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EDITORAÇÃO ELETRONICA
Odivaldo Teixeira Lopes
REALIZAÇÃO
ISBN: 978-85-88375-65-9
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Departamento de Matemática, Estatística e Informática
Licenciatura em Matemática Modalidade a Distância
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Universidade Estadual do Pará
Centro de Ciências Sociais e Educação
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Departamento de Matemática, Estatística e Informática
Licenciatura em Matemática Modalidade a Distância
Exercícios resolvidos
1. Determinar o conjunto X tal que: a) 384 e 52
b) 332 e 31
1) {a,b,c,d} U X = {a,b,c,d,e}
c) 332 e 83
2) {c,d} U X = {a,c,d,e}
d) 384 e 83
3) {b,c,d} ∩ X = {c}
e) Nenhuma das respostas anteriores
a) {a,b}
b) {a,c,e} Solução:
c) {b,d,e)
d) {c,d,e} U = {alunos da escola}
e) {a,b,c,d}
E = {alunos que estudam inglês}
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Solução: Solução:
a) {0}
Este exercício envolve o cálculo do b)
Conjunto das Partes do conjunto dado e a c) {2}
fórmula para este cálculo é n(P(A)) = 2 n(A) d) {1}
onde: P(A) = Conjunto das partes do conjunto e) {6}
A; e n = número de elementos de A, logo:
Se n = 7 8. Se A e B são dois conjuntos não vazios e
n(P(A)) = 2 7 = 128 ocorrer A B, então:
Resposta: letra b) 128 a) A B = B
b) A B =B
5. Utilizando os símbolos ou , relacione os c) B A
conjuntos A = {0, -1, - 3, -5}, B = {-3, 5} e C = d) A B =
{0, -1}.
a) A e B Solução:
b) B e A
c) A e C
a) A B = B
d) C e A
b) A B =B A B = A
c) B A _ só ocorre se A = B
Solução: d) A B = _ A B = A
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SOLUÇÃO:
Veja os seguintes comentários:
As alternativas (A) e (B): não há elementos
para se concluir por uma delas, inicialmente.
Podemos escrever: A alternativa (E) não pode ser verdadeira, pois
implicaria - pelo enunciado - que o escritor
x + y + 5 = 16 ; logo, x + y = 11 .Eq. 1
nem teria nascido!
x + w + z + 3 = 16; logo, x + w + z = 13.Eq. 2 Para visualizar isto, veja a figura abaixo.
A alternativa (D) não pode ser verdadeira, pois
t + w + 5 = 11; logo, t + w = 6.Eq. 3
implicaria concluir-se pelos séculos XIX ou
x + y + z + w + t + 2 + 3 = 35; logo, x + y + z + XX e, pelo enunciado, só existe uma
w + t = 30.Eq. 4
alternativa verdadeira.
Substituindo as Eq. 1 e 3, na Eq. 4, vem: POR EXCLUSÃO, a alternativa verdadeira só
pode ser a C.
11 + z + 6 = 30; logo, z = 13.Eq. 5
Veja o esquema abaixo, para ajudar no seu
Substituindo o valor de z na Eq. 2, vem: x + w entendimento dos argumentos acima.
+ 13 = 13; logo, x + w = 0, de onde se conclui
que x = 0 e w = 0, já que x e w são inteiros
positivos ou nulos.
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NÚMEROS RACIONAIS
RELACIONANDO NÚMEROS 2. 1,6666666... = 1,6
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1. Seja S a dízima periódica 0,3333333..., isto é, Manipule a soma "infinita" como se fosse um
S=0,3. Observe que o período tem apenas 1 número comum e passe a parte que não se
algarismo. Iremos escrever este número como repete para o primeiro membro para obter:
uma soma de infinitos números decimais da
R-7,1 = 0,08 + 0,008 + 0,0008 +...
forma:
Multiplique agora a soma "infinita" por 10 1=10
S = 0,3 + 0,03 + 0,003 + 0,0003 + 0,00003 +...
(o período tem 1 algarismo), para obter:
Multiplicando esta soma "infinita" por 101=10 (o
10(R-7,1) = 0,8 + 0,08 + 0,008 + 0,0008 +...
período tem 1 algarismo), obteremos:
Observe que são iguais as duas últimas
10 S = 3 + 0,3 + 0,03 + 0,003 + 0,0003 +...
expressões que aparecem em cor vermelha!
Observe que são iguais as duas últimas expressões
Subtraia membro a membro a penúltima
que aparecem em cor vermelha!
expressão da última para obter:
Subtraindo membro a membro a penúltima
10(R-7,1) - (R-7,1) = 0,8
expressão da última, obtemos:
Assim:
10 S - S = 3
10R - 71 - R + 7,1 = 0,8
donde segue que
Para evitar os números decimais,
9S=3
multiplicamos toda a expressão por 10 e
Simplificando, obtemos: simplificamos para obter:
90 R = 647
Obtemos então:
Exercício: Usando o mesmo argumento que antes,
você saberia mostrar que:
0,99999... = 0,9 = 1 4. Um quarto tipo de dízima periódica é
2. Vamos tomar agora a dízima periódica T=7,004004004..., isto é, U=7,004. Observe
T=0,313131..., isto é, T=0,31. Observe que o que o período tem 3 algarismos, sendo que os
período tem agora 2 algarismos. Iremos dois primeiros são iguais a zero e apenas o
escrever este número como uma soma de terceiro é não nulo. Decomporemos este
infinitos números decimais da forma: número como uma soma de infinitos números
decimais da forma:
T =0,31 + 0,0031 + 0,000031 +...
U = 7 + 0,004 + 0,004004 + 0,004004004 +...
Multiplicando esta soma "infinita" por 10²=100
(o período tem 2 algarismos), obteremos: Manipule a soma "infinita" como se fosse um
número comum e passe a parte que não se
100 T = 31 + 0,31 + 0,0031 + 0,000031 +... repete para o primeiro membro para obter:
Observe que são iguais as duas últimas U-7 = 0,004 + 0,004004 + 0,004004004 +...
expressões que aparecem em cor vermelha,
assim: Multiplique agora a soma "infinita" por
10³=1000 (o período tem 3 algarismos), para
100 T = 31 + T obter:
de onde segue que 1000(U-7) = 4 + 0,004 + 0,004004 +
99 T = 31 0,004004004 +...
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que pode ser escrita na forma: Do ponto de vista geométrico, um número que está
à esquerda é menor do que um número que está à
direita na reta numerada.
Todo número racional q exceto o zero, possui um
NÚMEROS IRRACIONAIS elemento denominado simétrico ou oposto -q e ele é
caracterizado pelo fato geométrico que tanto q
como -q estão à mesma distância da origem do
Um número real é dito um número irracional se ele
conjunto Q que é 0. Como exemplo, temos que:
não pode ser escrito na forma de uma fração ou
nem mesmo pode ser escrito na forma de uma (a) O oposto de 3/4 é -3/4.
dízima periódica.
(b) O oposto de 5 é -5.
Exemplo: O número real abaixo é um número
Do ponto de vista geométrico, o simétrico funciona
irracional, embora pareça uma dízima periódica:
como a imagem virtual de algo colocado na frente
x=0,10100100010000100000... de um espelho que está localizado na origem. A
distância do ponto real q ao espelho é a mesma que
Observe que o número de zeros após o algarismo 1
a distância do ponto virtual -q ao espelho.
aumenta a cada passo. Existem infinitos números
reais que não são dízimas periódicas e dois números
irracionais muito importantes, são: MÉDIA ARITMÉTICA E MÉDIA
e = 2,718281828459045..., PONDERADA
Pi = 3,141592653589793238462643... Média aritmética: Seja uma coleção formada por n
que são utilizados nas mais diversas aplicações números racionais: x1, x2, x3, ..., xn. A média
práticas como: cálculos de áreas, volumes, centros aritmética entre esses n números é a soma dos
de gravidade, previsão populacional, etc... mesmos dividida por n, isto é:
Exercício: Determinar a medida da diagonal de um
quadrado cujo lado mede 1 metro. O resultado
numérico é um número irracional e pode ser obtido Exemplo: Se um grupo de 9 pessoas tem as idades:
através da relação de Pitágoras. O resultado é a raiz
quadrada de 2, denotada aqui por R[2] para 12, 54, 67, 15, 84, 24, 38, 25, 33
simplificar as notações estranhas. então a idade média do grupo pode ser calculada
pela média aritmética:
REPRESENTAÇÃO, ORDEM E
SIMETRIA DOS RACIONAIS
Podemos representar geometricamente o conjunto
Q dos números racionais através de uma reta
o que significa que a idade média está próxima de
numerada. Consideramos o número 0 como a
39 anos.
origem e o número 1 em algum lugar e tomamos a
unidade de medida como a distância entre 0 e 1 e Média aritmética ponderada: Consideremos uma
por os números racionais da seguinte maneira: coleção formada por n números racionais: x1, x2, x3,
..., xn, de forma que cada um esteja sujeito a um
peso, respectivamente, indicado por: p1, p2, p3, ...,
pn. A média aritmética ponderada desses n números
é a soma dos produtos de cada um por seu peso,
Ao observar a reta numerada notamos que a ordem
dividida por n, isto é:
que os números racionais obedecem é crescente da
esquerda para a direita, razão pela qual indicamos
com uma seta para a direita. Esta consideração é
adotada por convenção, o que nos permite pensar
em outras possibilidades. Exemplo: Um grupo de 64 pessoas, que trabalha
(com salário por dia), em uma empresa é formado
Dizemos que um número racional r é menor do que por sub-grupos com as seguintes características:
outro número racional s se a diferença r-s é
positiva. Quando esta diferença r-s é negativa, 12 ganham R$ 50,00
dizemos que o número r é maior do que s. Para 10 ganham R$ 60,00
indicar que r é menor do que s, escrevemos:
20 ganham R$ 25,00
r<s
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Vamos começar mostrando uma propriedade Resultado tem os mesmos algarismos, com UM
SUPER básica de uma multiplicação de um número algarismo APÓS a vírgula.
qualquer por 10. Agora, se pegarmos este resultado e dividirmos
5 x 10 = 50 novamente por 10. O que irá acontecer? Veja o
quadro abaixo:
52 x 10 = 520
25,4 ÷ 10 = 2,54
458 x 10 = 4580
Resultado tem os mesmos algarismos, só que
30 x 10 = 300 agora com DOIS algarismos APÓS a vírgula.
