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Dois Tipos de F
Dois Tipos de F
O Segredo da Fé Revelado
E.W. Kenyon
(foto)
E. W. KENYON
Autor
(1867-1948)
Copyright 1998
Por
KENYON´S GOSPEL PUBLISHING SOCIETY
(Sociedade Publicadora Evangélica de Kenyon)
www.kenyons.org
Tradutor
Clayton Bezzan
c_bezzan@ig.com.br
CONTRACAPA
Orações não respondidas se colocam entre o indivíduo e uma vida de fé.
Alguns perderam completamente a fé. Muitos se voltaram para as seitas
filosóficas e metafísicas porque suas vidas de oração estavam fracassadas.
Há somente um fundamento para a Fé, a Palavra Viva. Quando nos tornamos
um com a Palavra em nossas ações, então a fé se torna uma realidade
inconsciente. Você nunca pensa em sua fé, somente pensa na necessidade e
em Sua capacidade de satisfazê-la.
Este livro lhe mostra a diferença entre a fé real, o assentimento mental e a
esperança.
A esperança é sempre no futuro. Você nunca recebe aquilo pelo que está
esperando. A FÉ É AGORA!
A fé real é agir sobre a Palavra, independente de qualquer Evidência dos
Sentidos.
Este livro lhe explicará e mostrará a diferença entre a fé real e a fé do
Conhecimento pelos Sentidos. A fé do Conhecimento pelos Sentidos quase
expulsou a fé real das igrejas.
“Crer” é na verdade “agir sobre a Palavra”, e a Fé é o resultado da ação.
ÍNDICE
A Situação é Exposta
1. A Base para a Fé
2. O que é a Fé
3.Tipos de Fé
4. As Fases Diferentes da Fé
5. A Fé pela Revelação
6. Alguns Inimigos da Fé
7. A Fé na sua Fé
8. Ações Correspondentes
9. Com o Coração o Homem Crê
10. Agindo sobre Sua Palavra
11. As Coisas que nos Pertencem
12. Empecilhos para a Fé
13. Oração
14. Algumas Coisas em que Devemos Crer
15. Receber, não Dar
16. A Mente Dirigida pelos Sentidos
17. O Novo Mandamento e a Justiça
18. Meu Recibo
19. O que Jesus disse sobre a Fé
Resumo
Uma Sugestão
A SITUAÇÃO É EXPOSTA
Este livro não estaria completo a não ser que lhe revelássemos alguns dos
belos inimigos da fé.
O primeiro deles é a “Esperança”.
Esperança
A Esperança está sempre no futuro.
“Espero ser curado”.
“Espero ter dinheiro para pagar as minhas contas”.
“Espero ter forças para fazer meu trabalho”.
Ela é inimiga da fé. Fica no caminho da fé.
Se eu lhe digo, “Você crê que será curado quando eu orar por você?” e você
responde, “Espero que sim”, isso significa que você não será curado.
Não há nenhuma cura na esperança. No que se refere à fé, a esperança é uma
ilusão.
A fé está sempre no tempo presente. Portanto, porque a Esperança está sempre
no futuro, ela é um empecilho para a Fé.
Temos esperança quanto ao Céu. Mas quando alcançarmos o Céu não teremos
mais esperança.
Assentimento Mental
O Assentimento Mental é outro inimigo, um inimigo astuto e perigoso.
O Assentimento Mental reivindica que toda a Bíblia é verdadeira. Os que
praticam o Assentimento Mental dizem que crêem em toda palavra dela, mas
não agem sobre ela.
Eles simplesmente assentem ao fato de que ela é verdadeira.
Fui chamado a orar por uma mulher com câncer. Tanto ela como seu marido
foram professores destacados da Bíblia por anos.
Enquanto me sentava à beira da cama e lhe abria a Palavra, ela permanecia
dizendo, “Sempre cri nisso. Conheço essa passagem da escritura desde
criança”.
Fui embora daquela casa frustrado, derrotado. Não podia entender onde estava
a dificuldade.
Quando cheguei em casa, andei de lá para cá na minha sala dizendo, “Senhor,
por que ela não é curada? Ela é uma boa mulher. Ela diz que crê na tua
Palavra e tem sido uma professora da mesma por muitos anos”.
Então o Espírito me fez ver que ela somente assentia mentalmente à Palavra.
Ela não cria nela! Crer é agir sobre a Palavra. Ela nunca havia agido sobre a
Palavra para sua cura.
Alguns dias depois voltei àquela casa novamente. Desta vez eu entendia o seu
caso.
Quando comecei a abrir a Palavra ela disse, “Tenho crido nisso toda a minha
vida”. Eu lhe disse, “Não, você nunca creu nela, pois se tivesse estaria fora da
cama fazendo seu trabalho. Você somente assente mentalmente a ela”.
Você vai descobrir que em muitos casos onde homens e mulheres têm
assentimento mental em vez de fé, seu credo ou dogma ocupou o lugar da
realidade da Palavra.
Fé do Conhecimento pelos Sentidos
A fé do Conhecimento pelos Sentidos requer a evidência dos Sentidos.
Este é o tipo de fé que Tomé teve quando disse, (João 20:24-29), “Se eu não
vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão
no Seu lado, de modo algum acreditarei”.
Então Jesus de repente lhe apareceu e disse, “Põe aqui o dedo e vê as Minhas
mãos; chega também a mão e põe-na no Meu lado; não sejas incrédulo, mas
crente. Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu! Disse-lhe Jesus:
Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram”.
Aqui vemos estes dois tipos de fé em contraste.
Há uma fé da Bíblia e uma fé do Conhecimento pelos Sentidos.
A fé que Maria e Marta e os outros tinham em Jesus durante Sua caminhada
terrena era a fé do Conhecimento pelos Sentidos. Eles criam em Jesus porque
viram os milagres que Ele realizava.
