anos ou mais.....................................................................59
Tabela 10. Avaliação dos fatores de risco para doença hepática gordurosa metabólica
nos homens de acordo com os três quinquênios.........................................................61
Tabela 11. Avaliação dos fatores de risco para doença hepática gordurosa metabólica
nas mulheres de acordo com os três quinquênios ....................................................62
17
Tabela 12. Razão de chances (odds ratio) para o diagnóstico de DHGM para
diferentes parâmetros de risco cardiometabólico e do estilo de vida, no sexo masculino
e de acordo com os três quinquênios, corrigidos para a idade e índice de massa
corporal.......................................................................................................................64
Tabela 13. Razão de chances (odds ratio) para o diagnóstico de DHGM para
diferentes parâmetros de risco cardiometabólico e do estilo de vida, no sexo feminino
e de acordo com os três quinquênios, corrigidos para a idade e índice de massa
corporal......................................................................................................................65
18
Lista de siglas
ALB Albumina
AP Atividade de protrombina
BD Bilirrubina direta
CT Colesterol total
DLP Dislipidemia
DM Diabetes mellitus
DP Desvio padrão
F Fibrose
19
FA Fosfatase alcalina
FRT Ferritina
GGT Gamaglutamiltransferase
GLI Glicemia
Hb Hemoglobina
N Número de pacientes
RM Ressonância magnética
SM Síndrome metabólica
TC Tomografia computadorizada
TGL Triglicérides
US Ultrassom
21
1. INTRODUÇÃO
Entretanto, desde 2020, uma nova definição para a doença hepática gordurosa
foi discutida por um grupo de especialistas para a elaboração de um diagnóstico mais
abrangente e simples, com a nomenclatura em inglês de “metabolic dysfunction
associated fatty liver disease”, ou MAFLD, e a sua tradução para o português melhor
definida por doença hepática gordurosa metabólica, ou DHGM, a qual é caracterizada
pela presença de esteatose hepática em um exame de imagem ou histologia,
associada a obesidade ou sobrepeso, ou ao diabetes mellitus tipo 2 (DM2; Eslam, M.;
Sanyal, A.J. and George, J., 2020). Nessa nova nomenclatura, caso o paciente não
tenha algum desses critérios, ele precisa ter pelo menos outros dois critérios da
síndrome metabólica (como hipertrigliceridemia, aumento do LDL ou redução do HDL,
aumento da circunferência abdominal, hipertensão arterial sistêmica [HAS] ou
aumento da proteína C reativa). Além disso, o diagnóstico independe da presença de
outras doenças hepáticas antes chamadas de secundárias, como o próprio consumo
de álcool, e pode ser aplicado a pacientes em qualquer contexto clínico (EASL, 2020).
A DHGM seria considerada, portanto, uma manifestação hepática de um distúrbio
multissistêmico, que é heterogêneo em suas causas subjacentes, apresentação,
curso e resultados.
*Fonte: https://pebmed.com.br/doencahepaticagordurosaassociadaadisfuncaometabolica
mudancadeterminologia/
Amarapurkar D et al., 2007; Park SH et al., 2006; Frith J et al., 2009; Chen CH et al.,
2007; Ong JP, Pitts A e Younossi ZM et al., 2008; Hashimoto E et al., 2005; Adams
LA et al., 2005; Chen ZW et al., 2008; Clark JM, Brancati FL e Diehl AM, 2003; Kallwitz
ER et al., 2008; Wagenknecht LE et al., 2009). Quanto a essa diferença entre os
sexos, estudos já demonstraram que existiria uma importante relação entre os
hormônios sexuais e a ocorrência de DHGNA. O estado pósmenopausa nas
mulheres poderia aumentar o risco de DHGNA devido a redução dos níveis de
estrogênio, associada a alteração da distribuição da gordura visceral, piorando a
dislipidemia, bem como o aumento da resistência à insulina (MauvaisJarvis F et. al,
2013; Gupte AA et. al, 2015). Entretanto, os mecanismos ainda precisam ser mais
bem estabelecidos.
2010 ; Adams LA et al., 2009 ; Targher G et al., 2016; Lonardo A et al., 2015 ;
Marcuccilli M and Chonchol M., 2016; Adams LA et al., 2005 ; Ekstedt M et al., 2006).
Essa população também apresenta maior prevalência de doença renal crônica e de
neoplasias, sendo que, ao contrário do esperado, não são as causas hepáticas as
principais razões de óbito desses pacientes, perdendo para DCV e as neoplasias, que
constituem as duas primeiras causas de óbito nessa doença (Marcuccilli M and
Chonchol M, 2016; Adams LA et al., 2005 ; Ekstedt M et al., 2006).
Estudos mostram que pacientes com DHGNA apresentam aumento gradual das
taxas de mortalidade de acordo com o estágio da fibrose; portanto, a gravidade da
fibrose hepática seria o principal fator determinante no prognóstico desses pacientes
(Dulai PS et al., 2017). Sanyal e colaboradores, ao analisarem 1.773 pacientes adultos
com DHGNA comprovada por biópsia, descobriram que a mortalidade por todas as
causas estava significativamente associada a estágios avançados de fibrose (0,32
óbitos por 100 pessoasano para estágio F0 a F2, 0,89 óbitos por 100 pessoasano
para o estágio F3 e 1,76 mortes por 100 pessoasano para o estágio F4). E, destes
33
2. OBJETIVOS
2.1 Geral
Avaliar a prevalência de DHGM e a sua associação com idade, estilo de vida e
fatores de risco cardiovascular, de acordo com o sexo, em uma população submetida
a checkup em uma unidade de medicina preventiva.
2.2 Específicos
a. Avaliar a prevalência global da doença hepática gordurosa metabólica (DHGM)
após a exclusão dos pacientes de risco para a doença hepática alcoólica
(AUDIT≥ 8).
3. CASUÍSTICA E MÉTODOS
3.2. Casuística
O estudo foi realizado com a avaliação geral dos indivíduos a partir da coleta dos
dados obtidos no prontuário eletrônico do Centro de Medicina Preventiva do Hospital
Israelita Albert Einstein (HIAE), na cidade de São Paulo, com a inclusão de todos os
pacientes que realizaram uma primeira consulta de checkup na unidade, com idade
entre 18 e 70 anos, no período de 2005 a 2019, avaliados inicialmente quanto a
presença ou ausência de esteatose hepática ao exame de ultrassonografia de
abdome.
3.3. Métodos
3. IRREGULARMENTE ATIVO: aquele que realiza atividade física, porém insuficiente para ser classificado como
ativo pois não cumpre as recomendações quanto à frequência ou duração. Para realizar essa classificação soma
se a frequência e a duração dos diferentes tipos de atividades (caminhada + moderada + vigorosa). Este grupo foi
dividido em dois subgrupos de acordo com o cumprimento ou não de alguns dos critérios de recomendação:
a) IRREGULARMENTE ATIVO A: aquele que atinge pelo menos um dos critérios da recomendação quanto à
frequência ou quanto à duração da atividade:
b) IRREGULARMENTE ATIVO B: aquele que não atingiu nenhum dos critérios da recomendação quanto à
frequência nem quanto à duração.
4. SEDENTÁRIO: aquele que não realizou nenhuma atividade física por pelo menos 10 minutos contínuos durante
a semana.
cintura categorizada por diretrizes de acordo com o gênero e grupo étnico, deve estar
acompanhada por, pelo menos, dois outros fatores para definição de SM (Tabela 1).
De acordo com a nova definição do IDF, o paciente para ter o diagnóstico de síndrome
metabólica, ele deverá ter: obesidade central mais dois dos outros quatro fatores:
* A obesidade central, pode ser medida como: Aumento da circunferência da cintura, para a população
hispânica: Masculino (≥94cm), Feminino (≥80cm) ou IMC: >30kg/m2. * Traduzido de: International
Diabetes Federation. The IDF consensus worldwide definition of metabolic syndrome. 2006
O estudo foi aprovado pelo Comitê de ética e pesquisa do Hospital Israelita Albert
Einstein – HIAE (ANEXO 8.3; ANEXO 8.4; ANEXO 8.6), sendo incluída a
41
4. RESULTADOS
Entre os 45.195 casos restantes (AUDIT < 8), 14.998 deles apresentavam
esteatose ao exame de US de abdome e, desses, 14.089 pacientes preenchiam os
critérios para DHGM (94%), trazendo a prevalência de DHGM não alcoólica para
31,2%. E esta foi a população escolhida para a avaliação dos fatores associados a
DHGM de acordo com o sexo. Os outros 30.197 pacientes foram classificados como
“sem esteatose”. O número de pacientes incluídos no estudo, portanto, foi de 44.286
pacientes e a média de idade nesta população foi de 42,3 ± 9,9 anos.
43
Avaliação inicial
n = 55.022
pacientes em check-up
n = 1.438
(Dados incompletos)
PREVALÊNCIA GLOBAL
(DA n = 53.584 pacientes DE ESTEATOSE
n = 8.389 HEPÁTICA = 32,7%
dados incompletos
(Consumo abusivo de (n = 17519)
bebida alcoólica) n = 45.195 pacientes
selecionados
AUDIT ≥8 sem uso abusivo de álcool
n = 909
com DHGNA
(não - DHGM) PREVALÊNCIA DE DHGM
NÃO ALCOÓLICA = 31,2%
Legenda: n: número de pacientes; AUDIT: Alcohol Use Disorders Identification Test; DHGM:
doença hepática gordurosa metabólica; DHGNA: doença hepática gordurosa não alcoólica.
