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Jesus no Getsêmane

“Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha
vontade, mas a tua”.

Lucas 22:42

RESUMO: Este material tem a objetivo apresentar aos voluntários uma forma, entre várias,
de demonstrar às crianças uma temática semestral de aprendizado, divididos em 13 títulos.
Nisso, a temática geral é “Meu jardim secreto” e tem como versículo base Isaías 58:11. Além
disso, desse tema remete-se à continuação dos ensinamentos iniciados no acampamento
infantil El Betel 2023, onde foi visado a necessidade das crianças em saber manusear a bíblia
durante o aprendizado. Por fim, cabe salientar-se que nenhum material didático tem a função
de manipular o seu usuário a métodos específicos, mas sim guiá-lo a planejar aulas com suas
próprias didáticas criativas e individuais.

Palavras chaves: Confiança; Fé; Oração;

INTRODUÇÃO:

Jesus, filho de Deus e também filho de José e Maria aqui na terra, é Deus Filho e é um
Profeta. Ao longo de sua trajetória com a humanidade trouxe uma mensagem de libertação a
Israel, trazendo a verdade que é viva até hoje, que Ele é o filho de Deus, por meio dEle
nossos pecados foram perdoados e por meio dEle somos salvos.
Essa mensagem o levou a ser crucificado pelos romanos, os dominadores da Palestina
na época. Mas, ressuscitou no terceiro dia e está vivo até hoje, onde se está ao lado do Deus
Pai esperando buscar a sua igreja.
Contudo, antes de toda essa linda vitória, houve medo, tristeza e dor para com a vida
de Jesus e nesta aula abordaremos sobre estes três assuntos.

OBJETIVO:
Apresentar às crianças que Jesus sabe o que é sentir cada sentimento que sentimos,
que chorar não é sinônimo de fraqueza, que chorar não é só pra quem já perdeu e que o medo
não é sinônimo de covardia. Pois, Deus Filho já sentiu isso tudo e mais outros sentimentos,
nem por isso deixou de ser menos Deus.

METODOLOGIA:

As crianças devem ser recepcionadas às 18:40, para terem os nomes anotados no


caderno, de acordo com a ordem numérica, e em seguida ser entregue o crachá com o número
ao responsável com o adesivo colocado na criança. Após isso a criança deve ser guiada até às
demais para iniciar o louvor. Nesse segundo momento os voluntários devem se dirigir às
crianças e adorarem junto com elas. Após o término do louvor, dirija as crianças até a sala e
inicie a aula, mas antes pergunte se alguém quer tomar água e/ou ir ao banheiro. A lição pode
ser levada em slides ou transcrita na lousa, ambos os meios de metodologia da aula devem ser
organizados antes do louvor inicial. Na iniciação da aula, aborde o momento compartilhar,
relembrando o que foi abordado na aula passada. Por fim, peça para alguma criança orar
antes de começar a aula e finalize da mesma forma.

ORIENTAÇÃO PARA A APRESENTAÇÃO DA AULA:

1. O Getsêmani, lugar de agonia e medo


A palavra getsêmani significa “prensa de azeite”, ou seja, local de esmagamento para
conseguir o suco da fruta. Era um jardim situado no monte das Oliveiras em Jerusalém hoje
conhecida como Israel.
Os discípulos preparam a Páscoa, festejam e saíram para o Monte das Oliveiras, a
convite de Jesus e o mesmo pede que eles fiquem sentados enquanto ele iria orar. Neste
tempo é visto a primeira oração de Jesus: “Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo,
não seja feita a minha vontade, mas a tua”. Deus Filho demonstra estar com medo e aflito
com a situação, Ele não sabia o que era sentir o pecado e mesmo confiando em Deus, sentiu
medo da situação.
Concluindo a primeira coisa, que Jesus demonstra que mesmo confiando em Deus,
podemos sentir medo, não diminui ou altera a nossa fé, pelo contrário, demonstra que somos
humanos mesmo e que tudo acontece debaixo da vontade de Deus. Mesmo sabendo que ela é
perfeita e agradável, não saber o que nos espera pode causar uma leve ansiedade.
2. Jesus orou em meio às circunstâncias
Jesus com seus olhos espirituais abertos pôde contemplar tudo que iria acontecer. A
rede maligna contra sua vida estava armada. Conhecia o coração dos discípulos e sabia que
seria abandonado por eles. Mesmo jurando ficar com Ele até a morte. O coração de Judas foi
tomado pelo demônio, indo até Caifás entregá-lo sem nenhum pudor. O inferno se prepara
para receber a divina luz, como se pudesse a suportar. Pobre demônio, imaginando ter a sua
vitória matando Jesus, não sabendo ele o que estava por vir na sua vida.
Jesus contemplando tudo orou. Orou pela humanidade, por você, por todos os
pecadores que nem pensavam no que é a morte. “E rogo não somente por estes, mas também
por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; para que todos sejam um; assim como
tu, ó Pai és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia
que tu me enviaste.”(João 17:20-21).
O inferno começa sua festa. Mataremos o Salvador, onde está o filho de Deus? Será
entregue em minhas mãos imagina satanás e já comemora. Ao orar Jesus orou pelos pecados
da humanidade. Ensinando que mesmo sem entender do futuro, sem saber o que lhe
aguardava, Ele sabia que tudo acontece com o querer de Seu Pai, que todas as coisas estavam
sobre Suas Mãos e que Ele sairia vitorioso da situação, pois, seu Pai estava com Ele. Então,
orou, procurou a Deus, pois era o ÚNICO que poderia lhe ajudar e ensinou que em toda
situação, seja ela boa ou ruim, deve-se orar a Deus.
3. Era preciso cumprir o que estava escrito

