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roblemas da Integracao Juridica na Cotmunidadel..) 210 3A definigao da integragao juridica ; ito, entende-se por «integragdo», «a constituent process through an international and/or municipal order based on coming toge. yee or more states and their subjects in an associative arrange. mu defined in accordance to the form and state of union achieved or a ined to be achieved on long time basis»*. Por outras palavras, entende- a esta palavra 0 «... process by which two or more states may come together ina union of constituent nature establishing thereof a supra national state or authority»” ou o «Transfert de compétenc étatiques dun Etat vers une organisation international dotée de pouvoirs de déci- sion et de compétences supranationales»'’. Definido nestes termos, 0 conceito de integragio articula-se em torno daideia de supranacionalidade que o distingue claramente do processo de cooperacio no qual os Estados mantém a sua individualidade e procura apenas a sua valorizagao através de relagdes com outros Estados”. Asupranacionalidade é, por conseguinte, o coroldrio da integragio”?; como ensinam alguns autores: «Les fonctions d’intégration présupposent quune entité non étatique assure concurremment ou parallélement aux Etats membres des activités dont ces derniers ont traditionnellement le monopole (fonctions quasi-législatives, exécutives et juridictionnelles)»”. Studies, November 2008, pp. 113-150; CISTAC G., «Como fazer da SADC uma organiza- cio regional verdadeiramente integrada?», em, http://www.fd.ul_pt/LinkClick.aspx?fil tticket=LZo%2fzAQLT 4s%3d&tabid=339 |“ MVUNGIS.E.A., op. cit., p. 22. |" Id, Ibid, * Vocabulaire juridique (Association Henri Capitant - publicado sob a direcgio de GERARD CORNU), op. cit., vide, Intégration. GONCALVES PEREIRA A. ¢ QUADROS (DE) F, Manual de Direito Internacional Piblico, Livraria Almedina, 3.4 Ed., 1995, p. 421 e seguintes; MVUNGI S.E.A., op. cit, P23, * MVUNGIS.B.A., Ibidem © NGUYEN QUOC D., DAILLER P. e PELLET A., Droit international publi, Pais, LGDJ, 3*ed., 1987, n.° 398; BROWNLIE L., Principles of Public International Law, Claren- ial 220 Ag ~~ —SPeetos Juridicos da Inte, a integracio Regional S Pod S| , eres Supranacionais Si ‘40 poderes atribuidos 4 organ; ; Aniz; tuto que conferem 08 6r; ~ x » Ite B08 com, Me MPete ° : €mbrog da interno, directamente, org a Sem 0 Consens: mbros. E isto que confere, verdadeip Nt} nternacionais, um caracter “supranae ‘agao aos Estados-Membros”, ona cabadas, «o regionalismo de integracéig ae QUE CARREAU e PATRICK JUILLARD» u Soberania dos Estados membros, instituind 7 SO€ss mittuas auténticos elementos de federalismo econéi destes mesm ‘Os Estados m este tipo de ‘ Organizacbes j uma certa Primazia em rel. Nestas formas mais a © chamaram DOMINIQ by © NAS suas 1 que de Vintégration 6 i man e Uintégration €conomique» prosseguem estes autores, «cose le fédéralisme économique, dans | 1 lequel la création d’un Marché unj entre Etats membres exige une vél ritable harmonisation de Vensemble conditions de production et de circulation des personnes, des biens of services», don Press ~ Oxford, Fourth » 1990, p. 692; AQUINO LATERZA E.V., «Integi regional: um desafio juridico», em, http://www.uca.edu.py/revista_juridica/arti php?id=413, p. 1 * DREYFUS S., Droit des relations internationales, Paris, Ed. Cujas, 4*. ed., 1992, p- * CARREAU D, e JUILLARD P., Droit international économique, Paris, Ed. Dalloz, CARREAU D, e JUILLARD P., op. cit., n. ° 74. Vide igualmente, a experiéncia do COSUL, SCAGLIONE 1., L'intégration régionale comme stratégie du développél en Amérique du Sud: l'expérience du Mercosur, op. cit., 26. Il Porque é que esta dimensio da integracao © necessaria? ; so