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OPEN GEOSPATIAL CONSORTIUM (OGC)

O OGC é hoje uma entidade internacional com mais de 350 companhias, agências
governamentais e universidades, que tem o intuito de promover o desenvolvimento de
tecnologias que facilitem a interoperabilidade entre diferentes sistemas que trabalhem com
informação e localização espacial.
Asim, o OGC define especificações, ou padrões (como o WMS, WFS, WCS, etc) aos quais
produtos e serviços precisam se adequar para que a interação entre diversas fontes de dados e
informações espaciais seja facilitada, independente de fatores como a plataforma utilizada. A
partir de agora vamos começar a compreender três das especificações do OGC.

WEB MAP SERVICES (WMS)

O padrão WMS define um serviço para a produção de mapas que serão apenas uma
representação visual dos dados espaciais e não os dados em si. Estas representações serão
geradas no formato de imagem, como JPEG, PNG e GIF ou em formato vetorial, como o Scalable
Vector Graphics (SVG).
Este padrão especifica como o cliente deve requisitar as informações para o servidor e como
este deve responder ao cliente. As operações WMS podem ser realizadas a partir de um
navegador comum que fará a submissão das requisições sob a forma de uma URL.
É importante destacarmos que o conteúdo da URL dependerá da operação solicitada. Em outras
palavras, através da URL, indica-se qual a informação que deve ser exibida (região geográfica e
dado de interesse), bem como o sistema de referência espacial, além das características da
imagem de saída (altura e largura).

WEB FEATURE SERVICE (WFS) E WEB COVERAGE SERVICE (WCS)

A especificação de serviço WFS define um serviço para que clientes possam recuperar feições
especiais em formato GML (você terá mais detalhes sobre GML na segunda parte desta série
sobre o OGC). O WFS pode ser implementado pelo servidor em duas versões:
• Básica – Neste caso, basicamente funções de consulta ficam disponíveis, ou
• Transacional – Implementa o serviço completo, incluindo operações de inserção,
deleção, edição e, claro, consulta à objetos espaciais.
Assim, podemos afirmar que o WFS apresenta maior interatividade que o WMS, pois este
primeiro possibilita não apenas a visualização das feições geográficas, mas também sua
manipulação.
Já o padrão WCS define o acesso aos dados que representam fenômenos com variação contínua
no espaço. Este serviço é especificado para tratamento de dados modelados como geocampos.
BREVES COMPARAÇÕES ENTRE OS PADRÕES WMS, WFS E WCS

Uma diferença marcante entre o WMS e o WCS é que este último retorna ao usuário dados sobre
a semântica original dos fenômenos representados, ao invés de imagens. Em outras palavras, o
WCS fornece os dados disponíveis de imagens, juntamente com detalhes descritivos sobre as
mesmas, como a grade.
Já em uma comparação entre o WFS e o WCS notamos que o primeiro retorna os chamados
geo-objetos, já no caso do WCS retorna geocampos, conforme mencionado anteriormente.
Assim, chegamos à conclusão de que o serviço WCS pode ser utilizada para enquadrar
aplicações do Sensoriamento Remoto (pois em geral o SR está relacionado com geocampos) no
contexto da interoperabilidade.

CONSUMINDO SERVIÇOS OGC EM AMBIENTE SIG

Para este tutorial iremos utilizar o QGIS. Para acessar adicionar qualquer camada OGC os
caminhos são semelhantes como apresentado na Figura 1. Para acessar navegue até
Camada/Adicionar Camada...

Figura 1: Escolhendo o tipo de conexão

Iremos utilizar neste exemplo como adicionar a camada WFS. Acesse o menu
Camada/Adicionar Camada/Adicionar camada WFS. Na janela que se abre vamos criar uma
nova conexão, então clicamos em Novo, como na Figura 2.
Figura 2: Criando uma nova conexão

Ao clicar em novo irá abrir uma nova janela onde você deve informar os detalhes básicos da
conexão (Figura 3), que consistem no Nome (que pode ser qualquer palavra que lembre de qual
serviço se trata) e a URL do WFS.
Como estamos criando uma integração com o geoserviço oferecido pelo Serviço Florestal
Brasileiro (SFB). A URL utilizada neste exemplo é a seguinte:
https://geoserver.car.gov.br/geoserver/wfs. O final do link deve conter a sigla de acordo com o
padrão desejado, em nosso exemplo “wfs”. Após inserir as informações clique em OK.

Figura 3: Inserção de detalhes básicos da conexão


A janela irá fechar permanecendo aberta a janela anterior, onde você deve escolher a conexão
que acabou de criar na lista suspensa e clicar em Conectar uma lista de camadas disponíveis
será carregada, basta clicar sobre as que forem de seu interesse e em seguida clicar em
Adicionar e em Close quando finalizar a escolha Figura 4.

Figura 4: Conexão e escolha de camadas.

O resultado da operação pode ser visualizado no exemplo abaixo onde carregamos na tela os
imóveis do Acre (Figura 5).

Figura 5: Imóveis do Acre.

É importante lembrar que todas estas camadas poderão ser gravadas em seu computador em
formatos vetoriais comuns, como o shapefile e ainda serem utilizadas em processamentos.

Obs: Este tutorial foi adaptado a partir de informações do site https://www.clickgeo.com.br/

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