Note que sempre que multiplicamos qualquer
Note que cada vez que dividimos por 10, a vírgula
número inteiro por 10, acrescentamos um zero à
"se movimenta" uma casa para esquerda. Vamos
direita deste número e obtemos o resultado, não
dividir novamente para confirmar.
interessa por quais e por quantos algarismos é
formado este número. 2,54 ÷ 10 = 0,254
Vamos pegar o número 256 e multiplicá-lo por 10 Resultado tem os mesmos algarismos, agora com
três vezes: TRÊS algarismos APÓS a vírgula. Como o
256 x 10 = 2560 número só tinha três algarismos, colocamos um
zero à esquerda, para não ficar ,254
2560 x 10 = 25600
Portanto, podemos dizer que 0,254 é igual a 254
25600 x 10 = 256000 dividido por 10 três vezes, ou seja:
Ao multiplicar por 10 três vezes, acrescentamos três
zeros à direita do número.
Veja que o número 256000 pode ser escrito como Aqui devemos ver que, dividir um número por 10 é
256 x 10 x 10 x 10. Ou seja: a mesma coisa que multiplicar pela fração .
256000 = 256 x 10 x 10 x 10 Aplicando esta propriedade:
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Quando temos um número multiplicado por uma "Diminuimos" 4 zeros que estavam à direita
potência de base 10 positiva, indica que iremos Quando temos um número multiplicado por uma
"aumentar" o número de zeros à direita ou potência de base 10 negativa, indica que iremos
"movimentar" para direita a vírgula tantas casas "diminuir" o número de zeros à direita ou
quanto indicar o expoente da base 10. Veja alguns "movimentar" a vírgula para esquerda tantas casas
exemplos: quanto indicar o expoente da base 10. Veja alguns
54 x 105 = 5400000 exemplos:
Acrescentamos 2 zeros à direita do 2050 – Primeiro de tudo vamos colocar todos números
em notação científica (potências de base DEZ):
54 x 10–5 = 0,00054
"Movimentamos" a vírgula 5 casas para esquerda – Agora ficou fácil. É só calcular o lado direito da
multiplicação e aplicar as propriedades de
potênciação no lado esquerdo para calcular.
2050 x 10-2 = 20,5 Fazendo isso, temos:
"Movimentamos" a vírgula 2 casas para esquerda. 1024 x 10-1 = 102,4
Lembrando que 20,5 = 20,50
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240 3
6. (b) Quando o intervalo de tempo varia de 15 13. Concluímos que o tempo gasto e a distância
min para 45 min, a altura varia de 50 cm para percorrida, variam sempre na mesma razão e
150 cm. Nesse caso, o tempo varia na razão isto significa que a distância percorrida é
15/45 e a altura na razão 50/150. Então, diretamente proporcional ao tempo gasto para
notamos que essas razões são iguais: percorrê-la, se a velocidade média do
automóvel se mantiver constante.
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3. cada um dos 2 melhores alunos receberá 12 de 12 para 4. Observemos que essas razões não
livros são iguais, mas são inversas:
4. cada um dos 3 melhores alunos receberá 8
livros
5. cada um dos 4 melhores alunos receberá 6 Representamos tais grandezas inversamente
livros proporcionais com a função f(x)=24/x,
6. cada um dos 6 melhores alunos receberá 4 apresentada no gráfico
livros
1 24
2 12
3 8
4 6
6 4
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10 54
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Situação 7 9 X
A1 B1 C1 D1 E1 … Z1
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PORCENTAGEM
Resolvendo a proporção, obtemos X=840,
assim, se as 7 máquinas funcionarem durante 9 Praticamente todos os dias, observamos nos meios
dias serão produzidas 840 peças. de comunicação, expressões matemáticas
relacionadas com porcentagem. O termo por cento
2. Um motociclista, rodando 4h por dia, percorre
é proveniente do Latim per centum e quer dizer por
em média 200 Km em 2 dias. Em quantos dias
cem. Toda razão da forma a/b na qual o
esse motociclista irá percorrer 500 Km, se
denominador b=100, é chamada taxa de
rodar 5 h por dia? (h=hora, Km=quilômetro).
porcentagem ou simplesmente porcentagem ou
Vamos representar o número de dias procurado ainda percentagem.
pela letra X. De acordo com os dados do
Historicamente, a expressão por cento aparece nas
problema, vamos organizar a tabela:
principais obras de aritmética de autores italianos
do século XV. O símbolo % surgiu como uma
Quilômetros Horas por No. de abreviatura da palavra cento utilizada nas
(A) dia (B) dias (C) operações mercantis.
Para indicar um índice de 10 por cento, escrevemos
200 4 2 10% e isto significa que em cada 100 unidades de
algo, tomaremos 10 unidades. 10% de 80 pode ser
500 5 X obtido como o produto de 10% por 80, isto é:
Produto = 10%.80 = 10/100.80 = 800 / 100 = 8
A grandeza Número de dias (C) é a que servirá Em geral, para indicar um índice de M por cento,
como referência para as outras grandezas. escrevemos M% e para calcular M% de um número
Analisaremos se as grandezas Quilômetros (A) N, realizamos o produto:
e Horas por dia (B) são diretamente
proporcionais ou inversamente proporcionais à Produto = M%.N = M.N / 100
grandeza C que representa o Número de dias.
Exemplos:
Tal análise deve ser feita de uma forma
independente para cada par de grandezas. 1. Um fichário tem 25 fichas numeradas, sendo
que 52% dessas fichas estão etiquetadas com
Consideremos as grandezas Número de dias e
um número par. Quantas fichas têm a etiqueta
Quilômetros. Usaremos a lógica para constatar
com número par? uantas fichas têm a etiqueta
que se rodarmos maior número de dias,
com número ímpar?
percorreremos maior quilometragem e se
rodarmos menor número de dias percorreremos Par = 52% de 25 = 52%.25 = 52.25 / 100 = 13
menor quilometragem. Assim temos que estas
Nesse fichário há 13 fichas etiquetadas com
duas grandezas são diretamente proporcionais.
número par e 12 fichas com número ímpar.
Na outra análise, vamos agora considerar as
2. Num torneio de basquete, uma determinada
grandezas Número de dias e Horas por dia.
seleção disputou 4 partidas na primeira fase e
Verificar que para realizar o mesmo percurso,
venceu 3. Qual a porcentagem de vitórias
se tivermos maior número de dias utilizaremos
obtida por essa seleção nessa fase?
menor número de horas por dia e se tivermos
menor número de dias necessitaremos maior Vamos indicar por X% o número que
número de horas para p mesmo percurso. representa essa porcentagem. Esse problema
Logo, estas duas grandezas são inversamente pode ser expresso da seguinte forma:
proporcionais e desse modo:
X% de 4 = 3
Assim:
(X/100).4 = 3
que pode ser posta como
4X/100 = 3
4X = 300
X = 75
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Na primeira fase a porcentagem de vitórias foi 3. O tempo deve sempre ser indicado na mesma
de 75%. unidade a que está submetida a taxa, e em caso
contrário, deve-se realizar a conversão para que
3. Numa indústria há 255 empregadas. Esse
tanto a taxa como a unidade de tempo estejam
número corresponde a 42,5% do total de
compatíveis, isto é, estejam na mesma unidade.
empregados da indústria. Quantas pessoas
trabalham nesse local? Quantos homens 4. O total pago no final do empréstimo, que
trabalham nessa indústria? corresponde ao capital mais os juros, é
denominado montante.
Vamos indicar por X o número total de
empregados dessa indústria. Esse problema Para calcular os juros simples j de um capital C,
pode ser representado por: durante t períodos com a taxa de i% ao período,
basta usar a fórmula:
42,5% de X = 255
Assim:
42,5%.X = 255
Exemplos:
42,5 / 100.X = 255
42,5.X / 100 = 255 1. O preço à vista de um aparelho é de R$ 450,00.
42,5.X = 25500 A loja oferece este aparelho para pagamento
425.X = 255000 em 5 prestações mensais e iguais porém, o
X = 255000/425 = 600 preço passa a ser de R$ 652,00. Sabendo-se
que a diferença entre o preço à prazo e o preço
Nessa indústria trabalham 600 pessoas, sendo
à vista é devida aos juros cobrados pela loja
que há 345 homens.
nesse período, qual é a taxa mensal de juros
4. Ao comprar uma mercadoria, obtive um cobrada por essa loja?
desconto de 8% sobre o preço marcado na
A diferença entre os preços dados pela loja é:
etiqueta. Se paguei R$ 690,00 pela mercadoria,
qual o preço original dessa mercadoria? 652,00 - 450,00 = 202,50
Seja X o preço original da mercadoria. Se A quantia mensal que deve ser paga de juros é:
obtive 8% de desconto sobre o preço da
202,50 / 5 = 40,50
etiqueta, o preço que paguei representa 100%-
8%=92% do preço original e isto significa que Se X% é a taxa mensal de juros, então esse
problema pode ser resolvido da seguinte forma:
92% de X = 690
X% de 450,00 = 40,50
logo
X/100.450,00 = 40,50
92%.X = 690
92/100.X = 690 450 X / 100 = 40,50
92.X / 100 = 690
450 X = 4050
92.X = 69000
X = 69000 / 92 = 750 X = 4050 / 450
O preço original da mercadoria era de R$ X=9
750,00.