juri- alia a situagio do » Malawi, Nam\bia, realizada, em 1999, pelo Conselho Consultivo para a Promogéo da Pequena empresa (SEPAC) concluiu que : «The creation of a more unified regulatory environment is also an essential precursor to regional economic integration»*s, Contudo estes fundamentos séo apenas exemplos que sustentam a necessidade da dimensiio Juridica da integragdo, outros podem ser avan- gados, como 0 estabelecimento de ‘um espaco seguro juridicamente e judi- cialmente (A), a luta contra a heterogeneidade dos sistemas juridicos que favorecem a criag&o de obstaculos nao tariffrios (B) que é, em si, uma fonte de perturbaciio das escolhas econdmicas que fundamentam 0 ciclo do inves- timento (C), e a prevenc&o do «dumping social» ou «ecoldgico» (D). A. Oestabelecimento da seguranca juridica e judicial i i nao somente estra- Aintegracao implica uma abordagem global que incl ne saat ati nte, tégias economicas e politicas, e regras de ética (nomeadamer * SEPAC e BI ic a. OB A., Review of business laws in Southern Africa, Gaborone 1999, e ts 1a/00619toc. Bonn: FES Library, 2000, em, http: //library.fes.de fulltext /bueros/botswana/ | htm, p.1 — EGRACAO JURIDICA CEO PAPEL DOS PARLAMENTOS Texto da c¢ . xto da comunicagio apresentada no Workshop sobre A Lideran op sobre A Lideran ca para Funciondrios (CLP) do Forum Par- Parlamentares org organizado pelo Centro de Lideranga Parlamentar 2-4 de Julho de jar da SADC, Maputo ~ Ce puto ~ Centro de Conferéncia Joaquim Chissano, 2008 i> Introdugado deint egracao écomplexo e integra varias dimensées (politica, esso de ‘al, cultural e juridica). A complexidade deste processo econ mica ge” facto de que, esse deve ser conduzido envolvendo, ao conjunto dessas componentes sob pena de correr 0 risco jjibrar a sua realizagao e implementagao e, no fim, tornar 0 pro- vaso inficiente € inconsistente até provocar efeitos negativos. ct o dieito tern Um papel substancial no processo de integracao porque, 4 o seu estatuto e definiré, entre outros, os seus intrumen- éele que regula . desses intrumentos, os parlamentos deve- tos, Na identificagao € criagao riam ter um papel substancial. Todavia, até hoje, esta vocagao nao foi concretizada. Os parlamentos da SADC nao foram ainda capazes de atender aos anseios de mais democracia ede mais unio dos que sustentam um claro projecto politico para a SADC. q Nao é culpa dos parlamentos da SADC. Apesar de terem reinvindicado a«criagéo de um Parlamento regional», este processo ainda nao foi con- cretizado. Ee ai Be tet at Paes ate relagio «Integracao juridica na SADC e parlamentos nacionais» que sera objecto de uma anilise criti icacao. Sem t - tensio de esgota e critica nesta comunicagao. Sem ter a pre sentads. Em py esta tematica, trés aspectos essenciais desta serao apre- ° imei 4 2 7 . x eito lugar, é preciso partir de uma simples constatacao: * FORUM PARLAy HENTAR da SADC, Plano Estratégico 2006-2010, p. 7: Os part, da SADC © Tratado is esquecidas no S Sao figuras es amentos siio ap: I ° integracgig mM como motoré sso de integrag j rocess arios do p “eons tores necessarios eee c notores : ‘arecerem como aus ligGes, se problema da es' Bla €ssas condic6: b) strat (ID. Nessa: d Desay le NU idieg ‘omo. fazer og rativo n el constru m pap yam w DC desenvolv a SADC amentos da 5 parlamer que os p ao da § DC (mn) Jo da SADC ( e integra¢ do processo de idagado i e consolid. lecimento e 0 forty, «Os parlamentos» figuras esquecidas no Tratado da SADC Afigura do «Parlamento» nao consta do leque de instituigoes consagradas no Tratado da SADC (A). Todavia, a experiéncia internacional em matéria de integracao regional demonstra que algumas organizagées integraram esta instituic&o como componente plena do seu sistema orgainico-institu- cional (B). ‘A.0 «Parlamento» nao consta das figuras das instituigdes da SADC 0 Tratado da SADC n‘io tomou em conta, formalmente, 0 fendmeno par- lamentar (a) e nem se preocupou em elevar os parlamentos ao estatuto de «principais partes interessadas» (b). a) O mutismo do Tratado da SADC As palavras «Parlamento» ou «parlamentos» nao constam do texto do Tratado da SADC, pois, isto significa que, nao ha uma representacao das nacdes dos Estados da SADC no sistema orgdnico-institucional estabele- cido pelo Tratado da SADC mas, apenas, uma representacao dos Estados 264 _Aspectos Juridi 08 da Integracio Reg através do seu Poder Executivo’. & o que “INSTITUIQOES» que consta do 7 © sistema institucional, defic V com epigrafe Significa que algumas Pode ¢, hoje em dia enclas em t duentemente, de legitimidade democratica / Este estado de facto cria, pelo me informatiy: ‘ermos de Instituigdes den; ROS, UMA situaciio de 4 ‘a dos parlamentos em relagio ber 808 governos, ( Om ef ue os parlamentos sao «ausentes», tod: laa informag, - que os parlamentos nacionais solicitam Sobre a SADC ¢ que os governos querem lhe transmitir e comunicar, o que signif a 5 nerrintn. £2 Aue overnos tém um importante poder discricionario na Selec’ 4 Weg 5 5 esta infon, macao o que pode, em alguns casos, falsear o Ponto de vista dos Patlany tares sobre uma determinada questo. Te Além disso, a participacio dos parlamentares em a acordos ou relagdes com outros Estados é Tara, uma externa é, ademais uma atribuicao, considerada uma ; nen i . s que oS Presidente da Republica, que deve ser realizada Por meio do Tministérg ag seh | competente. Assim, as decisdes tomadas na SADC, Sempre contaram coq gg yas? 00 PH um baixo grau de interferéncia dos parlamentares nacionais, Isto implica, também, que os parlamentos estio numa posigio des: favoravel para promover uma organizagao, de que eles proprios ignoram o funcionamento concreto, as decisdes e as politicas. A dependéncia en relagao aos governos joga contra a propria consolidacio e fortalecimenty i 0 estudo «popular» da SADC. pain : a E esta situagao de falta de participagao objectiva e real de pat ane id iniciaticas de integragio WH garam ¢ tares e de parlamentos na Regiao da SADC, nas iniciaticas de integraci 0 de cari limitida \ a cip' Questies Telativay gn ver 400 © Ue, @ policy am wl t tarefa exclusiva dy de regional que provocou, de alguma forma, a criacdo, em 1997, do Forum Wi um siste Orga nas Aresdt OE MM reional » A maior parte das instituigdes da SADC (Cimeira, Orgio de Cooperagiona Dg ; omité Integrado de Ministros, Comte We tica, Defesa e Seguranca, Conselho de Ministros, Comité Integrado de s naan TE SPOR) a i sentantes naci Permanente de Altos Funcionarios) so constituidas por repre Poder Executivo. (s Desafios da Integragaio Juridica na SADC e o Papel 265 er da SADC', cujo principal objectivo foi o de melhorar os ; 0 regional através do envolvimento dos parlamentos ws de integraca pcos: 5) 0s parlamentos ndo sao «principais partes interessadas» mentar é 0 que resulta do afastamento dos parlamentos nacionais como «principais partes interessadas». Com efeito, nas dispo- sigges que dizem respeito 4s Comissoes Nacionais da SADC esta prevista b-comissdes e comités técnicos que terio por objectivo: a criagao de sul volver as principais partes interessadas nas suas operagdes»®. Curio- samente, 0 n.