Os judeus disseram, “Que sinal fazes para que o vejamos e creiamos em ti?”
Esta fé do Conhecimento pelos Sentidos quase expulsou das igrejas a fé real.
Este tipo de fé não dá à Palavra seu lugar de direito. Os homens carregam a
Palavra para a Igreja, mas não confiam nela. Eles confiam em seus
sentimentos, em suas emoções, no que podem ver e ouvir, ou provar ou
cheirar.
A fé real é agir sobre a Palavra independentemente de qualquer evidência dos
Sentidos.
Há dois tipos de incredulidade.
O primeiro é baseado na falta de conhecimento. O homem não crê na Palavra
porque não sabe nada a seu respeito. Assim, ele não crê na Revelação do Pai
para ele.
Um grande número de incrédulos é ignorante quanto às coisas em que deve
crer. Eles não sabem, portanto não podem crer.
O segundo tipo de incredulidade é mencionado em Hebreus 4:11. É a
“incapacidade de ficar persuadido”.
“Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém
caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência”. (A palavra grega,
correspondente aqui na versão ARA à desobediência, é traduzida como
“incredulidade” na versão do Rei Tiago (KJV), e significa “incapacidade de
ficar persuadido”)
Isto significa que o homem não quer que a Palavra o governe.
É uma recusa em agir sobre o conhecimento.
Ele sabe o que a Palavra ensina, mas se recusa a agir sobre ela.
Crer é um ato da vontade.
Ele pode agir sobre a Palavra se quiser.
“Crer” é “desejar” fazer Sua vontade.
A desobediência é uma atitude impersuasível para com a Palavra.
Assim, incredulidade ou é ignorância da Palavra ou é incapacidade de ficar
persuadido a agir sobre ela.
Capítulo VII
A FÉ NA SUA FÉ
Por anos tenho procurado ansiosamente por uma explicação satisfatória para
Romanos 10:10, “Porque com o coração se crê para justiça”.
Você entende que a palavra “coração” é usada de forma figurada porque o
coração é o centro vital do homem. É a grande bomba que mantém vivo o
corpo físico.
Sabemos que quando Deus fala sobre o coração, Ele se refere ao espírito
humano.
Sabemos que o homem é um espírito.
Ele está na mesma classe que Deus.
Sabemos que Deus é um espírito e que Ele se tornou um homem e assumiu o
corpo de um homem, e que quando o fez, Ele não era menos Deus do que era
antes de assumir o corpo físico.
Sabemos que o homem na morte deixa seu corpo físico e não é menos homem
do que era quando tinha seu corpo físico.
Sabemos que o homem não pode conhecer a Deus através do Conhecimento
pelos Sentidos.
Deus só é revelado ao homem através do espírito.
É o espírito do homem que entra em contato com Deus.
Sabemos que as coisas espirituais são tão reais como as coisas materiais.
Deus é uma pessoa tão real como se tivesse um corpo físico.
Jesus, com seu corpo físico agora no Céu não é mais real do que o Espírito
Santo ou o Pai.
Em 1 Pedro 3:4, nosso espírito é chamado o “homem oculto do coração”.
Em Romanos 7:22 ele é chamado de “homem interior”.
Este “homem interior” e o “homem oculto” nos fornecem a definição de Deus
para o espírito humano.
O homem real é um espírito.
Ele tem um corpo e uma alma.
A alma entra em contato com a esfera intelectual, o corpo físico entra em
contato com a esfera física, e o espírito com a esfera espiritual.
Isso explica que “o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus,
porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente”, 1 Coríntios 2:14.
Os primeiros dois capítulos de 1 Coríntios nos fornecem um contraste entre o
Conhecimento pelos Sentidos e o conhecimento espiritual, ou um contraste
entre os sentidos e o espírito.
Você entende que todo conhecimento que o homem tem fora do
Conhecimento pela Revelação veio até ele através dessas cinco portas para a
mente.
Elas são meios de comunicação entre as coisas materiais e as intelectuais.
A mente não pode receber nada a não ser que a receba através destes Cinco
Sentidos (O assunto é coberto mais completamente em nosso livro, “Os Dois
Tipos de Conhecimento”).
Se os Cinco Sentidos fossem destruídos, o homem não teria nenhum meio de
receber conhecimento.
Ele não poderia conhecer a si mesmo, nem o mundo material.
2 Coríntios 4:16, “Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o
nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se
renova de dia em dia”.
Efésios 3:16, “Para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que
sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior”.
Quando um homem Nasce de Novo, a Vida Eterna é comunicada a seu
espírito, a seu homem interior.
Quando o Espírito Santo vem ao seu corpo, Ele vem habitar no seu espírito.
O Espírito Santo não pode se comunicar diretamente com nossas mentes, mas
precisa se comunicar conosco através de nosso espírito o qual alcança e
influencia nossos processos intelectuais.
O espírito tem uma voz. Chamamos essa voz de consciência, ou
pressentimento, ou direção.
Às vezes ela é chamada de intuição. Recebemos uma intuição e se a seguirmos
não cometeremos erros.
Todos sabemos que se seguíssemos a voz interior, não teríamos feito alguns
dos investimentos que fizemos nos quais perdemos dinheiro; que nunca
teríamos escolhido certas pessoas como companheiros; que nunca teríamos
entrado em parceria de negócios com certas pessoas.
Essa voz interior procura dar direção para nossas mentes.
Quase nunca cometeríamos erros se aprendêssemos a dar ouvidos ao nosso
espírito.
Um dos maiores erros que têm sido cometidos na nossa cultura intelectual é o
de ignorar o espírito.
O conhecimento de nossos intelectos assumiu o trono e nossos espíritos têm
estado trancados como numa prisão.
