Você está na página 1de 96

Os DOIS Tipos de FÉ

O Segredo da Fé Revelado

E.W. Kenyon
(foto)
E. W. KENYON
Autor
(1867-1948)

Décima Oitava Impressão

Copyright 1998
Por
KENYON´S GOSPEL PUBLISHING SOCIETY
(Sociedade Publicadora Evangélica de Kenyon)
www.kenyons.org

Tradutor
Clayton Bezzan
c_bezzan@ig.com.br
CONTRACAPA
Orações não respondidas se colocam entre o indivíduo e uma vida de fé.
Alguns perderam completamente a fé. Muitos se voltaram para as seitas
filosóficas e metafísicas porque suas vidas de oração estavam fracassadas.
Há somente um fundamento para a Fé, a Palavra Viva. Quando nos tornamos
um com a Palavra em nossas ações, então a fé se torna uma realidade
inconsciente. Você nunca pensa em sua fé, somente pensa na necessidade e
em Sua capacidade de satisfazê-la.
Este livro lhe mostra a diferença entre a fé real, o assentimento mental e a
esperança.
A esperança é sempre no futuro. Você nunca recebe aquilo pelo que está
esperando. A FÉ É AGORA!
A fé real é agir sobre a Palavra, independente de qualquer Evidência dos
Sentidos.
Este livro lhe explicará e mostrará a diferença entre a fé real e a fé do
Conhecimento pelos Sentidos. A fé do Conhecimento pelos Sentidos quase
expulsou a fé real das igrejas.
“Crer” é na verdade “agir sobre a Palavra”, e a Fé é o resultado da ação.
ÍNDICE

A Situação é Exposta
1. A Base para a Fé
2. O que é a Fé
3.Tipos de Fé
4. As Fases Diferentes da Fé
5. A Fé pela Revelação
6. Alguns Inimigos da Fé
7. A Fé na sua Fé
8. Ações Correspondentes
9. Com o Coração o Homem Crê
10. Agindo sobre Sua Palavra
11. As Coisas que nos Pertencem
12. Empecilhos para a Fé
13. Oração
14. Algumas Coisas em que Devemos Crer
15. Receber, não Dar
16. A Mente Dirigida pelos Sentidos
17. O Novo Mandamento e a Justiça
18. Meu Recibo
19. O que Jesus disse sobre a Fé
Resumo
Uma Sugestão
A SITUAÇÃO É EXPOSTA

Orações não respondidas se colocam entre o indivíduo e uma vida de fé.


Alguns perderam completamente a fé. Muitos se voltaram para as seitas
filosóficas e metafísicas porque suas vidas de oração estavam fracassadas.
Se tivéssemos de perguntar ao indivíduo o que ele crê ser sua maior
dificuldade na sua caminhada cristã, creio que invariavelmente sua resposta
seria, “Não tenho fé o suficiente. Sei que Deus não é culpado. Sei que as
promessas estão lá na Palavra. Eu simplesmente não pude conseguir fé. Tenho
orado por ela; tenho jejuado por ela; mas não sei como consegui-la”.
Esta pequena conversa ocorreu entre marido e esposa na mesa do café da
manhã:
“Não, eu não estou perdendo minha confiança na Bíblia, mas de fato parece-
me que com o passar dos anos em que freqüentamos a igreja deveríamos ter
chegado a algum lugar.
“Hoje no escritório, a questão da fé veio à baila e descobri que não tinha
nenhuma fé. Isto é, eu não tinha nenhuma fé positiva e definida na Palavra,
como tenho nos negócios.
“Tenho fé nas coisas que fabricamos. Sei que elas farão aquilo que
anunciamos que farão.
“Não sei se a Palavra de Deus fará aquilo que é anunciado que ela fará.
Gostaria de saber onde está a dificuldade.
“Lá no escritório, quando enfrentamos um problema, nós o resolvemos, mas
em nossa igreja nós somente o encobrimos. O ignoramos. Tenho ignorado isso
tanto quanto posso. Preciso saber por quê!”
Esta é a razão para este livro. Nós o escrevemos para responder sobre o
problema da fé para homens e mulheres que pensam.
Capítulo I
A BASE PARA A FÉ

“Este assunto da fé me frustra”, disse um jovem o outro dia.


“O pastor pregou sobre fé no domingo. Ele não me falou como obter a fé, mas
ele me falou sobre a necessidade de tê-la, falou sobre o que ela poderia fazer.
“Ele citou aquelas maravilhosas sentenças dos lábios do Mestre, „Tudo é
possível ao que crê‟. „Se tiverdes fé como um grão de mostarda...‟
“Tenho tentado consegui-la. Fiz tudo o que sabia ou que alguém pudesse me
contar, mas ela parece ser tão difícil de entender. Você pode me dizer onde
está a dificuldade?”
Eu gostei dele. Ele era tão franco, tão genuíno. A aflição em seus olhos me
desafiavam.
Então eu lhe disse, “A fé vem através da Palavra de Deus.
“Você tem fé no homem para quem trabalha; se ele prometesse a você um
aumento em seu salário, você não questionaria.
“Você tem fé no banco com o qual faz negócios. Se dissessem que sua conta
está sem fundos, você não questionaria.
“Você sabe que você e sua palavra são um. Você está por trás de sua palavra,
por trás de toda palavra que empenha.
“Deus e Sua Palavra são um. Deus está por trás de toda Palavra que Ele
empenha. Não somente Ele está por trás dela, mas Seu trono está por trás de
Sua Palavra.
“Ele disse, „eu velo sobre a minha Palavra para a cumprir‟.
“Ele é um homem de negócios. Ele sabe que Sua Palavra é o fundamento de
tudo, de forma que Ele fica por trás dela.
“Jesus disse, „Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão‟
“Isto é a coisa que gera fé ... a integridade desta Palavra”.
“A fé vem de ouvir a Palavra, de a entender, por meio dela se tornando uma
parte de nós.
“Vou dizer uma coisa dura. Estou certo de que você me entenderá. A mentira,
o engano e a desonestidade são os distintivos do mundo.
“Vemos isso no relacionamento internacional entre as nações.
“Eles têm seus homens do serviço secreto na escuta por toda a parte, roubando
uns aos outros dos projetos de navios de guerra, etc., até que não haja mais
nenhuma chance de haver segurança em nenhum lugar.
Esta é a razão de nossa incredulidade. O ar está cheio dela. Quando vimos
contra a Palavra de Deus, que não pode mentir e não pode ser desafiada, de
alguma forma ou de outra, estamos despreparados para aceitá-la.
“Satanás é um mentiroso e ele é o deus deste mundo.
“Jesus veio como Revelação da Verdade. Ele é o único que alguma vez fez os
homens ficarem honestos, quando dizer a verdade significava que seriam
queimados na estaca.
“Aqui vemos o fundamento para esta Fé. Você é levado a conhecer Jesus
através da Palavra. Ele lhe apresenta para o Pai.
“Então você começa a agir sobre a Palavra, como para pô-la à prova.
“Após pouco, você descobrirá que agir sobre o que Jesus disse, ou o Pai disse,
se torna tão natural como agir sobre a palavra do homem para quem você está
trabalhando”.
Ele disse após pensar cuidadosamente, “Obrigado. Creio que aprendi algo que
nunca havia visto antes”.
Um Fundamento
Há somente um fundamento para a Fé, a Palavra Viva.
À medida que nos tornamos um com a Palavra em nossas ações, a fé se torna
uma realidade inconsciente.
Você nunca pensa na sua Fé, você pensa na necessidade e na Sua habilidade
em satisfazê-la.
Se você quer que a fé cresça e fique robusta e forte, fique impregnado da
Palavra, se alimente dela, medite nela, até que se torne um com ela no sentido
de que é um com seu trabalho.
Descubra o que você é em Cristo, quais são os seus privilégios, o que Ele
pensa de você, e o que Ele fala de você.
Você vai achar tudo isso na Palavra.
Capítulo II
O QUE É A FÉ

“Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam”.