Ele levou consigo os discípulos (amigos) mais chegados, era a hora em que sabia do
acontecimento a seguir. Precisava de alguém com Ele. Era o homem sofrendo a dor da sua
morte. Mas era preciso cumprir o que estava escrito “Mas ele foi ferido por causa das nossas
transgressões, e esmagado por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz
estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”(Isaías 53:5). Morte que traria a vida
e vida sem o véu. O véu que expunha nossa derrota no Éden, véu que nos separava da
perfeição e comunhão divina. Ao orar disse: “Pai, se queres, afasta de mim este cálice;
contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua”. Mas a agonia era sua, teria que passar
sozinho, sem discípulos, amigos, seguidores e sem o pai. Como homem ele recuava diante da
cruz, da morte. Aquela morte era para homem sem nenhum caráter, somente pessoas que não
tinham valor morriam daquela forma. Era vergonhosa aquela situação. Jesus lutou com a
agonia e a morte. Nem mesmo a sua divindade o protegeria dessa situação. Ao vir como
homem abriu mão de não ter tais sofrimentos. Enfrentou como homem e assumiu nossos
sofrimentos como Dele.

Jesus levou toda dor e sofrimento na cruz, com o seu sangue nos lavou e através dEle,
pessoas podem ser salvos e viver eternamente com o Pai nos céus. Contudo, com os
sofrimentos do mundo e as dores, muitos se prendem com as situações daqui e esquecem que
todo sofrimento foi pago com o sangue na cruz. Não estamos sozinhos, Ele já levou nossas
dores e sofrimentos, então, que venhamos entender que somos dEle e nEle somos salvos.

APOIO PEDAGÓGICO:

4 e 7 anos: Com visuais, de preferência grandes, ilustre quem seria Jesus. Em seguida, conte
a história de Jesus enfatizando o seu longo tempo até viver a promessa, como foi este
momento para ele. Também de sua fé e sua confiança em Deus, ensinando-os a importância
de haver um relacionamento com Deus. Por fim, apague as luzes e ore com as crianças.

8 a 11 anos: Pergunte às crianças se elas se sentem sozinhas, se há algum sentimento que as


incomoda e que as fazem se sentir sem ninguém ao seu lado. Apague as luzes e ore pelas
crianças que se sentem assim, também ore para aquelas que não se sentem assim, que Deus
continue a protegendo e que elas continuem buscando a Ele, profetize sobre suas vidas
alegria, paz, amor e principalmente, intimidade com Deus.

CONCLUSÃO:

A Bíblia diz que o próprio Jesus perguntou ao grupo de soldados sobre quem eles
estavam procurando. Os guardas e oficiais responderam-lhe que eles procuravam Jesus de
Nazaré. Então, prontamente Jesus lhes respondeu: “Sou eu”. Quando Jesus se identificou
dessa forma o texto bíblico diz que todos caíram por terra (João 18:6). Sim, Aquele que
pouco antes estava clamando ao Pai com suor e lágrimas, era também o Rei do universo cuja
presença homem algum pode resistir.

A morte de Jesus revela que Ele no Getsêmani estava também cumprindo as


Escrituras. Nada abalaria sua fidelidade à Palavra: o plano de salvação, a fundação do mundo
e as promessas anunciadas desde o princípio não fracassaram. Muito menos Jesus desviar do
caminho da cruz. Jesus, mesmo demonstrando seus sentimentos, tinha uma certeza, que era/é
filho de Deus e Rei do Universo.

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