Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A Candeia
É com grande satisfação que apresentamos a vocês a coleção “A Candeia”,
uma extraordinária série de livros didáticos católicos que tem como objetivo
principal formar os alunos como verdadeiras luzes para o mundo. Acreditamos
que a educação é uma ferramenta poderosa para transmitir conhecimento e
valores, e a coleção Candeia é o resultado dessa convicção.
A palavra “Candeia” tem uma simbologia especial, pois faz referência ao
trecho bíblico em que Nosso Senhor Jesus Cristo diz: "Ninguém acende uma
candeia e a coloca debaixo do alqueire. Pelo contrário, coloca-a no lugar apro-
priado, e assim ilumina a todos os que estão na casa” (Mateus 5:15). Esta
metáfora representa a missão da coleção Candeia: despertar a luz interior de
cada estudante, capacitando-o a iluminar o mundo ao seu redor com sabedoria,
bondade e virtude, e a transmitir a Verdade.
Os livros da coleção Candeia foram desenvolvidos com base em um rigoroso
processo de pesquisa e planejamento, combinando conteúdo acadêmico sólido
com uma perspectiva católica autêntica, com base no realismo tomista.
O realismo tomista é um método filosófico e educacional que se baseia nas
ideias do filósofo e teólogo medieval Santo Tomás de Aquino. Comumente utili-
zado como abordagem pedagógica em coleções didáticas, o realismo tomista
busca fornecer aos estudantes uma compreensão profunda e abrangente do
conhecimento, unindo fé e razão. Através deste método, os alunos são encora-
jados a explorar a realidade objetiva e a buscar a verdade por meio da observação
cuidadosa, da análise racional e da reflexão crítica. O realismo tomista destaca
a importância de uma educação sólida e equilibrada, que valorize tanto a dimen-
são intelectual quanto a moral, preparando os estudantes para enfrentar os de-
safios do mundo contemporâneo com sabedoria e discernimento.
Com uma abordagem interdisciplinar, os livros abrangem áreas como ensino
religioso, língua portuguesa, matemática, ciências, história e geografia, sempre
permeadas por princípios e ensinamentos da fé católica.
Agradecemos a oportunidade de apresentar a coleção “A Candeia” e convi-
damos todos vocês a embarcar nesta jornada de formação integral, para que se
tornem verdadeiras luzes para o mundo.
Para que vivemos na terra?
Vivemos na terra para salvar a nossa alma. Salvar a nossa alma quer dizer
ganhar o céu.
Todos desejamos ser felizes, tão felizes que nada nos falte. Mas nesta vida
sempre nos falta alguma coisa. Só depois da morte a nossa alma pode alcançar
uma felicidade completa, o céu. Se ganhar-
mos o céu, tudo estará ganho; se perdermos
o céu, tudo estará perdido.
Para nos ensinar isto, Jesus contou a
seguinte história.
Um rei deu a cada um dos seus criados
certo trabalho, prometeu-lhes grande ri-
queza, se fizessem seu dever, e saiu do seu
palácio. Nas primeiras horas todos trabalha-
vam. Mais tarde, porém, alguns se tornaram
preguiçosos, e descuidaram-se do seu dever.
Veio a noite, e só poucos continuavam o ser-
viço. Enfim, à meia-noite, a porta do palácio
se abriu e o rei voltou, e deu grande riqueza
aos criados que achou trabalhando, e severo
castigo aos que não faziam seu dever.
Cristo Rei do Universo.
Este rei é Nosso Senhor Jesus Cristo. Os servos de Jesus Cristo são os
homens. Jesus viveu com os homens na terra e nos deu muitos serviços para
fazer, isto é, muitos trabalhos e deveres por cumprir. Jesus mandou as crianças
obedecer a seus pais; Jesus mandou os pais bem educar seus filhos; Jesus mandou
os padres pregar, ensinar, dizer missa. Jesus mandou o povo ouvir a prática e a
doutrina e assistir à missa. Jesus mandou todos amar a Deus sobre todas as
coisas, não jurar o seu santo nome em vão e cumprir os outros mandamentos.