(n =15293) (n=28993)
34,5% 65,5%
IPAQ POUCO ATIVOS / INATIVOS (%) 59,3% 14853 56,1% 28055 <0,0001
Legenda: N: número de pacientes; IMC: índice de massa corporal; SM: síndrome metabólica; CA:
circunferência abdominal; HDLc: highdensity cholesterol; PA: pressão arterial; TRIGLIC: triglicérides,
IDF: International Diabetes Federation; DM: diabetes mellitus; IPAQ: International physical activity
questionnaire; DCV: doença cardiovascular. DCV: doença cardiovascular. SAOS: síndrome da apneia
obstrutiva do sono.
46
LABORATORIAL
PCR (média ±DP) 3,22 +,061 9905 2,41+ ,035 20140 <0.001
HB GLICADA (média ±DP) 5,39+ 0,005 10610 5,51+ 0,005 17106 <0,001
ÁCIDO ÚRICO (média ±DP) 4,20 + 0,012 8340 6, 01+ 0,010 17715 <0,001
GGT (média ±DP) 23,44+0,158 15228 38, 41+ 0,185 28852 <0,001
ALT (média ±DP) 28,62+ 012 15268 44,40+ 0,139 28954 <0,001
TSH (média ±DP) 4,29+ 0,777 14964 3,98 +0,440 27986 0,125
COLESTEROL (média ±DP) 188,46+ 0,283 15288 195,99+ 0,223 28982 <0,001
LDLC (média ±DP) 109,02+ 0,257 15284 123,84+ 0,197 28972 <0,001
Legenda: N: número de pacientes; PCR: proteína C reativa; Hb glicada: hemoglobina glicosilada; GGT:
Gama glutamil transferase; AST: aspartato aminotransferase; ALT: alanina transferase; TSH: hormônio
tireoestimulante; LDLc: lowdensity cholesterol
Os pacientes com DHGM (n = 14.089) eram mais velhos, com a média de idade
de 45,6 ± 9,8 anos, comparados aos pacientes sem esteatose (n = 30.197), que
apresentavam média de idade de 40,7 ± 9,5 anos. Em relação aos dados
antropométricos, o grupo com DHGM apresentava média de IMC maior em relação
ao grupo sem esteatose (29,9 ± 4,25 kg/m2 vs. 24,9 ± 3,5 kg/m2), correspondendo a
93,5% com sobrepeso ou obesidade (51,3% e 42,2%, respectivamente) e 6,5% com
47
IMC normal. O contrário se viu naqueles sem esteatose, já que a maioria apresentou
peso normal (54%), 38,6% com sobrepeso e 7,4% com obesidade (Tabela 4).
(n=14.089) (n=30.197)
HAS REFERIDA (%) 23,9% (3374 / 14089) 7,1% (2136 / 30197) <0,001
DLP REFERIDA (%) 38,3% (5402 / 14089) 20,1% (6273 / 30197) <0,001
GLICEMIA ALTERADA (%) 19,5% (2748 / 14085) 3,99% (1249 / 31285) <0,001
HDL BAIXO (%) 47,6% (6704 / 14081) 23,7% (7162 / 30186) <0,001
TRIGLIC. AUMENTADO (%) 50,6% (7136 / 14076) 15,8% (4770 / 30182) <0,001
ANTEC. DCV (%) 0,99% (139 / 14089) 0,35% (107 / 30197) <0,001
IPAQ POUCO ATIVOS / 65,4% (8950 / 13685) 53,5% (15634 / 29223) <0,001
INATIVOS (%)
Legenda: FEM; feminino; MASC: masculino; IMC: índice de massa corporal; N: número de pacientes;
DP: desviopadrão; (*) p<0.01, DHGM: doença hepática gordurosa metabólica; X2: Teste quiquadrado;
48
P: valor de significância; DCV: doença cardiovascular; SAOS: síndrome da apneia obstrutiva do sono;
IPAQ: International physical activity questionnaire; DM: diabetes mellitus; HAS: hipertensão arterial
sistêmica; DLP: dislipidemia; SM: síndrome metabólica, IDF: International Diabetes Federation; CA:
circunferência abdominal; HDLc: highdensity cholesterol; PA: pressão arterial; TRIGLIC: triglicérides
Oitenta e cinco por cento dos pacientes com DHGM tinham aumento da
circunferência abdominal, em comparação com 39,8% dos pacientes sem esteatose.
Em relação aos antecedentes de SAOS, 38% dos pacientes com DHGM referiram ter
a doença, comparado a 12,6% dos pacientes sem esteatose.
SEM
RESULTADO DHGM
N ESTEATOSE N
LABORATORIAL (MÉDIA+DP) p
(MÉDIA+DP)
Legenda: DHGM: doença hepática gordurosa metabólica; P: valor de significância; TGO: transaminase
glutâmicooxalacética; TGP: transaminase glutâmicopirúvica, GGT: gammaglutamyl transferase; FA:
fosfatase alcalina; CT: colesterol total; HDLc: highdensity cholesterol; LDLc: lowdensity cholesterol;
TRIGLIC: triglicérides; PCR: proteína C reativa.
50
A média de idade foi maior nas mulheres em relação aos homens (47,8 ± 0,2
vs. 45,2 ± 0,1). Em relação aos parâmetros da SM, a maioria das mulheres tinha
obesidade visceral, com um aumento da circunferência abdominal em 95,5% das
mulheres, em comparação a 83,6% dos homens. Comparada aos homens, as
mulheres também tiveram maior redução do HDL (52,04% vs. 46,7%) e maior
prevalência de DM2 (6,9% vs. 5,4%). Entretanto, os homens apresentaram maior
percentual de alterações glicêmicas, dos triglicérides, da prevalência de SM e de
SAOS. Em relação aos hábitos sociais, a maioria dos pacientes, em ambos os sexos,
era não fumante (78,2% dos homens e 74,0% das mulheres). Da mesma forma, houve
uma discreta maior prevalência de tabagismo entre os homens, em relação às
mulheres. Quanto à avaliação do IPAQ, a maioria era sedentária (67,3% das mulheres
vs. 65,03% dos homens) e não houve diferenças significantes na prevalência de DCV
de acordo com o sexo (Tabela 6).
Tabela 6. Fatores de risco na população com doença hepática gordurosa metabólica de acordo
com o sexo
IDADE (ANOS; média + DP) 47,84 ± 10,58 2271 45,21 ± 9,60 11818 <0,001
Legenda: DHGM: doença hepática gordurosa metabólica; N: número de pacientes; X2: Teste qui
quadrado; P: valor de significância; IMC: índice de massa corporal; SM: síndrome metabólica; CA:
circunferência abdominal; Glico: glicose; HDLc: highdensity cholesterol; PA: pressão arterial; Triglic:
triglicérides; IDF: International Diabetes Federation; DM2: diabetes mellitus tipo 2; DCV: doença
cardiovascular; SAOS: síndrome da apnéia obstrutiva do sono.
52
PCR (média + DP) 5,26 ± 0,0171 1401 3,03 ± 0,056 8129 <0.001
HB GLICADA (média + DP) 5,76 ± 0,87 1865 5,70 ± 0,92 7482 <0,005
ÁCIDO URICO (média + DP) 4,93 ± 0,027 1750 6,36 ± 0,013 8368 <0,001
GGT (média + DP) 34,93 ± 06,47 2263 45,84 ± 0,315 11769 <0,001
TGO (média + DP) 28,04 ± 0,309 2271 32,91 ±,127 11803 <0,001
TGP (média + DP) 38,09 ± 0,468 2270 52,34 ± 0,236 11798 <0,001
TSH (média + DP) 2,50 ± 0,043 2231 3,04 ± 0,348 11454 0,711
LDLC (média + DP) 119,68 ± 0,740 2269 125,55 ± 0,318 11801 <0,001
PLAQUETAS (média + DP) 274,18 ± 1,28 2261 228,19 ± 0,453 11772 <0.001
FEM MASC
60,0%
57,0%
52,9% 52,7%
50,0%
45,9%
44,3%
40,0% 41,2%
34,6%
32,4%
30,0% 30,5%
23,4%
20,0%
17,3%
14,7%
10,0% 11,6%
7,9%
4,8%
0,0%
<30a 30-39a 40-49a 50-59a 60-69a
Legenda: DHGM: Doença hepática gordurosa metabólica; N: número de pacientes; a: anos; Fem:
mulheres; Masc: homens.
verificouse uma curva linear e crescente ao longo dos anos, chegando a dobrar o
percentual de mulheres acima do peso após os 50 anos de idade para 56% da
população nesta faixa etária. A curva após os 60 anos continua a aumentar, ao
contrário da curva observada para os homens.
Legenda: IMC: índice de massa corporal; IMC Fem: índice de massa corporal nas mulheres; IMC Masc:
índice de massa corporal nos homens.