Consequentemente estamos continuamente cometendo erros porque nosso
espírito que nos deveria guiar não recebe permissão para funcionar.
O conhecimento é algo que adquirimos através dos Sentidos, através da
leitura, através das viagens e da audição.
A sabedoria é a capacidade de usar o conhecimento para tirar algum proveito.
A sabedoria não vem através dos Sentidos.
A sabedoria vem de nosso espírito.
Tiago diz que ela vem de cima. Essa é uma sabedoria divina, a sabedoria de
Deus a nós transmitida, Tiago 3:13-18.
O homem que tranca seu espírito e faz dele um prisioneiro, que nunca o ouve,
nunca o obedece, fica aleijado e se torna presa fácil para pessoas egoístas e
astuciosas.
Quem deixa o espírito prevalecer e o influenciar em tempos de crise é aquele
que vai escalar até o topo.
O que significa “crer com o coração”?
Significa crer com o espírito.
Não podemos crer com nosso intelecto. Quanto a isso não há argumentação.
A fé é um produto do espírito.
Esta convicção interior, esta coisa chamada certeza, é filha de nossos espíritos.
Não sabemos porque sabemos; não podemos explicá-lo, contudo sabemos de
fato.
No outro dia estava expondo a Palavra para uma mulher que tinha uma
enfermidade muito dolorida. Enquanto abria as Escrituras passo a passo, ela
disse, “Percebo! Por Suas pisaduras fui curada”.
Eu lhe disse, “Como a Sra. sabe que foi curada?” Ela disse, “Porque a Palavra
declara que eu fui curada”.
O Conhecimento pelos Sentidos disse, “A dor está ainda em seu corpo e você
pode sentir a dor agora mesmo”.
Contudo ela se ergueu acima do Conhecimento pelos Sentidos e das
Evidências dos Sentidos e declarou que estava curada.
Quando orei por ela, sua fé expulsou a doença. A coisa que significava a
morte para ela foi embora. Por quê? Porque no seu coração ela creu na Palavra
de Deus; no seu espírito ela creu nela.
Como nosso espírito obtém a fé que nosso intelecto não pode conseguir?
Através da Palavra.
Jesus disse, “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede
da boca de Deus”, Mateus 4:4.
Ele está falando de alimento espiritual. Ele está usando termos do
Conhecimento pelos Sentidos para transmitir uma verdade espiritual.
Nossos espíritos ficam cheios de convicção quando meditamos na Palavra.
Por muitos anos andei pela fé quanto às finanças, quanto a todas minhas
necessidades físicas. Agora já cresci até o ponto de saber que a Palavra é o
alimento que fortalece o espírito, torna-o forte, e lhe concede convicção e
tranqüilidade.
Os Sentidos crêem no que podem ouvir, ver e sentir.
O espírito crê na Palavra, não importa o que se vê, se ouve ou se sente.
As pessoas que recebem oração continuamente, mas não conseguem ser
curadas, têm uma fé do Conhecimento pelos Sentidos.
Elas não têm fé pela Revelação. Elas têm fé no homem, fé no óleo da unção,
fé na oração de outrem, fé em alguma pessoa ou organização. Elas não têm fé
na Palavra.
Tiago 5:14 ilustra isso, “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros
da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do
Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará”. Então
fala sobre como a oração de um Justo é eficaz em seus efeitos.
Este quadro todo é relativo a uma fé do Conhecimento pelos Sentidos.
Se aquela pessoa que estava doente soubesse que “pelas Suas pisaduras” foi
curada, não teria necessidade de chamar os presbíteros.
Mas porque não sabia disso, no seu desespero se voltou para o Senhor e para
os presbíteros.
Eis uma demonstração da Graça de Deus, atendendo o homem no seu próprio
nível, como Jesus fez na Encarnação.
Quando a Palavra se tornou carne e habitou entre os homens, Ele veio até a
esfera do Conhecimento pelos Sentidos, para que esse homem pudesse vê-lO,
ouvi-lO e tocá-lO.
Tudo o que se referia à caminhada terrena de Jesus até o ponto que o homem
podia ver, era na esfera dos Sentidos.
Não havia nenhuma fé em Jesus de um ponto de vista espiritual.
Eles criam porque viram os milagres e comeram o pão.
Quando Ele morreu na cruz não havia nenhum entendimento espiritual. Eles
não sabiam que Ele estava morrendo pelos pecados deles. Pensavam que Ele
estava morrendo como um mártir por Seus ideais.
O Conhecimento pelos Sentidos usa o mesmo conceito hoje em dia.
O mundo escolástico crê que Jesus morreu por suas convicções.
Na crucificação a fé pelo Conhecimento pelos Sentidos falhou.
Crer de todo nosso coração é crer independentemente do Conhecimento pelos
Sentidos.
Nossos Espíritos respondem à nossa rendição ao Senhorio de Jesus. (A chave
para a fé bíblica é o reconhecimento do Senhorio de Jesus pelo coração).
1 Pedro 3:15, “Santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração”.
“Santificar” significa “separar” ou “colocar à parte”. Colocamos Cristo à parte
em nossos corações.
Quando coroamos Jesus como Senhor em nossas vidas, coroamos Sua Palavra
como Senhora de nossas vidas. Isso dá à Palavra o seu devido lugar.
Jesus está assentado à destra do Pai. Sua Palavra está em nossos corações.
Damos a esta Palavra o seu lugar, e quando fazemos isso a fé se torna algo
perfeitamente natural.
Provérbios 3:5-7, “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no
teu próprio entendimento (ou no Conhecimento pelos Sentidos). Reconhece-O
em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio
aos teus próprios olhos”.
Não seja sábio com o Conhecimento pelos Sentidos que nos leva a repudiar a
Palavra ou agir independentemente dela.