A fé é compreender as irrealidades da esperança e trazê-las para o âmbito da
realidade.
A fé germina da Palavra de Deus.
Ela é o documento que garante de que a coisa pela qual você esperava
carinhosamente finalmente é sua.
Ela é a “evidência das coisas não vistas”.
Você tem esperança de conseguir as finanças para cumprir uma obrigação; a
fé dá a certeza de que você terá o dinheiro quando precisar.
Você espera pela força física para fazer o trabalho que sabe que precisa fazer.
A fé diz, “O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?”
O Conhecimento pelos Sentidos trouxe à igreja o Assentimento Mental, que se
parece tanto com a fé que muitas pessoas não podem ver a diferença.
O Assentimento Mental é ver, admirar e dizer “é verdade, mas não no meu
caso”.
O Assentimento Mental concorda que a Bíblia é uma Revelação, que ela veio
de Deus, e que cada Palavra é verdadeira, contudo quando a crise vem, ela não
funciona. Ele simplesmente reconhece a veracidade desse maravilhoso livro,
mas não age sobre ele.
A esperança diz, “Um dia conseguirei”.
A fé diz, “Eu tenho agora”.
O Assentimento Mental diz, “É lindo. Sei que deveria tê-lo. Por alguma razão
não consigo. Não posso entender por quê.”
A fé do Conhecimento pelos Sentidos diz, “Quando eu chegar a ver, quando
sentir, saberei que o tenho”.
A fé real na Palavra diz, “Se Deus diz que é verdade, realmente é. Se Ele diz
que „Pelas Suas pisaduras fui sarado‟, realmente estou sarado. Se Ele diz que
Deus suprirá todas minhas necessidades, Ele o fará. Se Deus diz que Ele é a
força da minha vida, então Ele é. Assim, ocupo-me em fazer o meu trabalho
porque Ele é o que diz que Ele é, e eu sou o que Ele diz que sou”.
“Se Ele diz que sou forte, eu sou.
“Se Ele diz que estou curado, estou.
“Se Ele diz que se importa comigo, sei que Ele assim o faz.
“Quietamente descanso na Palavra, a despeito das evidências que satisfariam
meus Sentidos”.
A fé real é edificada sobre a Palavra.
Não está contaminada pelo Conhecimento que vem pelos Sentidos.
Ela é tão inconsciente de si mesma como a fé que uma criancinha tem na sua
mãe.
A criança nunca diz, “Mamãe, creio na sua palavra. Sei que se lhe pedir um
pedaço de pão a Sra. me dará”. Se dissesse tais coisas assustaria a mãe. Ela se
indagaria quanto ao que teria acontecido com sua criança.
Temos erigido ao redor da fé uma estranha palavrologia, como um obstáculo
feito de arame farpado.
Você ouve homens e mulheres clamarem “Senhor, eu creio! Ajuda a minha
falta de fé!”
Você os ouve orar pedindo fé.
Você ouve os homens dizerem a Deus que sabem que o que Ele diz é verdade,
que toda Palavra que Ele falou é verdadeira.
Tudo isso indica o domínio do Conhecimento pelos Sentidos sobre seus
espíritos, que a Palavra não conseguiu ainda a supremacia em Suas vidas.
A fé é o resultado da Palavra habitar em nós.
Não quero dizer a Palavra memorizada.
Quero dizer a Palavra vivida, praticada, até que se torne uma parte de nós
mesmos.
Meditamos nela. Pensamos profundamente nela. Nos alimentamos dela. A
Palavra se torna parte absoluta de nós mesmos; esta palavra de Fé desenvolve
em nós a confiança e a certeza.
O Conhecimento pelos Sentidos lutará a cada passo do caminho para nos
prender na esfera das coisas vistas, sentidas e ouvidas, mas nós
persistentemente adentramos na Palavra até que ela seja parte de nosso ser. A
Palavra é real.
Capítulo III
TIPOS DE FÉ
Realizei uma palestra sobre a Nova Criação na qual declarei, sem oferecer
nenhuma prova nas Escrituras, que os discípulos não foram Nascidos de Novo
até o dia de Pentecostes, que a salvação veio como resultado da fé em Jesus
como nosso Substituto.
Depois da reunião, um homem me disse, “E Marta, ela não era salva? Ela cria
em Jesus. E a declaração feita por Pedro não foi uma declaração que lhe
trouxe a salvação?”
Que tipo de fé os homens tinham em Jesus antes de Sua Morte e Ressurreição?
João 20:9, “Pois ainda não tinham compreendido a Escritura, que era
necessário Ele ressuscitar dentre os mortos‟.
Esta é uma parte da história dramática ligada à Ressurreição do Senhor Jesus.
Sabemos que a salvação é dependente de nossa fé em Jesus como Substituto,
de que Ele morreu pelos nossos pecados e de que Ele ressuscitou para nossa
Justificação.
A fé de Marta em Jesus é descrita em João 11:27. “Sim, Senhor, respondeu
ela, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao
mundo”.
Ela não tinha fé em Jesus como Aquele que tinha morrido e ressurgido como
seu Substituto e Salvador pessoal.
Ela tinha fé nEle como Filho de Deus, como Messias prometido.
Pedro fez outra confissão sobre Jesus que é registrada em Mateus 16:16.
Simão Pedro respondeu e disse, “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.
Essa não foi uma confissão de que Cristo havia morrido por seus pecados e
ressuscitado para sua Justificação, mas simplesmente uma confissão dEle ser o
Messias e o Filho de Deus.
Há ainda outro tipo de confissão nos Quatro Evangelhos que é surpreendente.
João 6:30, “Então, lhe disseram eles: Que sinal fazes para que o vejamos e
creiamos em ti? Quais são os teus feitos?”
Note a expressão “para que o vejamos e creiamos”.
Talvez devamos nos voltar para João 20:25 e ler a declaração de Tomé. Jesus
havia aparecido aos discípulos depois de Sua Ressurreição. Tomé não estava
presente. Eles lhe contaram o que havia acontecido.
Ele disse, “Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o
dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei”.
Ele desejava crer se pudesse ter a evidência.
Jesus o satisfez quanto a isso. Nos versículos 27-29 diz, “Põe aqui o dedo e vê
as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas
incrédulo, mas crente. Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu! Disse-
lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e
creram”.
Eis aqui dois tipos de fé em contraste.
Uma é a Fé do Conhecimento pelos Sentidos, que está baseada em evidências
físicas. Vemos e cremos. Ouvimos e cremos.
Jesus fala de outro tipo de fé na qual não se vê, não se sente, ou não se ouve,
contudo se crê.
A fé que os homens tinham em Jesus durante Sua caminhada terrena era a Fé
do Conhecimento pelos Sentidos.
Esta é uma das mais surpreendentes descobertas feitas nesta caminhada de fé.
Ela esclarece muitas questões.
O grande corpo da igreja tem a Fé do Conhecimento pelos Sentidos, em vez
da fé na Revelação que Deus nos deu.
Durante a caminhada terrena de Cristo os judeus estavam sob a Primeira
Aliança.
Eles estavam debaixo do sangue de novilhos e bodes.
Eles não tinham a Vida Eterna até que Cristo morresse e ressuscitasse, pois
nenhum deles cria em Cristo como Salvador.
Eles não criam em Sua obra Substitutiva. Não sabiam nada sobre isso.
Lucas 24:10-53 fornece uma ilustração nítida da condição dos discípulos
depois da Ressurreição do Senhor Jesus.
Ele havia aparecido para Maria e para outros.
Eles correram para o lugar onde os discípulos estavam reunidos.
“Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago; também as demais que
estavam com elas confirmaram estas coisas aos apóstolos. Tais palavras lhes
pareciam um como delírio, e não acreditaram nelas”.
Não havia nenhuma fé salvadora da parte dos discípulos nesse tempo.
Eles não O saudaram como seu Salvador.
Eles estavam mistificados, confusos pela Sua aparição.
Eles O reconheceram, pois viram a evidência da crucificação em Seu corpo.
Eles sabiam que era Ele.
Os discípulos tinham fé em Jesus como Messias, como Filho de Deus, mas
não como Substituto, não como Salvador do pecado. Eles O viam como seu
libertador de Roma.
O conhecimento da obra substitutiva de Cristo não chegou claramente até eles
até que Deus tivesse revelado isto a Paulo.
Obtemos esse conhecimento na Sua Revelação a Paulo nas Epístolas.
A Fé como Vista no Livro de Atos
Vamos agora dar uma olhada na fé dos discípulos como registrado nos
primeiros quinze capítulos do livro de Atos, antes da Revelação Paulina se
tornar conhecida.
Em Atos 1, os discípulos se encontraram com o Mestre. Eles O tocaram. Eles
comeram com Ele. Eles ouviram a Sua voz. Sua fé nEle estava baseada na
Evidência dos Sentidos.
Este não é o tipo de fé que você tem. Você nunca viu Jesus fisicamente.
Nunca ouviu Sua voz. Nunca tocou Seu corpo, contudo você crê que Ele
ressuscitou dentre os mortos.
Eles conviviam com Ele antes de Sua morte.
Eles conviveram com Ele novamente por quarenta dias depois de Sua
Ressurreição.
Leia cuidadosamente Atos 2:1-4.
“Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda
a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas,
como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do
Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes
concedia que falassem”.
Eles ouviram o som como de um forte vento impetuoso.
Eles viram línguas como que de fogo repartidas sobre a fronte de cada um
deles.
Eles os ouviram falar em línguas e glorificar a Deus.
Não havia nenhuma fé vinda por meio da Revelação. Era uma Fé vinda
puramente do Conhecimento pelos Sentidos.
Eles creram nas línguas porque as ouviram.
Eles creram que o Espírito havia chegado porque tinham visto as evidências.
Os poderosos milagres que se seguiram, registrados em Atos 5, concederam às
multidões uma grande fé na Ressurreição do Senhor Jesus.
Não é esse o tipo de fé que você tem hoje, porque não tem as evidências
físicas que eles tinham em Jerusalém.
1 João 1:1-4, “O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos
visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos
apalparam, com respeito ao Verbo da vida (e a vida se manifestou, e nós a
temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a
qual estava com o Pai e nos foi manifestada), o que temos visto e ouvido
anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais
comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho,
Jesus Cristo”.
Pedro e os demais viram Jesus com seus próprios olhos depois da
Ressurreição, e com suas próprias mãos O apalparam.
Jesus lhes dera o direito de usar Seu Nome e de impor as mãos sobre os
enfermos.
Eles manifestavam esta autoridade.
Em Atos 3:6, Pedro e João usaram o Nome para curar um homem inválido na
Porta Formosa do templo.
As multidões podiam ver o homem que eles antes haviam conhecido como um
aleijado impotente, agora curado diante de seus olhos.
O Sinédrio não podia dizer nada quando os prendeu.
Atos 4:14, “Vendo com eles o homem que fora curado, nada tinham que dizer
em contrário”. Isso fechou suas bocas.
Quando eles perguntaram no dia de Pentecostes, “Que faremos para sermos
salvos?”, Pedro não disse que deveriam crer no Senhor Jesus Cristo.
Ele simplesmente disse, “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em
Nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados”.
A Revelação sobre a fé não tinha chegado ainda. Deus estava tratando com
eles como crianças.
Ele não lhes pediu para crer em algo que não podiam ver, ouvir ou sentir.
É interessante notar que muitas vezes os crentes nos dizem, “Queremos um
tipo de cristianismo primitivo tal como a igreja tinha nos primeiros poucos
anos de sua existência”.
Eles não sabiam que tentando obter esse tipo de cristianismo, estavam
repudiando a fé real, e a Palavra.
Eles declaram que ninguém jamais recebeu o Espírito Santo a não ser que
tenha recebido uma manifestação física.
Eles não crêem que Deus está no meio do povo a não ser que haja uma
evidência dos Sentidos.
Isso não é fé na Palavra de Deus. Isso é fé nos Sentidos.
Eu o “vi”, o “ouvi”, o “senti”. Portanto creio que o tenho.
Gálatas 3:2-3, “Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas
obras da lei ou pela pregação da fé? Sois assim insensatos que, tendo
começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne (ou nos
Sentidos)?”
Você pode ver que Deus tratou com grande graça conosco como crianças,
quando em razão do tempo deveríamos ter crescido e aprendido a andar pela
fé e não por vista.
Se você estudar cuidadosamente os primeiros quinze capítulos do livro de
Atos, notará que não há a menor evidência de que alguém dentre eles tenha
entendido o ensino da Substituição.
Não há nenhum indício do grande ensino sobre a Justiça.
Não há nenhuma indicação de que eles entendessem o que o Novo
Nascimento significava.
Eles desfrutavam dele, andavam na sua plenitude, mas não o entendiam.
Isso viria mais tarde através da Revelação que o Pai daria ao Apóstolo Paulo.
Naturalmente nós esperaríamos que no livro de Atos houvesse uma introdução
aos grandes assuntos: Redenção, Substituição, Nova Criação, o ministério de
Jesus à destra do Pai, mas não há nenhuma alusão a isso.
O mais próximo de alguma coisa como isso nos livros se encontra em Atos
15:10-11, quando do Concílio de Jerusalém.
Nele Paulo colocava diante dos apóstolos a mensagem que havia pregado.
Então Pedro falou, “Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz
dos discípulos um jugo que nem nossos pais puderam suportar, nem nós? Mas
cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o
foram”.
Ele se referia a guardar a lei sob a Primeira Aliança. A última afirmação se
refere aos crentes gentílicos.
Antes de começar a estudar a fé vinda pela Revelação, devemos notar os
diferentes tipos de fé que os homens têm em Jesus hoje em dia.
A Ciência Cristã, a Unidade, e os outros mestres Metafísicos e Filosóficos de
hoje não crêem que Deus é uma pessoa.
Eles lhe dirão que Ele é uma mente perfeita, mas que não tem localização.
É apenas uma grande mente universal que reside em cada indivíduo. Ele não
tem um quartel-general.
É uma mente sem cérebro, sem personalidade.
Eles não crêem que Jesus morreu por nossos pecados, mas que Ele morreu
como um mártir.
Eles não crêem que Ele teve uma Ressurreição literal, uma Ressurreição
física, mas como alguém propôs, “uma ressurreição metafísica” (o que quer
que isso signifique).
Se Deus não é uma pessoa e Jesus não aniquilou o pecado, então quem é Jesus
e qual é o valor de nossa fé nEle?
Um deles O chama de “Aquele que mostra o caminho”. Mas Ele não é tal
coisa. ELE É O CAMINHO!
A fé deles em Jesus e em Deus é afinal uma fé neles mesmos e no que eles
inerentemente têm dentro de si mesmos.
Ela causou mudanças poderosas neles, mas nunca produziu uma Nova
Criação, nem os trouxe a uma comunhão real com Deus Pai, nem produziu
neles a Justiça.
Qual é a fé que os modernistas têm hoje?
Não é a fé em Jesus como Substituto, pois eles não crêem no Sacrifício
Substitutivo de Cristo.
Não é fé em Deus Pai como revelado a nós por Jesus.
É a fé no conceito que o homem tem de Jesus. Não produz uma Nova Criação.
Não salva os perdidos.
O homem tem fé na ciência e proclama em voz alta a ciência como o deus
moderno do ser humano.
Mas a ciência não é nada senão um fragmento do conhecimento que o homem
reuniu dentre o grande corpo de verdades ocultas no universo.
Ele obteve este conhecimento através dos Cinco Sentidos.
Estes Cinco Sentidos têm sido incapazes de encontrar a razão para a Criação
ou a sua causa.
Eles não descobriram a origem da Vida ou do Movimento, ou a Autoridade ou
Poder que mantém o universo coeso.
Eles não conhecem a Razão para o homem, nem o fim do homem. Assim
como o Conhecimento pelos Sentidos é limitado, a Fé do Conhecimento pelos
Sentidos é limitada.
Capítulo IV
AS FASES DIFERENTES DA FÉ
A igreja nunca ofereceu um tratamento justo para a fé, contudo essa fé gerou
todas as grandes realizações humanas.
Woolworth tinha fé em itens que custavam de cinco e de dez centavos de dólar
e deixou após si uma fortuna de 60 milhões de dólares, com lojas em toda a
parte.
Ford teve fé num automóvel de baixo custo, que toda pessoa pudesse ter
condições de comprar.
A fé é o maior elemento na civilização avançada.
Assim como a fé humana gera tais realizações na esfera natural, a fé do crente
no Pai e em Sua Palavra gera realizações espirituais.
O pregador que tem fé na mensagem que está trazendo, descobre que a
Palavra produz resultados de fé nos corações dos homens que o ouvem.
Ele tem fé na Palavra, de que Deus está nela e por trás dela.
Ele tem fé na humanidade, de que ela responderá à mensagem que ele está
trazendo.
Ele tem fé no Amor, no tipo de Amor de Jesus. Ele crê que ele é a solução
para todo problema humano, e a família que pratica o amor produz o mais alto
tipo de caráter cristão.
Foi um grande dia na minha própria vida em que descobri que Deus é um
Deus de Fé.
Eu sabia que Ele era um Deus de Amor. Sabia que ele era um Deus Justo, um
Deus Onipotente, um Deus Onisciente; quando descobri que Ele era
primariamente um Deus de Fé, vi que como filhos Seus, era natural para nós
andar pela fé.
A Fé Criativa
Hebreus 11:3 diz, “Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela
palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não
aparecem”.
Esta era uma nova criação, não uma criação remendada, feita de mundos
desgastados.
Descobri que ela era governada por Palavras. Hebreus 1:3, “Ele, que é o
resplendor da glória e a expressão exata do Seu Ser, sustentando todas as
coisas pela palavra do Seu poder, depois de ter feito a purificação dos
pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas”.
Há uma palavra notável que é usada repetidamente no primeiro capítulo de
Gênesis. Ela é: “haja”.
Palavras cheias de fé trouxeram o universo à existência, e palavras cheias de
fé estão governando o universo hoje.
Jesus nos forneceu algumas ilustrações da fé criativa.
Mateus 15:30-31 registra que os aleijados estavam sendo curados.
“E vieram a ele muitas multidões trazendo consigo coxos, aleijados, cegos,
mudos e outros muitos e os largaram junto aos pés de Jesus; e ele os curou. De
modo que o povo se maravilhou ao ver que os mudos falavam, os aleijados
recobravam saúde, os coxos andavam e os cegos viam. Então, glorificavam ao
Deus de Israel”.
Soube de várias mulheres que tiveram órgãos restaurados os quais haviam
sido removidos através de operações pelos cirurgiões.
A fé criativa é igualmente tão real hoje como era quando Jesus andou na
Galiléia.
A Fé Dominante
Esta é a fé que domina sobre as circunstâncias.
Em Hebreus 1:3 vemos uma descrição de Jesus:
“Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do Seu Ser, sustentando
todas as coisas pela palavra do Seu poder, depois de ter feito a purificação dos
pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas”
Aqui Ele não é somente um criador, mas Ele também domina sobre o que
criou.
Ele governa o universo pela Palavra de Seu poder.
Eis uma descrição dEle dominando as forças da natureza:
Mateus 8:26, “E, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande
bonança”.
Jesus governava sobre o vento e o mar.
Como Sua autoridade surpreendia aqueles que observavam isso!
Eles diziam, “Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?”
Em Lucas 5:1-11 vemo-lO governando sobre os peixes do mar.
Ele tinha usado o barco de Pedro por um momento como púlpito. Em seguida,
Ele fez pagamento pelo seu uso.
Ele disse, “Pedro, você apanhou alguma coisa a noite passada?”
Pedro respondeu, “Não, Mestre”.
Jesus disse, “Faça-se ao largo, e lance as suas redes para pescar”.
Pedro disse: “Sei, Mestre, que não há peixes aqui, mas segundo Sua palavra
lançarei as redes”.
As redes ficaram cheias instantaneamente.
Esta é a fé dominante.
Marcos 1:32-34, “À tarde, ao cair do sol, trouxeram a Jesus todos os enfermos
e endemoninhados. Toda a cidade estava reunida à porta. E ele curou muitos
doentes de toda sorte de enfermidades; também expeliu muitos demônios, não
lhes permitindo que falassem, porque sabiam quem Ele era”.
Jesus governava sobre os demônios e eles reconheciam Seu domínio sobre
eles.
Em João 11:39-44, na ressurreição de Lázaro, Ele foi um Dominador sobre a
morte.
Ele disse, “Tirai a pedra”. Depois Ele ordenou que Lázaro viesse para fora.
Jesus tinha uma fé dominante.
Ele governava sobre as forças demoníacas. Ele governava sobre as obras do
diabo. Ele era um Dominador.
Ele ordenou que uma árvore morresse e ela morreu desde a raiz.
Ele era Monarca absoluto sobre as leis que governam o Universo.
A Fé Religiosa
Poucos dentre nós percebem que poderosa força a fé religiosa constitui hoje.
Os homens têm fé nos Credos, nas Organizações, na sua Igreja, na Medicina,
nos Médicos, na Ciência Médica e na Ciência Cirúrgica, nas boas obras, nos
atos generosos, na doação de dinheiro, no arrependimento e na penitência.
É impressionante a fé que a pessoa comum tem em algo que ela ou outra
pessoa pode fazer.
A Fé nas Experiências
Talvez o mais ilusório dentre todos os diferentes tipos de fé seja a fé nas
Experiências.
Os homens falam do que têm sentido, do que têm ouvido ou visto.
Alguém me disse recentemente, “Não fui curado. Não fui capaz de demonstrar
a minha fé”.
Tais pessoas têm a Fé do Conhecimento pelos Sentidos.
Elas precisam ter a evidência física ou elas não crêem.
Nenhuma desilusão que tenha se apoderado da igreja moderna é mais letal do
que esta.
Alguns não crêem que receberam o Espírito Santo até que tenham tido uma
manifestação física.
Não crêem que estão curados até que a dor tenha deixado seus corpos.
Não crêem que Deus ouviu sua oração até que possam ver alguma evidência
física disso.
Temos visto neste tipo de fé que o Conhecimento pelos Sentidos ou a
Evidência dos Sentidos ocupam o lugar que a Palavra de Deus deve ocupar.
Na Fé pela Revelação a Palavra ocupa o primeiro lugar. Ela não é dependente
da evidência física. A Fé pela Revelação crê que nenhuma Palavra de Deus é
desprovida de poder e descansa em serena confiança no que Deus declarou.
Ela aceita a Palavra como final sem qualquer outra evidência.
Se a Palavra o declara, isso é suficiente.
A pessoa doente lê, “Certamente, ele tomou sobre si as minhas enfermidades e
as minhas dores levou sobre si”, e ele clama, “Obrigado, Pai, porque estou
curado”.
Esta é a Fé da Nova Aliança ou Fé pela Revelação.
Capítulo V
A FÉ PELA REVELAÇÃO
Há três importantes escrituras no Antigo Testamento sobre as quais a
Revelação Paulina se baseia.
A primeira é Gênesis 15:6, “Abraão creu no Senhor, e isso lhe foi imputado
para justiça”.
Isto quer dizer que ele firmou um “compromisso irrestrito” com Jeová e Ele
lhe imputou isso para justiça.
Este “compromisso irrestrito” é idêntico ao pensamento de Romanos 10:9-11,
“Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres
que Deus O ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração
se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. Porquanto
a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido”.
A Fé pela Revelação como dada por Paulo exige uma confissão com nossos
lábios do Senhorio de Jesus. Isto significa um “compromisso irrestrito” para
com a Palavra, porque a Palavra assume o lugar do Cristo ausente.
A segunda passagem da escritura, Isaías 28:16 (ARC), “Eis que eu assentei em
Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está
bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse”.
Há duas outras traduções: “Aquele que crer nEle não perambula
distraidamente procurando outro fundamento”, ou, “Aquele que crê nEle não
será envergonhado”.
Diz que quem faz isso não será envergonhado. Não importam as
circunstâncias, aparências, ou evidências dos sentidos, ele repousa seu caso
completamente na Palavra.
A terceira passagem é Habacuque 2:4, “O meu justo viverá pela fé”. Ela
conduz a um passo à frente.
“O meu justo” foi tornado justo por meio de uma Nova Criação. Ele deve
andar, não por vista ou por sentimento, ele deve andar pela fé. Em outras
palavras, ele deve andar pela Palavra.
2 Coríntios 5:7(ARC), “Porque andamos por fé e não por vista”.
Hebreus 10:38, “O meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se
compraz a minha alma”.
Você nota em cada uma dessas passagens um desafio à sua confiança.
Você é o Seu Justo. Você deve viver por fé.
Não deve recuar para as evidências dos Sentidos e para o Conhecimento pelos
Sentidos, mas deve prosseguir com Ele à luz da Palavra.
Você fará como Abraão fez.
Você está olhando para a Palavra e se torna forte através da fé, dando glória a
Deus, pois reconhece que Deus é capaz de confirmar em você tudo o que Ele
prometeu em Sua Palavra.
Você pode ver como estas grandes passagens das Escrituras se tornam o
fundamento da Revelação da Justiça pela fé na Palavra, como encontrado nas
Epístolas Paulinas.
Você descobrirá que no começo de seu grande argumento no livro de
Romanos, Paulo usa a fé de Abraão como um tipo.
Romanos 4:3-5, “Pois que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi
imputado para justiça. Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como
favor, e sim como dívida. Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que
justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça”.
Justiça significa a capacidade de ficar na presença de Deus sem senso de
pecado, culpa ou inferioridade.
Você notará, depois que Deus atribuiu a Justiça a Abraão, que ele fez sua
grande intercessão pela salvação de Sodoma e Gomorra.
Leia cuidadosamente Gênesis 18 e observe a ousada fé de Abraão.
Ele não era Justo da maneira como nós somos Justos. Sua Justiça era
meramente atribuída a Ele.
Ela foi colocada na Sua conta. Ela lhe deu crédito com Deus.
A passagem que acabamos de ler de Romanos 4 nos diz que a Justiça não é
atribuída com base nas obras.
Esta Justiça é concedida com base na fé. Ninguém pode fazer obras para
consegui-la. Ela é aceita como um dom.
Efésios 2:8-9, “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de
vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”.
A Salvação, a Redenção, a Vida Eterna, a Nova Criação, a presença residente
do Espírito, o direito legal de usar o Nome de Jesus e todos nossos privilégios
como filhos e filhas de Deus, estão baseados sobre a graça através da fé.
Ninguém a consegue pelas obras. Ninguém detém uma posição melhor do que
algum outro.
Toda pessoa tem a mesma Justiça, os mesmos privilégios, a mesma posição,
pois é tudo pela graça.
A fé de Abraão descrita em Romanos é relatada em Romanos 4:18-21,
“Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas
nações”.
Esta é uma afirmação surpreendente. A fé lutou com a esperança, e a fé
venceu.
A Esperança é sempre futura. A Fé é sempre agora.
A esperança teria privado Abraão de um filho, mas a fé lutou com a esperança,
venceu-a e ele recebeu Isaque como recompensa.
O versículo 19 diz, “Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser
pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim será a tua descendência. E,
sem enfraquecer na fé, embora levasse em conta o seu próprio corpo
amortecido, sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara, não duvidou,
por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando
glória a Deus, estando plenamente convicto de que ele era poderoso para
cumprir o que prometera”.
Esta é uma ilustração muito bonita da fé.
Abraão não tinha nada para se basear senão na Palavra de um anjo.
Contudo ele creu nessa Palavra; ele olhou para seu próprio corpo e disse para
si mesmo, “Estou com noventa e nove anos. Passei da idade em que poderia
ser pai de uma criança”.
Ele pensou em Sara que tinha noventa anos de idade. Ele sabia que ela era
velha demais para dar a luz a uma criança.
No entanto, se desviando da evidência dos Sentidos, ele olhou para a Palavra
que Deus havia falado através do anjo e se fortaleceu através da fé, dando
glória a Deus. Pois sabia sem dúvida ou medo que “Deus é capaz de confirmar
o que prometeu”.
Esta não é a Fé do Conhecimento pelos Sentidos. Esta é a Fé pela Revelação.
Este é o tipo de fé que Paulo nos deu em sua Revelação.
Note o versículo vinte e dois, “Pelo que isso lhe foi também imputado para
Justiça.
Ele não tinha a Justiça que temos. Ele tinha a Justiça colocada a seu crédito.
Romanos 4:23-25, “E não somente por causa dele está escrito que lhe foi
levado em conta, mas também por nossa causa, posto que a nós igualmente
nos será imputado, a saber, a nós que cremos naquele que ressuscitou dentre
os mortos a Jesus, nosso Senhor, o qual foi entregue por causa das nossas
transgressões e ressuscitou porque estamos justificados perante Deus”.
(grifado Trad. Lit.).
A Revelação Paulina mostra que Deus realizou uma Redenção perfeita em
Cristo.
Colossenses 1: 13-14, “Ele nos libertou do império (autoridade) das trevas e
nos transportou para o reino do Filho do Seu amor, no qual temos a redenção,
a remissão dos pecados”.
Efésios 1:7, “No qual temos a redenção, pelo Seu sangue, a remissão dos
pecados, segundo a riqueza da Sua graça”.
Romanos 3:26, “Tendo em vista a manifestação da Sua justiça no tempo
presente, para Ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em
Jesus”.
Esta Redenção era uma redenção do domínio de Satanás. Era uma redenção da
culpa e da penalidade do pecado.
Era uma Redenção de nosso corpo físico do domínio da doença.
Era uma Revelação da Nova Criação realizada em Cristo Jesus.
Isso se torna uma realidade quando aceitamos Cristo como nosso Salvador e o
confessamos como nosso Senhor.
Deus deu ao homem natural Sua vida e natureza.
2 Coríntios 5:17-18, “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as
coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. Ora, tudo provém de
Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo”.
Efésios 4:23-24, “E vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em
justiça e retidão procedentes da verdade”.
Esta Revelação de uma Nova Criação consiste no fato mais surpreendente da
graça de Deus.
Deus pode tomar um homem governado por Satanás, alguém que é chamado
de “pecado” (porque ele está identificado com Satanás, e é um filho dele), e
Ele pode redimi-lo, tirá-lo desta condição e transmitir-lhe Sua própria
natureza, tornando-o Seu próprio filho.
1 João 5:12-13 nos conta o que ele recebeu:
“Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não
tem a vida. Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida
eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus”.
João 6:47, “Quem crê em mim tem a Vida Eterna”.
Um crente é um possuidor. Não há fé sem possessão.
Se creio que Deus colocou meus pecados sobre Jesus e que Jesus foi meu
Substituto, que Ele morreu em meu lugar, que Ele ressuscitou porque havia
aniquilado meu pecado e obtido a Justificação para mim, no momento em que
creio eu recebo a Vida Eterna e me torno um filho de Deus.
Crer é ter.
Em seguida Ele nos dá a Justiça. É uma Revelação da Justiça de Deus que fica
disponível ao homem que tem fé em Jesus, (Romanos 3:21-26).
Deus se torna a Justiça do homem que recebe Cristo como seu Salvador e O
coroa como Senhor de sua vida.
2 Coríntios 5:21, “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós;
para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus”.
Ele não somente se torna a nossa Justiça, mas também pela comunicação de
Sua natureza nos tornamos Sua Justiça, Seus filhos e filhas.
Hebreus 10:38, “O meu Justo viverá pela fé”.
Somos chamados Seus justos.
Não somente somos a Justiça de Deus, mas nos tornamos filhos e filhas de
Deus.
O apogeu da Revelação que Deus deu a Paulo, registrada em Romanos 8:14-
17 afirma isso claramente:
“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.
Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez,
atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual
clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que
somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros,
herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo”.
Esta é a filiação com todos os seus privilégios gloriosos.
Paulo não para aí. Estes filhos e filhas são participantes não somente da
natureza de Deus, mas do próprio Deus na pessoa do Espírito Santo.
Romanos 8:11, “Se habita em vós o Espírito dAquele que ressuscitou a Jesus
dentre os mortos, Esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos
vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do Seu Espírito, que em vós
habita”.
1 Coríntios 6:19, “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito
Santo, que está em vós?”
Isso tudo vem ao crente pela fé.
Não é necessária nenhuma fé do Conhecimento pelos Sentidos.
Você não precisa ter nenhum sentimento para provar que Nasceu de Novo.
Tudo o que é necessário é a Palavra de Deus.
Romanos 10:9 declara: “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e,
em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”.
Você não precisa da evidência do Conhecimento pelos Sentidos para provar
que recebeu o Espírito Santo.
Lucas 11:13, “Quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que
lho pedirem?”
Sua confiança não está em nenhuma manifestação ou evidência física. Está
sempre na simples Palavra de Deus.
Lucas 1:37, “Nenhuma Palavra de Deus está desprovida de poder” (ou da
capacidade de se cumprir).
Estas poderosas Escrituras fornecem uma base para a Fé.
Temos confiança quando sabemos o que somos em Cristo.
A incredulidade é em grande medida o resultado da ignorância do que somos
em Cristo.
Quando vi o que Deus havia feito por mim em Cristo, todo meu ser ficou
emocionado, a fé se tornou um fato inconsciente, ela era minha. Ele fez isso
por mim, e eu disse, “Obrigado, Pai”, e então comecei a desfrutar de meus
direitos em Cristo.
Capítulo VI
ALGUNS INIMIGOS DA FÉ