A taxa de juros é de 9% ao mês.
JUROS Simples 2. Uma aplicação feita durante 2 meses a uma
taxa de 3% ao mês, rendeu R$ 1.920,00 de
Juro é toda compensação em dinheiro que se paga juro. Qual foi o capital aplicado?
ou se recebe pela quantia em dinheiro que se O capital que a aplicaçao rendeu mensalmente
empresta ou que é emprestada em função de uma de juros foi de: 1920,00/2=960,00. Se o capital
taxa e do tempo. Quando falamos em juros, aplicado é indicado por C, esse problema pode
devemos considerar: ser expresso por:
1. O dinheiro que se empresta ou que se pede 3% de C = 960,00
emprestado é chamado de capital. 3/100 C = 960,00
2. A taxa de porcentagem que se paga ou se 3 C / 100 = 960,00
recebe pelo aluguel do dinheiro é denominada 3 C = 96000
taxa de juros. C = 96000/3 = 32000,00
O capital aplicado foi de R$ 32.000,00.
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FUNÇÕES
INTRODUÇÃO
O mundo atual experimenta a cada dia inovações tecnológicas
importantes graças às relações funcionais entre variáveis. Podemos
destacar vários exemplos tais como: a função que relaciona voltagem e
corrente numa placa de computador ou a relação funcional entre o saldo
devedor e a taxa num financiamento de um carro ou até uma função
que, a partir de um exame de sangue seu, pode dizer se você tem um
tipo específico de doença.
Uma função ou relação funcional se estabelece quando existe
uma relação de dependência entre incógnitas. Formalmente, uma função
se define através de uma equação matemática relacionando as variáveis
de interesse.
Para o curso de cálculo diferencial e integral, o conhecimento de
funções tem vital importância. Portanto, esse capítulo se dedica a
analisar detalhadamente os mais variados tipos de funções.
A(r) r 2
A(2) 2 2 12,56 m2
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f(x)
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700.000
600.000
500.000
Habitantes
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SOLUÇÃO
Exercícios
Nesse caso, não é possível x=0 já que
1 1 – Encontre o domínio das funções abaixo:
não é definido como um número real.
0 a) f (x) x 3
Assim, o domínio da função é 1
representado da seguinte forma: b) f (x)
D f {x R / x 0} x3
1
c) f (x)
OBS.: x2
1 d) f (x) x2
A expressão não é definida porque
0 e) f (x) x 1
não existe um número real que multiplicado
1
por zero seja igual a 1. f) f ( x )
x
IMAGEM DE UMA FUNÇÃO g) f ( x )
1
x 1
A imagem é o conjunto de todos os
resultados que a variável dependente assume FUNÇÃO AFIM
quando usamos os valores do domínio na
equação da função.
A função Afim é aquela que estabelece
uma taxa constante de crescimento (ou
EXEMPLO
decrescimento) da variável dependente.
Encontre a imagem da função:
EXEMPLO
f ( x) x
O apresentador do jornal da televisão
SOLUÇÃO informa que as exportações do país atualmente
atingiram 300 milhões e estão crescendo 100
Para qualquer valor de x dentro do milhões por ano.
domínio da função (só valores positivos de x),
a variável y assume apenas valores positivos
(incluindo o zero). SOLUÇÃO
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f ( x ) ax b ou y ax b
COEFICIENTE ANGULAR
O coeficiente angular indica a taxa
constante de crescimento ou decrescimento de Por outro lado, quando analisamos o
y. Podemos analisá-lo de duas formas: coeficiente angular pelo seu valor absoluto
Pelo seu sinal; (apenas o número sem considerar o sinal)
Pelo seu valor absoluto. estamos interessados em saber se a taxa de
Quando analisamos o coeficiente crescimento ou decrescimento (dependendo do
angular pelo seu sinal estamos interessados em sinal) é elevada ou não.
saber se a taxa é de crescimento ou de
decrescimento. COEFICIENTE LINEAR
Uma taxa de crescimento é
caracterizada por um valor positivo e uma taxa
O coeficiente linear indica onde a
de decrescimento é caracterizada por um valor função corta o eixo y, ou seja, o valor de y
negativo.
quando x é igual a zero. Podemos encontrar
dois casos:
EXEMPLO
Coeficiente linear positivo, quando a
Vamos considerar que a temperatura
função corta o eixo y num valor
no interior de uma sala refrigerada decresce a
positivo;
uma taxa constante de 2oC a cada hora
enquanto do lado de fora a temperatura está
25
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EXEMPLO
Fazendo y1 y e x 1 x na fórmula
Coeficiente linear positivo acima podemos encontrar a equação da reta:
y y0
a
x x0
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( y y 0 ) a(x x 0 )
EXEMPLO
Essa equação é usada quando sabemos y 3x 3
qual é o coeficiente angular e um ponto por onde a coeficiente angular = +3, reta crescente.
reta passa.
y 2x 1
OBS.:
coeficiente angular = +2, reta crescente.
Poderíamos ter feito y0 y e x0 x .
Nesse caso, teríamos a seguinte equação da reta: Definimos uma função decrescente
quando, à medida que x aumenta dentro de um
( y y1 ) a ( x x 1 ) intervalo, o valor de y diminui. Um coeficiente
angular negativo caracteriza uma reta decrescente.
Isso significa que qualquer um dos dois
pontos pode ser usado na equação. EXEMPLO
y 3x 1
EXEMPLO coeficiente angular = -3, reta decrescente.
y1 y 0 3 0
a 3
x1 x 0 2 1 ESBOÇO DO GRÁFICO ATRAVÉS DA
EQUAÇÃO DA FUNÇÃO
Agora, podemos usar a equação da reta:
Podemos usar o nosso raciocínio para
( y y 0 ) a(x x 0 ) construir o gráfico da função encontrando as duas
( y 0) 3( x 1) coordenadas mais importantes: onde a função corta
o eixo x e onde corta o eixo y.
y 3x 3 Para encontrar em que ponto a função
corta o eixo x, basta colocar zero onde aparecer y
Por outro lado, poderíamos ter escolhido o na equação. O valor calculado de x deve ser
outro ponto: marcado sobre o eixo x.
Para encontrar em que ponto a função
( y y1 ) a ( x x 1 ) corta o eixo y, basta colocar zero onde aparecer x
na equação. O valor calculado de y deve ser
( y 3) 3( x 2) marcado sobre o eixo y. Esse valor é igual ao
y 3x 6 3 3x 3 coeficiente linear da função Afim.
Finalmente, usando uma régua, ligamos
esses dois pontos com uma reta.
CRESCIMENTO OU EXEMPLO
DECRESCIMENTO DA FUNÇÃO
Encontrar o gráfico da função:
Definimos uma função crescente quando, à y 2x 1
medida que x aumenta dentro de um intervalo, o
valor de y também aumenta. Na função Afim, isso é SOLUÇÃO
caracterizado pelo valor positivo do coeficiente
1
angular. Para y 0 , 2x 1 0 2x 1 x
2
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Para x 0 , y 2 0 1 y 1
Vamos agora posicionar os dois pontos no
gráfico:
EXEMPLO
EXEMPLO
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Exercícios
1. Classifique as funções abaixo em crescentes ou
decrescentes:
JUROS SIMPLES
a) y 3x 1 No regime de capitalização chamado juros
b) y 2 x 1 simples os juros são proporcionais ao tempo da
c) y x aplicação. Por exemplo, se dobrarmos o prazo de
um empréstimo então os juros dobrarão de valor.
d) y 3x A equação abaixo fornece o valor dos juros
1 de uma aplicação em juros simples:
e) y x 1
2 Ci t
1 J
f) y 1 x 100
2
Nessa equação, identificamos os seguintes
2. Classifique as funções abaixo em afim, linear e parâmetros:
constante:
a) y 3x 1 C é o capital aplicado em dinheiro;
b) y3 i é a taxa percentual por unidade de tempo (diária,
c) y x mensal, anual, etc);
t é o tempo da aplicação (dia, mês, ano, etc)
d) y 1
e) y 3x Definimos o montante de uma aplicação
f) y 2 x 1 como sendo a soma do capital com os juros do
período considerado. Pela definição, a fórmula de
cálculo do montante é dada por:
3. Encontre a equação da reta que passa pelos
pontos:
Ci t
a) (1,3) e (2,6) M CJ C
b) (-1,2) e (2, -4) 100
c) (2,5) e (3,5)
d) (1,1) e (3,5) EXEMPLO
e) (3,2) e (4,1)
f) (3,4) e (1,1) Quanto rende de juros uma aplicação de
$10.000,00 a uma taxa de juros de 3% ao mês
4. Com os resultados da questão anterior, durante 2 meses ?
construa o gráfico correspondente a cada uma
das retas.
SOLUÇÃO
Juros simples;
Avaliação de alternativas de consumo de ALTERNATIVAS DE
celular; CONSUMO DE CELULAR
Movimento uniforme (MU);
Movimento uniformemente variado (MUV).