° 13 do Artigo 164. do Tratado da SADC, que define 0 conceito de «principais partes interessadas», se integra 0 Governo, o Sector Pri- vado, a Sociedade civil, as organizagdes nao governamentais e as organi- zagoes de trabalhadores e empregadores, nao menciona os parlamentos. Sera que os parlamentos nacionais nao sao «principais partes interessa- das» no processo de integragao regional? facto para CO} cent B. As experiéncias das outras organizacoes de integragao regional O estudo da experiéncia international demonstra que varios tratados constitutivos de organizagées regionais com finalidade integrativa consa- graram como instituigéo plena um «parlamento» na sua organizagéo ou um sistema de representacdo parlamentar com estruturagdes, mais ou menos, consistentes e com atribuigdes, também, mais ou menos, consis- tentes. Tudo isso, para dizer que, imaginar uma organizagao de integragao regional, como a SADC, com uma instituigao representantiva dos parla- —. : Le PARLAMENTAR da SADC, Plano Estratégico 2006-2010, P- 13- 8 do Artigo 16 A do Tratado da SADC. — -/ mentos nacionais ou constituindo um parlamento es; ? eSpecificn oni 266 _Aspectos Juridicos da Integragio Regional um impedimento légico-racional. 0 cons tity 7 Para tomar alguns exemplos seleccionados em y S ivios ¢ S Continen Ja & conhecido 0 caso europeu com a figura de «Parlame eg nto Bury langando-se um oi, olh com atribuigdes bastante desenvolvidas® mas os outros continentes, pode-se encontrar exemplos claros dg dos povos dos Estados mem de uma estrutura de representa continente sul-americano, 0 Parlamento do Mercosul, por exem oficialmente instaurado no dia 14 de Dezembro de 20067. No Comin.” africano, 0 Tratado da Comunidade Econémica dos Estados da Aiea da, Oeste (CEDEAO), estabelece 0 «Parlamento da Comunidade»*. Do mes, modo, 0 Tratado da Unido Econémica e Monetaria da Africa do est, (UEMOA), establece um «Parlamento»? a quem cabe, nomeadamente, controlo democratico dos érgaos da Unido". a Comissiio das Comunidades Europeias, tario de © 0 Parlamento Europeu controla politicamente exerce competéncia consultiva, participa por diversas formas no process comul decisio, fiscaliza por sua iniciativa ou mediante participacio dos interessados, a forma porque o dieito comunitirio 6 aplicado e intervém, de forma limitada mas determinant no stabelecimento do orgamento comunitério, Cf. Sobre todos esses aspectos, MOTA DE CAMPOS J. e MOTA DE CAMPOS J.L., Manual de Direito Comunitério, Coimbra Ea tora, 5%, ed. 2007, n.” 198 e seguinte ” DRIFRANZOIC,, «Integrago econémica ou ideolégica? O papel do Parlamento do Mer- cosul nos rumos do bloco», Junho de 2007, PONTES, p. 23- linea c) do n.° 1 do Artigo 6 e Artigo 13 do Tratado da CEDEAO. Artigo 16 do Tratado da UEMOA. " Artigo 35 do Tratado da UEMOA. II 0 papel necessario dos parlamentos no processo de integracio Osparlamentos podem jogar um papel fundamental no fortalecimento do proceso de integragao regional, nomeadamente, como garante da visao politica democratica do processo de integracao regional (A) e como pro- dutores de instrumentos normativos legislativos fontes da materializagaio doprocesso de integracao ao nivel nacional (B). A. Os Parlamentos como garante da visio politica edemocratica do processo de integracao regional Ademocracia é sempre presente no Tratado da SADC, os parlamentos como promotores natos desta podem contribuir para a materializacao dos objectivos, directamente, relacionados com esta (a). Além disso, 6 a aber- tura do debate a todas as dimensdes do processo de integracio regional que faz com que os parlamentos sejam potencialmente capazes de «politi- Zar 0 debate sobre a integracao regional (b). VA visdo democratica: a contribuigdo dos Parlamentos para “materializagdo de alguns objectivos do Tratado da SADC OTrata + ra 4 ° Tratado da SADC estabelece varios objectivos ou principios que tém uma “bacao directa com a representacdo popular. Por exemplo, o Preambulo do ea c) do Arti akelece, também, como principio qe 1 SADC € 08 sev ~~ “dade como os seguintes princip bros actuam em conform dad r ea Estado de Direito»; a alinea b) do mocracia ¢ gualmente, que oS iticos comuns € outros valores compart humanos, de trated isa, i objectivos da SADC sao ratado precis mas po dos atrave on ; so) € a alinea c) do mesmo artigo eer” e eficazes» (0 sublinhado € noss 7 rie ATtiBO estabe , vctivo «consolidar, defender e manter a de Jece como outro objectivo «conse democraag a estabilidade>" (0 sublinhado ¢ nosso) ver valores, siste ; nia és de instituicdes democraticas, | que sejam transmitic is de craticas, legit do é a paz, a seguranca akin disso, com vista a aleancar os objectivos definidos no ng, Artigo 5° do Tratado, o n.