IMC PREVALÊNCIA
Legenda: IMC: índice de massa corpórea; DHGM: doença hepática gordurosa metabólica
100
Relação entre IMC, idade e prevalência de DHGM no sexo feminino
80
60
40
20
0
>30 3039 4049 5059 6069
IMC PREVALENCIA
Legenda: IMC: índice de massa corpórea; DHGM: doença hepática gordurosa metabólica
56
Desde que o IMC e a idade foram fatores que afetaram diretamente a prevalência
da doença em ambos os sexos, a análise da associação dos fatores de risco foi
realizada através da análise multivariada ajustada para idade e IMC, através do
cálculo da razão de chance da associação dos fatores de risco cardiometabólico e
fatores do estilo de vida, com a DHGM, em ambos os sexos (Tabela 8). Na primeira
parte, foram avaliados os componentes individuais da SM (Modelo 1), seguido do
diagnóstico da SM por critérios IDF na presença do IMC e idade (Modelo 2). Na
sequência, foram avaliados os fatores de risco cardiovasculares referidos no check
up (diagnóstico prévio de HAS, dislipidemia, DM2 e SAOS) e hábitos de vida,
associados a esse risco (atividade física pelo IPAQ e tabagismo; Modelo 3).
Tabela 8: Razão de chances (odds ratio) para o diagnóstico de DHGM para diferentes fatores de
risco para a doença, de acordo com o sexo, corrigidos para idade e índice de massa corporal.
TRIGLICÉRIDES
AUMENTADOS 2.7 [2.537; 2.874] * 3.27 [2.883; 3.716] *
Legenda: (*) p<0,01 para os parâmetros estudados. (#) p>0,01 parâmetro não significante.
Abreviaturas: Grupo 1: 2005 2009; Grupo 2: 2010 2014; Grupo 3: 2015 2019; SM: síndrome
metabólica; CA: circunferência abdominal; HDL: highdensity cholesterol; PA: pressão arterial; IMC:
classificação do Indice de massa corporal; SM (IDF): síndrome metabólica de acordo com critérios do
IDF; HAS: hipertensão arterial sistêmica; DLP: dislipidemia; DM2: diabetes mellitus tipo 2; IPAQ:
avaliação dos critérios de IPAQ em pacientes inativos ou pouco ativos; SAOS: síndrome da apnéia
obstrutiva do sono através do Questionário de Berlim.
Na grande maioria dos indivíduos estudados (91% das mulheres e 84,5% dos
homens), como esperado, valores de corte para FIB4 inferior a 1,3 foram compatíveis
com exclusão do risco de doença hepática crônica avançada. Mas quando analisados
pela idade, principalmente os homens acima de 50 anos, só 65% deles puderam ser
excluídos e entre as mulheres esse valor de corte para o FIB4 caiu de 94% antes dos
50 anos para 84% naquelas com mais de 50 anos, confirmando, assim o maior risco
de fibrose hepática com o avançar da idade (Tabela 9).
59
Tabela 9. Fibrosis4 index (valor médio com desvio padrão ou percentual de pacientes com valor
<1,30) comparação de homens e mulheres com DHGM em todo o grupo ou apenas naqueles com
50 anos ou mais
(média + DP)
Legenda: DHGM = doença hepática gordurosa metabólica, FIB4 = Fibrosis4 index; (*) teste t, p<0,01
e (#) teste X2=10,537, p<0,01 entre sexo masculino e feminino. (&) teste t p<0,01 e (+) teste X2, p<0,01
para comparações entre mesmo sexo
Legenda: Grupo 1: 2005 2009; Grupo 2: 2010 2014; Grupo 3: 2015 2019; Sem Esteatose;
Esteatose Feminino; Esteatose masculino.
61
Tabela 10. Avaliação dos fatores de risco para doença hepática gordurosa metabólica nos
homens de acordo com os três quinquênios
Legenda: N: número de pacientes; SMIDF: síndrome metabólica de acordo com IDF, HAS: hipertensão
arterial sistêmica; DM2: diabetes mellitus tipo 2; IPAQ: International physical activity questionnaire; IMC:
índice de massa corporal; CA alterada: circunferência abdominal; DCV: doença cardiovascular; PA:
pressão arterial; Triglic: Triglicérides; HDL: highdensity cholesterol
Tabela 11. Avaliação dos fatores de risco para doença hepática gordurosa metabólica nas
mulheres de acordo com os três quinquênios
Legenda: N: número de pacientes; SMIDF: síndrome metabólica de acordo com IDF, HAS: hipertensão
arterial sistêmica; DM2: diabetes mellitus tipo 2; IPAQ: International physical activity questionnaire; IMC:
índice de massa corporal; CA alterada: circunferência abdominal; DCV: doença cardiovascular; PA:
pressão arterial; Triglic: Triglicérides; HDL: highdensity cholesterol
Tabela 12. Razão de chances (odds ratio) para o diagnóstico de DHGM em diferentes parâmetros
de risco cardiometabólico e do estilo de vida, no sexo masculino e de acordo com os três
quinquênios, corrigidos para a idade e índice de massa corporal
Modelo 1 – Síndrome metabólica de acordo com cada critério diagnóstico e com os fatores
de risco cardiovascular
Masculino G1 G2 G3
IDADE 1,01 [1,007; 1,021] * 1,02 [1,017; 1,028] * 1,01 [1,008; 1,018] *
IMC 4,8 [3,968; 5,828] * 4,46 [3,808; 5,227] * 5,14 [4,377; 6,055] *
CA ALTERADA 3,08 [2,687; 3,525] * 3,72 [3,302; 4,189] * 3,66 [3,289; 4,084] *
GLICEMIA 2,44 [2,076; 2,877] * 2,44 [2,082; 2,875] * 2,3 [1,931; 2,746] *
ALTERADA
HDL BAIXO 1,62 [1,427; 1,833] * 1,59 [1,435; 1,77] * 1,67 [1,515; 1,851] *
PA ALTERADA 1,56 [1,379; 1,765] * 1,88 [1,667; 2,124] * 1,87 [1,68; 2,093] *
TRIGLICÉRIDES 2,62 [2,308; 2,965] * 2,73 [2,464; 3,028] * 2,74 [2,479; 3,035] *
AUMENTADOS
Legenda: (*) Fatores associados ao desenvolvimento de DHGM; (#) Fatores não associados ao
desenvolvimento de DHGM. Grupo 1: 2005 2009; Grupo 2: 2010 2014; Grupo 3: 2015 2019; SM:
síndrome metabólica; CA: circunferência abdominal; HDL: highdensity cholesterol; PA: pressão
arterial; IMC: classificação do Indice de massa corporal; SM (IDF): síndrome metabólica de acordo com
critérios do IDF; HAS: hipertensão arterial sistêmica; DLP: dislipidemia; DM2: diabetes mellitus tipo 2;
IPAQ: avaliação dos critérios de IPAQ em pacientes inativos ou pouco ativos; SAOS: síndrome da
apnéia obstrutiva do sono.
Tabela 13. Razão de chances (odds ratio) para o diagnóstico de DHGM em diferentes parâmetros
de risco cardiometabólico e do estilo de vida, no sexo feminino e de acordo com os três
quinquênios, corrigidos para a idade e índice de massa corporal
Modelo 1 – Síndrome metabólica de acordo com cada critério diagnóstico e com os fatores
de risco cardiovascular
G1 G2 G3
Feminino
IDADE 1,04 [1,025; 1,063] * 1,04 [1,031; 1,05] * 1,04 [1,03; 1,046] *
IMC 11,42 [6,666; 20,589] * 4,55 [3,597; 5,799] * 5,11 [4,064; 6,473] *
CA ALTERADA 3,18 [1,721; 6,175] * 5,11 [3,549; 7,527] * 6,1 [4,443; 8,538] *
GLICEMIA 3,49 [2,077; 5,87] * 4,02 [2,948; 5,502] * 2,69 [1,98; 3,657] *
ALTERADA
HDL BAIXO 1,96 [1,355; 2,84] * 1,96 [1,639; 2,356] * 2,13 [1,822; 2,491] *
PA ALTERADA 1,25 [0,805; 1,934] # 1,8 [1,4; 2,309] * 2,1 [1,712; 2,58] *
TRIGLICÉRIDES 3,68 [2,485; 5,454] * 2,87 [2,36; 3,489] * 3,84 [3,176; 4,636] *
AUMENTADOS
IDADE 1,04 [1,027; 1,063] * 1,05 [1,039; 1,058] * 1,05 [1,039; 1,054] *
IMC 17,85 [11,08; 30,339] * 8,7 [7,064; 10,789] * 11,56 [9,48; 14,224] *
SM (IDF) 5,58 [3,837; 8,133] * 5,51 [4,481; 6,775] * 5,43 [4,499; 6,577] *
IDADE 1,04 [1,018; 1,056] * 1,04 [1,029; 1,05] * 1,02 [1,011; 1,03] *
IMC 24,83 [15,479; 42,137] * 10,38 [8,431; 12,892] * 11,18 [9,145; 13,775] *
HAS 2,68 [1,606; 4,455] * 1,68 [1,31; 2,149] * 1,39 [1,1; 1,743] *
DLP 2,01 [1,317; 3,029] * 1,6 [1,32; 1,925] * 1,72 [1,453; 2,026] *
DM2 3,12 [1,146; 8,79] * 6,4 [3,29; 12,758] * 2,99 [1,854; 4,912] *
TABAGISMO 1,01 [0,617; 1,628] # 1,02 [0,826; 1,246] # 0,88 [0,729; 1,056] #
IPAQ 1,05 [0,731; 1,513] # 1,41 [1,164; 1,71] * 1,28 [1,104; 1,489] *
SAOS 2,36 [1,745; 3,182] * 2,13 [1,807; 2,517] *
Legenda: (*) Fatores associados ao desenvolvimento de DHGM; (#) Fatores não associados ao
desenvolvimento de DHGM. Grupo 1: 2005 2009; Grupo 2: 2010 2014; Grupo 3: 2015 2019; SM:
síndrome metabólica; CA: circunferência abdominal; HDL: highdensity cholesterol; PA: pressão
arterial; IMC: classificação do Indice de massa corporal; SM (IDF): síndrome metabólica de acordo com
critérios do IDF; HAS: hipertensão arterial sistêmica; DLP: dislipidemia; DM2: diabetes mellitus tipo 2;
IPAQ: avaliação dos critérios de IPAQ em pacientes inativos ou pouco ativos; SAOS: síndrome da
apnéia obstrutiva do sono.