Este livro não estaria completo a não ser que lhe revelássemos alguns dos
belos inimigos da fé.
O primeiro deles é a “Esperança”.
Esperança
A Esperança está sempre no futuro.
“Espero ser curado”.
“Espero ter dinheiro para pagar as minhas contas”.
“Espero ter forças para fazer meu trabalho”.
Ela é inimiga da fé. Fica no caminho da fé.
Se eu lhe digo, “Você crê que será curado quando eu orar por você?” e você
responde, “Espero que sim”, isso significa que você não será curado.
Não há nenhuma cura na esperança. No que se refere à fé, a esperança é uma
ilusão.
A fé está sempre no tempo presente. Portanto, porque a Esperança está sempre
no futuro, ela é um empecilho para a Fé.
Temos esperança quanto ao Céu. Mas quando alcançarmos o Céu não teremos
mais esperança.
Assentimento Mental
O Assentimento Mental é outro inimigo, um inimigo astuto e perigoso.
O Assentimento Mental reivindica que toda a Bíblia é verdadeira. Os que
praticam o Assentimento Mental dizem que crêem em toda palavra dela, mas
não agem sobre ela.
Eles simplesmente assentem ao fato de que ela é verdadeira.
Fui chamado a orar por uma mulher com câncer. Tanto ela como seu marido
foram professores destacados da Bíblia por anos.
Enquanto me sentava à beira da cama e lhe abria a Palavra, ela permanecia
dizendo, “Sempre cri nisso. Conheço essa passagem da escritura desde
criança”.
Fui embora daquela casa frustrado, derrotado. Não podia entender onde estava
a dificuldade.
Quando cheguei em casa, andei de lá para cá na minha sala dizendo, “Senhor,
por que ela não é curada? Ela é uma boa mulher. Ela diz que crê na tua
Palavra e tem sido uma professora da mesma por muitos anos”.
Então o Espírito me fez ver que ela somente assentia mentalmente à Palavra.
Ela não cria nela! Crer é agir sobre a Palavra. Ela nunca havia agido sobre a
Palavra para sua cura.
Alguns dias depois voltei àquela casa novamente. Desta vez eu entendia o seu
caso.
Quando comecei a abrir a Palavra ela disse, “Tenho crido nisso toda a minha
vida”. Eu lhe disse, “Não, você nunca creu nela, pois se tivesse estaria fora da
cama fazendo seu trabalho. Você somente assente mentalmente a ela”.
Você vai descobrir que em muitos casos onde homens e mulheres têm
assentimento mental em vez de fé, seu credo ou dogma ocupou o lugar da
realidade da Palavra.
Fé do Conhecimento pelos Sentidos
A fé do Conhecimento pelos Sentidos requer a evidência dos Sentidos.
Este é o tipo de fé que Tomé teve quando disse, (João 20:24-29), “Se eu não
vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão
no Seu lado, de modo algum acreditarei”.
Então Jesus de repente lhe apareceu e disse, “Põe aqui o dedo e vê as Minhas
mãos; chega também a mão e põe-na no Meu lado; não sejas incrédulo, mas
crente. Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu! Disse-lhe Jesus:
Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram”.
Aqui vemos estes dois tipos de fé em contraste.
Há uma fé da Bíblia e uma fé do Conhecimento pelos Sentidos.
A fé que Maria e Marta e os outros tinham em Jesus durante Sua caminhada
terrena era a fé do Conhecimento pelos Sentidos. Eles criam em Jesus porque
viram os milagres que Ele realizava.
Os judeus disseram, “Que sinal fazes para que o vejamos e creiamos em ti?”
Esta fé do Conhecimento pelos Sentidos quase expulsou das igrejas a fé real.
Este tipo de fé não dá à Palavra seu lugar de direito. Os homens carregam a
Palavra para a Igreja, mas não confiam nela. Eles confiam em seus
sentimentos, em suas emoções, no que podem ver e ouvir, ou provar ou
cheirar.
A fé real é agir sobre a Palavra independentemente de qualquer evidência dos
Sentidos.
Há dois tipos de incredulidade.
O primeiro é baseado na falta de conhecimento. O homem não crê na Palavra
porque não sabe nada a seu respeito. Assim, ele não crê na Revelação do Pai
para ele.
Um grande número de incrédulos é ignorante quanto às coisas em que deve
crer. Eles não sabem, portanto não podem crer.
O segundo tipo de incredulidade é mencionado em Hebreus 4:11. É a
“incapacidade de ficar persuadido”.
“Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém
caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência”. (A palavra grega,
correspondente aqui na versão ARA à desobediência, é traduzida como
“incredulidade” na versão do Rei Tiago (KJV), e significa “incapacidade de
ficar persuadido”)
Isto significa que o homem não quer que a Palavra o governe.
É uma recusa em agir sobre o conhecimento.
Ele sabe o que a Palavra ensina, mas se recusa a agir sobre ela.
Crer é um ato da vontade.
Ele pode agir sobre a Palavra se quiser.
“Crer” é “desejar” fazer Sua vontade.
A desobediência é uma atitude impersuasível para com a Palavra.
Assim, incredulidade ou é ignorância da Palavra ou é incapacidade de ficar
persuadido a agir sobre ela.
Capítulo VII
A FÉ NA SUA FÉ

A Fé na sua própria fé é a lei para o sucesso no domínio do espírito.


Você vive na Palavra e a Palavra vive em você.
A Palavra é uma coisa viva.
Quando você a libera em você, está deixando Deus ser liberado em você.
Quando você ousa agir sobre a Palavra e fala a Palavra, Deus estará nas
palavras que você fala.
À medida que a Palavra predomina, haverá uma fé inconsciente na sua própria
habilidade de confiar nEle. Você confiará nEle completamente, irá até o limite
da Sua Palavra.
É uma coisa boa que o homem se entregue à Palavra, se mova livremente e
deixe Deus ser liberado em si, até que a passagem “Maior é aquele que está
em vós do que aquele que está no mundo”, se torne uma realidade
emocionante.
1 Coríntios 2:12 nos conta que recebemos o Espírito para que possamos saber
as coisas que nos foram dadas livremente por Deus.
“Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem
de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente”.
Conheça seu lugar, seus direitos, seus privilégios e sua autoridade.
Então não haverá nenhum problema concernente à fé.
A Fé será um problema somente quando não conhecemos o Senhor e não
conhecemos a Palavra.
Dê lugar ao Deus que está dentro de você.
Conte com o Deus que está dentro de você.
De manhã, antes de levantar, diga, “Posso fazer isso porque Ele está dentro de
mim. Ele me capacitará a me encontrar com essas pessoas. Ele me capacitará a
falar a Palavra. Ele me capacitará a andar em amor porque maior é o amor
dentro de mim do que a inveja e o ódio ao meu redor”.
Apenas conte com o Deus que está dentro de você.
Planeje seu trabalho com a consciência da Sua capacidade em você para levá-
lo a cabo.
Ele se tornou uma realidade viva.
Ele está ali agora.
Ele espera que você faça seus pedidos a Ele.
Ele Se revela conforme a sua necessidade exige.
Você está esperando que Ele o guie a toda a verdade ou realidade.
Sempre que você se dedica à Palavra por alguns minutos, você sabe que a luz
dentro de você abrirá a Palavra e a tornará uma coisa viva.
Você sabe que João 16:13 é completamente verdadeiro.
“Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade”.
Ele tomará das coisas do Pai e as revelará a você.
Você tem uma confiança inconsciente no Nome quando falado através de seus
lábios.
Você sabe que se disser, “No Nome de Jesus, demônio saia desse homem ou
mulher”, que ele sairá.
Você sabe que quando ordenar àquela doença que deixe de existir que ela
deixará de existir.
Você sabe quando usa o Nome de Jesus Cristo para obter o suprimento
financeiro para satisfazer uma obrigação, que tão certo como o Pai se assenta
em Seu trono, o dinheiro virá.
Você sabe que Sua Palavra em seus lábios salvará os perdidos, curará os
enfermos, dará coragem e força aos fracos e vitória para os derrotados.
Certa vez a Palavra de Deus estava nos lábios de Jesus.
Agora a Palavra de Deus está em seus lábios.
Jesus cria na Palavra de Deus em Seus lábios.
Sua confiança nessa Palavra tornava-a uma coisa viva em Seus lábios.
Como a vida se torna rica e bela quando a Palavra predomina em nossos
corações!
Será um grande dia para você quando souber que sua Fé realiza coisas, quando
você crê em sua própria capacidade de atingir o ouvido do Amor.
Quando você sabe que suas orações são respondidas, que Deus o ouve, você
não será mais dependente da Fé dos outros, você terá a sua própria fé.
Diga repetidas vezes, “Finalmente tenho fé na minha própria fé. Posso
alcançar a Deus, assim como qualquer outra pessoa”.
Se um ente amado é atingido, você destemidamente assume seus direitos e o
livra do inimigo, sua fé prevalece, sua fé vence.
Você pode usar o Nome de Jesus como qualquer outro agora.
Esse Nome é finalmente seu, com sua “total autoridade”, de forma que você
ousa usá-lo como sendo seu mesmo. Ele lhe deu o direito de usá-lo, e você
está fazendo isso.
O Conhecimento não tem valor a não ser que você saiba como usá-lo.
Você conhece sua posição com o Pai, conhece seus privilégios. Agora faça a
sua parte.
A Fé na Fé dos Outros
Grande porcentagem daqueles que são curados nas reuniões de massa, onde
eles têm a fé coletiva, raramente mantém sua cura.
A razão é obvia. Eles não têm nenhuma fé pessoal. É apenas a fé na fé dos
outros.
Durante nossa última viagem a Los Angeles, um obreiro cristão que era muito
usado pelo Senhor me disse, “Não posso entender porque minhas orações por
meus velhos amigos não são mais ouvidas. Eles costumavam ser curados toda
vez que eu orava por eles”.
Eu disse, “A dificuldade está no fato de que quando em conseqüência do
tempo passado essas pessoas enfermas deviam estar orando elas mesmas pelos
doentes, elas precisam que alguém mais ore por elas”.
Assim como o Espírito diz em Hebreus 5:12, “Pois, com efeito, quando
devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente,
necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios
elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de
leite e não de alimento sólido. Ora, todo aquele que se alimenta de leite é
inexperiente na palavra da justiça, porque é criança”.
Todo aquele que se alimenta de leite, vive no âmbito dos Sentidos e depende
da evidência dos Sentidos em vez da Palavra, não teve nenhuma experiência
na Palavra da Justiça. Ele é ainda um bebê.
O que isso quer dizer?
Estas pessoas que foram curadas pela fé dos outros por anos, chegaram ao
lugar em que Deus exige que tenham uma fé própria.
Se elas não desejarem estudar a Palavra, desenvolver sua vida de fé, elas se
voltarão para o “braço de carne” e sofrerão a penalidade que se segue
naturalmente.
Deus espera que cada um de nós tenha uma experiência na Palavra da Justiça.
Em outras palavras, que tenhamos uma experiência própria na oração pelos
enfermos, na proclamação da Palavra, em levar homens a Cristo, em revelar a
Palavra.
Isso pertence a cada crente.
Colossenses 1:12, “Dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos
cabe da herança dos santos na luz”.
Ele nos libertou da autoridade das trevas.
Ele recriou seu espírito.
Agora Ele está pronto para renovar sua mente, para que você possa entender
seus privilégios e direitos em Cristo.
Isso lhe pertence. Você tem um direito a isso.
Você deveria desfrutar disso em vez de ficar dependente da fé dos outros.
Agora você tem uma fé própria.
Que tempo seria este se aqueles que lêem este livro declarassem, “Pela graça
de Deus terei a minha própria fé”.
Você tem direito a ela. Ela pertence a você.
Você tem o mesmo Espírito Santo que eu tenho, o mesmo Espírito Santo que
Jesus tinha, e que os Apóstolos tinham.
Você tem a mesma Vida Eterna, a mesma Justiça, a mesma Capacidade.
O Pai não tem favoritos.
Todas estas coisas pertencem a todos nós, assim não precisamos ser estéreis e
improdutivos.
2 Coríntios 9:8, “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que,
tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra”.
E no versículo dez ele diz, “Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão
para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará
os frutos da vossa justiça”.
Você tem a Justiça que lhe foi transmitida na Natureza do Pai no Novo
Nascimento.
Essa Justiça deve estar dando fruto em sua vida diária.
Você deve se aproveitar do fato de sua posição legal diante do Trono, de seus
direitos em Cristo e começar a orar pelos enfermos e necessitados.
Você tem a mesma posição Legal diante de Deus que Paulo tinha e tem a
mesma Justiça que ele tinha, não há desculpas para esconder sua luz debaixo
do alqueire.
Comece a testemunhar do que você é em Cristo.
Capítulo VIII
AÇÕES CORRESPONDENTES