Suponha que a sua operadora de celular
tenha duas opções de plano de consumo:
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70 EXEMPLO
60
Duas horas após iniciar o movimento, em
50 que ponto estará um automóvel que viaja a uma
Consumo ($)
20 SOLUÇÃO
10
Os dados do problema são:
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 S0 10km , V 50 km / h e t 2h
tempo de conversação (min)
Vamos calcular em que ponto estará o
automóvel a partir da equação do espaço:
A linha tracejada corresponde ao plano
pós-pago e a linha cheia ao plano pré-pago. S 10 50 t
Conforme o gráfico, as duas retas se
encontram no tempo de 50 minutos (marcado com
S 10 50 2 110 km
um círculo). Nesse ponto as duas contas são iguais,
ou seja, se você consumir 50 minutos todo mês O automóvel estará a 110km da origem.
então será indiferente você ter um plano pré-pago Note que 110km não é o espaço percorrido em
ou pós-pago. duas horas, mas onde estará o automóvel em
O valor da conta com o consumo de 50 relação ao ponto de referência.
minutos será de $50,00.
Abaixo de 50 minutos, podemos verificar MOVIMENTO
que a linha cheia está abaixo da linha tracejada. Isso
significa que se você consumir menos de 50
UNIFORMEMENTE VARIADO
minutos por mês, então o plano pré-pago é mais
vantajoso porque a conta é mais barata. A aceleração é definida como sendo a taxa
Já acima de 50 minutos, verificamos que a de variação da velocidade na unidade de tempo.
linha tracejada está abaixo da linha cheia, Isso é medido em termos de quanto aumenta ou
mostrando que se você consumir mais de 50 diminui a velocidade num período de tempo. Por
minutos por mês então o plano de conta é mais exemplo, se um carro tem uma velocidade de 5m/s
interessante já que no final do mês a conta será e 10 segundos depois está com uma velocidade de
menor. 15m/s então a sua aceleração é de 10m/s em 10
segundos, ou seja, 1 m/s2.
Em física, definimos o movimento
uniformemente variado como sendo aquele cuja
30
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aceleração é constante. Dessa forma, podemos O valor de “c” identifica o ponto onde a
modelar a velocidade como uma função do 1 o grau: função quadrática corta o eixo y e o seu
posicionamento é similar ao coeficiente linear na
V V0 a t função afim.
FUNÇÃO QUADRÁTICA
A função em que a maior potência da
variável independente é igual a dois chama-se
função quadrática. Matematicamente, a função
quadrática é dada pela relação:
Concavidade para cima
f (x) ax 2 bx c ou y ax 2 bx c
c
Concavidade para baixo
Vértice da Parábola
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EXEMPLO
(5) (5) 2 4 (1) (6) 5 25 24 5 1
x 2
2 (1) 2 2
b 2 4ac
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OBS.: yv
4a
Nesse caso, dizemos que a raiz 2 tem
multiplicidade 2 (2 raízes iguais a 2). EXEMPLO
Quando <0:
EXEMPLO
Gráfico com ponto de mínimo
x 2 4x 5 0
(4) 2 4 (1) (5)
4 Gráfico com ponto de máximo
Portanto:
x , x R EXEMPLO
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OBSERVAÇÕES NO GRÁFICO
34
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5) Alguns gráficos alterando apenas o “a” das 7) Alguns gráficos para as funções:
funções: y+x+4=x2
y=x2-x-6 y-15x+36=y2
y=2x2-x-6
y=3x2-x-6
y=4x2-x-6
EXEMPLO
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TRAJETÓRIA DE PROJÉTEIS
Exercícios
1. Calcule os valores de xv e yv e diga, para cada
Em aplicações militares é interessante caso, se o ponto xv é de máximo ou mínimo:
descobrir a trajetória de projéteis para que um alvo
possa ser atingido com precisão. Galileu foi o a) y x 2 6x 9
primeiro a demonstrar que a equação da trajetória b) y x 2 6x 8
de um projétil é dada por:
g c) y x 2 5x 7
y ( tg) x x 2
2 (V0 cos ) 2
2. A partir das funções da questão anterior,
identifique o número de raízes reais e construa
o seu respectivo gráfico.
f (x) ax 2 bx c
b2
Onde: Somando e subtraindo no segundo
4a
y é a altura que o projétil alcança;
membro, obtenha a seguinte expressão:
x é a distância horizontal do projétil; 2
V0 é a velocidade inicial do projétil; b
é o ângulo de lançamento do projétil. f (x) a x
2a 4a
Em seguida:
EXEMPLO
a) Mostre que se a>0, então o menor valor de
Encontre a altura máxima que pode atingir
b
um míssil lançado de um equipamento de artilharia
f(x) ocorre em x . Substituindo
terrestre. 2a
esse valor na expressão anterior, descubra
SOLUÇÃO o menor valor que a função assume.
A altura máxima é dada pelo valor do yv: b) Mostre que se a<0, então o maior valor de
b
( tg) 2 2 (V0 cos ) 2 f(x) também ocorre em x .
yv 2a
4a 4 g Substituindo esse valor na expressão
anterior, descubra o maior valor que a
função assume.
Fica mais fácil simplificar essa expressão
se soubermos que:
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FUNÇÃO EXPONENCIAL
A função que representa um crescimento
(ou um decrescimento) multiplicativo é conhecida
como função exponencial.
EXEMPLO
SOLUÇÃO
Hoje C
Após 1 ano 2C
Após 2 anos 4C (=22C) PROPRIEDADES DA EXPONENCIAL
Após 3 anos 8C (=23C)
... ... Para compreender o comportamento de
uma função exponencial é necessário conhecermos
Após x anos 2xC as seguintes propriedades:
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EXEMPLO SOLUÇÃO
EXEMPLO
2
3 5 5 32
(a m ) n a mn
EXEMPLO
100
Uma colônia de bactérias triplica a cada
hora. Encontre o número de bactérias após 4 horas,
Como a base é igual a 0,9, a função é
sendo que no instante inicial o número de bactérias
decrescente. Após 3 anos, o valor do carro é igual a:
é igual a 10.000.
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1
1% 0,01
100
Vamos agora montar um quadro da
aplicação:
Prazo da
Juros Montante
Aplicação
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J MC
J $10 .609 ,00 $10 .000 ,00 $609 ,00 P é o valor da prestação em dinheiro;
VE é o valor emprestado em dinheiro;
i é a taxa unitária na unidade de tempo (diária,
FINANCIAMENTO mensal, anual, etc);
n é o tempo da aplicação (dia, mês, ano, etc).
Quando você está interessado em adquirir
um carro ou uma casa, porém não tem possibilidade
de pagar à vista, uma das soluções é pedir um EXEMPLO
empréstimo a uma instituição financeira através de
uma operação conhecida como financiamento. Construir o plano de financiamento de um
O financiamento é um plano de pagamento carro que custa $10.000,00 a uma taxa de 1% ao
baseado no princípio de que o valor de cada mês (i=0,01) durante 12 meses.
prestação divide-se em duas parcelas: SOLUÇÃO
Amortização do valor emprestado: uma parte
de cada prestação deve diminuir (amortizar) o Valor da parcelas é calculado da seguinte
valor que foi emprestado. forma:
Juros sobre o saldo devedor: outra parte da
i (1 i) n
prestação deve pagar juros sobre a parte do P VE
valor emprestado que não foi amortizada (saldo (1 i) n 1
devedor).
A equação do financiamento é dada por:
0,01 (1 0,01)12
i (1 i)
n
P 10.000 ,00
P VE (1 0,01)12 1
(1 i) n 1
P $888 ,49
Onde:
PLANO DE FINANCIAMENTO
Tempo Juros Dívida Parcela Amortização Saldo Devedor
(meses) (J=SDi) (D) (P) (A=P-J) (SD=D-P)
Hoje $10.000,00 $10.000,00
Após 1 mês $100,00 $10.100,00 $888,49 $788,49 $9.211,51
Após 2 meses $92,12 $9.303,63 $888,49 $796,37 $8.415,14
Após 3 meses $84,15 $8.499,29 $888,49 $804,34 $7.610,80
Após 4 meses $76,11 $7.686,91 $888,49 $812,38 $6.798,42
Após 5 meses $67,98 $6.866,40 $888,49 $820,51 $5.977,91
Após 6 meses $59,78 $6.037,69 $888,49 $828,71 $5.149,20
Após 7 meses $51,49 $5.200,69 $888,49 $837,00 $4.312,20
Após 8 meses $43,12 $4.355,32 $888,49 $845,37 $3.466,83
Após 9 meses $34,67 $3.501,50 $888,49 $853,82 $2.613,01
Após 10 meses $26,13 $2.639,14 $888,49 $862,36 $1.750,65
Após 11 meses $17,51 $1.768,16 $888,49 $870,98 $879,67
Após 12 meses $8,80 $888,49 $888,49 $879,69 $0,00* (dívida paga)
Totais $661,85 $10.661,88 $10.000,00*
* ocorre uma diferença $0,02 por causa do arredondamento nas casas decimais.
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900,00
880,00
Valor da Prestação
860,00
840,00
820,00
800,00
780,00
760,00
740,00
720,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Meses
A parte cinza é a contribuição dos juros e a parte preta é a contribuição da amortização no valor da
parcela. Desta forma, concluímos que a amortização deve crescer com o tempo e o valor dos juros deve
decrescer com o tempo.
DIODO SEMICONDUTOR
Chamamos de diodo ao elemento de
circuito eletrônico construído com semicondutores
(em geral são usados o silício, o germânio, o
arsênio e o gálio). O diodo possui dois terminais
conhecidos como catodo e anodo. O catodo é o
terminal negativo e o anodo é o terminal positivo. (LED)
A finalidade do diodo é conduzir a
corrente elétrica somente num sentido e bloquear a A equação que modela o funcionamento
corrente em sentido contrário. O diodo sempre do diodo semicondutor é dada por:
permitirá passagem de corrente elétrica quando a
tensão no anodo for maior que a tensão no catodo. vD
As figuras abaixo mostram o símbolo do
diodo e algumas imagens reais dos componentes: i D ISe VT
, para vD0V
Símbolo: Onde:
iD é a corrente do diodo;
IS é a corrente de saturação (10-15A);
vD é a tensão sobre o diodo;
VT é a tensão térmica (25mV).