2 Coríntios 10:4-5 “Anulando nós sofismas e toda altivez que se levante
contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à
obediência de Cristo”.
Isso é muito importante se queremos andar pela fé. A Palavra precisa ser
superior ao Conhecimento pelos Sentidos, quer ele seja nosso ou de outrem.
Queremos lembrar que o Conhecimento pelos Sentidos é sempre limitado.
Ninguém tem um perfeito Conhecimento pelos Sentidos.
A Palavra de Deus é perfeita. Esta Revelação é Sua perfeita Revelação e ela
satisfaz em toda crise e a toda necessidade de nossas vidas.
Se confiarmos nesta Palavra de todo coração então chegará uma quietude e
descanso dentro de nossos espíritos.
Crer é saber. Sabemos que a Palavra de Deus é verdadeira.
Quando Ele diz, “E o meu Deus há de suprir cada uma de vossas
necessidades”, simplesmente sabemos em nossos espíritos que toda
necessidade será suprida e não nos preocupamos; não temos nenhuma
ansiedade.
Nossos corações ficam encorajados quando lemos a Palavra. Nossa convicção
se torna mais profunda.
Esta é uma convicção que é independente da evidência dos Sentidos. Ela pode
contradizer a evidência dos Sentidos como muitas vezes faz, mas sabemos que
as coisas espirituais são tão reais quanto as coisas materiais.
Sabemos que as forças espirituais são superiores às coisas físicas, pois Deus,
um espírito, criou as coisas físicas.
Sabemos que as forças espirituais são mais fortes do que as forças físicas.
Sabemos que “Maior é Aquele que está em nós do que aquele que está no
mundo”.
Sabemos que esse alguém Maior domina sobre a doença e a fraqueza.
Confiamos nEle de todo coração. Ele se levanta em nós e fornece iluminação
para nossas mentes que elas não poderiam conseguir de nenhuma outra fonte.
Sabemos que não podemos ser vencidos.
Sabemos porque nós cremos.
Capítulo X
AGINDO SOBRE SUA PALAVRA
Em João 6:47 Jesus disse, “Quem crê em mim tem a vida eterna”.
“Crer” é “ter”. É possessão.
O Assentimento Mental admira a Palavra, confessa que a Palavra é verdadeira
e muito desejável, mas não a possui.
Crer termina na feliz confissão, “É meu. Eu o tenho”.
Vemos pouca ação real sobre a Palavra hoje em dia.
Você se lembra do homem que foi trazido à presença de Jesus por quatro de
seus amigos (Marcos 2:1-12)?
Jesus lhe disse, “Levanta-te, toma o teu leito e anda”.
Se ele não tivesse agido sobre as palavras do Mestre, ele nunca teria sido
curado; mas porque agiu, foi curado.
Em Lucas 5:5 Pedro disse, “Mas sob a tua palavra lançarei as redes”.
Que mudança haveria em algumas de nossas vidas se disséssemos, “Sob tua
palavra faremos assim”.
Nos apegamos às teorias dos homens e ignoramos a Palavra Viva.
A cura e a vitória lhe pertencem.
Quando Jesus disse a Pedro, “Venha, ande sobre as ondas comigo”, Pedro
agiu sobre a Palavra.
Quando os servos encheram os galões com água, obedeceram ao que Jesus
havia dito, e a água se tornou vinho, João 2:1-11.
Nós assentimos mentalmente à integridade e à realidade da Palavra; mas não
agimos sobre ela.
Até agirmos sobre ela, ela não se torna uma realidade.
Você pode considerar a Verdade da Ressurreição como uma grande doutrina
ou dogma, mas não significará nada para você até que diga, “Ele morreu por
mim. Ele venceu a morte e o inferno por mim. Ele ressuscitou por mim. E
porque ressuscitou, eu sou vencedor, sou hoje um conquistador sobre Satanás.
Satanás não tem nenhum domínio sobre mim. Estou livre”. Então a Palavra se
torna em algo mais que uma doutrina ou uma teoria. Ela se torna uma
realidade.
As pessoas que agem sobre a Palavra recebem as coisas.
Hoje quem age sobre a Palavra recebe.
Você age segundo a fé e fala a fé, suas ações e suas palavras concordam.
Você é um crente.
Você precisou da fé para entrar na família, mas depois que entrou na família
todas as coisas são suas (1 Coríntios 3:21).
Você precisou de fé para se tornar um filho de Deus, mas os filhos possuem
tudo o que Cristo realizou para eles.
Quando Deus diz, “Velo sobre a minha Palavra para a cumprir”, você pode
estar certo de que se você aceitar Isaías 53:3-6 tão certamente como Deus se
assenta em Seu trono, a cura é com certeza sua.
Tudo o que precisa fazer é agir sobre a Palavra.
É profundamente importante que você aprenda esta lição simples e pequena.
Não é uma questão de lutar, orar ou clamar.
Agir sobre o que Deus falou é que produz resultados.
A Fé e Crer
A palavra “fé‟ é um substantivo e a palavra “crer” é um verbo.
“Crer” é na verdade “agir” sobre a Palavra.
É simplesmente agir sobre a Palavra de Deus como agiu sobre a palavra de um
médico, a palavra de um advogado, ou a palavra de um ser amado.
Você não faz as perguntas: “Eu creio?” ou “Eu tenho fé?”
Você simplesmente diz, “é isso o que Deus disse”, e você age de acordo. Ou
diz “Deus disse que „pelas Suas pisaduras‟ fui curado? Se Deus de fato disse
isso, então tenho de ser curado, e devo agir sobre o que Deus falou”.
A fé é o resultado da ação.
Crer é dar o passo em direção ao objeto, à coisa que você quer. Fé é ter
chegado.