5. DISCUSSÃO
pacientes com esteatose hepática que previamente não eram classificados como
DHGNA devido ao consumo alcoólico significativo, que tinham outras hepatopatias ou
causas secundárias de esteatose hepática, esses passam a ser diagnosticados como
DHGM, se os critérios diagnósticos fossem preenchidos.
Esta mudança de conceito não foi aceita por todos (Younossi ZM et al., 2021)
e houve muita discussão entre os especialistas sobre o assunto pois, se de um lado
evidenciavase os fatores metabólicos como a causa mais importante da doença
gordurosa, a sua associação com a ingestão alcoólica era um complicador à
compreensão fisiopatogênica e identificação dos fatores de risco e de desfechos
clínicos. Assim, alguns recorreram, como nós, à nomenclatura de DHGM não
alcoólica, inspirados em Vy H et. al. (2021).
ainda maior, atingindo 94% dos casos, após a exclusão dos pacientes com AUDIT ≥
8. Por outro lado, dados da literatura indicam que pacientes com DHGM tendem a
apresentar maior grau de fibrose hepática, maior risco de doença cardiovascular e
taxa de mortalidade global, quando comparados aos pacientes diagnosticados como
DHGNA, provavelmente por realçar a importância desses fatores metabólicos já
identificados, com maior morbimortalidade desses pacientes (Yamamura S et al.,
2020; Lee H et al., 2020; Kim D et al., 2021).
acima dos 50 anos, com maior número de casos entre as mulheres (20,6% vs. 27,6%,
P < 0,05). Outros estudos também mostraram que a DHGM foi mais frequente em
mulheres asiáticas ou negras após os 50 anos de idade (Chitturi S, Farrell GC and
George J, 2004).
2022). Nos gráficos 2, 3 e 4, observase que existe estreita relação entre o IMC e o
diagnóstico da doença em ambos os sexos, mas na tabela 5 podese observar que
existe uma tendência maior de linearidade do aumento do IMC e a prevalência de
DHGM do que na relação com a idade. De qualquer forma, estes dois parâmetros,
idade e IMC, foram selecionados como fatores de ajuste na avaliação da razão de
chance para os fatores cardiometabólicos e hábitos de vida no diagnóstico de DHGM.
De fato, em todas as comparações realizadas, a idade e o IMC estiveram
significativamente associadas a esse risco, embora sempre a razão de chance para o
IMC tenha sido fator de risco de maior intensidade (Tabelas 10 e 11). A importância
de parâmetros metabólicos também pode ser enfatizada quando comparamos a razão
de chances de desenvolver DHGM entre os sexos.
mulheres, embora nem a idade, nem o sexo tenham sido fatores associados de modo
independente ao desenvolvimento de DHGNA durante o seguimento (Aneni EC et al.,
2022).
Sabemos que o padrão ouro para avaliação e fibrose hepática continua sendo
a biópsia hepática, mas cada vez mais os marcadores não invasivos de fibrose
hepática têm sido utilizados na prática clínica. Um dos marcadores não invasivos e
mais utilizados na prática clínica para avaliar o risco de fibrose avançada, o FIB4, é
um método de fácil aplicação e por não ser patenteado e demonstrar boa acurácia na
prática clínica (Shah AG et al., 2009), utilizamos em nossa análise para a comparação
entre os pacientes. Nessa análise, pudemos comprovar que pacientes com DHGM e
idade superior a 50 anos, independentemente do sexo, apresentavam maior risco de
fibrose avançada e maiores valores médios do marcador. Além disso, principalmente
na população com idade superior a 50 anos, verificamos maior percentual de
pacientes do sexo feminino excluídas pela menor probabilidade de fibrose avançada,
como valores médios de FIB4 significativamente mais elevados entre os homens.
Estes dados sugerem que homens acima de 50 anos podem apresentar quadro de
DHGM mais avançado que as mulheres; nesse contexto, uma das possibilidades é
que eles iniciariam a doença mais jovens com maior tempo de evolução para a fibrose
do que as mulheres (Tabela 13). Achados semelhantes foram encontrados por outros
autores (Nagral A et al., 2022; Hartleb M et al., 2017).
Finalmente, a idade e o sexo não são apenas fatores de risco importantes para
o diagnóstico de DHGM, mas também são fatores associados a maior progressão da
doença.
81
6. CONCLUSÕES
A avaliação da fibrose pelo FIB4 mostrou que pacientes com idade acima de
50 anos e do sexo masculino estão mais propensos a apresentar fibrose hepática
avançada.
Estes dados demonstram que idade, estilo de vida e vários fatores de risco
cardiovascular afetam a prevalência da DHGM, com intensidades diferentes de acordo
com o sexo, mas não são suficientes para explicar as diferenças observadas na
distribuição da doença entre os sexos.
82
7. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS
8. ANEXOS
O estudo foi realizado através de análise dos prontuários dos pacientes que
foram atendidos no HIAE nos últimos 5 anos, e por ser análise de prontuários, houve
a dispensa do TCLE. E para que os dados fossem utilizados, foi preenchido, conforme
as normas do Comitê de Ética e Pesquisa – CEP, deste mesmo hospital, o Termo de
Compromisso de Utilização de Dados (TCUD), o qual o pesquisador responsável e
os membros da equipe se comprometeram a manter confidencialidade dos dados
obtidos.
84
Pontuação
1 – Seu peso mudou nos últimos tempos?
a) aumentou 0
b) diminuiu 0
c) não mudou 0
2 – Você ronca?
a) sim 1
b) não 0
c) não sei 0
3 – Seu ronco é?
a) sim 1
b) não 0
Total
a) não 0
Total
a) sim 1
b) não 0
c) não sei 0
105
Seu peso em Kg, com uma casa decimal. ex.: 75.4 _____
Sua altura em metros, com duas casas decimais. ex.: 1.75 _____
CALCULAR _____
Total: _____
Legenda: AUDIT: Alcool Use Disorders Identification Test; DHGM: Doença hepática gordurosa
metabólica.
107
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Adams LA, Lymp JF, St Sauver J, Sanderson SO, Lindor KD, Feldstein A,
Angulo P. The natural history of nonalcoholic fatty liver disease: a population
based cohort study. Gastroenterology. 2005 Jul;129(1):11321. doi:
10.1053/j.gastro.2005.04.014. PMID: 16012941.
2. Adams LA, Roberts SK, Strasser SI, Mahady SE, Powell E, Estes C, Razavi
H, George J. Nonalcoholic fatty liver disease burden: Australia, 20192030. J
Gastroenterol Hepatol. 2020 Sep;35(9):16281635. doi: 10.1111/jgh.15009.
Epub 2020 Feb 26. PMID: 32048317; PMCID: PMC7540570.
3. Adams LA, Waters OR, Knuiman MW, Elliott RR, Olynyk JK. NAFLD as a risk
factor for the development of diabetes and the metabolic syndrome: an eleven
year followup study. Am J Gastroenterol. 2009 Apr;104(4):8617. doi:
10.1038/ajg.2009.67. Epub 2009 Mar 17. PMID: 19293782.
8. Allen AM, Therneau TM, Mara KC, Larson JJ, Watt KD, Hayes SN, Kamath
PS. Women With Nonalcoholic Fatty Liver Disease Lose Protection Against
Cardiovascular Disease: A Longitudinal Cohort Study. Am J Gastroenterol.
2019 Nov;114(11):17641771. doi: 10.14309/ajg.0000000000000401. PMID:
31577570; PMCID: PMC6832850.
10. Anderson EL, Howe LD, Jones HE, Higgins JP, Lawlor DA, Fraser A. The
Prevalence of NonAlcoholic Fatty Liver Disease in Children and Adolescents:
A Systematic Review and MetaAnalysis. PLoS One. 2015 Oct
29;10(10):e0140908. doi: 10.1371/journal.pone.0140908. PMID: 26512983;
PMCID: PMC4626023.
11. Aneni EC, Bittencourt MS, Teng C, CainzosAchirica M, Osondu CU, Soliman
A, AlMallah M, Buddoff M, Parise ER, Santos RD, Nasir K. The risk of
cardiometabolic disorders in lean nonalcoholic fatty liver disease: A
longitudinal study. Am J Prev Cardiol. 2020 Oct 20;4:100097. doi:
10.1016/j.ajpc.2020.100097. PMID: 34327473; PMCID: PMC8315654.