Em Tiago 2:14, Weymouth nos fornece uma expressão impressionante, “Qual


é o proveito, meus irmãos, se um homem confessa ter fé, contudo suas ações
não correspondem a isso?”
O versículo 18 diz, “Note que sua fé (a fé dele) estava cooperando com suas
ações, e que por suas ações sua fé foi aperfeiçoada”.
Um dos erros mais graves que muitos crentes cometem é confessar sua fé na
Palavra, mas ao mesmo tempo contradizer sua confissão por meio de ações
erradas.
Uma mulher me disse, “Não posso entender porque não consegui a minha
cura. Tenho orado repetidas vezes. Sei que a Bíblia é verdadeira”.
Eu lhe perguntei, “A Sra. ainda está tomando remédios?”
“Sim, Senhor”, ela disse.
Então eu lhe li a passagem da escritura que acabei de citar. Suas ações não
correspondiam à sua confissão. Ela disse que estava confiando no Senhor,
contudo sua confiança estava no remédio e não na Sua Palavra.
Dizemos que confiamos no Pai para nossas finanças, e ao mesmo tempo
estamos nos preocupando e afligindo a respeito de como vamos pagar nossas
contas.
Num momento confessamos que nenhuma Palavra de Deus jamais pode se
perder, que Ele precisa manter Sua Palavra para conosco, e que sabemos que
Ele irá fazer isso, mas no momento seguinte estamos repudiando tudo o que
temos confessado.
“Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-
vos a vós mesmos”.
As ações de um “praticante da Palavra” coincidem com a sua confissão.
Jesus disse em Mateus 7:24-26, “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas
palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua
casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos
e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada
sobre a rocha”.
“E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será
comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu
a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto
contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína”.
Tantos que professam Cristo e que declaram que crêem na Palavra de Gênesis
a Apocalipse, e que dizem isso com muita unção, não são praticantes da
Palavra. Eles são faladores a respeito da Palavra. Eles têm assentido
mentalmente ao fato de que a Palavra é verdadeira.
Isso não lhes adianta nada. Eles não estão se apropriando dela.
Quando confio na Palavra de todo meu coração, paro de me apoiar sobre o
raciocínio dos Sentidos, paro de olhar para as pessoas para conseguir
libertação, aí então haverá ações correspondentes.
Minhas ações estão em perfeita comunhão com minha confissão.
Levou um longo tempo para alguns de nós termos ações correspondentes às
nossas confissões.
Enquanto não há uma ação correspondente, haverá um fracasso contínuo.
Posso confessar tão alto quanto me aprouver que Deus é a força da minha vida
e ao mesmo tempo falar de minha fraqueza, incapacidade, e falta de fé.
Não há nenhuma ação correspondente aqui.
Estou recorrendo a meios humanos em vez de confiar completamente no
Senhor.
Isso com certeza trará confusão ao meu espírito, fraqueza e fracasso à minha
vida.
Voltemo-nos resolutamente para 1 Pedro 5:7, “Lançando sobre Ele toda a
vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós”.
Não importam as circunstâncias, não importam as influências ao nosso redor,
vamos lançar todos problemas aos Seus cuidados.
Seu pior inimigo é você mesmo. Ele chegou através do Conhecimento pelos
Sentidos que limitariam você à sua própria capacidade.
A linguagem dos Sentidos é: “Não posso, não tenho capacidade, não tenho
força, não tenho a oportunidade, não tenho a educação necessária, tenho sido
limitado”.
A linguagem da fé diz, “Posso tudo nAquele que me fortalece”.
Quem é aquele que me fortalece? É meu Deus e Pai.
Posso fazer todas as coisas através dEle. Não posso ser vencido. Não posso ser
derrotado.
Não há força suficiente em todo o mundo para vencer Aquele que habita em
mim.
Não sou somente nascido de Deus, um participante da natureza e vida de
Deus, mas tenho Deus habitando em mim, e tenho o Espírito dAquele que
ressuscitou a Jesus dentre os mortos habitando em mim.
Tenho a sabedoria de Deus, a força de Deus, a habilidade de Deus.
Estou aprendendo como deixá-lO governar meu intelecto, deixando-O pensar
através de mim, usar minhas faculdades vocais. Estou ousando pensar Seus
pensamentos conforme Ele pensa.
Estou ousando crer que é Deus quem está trabalhando dentro de mim e que
Ele operará segundo Sua boa vontade.
Estou ousando dizer na presença de meus velhos inimigos: fracasso, fraqueza,
necessidade, falta de oportunidade, falta de conhecimento, falta de amigos
fortes, e milhares de outras coisas, “Deus é a minha capacidade”.
Deus me fez maior do que meus inimigos.
Deus fez-me colocar meu calcanhar no pescoço da fraqueza, do medo, da
incapacidade, e ficar de pé e declarar que quem crê nEle não será
envergonhado.
Não posso ser envergonhado.
Minhas fraquezas estão aniquiladas.
A força de Deus é minha.
A habilidade de Deus me cativou e eu me deleito neste cativeiro.
Isto é a Fé falando, uma real ação correspondente.
Capítulo IX
COM O CORAÇÃO O HOMEM CRÊ

Por anos tenho procurado ansiosamente por uma explicação satisfatória para
Romanos 10:10, “Porque com o coração se crê para justiça”.
Você entende que a palavra “coração” é usada de forma figurada porque o
coração é o centro vital do homem. É a grande bomba que mantém vivo o
corpo físico.
Sabemos que quando Deus fala sobre o coração, Ele se refere ao espírito
humano.
Sabemos que o homem é um espírito.
Ele está na mesma classe que Deus.
Sabemos que Deus é um espírito e que Ele se tornou um homem e assumiu o
corpo de um homem, e que quando o fez, Ele não era menos Deus do que era
antes de assumir o corpo físico.
Sabemos que o homem na morte deixa seu corpo físico e não é menos homem
do que era quando tinha seu corpo físico.
Sabemos que o homem não pode conhecer a Deus através do Conhecimento
pelos Sentidos.
Deus só é revelado ao homem através do espírito.
É o espírito do homem que entra em contato com Deus.
Sabemos que as coisas espirituais são tão reais como as coisas materiais.
Deus é uma pessoa tão real como se tivesse um corpo físico.
Jesus, com seu corpo físico agora no Céu não é mais real do que o Espírito
Santo ou o Pai.
Em 1 Pedro 3:4, nosso espírito é chamado o “homem oculto do coração”.
Em Romanos 7:22 ele é chamado de “homem interior”.
Este “homem interior” e o “homem oculto” nos fornecem a definição de Deus
para o espírito humano.
O homem real é um espírito.
Ele tem um corpo e uma alma.
A alma entra em contato com a esfera intelectual, o corpo físico entra em
contato com a esfera física, e o espírito com a esfera espiritual.
Isso explica que “o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus,
porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente”, 1 Coríntios 2:14.
Os primeiros dois capítulos de 1 Coríntios nos fornecem um contraste entre o
Conhecimento pelos Sentidos e o conhecimento espiritual, ou um contraste
entre os sentidos e o espírito.
Você entende que todo conhecimento que o homem tem fora do
Conhecimento pela Revelação veio até ele através dessas cinco portas para a
mente.
Elas são meios de comunicação entre as coisas materiais e as intelectuais.
A mente não pode receber nada a não ser que a receba através destes Cinco
Sentidos (O assunto é coberto mais completamente em nosso livro, “Os Dois
Tipos de Conhecimento”).
Se os Cinco Sentidos fossem destruídos, o homem não teria nenhum meio de
receber conhecimento.
Ele não poderia conhecer a si mesmo, nem o mundo material.
2 Coríntios 4:16, “Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o
nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se
renova de dia em dia”.
Efésios 3:16, “Para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que
sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior”.
Quando um homem Nasce de Novo, a Vida Eterna é comunicada a seu
espírito, a seu homem interior.
Quando o Espírito Santo vem ao seu corpo, Ele vem habitar no seu espírito.
O Espírito Santo não pode se comunicar diretamente com nossas mentes, mas
precisa se comunicar conosco através de nosso espírito o qual alcança e
influencia nossos processos intelectuais.
O espírito tem uma voz. Chamamos essa voz de consciência, ou
pressentimento, ou direção.
Às vezes ela é chamada de intuição. Recebemos uma intuição e se a seguirmos
não cometeremos erros.
Todos sabemos que se seguíssemos a voz interior, não teríamos feito alguns
dos investimentos que fizemos nos quais perdemos dinheiro; que nunca
teríamos escolhido certas pessoas como companheiros; que nunca teríamos
entrado em parceria de negócios com certas pessoas.
Essa voz interior procura dar direção para nossas mentes.
Quase nunca cometeríamos erros se aprendêssemos a dar ouvidos ao nosso
espírito.
Um dos maiores erros que têm sido cometidos na nossa cultura intelectual é o
de ignorar o espírito.
O conhecimento de nossos intelectos assumiu o trono e nossos espíritos têm
estado trancados como numa prisão.
Consequentemente estamos continuamente cometendo erros porque nosso
espírito que nos deveria guiar não recebe permissão para funcionar.
O conhecimento é algo que adquirimos através dos Sentidos, através da
leitura, através das viagens e da audição.
A sabedoria é a capacidade de usar o conhecimento para tirar algum proveito.
A sabedoria não vem através dos Sentidos.
A sabedoria vem de nosso espírito.
Tiago diz que ela vem de cima. Essa é uma sabedoria divina, a sabedoria de
Deus a nós transmitida, Tiago 3:13-18.
O homem que tranca seu espírito e faz dele um prisioneiro, que nunca o ouve,
nunca o obedece, fica aleijado e se torna presa fácil para pessoas egoístas e
astuciosas.
Quem deixa o espírito prevalecer e o influenciar em tempos de crise é aquele
que vai escalar até o topo.
O que significa “crer com o coração”?
Significa crer com o espírito.
Não podemos crer com nosso intelecto. Quanto a isso não há argumentação.
A fé é um produto do espírito.
Esta convicção interior, esta coisa chamada certeza, é filha de nossos espíritos.
Não sabemos porque sabemos; não podemos explicá-lo, contudo sabemos de
fato.
No outro dia estava expondo a Palavra para uma mulher que tinha uma
enfermidade muito dolorida. Enquanto abria as Escrituras passo a passo, ela
disse, “Percebo! Por Suas pisaduras fui curada”.
Eu lhe disse, “Como a Sra. sabe que foi curada?” Ela disse, “Porque a Palavra
declara que eu fui curada”.
O Conhecimento pelos Sentidos disse, “A dor está ainda em seu corpo e você
pode sentir a dor agora mesmo”.
Contudo ela se ergueu acima do Conhecimento pelos Sentidos e das
Evidências dos Sentidos e declarou que estava curada.
Quando orei por ela, sua fé expulsou a doença. A coisa que significava a
morte para ela foi embora. Por quê? Porque no seu coração ela creu na Palavra
de Deus; no seu espírito ela creu nela.
Como nosso espírito obtém a fé que nosso intelecto não pode conseguir?
Através da Palavra.
Jesus disse, “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede
da boca de Deus”, Mateus 4:4.
Ele está falando de alimento espiritual. Ele está usando termos do
Conhecimento pelos Sentidos para transmitir uma verdade espiritual.
Nossos espíritos ficam cheios de convicção quando meditamos na Palavra.
Por muitos anos andei pela fé quanto às finanças, quanto a todas minhas
necessidades físicas. Agora já cresci até o ponto de saber que a Palavra é o
alimento que fortalece o espírito, torna-o forte, e lhe concede convicção e
tranqüilidade.
Os Sentidos crêem no que podem ouvir, ver e sentir.
O espírito crê na Palavra, não importa o que se vê, se ouve ou se sente.
As pessoas que recebem oração continuamente, mas não conseguem ser
curadas, têm uma fé do Conhecimento pelos Sentidos.
Elas não têm fé pela Revelação. Elas têm fé no homem, fé no óleo da unção,
fé na oração de outrem, fé em alguma pessoa ou organização. Elas não têm fé
na Palavra.
Tiago 5:14 ilustra isso, “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros
da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do
Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará”. Então
fala sobre como a oração de um Justo é eficaz em seus efeitos.
Este quadro todo é relativo a uma fé do Conhecimento pelos Sentidos.
Se aquela pessoa que estava doente soubesse que “pelas Suas pisaduras” foi
curada, não teria necessidade de chamar os presbíteros.
Mas porque não sabia disso, no seu desespero se voltou para o Senhor e para
os presbíteros.
Eis uma demonstração da Graça de Deus, atendendo o homem no seu próprio
nível, como Jesus fez na Encarnação.
Quando a Palavra se tornou carne e habitou entre os homens, Ele veio até a
esfera do Conhecimento pelos Sentidos, para que esse homem pudesse vê-lO,
ouvi-lO e tocá-lO.
Tudo o que se referia à caminhada terrena de Jesus até o ponto que o homem
podia ver, era na esfera dos Sentidos.
Não havia nenhuma fé em Jesus de um ponto de vista espiritual.
Eles criam porque viram os milagres e comeram o pão.
Quando Ele morreu na cruz não havia nenhum entendimento espiritual. Eles
não sabiam que Ele estava morrendo pelos pecados deles. Pensavam que Ele
estava morrendo como um mártir por Seus ideais.
O Conhecimento pelos Sentidos usa o mesmo conceito hoje em dia.
O mundo escolástico crê que Jesus morreu por suas convicções.
Na crucificação a fé pelo Conhecimento pelos Sentidos falhou.
Crer de todo nosso coração é crer independentemente do Conhecimento pelos
Sentidos.
Nossos Espíritos respondem à nossa rendição ao Senhorio de Jesus. (A chave
para a fé bíblica é o reconhecimento do Senhorio de Jesus pelo coração).
1 Pedro 3:15, “Santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração”.
“Santificar” significa “separar” ou “colocar à parte”. Colocamos Cristo à parte
em nossos corações.
Quando coroamos Jesus como Senhor em nossas vidas, coroamos Sua Palavra
como Senhora de nossas vidas. Isso dá à Palavra o seu devido lugar.
Jesus está assentado à destra do Pai. Sua Palavra está em nossos corações.
Damos a esta Palavra o seu lugar, e quando fazemos isso a fé se torna algo
perfeitamente natural.
Provérbios 3:5-7, “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no
teu próprio entendimento (ou no Conhecimento pelos Sentidos). Reconhece-O
em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio
aos teus próprios olhos”.
Não seja sábio com o Conhecimento pelos Sentidos que nos leva a repudiar a
Palavra ou agir independentemente dela.
2 Coríntios 10:4-5 “Anulando nós sofismas e toda altivez que se levante
contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à
obediência de Cristo”.
Isso é muito importante se queremos andar pela fé. A Palavra precisa ser
superior ao Conhecimento pelos Sentidos, quer ele seja nosso ou de outrem.
Queremos lembrar que o Conhecimento pelos Sentidos é sempre limitado.
Ninguém tem um perfeito Conhecimento pelos Sentidos.
A Palavra de Deus é perfeita. Esta Revelação é Sua perfeita Revelação e ela
satisfaz em toda crise e a toda necessidade de nossas vidas.
Se confiarmos nesta Palavra de todo coração então chegará uma quietude e
descanso dentro de nossos espíritos.
Crer é saber. Sabemos que a Palavra de Deus é verdadeira.
Quando Ele diz, “E o meu Deus há de suprir cada uma de vossas
necessidades”, simplesmente sabemos em nossos espíritos que toda
necessidade será suprida e não nos preocupamos; não temos nenhuma
ansiedade.
Nossos corações ficam encorajados quando lemos a Palavra. Nossa convicção
se torna mais profunda.
Esta é uma convicção que é independente da evidência dos Sentidos. Ela pode
contradizer a evidência dos Sentidos como muitas vezes faz, mas sabemos que
as coisas espirituais são tão reais quanto as coisas materiais.
Sabemos que as forças espirituais são superiores às coisas físicas, pois Deus,
um espírito, criou as coisas físicas.
Sabemos que as forças espirituais são mais fortes do que as forças físicas.
Sabemos que “Maior é Aquele que está em nós do que aquele que está no
mundo”.
Sabemos que esse alguém Maior domina sobre a doença e a fraqueza.
Confiamos nEle de todo coração. Ele se levanta em nós e fornece iluminação
para nossas mentes que elas não poderiam conseguir de nenhuma outra fonte.
Sabemos que não podemos ser vencidos.
Sabemos porque nós cremos.
Capítulo X
AGINDO SOBRE SUA PALAVRA