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t log 2 8 3
Exercícios
1. Classifique as funções em crescente e
decrescente e esboce seus gráficos:
x Devemos ler essa expressão da seguinte
1
a) y forma: “logaritmo de 8 na base 2 é igual a 3”.
2 Calcular o valor do logaritmo acima
x significa responder à seguinte pergunta:
b) y e
x Devemos elevar a base 2 a que valor de t para que
4
c) y o resultado seja igual a 8 ?
3
x Definimos então a função logarítmica por:
d) y 3
y log a x , com a > 0, a 1 e x > 0
2. O estudo da concentração de drogas na
circulação sanguínea é um ramo da farmácia
conhecido como farmacocinética. A redução da O parâmetro “a” é chamado de base do
droga no corpo humano é modelada pela logaritmo. Uma característica importante é que o
seguinte função exponencial: gráfico da função logarítmica corta o eixo x no
ponto x = +1.
C C0 e kt EXEMPLO
Onde:
C0 é a concentração inicial da droga.
t é o tempo decorrido desde que a droga foi
introduzida no corpo.
FUNÇÃO LOGARÍTMICA
Considere o seguinte exemplo:
Se o capital dobra a cada ano de aplicação,
então quantos anos são necessários para o montante
ser 8 vezes o valor do capital?
Já sabemos que a relação de dependência
entre o montante e o número de anos é dada por
uma função exponencial de base igual a 2. Nosso
objetivo agora é descobrir o valor do expoente que
produz o montante conhecido, ou seja:
C 2t C 8 LOGARITMOS ESPECIAIS
2 2 t 3
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OBS.:
É sempre bom olhar a ajuda do software CLASSIFICAÇÃO DA FUNÇÃO
matemático antes de seguir essas notações, já que
alguns usam “log” significando logaritmo LOGARÍTMICA
neperiano e não decimal.
A função logarítmica pode ser classificada
em crescente e decrescente, conforme o valor do
parâmetro “a” da equação:
PROPRIEDADES DO LOGARITMO
Para compreender o comportamento de
y log a x
uma função logarítmica é necessário conhecermos
as seguintes propriedades: 1o caso: a>1
Quando o valor de a é maior do que 1, a
Como a
0
1 , então: log a 1 0 , a>0
função é dita crescente.
EXEMPLO EXEMPLO
log10 1 0
Uma cultura de bactérias em laboratório
Como a a , então: log a a 1 , a>0
1
triplica sua população a cada hora. Sabendo-se que
inicialmente existiam 1.000 bactérias encontre
EXEMPLO quanto tempo se passou para que a cultura atingisse
243.000 bactérias.
log 10 10 1
log a x log a y log a (xy ) EXEMPLO
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OBS:
A parte em que y é negativo não existe
para os dois exemplos mostrados já que a variável
y é o tempo e não é possível existir tempo negativo.
2o caso: 0<a<1
Quando o valor de a é maior do que zero e
MODELOS BASEADOS NA FUNÇÃO
menor do que 1, a função é dita decrescente. LOGARÍTMICA
EXEMPLO Vamos analisar um modelo interessante
em que a função logarítmica se aplica:
A concentração de um determinado
fármaco na corrente sanguínea reduz-se à metade a Resfriamento de corpos;
cada hora. Sabendo-se que a concentração inicial do
fármaco é igual a 6,4mg/ml e que uma
concentração de 0,1mg/ml não fará mais efeito no
RESFRIAMENTO DE CORPOS
combate à doença, encontre quanto tempo levará
para o paciente tomar outra dose. Isaac Newton foi o primeiro a demonstrar
a lei matemática que regula o resfriamento de
corpos. Uma das aplicações dessa lei é a
SOLUÇÃO
determinação pelos peritos policiais da hora
aproximada de um assassinato.
Primeiramente, devemos dividir a
A expressão que fornece a lei do
concentração final pela sua concentração inicial:
resfriamento é dada por:
0,1 1 T T0 e kt
Onde:
6,4 64 t é o tempo decorrido desde que o crime aconteceu;
T é a diferença de temperatura entre o corpo e o
Nesse caso, após um tempo t a ambiente no tempo t após o crime;
concentração reduz-se a 1/64 vezes a sua
T0 é a diferença de temperatura entre o corpo e o
concentração inicial. O valor procurado é dado pelo
ambiente na hora do crime;
seguinte logaritmo:
k é a taxa de resfriamento e significa o percentual
de resfriamento do corpo.
1
t log 1 6 horas
64 A grande limitação desse modelo é que o
2 perito deve chegar ao local do crime enquanto o
corpo ainda está com temperatura acima da
Após 6 horas, o remédio não fará mais temperatura ambiente (T0), caso contrário, o
efeito porque a sua concentração na corrente método perde a sua funcionalidade.
sanguínea ficará abaixo de 0,1mg/ml. A função logarítmica aparece no momento
A função que representa o problema é dada em que desejamos calcular o tempo decorrido desde
por: que o crime aconteceu:
y log 1 x
1 T
2 t ln
Onde x representa a concentração final do k T0
fármaco na corrente sanguínea em relação à sua EXEMPLO
concentração inicial.
O gráfico dessa função é representado por:
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SOLUÇÃO
Exercícios
A primeira atitude sua como bom perito foi
medir a temperatura do corpo imediatamente 1. Encontre, se for possível, o valor dos seguintes
quando chegou ao local do crime (23:00h). logaritmos:
Suponha que você tenha encontrado 34,8oC. Uma
a) log10 100
hora mais tarde, você mediu novamente a
temperatura e descobriu que o corpo estava a b) log 1 2
34,1oC.
2
O quarto estava a 20oC e o corpo humano
quando está vivo possui temperatura de 36,5 oC. c) log 10 1
Com esses dados você pode calcular a hora em que d) log 1 16
ocorreu o crime.
2
O primeiro objetivo é encontrar o valor do
parâmetro k de posse da seguinte equação: e) log 9 3
1 T log5 5
k ln f)
t T0 g) log 1 2
Com: h) log 2 2
T (34,1 20) 14,1o C
2. Outra aplicação prática da função logarítmica
T0 (34,8 20) 14,8o C é a determinação da concentração segura de um
t 1h fármaco na corrente sanguínea. O problema
matemático se resume a encontrar qual é o
Então, usando uma calculadora, obtemos: tempo mínimo de aplicação da próxima dose
14,1 sabendo-se que a concentração não pode atingir
k 1 ln 0,04845 / h um determinado valor que é prejudicial à saúde
14,8 do paciente.
Considere que a concentração do fármaco na
O que significa que o corpo se resfria a corrente sanguínea reduz-se à metade a cada
uma taxa de aproximadamente 4,85% por cada hora hora. Sabendo-se que a concentração inicial do
a partir do momento do crime. fármaco é 6,4mg/ml e que uma concentração
Agora, podemos descobrir quanto tempo de 10mg/ml pode levar o paciente a entrar em
se passou desde a hora do assassinato conforme a estado de coma, calcule o intervalo mínimo
equação: entre duas doses de forma que o paciente não
seja prejudicado.
1 T
t ln
k T0
45
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Sentido
anti-horário
O ciclo trigonométrico é uma
circunferência de raio igual a 1 centrada no
cruzamento dos eixos x e y. O eixo horizontal é
denominado cosseno e o eixo vertical é chamado
seno.
Os valores do seno e do cosseno de um
ângulo são dados pelas medidas sobre cada um dos
eixos do ciclo trigonométrico.
EXEMPLO
46
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SOLUÇÃO
30 o
a) R
o
180 6
45 o
b) R
180 o 4
60 o
c) R
= 1 radiano 180 o 3
C 2 R
C
2
R
Podemos entender 2 como sendo o
ângulo em radianos correspondente a uma volta
completa na circunferência. Dessa forma, podemos
converter graus em radianos fazendo:
47
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FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
INVERSAS
Considere a seguinte questão:
Exercícios EXEMPLO
1
Quanto vale y arcsen ?
1. Prove as seguintes relações:
2
a) cos(a b) sena senb cos a cos b SOLUÇÃO
b) sen(a b) sen a cos b sen b cos a
1
Dica: Interpretando y como o ângulo cujo seno é ,
Comece pela relação trigonométrica fundamental:
2
então, y é igual a (=30o).
sen (a b) cos (a b) 1
2 2 6
50
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-1
-1.5
EXEMPLO
2.5
SOLUÇÃO
2
y arccos(x ) Fazendo da mesma forma que no exemplo
anterior:
1.5
0.5
-1 -0.5 0.5 1
51
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VENTRADA(t)
2
-4 -2 2 4
-2
-4
5 VSAÍDA(t)
4
-4 -2 2 4
52
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EXEMPLO
SOLUÇÃO
EXEMPLO
SOLUÇÃO
Sendo k um número positivo, as alterações
Conforme a regra, a função g(x) é igual a
na direção vertical são feitas através da seguinte
f(x) refletida em relação ao eixo y:
operação:
g( x ) k f ( x ) É interessante observar que g(x) é uma
reflexão de f(x) em relação ao eixo y e que, por
Para k>1, a função g(x) é igual outro lado, f(x) é uma reflexão de g(x) em relação
a f(x) ampliada k vezes na ao eixo y.
direção vertical;
Para 0<k<1, a função g(x) é
igual a f(x) comprimida k vezes
53
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EXEMPLO
SOLUÇÃO
g(x)=sen(x)+2
SOLUÇÃO
g( x ) f ( x k )
EXEMPLO
2
g(x)=-x Construir os gráficos das funções
f (x) x 2 e g(x) (x 5) 2 .