Em vez de usar a palavra “crer” uso as palavras “agir sobre Sua Palavra”.
É mais simples. É perfeitamente bíblico e é exatamente o que Jesus quis dizer.
É uma coisa notável que em nenhuma parte das Epístolas Paulo instou os
discípulos a crer ou a ter fé.
Nossa exortação para que os homens creiam é resultado da Palavra ter perdido
sua realidade.
O que Paulo nos diz?
Efésios 1:3 (ARC), “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o
qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em
Cristo”.
Se Ele abençoou você com todas as bênçãos espirituais, então você é
abençoado.
Você não precisa pedir as bênçãos espirituais.
Tudo o que você precisa fazer é agradecer-Lhe que as tem.
Tudo o que você precisa dizer é, “Pai eu te agradeço por minha cura. Eu te
agradeço pela minha libertação”.
Tudo o que Jesus fez foi agir sobre a Palavra de Seu Pai.
Tudo o que Pedro fez foi agir sobre a Palavra que Cristo lhe havia dado.
Foi a Palavra de Cristo na boca de Pedro em razão da qual ele agiu que trouxe
salvação, cura e libertação para o povo.
Podemos pregar a Palavra, mas se não a praticarmos, ela não produzirá
resultados.
Podemos pregar a cura e declarar nossa fé na cura, mas isso não terá valor a
não ser que pratiquemos.
Tiago nos diz que “a fé sem ações correspondentes é morta”.
Quando agimos sobre a Palavra mostramos nossa fé.
Sabemos que nenhuma Palavra vinda de Deus é isenta de poder ou desprovida
da capacidade de Deus. Lucas 1:37.
Assim, agimos sobre ela. Destemidamente impomos nossas mãos sobre os
enfermos. Ordenamos que a doença saia em Nome de Jesus e ela obedece. O
enfermo é curado.
Ele disse, “Velo sobre a minha Palavra para a cumprir”.
Nunca teríamos imposto as mãos sobre os enfermos e reivindicado a cura se
Ele não tivesse mandado fazer isso.
Ele disse, “Os que crêem imporão as mãos sobre os enfermos”, Marcos 16:16-
18.
Isso quer dizer que no instante em que aceitamos Cristo como nosso Salvador,
O confessamos como Senhor, e recebemos a Vida Eterna, podemos começar a
funcionar na Família. Podemos começar a impor as mãos nos enfermos.
“Quem crer e for batizado será salvo”, Marcos 16:16.
A palavra grega ali para “salvo” é “sozo” que significa “curado”.
A cura em análise final é espiritual assim como física.
A doença se manifesta no físico, mas suas raízes, sua substância, sua realidade
estão no espírito.
A palavra “crer” ocorre cerca de cem vezes no Evangelho de João.
A palavra “fé” somente ocorre cerca de duas ou três vezes.
A razão evidentemente é que ele estava falando a homens fora do Corpo de
Cristo, aos judeus sob a Lei.
Eles não eram homens de fé. Não tinham fé. Ele os estava estimulando a crer.
Alguns Fatos Sobre Crer
Algumas pessoas não podem crer na Palavra porque nunca confessaram o
Senhorio de Cristo.
O medo do homem os manteve em prisão.
Esta é uma das mais fortes fortalezas de Satanás sobre o homem.
Muitas vezes um credo morto aprisiona um homem.
Você é ensinado a não crer nisto e a não crer naquilo.
Seu Cristo ficou perdido numa confusão de teorias teológicas.
Abandone-se ao Senhorio da Palavra; aja sobre ela, e Deus se tornará real para
você.
Capítulo XI
AS COISAS QUE NOS PERTENCEM
O Pai, em Sua grande graça, deu à Igreja o suficiente para torná-la rica e forte.
Efésios 1:3(ARC), “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual
nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em
Cristo”.
O que Ele quer dizer com isto?
Que na Sua obra redentora, tudo o que Deus fez em Cristo desde tempo em
que Ele foi feito Pecado até que se assentou à destra da Majestade no Alto,
pertence à Igreja, o Corpo de Cristo.
Fomos abençoados.
Jesus não fez nada em favor de Si mesmo e o Pai não precisava de nada.
João 3:16, “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Jesus foi o presente de amor para um mundo perdido.
E Ele nunca tomou o presente de volta.
O mundo é possuidor de Jesus, quer reconheça ou não essa propriedade.
Tudo o que Jesus fez em seu Sacrifício Substitutivo é propriedade particular
do indivíduo por quem Jesus o realizou.
O pecador não precisa implorar a Deus que o salve.
A obra já foi realizada.
Tudo o que ele precisa fazer é aceitá-la e agradecer a Deus por ela. Então ela
se torna dele.
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de
Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”, Efésios 2:8-9.
A salvação é um dom.
A fé vem pelo agir sobre a Palavra de Deus.
Agimos sobre a Palavra. Recebemos Jesus Cristo como nosso Salvador, O
confessamos como nosso Senhor, e nesse exato momento recebemos a Vida
Eterna.
“Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus”.
A obra foi realizada antes de Cristo ressurgir dentre os mortos, e essa obra nos
pertence agora.
Tudo o que precisamos fazer é aceitá-la.
O crente não precisa pedir ao Pai para curá-lo quando está doente, porque
“Certamente, Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades e as nossas dores
levou sobre Si; e nós O reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido”.
Deus colocou nossas doenças sobre Jesus.
Isaías 53:10 afirma que agradou a Jeová enfermá-lo com nossas doenças para
que por Suas pisaduras fôssemos curados.
Se estamos curados não precisamos pedir nossa cura.
Tudo o que precisamos fazer é repreender o inimigo no Nome de Jesus, para
que deixe nossos corpos, e agradecer ao Pai pela perfeita cura.