O Senhor prometeu a grande riqueza do céu a quem, na hora da morte, se
encontrasse fiel ao seu dever, e um grande e eterno castigo a quem não fizesse
suas obrigações. Agora muitos, porque não podem ver o senhor, descuidam-se
das suas obrigações e não fazem caso da lei do rei Jesus; outros, porém, fazem
o que Deus mandou. Na hora da morte de repente aparecerá Nosso Senhor. O
Senhor dará as riquezas do céu aos servos fiéis que cumprem com as suas
obrigações, mas aos servos maus, que violam as suas ordens, o senhor dará o
grande e eterno castigo do inferno. Se perdemos todos os nossos bens, nada
está perdido: depois da morte nem um dinheiro podemos levar para o outro
mundo.
Se perdemos a saúde, nada está
perdido: pois em poucos anos a morte
nos livrará de todas as doenças. Se per-
demos a vida, nada está perdido: pois de-
pois da morte principia uma vida melhor.
Mas, se perdemos a nossa alma, tudo
está perdido: pois, perdendo uma vez o
céu, nunca mais seremos felizes. Se ga-
nhamos todo o dinheiro do mundo, nada
está ganho: pois a morte nos há de tirar
tudo. Se ganhamos o céu, tudo está ga-
nho: pois o céu não se pode mais perder.
Quando vem um eclipse total do
sol, os animais e muita gente se assus-
tam. pois vem com grande rapidez uma Thomas Morus
enorme sombra, que parece um gigan-
tesco martelo que vai esmagar tudo. Mas quem conhece isto não se assusta. A
grande sombra é mais leve que uma pena. Bate, mas não pisa ninguém. Assim
são todas as perdas e prejuízos de bens desta terra. Assustam quando vêm.
Pensamos que nos vão esmagar. Porém nada prejudicam, enquanto não prejudi-
cam a salvação.
O Rei Henrique VIII da Inglaterra renegou sua fé católica e se fez protes-
tante. O rei quis matar a todos, que não queriam ser hereges. Mas o primeiro-
ministro Thomas Morus não quis renegar a fé de seus pais. O rei o condenou à
morte. O rei ainda disse a Thomas: “Aceita a minha religião e te darei dinheiro,
honras, minha amizade”.
Mas Thomas respondeu: “A salvação de minha alma vale mais que isso
tudo”.
E o rei mostrou a Thomas sua mulher e seus filhos e lhe disse: “Veja estes
infelizes. O que será deles depois da tua morte? Não amas tua mulher e teus
filhos?”
E Thomas respondeu: “Amo-os muito, mas minha alma vale mais”. Thomas
subiu para o lugar onde o iam matar. Thomas fez bem. Se tivesse renegado a
sua fé, agora já estaria morto. Já teria perdido este dinheiro, estas honras, esta
amizade do rei, sua mulher e seus filhos, e com isto tudo teria perdido também
o céu.
Mas agora Thomas ganhou o céu com toda a sua riqueza e honra e a
amizade do rei Jesus; Thomas está feliz com a sua mulher e com os seus filhos,
que ele perdeu para salvar a sua alma.
Queremos salvar a nossa alma custe o que custar. Meu Deus, nesta mesma
noite posso morrer e ser por vós aqui julgado. Que sentença me daríeis?! Meu
Jesus, misericórdia!
_________________________________________________________________
2. O que significa “salvar a nossa alma”?
_________________________________________________________________
3. Que história o texto conta para ilustrar a importância de cumprir com nossas
obrigações?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
5. O que o texto sugere ser a coisa mais importante que podemos perder?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Agora queremos conhecer estes serviços com que temos de ganhar o céu.
O calecismo nos ensina: devemos crer em tudo o que Jesus ensinou, e fazer tudo
o que Jesus mandou.