12. Aneni EC, Bittencourt MS, Teng C, CainzosAchirica M, Osondu CU, Soliman
A, AlMallah M, Buddoff M, Parise ER, Santos RD, Nasir K. The risk of
cardiometabolic disorders in lean nonalcoholic fatty liver disease: A
longitudinal study. Am J Prev Cardiol. 2020 Oct 20;4:100097. doi:
10.1016/j.ajpc.2020.100097. PMID: 34327473; PMCID: PMC8315654.
13. Aneni EC, Oni ET, Martin SS, Blaha MJ, Agatston AS, Feldman T, Veledar E,
Conçeicao RD, Carvalho JA, Santos RD, Nasir K. Blood pressure is
associated with the presence and severity of nonalcoholic fatty liver disease
109
14. Aneni EC, Saeed GJ, Bittencourt MS, CainzosAchirica M, Osondu CU, Budoff
M, Parise ER, Santos RD, Nasir K. Cardiometabolic disorders, inflammation
and the incidence of nonalcoholic fatty liver disease: A longitudinal study
comparing lean and nonlean individuals. PLoS One. 2022 Apr
6;17(4):e0266505. doi: 10.1371/journal.pone.0266505. PMID: 35385529;
PMCID: PMC8985996.
15. Aneni EC, Saeed GJ, Bittencourt MS, CainzosAchirica M, Osondu CU, Budoff
M, Parise ER, Santos RD, Nasir K. Cardiometabolic disorders, inflammation
and the incidence of nonalcoholic fatty liver disease: A longitudinal study
comparing lean and nonlean individuals. PLoS One. 2022 Apr
6;17(4):e0266505. doi: 10.1371/journal.pone.0266505. PMID: 35385529;
PMCID: PMC8985996.
16. Angulo P, Hui JM, Marchesini G, Bugianesi E, George J, Farrell GC, Enders
F, Saksena S, Burt AD, Bida JP, Lindor K, Sanderson SO, Lenzi M, Adams
LA, Kench J, Therneau TM, Day CP. The NAFLD fibrosis score: a noninvasive
system that identifies liver fibrosis in patients with NAFLD. Hepatology. 2007
Apr;45(4):84654. doi: 10.1002/hep.21496. PMID: 17393509.
18. Anstee QM, Targher G, Day CP. Progression of NAFLD to diabetes mellitus,
cardiovascular disease or cirrhosis. Nat Rev Gastroenterol Hepatol. 2013
Jun;10(6):33044. doi: 10.1038/nrgastro.2013.41. Epub 2013 Mar 19. PMID:
23507799.
110
19. Balkau B, Lange C, Vol S, Fumeron F, Bonnet F; Group Study D.E.S.I.R. Nine
year incident diabetes is predicted by fatty liver indices: the French D.E.S.I.R.
study. BMC Gastroenterol. 2010 Jun 7;10:56. doi: 10.1186/1471230X1056.
PMID: 20529259; PMCID: PMC2898845.
20. Barr RG. Shear wave liver elastography. Abdom Radiol (NY). 2018
Apr;43(4):800807. doi: 10.1007/s0026101713751. PMID: 29116341.
21. Bellentani S. The epidemiology of nonalcoholic fatty liver disease. Liver Int.
2017 Jan;37 Suppl 1:8184. doi: 10.1111/liv.13299. PMID: 28052624.
22. BessePatin A, Léveillé M, Oropeza D, Nguyen BN, Prat A, Estall JL. Estrogen
Signals Through Peroxisome ProliferatorActivated Receptorγ Coactivator 1α
to Reduce Oxidative Damage Associated With DietInduced Fatty Liver
Disease. Gastroenterology. 2017 Jan;152(1):243256. doi:
10.1053/j.gastro.2016.09.017. Epub 2016 Sep 20. PMID: 27658772.
23. Browning JD, Kumar KS, Saboorian MH, Thiele DL. Ethnic differences in the
prevalence of cryptogenic cirrhosis. Am J Gastroenterol. 2004 Feb;99(2):292
8. doi: 10.1111/j.15720241.2004.04059.x. PMID: 15046220.
24. Browning JD, Szczepaniak LS, Dobbins R, Nuremberg P, Horton JD, Cohen
JC, Grundy SM, Hobbs HH. Prevalence of hepatic steatosis in an urban
population in the United States: impact of ethnicity. Hepatology. 2004
Dec;40(6):138795. doi: 10.1002/hep.20466. PMID: 15565570.
25. Brunt, E.M.; NeuschwanderTetri, B.A.; Burt, A.D. Fatty liver disease: Alcoholic
and nonalcoholic. 2011) In MacSween’s Pathology of the Liver, 6th ed.; Burt,
A.D., Portmann, B., Ferrell, L., Eds.; Elsevier: Amsterdam, The Netherlands,
2011; pp. 293–359.
28. Caldwell SH, Crespo DM. The spectrum expanded: cryptogenic cirrhosis and
the natural history of nonalcoholic fatty liver disease. J Hepatol. 2004
Apr;40(4):57884. doi: 10.1016/j.jhep.2004.02.013. PMID: 15030972.
29. Cavalcante LN, Porto J, Mazo D, LongattoFilho A, Stefano JT, Lyra AC,
Carrilho FJ, Reis RM, Alves VAF, Sanyal AJ, Oliveira CP. African genetic
ancestry is associated with lower frequency of PNPLA3 G allele in non
alcoholic fatty liver in an admixed population. Ann Hepatol. 2022 Nov
Dec;27(6):100728. doi: 10.1016/j.aohep.2022.100728. Epub 2022 Jun 13.
PMID: 35710086.
30. Chalasani N, Younossi Z, Lavine JE, Diehl AM, Brunt EM, Cusi K, Charlton M,
Sanyal AJ. The diagnosis and management of nonalcoholic fatty liver disease:
practice Guideline by the American Association for the Study of Liver
Diseases, American College of Gastroenterology, and the American
Gastroenterological Association. Hepatology. 2012 Jun;55(6):200523. doi:
10.1002/hep.25762. PMID: 22488764.
31. Chalasani N, Younossi Z, Lavine JE, Diehl AM, Brunt EM, Cusi K, Charlton M,
Sanyal AJ. The diagnosis and management of nonalcoholic fatty liver disease:
practice Guideline by the American Association for the Study of Liver
Diseases, American College of Gastroenterology, and the American
Gastroenterological Association. Hepatology. 2012 Jun;55(6):200523. doi:
10.1002/hep.25762. PMID: 22488764.
32. Chan KE, Koh TJL, Tang ASP, Quek J, Yong JN, Tay P, Tan DJH, Lim WH,
Lin SY, Huang D, Chan M, Khoo CM, Chew NWS, Kaewdech A, Chamroonkul
112
34. Chen CH, Huang MH, Yang JC, Nien CK, Yang CC, Yeh YH, Yueh SK.
Prevalence and etiology of elevated serum alanine aminotransferase level in
an adult population in Taiwan. J Gastroenterol Hepatol. 2007 Sep;22(9):1482
9. doi: 10.1111/j.14401746.2006.04615.x. PMID: 17716352.
35. Chen ZW, Chen LY, Dai HL, Chen JH, Fang LZ. Relationship between alanine
aminotransferase levels and metabolic syndrome in nonalcoholic fatty liver
disease. J Zhejiang Univ Sci B. 2008 Aug;9(8):61622. doi:
10.1631/jzus.B0720016. PMID: 18763311; PMCID: PMC2491691.
37. Cholankeril G, Yoo ER, Perumpail RB, Liu A, Sandhu JS, Nair S, Hu M, Ahmed
A. Rising Rates of Hepatocellular Carcinoma Leading to Liver Transplantation
in Baby Boomer Generation with Chronic Hepatitis C, Alcohol Liver Disease,
and Nonalcoholic SteatohepatitisRelated Liver Disease. Diseases. 2017 Sep
26;5(4):20. doi: 10.3390/diseases5040020. PMID: 28954412; PMCID:
PMC5750531.
39. Clark JM, Brancati FL, Diehl AM. The prevalence and etiology of elevated
aminotransferase levels in the United States. Am J Gastroenterol. 2003
May;98(5):9607. doi: 10.1111/j.15720241.2003.07486.x. PMID: 12809815.
40. Conigrave KM, Hall WD, Saunders JB. The AUDIT questionnaire: choosing a
cutoff score. Alcohol Use Disorder Identification Test. Addiction. 1995
Oct;90(10):134956. doi: 10.1046/j.13600443.1995.901013496.x. PMID:
8616463.
41. Corte CD, Ferrari F, Villani A, Nobili V. Epidemiology and Natural History of
NAFLD. J Med Biochem. 2015 Jan;34(1):1317. doi: 10.2478/jomb2014
0049. Epub 2014 Oct 8. PMID: 28356818; PMCID: PMC4922331.
42. Craig CL, Marshall AL, Sjöström M, Bauman AE, Booth ML, Ainsworth BE,
Pratt M, Ekelund U, Yngve A, Sallis JF, Oja P. International physical activity
questionnaire: 12country reliability and validity. Med Sci Sports Exerc. 2003
Aug;35(8):138195. doi: 10.1249/01.MSS.0000078924.61453.FB. PMID:
12900694.