Em João 6:47 Jesus disse, “Quem crê em mim tem a vida eterna”.
“Crer” é “ter”. É possessão.
O Assentimento Mental admira a Palavra, confessa que a Palavra é verdadeira
e muito desejável, mas não a possui.
Crer termina na feliz confissão, “É meu. Eu o tenho”.
Vemos pouca ação real sobre a Palavra hoje em dia.
Você se lembra do homem que foi trazido à presença de Jesus por quatro de
seus amigos (Marcos 2:1-12)?
Jesus lhe disse, “Levanta-te, toma o teu leito e anda”.
Se ele não tivesse agido sobre as palavras do Mestre, ele nunca teria sido
curado; mas porque agiu, foi curado.
Em Lucas 5:5 Pedro disse, “Mas sob a tua palavra lançarei as redes”.
Que mudança haveria em algumas de nossas vidas se disséssemos, “Sob tua
palavra faremos assim”.
Nos apegamos às teorias dos homens e ignoramos a Palavra Viva.
A cura e a vitória lhe pertencem.
Quando Jesus disse a Pedro, “Venha, ande sobre as ondas comigo”, Pedro
agiu sobre a Palavra.
Quando os servos encheram os galões com água, obedeceram ao que Jesus
havia dito, e a água se tornou vinho, João 2:1-11.
Nós assentimos mentalmente à integridade e à realidade da Palavra; mas não
agimos sobre ela.
Até agirmos sobre ela, ela não se torna uma realidade.
Você pode considerar a Verdade da Ressurreição como uma grande doutrina
ou dogma, mas não significará nada para você até que diga, “Ele morreu por
mim. Ele venceu a morte e o inferno por mim. Ele ressuscitou por mim. E
porque ressuscitou, eu sou vencedor, sou hoje um conquistador sobre Satanás.
Satanás não tem nenhum domínio sobre mim. Estou livre”. Então a Palavra se
torna em algo mais que uma doutrina ou uma teoria. Ela se torna uma
realidade.
As pessoas que agem sobre a Palavra recebem as coisas.
Hoje quem age sobre a Palavra recebe.
Você age segundo a fé e fala a fé, suas ações e suas palavras concordam.
Você é um crente.
Você precisou da fé para entrar na família, mas depois que entrou na família
todas as coisas são suas (1 Coríntios 3:21).
Você precisou de fé para se tornar um filho de Deus, mas os filhos possuem
tudo o que Cristo realizou para eles.
Quando Deus diz, “Velo sobre a minha Palavra para a cumprir”, você pode
estar certo de que se você aceitar Isaías 53:3-6 tão certamente como Deus se
assenta em Seu trono, a cura é com certeza sua.
Tudo o que precisa fazer é agir sobre a Palavra.
É profundamente importante que você aprenda esta lição simples e pequena.
Não é uma questão de lutar, orar ou clamar.
Agir sobre o que Deus falou é que produz resultados.
A Fé e Crer
A palavra “fé‟ é um substantivo e a palavra “crer” é um verbo.
“Crer” é na verdade “agir” sobre a Palavra.
É simplesmente agir sobre a Palavra de Deus como agiu sobre a palavra de um
médico, a palavra de um advogado, ou a palavra de um ser amado.
Você não faz as perguntas: “Eu creio?” ou “Eu tenho fé?”
Você simplesmente diz, “é isso o que Deus disse”, e você age de acordo. Ou
diz “Deus disse que „pelas Suas pisaduras‟ fui curado? Se Deus de fato disse
isso, então tenho de ser curado, e devo agir sobre o que Deus falou”.
A fé é o resultado da ação.
Crer é dar o passo em direção ao objeto, à coisa que você quer. Fé é ter
chegado.
Em vez de usar a palavra “crer” uso as palavras “agir sobre Sua Palavra”.
É mais simples. É perfeitamente bíblico e é exatamente o que Jesus quis dizer.
É uma coisa notável que em nenhuma parte das Epístolas Paulo instou os
discípulos a crer ou a ter fé.
Nossa exortação para que os homens creiam é resultado da Palavra ter perdido
sua realidade.
O que Paulo nos diz?
Efésios 1:3 (ARC), “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o
qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em
Cristo”.
Se Ele abençoou você com todas as bênçãos espirituais, então você é
abençoado.
Você não precisa pedir as bênçãos espirituais.
Tudo o que você precisa fazer é agradecer-Lhe que as tem.
Tudo o que você precisa dizer é, “Pai eu te agradeço por minha cura. Eu te
agradeço pela minha libertação”.
Tudo o que Jesus fez foi agir sobre a Palavra de Seu Pai.
Tudo o que Pedro fez foi agir sobre a Palavra que Cristo lhe havia dado.
Foi a Palavra de Cristo na boca de Pedro em razão da qual ele agiu que trouxe
salvação, cura e libertação para o povo.
Podemos pregar a Palavra, mas se não a praticarmos, ela não produzirá
resultados.
Podemos pregar a cura e declarar nossa fé na cura, mas isso não terá valor a
não ser que pratiquemos.
Tiago nos diz que “a fé sem ações correspondentes é morta”.
Quando agimos sobre a Palavra mostramos nossa fé.
Sabemos que nenhuma Palavra vinda de Deus é isenta de poder ou desprovida
da capacidade de Deus. Lucas 1:37.
Assim, agimos sobre ela. Destemidamente impomos nossas mãos sobre os
enfermos. Ordenamos que a doença saia em Nome de Jesus e ela obedece. O
enfermo é curado.
Ele disse, “Velo sobre a minha Palavra para a cumprir”.
Nunca teríamos imposto as mãos sobre os enfermos e reivindicado a cura se
Ele não tivesse mandado fazer isso.
Ele disse, “Os que crêem imporão as mãos sobre os enfermos”, Marcos 16:16-
18.
Isso quer dizer que no instante em que aceitamos Cristo como nosso Salvador,
O confessamos como Senhor, e recebemos a Vida Eterna, podemos começar a
funcionar na Família. Podemos começar a impor as mãos nos enfermos.
“Quem crer e for batizado será salvo”, Marcos 16:16.
A palavra grega ali para “salvo” é “sozo” que significa “curado”.
A cura em análise final é espiritual assim como física.
A doença se manifesta no físico, mas suas raízes, sua substância, sua realidade
estão no espírito.
A palavra “crer” ocorre cerca de cem vezes no Evangelho de João.
A palavra “fé” somente ocorre cerca de duas ou três vezes.
A razão evidentemente é que ele estava falando a homens fora do Corpo de
Cristo, aos judeus sob a Lei.
Eles não eram homens de fé. Não tinham fé. Ele os estava estimulando a crer.
Alguns Fatos Sobre Crer
Algumas pessoas não podem crer na Palavra porque nunca confessaram o
Senhorio de Cristo.
O medo do homem os manteve em prisão.
Esta é uma das mais fortes fortalezas de Satanás sobre o homem.
Muitas vezes um credo morto aprisiona um homem.
Você é ensinado a não crer nisto e a não crer naquilo.
Seu Cristo ficou perdido numa confusão de teorias teológicas.
Abandone-se ao Senhorio da Palavra; aja sobre ela, e Deus se tornará real para
você.
Capítulo XI
AS COISAS QUE NOS PERTENCEM

O Pai, em Sua grande graça, deu à Igreja o suficiente para torná-la rica e forte.
Efésios 1:3(ARC), “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual
nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em
Cristo”.
O que Ele quer dizer com isto?
Que na Sua obra redentora, tudo o que Deus fez em Cristo desde tempo em
que Ele foi feito Pecado até que se assentou à destra da Majestade no Alto,
pertence à Igreja, o Corpo de Cristo.
Fomos abençoados.
Jesus não fez nada em favor de Si mesmo e o Pai não precisava de nada.
João 3:16, “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Jesus foi o presente de amor para um mundo perdido.
E Ele nunca tomou o presente de volta.
O mundo é possuidor de Jesus, quer reconheça ou não essa propriedade.
Tudo o que Jesus fez em seu Sacrifício Substitutivo é propriedade particular
do indivíduo por quem Jesus o realizou.
O pecador não precisa implorar a Deus que o salve.
A obra já foi realizada.
Tudo o que ele precisa fazer é aceitá-la e agradecer a Deus por ela. Então ela
se torna dele.
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de
Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”, Efésios 2:8-9.
A salvação é um dom.
A fé vem pelo agir sobre a Palavra de Deus.
Agimos sobre a Palavra. Recebemos Jesus Cristo como nosso Salvador, O
confessamos como nosso Senhor, e nesse exato momento recebemos a Vida
Eterna.
“Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus”.
A obra foi realizada antes de Cristo ressurgir dentre os mortos, e essa obra nos
pertence agora.
Tudo o que precisamos fazer é aceitá-la.
O crente não precisa pedir ao Pai para curá-lo quando está doente, porque
“Certamente, Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades e as nossas dores
levou sobre Si; e nós O reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido”.
Deus colocou nossas doenças sobre Jesus.
Isaías 53:10 afirma que agradou a Jeová enfermá-lo com nossas doenças para
que por Suas pisaduras fôssemos curados.
Se estamos curados não precisamos pedir nossa cura.
Tudo o que precisamos fazer é repreender o inimigo no Nome de Jesus, para
que deixe nossos corpos, e agradecer ao Pai pela perfeita cura.
Tudo é tão simples!
Não precisamos pedir ao Senhor que nos dê força, porque Ele é agora a força
de nossas vidas.
O Salmo 27:1, “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei
medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?”
Isso nos pertence agora.
Ele se tornou nossa luz e nossa salvação. Isto é, Ele se tornou nosso
conhecimento e nossa redenção.
Ele se tornou nossa libertação.
1 Coríntios 1:30, “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da
parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção”.
Vamos dar uma olhada nas coisas que Deus fez Jesus se tornar por nós.
Não pedimos para ser santificados porque Ele é a nossa santificação.
Não pedimos para ser tornados Justos, porque Ele é a nossa Justiça e nos
tornamos Sua Justiça em Cristo.
O crente é um possuidor.
“Aquele que crê tem a vida eterna”.
Não podemos crer sem ter a Vida Eterna.
Não podemos crer em Filipenses 4:19, “E o meu Deus suprirá todas vossas
necessidades”, sem que sejamos possuidores das coisas de que precisamos
Paulo reconheceu que os crentes eram possuidores.
Não temos de tentar crer que somos redimidos porque somos redimidos,
Efésios 1:7.
Não temos de tentar crer que estamos em Cristo porque estamos nEle, 2
Coríntios 5:17.
Não temos de tentar crer que somos filhos de Deus porque fomos recriados.
Estamos na Sua família, 1 João 3:2.
Não precisamos tentar crer que Ele vai remir nossos pecados, e orar com essa
finalidade, porque nossos pecados estão remidos e estamos absolvidos,
justificados em Sua presença. Nossa velha natureza foi aniquilada e
recebemos a natureza de Deus, Colossenses 1:13-14.
Não temos de tentar crer que Deus nos dará o Espírito Santo.
Tudo o que precisamos fazer é convidá-lo a entrar. “Quanto mais o Pai
celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem”, Lucas 11:13.
Aqui Ele está falando a um novo bebê em Cristo que nunca recebeu o Espírito.
Ele está falando a alguém que recebeu a Vida Eterna. Agora ele pede com
determinação ao Espírito que ressuscitou Jesus dentre os mortos, que venha
para dentro de seu corpo e faça Sua morada ali.
O Nome de Jesus nos pertence.
Deus é o nosso próprio Pai.
Jesus é o nosso próprio Senhor, Advogado e Mestre.
O Espírito Santo é o nosso Professor.
A cura é completamente nossa. A força é nossa. A luz e a sabedoria são
nossas.
A Vida Eterna nos pertence. Ele é o nosso suprimento. Ele é a nossa
suficiência. Ele é amor em nós.
Tudo isso é nosso quando primeiro cremos e não depende de nossa fé
individual como crentes.
Nós possuímos tudo isso. É nosso. Pertence a cada filho.
Tudo isso está incluído na Redenção.
Apenas agradeça ao Pai e O louve sempre que se confronta com uma coisa
que necessita coberta pela Redenção, e ela será sua.
Alguns poderiam dizer, “Pelo que então podemos orar?”
Podemos orar por um grande mundo necessitado, por crentes que vivem na
escuridão aquém de seus privilégios, por libertação da escravidão para homens
e mulheres que não sabem que foram libertados dela.
Desfrutando de Nossos Direitos em Cristo
A Redenção foi planejada por Deus; seus resultados satisfazem o coração de
Deus e todas as necessidades do homem.
O Cristianismo nos liga a Deus. Se estivermos unidos com Deus seremos bem
sucedidos.
As forças mais poderosas do universo estão à nossa disposição.
Atos 1:8 diz, “Mas recebereis capacidade, ao descer sobre vós o Espírito
Santo”, (A versão Atualizada de Almeida diz “poder” em vez de
“capacidade”.)
A capacidade de Deus está à nossa disposição.
Que fato excitante!
1 João 4:4 diz, “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos
profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no
mundo”.
Somos de Deus.
Nossas raízes se aprofundam em Deus.
A capacidade de Deus é a nossa herança. Assim como as raízes retiram a
umidade do solo, da mesma forma nossas raízes em Deus retiram força,
vitalidade e capacidade de Deus.
Ele não somente está conosco, mas se torna parte de nós.
Ele está em nós. Sua natureza é nossa.
Seria muito bom dizer repetidamente durante o dia, “Deus está em mim. A
capacidade de Deus é minha. A força de Deus é minha. A saúde de Deus é
minha. Seu sucesso é meu. Sou um vencedor. Sou um sucesso porque o
Maior, com Sua grande capacidade está em mim”.
Não é uma questão de desistir de algo, mas de se apropriar de algo..
É de desfrutarmos da Vida com Ele. É de vivermos com Ele, termos
comunhão, trabalharmos com o Homem das Eras.
Temos o uso de Seu Nome, do Nome que conquista, do Nome que está acima
de todo o nome.
O Nome de Jesus pode ser usado no mundo dos negócios, no mundo
científico. Pode ser usado em todas as seções do empreendimento humano.
“Em meu Nome”. É como se na verdade o próprio Mestre estivesse aqui.
“E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei”
Quando usamos esse Nome, levamos Jesus Cristo a entrar em real contato
com os nossos problemas.
Aquele que é a fonte de todo poder está ligado com nossas vidas e com os
problemas que nos confrontam.
Capítulo XII
EMPECILHOS PARA A FÉ