Tudo é tão simples!
Não precisamos pedir ao Senhor que nos dê força, porque Ele é agora a força
de nossas vidas.
O Salmo 27:1, “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei
medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?”
Isso nos pertence agora.
Ele se tornou nossa luz e nossa salvação. Isto é, Ele se tornou nosso
conhecimento e nossa redenção.
Ele se tornou nossa libertação.
1 Coríntios 1:30, “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da
parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção”.
Vamos dar uma olhada nas coisas que Deus fez Jesus se tornar por nós.
Não pedimos para ser santificados porque Ele é a nossa santificação.
Não pedimos para ser tornados Justos, porque Ele é a nossa Justiça e nos
tornamos Sua Justiça em Cristo.
O crente é um possuidor.
“Aquele que crê tem a vida eterna”.
Não podemos crer sem ter a Vida Eterna.
Não podemos crer em Filipenses 4:19, “E o meu Deus suprirá todas vossas
necessidades”, sem que sejamos possuidores das coisas de que precisamos
Paulo reconheceu que os crentes eram possuidores.
Não temos de tentar crer que somos redimidos porque somos redimidos,
Efésios 1:7.
Não temos de tentar crer que estamos em Cristo porque estamos nEle, 2
Coríntios 5:17.
Não temos de tentar crer que somos filhos de Deus porque fomos recriados.
Estamos na Sua família, 1 João 3:2.
Não precisamos tentar crer que Ele vai remir nossos pecados, e orar com essa
finalidade, porque nossos pecados estão remidos e estamos absolvidos,
justificados em Sua presença. Nossa velha natureza foi aniquilada e
recebemos a natureza de Deus, Colossenses 1:13-14.
Não temos de tentar crer que Deus nos dará o Espírito Santo.
Tudo o que precisamos fazer é convidá-lo a entrar. “Quanto mais o Pai
celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem”, Lucas 11:13.
Aqui Ele está falando a um novo bebê em Cristo que nunca recebeu o Espírito.
Ele está falando a alguém que recebeu a Vida Eterna. Agora ele pede com
determinação ao Espírito que ressuscitou Jesus dentre os mortos, que venha
para dentro de seu corpo e faça Sua morada ali.
O Nome de Jesus nos pertence.
Deus é o nosso próprio Pai.
Jesus é o nosso próprio Senhor, Advogado e Mestre.
O Espírito Santo é o nosso Professor.
A cura é completamente nossa. A força é nossa. A luz e a sabedoria são
nossas.
A Vida Eterna nos pertence. Ele é o nosso suprimento. Ele é a nossa
suficiência. Ele é amor em nós.
Tudo isso é nosso quando primeiro cremos e não depende de nossa fé
individual como crentes.
Nós possuímos tudo isso. É nosso. Pertence a cada filho.
Tudo isso está incluído na Redenção.
Apenas agradeça ao Pai e O louve sempre que se confronta com uma coisa
que necessita coberta pela Redenção, e ela será sua.
Alguns poderiam dizer, “Pelo que então podemos orar?”
Podemos orar por um grande mundo necessitado, por crentes que vivem na
escuridão aquém de seus privilégios, por libertação da escravidão para homens
e mulheres que não sabem que foram libertados dela.
Desfrutando de Nossos Direitos em Cristo
A Redenção foi planejada por Deus; seus resultados satisfazem o coração de
Deus e todas as necessidades do homem.
O Cristianismo nos liga a Deus. Se estivermos unidos com Deus seremos bem
sucedidos.
As forças mais poderosas do universo estão à nossa disposição.
Atos 1:8 diz, “Mas recebereis capacidade, ao descer sobre vós o Espírito
Santo”, (A versão Atualizada de Almeida diz “poder” em vez de
“capacidade”.)
A capacidade de Deus está à nossa disposição.
Que fato excitante!
1 João 4:4 diz, “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos
profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no
mundo”.
Somos de Deus.
Nossas raízes se aprofundam em Deus.
A capacidade de Deus é a nossa herança. Assim como as raízes retiram a
umidade do solo, da mesma forma nossas raízes em Deus retiram força,
vitalidade e capacidade de Deus.
Ele não somente está conosco, mas se torna parte de nós.
Ele está em nós. Sua natureza é nossa.
Seria muito bom dizer repetidamente durante o dia, “Deus está em mim. A
capacidade de Deus é minha. A força de Deus é minha. A saúde de Deus é
minha. Seu sucesso é meu. Sou um vencedor. Sou um sucesso porque o
Maior, com Sua grande capacidade está em mim”.
Não é uma questão de desistir de algo, mas de se apropriar de algo..
É de desfrutarmos da Vida com Ele. É de vivermos com Ele, termos
comunhão, trabalharmos com o Homem das Eras.
Temos o uso de Seu Nome, do Nome que conquista, do Nome que está acima
de todo o nome.
O Nome de Jesus pode ser usado no mundo dos negócios, no mundo
científico. Pode ser usado em todas as seções do empreendimento humano.
“Em meu Nome”. É como se na verdade o próprio Mestre estivesse aqui.
“E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei”
Quando usamos esse Nome, levamos Jesus Cristo a entrar em real contato
com os nossos problemas.
Aquele que é a fonte de todo poder está ligado com nossas vidas e com os
problemas que nos confrontam.
Capítulo XII
EMPECILHOS PARA A FÉ
Oração é unir forças com o Pai. É ter comunhão com Ele, efetuando Sua
vontade sobre a terra.
Parece que Deus é limitado por nossa vida de oração, de forma que não pode
fazer nada pela humanidade a não ser que alguém Lhe peça que faça algo.
Porque isso é assim, não sei.