45. Diehl AM, FarpourLambert NJ, Zhao L, Tilg H. Why we need to curb the
emerging worldwide epidemic of nonalcoholic fatty liver disease. Nat Metab.
2019 Nov;1(11):10271029. doi: 10.1038/s422550190140x. PMID:
32694863.
114
47. Drinane MC, Shah VH. Alcoholic hepatitis: Diagnosis and prognosis. Clin Liver
Dis (Hoboken). 2013 Apr 24;2(2):8083. doi: 10.1002/cld.164. PMID:
30992830; PMCID: PMC6448617.
48. Duell PB, Welty FK, Miller M, Chait A, Hammond G, Ahmad Z, Cohen DE,
Horton JD, Pressman GS, Toth PP; American Heart Association Council on
Arteriosclerosis, Thrombosis and Vascular Biology; Council on Hypertension;
Council on the Kidney in Cardiovascular Disease; Council on Lifestyle and
Cardiometabolic Health; and Council on Peripheral Vascular Disease.
Nonalcoholic Fatty Liver Disease and Cardiovascular Risk: A Scientific
Statement From the American Heart Association. Arterioscler Thromb Vasc
Biol. 2022 Jun;42(6):e168e185. doi: 10.1161/ATV.0000000000000153. Epub
2022 Apr 14. PMID: 35418240.
49. Dulai PS, Singh S, Patel J, Soni M, Prokop LJ, Younossi Z, Sebastiani G,
Ekstedt M, Hagstrom H, Nasr P, Stal P, Wong VW, Kechagias S, Hultcrantz
R, Loomba R. Increased risk of mortality by fibrosis stage in nonalcoholic fatty
liver disease: Systematic review and metaanalysis. Hepatology. 2017
May;65(5):15571565. doi: 10.1002/hep.29085. Epub 2017 Mar 31. PMID:
28130788; PMCID: PMC5397356.
52. Eren F, Kaya E, Yilmaz Y. Accuracy of Fibrosis4 index and nonalcoholic fatty
liver disease fibrosis scores in metabolic (dysfunction) associated fatty liver
disease according to body mass index: failure in the prediction of advanced
fibrosis in lean and morbidly obese individuals. Eur J Gastroenterol Hepatol.
2022 Jan 1;34(1):98103. doi: 10.1097/MEG.0000000000001946. PMID:
32976186.
53. Eslam M, Newsome PN, Sarin SK, Anstee QM, Targher G, RomeroGomez
M, ZelberSagi S, WaiSun Wong V, Dufour JF, Schattenberg JM, Kawaguchi
T, Arrese M, Valenti L, Shiha G, Tiribelli C, YkiJärvinen H, Fan JG, Grønbæk
H, Yilmaz Y, CortezPinto H, Oliveira CP, Bedossa P, Adams LA, Zheng MH,
Fouad Y, Chan WK, MendezSanchez N, Ahn SH, Castera L, Bugianesi E,
Ratziu V, George J. A new definition for metabolic dysfunctionassociated fatty
liver disease: An international expert consensus statement. J Hepatol. 2020
Jul;73(1):202209. doi: 10.1016/j.jhep.2020.03.039. Epub 2020 Apr 8. PMID:
32278004.
54. Eslam M, Newsome PN, Sarin SK, Anstee QM, Targher G, RomeroGomez
M, ZelberSagi S, WaiSun Wong V, Dufour JF, Schattenberg JM, Kawaguchi
T, Arrese M, Valenti L, Shiha G, Tiribelli C, YkiJärvinen H, Fan JG, Grønbæk
H, Yilmaz Y, CortezPinto H, Oliveira CP, Bedossa P, Adams LA, Zheng MH,
Fouad Y, Chan WK, MendezSanchez N, Ahn SH, Castera L, Bugianesi E,
Ratziu V, George J. A new definition for metabolic dysfunctionassociated fatty
liver disease: An international expert consensus statement. J Hepatol. 2020
Jul;73(1):202209. doi: 10.1016/j.jhep.2020.03.039. Epub 2020 Apr 8. PMID:
32278004.
58. European Association for the Study of the Liver (EASL); European Association
for the Study of Diabetes (EASD); European Association for the Study of
Obesity (EASO). EASLEASDEASO Clinical Practice Guidelines for the
management of nonalcoholic fatty liver disease. J Hepatol. 2016
Jun;64(6):1388402. doi: 10.1016/j.jhep.2015.11.004. Epub 2016 Apr 7. PMID:
27062661.
61. Frith J, Day CP, Henderson E, Burt AD, Newton JL. Nonalcoholic fatty liver
disease in older people. Gerontology. 2009;55(6):60713. doi:
10.1159/000235677. Epub 2009 Aug 19. PMID: 19690397.
64. Gerage AM, RittiDias RM, Balagopal PB, Conceição RDO, Umpierre D,
Santos RD, Cucato GG, Bittencourt MS. Physical activity levels and hepatic
steatosis: A longitudinal followup study in adults. J Gastroenterol Hepatol.
2018 Mar;33(3):741746. doi: 10.1111/jgh.13965. PMID: 28857324.
65. Golabi P, Paik JM, AlQahtani S, Younossi Y, Tuncer G, Younossi ZM. Burden
of nonalcoholic fatty liver disease in Asia, the Middle East and North Africa:
Data from Global Burden of Disease 20092019. J Hepatol. 2021
Oct;75(4):795809. doi: 10.1016/j.jhep.2021.05.022. Epub 2021 May 31.
PMID: 34081959.
66. Goulart AC, Oliveira IR, Alencar AP, Santos MS, Santos IS, Martines BM,
Meireles DP, Martines JA, Misciagna G, Benseñor IM, Lotufo PA. Diagnostic
accuracy of a noninvasive hepatic ultrasound score for nonalcoholic fatty liver
disease (NAFLD) in the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA
Brasil). Sao Paulo Med J. 2015 MarApr;133(2):11524. doi: 10.1590/1516
3180.2014.9150812. Epub 2015 Apr 1. PMID: 26018881.
72. Gupte AA, Pownall HJ, Hamilton DJ. Estrogen: an emerging regulator of
insulin action and mitochondrial function. J Diabetes Res. 2015;2015:916585.
doi: 10.1155/2015/916585. Epub 2015 Mar 26. PMID: 25883987; PMCID:
PMC4391691.
79. Iqbal U, Perumpail BJ, Akhtar D, Kim D, Ahmed A. The Epidemiology, Risk
Profiling and Diagnostic Challenges of Nonalcoholic Fatty Liver Disease.
Medicines (Basel). 2019 Mar 18;6(1):41. doi: 10.3390/medicines6010041.
PMID: 30889791; PMCID: PMC6473603.
80. Jang YS, Joo HJ, Park YS, Park EC, Jang SI. Association between smoking
cessation and nonalcoholic fatty liver disease using NAFLD liver fat score.
Front Public Health. 2023 Feb 17;11:1015919. doi:
10.3389/fpubh.2023.1015919. PMID: 36875368; PMCID: PMC9982128.
86. Katsiki N, Mikhailidis DP, Mantzoros CS. Nonalcoholic fatty liver disease and
dyslipidemia: An update. Metabolism. 2016 Aug;65(8):110923. doi:
10.1016/j.metabol.2016.05.003. Epub 2016 May 13. PMID: 27237577.
87. Kezer CA, Simonetto DA, Shah VH. Sex Differences in Alcohol Consumption
and AlcoholAssociated Liver Disease. Mayo Clin Proc. 2021 Apr;96(4):1006
1016. doi: 10.1016/j.mayocp.2020.08.020. Epub 2021 Mar 10. PMID:
33714602.
88. Kim D, Konyn P, Sandhu KK, Dennis BB, Cheung AC, Ahmed A. Metabolic
dysfunctionassociated fatty liver disease is associated with increased all
cause mortality in the United States. J Hepatol. 2021 Dec;75(6):12841291.
doi: 10.1016/j.jhep.2021.07.035. Epub 2021 Aug 8. PMID: 34380057.
121
89. Kjærgaard K, Mikkelsen ACD, Wernberg CW, Grønkjær LL, Eriksen PL,
Damholdt MF, Mookerjee RP, Vilstrup H, Lauridsen MM, Thomsen KL.
Cognitive Dysfunction in NonAlcoholic Fatty Liver DiseaseCurrent
Knowledge, Mechanisms and Perspectives. J Clin Med. 2021 Feb 9;10(4):673.
doi: 10.3390/jcm10040673. PMID: 33572481; PMCID: PMC7916374.
92. Kubiliun MJ, Cohen JC, Hobbs HH, Kozlitina J. Contribution of a genetic risk
score to ethnic differences in fatty liver disease. Liver Int. 2022
Oct;42(10):22272236. doi: 10.1111/liv.15322. Epub 2022 Jun 6. PMID:
35620859; PMCID: PMC9427702.
94. Lee H, Lee YH, Kim SU, Kim HC. Metabolic DysfunctionAssociated Fatty Liver
Disease and Incident Cardiovascular Disease Risk: A Nationwide Cohort
Study. Clin Gastroenterol Hepatol. 2021 Oct;19(10):21382147.e10. doi:
10.1016/j.cgh.2020.12.022. Epub 2020 Dec 22. PMID: 33348045.