A fé nunca supera a sua própria confissão. (Não nos referimos à confissão de


pecados, mas à confissão da Palavra.)
Se confessarmos fraqueza e fracasso destruímos a fé.
Quando ousadamente fazemos nossa confissão de que nossas doenças foram
colocadas sobre Jesus e conservamos firme essa confissão, trazemos Deus à
cena.
Algumas vezes a falta de conhecimento nos impedirá de fazer uma confissão
ousada.
Não agimos sobre a Palavra além de nosso conhecimento.
A fé cresce com o entendimento da Palavra.
A falta de conhecimento sobre nossa Redenção e nossos direitos redentores é
freqüentemente a razão para a incredulidade.
Falta de Entendimento
A falta de entendimento quanto ao que significa a Nova Criação e quanto ao
que ela é realmente, é um empecilho para nossa vida de fé.
Muitas pessoas não sabem que têm a Vida Eterna. Elas pensam de si mesmas
como sendo “salvas do pecado”.
Muitas pessoas não têm a mentalidade de têm Deus dentro de si.
A falta de entendimento quanto à sua posição em Cristo e à posição de Cristo
nas suas vidas, a falta de entendimento da Justiça, do que ela é e do que ela
confere, mantém mais pessoas em cativeiro do que talvez qualquer outra
coisa.
Quando sabemos que somos a Justiça de Deus em Cristo, saímos do espaço
apertado do fracasso e da fraqueza em que temos vivido, para a plenitude sem
limites de Deus.
A falta de entendimento quanto a nosso direito legal de usar o Nome de Jesus
nos mantém presos e nos leva a um senso de fraqueza. Mas quando sabemos o
que o Nome fará, podemos vencer Satanás e desfrutar da vitória.
Muitos são os fracassos por causa da falta de entendimento acerca da
confissão.
Nossa fé acompanha os passos de nossa confissão
Somos mantidos em prisão porque nos falta entendimento quanto a agir sobre
a Palavra.
Tentamos crer.
Tudo o que é necessário, porém, é que ajamos em função do que Deus diz.
Se sabemos que a Palavra é verdadeira e agimos como ela sendo a verdade,
ela se torna uma realidade em nossas vidas.
A fé real é filha do conhecimento da Palavra.
As Duas Confissões
Nossa fé é medida por nossas confissões.
Nossa utilidade na obra do Senhor é medida pelas nossas confissões.
Mais cedo ou mais tarde nos tornamos o que confessamos.
Há uma confissão de nosso coração e uma confissão de nossos lábios.
Quando a confissão de nossos lábios se harmoniza com a confissão de nossos
corações, e estas duas confissões confirmam a Palavra de Deus, então nos
tornamos poderosos em nossa vida de oração.
Mas muitas pessoas têm uma confissão negativa.
Elas estão sempre falando o que elas não são, falando de suas fraquezas, de
suas falhas, de sua falta de dinheiro, de sua falta de capacidade, e de sua falta
de saúde.
Invariavelmente elas vão para o nível de sua confissão.
Uma lei espiritual que poucos dentre nós temos reconhecido é que as nossas
confissões nos governam.
Quando confessamos Seu Senhorio e nossos corações concordam plenamente
com isso, então entregamos nossas vidas ao Seu cuidado.
Esse é o fim da preocupação, o fim do medo, e o começo da fé.
Quando cremos que Ele se levantou dentre os mortos por nós, e que pela Sua
Ressurreição venceu o Adversário e o aniquilou por nós, quando isto se torna
a confissão de nossos lábios e de nossos corações, tornamo-nos uma força
para Deus.
Se temos aceitado Jesus como nosso Salvador e O confessado como nosso
Senhor, somos Novas Criações, temos a Vida Eterna, temos a posição de
filhos, somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Jesus Cristo.
No momento em que reconhecemos o fato de Sua efetiva Ressurreição, então
sabemos que o problema do pecado está resolvido; sabemos que Satanás foi
eternamente derrotado por nós.
Sabemos que estamos unidos à Divindade.
Sabemos que chegamos à família de Deus.
Sabemos que a capacidade de Deus se tornou nossa.
Isto pode não ficar evidente para nós de uma só vez, mas à medida que
estudamos a Palavra e agimos sobre ela, vivemos nela, e deixamos que ela
viva em nós, ela se torna talvez vagarosamente, porém certamente uma
realidade viva.
Essa realidade é desenvolvida através de nossa confissão.
Confessamos Seu Senhorio e declaramos diante do mundo que Ele é nosso
Pastor e que nada nos faltará.
Confessamos que Ele nos faz repousar em pastos verdejantes, e que Ele nos
conduz às águas de descanso.
Confessamos que Ele restaurou nossas almas a uma doce e maravilhosa
comunhão consigo mesmo.
Confessamos que Ele nos tornou Novas Criações, que as coisas velhas já
passaram e eis que todas as coisas se tornaram novas, e que nos tornamos a
Justiça de Deus em Cristo.
Confessamos destemidamente diante do mundo a nossa completa unidade e
união com Ele.
Declaramos que Ele é a Vinha e que nós somos os ramos; que os ramos e a
Vinha são um.
Declaramos que somos participantes da Natureza Divina que habitava nEle
quando Ele andava na Galiléia.
Estas são as nossas confissões.
Ficamos sabendo que Satanás está derrotado, que os demônios estão sujeitos
ao Nome de Jesus em nossos lábios, que a doença não pode existir na presença
do Cristo Vivo em nós.
Agora ousamos agir em face do que sabemos que a Palavra ensina.
Ousamos assumir nosso lugar e confessar diante do mundo que o que a
Palavra diz sobre nós é verdade.
Deixamos a confissão de fracasso, fraqueza, e incapacidade, porque Deus se
tornou nossa capacidade, Deus se tornou nossa suficiência e Ele nos fez
suficientes como ministros de uma Nova Aliança.
Confessamos que Ele nos tomou do antigo estado no qual o fracasso reinava,
para um novo estado de vitória, alegria e paz.
À medida que fazemos nossa confissão e agimos sobre a Palavra, nossa fé
cresce e nossa Redenção se torna uma realidade.
A Confissão Correta
Jesus disse, “Porque eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me
enviou, esse me tem prescrito o que dizer e o que anunciar”, João 12:49.
Toda cura que Jesus realizou foi feita através da Palavra de Seu Pai. Toda
Palavra que falou era a Palavra do Pai.
Jesus sabia quem era; conhecia Seu lugar; conhecia Seu trabalho.
Era sempre positivo em Sua mensagem. Sabia que as palavras que falava eram
as Palavras de Seu Pai.
Assumia Seu lugar como filho. Cumpria Seu papel.
Confessava continuamente sua filiação.
Jesus sempre confessava o que era.
Ele dizia, “Eu sou o Bom Pastor. Eu sou o Pão da Vida. Eu sou a Água da
Vida. Deus é Meu Pai. Eu sou a Luz do Mundo”.
Em João 5:19-30, Jesus faz dez declarações sobre Si mesmo.
Elas na verdade são confissões, e cada uma delas o relaciona à Divindade.
Ele estava falando a própria Palavra de Seu Pai.
João 7:29 diz, “Eu o conheço, porque venho da parte dele e fui por ele
enviado”.
Ele não somente confessou o que era, mas também confessou destemidamente
o que o homem seria depois que se tornasse uma Nova Criação.
João 15:5 diz, “Eu sou a videira, vós, os ramos”.
João 7:38-39 diz, “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior
fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de
receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora
dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado”.
Que espécie de confissão era essa! Quão real se tornou no Dia de Pentecostes!
João 8:54-55, “Respondeu Jesus: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha
glória nada é; quem me glorifica é meu Pai, o qual vós dizeis que é vosso
Deus. Entretanto, vós não O tendes conhecido; eu, porém, O conheço. Se eu
disser que não O conheço, serei como vós: mentiroso; mas eu O conheço e
guardo a Sua palavra”.
João 17:5, “E, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu
tive junto de ti, antes que houvesse mundo”.
Esse era um testemunho notável.
João 17:26 diz, “Eu lhes fiz conhecer o Teu nome e ainda o farei conhecer”.
Jesus conhecia o novo nome que Deus haveria de receber.
João 17:6 diz, “Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo”.
Tenho convicção de que o novo nome do qual Jesus fala aqui é “Pai”.
Ninguém jamais havia chamado Deus de “Pai” antes.
João 9: 35-36, “Ouvindo Jesus que o tinham expulsado, encontrando-o, lhe
perguntou: Crês tu no Filho do Homem? Ele respondeu e disse: Quem é,
Senhor, para que eu nele creia?”
Jesus então confessou quem Ele era realmente.
No versículo 37 Jesus disse ao homem que havia sido cego, “Já o tens visto, e
é o que fala contigo”.
Jesus declarou abertamente que era o Filho de Deus.
Em João 4:26 temos outra confissão surpreendente.
Ele estava falando com uma mulher samaritana e confessando que era o
Messias, o Filho de Deus.
Jesus Sabia Quem Era
Quase todo milagre que Jesus efetuava era feito com as Palavras do Pai nos
Seus lábios.
Jesus era a vontade revelada do Pai.
João 4:34 diz, “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me
enviou e realizar a sua obra”.
João 5:30 diz, “Não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me
enviou”.
João 6:38 diz, “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria
vontade, e sim a vontade daquele que me enviou”.
João 8:29 diz, “Eu faço sempre o que Lhe agrada”.
Que descrição do Mestre! Ele não tinha ambições pessoais, nenhum objetivo
pessoal a alcançar, estava simplesmente fazendo a vontade de Seu Pai,
revelando o Pai, ao ponto de poder dizer, “Quem me vê a mim vê o Pai” (João
14:9).
Quanto menos ambições mundanas tivermos, quanto menos desejos do
mundo, mais plenamente o Pai Se revelará a nós.
Suas Palavras em nossos lábios realizarão os mesmos prodígios que Suas
Palavras realizaram nos lábios de Jesus.
A atitude egocêntrica limita as pessoas.
O homem egoísta é um homem limitado.
Quem vive na Palavra e deixa a Palavra viver nele, quem pratica a Palavra e
age sobre ela, é quem revela o Pai.
Quando agimos sobre a Palavra de Deus revelamos o Pai
A Confissão Errada
Poucos dentre nós compreendemos que nossa confissão nos aprisiona. Mas, o
tipo certo de confissão nos libertará.
Não são os nossos pensamentos, mas nossas palavras, nossas conversas, que
formam a força ou a fraqueza em nós.
Nossas palavras são a moeda no Reino da Fé. Nossas Palavras nos prendem e
mantêm em cativeiro, ou nos libertam e se tornam poderosas nas vidas dos
outros.
É o que confessamos com nossos lábios que realmente domina nosso ser
interior.
Inconscientemente confessamos o que cremos.
Se falamos da doença é porque cremos nela. Se falamos da fraqueza e do
fracasso, é porque cremos na fraqueza e no fracasso.
É surpreendente que fé as pessoas têm nas coisas erradas.
Elas crêem firmemente no câncer, nas úlceras estomacais, na tuberculose, e
nas outras doenças incuráveis. Sua fé nessas doenças se levanta até o ponto
delas as dominar completamente e as governar. Elas se tornam seus escravos
absolutos.
Elas adquirem o hábito de confessar suas fraquezas e sua confissão faz
aumentar a força de sua fraqueza. Elas confessam sua falta de fé e estão cheias
de dúvidas.
Elas confessam seu medo e ficam mais temerosas. Elas confessam seu medo
da doença e a doença aumenta sob essa confissão.
Elas confessam sua carência e desenvolvem um senso de falta que vem a
predominar em suas vidas.
Quando compreendemos que nunca podemos passar do nível de nossa
confissão, chegamos à situação na qual Deus pode realmente começar a nos
usar.
Você confessa então que pelas Suas pisaduras está curado, apega-se a esta sua
confissão, de forma que nenhuma doença pode permanecer diante de você.
Quer entendamos ou não, estamos semeando palavras assim como Jesus disse
em Lucas 8:11, “A semente é a palavra de Deus”. O semeador saiu a semear e
a semente que estava semeando era a Palavra de Deus.
Essa é a semente que devemos semear. Outros estão semeando as sementes do
medo e da dúvida que vêm do Conhecimento pelos Sentidos.
É quando confessamos a Palavra de Deus, declarando enfaticamente “Pelas
Suas pisaduras estou curado” ou “Meu Deus supre cada uma de minhas
necessidades” e nos apegamos à essa nossa confissão, que vemos nossa
libertação.
Nossas palavras produzem fé ou dúvida nos outros.
Apocalipse 12:11 declara, “Eles, pois, o venceram por causa do sangue do
Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram”.
Eles o venceram com a Palavra de Deus que estava no seu testemunho. Eles
venceram o Diabo com palavras.
A maior parte dos enfermos que Jesus curou durante Seu ministério foi curada
com palavras.
Deus criou o Universo com palavras: palavras cheias de fé.
Jesus disse, “tua fé te salvou”.
Ele disse para o morto Lázaro, “Vem para fora!” Suas Palavras levantaram o
morto.
Satanás é vencido por meio de palavras, ele é derrotado por palavras.
Nossos lábios se tornam o meio de transporte do livramento de Deus vindo do
céu para as necessidades do homem aqui na terra.
Usamos a Palavra de Deus. Sussurramos, “No Nome de Jesus, demônio, saia
dele”.
Jesus disse, “Em meu Nome, expelirão demônios; em meu Nome vocês
imporão as mãos sobre os enfermos e eles ficarão curados”.
Tudo através de Palavras!
Questiono se as mãos impostas fazem mais do que apenas ajudar os Sentidos.
É apenas a Palavra que cura.
Jesus disse, “E tudo quanto demandardes em meu nome, isso farei”. (Em
Grego a palavra geralmente traduzida por “pedir” significa “demandar”).
Estamos demandando assim como Pedro fez na Porta Formosa quando disse,
“Em Nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!”
Palavras curaram esse homem.
Agora, fazemos nossa confissão de palavras. Apegamo-nos à nossa confissão.
Recusamo-nos a ficar vencidos em nossa confissão.
João 8:32, “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
Ou João 8:36, “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”.
Sabemos que o Filho nos libertou e confessamos isso.
Jesus é o Sumo Sacerdote da nossa confissão.
Jesus venceu os inimigos da humanidade: Satanás, a doença, o medo, a morte
e a necessidade.
Ele tornou esses inimigos cativos e libertou o homem.
Hebreus 4:14 nos diz para conservar firme a confissão de nossa fé.
“Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que
penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão”
Essa confissão é a fé falando. É a nossa vitória sobre o inimigo. É a nossa
confiança.
Colossenses 2:5 em uma de nossas traduções diz, “Pois, embora, como vós
dizeis, esteja ausente de vós no corpo, contudo, em espírito, estou presente
convosco, e estou muito satisfeito em testemunhar de vossa boa disciplina e da
atitude de firmeza apresentada pela vossa fé em Cristo”.
Essa “atitude de firmeza” significa a confissão contínua da vitória.
Romanos 8:37, “Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores,
por meio daquele que nos amou”.
Jesus desarmou os principados e as potestades que lutaram contra Ele e os
expôs à vergonha pública. (Esta é a versão de Colossenses 2:15 na Tradução
de Connybeare).
Devemos parar de fazer o tipo errado de confissão, e começar imediatamente a
aprender COMO confessar e O QUE confessar.
Devemos começar a confessar que somos o que Ele diz que somos, a nos
apegar a essa confissão em face de toda evidência contrária.
Recusamo-nos a ser fracos ou a reconhecer a fraqueza.
Recusamo-nos a ter alguma coisa a ver com a confissão errada.
Somos o que Ele diz que somos.
Nos apegamos a essa confissão com a ousada consciência de que a Palavra de
Deus nunca pode falhar
Capítulo XIII
ORAÇÃO

Oração é unir forças com o Pai. É ter comunhão com Ele, efetuando Sua
vontade sobre a terra.
Parece que Deus é limitado por nossa vida de oração, de forma que não pode
fazer nada pela humanidade a não ser que alguém Lhe peça que faça algo.
Porque isso é assim, não sei.
Temos uma dica quanto a isso em Gênesis 18, quando Deus se recusou a
destruir Sodoma e Gomorra até que tivesse conversado com Seu amigo de
Aliança de Sangue, Abraão.
A Oração Sob a Antiga Aliança
A oração de Abraão, registrada em Gênesis 18:22-23, é a oração mais
iluminadora e sugestiva dentre quaisquer outras orações da Antiga Aliança.
Ele disse a Deus, “Destruirás o justo com o ímpio? Se houver, porventura,
cinqüenta justos na cidade, destruirás ainda assim e não pouparás o lugar por
amor dos cinqüenta justos que nela se encontram? Longe de ti o fazeres tal
coisa, matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio;
longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra?”
Aqui Abraão estava tomando o seu lugar na Aliança.
Abraão havia recebido através da Aliança direitos e privilégios que pouco
entendemos.
A Aliança que Abraão havia há pouco celebrado com Jeová lhe conferia
legalmente uma reputação com Deus.
Ouvimo-lo falar tão francamente, “Não fará justiça o Juiz de toda a terra?”
Esta foi sua intercessão por Sodoma e Gomorra.
E ao longo de todo Antigo Testamento encontramos homens que entendiam a
Aliança e assumiram sua posição nela.
Josué pôde abrir o Jordão. Ele pôde dar ordens ao sol, à lua e às estrelas para
que ficassem parados no céu.
Elias pôde trazer fogo do céu para consumir a oferta bem como o altar.
Os poderosos homens de Davi ficavam completamente protegidos da morte
em suas guerras. Eles se tornaram como que super-homens, enquanto se
lembravam da Aliança.
Praticamente todas as orações do Antigo Testamento eram orações de homens
da Aliança.
Eles tinham de ser atendidos. Deus tinha de dar atenção a suas petições.
A Oração Sob a Nova Aliança
O Novo Testamento é uma Nova Aliança.
O crente tem direitos de Aliança na oração.
Isaías 43:25-26 diz, “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por
amor de mim e dos teus pecados não me lembro. Desperta-me a memória;
entremos juntos em juízo; apresenta as tuas razões, para que possas justificar-
te”.
Eis aqui um desafio do Deus que guardava a Aliança com Israel.
Este é um desafio também para a igreja.
“Desperte-me a memória”. Em outras palavras lembre-O de Suas promessas
com relação à oração.
Homens que foram poderosos em oração sempre lembraram Deus de Suas
promessas e apresentaram seu caso legalmente diante dEle.
Quando estiver orando fique diante do trono e pleiteie seu caso como um
advogado.
Este advogado está continuamente trazendo à memória leis e precedentes
legais.
Traga-Lhe a Sua Palavra, Suas promessas de Aliança. Pleiteie seus direitos.
“Desperta-me a memória. Apresenta as tuas razões, para que possas justificar-
te”.
É o desafio feito por Deus para apresentar o caso diante dEle.
Se seus filhos não são salvos, encontre uma passagem das escrituras que cobre
o seu caso e deposite a questão diante dEle.
Isaías 45:11(ARC), “Perguntai-me as coisas futuras; demandai-me acerca de
meus filhos e acerca da obra das minhas mãos”.
Esta passagem é profética. Não se aplica a Israel. Ela pertence a você.
“Perguntai-me as coisas futuras”. Estas eram coisas futuras, coisas talvez
ligadas à sua vida, sua família, sua comunidade ou seu governo.
“Demandai-me acerca da obra das minhas mãos”.
Isto está em perfeita harmonia com João 15:7, “Se permanecerdes em mim, e
as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será
feito”.
O verbo “pedir” aqui significa “demandar”.
Você não demanda com uma atitude de arrogância, mas como um parceiro.
Você apresenta o caso diante dEle.
Você Lhe chama a atenção quanto a Seu papel no drama da vida.
Uma escritura que você deveria usar continuamente é Isaías 55:11.
Leia cuidadosamente os versículos 9 e 10, “Porque, assim como os céus são
mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os
vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos
pensamentos”.
“Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam,
sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam brotar, para dar
semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da
minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará
naquilo para que a designei”.
Esta é a própria coluna vertebral da vida de oração.
Nenhuma Palavra que tenha saído de Deus pode voltar para Ele vazia.
Jeremias 1:12 diz, “Velo sobre a minha palavra para a cumprir”.
Ele confirmará Sua Palavra, se você ousar ficar do lado dela.
Os Lembradores de Jeová
Isaías 62:6 “Vós, os que fareis lembrado o Senhor, não descanseis, nem deis a
ele descanso até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na
terra”.
Aqui Ele sugere que há homens e mulheres que são “lembradores”, cujo papel
é manter estas promessas e declarações dos fatos claramente diante da mente
do Senhor.
Isaías 64:7, “Já ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte e te
detenha; porque escondes de nós o rosto e nos consomes por causa das nossas
iniqüidades”.
Daniel se pôs a orar. Ele se entregou à oração.
Ele chamou a atenção de Deus para as promessas que havia feito através de
Jeremias. Haveria uma restauração em Israel. Eles deveriam voltar novamente
para a terra prometida. Seu cativeiro na Babilônia deveria terminar.
Leia cuidadosamente Daniel 9.
Satanás tentava se opor à oração e ficar no caminho dela.
Leia a história do combate ocorrido entre anjos e demônios a respeito de
Daniel registrada em Daniel 10:20.
Jeremias 33:3, “Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e
ocultas, que não sabes”.
Deus está desafiando a nossa cooperação com Ele na vida de oração. Ele quer
nos abençoar.
Salmo 78:41 (versão marginal) “Tornaram a tentar a Deus, limitaram o Santo
de Israel”.
Nós fizemos isso.
Nós O limitamos em nossa vida de oração.
Deixamos as grandes promessas de comunhão e cooperação com Deus passar
despercebidas e ficar sem cumprimento.
Jesus não era somente um mestre de oração, mas era Ele próprio uma oração.
Gostaria que houvesse um registro para nós das coisas pelas quais Ele orou e
do Seu método de oração.
Sabemos que Ele deixou de lado a multidão repetidas vezes, para passar às
vezes uma noite toda com Seu Pai em oração.
Se isso era somente para conseguir comunhão, ou se Ele estava orando por um
mundo perdido, não podemos dizer.
Oração em União
Mateus 18:18-20 nos fornece uma descrição da oração feita em união.
“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos
céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus. Em
verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a
respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por
meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em
meu Nome, ali estou no meio deles”.
Esta escritura é surpreendente, “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu
Nome, ali estou no meio deles”.
Isso seria uma reunião executiva feita com o Mestre.
Unimo-nos para realizar negócios, sentando em Sua presença, planejando,
discutindo e então orando, pois Ele disse, “Se dois dentre vós concordarem”.
O grupo pode ser muito pequeno, somente marido e mulher, mas se eles
concordarem a respeito de qualquer coisa que pedirem, isso ocorrerá. Este é
um desafio.
Todo crente deve encontrar um concordante, alguém que possa se unir a ele
em oração.
Devemos traçar um programa de oração, fazendo uma lista de assuntos e de
pessoas a serem apresentados inteligentemente perante o Pai.
João 15:7-8, “Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem
em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai,
em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos”.
Se somos Nascidos de Novo, de fato permanecemos nEle.
Sua Palavra permanece em nós na medida em que agimos sobre ela.
O problema de precisar ter fé não ocorre na oração.
Supõe-se que aqueles que permanecem nEle tenham fé.
Foi preciso fé para entrarmos na família.
Mas agora estamos na família, não existe mais um problema de fé.
O problema é da Palavra habitar em nós.
Se estamos vivendo a Palavra, então quando chegamos a orar, essa Palavra
habitará em nós tão abundantemente que se tornará a Sua Palavra em nossos
lábios.
Serão como as Palavras do Pai nos lábios do Mestre.
Como Orar
João 15:16 diz, “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu
vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso
fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele
vo-lo conceda”.
Aqui a oração é dirigida ao Pai no Nome de Jesus. Esta é a ordem divina.
Esta afirmação envolve a capacidade de trazer Deus para as nossas
circunstâncias, nossas finanças, ou qualquer que seja a nossa necessidade em
nossos lares, negócios, ou nação.
“Tudo quanto pedirdes ao Pai em meu Nome, Ele vo-lo concederá”.
Nessa passagem não estamos orando a Jesus. Estamos orando ao Pai no Nome
de Jesus.
Jesus na verdade nos passa aqui uma procuração. Quer dizer que o que Jesus
pode fazer, nós podemos também fazer.
Quer dizer que o Nome de Jesus nos dá o direito de vir à Sua presença e ver
nossas orações respondidas.
Jesus está por trás de nossa oração. Ele a confirma.
João 16:23-24, “Naquele dia, nada me perguntareis. Em verdade, em verdade
vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome.
Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a
vossa alegria seja completa”.
Devemos orar ao Pai no Nome de Jesus.
Podemos ter comunhão e discutir as coisas com o Mestre, mas quando se trata
de oração baseada em termos legais, ela tem de ser dirigida ao Pai no Nome de
Jesus.
Aqui nada será impossível.
Não pediremos nada ao Pai que esteja fora de Sua vontade se estivermos
andando com Ele.
A palavra “fé” não está ligada a isso.
Tivemos fé para vir para a família, mas agora tudo o que Jesus fez nos
pertence.
Estamos nos aproveitando disso.
Estamos fazendo o papel de um filho de Deus.
1 João 5:14-15, “E esta é a confiança que temos para com Ele: que, se
pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade, Ele nos ouve. E, se sabemos
que Ele nos ouve quanto ao que Lhe pedimos, estamos certos de que obtemos
os pedidos que Lhe temos feito.
É a Vontade do Pai
O crente, andando em comunhão com a Palavra, nunca pedirá nada fora da
vontade do Pai.
Não precisamos nos preocupar com isso.
Sabemos que salvar os perdidos está de acordo com Sua vontade, pois para
esse fim Jesus morreu.
João 3:16, “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho
unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Sabemos que curar os enfermos está de acordo com Sua vontade, pois Cristo
levou nossas enfermidades e carregou nossas dores.
1 Pedro 2:24, “Carregando Ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os
nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça;
por Suas chagas, fostes sarados”.
Sabemos que orar por finanças para cumprir as obrigações financeiras é da
Sua vontade.
Filipenses 4:19, “E o meu Deus há de suprir cada uma de vossas
necessidades”.
Praticamente tudo está coberto nestes pontos.
Podemos orar pelos ministros para que falem no poder do Espírito.
Podemos orar pelos perdidos nas terras pagãs.
Tudo isso está de acordo com Sua vontade.
Assim, com qual ousadia devemos vir até Ele!
Mateus 19:26, “Para Deus tudo é possível”.
Estamos vindo Àquele que tem toda a capacidade.
Falando para os Judeus, Ele disse em Mateus 21:22, “E tudo quanto pedirdes
em oração, crendo, recebereis”.
Marcos 11:24, “Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede
que recebestes, e será assim convosco”.
Eis a fé Lhe agradecendo por uma coisa que já possui, que não se materializou
ainda, mas que sabe que é sua.
Marcos 9:23, “Tudo é possível ao que crê”.
Todas as coisas são possíveis para o homem que coopera com o Senhor, que
tem comunhão com o Senhor, que é um trabalhador junto com o Senhor.
Capítulo XIV
ALGUMAS COISAS EM QUE DEVEMOS CRER