Temos uma dica quanto a isso em Gênesis 18, quando Deus se recusou a
destruir Sodoma e Gomorra até que tivesse conversado com Seu amigo de
Aliança de Sangue, Abraão.
A Oração Sob a Antiga Aliança
A oração de Abraão, registrada em Gênesis 18:22-23, é a oração mais
iluminadora e sugestiva dentre quaisquer outras orações da Antiga Aliança.
Ele disse a Deus, “Destruirás o justo com o ímpio? Se houver, porventura,
cinqüenta justos na cidade, destruirás ainda assim e não pouparás o lugar por
amor dos cinqüenta justos que nela se encontram? Longe de ti o fazeres tal
coisa, matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio;
longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra?”
Aqui Abraão estava tomando o seu lugar na Aliança.
Abraão havia recebido através da Aliança direitos e privilégios que pouco
entendemos.
A Aliança que Abraão havia há pouco celebrado com Jeová lhe conferia
legalmente uma reputação com Deus.
Ouvimo-lo falar tão francamente, “Não fará justiça o Juiz de toda a terra?”
Esta foi sua intercessão por Sodoma e Gomorra.
E ao longo de todo Antigo Testamento encontramos homens que entendiam a
Aliança e assumiram sua posição nela.
Josué pôde abrir o Jordão. Ele pôde dar ordens ao sol, à lua e às estrelas para
que ficassem parados no céu.
Elias pôde trazer fogo do céu para consumir a oferta bem como o altar.
Os poderosos homens de Davi ficavam completamente protegidos da morte
em suas guerras. Eles se tornaram como que super-homens, enquanto se
lembravam da Aliança.
Praticamente todas as orações do Antigo Testamento eram orações de homens
da Aliança.
Eles tinham de ser atendidos. Deus tinha de dar atenção a suas petições.
A Oração Sob a Nova Aliança
O Novo Testamento é uma Nova Aliança.
O crente tem direitos de Aliança na oração.
Isaías 43:25-26 diz, “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por
amor de mim e dos teus pecados não me lembro. Desperta-me a memória;
entremos juntos em juízo; apresenta as tuas razões, para que possas justificar-
te”.
Eis aqui um desafio do Deus que guardava a Aliança com Israel.
Este é um desafio também para a igreja.
“Desperte-me a memória”. Em outras palavras lembre-O de Suas promessas
com relação à oração.
Homens que foram poderosos em oração sempre lembraram Deus de Suas
promessas e apresentaram seu caso legalmente diante dEle.
Quando estiver orando fique diante do trono e pleiteie seu caso como um
advogado.
Este advogado está continuamente trazendo à memória leis e precedentes
legais.
Traga-Lhe a Sua Palavra, Suas promessas de Aliança. Pleiteie seus direitos.
“Desperta-me a memória. Apresenta as tuas razões, para que possas justificar-
te”.
É o desafio feito por Deus para apresentar o caso diante dEle.
Se seus filhos não são salvos, encontre uma passagem das escrituras que cobre
o seu caso e deposite a questão diante dEle.
Isaías 45:11(ARC), “Perguntai-me as coisas futuras; demandai-me acerca de
meus filhos e acerca da obra das minhas mãos”.
Esta passagem é profética. Não se aplica a Israel. Ela pertence a você.
“Perguntai-me as coisas futuras”. Estas eram coisas futuras, coisas talvez
ligadas à sua vida, sua família, sua comunidade ou seu governo.
“Demandai-me acerca da obra das minhas mãos”.
Isto está em perfeita harmonia com João 15:7, “Se permanecerdes em mim, e
as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será
feito”.
O verbo “pedir” aqui significa “demandar”.
Você não demanda com uma atitude de arrogância, mas como um parceiro.
Você apresenta o caso diante dEle.
Você Lhe chama a atenção quanto a Seu papel no drama da vida.
Uma escritura que você deveria usar continuamente é Isaías 55:11.
Leia cuidadosamente os versículos 9 e 10, “Porque, assim como os céus são
mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os
vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos
pensamentos”.
“Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam,
sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam brotar, para dar
semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da
minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará
naquilo para que a designei”.
Esta é a própria coluna vertebral da vida de oração.
Nenhuma Palavra que tenha saído de Deus pode voltar para Ele vazia.
Jeremias 1:12 diz, “Velo sobre a minha palavra para a cumprir”.
Ele confirmará Sua Palavra, se você ousar ficar do lado dela.
Os Lembradores de Jeová
Isaías 62:6 “Vós, os que fareis lembrado o Senhor, não descanseis, nem deis a
ele descanso até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na
terra”.
Aqui Ele sugere que há homens e mulheres que são “lembradores”, cujo papel
é manter estas promessas e declarações dos fatos claramente diante da mente
do Senhor.
Isaías 64:7, “Já ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte e te
detenha; porque escondes de nós o rosto e nos consomes por causa das nossas
iniqüidades”.
Daniel se pôs a orar. Ele se entregou à oração.
Ele chamou a atenção de Deus para as promessas que havia feito através de
Jeremias. Haveria uma restauração em Israel. Eles deveriam voltar novamente
para a terra prometida. Seu cativeiro na Babilônia deveria terminar.
Leia cuidadosamente Daniel 9.
Satanás tentava se opor à oração e ficar no caminho dela.
Leia a história do combate ocorrido entre anjos e demônios a respeito de
Daniel registrada em Daniel 10:20.
Jeremias 33:3, “Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e
ocultas, que não sabes”.
Deus está desafiando a nossa cooperação com Ele na vida de oração. Ele quer
nos abençoar.
Salmo 78:41 (versão marginal) “Tornaram a tentar a Deus, limitaram o Santo
de Israel”.
Nós fizemos isso.
Nós O limitamos em nossa vida de oração.
Deixamos as grandes promessas de comunhão e cooperação com Deus passar
despercebidas e ficar sem cumprimento.