95. Levey AS, Stevens LA, Schmid CH, Zhang YL, Castro AF 3rd, Feldman HI,
Kusek JW, Eggers P, Van Lente F, Greene T, Coresh J; CKDEPI (Chronic
Kidney Disease Epidemiology Collaboration). A new equation to estimate
glomerular filtration rate. Ann Intern Med. 2009 May 5;150(9):60412. doi:
122
96. Li H, Wang YJ, Tan K, Zeng L, Liu L, Liu FJ, Zhou TY, Chen EQ, Tang H.
Prevalence and risk factors of fatty liver disease in Chengdu, Southwest China.
Hepatobiliary Pancreat Dis Int. 2009 Aug;8(4):37782. PMID: 19666406.
98. Lim GEH, Tang A, Ng CH, Chin YH, Lim WH, Tan DJH, Yong JN, Xiao J, Lee
CW, Chan M, Chew NW, Xuan Tan EX, Siddiqui MS, Huang D, Noureddin M,
Sanyal AJ, Muthiah MD. An Observational Data Metaanalysis on the
Differences in Prevalence and Risk Factors Between MAFLD vs NAFLD. Clin
Gastroenterol Hepatol. 2023 Mar;21(3):619629.e7. doi:
10.1016/j.cgh.2021.11.038. Epub 2021 Dec 4. PMID: 34871813.
99. Lin H, Zhang X, Li G, Wong GL, Wong VW. Epidemiology and Clinical
Outcomes of Metabolic (Dysfunction)associated Fatty Liver Disease. J Clin
Transl Hepatol. 2021 Dec 28;9(6):972982. doi: 10.14218/JCTH.2021.00201.
Epub 2021 Aug 30. PMID: 34966660; PMCID: PMC8666360.
102. Liu P, Xu Y, Tang Y, et al. Independent and joint effects of moderate alcohol
consumption and smoking on the risks of nonalcoholic fatty liver disease in
elderly Chinese men. PLoS One. 2017;12(7): e0181497.
106. Long MT, Pedley A, Massaro JM, Hoffmann U, Ma J, Loomba R, Chung RT,
Benjamin EJ. A simple clinical model predicts incident hepatic steatosis in a
communitybased cohort: The Framingham Heart Study. Liver Int. 2018
Aug;38(8):14951503. doi: 10.1111/liv.13709. Epub 2018 Mar 12. PMID:
29377504; PMCID: PMC6206437.
108. Ludwig J, Viggiano TR, McGill DB, Oh BJ. Nonalcoholic steatohepatitis: Mayo
Clinic experiences with a hitherto unnamed disease. Mayo Clin Proc. 1980
Jul;55(7):4348. PMID: 7382552.
124
112. Marcuccilli M, Chonchol M. NAFLD and Chronic Kidney Disease. Int J Mol Sci.
2016 Apr 14;17(4):562. doi: 10.3390/ijms17040562. PMID: 27089331; PMCID:
PMC4849018.
113. Matteoni CA, Younossi ZM, Gramlich T, Boparai N, Liu YC, McCullough AJ.
Nonalcoholic fatty liver disease: a spectrum of clinical and pathological
severity. Gastroenterology. 1999 Jun;116(6):14139. doi: 10.1016/s0016
5085(99)705068. PMID: 10348825.
115. MauvaisJarvis F, Clegg DJ, Hevener AL. The role of estrogens in control of
energy balance and glucose homeostasis. Endocr Rev. 2013 Jun;34(3):309
38. doi: 10.1210/er.20121055. Epub 2013 Mar 4. PMID: 23460719; PMCID:
PMC3660717.
116. Minder CM, Shaya GE, Michos ED, Keenan TE, Blumenthal RS, Nasir K,
Carvalho JA, Conceição RD, Santos RD, Blaha MJ. Relation between self
reported physical activity level, fitness, and cardiometabolic risk. Am J Cardiol.
125
121. National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases. Symptoms
and causes of NAFLD and NASH; 2016. https://www.niddk.nih.gov/ health
information/liverdisease/nafldnash/ symptomscauses. Accessed 12 Oct
2018.
122. Ndumele CE, Nasir K, Conceiçao RD, Carvalho JA, Blumenthal RS, Santos
RD. Hepatic steatosis, obesity, and the metabolic syndrome are independently
and additively associated with increased systemic inflammation. Arterioscler
Thromb Vasc Biol. 2011 Aug;31(8):192732. doi:
10.1161/ATVBAHA.111.228262. Epub 2011 May 5. PMID: 21546603; PMCID:
PMC3148106.
126
123. Nguyen VH, Le MH, Cheung RC, Nguyen MH. Differential Clinical
Characteristics and Mortality Outcomes in Persons With NAFLD and/or
MAFLD. Clin Gastroenterol Hepatol. 2021 Oct;19(10):21722181.e6. doi:
10.1016/j.cgh.2021.05.029. Epub 2021 May 23. PMID: 34033923.
125. Ong JP, Pitts A, Younossi ZM. Increased overall mortality and liverrelated
mortality in nonalcoholic fatty liver disease. J Hepatol. 2008 Oct;49(4):60812.
doi: 10.1016/j.jhep.2008.06.018. Epub 2008 Jul 9. PMID: 18682312.
126. Oni ET, Kalathiya R, Aneni EC, Martin SS, Blaha MJ, Feldman T, Agatston
AS, Blumenthal RS, Conceiçao RD, Carvalho JA, Santos RD, Nasir K.
Relation of physical activity to prevalence of nonalcoholic Fatty liver disease
independent of cardiometabolic risk. Am J Cardiol. 2015 Jan 1;115(1):349.
doi: 10.1016/j.amjcard.2014.09.044. Epub 2014 Oct 12. PMID: 25456868
127. Oni ET, Sinha P, Karim A, Martin SS, Blaha MJ, Agatston AS, Blumenthal RS,
Meneghelo RS, Conceiçao RD, Santos RD, Nasir K. Statin use is not
associated with presence of and severity of nonalcoholic fatty liver disease.
Arch Med Res. 2014 Jan;45(1):527. doi: 10.1016/j.arcmed.2013.12.003.
Epub 2013 Dec 12. PMID: 24333254.
128. Ozturk A, Olson MC, Samir AE, Venkatesh SK. Liver fibrosis assessment: MR
and US elastography. Abdom Radiol (NY). 2022 Sep;47(9):30373050. doi:
10.1007/s00261021032694. Epub 2021 Oct 23. PMID: 34687329; PMCID:
PMC9033887.
129. Pang Q, Zhang JY, Song SD, Qu K, Xu XS, Liu SS, Liu C. Central obesity and
nonalcoholic fatty liver disease risk after adjusting for body mass index. World
J Gastroenterol. 2015 Feb 7;21(5):165062. doi: 10.3748/wjg.v21.i5.1650.
PMID: 25663786; PMCID: PMC4316109.
127
130. Parise ER, Salgado AL, Secaf R, Cerri L, Cerri G. Prevalence of liver steatosis
in abdominal ultrasound. GED 2003; 22: 2357.
131. Park SH, Jeon WK, Kim SH, Kim HJ, Park DI, Cho YK, Sung IK, Sohn CI,
Keum DK, Kim BI. Prevalence and risk factors of nonalcoholic fatty liver
disease among Korean adults. J Gastroenterol Hepatol. 2006 Jan;21(1 Pt
1):13843. doi: 10.1111/j.14401746.2005.04086.x. PMID: 16706825.
134. Perloff D, Grim C, Flack J, Frohlich ED, Hill M, McDonald M, Morgenstern BZ.
Human blood pressure determination by sphygmomanometry. Circulation.
1993 Nov;88(5 Pt 1):246070. doi: 10.1161/01.cir.88.5.2460. PMID: 8222141.
136. Pickering TG, Hall JE, Appel LJ, Falkner BE, Graves J, Hill MN, Jones DW,
Kurtz T, Sheps SG, Roccella EJ; Subcommittee of Professional and Public
Education of the American Heart Association Council on High Blood Pressure
Research. Recommendations for blood pressure measurement in humans and
experimental animals: Part 1: blood pressure measurement in humans: a
statement for professionals from the Subcommittee of Professional and Public
Education of the American Heart Association Council on High Blood Pressure
Research. Hypertension. 2005 Jan;45(1):14261. doi:
10.1161/01.HYP.0000150859.47929.8e. Epub 2004 Dec 20. PMID:
15611362.
140. Review Team; LaBrecque DR, Abbas Z, Anania F, Ferenci P, Khan AG, Goh
KL, Hamid SS, Isakov V, Lizarzabal M, Peñaranda MM, Ramos JF, Sarin S,
Stimac D, Thomson AB, Umar M, Krabshuis J, LeMair A; World
Gastroenterology Organization. World Gastroenterology Organization global
guidelines: Nonalcoholic fatty liver disease and nonalcoholic steatohepatitis. J
Clin Gastroenterol. 2014 Jul;48(6):46773. doi:
10.1097/MCG.0000000000000116. PMID: 24921212.
141. Rich NE, Oji S, Mufti AR, Browning JD, Parikh ND, Odewole M, Mayo H, Singal
AG. Racial and Ethnic Disparities in Nonalcoholic Fatty Liver Disease
Prevalence, Severity, and Outcomes in the United States: A Systematic
Review and Metaanalysis. Clin Gastroenterol Hepatol. 2018 Feb;16(2):198
210.e2. doi: 10.1016/j.cgh.2017.09.041. Epub 2017 Sep 29. PMID: 28970148;
PMCID: PMC5794571.