Na igreja primitiva os Cristãos eram chamados “crentes”.


Quando Jesus disse, “Tudo é possível ao que crê”, a palavra grega
usada ali para “crer” significa um “crente”.
Ele disse, “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem”; esta
palavra “crêem” também significa um crente.
Um crente na verdade significa um possuidor, alguém que aceitou a
Cristo, recebeu a Vida Eterna, e assumiu seu lugar na família.
Um cristão professo porém que somente assente mentalmente,
carece da realidade da Vida Eterna em seu espírito. Ele somente
espera ou anseia por ela e sonha que um dia a terá, contudo o crente
alegremente agradece ao Pai por ela.
A palavra crer é um verbo. A palavra fé é um substantivo. Em toda
situação em que Jesus usa a palavra crer Ele quer dizer “tomar
posse”.
João 6:47, “Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim
tem a vida eterna”.
Crer aqui é equivalente a “tomar posse”.
O mesmo é ainda verdade hoje em dia.
Algumas Coisas em que Não Devemos Crer.
Nunca devemos crer no fracasso. Nunca devemos pensar ou falar em
fracasso porque somos crentes.
O crente, na mente do Pai, é um sucesso.
Ele é um filho de Deus.
Nunca devemos falar da nossa falta de capacidade de fazer as coisas.
Nunca devemos mencionar fraqueza.
Lembramos que Deus é a força de nossas vidas e que recebemos a
capacidade de Deus.
Jesus disse aos discípulos que eles deveriam permanecer em
Jerusalém até que recebessem poder do alto.
A palavra grega traduzida como “poder” significa “capacidade” ou
“habilidade”.
Assim eles deveriam esperar em Jerusalém até receberem a
capacidade de Deus.
Nunca dominamos este assunto. Nunca o ouvimos sendo explicado.
Como isso compunge nossos corações. Dificilmente ousamos dizer
em voz alta: “Deus é a minha capacidade”.
Temos a capacidade de fazer qualquer coisa que o Mestre teria feito.
Temos a capacidade de amar as pessoas não atraentes e odiosas
assim como Ele as ama.
Cristo morreu pelos ímpios e pelos indignos.
Temos a capacidade de viver para estas pessoas indignas e ímpias.
Temos a capacidade de conhecer a Palavra, porque Deus é a nossa
capacidade. Ele é o autor da Palavra.
Nunca devemos falar palavras de ódio, porque o ódio é o emblema
do adversário.
Nunca devemos por um momento permitir ou admitir de que este
mal possa prevalecer ou aquele pecado possa vencer.
Somos representantes de Deus. Estamos assumindo o lugar de Jesus,
realizando a obra dEle.
Temos Seu Nome com toda autoridade. Temo-lO como a nossa
sabedoria.
Nós O temos como nossa capacidade.
Se somente soubermos disso, seremos super-homens.
Se pudéssemos entender como Ele nos considera, como pensa a
nosso respeito, nunca falaríamos novamente palavras de fraqueza, de
fracasso e de falta.
Estamos da mesma classe de seres que Deus. Somos participantes de
Sua natureza.
Estamos assumindo o lugar de Jesus em Sua ausência.
Estamos fazendo o tipo de trabalho que Jesus fez.
“Obras maiores do que estas fareis, porque eu vou para junto do Pai.
E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai
seja glorificado no Filho”.
“Saímos do velha esfera dos Sentidos onde a fraqueza e o fracasso
dominavam para essa nova esfera do sucesso e da vitória.
Sabemos que essa Justiça nos dá acesso à sala do trono de Deus e
que temos tanto direito de entrar ali como Jesus.
Isto traz para a oração uma nova base. Não estamos suplicando e
clamando, mas estamos entrando ali como filhos e filhas assumindo
nossas responsabilidades e apresentando as necessidades do mundo
diante dEle.
A oração se torna como uma reunião de negócios executiva.
Entramos para fazer um requerimento que satisfaça alguma
necessidade especial.
Capítulo XV
RECEBER, NÃO DAR

Temos transmitido uma mensagem errada ao mundo.


Nossa mensagem para as pessoas do mundo tem sido uma
mensagem de ter que “dar e desistir de algo”. Temos lhes dito o que
precisam fazer, ao passo que Deus não pede ao mundo que desista
de nada.
Algumas pessoas poderiam perguntar, “Ele não pede que elas
desistam de seus pecados?” De forma nenhuma.
“Mas Ele não lhes pede que desistam de sua impiedade e rebelião
para com Ele?” Não.
Não se trata de uma subtração. Mas de uma adição.
Não é retirar algo, é acrescentar.
Deus é o doador. Somos os receptores.
“Porque Deus amou de tal maneira que deu o seu Filho unigênito”,
(João 3:16).
Ele nunca pediu à humanidade que Lhe dê algo.
Ele viu nossa pobreza. Ele viu que as únicas coisas que poderíamos
Lhe dar seriam coisas para as quais Ele não tinha nenhum uso.
Deus é o Doador.
Ele dá somente como um príncipe, um rei poderia dar.
Ele não pede que desistamos de algo, ou entreguemos algo.
Mas Ele de fato nos pede que recebamos algo.
A primeira coisa que Ele oferece é a Redenção do medo da
necessidade, fracasso, fraqueza, doença ou enfermidade. Ele nos
oferece uma Redenção de todas estas coisas.
Não parece ser acreditável ou mesmo possível que possa ser assim,
mas no entanto esta é a verdade.
Ele nos oferece Redenção das obras do inimigo.
Como é palpitante para o coração contemplar isso!
Colossenses 1:13-14 nos fornece uma verdade surpreendente, “Ele
nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do
Filho do seu amor”
Notemos cuidadosamente. Ele não nos pede nada.
Ele veio por Sua própria iniciativa, às Suas próprias custas, e nos
Redimiu da autoridade das trevas, da fraqueza, da ignorância e do
fracasso, e Ele envia a Revelação que nos conta as boas novas de
que estamos Redimidos; não de que podemos ser libertos, não de
que precisamos ser bons e desistir de nossos pecados. Não, já
estamos libertos da autoridade das trevas.
Nessa palavra “trevas” está implicado um sistema todo de
escravidão, de ódio satânico, de amargura e de desconfiança.
Tudo o que Satanás é, está implicado na palavra “trevas”.
Há ignorância, lágrimas, fome, necessidades, carência, doença, dor e
agonia.
Mas estamos libertos disso.
Ele nos libertou da autoridade do domínio de Satanás.
Ele não somente nos libertou, mas também nos transladou para o
reino do Filho de Seu amor, no qual temos nossa Redenção, a
remissão de nossas transgressões.
Como isso constrange nossos corações.
Mas esta não é a mensagem que nos ensinaram a pregar.
Ao contrário.
Em nenhum lugar Ele nos manda sair e fustigar o pecador, dizendo-
lhe de que coisas ele deve desistir e o que ele precisa entregar.
Se ele recebe Cristo como Salvador, isso é arrependimento. Se ele O
confessa com seu coração como seu próprio Senhor, isso é crer.
Ele não somente nos pede que recebamos esta maravilhosa
Redenção, mas nos pede também que recebamos Jesus como
Senhor.
Isso é exemplificado por Rute, a moabita recebendo Boaz como seu
esposo. Receber Boaz significou o fim da pobreza e necessidade, o
fim da ansiedade e do medo, o fim da fome e do sofrimento.
Ela se tornou a dona daquela mansão na colina. Aquele grande
pomar de oliveiras e de romãs, de pêssegos e laranjas, aqueles vastos
campos de trigo se tornaram dela.
Ela não desistiu de sua pobreza. Ela recebeu da riqueza dele.
Ela não desistiu de sua solidão. Ela recebeu a comunhão dele.
Ela não desistiu de sua fraqueza, ansiedade e medo; ela recebeu sua
abundância, sua proteção e cuidado.
Deus vem até nós. Ele nos pede que recebamos Jesus como nosso
Senhor e contemos alegremente ao mundo que chegamos ao fim da
fraqueza e do fracasso, que encontramos Sua força, Sua plenitude e
Sua capacidade.
A palavra “Senhor” significa aquele que provê o pão.
Ele é nosso provedor de pão. É nosso provedor de força.
Ele é nosso provedor de capacidade.
“Todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça”.
Somos recebedores.
Não somos mais mendigos implorando que Ele venha e nos
abençoe.
Somos abençoados com toda benção espiritual nos lugares celestiais.
Somos ricos com Suas riquezas.
Estamos cheios de Sua plenitude.
Estamos satisfeitos com Ele.
Ele é o nosso próprio Senhor ressurreto.
Ele nos pede para receber a Vida Eterna, Sua natureza.
Ele nos faz Novas Criaturas. Somos criados em Cristo Jesus.
As coisas velhas do fracasso, da fraqueza e do pecado já passaram e
eis que todas as coisas se fizeram novas. Todas estas coisas são de
Deus que nos reconciliou Consigo mesmo.
De nós mesmos não podemos nos reconciliar. Não tivemos nada a
ver com a Nova Criação, exceto recebê-la.
Tudo Vem de Deus
Não podemos compreender isso. Está além de nós.
Está na esfera do Espírito, na esfera das riquezas da graça e da
glória.
Esta Nova Criação nos torna filhos do Deus Todo Poderoso.
Deus é agora nosso Pai. Somos Seus filhos, estamos em Sua família.
Que maravilha! Que graça! Que alegria!
Como isso nos consola e nos fortalece!
Quando recebemos Sua Redenção ficamos livres da velha
escravidão e dos antigos hábitos. Quando recebemos Seu Senhorio e
alegremente contamos acerca disso ao mundo, recebemos nossa
Redenção.
A Vida Eterna nos liga a Ele.
Nem mesmo a havíamos pedido a Ele.
Não suplicamos orando e prometendo fazer certas coisas caso Ele
nos desse essa Vida.
Tudo o que tivemos que fazer foi reconhecer o dom e agradecer-Lhe
por ele.
“Mas”, você diz, “e quanto aos nossos pecados?”
Ele aniquilou nosso pecado pelo sacrifício de Si mesmo.
Não temos nada mais a ver com ele.
Estávamos em escravidão e impotência, mas então um dia alguém
surgiu e disse, “Você sabia que Ele aniquilou seu pecado pelo
sacrifício de Si mesmo?”
Dissemos, “Sim lemos sobre isso, mas nunca entendemos”.
A coisa que nos prendia ao Adversário e que trazia condenação
havia sido aniquilada e nossos corações foram cheios de alegria.
“Ele mesmo carregou em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos
pecados”.
Ele foi feito pecado com o nosso pecado para que pudéssemos nos
tornar Justos com Sua Justiça.
O pecado não mais tem nenhum domínio sobre nós.
“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se
desviava pelo caminho” e o Pai colocou sobre Cristo tudo o que já
fomos ou fizemos.
João Batista disse, “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo!”
Deus lidou com o problema do pecado.
Ele não pede que lidemos com esse problema. Ele não pede que
façamos nada a respeito disso. Ele nem mesmo pede que
lamentemos ter sido pecadores.
Por quê? Não tínhamos culpa de sermos pecadores.
Deveria um homem ser culpado por nascer num certo país? Não, ele
não teve nada a ver com isso.
Não tínhamos nada a ver com nossa condição pecaminosa.
Não podíamos nem mesmo ter evitado cometer os pecados que
cometemos. Eles eram resultado de uma condição de pecado em
nossa natureza.
Agora Ele vem e nos diz que aniquilou esse pecado, que redimiu
todos os pecados já cometidos.
Ele não está pedindo que façamos nada.
É Tudo de Graça
Ele disse, “Porque pela Graça sois salvos, mediante a fé; e isto não
vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se
glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas
obras” (Efésios 2:8-10).
Quando a Nova Criação se tornou um fato na mente do Pai? Quando
Jesus ressurgiu dentre os mortos.
Quando fomos justificados e declarados Justos? Quando Ele
ressurgiu dentre os mortos e se assentou à destra da Majestade no
alto.
Então esta Nova Criação, Justificação e Justiça têm esperado por nós
todos estes anos? Isto é um fato.
Ele não pede que façamos nada, mas que apenas recebamos.
Se tivermos que pagar-Lhe por nossa Redenção não será mais pela
graça, mas pelas obras.
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós;
não de obras, para que ninguém se glorie”.
A filiação é um dom.
A Redenção é um dom.
A Vida Eterna é um dom. A Nova Criação é um dom. O Espírito
Santo é um dom.
Jesus era um dom.
Deus de tal forma amou que deu Seu Filho.
Jesus é um dom, o Pai é um dom.
Não temos de pagar por algo dado de presente.
Capítulo XVI
A MENTE DIRIGIDA PELOS SENTIDOS
(Romanos 12:1-2)
Como são poucos dentre nós os que entenderam que a mente
dirigida pelos Sentidos nunca pode ter a Fé vitoriosa que vem pela
Revelação.
Somente quando a mente foi renovada por meio da prática da
Palavra a fé na Palavra se torna poderosa.
Esta renovação da mente vem pelo agir sobre a Palavra em cada
crise, no dia a dia, permitindo que a Palavra assuma o seu lugar na
vida.
O crente não desfruta da Palavra Viva até que sua mente tenha sido
renovada.
A mente não renovada prefere se alimentar das palavras do homem.
Ela não pode agir sobre a Palavra de Deus da forma como age sobre
as Palavras dos homens.
As pessoas vão lhe dizer o que o médico disse, e vão agir em função
da palavra dele.
Se lhes digo o que Deus disse, eles meneiam as cabeças dizendo,
“Não, não podemos agir baseados nisso”.
A mente governada pelos Sentidos está sempre em luta com a
incredulidade.
Ela vive no campo do medo e da incerteza. A Palavra não é final,
não resolve a questão, de forma que ela repetidas vezes enfrenta as
mesmas batalhas, sempre sendo derrotada.
Isso porque os Sentidos, em vez da Palavra, governam a Mente.
A mente governada pelos Sentidos vive na esfera da incerteza.
Até que a Palavra venha a predominar, ela será controlada pelos
sentimentos e pelas coisas que vê e ouve, em vez de pelo
Conhecimento que vem pela Revelação.
Quando as pessoas governadas pelos Sentidos lêem a Palavra,
declaram que ela é verdadeira, mas na próxima golfada de ar falam
da ajuda que vem pelo Conhecimento pelos Sentidos.
O enfermo declara que a Palavra é totalmente verdadeira, mas
depois disso se volta para os remédios.
A mente governada pelos Sentidos não se apazigua com a Palavra e
nem descansa calmamente.
Ela é uma mente inconstante.
Ela diz que a Palavra de Deus é verdadeira e que está disposta a
defender a integridade absoluta da Palavra, mas no entanto a está
continuamente repudiando na conduta diária.
Tiago chama estas pessoas de pessoas inconstantes que falam de
“fé”, mas agem pela “razão”.
Elas procuram resultados de “fé”, mas por ações advindas da
“razão”.
Os inconstantes são sempre instáveis.
Eles vivem na fronteira entre a fé e a razão.
Suas casas estão construídas no terreno que fica entre estes dois
países.
Procuram reivindicar a cidadania sob ambos governos.
Mas a fé não pode ser edificada a não ser sobre a Palavra de Deus.
Capítulo XVII
O NOVO MANDAMENTO E A JUSTIÇA

