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Lido com as mães diariamente, seja na família, na vizinhança, nas salas de aula, por onde

me formei ou nos espaços terapêuticos.

E tenho a sensibilidade de perceber a carga emocional e mental que é o dia a dia destas
mulheres e famílias. Não podemos deixar de registrar que percebemos que elas não
medem esforços para colaborarem para o desenvolvimento de seus filhos e que estão
sempre buscando fazer e realizar. Mesmo tendo que lidar com as questões financeiras e de
logística e tempo.

Do que estas mulheres precisam se for pensar direitinho elas precisam de rede de apoio, de
acolhimento, de escuta. Elas estão incansavelmente buscando por dignidade e qualidade
de vida.

Eu percebo muitas indagações e inquietações acerca do que seria melhor desde a


medicação às terapias e na alimentação.

Certa vez uma colega de turma da neurociência me mandou uma live e áudios que
mostrava que ela descobriu que não era só de terapia que a menina dela precisava, mas
também de suplementação ela é enfermeira e eu percebi uma mãe frustrada por um lado
pois não era só de terapia e medicamentos que sua filha precisaria, mas acabara de
descobrir que precisava de suplementação para até aprender o que precisa aprender na
escola.

Outras inquietações é com a festa de aniversário e qual será o tema já que ele não
demonstra um gosto específico, por suas barreiras, mas gosta muito de bolo e investe em
fazer do dia o melhor possível é muito lindo ver depois os temas o sabor dos bolos.

Elas também apresentam grande inquietação e preocupação mesmo como será quando
elas não estiverem aqui.. e investem em autonomia e cobram isso das terapeutas e
educadoras ele já sabe fazer isso e isso sozinho e precisa fazer isso vamos estimular.

É frustrante demais para elas avançar e regredir em algumas áreas e aspectos da vida
deles e pensam: será que tudo que fiz foi errado? Será que o caminho que decidi, por ir
não estava de tudo certo e mais adequado para o meu filho(a).

Fora as brigas com as escolas sobre adaptação sobre a inclusão que deve ser vivida e
muitas delas não conseguem ter este direito adquirido de fato e de verdade.

Elas precisam de ser cuidadas emocionalmente e de serem acolhidas. Muitas delas


encontram este espaço em grupos de atividade física, grupos de whatsapp, a igreja, a
família e os seus amigos como maior porto seguro.

Eu sou esposa de um adulto que descobriu ser autista, nível 1 de suporte e hoje entendo o
que vinha lutando para entender o porquê de tamanho desgaste e sobrecarga. Depois do
diagnóstico tudo passou a fazer mais sentido e a cobrança diminuiu um pouco. Estar com
estas mulheres me fortalece e me sensibilizo por estas causas. E estou me envolvendo
cada vez mais com grupos de trabalho voluntário e procurando mais e mais conhecimento e
palestras com médicos geneticista, neuropediatra. Buscando alinhar a alimentação e o
autocuidado e autoconhecimento.
As famílias precisam de atendimento psicológico e de psicoeducação.

Outra coisa é a busca por segurança, por um mínimo de ver uma sociedade que seja mais
humana e que entenda a luta delas. Elas vivem com todo o ônus e bônus da vida de mãe
atípica todos os dias elas tem algo a relatar..mas elas se calam.. e precisam de apoio de
colo de pulsão de vida para seguir e continuar. Por isso da afirmação que uma mãe atípica
vive um estresse como de um soldado que foi para guerra. Mas é isso mesmo.

Motivação
Amor
Esperança
Saude
Atitude
Tolerância
Igualdade
Permissão
Integridade
Coragem
Afeto
Singularidade

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