DESLOCANDO O GRÁFICO DA FUNÇÃO SOLUÇÃO
Uma função também pode ser deslocada Conforme a regra, a função g(x) é igual a
nas direções horizontal e vertical. As alterações na f(x) deslocada cinco unidades para a direita:
direção vertical são feitas através da seguinte
operação: Podemos observar que g(x) é igual a f(x)
g( x ) f ( x ) k deslocada 5 unidades para a direita e que, por outro
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SOLUÇÃO
f (g(x)) [g(x)] 2 (x 2) 2 x 2 4x 4
f g f (g(x)) x 2 4x 4
FUNÇÃO COMPOSTA
A função composta é o resultado da
substituição de uma função g(x) no lugar da
variável independente de uma outra função f(x).
Representamos essa situação por:
f g f (g( x ))
EXEMPLO
55
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MATHEMATICA®
O Mathematica é um software matemático com funções internas
que auxiliam as mais diversas tarefas em que o cálculo necessita ser
simplificado.
Atualmente, é um dos softwares mais utilizados tanto na área
Matemática como na Física, Computação, Engenharia, Biologia, etc.
O AMBIENTE DO MATHEMATICA
O ambiente do Mathematica é composto por uma janela de edição (em branco), onde os comandos são
digitados e executados. Possui ainda uma barra de menu e uma barra de comandos com as operações
matemáticas mais comuns.
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EXECUTANDO UM COMANDO
Para executarmos um comando no Mathematica basta clicar na área de edição e começar a digitar o
código. Em seguida, devemos pressionar a combinação de teclas: Shift e Enter.
Todo comando digitado e executado recebe uma numeração de ordem de execução especificada entre
colchetes após a palavra In.
EXEMPLO
Digite o comando:
Plot[x^2,{x,-2,2}]
Após pressionar Shift + Enter, aparecerá na janela de edição:
In[1]:=Plot[x^2,{x,-2,2}]
O símbolo In significa que é um comando de entrada e [1] é a sua ordem na execução, ou seja, In[1] é o
primeiro comando de entrada executado.
O resultado da execução é precedido do símbolo Out[1] que significa resultado da execução do primeiro
comando. Se o comando for executado corretamente, a janela de edição se parecerá exatamente com a figura
abaixo:
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Degree Fator de conversão de graus para radianos: 90*Degree (=Pi/2)
180
OBS.:
É importante observar que todos os comandos começam com letra maiúscula e
os seus argumentos são fechados por colchetes.
REUSANDO RESULTADOS
Os resultados de uma execução podem ser reaproveitados de forma que o seu comando possa ficar mais
compacto.
OBS.:
Cuidado com a reutilização de comandos, principalmente com o comando %n.
Tenha certeza que Out[n] é o resultado que você deseja utilizar.
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4*x2-x Apart[expressão]
60
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6
O resultado será:
5
{{x2},{x3}}
4
DEFININDO FUNÇÕES 3
2
Uma função pode ser definida para
posterior uso. Isso é feito através do seguinte 1
comando:
f[ x_ ]:=expressão em x 0.5 1 1.5 2 2.5 3
Note que existe um traço após a ocorrência É possível colocar várias funções no
de x dentro dos colchetes. mesmo gráfico através do seguinte comando:
EXEMPLO Plot[{expressão1,
expressão2,...},{variável_independente, mínimo,
Digite e execute os comandos: máximo}]
f[ x_ ]:=x2-5x+6
f[2] EXEMPLO
O resultado será igual a: Digite e execute o comando:
O resultado será:
4
4 2
x -5x +6
2
PLOTANDO FUNÇÕES
-3 -2 -1 1 2 3
Uma função pode ser colocada num
gráfico usando o comando: -2
Plot[expressão,{variável_independente, mínimo,
máximo}]
EXEMPLO
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ANÁLISE COMBINATÓRIA
Introdução Análise Combinatória Combinações simples
Arranjos Arranjos c/ repetição
Permutações Permutações c/ repetição
Combinações Combinações c/ repetição
Regras gerais Combinatória Propr. das combinações
Arranjos simples Número binomial
Permutações simples Teorema binomial
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1 m
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a.[ak+k1ak-1b+k2ak-2 b2+k3ak-
3 3
b +...+kkbk]
=
+b.[ak+k1ak-1b+k2ak-2b2+k3ak-
Exemplo: C(8,2)=28. 3 3
b +...+kk bk]
Extensão: Existe uma importante extensão do
conceito de número binomial ao conjunto dos ak+1+k1akb+k2ak-1b2+k3ak-
2 3
números reais e podemos calcular o número b +...+kkabk
=
binomial de qualquer número real r que seja +akb+k1ak-1b2+k2ak-2 b3+k3ak-
3 4
diferente de um número inteiro negativo, tomado a b +...+kkbk+1
uma taxa inteira p, somente que, neste caso, não
ak+1+[k1+1]akb+[k2+k1]ak-
podemos mais utilizar a notação de combinação 1 2
b +[k3+k2]ak-2b3+[k4+k3] ak-
C(m,p) pois esta somente tem sentido quando m e p = 3 4
b +...+[kk-1+kk-2]a2bk-1+[kk+kk-
são números inteiros não negativos. Como k k+1
1]ab +kkb
Pi=3,1415926535..., então:
67
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kk+kk-1=C(k,k)+C(k,k-1)=C(k+1,k)=(k+1)k
ak+1+[k1+k0] akb+[k2+k1]ak-
1 2
b +[k3+k2]ak-2b3 E assim podemos escrever:
=
+[k4+k3]ak-3b4+...+[kk-1+kk-2]a2bk-
1
+[kk+kk-1]abk+kkbk+1 ak+1+(k+1)1akb + (k+1)2ak-1b2 +
(k+1)3ak-2b3
Pelas propriedades das combinações, temos: (a+b)k+1=
+(k+1)4ak-3b4 +...+ (k+1)k-1a2bk-
1
k1+k0=C(k,1)+C(k,0)=C(k+1,1)=(k+1)1 + (k+1)kabk + kkbk+1
k2+k1=C(k,2)+C(k,1)=C(k+1,2)=(k+1)2
k3+k2=C(k,3)+C(k,2)=C(k+1,3)=(k+1)3 que é o resultado desejado.
k4+k3=C(k,4)+C(k,3)=C(k+1,4)=(k+1)4
... ... ... ...
kk-1+kk-2=C(k,k-1)+C(k,k-2)=C(k+1,k-1)=(k+1)k-1
BINÔMIO DE NEWTON
1º) Cada linha começa e termina por .
O binômio do tipo ( x + a )n , onde x IR, a
IR e n IN , é conhecido como binômio de 2º) Adicionando dois elementos consecutivos de
Newton. uma linha obtemos o elemento situado abaixo
do segundo elemento somado.
Para o desenvolvimento do binômio de Newton
usaremos os números binomiais.
DESENVOLVIMENTO DO BINÔMIO DE
NÚMEROS BINOMIAIS NEWTON
Dados dois números naturais n e p, tais que p n, Devemos usar a fórmula :
chama-se número binomial n sobre p , indicado ( x + a )n =
por n , ao número definido por:
p n n 0 n n 1 1 n n 2 2 n
x a x a x a ... x 0 a n
0 1 2 n
n n!
= Exemplo:
p p!(n p)! (2x + 3)5 =
5 5 5 5
0 2x 1 2x 3 2 2x 3 3 2x
5 4 3 2
TRIÂNGULO DE PASCAL
5 5
3 2x 34 35
2 3
Os números binomiais podem ser dispostos em 4 5
linhas e colunas, numa disposição triangular, de
modo que em cada linha fiquem os termos de (2x + 3)5 = 1.32x5 + 5.16x4.3 + 10 . 8x3.9 + 10 . 4x2.
ordem “n” e em cada coluna os termos de ordem 27 + 5.2x . 81 + 1 . 243
“p”. (2x+3)5 = 32x5 + 240x4 + 720x3 + 1.080x2 + 810x +
1.
0
0
243
1. 1
1
0
1
0 FÓRMULA DO TERMO GERAL
1. 2 1
2
0
2
1
2
2
T p+1 = n x n p a p
1331
3
0
3
1
3
2
3
3
p
14641
4
0
4
1
4
2
4
3
4
4 Exercício: Calcular o 5º. termo no
1 5 10 10 5 1
5
0
5
1
5
2
5
3
5
4
5
5
desenvolvimento de ( 3x + 2 )9 .
p+1=5 → p=4
6 6 6 6 6 6 6
1 6 15 20 15 6 1 0 1 2 3 4 5 6
Observar que :
68
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9 9-4
T5 = (3x) . 24 → T 5 = 9! (3x)5 . 16 =
4 4!.5!