Jesus não era somente um mestre de oração, mas era Ele próprio uma oração.
Gostaria que houvesse um registro para nós das coisas pelas quais Ele orou e
do Seu método de oração.
Sabemos que Ele deixou de lado a multidão repetidas vezes, para passar às
vezes uma noite toda com Seu Pai em oração.
Se isso era somente para conseguir comunhão, ou se Ele estava orando por um
mundo perdido, não podemos dizer.
Oração em União
Mateus 18:18-20 nos fornece uma descrição da oração feita em união.
“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos
céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus. Em
verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a
respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por
meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em
meu Nome, ali estou no meio deles”.
Esta escritura é surpreendente, “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu
Nome, ali estou no meio deles”.
Isso seria uma reunião executiva feita com o Mestre.
Unimo-nos para realizar negócios, sentando em Sua presença, planejando,
discutindo e então orando, pois Ele disse, “Se dois dentre vós concordarem”.
O grupo pode ser muito pequeno, somente marido e mulher, mas se eles
concordarem a respeito de qualquer coisa que pedirem, isso ocorrerá. Este é
um desafio.
Todo crente deve encontrar um concordante, alguém que possa se unir a ele
em oração.
Devemos traçar um programa de oração, fazendo uma lista de assuntos e de
pessoas a serem apresentados inteligentemente perante o Pai.
João 15:7-8, “Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem
em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai,
em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos”.
Se somos Nascidos de Novo, de fato permanecemos nEle.
Sua Palavra permanece em nós na medida em que agimos sobre ela.
O problema de precisar ter fé não ocorre na oração.
Supõe-se que aqueles que permanecem nEle tenham fé.
Foi preciso fé para entrarmos na família.
Mas agora estamos na família, não existe mais um problema de fé.
O problema é da Palavra habitar em nós.
Se estamos vivendo a Palavra, então quando chegamos a orar, essa Palavra
habitará em nós tão abundantemente que se tornará a Sua Palavra em nossos
lábios.
Serão como as Palavras do Pai nos lábios do Mestre.
Como Orar
João 15:16 diz, “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu
vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso
fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele
vo-lo conceda”.
Aqui a oração é dirigida ao Pai no Nome de Jesus. Esta é a ordem divina.
Esta afirmação envolve a capacidade de trazer Deus para as nossas
circunstâncias, nossas finanças, ou qualquer que seja a nossa necessidade em
nossos lares, negócios, ou nação.
“Tudo quanto pedirdes ao Pai em meu Nome, Ele vo-lo concederá”.
Nessa passagem não estamos orando a Jesus. Estamos orando ao Pai no Nome
de Jesus.
Jesus na verdade nos passa aqui uma procuração. Quer dizer que o que Jesus
pode fazer, nós podemos também fazer.
Quer dizer que o Nome de Jesus nos dá o direito de vir à Sua presença e ver
nossas orações respondidas.
Jesus está por trás de nossa oração. Ele a confirma.
João 16:23-24, “Naquele dia, nada me perguntareis. Em verdade, em verdade
vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome.
Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a
vossa alegria seja completa”.
Devemos orar ao Pai no Nome de Jesus.
Podemos ter comunhão e discutir as coisas com o Mestre, mas quando se trata
de oração baseada em termos legais, ela tem de ser dirigida ao Pai no Nome de
Jesus.
Aqui nada será impossível.
Não pediremos nada ao Pai que esteja fora de Sua vontade se estivermos
andando com Ele.
A palavra “fé” não está ligada a isso.
Tivemos fé para vir para a família, mas agora tudo o que Jesus fez nos
pertence.
Estamos nos aproveitando disso.
Estamos fazendo o papel de um filho de Deus.
1 João 5:14-15, “E esta é a confiança que temos para com Ele: que, se
pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade, Ele nos ouve. E, se sabemos
que Ele nos ouve quanto ao que Lhe pedimos, estamos certos de que obtemos
os pedidos que Lhe temos feito.
É a Vontade do Pai
O crente, andando em comunhão com a Palavra, nunca pedirá nada fora da
vontade do Pai.
Não precisamos nos preocupar com isso.
Sabemos que salvar os perdidos está de acordo com Sua vontade, pois para
esse fim Jesus morreu.
João 3:16, “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho
unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Sabemos que curar os enfermos está de acordo com Sua vontade, pois Cristo
levou nossas enfermidades e carregou nossas dores.
1 Pedro 2:24, “Carregando Ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os
nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça;
por Suas chagas, fostes sarados”.
Sabemos que orar por finanças para cumprir as obrigações financeiras é da
Sua vontade.
Filipenses 4:19, “E o meu Deus há de suprir cada uma de vossas
necessidades”.
Praticamente tudo está coberto nestes pontos.
Podemos orar pelos ministros para que falem no poder do Espírito.
Podemos orar pelos perdidos nas terras pagãs.
Tudo isso está de acordo com Sua vontade.
Assim, com qual ousadia devemos vir até Ele!
Mateus 19:26, “Para Deus tudo é possível”.
Estamos vindo Àquele que tem toda a capacidade.
Falando para os Judeus, Ele disse em Mateus 21:22, “E tudo quanto pedirdes
em oração, crendo, recebereis”.
Marcos 11:24, “Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede
que recebestes, e será assim convosco”.
Eis a fé Lhe agradecendo por uma coisa que já possui, que não se materializou
ainda, mas que sabe que é sua.
Marcos 9:23, “Tudo é possível ao que crê”.
Todas as coisas são possíveis para o homem que coopera com o Senhor, que
tem comunhão com o Senhor, que é um trabalhador junto com o Senhor.
Capítulo XIV
ALGUMAS COISAS EM QUE DEVEMOS CRER