° 2 do mesmo estabelece que a SADC deve, a institucdes a tomarem iniciativas ‘*. Bp. Alideran¢ca do processo de integragao Hoje, pode-se verifiear que existe unt auséncia total de lideranga processo de integragao da SADC. Por outras palavras, quem é 0 Chefe Estado ou de Governo oriundo de um Estado membro da SADC que lider este proceso? Tem-se algumas dificuldades a identificar um nome. ASADC 6é percebida, como realcou © Professor Chichava*’, como ut «tarefa». Isto 6, quando os dirigentes politicos, depois de terem debatid em Gaborone, de um assunto numa cimeria ou numa T i voltando para 0 seu pais de origem, passam @ fazer uma outra coisa; pa sam a realizar uma outra «tarefa», esquecendo os objectivos & finalidad da SADC. a «tarefa». A SADC faz parte Nao, a SADC nao é ums Que os Estados membros da SADC quer ou nao querem, do nosso futuro. , serao obrigados % SADC Barometer, op. cit», P- 14+ 2 em PARLAMENTAR da SADG, Plano Estratégico 2006-2010; P. 6 HAVA.J.A., «The State of regional integration in Africa ‘and the SADC experience” SADC Law, em, Fi ‘onal Ce irst International Conference on Regional Integration issues and ‘Maputo, 23 ~ 25 April 2008 (np). afios da Integragao Juridica na SADC e o Papel [...] ue as forgas periféricas sio muito mais poderosas do / pinto rg reuidos- Assim, porque nao se integrar em boas condicées dose eles almente este Processo falando de uma sé voz, quando se an oe nas negociagoes comerciais internacionais? Qual é a ima ft os Estados membros da SADC, no seu conjunto, dio desta oie ons jo de integragao regional (xenofobia, disrespeito dos direitos oi eleigdes fraudulentas)? 08 © embros da SADC devem tomar o habito de inscrever na rT an tados ™ ala ae nacional, a dimensao da SADC. Em qualquer acgao nacio! reciso tomar em conta os objectivos, as finalidades e os con- vai a Bie estabelecidos nos 6rgaos da SADC. esos a s condigdes, Se 0S governos dos Estados membros tém alguns — a liderar este processo, porque os parlamentos dos Estados Feit 0s nao poderiam lidera-lo? Cabe aos parlamentos da SADC uma io incisiva que demonstre consciéncia de sua responsabilidade his- wt neste processo de integracdo regional. Nesta perspectiva, poderiam a seem depositorios das expectativas, quanto 4 democratizagao e ao profundamento da SADC. Mg, (Uma participacao activa na producao normativa fuiste duas maneiras, do ponto de vista normativo, de os parlamentos serem envolvidos no processo normativo de integragao: ou ratificar proto- colos aprovados pela Cimeira dos chefes de Estado, ou aprovar leis, imple- nentando os protocolos ou objectivos da SADC. No primeiro caso, se um novo protocolo foi aprovado a nivel da SADC, ‘sparlamentos nacionais devem estar atentos para proceder 4 uma ratifi- cacao célere e se 0 Governo demora para comunicar o texto do protocolo ‘0Parlamento para ratificagao, 0 parlamento deve dirigir a sua preocu- Rado a0 Governo para questionar esta demora. No segundo caso, o Par- lamento deve analisar com pormenor o contetido dos protocolos e ver em 6 Aspecte que medida ele poderia jogar um papel iitil na implement colos, aprovando leis de execugao desses protocolos: a final . nao tém iniciativa de lei?! A Assim, os parlamentos