489.888 x5
PONTOS E RETAS
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INTRODUÇÃO
PLANO CARTESIANO
EXEMPLOS
A geometria analítica teve como principal
idealizador o filósofo francês René Descartes ( A(2, 4) pertence ao 1º quadrante
1596-1650). Com o auxílio de um sistema de eixos (xA > 0 e yA > 0)
associados a um plano, ele faz corresponder a cada
ponto do plano um par ordenado e vice-versa. B(-3, -5) pertence ao 3º quadrante
Quando os eixos desse sistemas são ( xB < 0 e yB < 0)
perpendiculares na origem, essa correspondência
determina um sistema cartesiano ortogonal ( ou Observação: Por convenção, os pontos localizados
plano cartesiano). Assim, há uma reciprocidade sobre os eixos não estão em nenhum quadrante.
entre o estudo da geometria ( ponto, reta,
circunferência) e da Álgebra ( relações, equações DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS
etc.), podendo-se representar graficamente relações
algébricas e expressar algebricamente Dados os pontos A(xA, yA) e B(xB, yB) e
representações gráficas. sendo dAB a distância entre eles, temos:
70
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RAZÃO DE SECÇÃO
Dados os pontos A(xA, yA), B(xB, yB),
C(xC, yC) de uma mesma reta (A B C), o ponto Para os pontos A(2, 3), B(5, 6) e P(1, 2),
temos:
C divide AB numa determinada razão, denominada
razão de secção e indicada por:
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se P = A, então rp =0
se P = B, então não existe rp (PB = 0)
se P é o ponto médio de , então rp =1
Assim:
CÁLCULO DAS COORDENADAS DO
x XB BARICENTRO
XP – XA = XB – XP 2XP = XA + XB A
2
(média aritmética de XA e XB) Sendo A(XA, YA), B(XB, YB) e C(XC, YC)
vértices de um triângulo, se N é ponto médio de
YP –YA =YB –YP 2YP = YA + YB YP , temos:
Y YB
= A (média aritmética de YA e YB)
2
Logo, as coordenadas do ponto médio são dadas
por:
BARICENTRO DE UM TRIÂNGULO
Observe o triângulo da figura a seguir, em
que M, N e P são os pontos médios dos lados
72
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CONDIÇÕES DE ALINHAMENTO
DE TRÊS PONTOS
Se três pontos, A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC,
yC), estão alinhados, então:
Pela figura, verificamos que os triângulos
ABD e BCE são semelhantes. Então:
Como:
yA = yB = yC
então .
e o determinante é nulo, pois a 2ª e a 3ª coluna são
proporcionais. Observação: A recíproca da afirmação demonstrada
EQUAÇÃO GERAL
Podemos estabelecer a equação geral de
Neste caso, as abscissas são iguais: uma reta a partir da condição de alinhamento de
três pontos.
xA = xB = xC Dada uma reta r, sendo A(xA, yA) e B(xB,
yB) pontos conhecidos e distintos de r e P(x,y) um
ponto genérico, também de r, estando A, B e P
alinhados, podemos escrever:
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Fazendo yA - yB = a, xB - xA = b e xAyB -
xByA=c, como a e b não são simultaneamente nulos
Dividindo essa equação por pq ,
, temos: temos:
ax + by + c = 0
(equação geral da reta r)
-3 - (-1) + 2 = 0 -3 + 1 + 2 = 0
74
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Fazendo , vem:
y = mx + q
COEFICIENTE ANGULAR
Chamamos de coeficiente angular da reta r
o número real m tal que:
75
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,
temos:
76
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CONCORRÊNCIA
Dadas as retas r: a1x +b1y + c1 = 0 e s: a2x
+ b2y + c2 = 0, elas serão concorrentes se tiverem
coeficientes angulares diferentes:
77
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Vejamos um exemplo:
Se r: 3x + 2y - 7 = 0 e s: 2x - 3y + 1 = 0,
então suas bissetrizes são:
Assim:
BISSETRIZES
Dadas as retas concorrentes r: a1x + b1y + c1 = 0 e
s: a2x + b2y + c2 = 0, o que se interceptam em um
ponto Q, se P(x, y) é um ponto qualquer de uma
das bissetrizes, P Q, então P equidista de r e s:
78
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NÚMEROS COMPLEXOS
A UNIDADE IMAGINÁRIA RESOLUÇÃO DE ALGUMAS EQUAÇÕES
No século XVI o matemático italiano A partir da criação da unidade imaginária
Girolamo Cardano, com o auxílio de seu i, vamos resolver algumas equações cuja solução
compatriota Tartáglia, descobriu uma fórmula para era impossível no conjunto universo dos número
resolver equações cúbicas do tipo x3 + px = q. reais.
A fórmula era:
1a) Resolver a equação: x2 + 9 = 0
Resolução
De posse dessa fórmula, Rafael Bombelli, Como essa é uma equação de segundo
matemático italiano e da mesma época de Tartáglia grau incompleta, não há necessidade de
e Cardano, ao resolver a equação: utilizarmos a fórmula de Bhaskara.
x3 – 15x = 4
x2 + 9 = 0 x2 = – 9 x2 = 9 · (–1)
Assim: x = 3 + 2i ou x = 3 – 2i
Portanto, o valor encontrado com o uso da
fórmula passava a ser:
S = {3 + 2i, 3 – 2i }
O CONJUNTO DOS
Um valor coerente com as expectativas. NÚMEROS COMPLEXOS
A partir desse momento, começou-se a
Com a criação da unidade imaginária i,
trabalhar com raízes quadradas de números
surgiu um novo conjunto numérico C, o conjunto
negativos e, mais tarde, já no século XVIII, o
dos números complexos, que engloba o conjunto R
matemático suíço Leonhard Euler passou a
dos números reais.
representar 1 por i, convenção que utilizamos
até os dias atuais. Assim, por meio de um diagrama Euler-
Venn, temos:
Assim: 1 i que passamos a denominar
unidade imaginária. Normalmente utilizamos a
igualdade:
79
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Definições
Resolvendo o sistema, temos:
Chamamos de número complexo na
forma algébrica, todo número na forma a + bi, em
que a e b são números reais e i é unidade
imaginária (i2 = –1).
Da mesma forma que, quando nos
referimos a um número natural, usamos a letra n
para representá-lo, a letra z será usada para Substituindo a = 1 na equação –a + b = 3, temos:
representarmos um número complexo.
Assim, no número complexo z = a + bi, –1 + b = 3 b=4
dizemos que a é a parte real de z, e bi é a parte
imaginária de z. Assim: a = 1 e b = 4
Representamos:
a = Re(z) OPERAÇÕES COM NÚMEROS
COMPLEXOS
b = Im(z)
Em particular, temos:
ADIÇÃO
1o) Se Im(z) = 0, dizemos que z é um número
real. Dados os complexos z1 = a + bi e z2 = c +
di, com a, b, c e d reais, a soma z1 + z2 será um
EXEMPLO complexo tal que:
– 5 = – 5 + 0i ; 2 2 0i
2i = 0 + 2i ; 3i 0 3i Resolução
z1 + z2 = (– 3 + 4i) + (2 – i) = (– 3 + 2) + (4 – 1)i
EXEMPLO
80
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Demonstração
De fato, usando a propriedade
distributiva, temos: Sendo z = a + bi e = a – bi (a R e b R) temos:
Como i2 = – 1, temos:
Como a e b são reais, z · R.
(a + bi) · (c + di) = ac + adi + bci – bd
Resolução
EXEMPLO
z1 · z2 = (3 + 2i) · (2 + 4i)
z1 · z2 = 3 · 2 + 3 · 4i + 2i · 2 + 2i · 4i Efetuar a divisão de z1 = 2 – 3i por z2 = 1 + 2i.
z1 · z2 = 6 + 12i + 4i + 8i2
z1 · z2 = 6 + 12i + 4i – 8 Resolução
z1 · z2 = – 2 + 16i
Devemos encontrar um número complexo z3 = a +
Observação – As propriedades da adição, subtra- z1
ção e multiplicação válidas para os números reais bi tal que z3 . Assim,
continuam válidas para os números complexos. z2
2 3i
= a + bi
CONJUGADO DE UM NÚMERO 1 2i
COMPLEXO
2 – 3i = (a + bi) · (1 + 2i)
2 – 3i = a + 2ai + bi + 2bi2
Chamamos de conjugado do número
2 – 3i = a + 2ai + bi – 2b
complexo
2 – 3i = (a – 2b) + (2a + b)i
z = a + bi, com a e b reais,
o número complexo
= a – bi.
EXEMPLOS
1o) z1 = 2 – 3i = 2 + 3i
Substituindo em a – 2b = 2, temos:
2o) z2 = –1 – 4i = –1 + 4i
81
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POTÊNCIAS DE I
Assim: Calculemos algumas potências de i com
expoente natural:
i0 = 1
i1 = i
i2 = – 1
Então i3 = i2 · i = (– 1) · i = – i
i4 = i2 · i2 = (– 1) · (– 1) = 1
i5 = i4 · i = 1 · i = i
i6 = i4 · i2 = 1 · (– 1) = – 1
i7 = i4 · i3 = 1 · (– i) = – i
Demonstração
Assim:
Assim:
EXEMPLO
im = 1q · ir
Efetuar a divisão de z1 = 2 – 3i por z2 = 1 + 2i
Observação
Resolução Notamos que r {0, 1, 2, 3}, então, com m N, a
potência im é sempre igual a i0 ou i1 ou i2 ou i3, ou
seja, 1, i, – 1, – i, respectivamente.