Jesus veio à terra e ensinou muitas verdades. Jesus ensinou, que vivemos na
terra para salvar a nossa alma, que Deus é nosso Pai e nosso Criador, e muitas
outras verdades. E. antes de subir ao céu , Jesus mandou os apóstolos ensinar a
todos a sua doutrina. Então o Senhor disse: Quem crer será salvo, quem não crer
será condenado.
Jesus disse isto mesmo que
o catecismo diz. O catecismo
diz: Para salvarmos a nossa
alma, devemos crer em tudo o
que Jesus ensinou. Isto Jesus
também diz: “Quem crer será
salvo, quem não crer será
condenado”. Mas devemos crer
em tudo o que Jesus ensinou.
Jesus sabe tudo e não pode
mentir. Se alguem não quer
acreditar em alguma coisa, mesmo pequena, da doutrina do Senhor, e assim
morre, já não salva a sua alma. O Alfredo diz: Eu creio que há um Deus; creio
que Jesus Cristo morreu para nos salvar, mas não creio na confissão. O Alfredo
não se pode salvar. Pois crê só em algumas coisas que Jesus ensinou, não crê
em tudo o que Jesus ensinou.
Mas só pela fé não salvamos a nossa
alma. A santa Escriptura diz: “A fé sem as
boas obras é uma fé morta”.
Uma arvore morta não dá frutos.
Cortam-na e lançam-na no fogo. Os frutos
da nossa fé são as obras, que Jesus
mandou. Se a nossa fé não traz estas boas
obras, está morta e seremos lançados no
fogo do inferno. Um moço rico perguntou
ao Senhor o que devia fazer para ganhar o
céu. O moço perguntou isto mesmo que o
catecismo pergunta: “O que devemos fazer
para salvar a nossa alma?”
O Senhor respondeu: “Se queres entrar na vida eterna, guarda os
mandamentos”. E o moço perguntou: “Que mandamentos, Senhor?” Jesus disse
alguns dos dez mandamentos. Quem quer entrar no céu deve guardar os
mandamentos de Deus e da Igreja. Foi isso o que Jesus mandou.
Quem deixa de fazer só uma coisa grave que Jesus mandou, e assim morre,
já não salva a sua alma.
Joaquim diz: “Eu não mato a ninguém, eu não roubo nada de ninguém, eu
não levanto falso testemunho contra ninguém. Portanto, eu vou para o céu”. Mas
Joaquim falta à missa do domingo, jura falso, roga pragas. Assim Joaquim não vai
para o céu. Pois faz só alguma coisa que Jesus mandou, não faz tudo o que Jesus
mandou. Para salvarmos a nossa alma, devemos fazer tudo o que Jesus mandou.
O grande ministro Colbert trabalhou toda a sua vida pelo Rei Luís XIV. Mas
o rei foi ingrato: não lhe deu prêmio algum e até o expulsou da sua corte.
Depois o ministro ficou doente, e o rei teve vergonha de o deixar morrer
sem se reconciliar com ele. O rei mandou umas pessoas perguntar-lhe como
estava; estas convidavam o ministro para escrever uma carta ao rei,
agradecendo-lhe. Mas o ministro respondeu: “Eu agradecer ao rei?! Se eu tivesse
feito para Deus a metade do que fiz para o rei, estava certa a minha salvação.
E agora tremo de medo à vista do que será depois da minha morte”.
“Jesus, sou vosso, salvai-me!”
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
6. Qual é a história do ministro Colbert e o que ele percebeu sobre sua salvação?
_________________________________________________________________
Em que livrinho se acha o que Jesus ensinou e mandou?
O que Jesus ensinou e mandou acha-se no Catecismo.
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
4. Por que é referida a história de São Francisco de Sales e sua mãe no texto?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Quem é Deus?
Deus é um espirito perfeitíssimo, Criador do céu e da terra.
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
4. Como Jesus explicou a maneira correta de adorar a Deus?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Deus é um espírito?
Deus é um espírito, isto é: Deus não tem corpo.