e os deputados tém toda a capacig influenciar as politicas regionais através do processo de prody, 0 no, m tiva ao mais alto nivel” jo se pode desprezar a iniciativa de lei dos parlamentare a neste processo. Como? D mentares devem ser parte activ Foi abung és ril de ¢ Was dante mente comentado, no més de Abril de 2008, na Conferéncia de Mapu, Sic J, . uto, debilidade do processo de integraco juridica*. No caso em que ‘ S: Os aria 0s g x Bover ses membros nao demonstrarem uma grande atengjg sok “ ODre talvez os parlamentos devessem procurar parceriag co ; E aS com leriam ajuda-los neste processo, nomeadamente, p, , Nas nos dos pai este proceso, institui¢des que pod perspectivas de harmonizagao e uniformizacao do direito dos Estados membros. Por exemplo, um projecto de criagao de um Centro Regional de Esty. dos sobre a Integracao e o Direito da SADC ser apresentado ao Conselho Universitario da Universidade Eduardo Mondlane em Novembro préximo, Este Centro trabalharé com uma rede de faculdades de direito sediadas nos Estados membros da SADC. Um dos objectivos deste Centro seré de Modelo» sobre a harmonizaco de trabalhar sobre a elaboracao de «Leis varios ramos ou sub-ramos do direito, principalmente, do direito econé- mico (direito dos transportes, direito do investimento, etc.) e do direito comercial (direito das sociedades comerciais, direito dos contratos, etc.). Eclaro que este Centro procurara trabalhar com os parlamentos da SADC para estabelecer parcerias e estudar estratégias para conseguir implemen- tar e consolidar um processo duradouro de harmonizagao e uniformizagao do direito dos paises membros da SADC. O problema foi claramente iden- tificado pelo Forum Parlamentar quando no seu Plano Estratégico 2006- FORUM PARLAN ; -AMENTAR da SADC, Plano Estratégico 2006-2 Vide, CISTACG., «Com, ano Estratégico 2006-2010, p. 6. grada?», op. cit ° fazer da SADC uma organizacao regional verdadeiramente inte os Desafios da Integragio Juridica na SADC ride Plan astabelece que «Parte do problema resid ; ema reside no lento — ual se esté a harmonizar e alinhar as leis i re leis nacionai 10 €9 . se jmplementarem os Protocolos da SADC» Na buse ; . a busca de parce os parlamentos, em gerais, eo Férum Parlamentar, em ar, tem todo interesse em desenvolver relagGes estruturadi : = : ‘ ‘adas com 0 centro Regional de Estudos sobre a integragao e o Direito da SADC pal de Bst » da Sd ir objectivos de comum interesse para a consolidagio n 5 Cc, nomeadamente, a sua construgio normativa D. ‘Apressa0 sobre 0s governos dos Estados membros ym dos papéis tradicionais reconhecidos aos parlamentos é 0 de exercer wm controlo sobre as actividades dos governo: Neste caso, porque nao jnaginar que os parlamentos controlam o grau de implementagao gover- ramental das decisdes aprovadas & nivel da SADC, por um lado, e ve cam s@ 0S governos tomaram suficientemente jniciativas para promover aintegragao regional, por outro lado. Essas tarefas esto de uma extrema importancia, visto que 0 Forum Parlamentar reconheceu formalmente ‘ie Cetowie f *”. sas perspectiva, 0 «Parlamento da SADC» poderia actuar como les izador da participagao cidada no cenario regional. Por outras pala- i. ta-se, portanto, de fomentar uma assembleia enquanto espago a promocio democratica substancial, ancorada em pressupostos formalism juridico e capaz de servir de caixa de ressonancia para ; ais e preocupagoes da sociedade civil, verdadeiro canal de comu- ‘o entre as populagoes e as instancias negociadoras da integracao. principio ricaga —— 2| do Parlamento do DRI FRANZOI C., «Integragdo econémica ou ideolégica? O papel do Parla Mercosul nos rumos do bloco», op. cit., P- 24: MI PRANZOI C.,, op. cit., p. 25

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