142. Rokitansky, C.A. Skizze der Größen und Formabweichungen der Leber.
Bruchstück Med Jahrb des kaisl, königl Österr Staates 1839. Bd 29 oder
neueste Folge Bd 20 Wien: 557.
143. Santos RD, Valenti L, Romeo S. Does nonalcoholic fatty liver disease cause
cardiovascular disease? Current knowledge and gaps. Atherosclerosis. 2019
Mar;282:110120. doi: 10.1016/j.atherosclerosis.2019.01.029. Epub 2019 Jan
30. PMID: 30731283.
144. Sanyal AJ, Van Natta ML, Clark J, NeuschwanderTetri BA, Diehl A, Dasarathy
S, Loomba R, Chalasani N, Kowdley K, Hameed B, Wilson LA, Yates KP, Belt
129
145. Satapathy SK, Sanyal AJ. Epidemiology and Natural History of Nonalcoholic
Fatty Liver Disease. Semin Liver Dis. 2015 Aug;35(3):22135. doi: 10.1055/s
00351562943. Epub 2015 Sep 17. PMID: 26378640.
146. Saunders JB, Aasland OG, Babor TF, de la Fuente JR, Grant M. Development
of the Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT): WHO Collaborative
Project on Early Detection of Persons with Harmful Alcohol ConsumptionII.
Addiction. 1993 Jun;88(6):791804. doi: 10.1111/j.13600443.1993.tb02093.x.
PMID: 8329970.
148. Schaffner F, Thaler H. Nonalcoholic fatty liver disease. Prog Liver Dis.
1986;8:28398. PMID: 3086934.
149. Shah AG, Lydecker A, Murray K, Tetri BN, Contos MJ, Sanyal AJ; Nash
Clinical Research Network. Comparison of noninvasive markers of fibrosis in
patients with nonalcoholic fatty liver disease. Clin Gastroenterol Hepatol. 2009
Oct;7(10):110412. doi: 10.1016/j.cgh.2009.05.033. Epub 2009 Jun 10. PMID:
19523535; PMCID: PMC3079239.
150. Shah AG, Lydecker A, Murray K, Tetri BN, Contos MJ, Sanyal AJ; Nash
Clinical Research Network. Comparison of noninvasive markers of fibrosis in
patients with nonalcoholic fatty liver disease. Clin Gastroenterol Hepatol. 2009
Oct;7(10):110412. doi: 10.1016/j.cgh.2009.05.033. Epub 2009 Jun 10. PMID:
19523535; PMCID: PMC3079239.
151. Silva MBBE, Tustumi F, Dantas ACB, Miranda BCJ, Pajecki D, DECleva R,
Santo MA, Nahas SC. OBESITY AND SEVERE STEATOSIS: THE
130
153. Streba LA, Vere CC, Rogoveanu I, Streba CT. Nonalcoholic fatty liver disease,
metabolic risk factors, and hepatocellular carcinoma: an open question. World
J Gastroenterol. 2015 Apr 14;21(14):410310. doi: 10.3748/wjg.v21.i14.4103.
PMID: 25892859; PMCID: PMC4394070.
156. Swain MG, Ramji A, Patel K, Sebastiani G, Shaheen AA, Tam E, Marotta P,
Elkhashab M, Bajaj HS, Estes C, Razavi H. Burden of nonalcoholic fatty liver
disease in Canada, 20192030: a modelling study. CMAJ Open. 2020 Jun
9;8(2):E429E436. doi: 10.9778/cmajo.20190212. PMID: 32518095; PMCID:
PMC7286622.
158. Talens M, Tumas N, Lazarus JV, Benach J, Pericàs JM. What Do We Know
about Inequalities in NAFLD Distribution and Outcomes? A Scoping Review. J
Clin Med. 2021 Oct 28;10(21):5019. doi: 10.3390/jcm10215019. PMID:
34768539; PMCID: PMC8584385.
131
161. Targher G, Byrne CD, Lonardo A, Zoppini G, Barbui C. Nonalcoholic fatty liver
disease and risk of incident cardiovascular disease: A metaanalysis. J
Hepatol. 2016 Sep;65(3):589600. doi: 10.1016/j.jhep.2016.05.013. Epub
2016 May 17. PMID: 27212244.
162. Targher G, Corey KE, Byrne CD, Roden M. The complex link between NAFLD
and type 2 diabetes mellitus mechanisms and treatments. Nat Rev
Gastroenterol Hepatol. 2021 Sep;18(9):599612. doi: 10.1038/s41575021
00448y. Epub 2021 May 10. PMID: 33972770.
163. Ter Horst KW, Gilijamse PW, de Weijer BA, Kilicarslan M, Ackermans MT,
Nederveen AJ, Nieuwdorp M, Romijn JA, Serlie MJ. Sexual Dimorphism in
Hepatic, Adipose Tissue, and Peripheral Tissue Insulin Sensitivity in Obese
Humans. Front Endocrinol (Lausanne). 2015 Nov 26;6:182. doi:
10.3389/fendo.2015.00182. PMID: 26635731; PMCID: PMC4659894.
164. Tilg H, Adolph TE, Dudek M, Knolle P. Nonalcoholic fatty liver disease: the
interplay between metabolism, microbes and immunity. Nat Metab. 2021
Dec;3(12):15961607. doi: 10.1038/s42255021005019. Epub 2021 Dec 20.
PMID: 34931080.
Epub 2019 Jan 15. Erratum in: J Gastroenterol Hepatol. 2020 Mar;35(3):516.
PMID: 30590868.
167. Varlamov O, Bethea CL, Roberts CT Jr. Sexspecific differences in lipid and
glucose metabolism. Front Endocrinol (Lausanne). 2015 Jan 19;5:241. doi:
10.3389/fendo.2014.00241. PMID: 25646091; PMCID: PMC4298229.
171. Wagenknecht LE, Scherzinger AL, Stamm ER, Hanley AJ, Norris JM, Chen
YD, BryerAsh M, Haffner SM, Rotter JI. Correlates and heritability of
nonalcoholic fatty liver disease in a minority cohort. Obesity (Silver Spring).
2009 Jun;17(6):12406. doi: 10.1038/oby.2009.4. Epub 2009 Feb 19. PMID:
19584882; PMCID: PMC2709735.
172. Wai CT, Greenson JK, Fontana RJ, Kalbfleisch JD, Marrero JA, Conjeevaram
HS, Lok AS. A simple noninvasive index can predict both significant fibrosis
133
174. Wegermann K, Diehl AM, Moylan CA. Disease pathways and molecular
mechanisms of nonalcoholic steatohepatitis. Clin Liver Dis (Hoboken). 2018
Apr 20;11(4):8791. doi: 10.1002/cld.709. PMID: 30992796; PMCID:
PMC6385948.
176. White AM. Gender Differences in the Epidemiology of Alcohol Use and Related
Harms in the United States. Alcohol Res. 2020 Oct 29;40(2):01. doi:
10.35946/arcr.v40.2.01. PMID: 33133878; PMCID: PMC7590834.
179. Yang JD, Abdelmalek MF, Pang H, Guy CD, Smith AD, Diehl AM, Suzuki A.
Gender and menopause impact severity of fibrosis among patients with
nonalcoholic steatohepatitis. Hepatology. 2014 Apr;59(4):140614. doi:
10.1002/hep.26761. Epub 2014 Feb 18. PMID: 24123276; PMCID:
PMC3966932.
134
180. Yang RX, Zou ZS, Zhong BH, Deng H, He FP, Shi JP, Zhao CY, Mi YQ, Zhou
YJ, Di FS, Zheng RD, Du Q, Shang J, Popovic B, Chen J, Fan JG. The
pathologic relevance of metabolic criteria in patients with biopsyproven
nonalcoholic fatty liver disease and metabolic dysfunction associated fatty liver
disease: A multicenter crosssectional study in China. Hepatobiliary Pancreat
Dis Int. 2021 Oct;20(5):426432. doi: 10.1016/j.hbpd.2021.06.002. Epub 2021
Jun 25. PMID: 34246549.
186. Younossi ZM, Koenig AB, Abdelatif D, Fazel Y, Henry L, Wymer M. Global
epidemiology of nonalcoholic fatty liver diseaseMetaanalytic assessment of
prevalence, incidence, and outcomes. Hepatology. 2016 Jul;64(1):7384. doi:
10.1002/hep.28431. Epub 2016 Feb 22. PMID: 26707365.
187. Younossi ZM, Rinella ME, Sanyal AJ, Harrison SA, Brunt EM, Goodman Z,
Cohen DE, Loomba R. From NAFLD to MAFLD: Implications of a Premature
Change in Terminology. Hepatology. 2021 Mar;73(3):11941198. doi:
10.1002/hep.31420. Epub 2021 Feb 6. PMID: 32544255.
190. Zhou YJ, Li YY, Nie YQ, Ma JX, Lu LG, Shi SL, Chen MH, Hu PJ. Prevalence
of fatty liver disease and its risk factors in the population of South China. World
J Gastroenterol. 2007 Dec 21;13(47):641924. doi: 10.3748/wjg.v13.i47.6419.
PMID: 18081233; PMCID: PMC4205463.