Nós temos uma cabeça, temos olhos, ouvidos, boca, temos braços, temos
membros. Tudo isto é o nosso corpo; o nosso corpo se pode ver, ouvir, sentir. O
nosso corpo pode ser percebido pelos sentidos.
Os bichos também possuem um corpo.
João tem dois olhos. Mas os urubus
também têm dois olhos e até veem mais
longe que João. Nisto não somos mais que
os bichos.
João tem duas orelhas. Mas os burros
também têm duas orelhas, até maiores
que as de João. Nisto não somos mais que
os bichos.
João tem uma boca. Mas os jacarés
também têm uma boca, até muito maior
que a de João. Nisto não somos mais que
os bichos
João tem duas mãos. Mas os macacos
até têm quatro mãos. Nisto não somos
mais que os macacos.
Pelo corpo não somos mais que os bichos.
Porém João pode alguma coisa que os bichos não podem. João pode pensar,
rezar, compreender a doutrina.
Os papagaios podem dizer palavras, mas nenhum bicho pode compreender
as palavras; o macaco pode pôr as mãos e o camelo dobrar os joelhos, mas
nenhum animal pode rezar. Os bichos não podem pensar. Os bichos não podem
querer livremente. Não é o nosso corpo o que pensa, reza, compreende; se fosse
o corpo o que pensasse, os animais poderiam pensar também.
Assim achamos em nós al-
guma coisa que os bichos não
têm, uma coisa que pensa. Isso
que pensa em nós é a nossa alma.
Os olhos do nosso corpo não
veem a nossa alma; porém a alma
percebe os olhos e tudo o que
eles veem. Os nossos ouvidos não
ouvem a nossa alma; porém a
alma percebe os ouvidos e tudo
o que eles ouvem. Assim é Deus.
Deus não tem olhos de carne;
porém vê tudo o que os olhos
podem ver. Deus não tem ouvi-
dos de carne; porém sabe tudo o
que um ouvido pode ouvir. Deus
não tem mãos de carne; porém
conhece tudo o que uma mão,
palpando, pode achar.
Por isso os olhos do nosso
corpo que não podem ver a nossa
alma, e também não veem a Deus. A uma coisa que não tem corpo, mas que
pode pensar e querer livremente, chamamos um espírito. Assim os anjos são
espíritos. Pois podem pensar e querer livremente e não têm corpo.
Assim Deus é um espírito: Deus não tem corpo, mas pode pensar e querer
livremente. Ha pessoas que dizem: “Não há Deus. Pois não vejo a Deus.” Mas
então também devem dizer: Eu não tenho juízo, pois não vejo este juízo. Conhe-
cemos a Deus por suas obras, como depois aprenderemos.
Nos tempos antigos vivia em Siracusa um homem muito sábio, pagão, cha-
mado Simônides.
Um dia o rei o mandou chamar, pois que tinha de fazer-lhe uma pergunta.
Simônides foi logo ao palácio, certo de que poderia responder com facilidade. E
o rei perguntou: “Quem é Deus?”
O sábio tornou-se pensativo, hesitou e depois de uma demora pediu um dia
para estudar a questão. No outro dia o rei perguntou outra vez: “Quem é Deus?”
Mas o sábio pediu dois dias, e depois de dois dias pediu quatro dias, e assim
sempre mais. Enfim Simônides disse ao rei: “Não posso responder à vossa per-
gunta. Quanto mais penso, tanto mais me confundo”.
Este grande sábio pagão não sabia quem é Deus. Nós felizmente o sabemos.
Pois Jesus nos ensinou. Mas devemos ainda muito mais aprender e rezar e rece-
ber a santa comunhão para sempre melhor compreender quem é Deus.
_________________________________________________________________
3. O que o texto diz sobre a natureza de Deus? Por que Deus é considerado um
espírito?
_________________________________________________________________
4. Como o autor argumenta contra a afirmação de que “não há Deus” com base
na ideia de que não podemos ver a Deus?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________