O rap é uma expressão cultural que mescla ritmo e poesia, refletindo as
realidades sociais, culturais e políticas dos ambientes urbanos. Caracterizado por batidas aceleradas e letras densas, o rap aborda as lutas e experiências dos habitantes dos bairros periféricos, oferecendo uma plataforma para expressão e reflexão. Além da música, o rap engloba formas de dança como o break dance, e seu cenário urbano é frequentemente adornado com grafites, refletindo sua conexão com as comunidades e espaços urbanos, sendo assim um dos elementos da cultura hip hop.
Originado na Jamaica na década de 60 e posteriormente difundido nos Estados
Unidos, especialmente em Nova Iorque, o rap ganhou destaque como uma forma de dar voz às comunidades marginalizadas. No Brasil, surgiu em meados dos anos 80, encontrando inicialmente resistência devido à sua associação com a violência e à periferia. Contudo, ao longo da década de 90, o rap brasileiro floresceu, impulsionado pelo surgimento de artistas como DJ Hum, Thayde e grupos como Racionais MCs, que trouxeram as questões sociais para o centro do debate público através de suas letras e ritmos inovadores.
Com o tempo, o rap brasileiro ganhou reconhecimento e aceitação, rompendo
barreiras e conquistando espaço na indústria musical. Artistas como Gabriel, O Pensador, e movimentos como o mangue beat, contribuíram para a diversidade e expansão do gênero, incorporando novos elementos e influências musicais. Hoje, o rap brasileiro está firmemente estabelecido na cena musical, desafiando estereótipos e ampliando sua influência, ao mesmo tempo em que continua a ser uma poderosa ferramenta de expressão e conscientização social.