EXEMPLOS
Resolução
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Resolução
Exercícios Resolvidos
1. Resolva a equação: x4 – 1 = 0 a) k = t = – 2 d) k = 2 e t = – 2
Resolução b) k = t = 2 e) k + t = 1
x4 – 1 = 0 (x2 + 1) (x2 – 1) = 0 c) k = –2 e t = 2
x2 + 1 = 0 x2 = – 1 x2 = i2 x= i Resolução
ou Se (1 – i) é raiz, temos:
x2 – 1 = 0 x2 = 1 x= 1 (1 – i)2 + k(1 – i) + t = 0
S = { + i, + 1, – 1, – i} 1 – 2i – 1 + k – ki + t = 0
(k + t) + (–2 – k)i = 0 + 0i
2. Resolva a equação: x2 – 2x + 10 = 0
Resolução
Logo:
= (–2)2 – 4 · 1 · 10 = – 36
5. (UCMG-MG) O número complexo z, tal que
5z + = 12 + 16i, é igual a:
a) – 2 + 2i d) 2 + 4i
b) 2 – 3i e) 3 + i
c) 1 + 2i
x=1 3i
Resolução
S = {1 – 3i, 1 + 3i} Fazendo z = a + bi e = a – bi, temos:
5z + = 12 + 16i
3. Se Z = 4 + 2i e W = 3 – 5i, então, calcular: 5(a + bi) + a – bi = 12 + 16i
a) Z + W
b) Z – W 5a + 5bi + a – bi = 12 + 16i
c) Z · W
Resolução
Z + W = (4 + 2 i ) + (3 – 5 i ) = 4 + 2 i + 3 –
5i=7–3i Logo: z = 2 + 4i
Z – W = (4 + 2 i) – (3 – 5 i) = 4 + 2 i –3 + 5 i
=1+7i 6. Determine o inverso do número complexo z =
3 – 2i.
Z · W = (4 + 2 i) · (3 – 5 i) = 12 – 20 i + 6 i –
10 i2 = Resolução
12 – 14 i + 10 = 22 – 14 i O inverso de z será z–1, tal que z · z–1 = 1, ou
1
seja, z 1
4. (FCC-BA) O número complexo 1 – i é raiz da z
equação x2 + kx + t = 0 (k, t R ) se, e
somente se: Assim:
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Resposta:
2 3i
7. Determinar m R para que z seja
2 mi
um imaginário puro.
Resolução
9. Calcular i4n – 2
Resolução
Resposta: – 1
O PLANO DE ARGAND-GAUSS
Sendo O (0, 0) e P ( a, b)
Já sabemos que cada número real pode ser
associado a um ponto de uma reta e que cada ponto
da reta é imagem de um único número real. Para
representarmos geometricamente os números
complexos (entre os quais se encontram todos os Assim:
números reais), utilizaremos um plano. Assim
sendo, considere um plano no qual se fixou um
sistema de coordenadas retangulares.
84
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Demonstração
EXEMPLOS
Observação
Existem outras propriedades que são válidas para
os números complexos e que serão demonstradas
no próximo módulo.
4 a)
Propriedades
Assim:
ARGUMENTO DE UM
NÚMERO COMPLEXO
Sendo z = a + bi um número complexo
não-nulo e P o afixo de z no plano de Gauss de
origem O, chamamos argumento do número
complexo z a medida do arco com centro em O
tomado a partir do semi-eixo real positivo até a
semi-reta OP no sentido anti-horário.
85
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em que é o módulo de z.
Em particular quando:
EXEMPLOS
z = 2 – 2i.
Resolução
Assim: = 315º
Resolução
Resolução
Resolução
86
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Resolução
Assim: = 180º
Importante
2o) Escreva na forma trigonométrica z = –2i.
Todos os números complexos com argumento
têm os seus afixos em uma semi-reta de origem O. Resolução
Resolução
FORMA TRIGONOMÉTRICA DE UM
NÚMERO COMPLEXO
Podemos determinar um número complexo de dois
modos:
Assim:
Então:
EXEMPLOS
87
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Exercícios Resolvidos
1. Sendo z1 = 2 + 3i e z2 = 1 – 2i, verificar a
veracidade das sentenças abaixo.
Resolução
Resolução
a)
b)
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OPERAÇÕES NA FORMA
TRIGONOMÉTRICA
ADIÇÃO
Sejam os números complexos z1 e z2 na forma
trigonométrica:
O módulo de z1 + z2 será:
ou seja:
REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA
DA ADIÇÃO
Consideremos dois números complexos z 1 e z2, na
forma algébrica:
z1 = a 1 + b 1 i
z2 = a 2 + b 2 i
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Assim:
EXEMPLO
EXEMPLOS
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Resolução POTENCIAÇÃO
Sendo z = r (cos + i sen ) e n um número natural
não-nulo, temos:
DIVISÃO
Consideremos os números complexos não-nulos: Assim:
Logo: EXEMPLOS
1 3
1o) Dado i, calcular z6.
2 2
EXEMPLOS
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Exercícios Resolvidos
1. Dados os números complexos: 3. Determinar o menor valor de n N*, tal que
n
z = 8 (cos 75° + i sen 75°) e w = 2 (cos 15° + i 2 2 i seja real.
sen 15°), pode-se dizer que:
Resolução
a) zw = 16 d) zw = –16i
b) z 2 2 3i e) nra
w
z
c) 4 (sen 60º + i cos 60º)
w
Resolução
Resolução
Sabemos que:
Fazendo n = 2, temos:
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Então:
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VETORES
RETA ORIENTADA - EIXO Observações
DIREÇÃO E SENTIDO
Dois segmentos orientados não nulos AB e
CD têm a mesma direção se as retas suportes desses
segmentos são paralelas:
SEGMENTO ORIENTADO
Um segmento orientado é determinado por
um par ordenado de pontos, o primeiro chamado
origem do segmento, o segundo chamado
extremidade.
SEGMENTO NULO
Um segmento nulo é aquele cuja
extremidade coincide com a origem.
SEGMENTOS OPOSTOS
Se AB é um segmento orientado, o
segmento orientado BA é oposto de AB.
MEDIDA DE UM SEGMENTO
ou coincidentes
Fixada uma unidade de comprimento, cada
segmento orientado pode-se associar um número
real, não negativo, que é a medida do segmento em
relação aquela unidade. A medida do segmento
orientado é o seu comprimento ou seu módulo. O
comprimento do segmento AB é indicado por AB .
Assim, o comprimento do segmento AB
representado na figura abaixo é de 5 unidades de
comprimento:
AB = 5 u.c.
Observações
a. Só se pode comparar os sentidos de dois
segmentos orientados se eles têm mesma
direção.
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b. Dois Segmentos orientados opostos têm Se indicarmos com v este conjunto,
sentidos contrários.
simbolicamente poderemos escrever:
v = {XY/XY ~ AB}
SEGMENTOS EQUIPOLENTES
onde XY é um segmento qualquer do conjunto.
Dois segmentos orientados AB e CD são
equipolentes quando têm a mesma direção, o O vetor determinado por AB é indicado
mesmo sentido e o mesmo comprimento.
Se os segmentos orientados AB e CD não por AB ou B - A ou v .
pertencem à mesma reta. Na segunda figura abaixo, Um mesmo vetor AB é determinado por
para que AB seja equipolente a CD é necessário uma infinidade de segmentos orientados, chamados
que AB//CD e AC/BD, isto é, ABCD deve ser um representantes desse vetor, e todos equipolentes
paralelogramo. entre si. Assim, um segmento determina um
conjunto que é o vetor, e qualquer um destes
representantes determina o mesmo vetor. Usando
um pouco mais nossa capacidade de abstração, se
considerarmos todos os infinitos segmentos
orientados de origem comum, estaremos
caracterizando, através de representantes, a
totalidade dos vetores do espaço. Ora, cada um
destes segmentos é um representante de um só
vetor. Conseqüentemente, todos os vetores se
acham representados naquele conjunto que
imaginamos.
As características de um vetor v são as
mesmas de qualquer um de seus representantes, isto
é: o módulo, a direção e o sentido do vetor são o
Observações módulo, direção e o sentido de qualquer um de seus
a. Dois segmentos nulos são sempre equipolentes. representantes.
b. A equipolência dos segmentos AB e CD é
representada por AB ~ CD. O módulo de v se indica por | v |.
VETORES IGUAIS
PROPRIEDADES DA EQUIPOLÊNCIA
Dois vetores AB e CD são iguais se, e somente se,
I. AB ~ AB (reflexiva). AB ~ CD.
II. Se AB ~ CD, CD ~ AB (simétrica).
III. Se AB ~ CD e CD ~ EF, AB ~ EF
(transitiva). VETOR NULO
IV. Dado o segmento orientado AB e um
ponto C, existe um único ponto D tal que Os segmentos nulos, por serem
AB ~ CD. equipolentes entre si, determinam um único vetor,
chamado vetor nulo ou vetor zero, e que é indicado
VETOR por 0 .
VETOR UNITÁRIO
Um vetor é unitário se | | = 1.
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VERSOR
SOMA DE VETORES
Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a soma de v e w,
por:
v + w = (a+c,b+d)
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III) Elemento neutro: Existe um vetor O=(0,0) Existem dois vetores unitários que formam
em R2 tal que para todo vetor u de R2, se a base canônica para o espaço R2, que são dados
tem: por:
IV) Elemento oposto: Para cada vetor v de R2, Para construir um vetor unitário u que
existe um vetor -v em R2 tal que: tenha a mesma direção e sentido que um outro vetor
v, basta dividir o vetor v pelo seu módulo, isto é:
v + (-v) = O
DIFERENÇA DE VETORES
Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a Observação:
diferença entre v e w, por:
Para construir um vetor u paralelo a um vetor v,
v - w = (a-c,b-d) basta tomar u=cv onde c é um escalar não nulo.
Nesse caso, u e v serão paralelos.
v.w = w.v
v.v = |v| |v| = |v|2
VETOR UNITÁRIO u.(v+w) = u.v + u.w
(kv).w = v.(kw) = k(v.w)
Vetor unitário é o que tem o módulo igual |kv| = |k| |v|
a 1. |u.v| |u| |v| (desigualdade de Schwarz)
|u+v| |u| + |v| (desigualdade triangular)
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VETORES ORTOGONAIS
Dois vetores u e v são ortogonais se:
u.v = 0
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