A lei que governa a igreja, a lei que substituiu os Dez Mandamentos,


a lei que prevalece sobre toda lei humana, é a lei do amor.
Se alguém anda no tipo de amor de Jesus, nunca quebrará nenhuma
lei dada para refrear o pecado.
Quando alguém anda em amor, não é mais um elemento negativo ou
neutro.
É um elemento positivo no mundo para abençoar.
Quando alguém sai fora da lei de amor, sai do ambiente divino para
o do adversário.
Quando alguém age fora do amor, o faz em harmonia com o
adversário. Fica numa situação em que fica sem defesa, pois
adversário tem o domínio.
Enquanto anda em amor, Satanás não tem nenhum domínio sobre
ele.
Quando age fora do amor, nele fica fraco o elemento da fé.
Não podemos andar pela fé, sem andar em amor.
Não podemos viver uma vida de fé sem viver uma vida de amor.
Levou um longo tempo para que isso ficasse claro em meu próprio
espírito, mas agora eu sei disso.
Nossa fé será medida inconscientemente pela nossa caminhada de
amor.
Não podemos falar fora do amor nem agir fora dele sem que seja
enfraquecida a nossa fé.
O amor de 1 Coríntios 13 “não procura os seus interesses”. A fé no
Pai e o egoísmo não se misturam.
Quando andamos pela fé, tornamo-nos independentes das
circunstâncias.
Quando andamos em amor, andamos no âmbito da proteção do Pai e
andamos em Sua sabedoria.
O Pai é amor, e Ele é luz.
Ele fez Jesus ser sabedoria para conosco.
Quando andamos em comunhão com Ele temos sabedoria, temos
Sua capacidade.
A fé se torna tão natural para nós como a água para um peixe.
Ela faz parte de nosso ser.
Deus é para nós a nossa força, a nossa vida, a nossa capacidade.
O Efeito da Justiça na Presença da Doença e da Enfermidade
Gostaríamos de saber por que Jesus era tão ousado na presença de
Satanás e das obras dele.
Nós O vimos na presença da morte, no túmulo de Lázaro, com uma
ousada confiança que nos impressiona.
Por que era assim?
Porque Ele era Justo.
O pecado torna os homens covardes. A consciência de pecado nos
mantém aprisionados.
Sabemos que somos de Deus e que temos Deus em nós. Sabemos
que somos a Justiça de Deus. Podemos nos situar na presença de
Satanás, de suas obras, de forma tão ousada como fez Jesus. (Leia
nosso livro, “Dois Tipos de Justiça”)
A Justiça é na realidade a capacidade que Deus tem de se apossar de
nós.
Colocamo-nos em Sua presença completamente desprovidos de
medo, por causa da consciência de que somos Novas Criações.
Fomos criados pelo próprio Deus. Jesus nos passou a procuração
para usar Seu Nome.
Ele disse, “Em meu Nome vocês expulsarão demônios”.
Se expulsamos demônios, podemos então desfazer tudo o que
Satanás fez.
Podemos quebrar o poder de Satanás onde quer que ele esteja
enfronhado.
Podemos subjugar e destruir suas fortalezas.
Podemos irromper contra ele com uma ousadia que significará a sua
destruição e a nossa vitória.
Sabemos que Satanás foi vencido, que agora nos tornamos senhores
onde antes éramos escravos, tornamo-nos fortes onde antes éramos
fracos.
Estamos identificados com Deus. Podemos assumir destemidamente
o Seu lugar e agir como Jesus agiu quando andou na terra.
Não foi apenas uma sentença sem sentido que saiu dos lábios do
Mestre, quando Ele disse, “Obras maiores do que estas vocês farão
porque vou para junto do Pai, e tudo quanto pedirem em meu nome,
isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho”.
Entendemos que a passagem acima não se trata de oração, nem de
falar com o Pai, mas de falar aos demônios.
Levantamo-nos numa atitude firme e destemida e enfrentamos nosso
adversário como vencedores.
Jesus havia dito, “Saia dele”.
E nós dizemos, “No Nome do Senhor, saia dele. Vá embora para o
abismo ao qual você pertence, e não ouse voltar e atormentar e
prejudicar este homem novamente”.
Estamos assumindo o lugar de Jesus. Estamos agindo em Seu lugar.
Sua Justiça que nos foi atribuída nos dá a capacidade de agir em Seu
lugar e de tomar o Seu lugar.
Este é um novo dia na Vida Divina. Esta é uma nova ordem na
esfera do homem.
Satanás reinava sobre a velha ordem. A consciência de pecado nos
dominava. Ficamos sabendo que a Nova Criação é a Justiça de Deus
em Cristo.
Sabemos que esta Justiça não é teológica nem filosófica, mas uma
Justiça real.
É Deus mudando nossa consciência de pecado numa consciência de
Justiça.
É Deus trabalhando dentro de nós, edificando Sua Palavra em nosso
espírito até que nos tornemos parecidos com Deus em nossa maneira
de pensar, hábeis em nossas obras.
Não somos mais tímidos e medrosos.
Ficamos de pé, como os filhos de Deus devem ficar na presença de
um inimigo vencido.
1 Coríntios 2:6 fala de potestades destronadas no mundo (Trad. de
Moffatt).
Temos as reconhecido como destronadas.
Temos nos reconhecido como estando entronizados.
Deus está entronizado dentro de nós.
Somos dominadores sobre as forças das trevas que têm estado
destruindo a raça humana.
Vamos tomar nosso lugar e desempenhar nosso papel.
A Relação da Justiça com a Fé
A fé surge de uma comunhão contínua com o Pai.
A Justiça é a capacidade de permanecer na presença do Pai sem um
senso de culpa ou de inferioridade.
É o produto da obra terminada de Cristo que culminou na Nova
Criação.
Quando sabemos que o Pai nos recriou, com Sua própria natureza,
retirando tudo o que não era amável, colocando Sua própria vida e
natureza em seu lugar, e quando entendemos que Ele está tão
satisfeito com a Nova Criação que pode fazer dela Seu lar, que Ele
vem habitar em nós, podemos entender como somos preciosos e
completamente inestimáveis para Ele.
Se Ele tivesse filhos e filhas com os quais não pudesse ter comunhão
em termos de igualdade, não haveria nenhuma satisfação nela; a
obra que Ele realizou em Cristo seria um completo fracasso.
Estamos certos de que o homem no princípio tinha uma perfeita
comunhão com o Pai. Quando ele caiu essa comunhão foi quebrada.
Uma perfeita Redenção precisa restaurar essa comunhão perdida.
Ela precisa ser restaurada em termos legais.
O homem precisa saber que tem um direito perfeito na presença de
seu Pai.
Ele precisa colocar um fundamento sobre o qual edificar uma
perfeita vida de amor. Dessa perfeita vida de amor surgirá uma vida
de fé.
A fé opera pelo amor. A fé e o amor estão relacionados.
O amor gera a fé e a fé fortalece o amor.
Quando uma pessoa sabe que Deus a recriou, tornado-a uma nova
Criação, e que essa Nova Criação é a natureza do Pai que lhe foi
transmitida, então ela sabe que seu lugar normal é na presença do
Pai.
Jesus disse, “Eu sou a vinha, vocês são os ramos”. Esta ilustração
mostra que deve haver perfeita comunhão, uma vez que o ramo e a
vinha são um.
O ramo é tão justo como a vinha, pois a vinha transmite sua vida e
Justiça ao ramo.
Isto edifica a fé no crente. Afirmamos continuamente que somos a
Justiça de Deus em Cristo.
Repetimos isso várias vezes até que a realidade disso se torne parte
de nossa consciência.
Estamos tão conscientes disso como estamos de que quatro mais
quatro são oito, ou de que uma fogueira libera calor, ou de que o sol
irradia a luz.
Sabemos que somos o que Deus diz que somos.
Não tentamos ser o que Ele nos fez.
Desfrutamos da riqueza e abundância do que somos em Cristo.
Quando Ele diz que se torna a Justiça daquele que tem fé em Jesus,
sabemos que de fato Deus se tornou nossa Justiça, pois temos fé em
Jesus como Salvador e Senhor.
Sabemos que somos Justos.
Não tentamos ser Justos, mais do que um homem tentaria ser um
homem. Ele pode até tentar ser um homem bom, mas ele é o que a
natureza o tornou.
Somos o que Deus nos fez ser – Sua própria Justiça.
O Espírito diz por meio de Paulo que Deus fez Jesus sabedoria para
nós.
Sabemos que Jesus é a nossa sabedoria.
Quando Ele diz que Jesus foi feito para nós santificação, sabemos
que somos santificados pela Sua santificação.
Quando Ele declara que foi feito para nós Redenção, sabemos que
estamos Redimidos, que Ele é nossa Redenção.
Consequentemente, nossa Redenção é uma realidade.
Da mesma forma Ele declara que se tornou nossa Justiça.
Se Ele se tornou nossa Justiça, então nossa posição diante do Pai é
idêntica à dEle. Esta é a base para uma fé real no Filho de Deus.
Marcos 11:22 diz numa versão, “Tenham a fé de Deus”, ou noutra
versão “Tenham a fé em Deus”. Nós temos ambas as coisas.
Temos a fé de Deus reproduzida em nós pela Sua Palavra viva, por
Sua natureza que nos é transmitida.
Temos fé em Deus porque é uma coisa normal e natural que um
filho tenha fé em seus pais.
Temos mais fé na capacidade de Deus nos dar vitória, curar, dar
poder e força, resolver os problemas da vida, do que temos no
adversário no sentido de atrapalhar os propósitos de Deus em nós.
Em outras palavras, temos mais fé na habilidade de Deus do que
temos na habilidade do adversário.
Temos mais fé na Palavra do Pai do que temos nas circunstâncias
que nos cercam ou no ambiente que nos tenta manter em prisão.
Deus é maior para nós do que qualquer outra coisa no mundo.
Sabemos que maior é Aquele que está em nós do que o ambiente ou
as influências que nos cercam.
Sabemos que somos mais que vencedores, que saímos da esfera do
fracasso para a esfera do sucesso e vitória.
O Efeito da Consciência do Pecado sobre a Fé
A fé não pode crescer numa atmosfera de condenação.
Enquanto nos mantivermos no domínio da consciência de pecado,
nossa fé será fraca e ineficaz.
Se freqüentarmos uma igreja em que pecado é pregado
continuamente, será desenvolvida uma consciência de pecado e será
destruído o vigor da fé.
A fé, assim como o amor, exige uma confissão contínua.
Se não afirmarmos continuamente nosso amor por aquelas pessoas
que estão ao redor, o amor vagarosamente esfriará, se tornará
ineficaz.
Precisa haver uma afirmação contínua do amor.
Marido e mulher que param de afirmar seu amor um pelo outro,
lentamente porém certamente perderão a profunda comunhão que
têm um com o outro.
O mesmo é verdadeiro com relação à fé.
Afirmamos constantemente nossa confiança, nossa fé, de forma que
ela cresce.
Algumas Declarações a Serem Feitas
“Posso tudo nAquele que me fortalece”.
“A capacidade de Deus está em mim”.
“Tenho a vida de Deus residente em mim”.
“Tudo o que eu pedir ao Pai no Nome de Jesus Ele me dará”.
“A força de Deus e a capacidade de Deus habitam dentro de mim”.
“Tenho Sua sabedoria”.
“Não tenho que pedir sabedoria, porque a sabedoria já é minha”.
“Não tenho que orar pedindo fé, porque Suas promessas não podem
ser invalidadas. Nenhuma Palavra de Deus é desprovida de Poder”,
Lucas 1:37.
“Tenho um convite permanente para entrar com ousadia na sala do
trono e me sentar na presença de meu Pai”.
“Agora sou um membro da família divina. Deus é meu Pai. Sou Seu
filho. Estou na família”.
“Sou participante da Sua natureza divina”.
“Estou constantemente consciente de Sua presença residindo em
mim”.
“Maior é Aquele que está em mim do que aquele que está no
mundo”
“Tenho Sua vida de amor residente em mim”.
Estas afirmações desenvolvem a fé, a saúde, a vida e a força na vida
do crente.
Estas afirmações são da Palavra ou são baseadas na Palavra. Elas
não são afirmações do Conhecimento que vem pelos Sentidos.
Capítulo XVIII
MEU RECIBO
No outro dia, enquanto falava com uma santa idosa que estava
afligida com um problema renal, chamei sua atenção para o fato de
que Deus havia colocado as doenças dela sobre Jesus. Li para ela
Isaías 53:4: “Certamente, Ele tomou sobre si as nossas enfermidades
e as nossas dores levou sobre si”.
Ela disse, “Sim, isso é verdade”.
Eu lhe disse então, “Você não percebe, Mamãe, que esta passagem
da Escritura é o seu recibo de uma perfeita cura? É como se você
tivesse uma conta que não podia pagar e alguém lhe entregasse um
recibo de quitação plena da conta. Você olharia para o recibo e
saberia que ele foi pago.
“Você se alegraria pelo fato de que está livre dessa dívida.
“O Pai quer que você saiba que Ele pagou a dívida. Ele colocou suas
doenças sobre Jesus, fazendo-O enfermar com a sua doença. „Ao
Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar‟, Isaías 53:10.
“Não é certo você ter essa doença ou mesmo considerar a doença.
Esta passagem da Escritura é seu recibo de quitação plena e
atualizada de uma perfeita cura dessa doença.
“De acordo com Sua Palavra, „Pelas suas feridas você está curada‟
agora.
“Você se recusa a dar lugar a qualquer outro pensamento que
contrariaria Sua Palavra. Você se recusa a receber o testemunho de
seus Sentidos. Você tem uma dor nas suas costas, mas se recusa a
aceitar isso como evidência de que não foi curada.
“Você diz com confiança e calma, „Pai, eu Te agradeço que o
problema renal foi colocado sobre Jesus, que Ele foi feito enfermar
com ele, e que pelas Suas pisaduras fui curada‟
“Não deve haver nenhuma preocupação, nenhum medo, porque
Jesus levou a doença da Senhora em Seu corpo no madeiro.
“Quando „Ele foi afligido, ferido de Deus e oprimido” isso foi com
relação às nossas doenças.
“Ele foi moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz
estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. Este é seu
recibo de plena quitação.
“Você foi liberta do domínio do adversário. Você está livre”.
Ela disse então, “Eu percebo isso”.
Os Problemas do Pecado e da Enfermidade Resolvidos
Certa vez estive muito ansioso para provar que Jesus realmente
ressurgiu dentre os mortos, que na verdade Ele subiu ao céu levando
Seu próprio sangue e o apresentou no Santo dos Santos celestial e
que a Justiça o aceitou.
Eu estava desesperadamente ansioso por saber se isso era verdade.
Se era verdade, então os problemas do pecado e da doença estariam
resolvidos e o domínio de Satanás sobre mim estaria terminado.
Se Jesus se assentou à destra de Deus, então a doença não tem mais
direito sobre meu espírito, alma ou corpo.
Hebreus 9:11-12, “Quando, porém, veio Cristo como sumo
sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito
tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, não
por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio
sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido
eterna redenção”.
Isto respondeu à minha pergunta. Ele havia realizado uma Eterna
Redenção por mim para o espírito, a alma e o corpo.
Cristo tomou sobre si minhas enfermidades e as minhas dores levou
sobre si; e pelas Suas pisaduras fui sarado.
Se Jesus se assentou à destra de Deus, este fato é um recibo de plena
quitação para o problema do pecado, da doença e da enfermidade.
Não posso lhe dizer com que agitação examinei as Escrituras para
provar isso. Descobri que dezenove ou mais vezes é declarado que
“Ele se assentou”.
Ele se assentou porque havia me libertado, porque havia satisfeito as
reivindicações da justiça. Ele havia quebrado o domínio do
adversário.
“Ele havia aniquilado o pecado pelo sacrifício de Si mesmo”,
Hebreus 9:26.
Ele havia tornado a Justiça disponível, (2 Coríntios 5:21). Ele havia
tornado a Vida Eterna algo incontestável, (1 João 5:13).
Isso quer dizer que toda Palavra no Novo Testamento é sustentada
pelo próprio Jesus. Por trás de Jesus está o trono de Deus. Por trás
do trono está o próprio Deus.
1 Pedro 2:24, “Carregando Ele mesmo em seu corpo, sobre o
madeiro, os nossos pecados”. Esta não é somente a solução do
problema do pecado, mas do problema dos pecados. O problema do
pecado era o que éramos. Os pecados eram o que havíamos feito.
Ele aniquilou o pecado e remiu nossos pecados.
“Para que pudéssemos viver para a Justiça”.
Para que pudéssemos viver no domínio da Justiça. Isso quer dizer
que estamos na presença do Pai assim como o Mestre, sem nenhum
senso de culpa ou de inferioridade.
Assumimos nossos lugares como filhos e filhas de Deus Todo-
Poderoso, membros de Sua própria família, co-herdeiros com seu
próprio Filho.
A não ser que assumamos nosso lugar, negamos a eficácia de Seu
Sangue, e a realidade de Seu Sacrifício e da integridade de Sua
Redenção.
Quando assumimos nosso lugar honramos o Pai. Honramos o Filho.
Honramos a Nova Criação em Cristo Jesus.
Honramos nossa própria posição. Como é importante que
entendamos o significado disso.
“Por suas chagas, fostes sarados”. Esta é a conclusão da questão
toda.
O pecado foi aniquilado. A justiça é um fato.
A doença é coisa do passado.
De acordo com esta passagem e com a Revelação Paulina da obra
terminada de Cristo, nunca deveríamos novamente estar sob o
domínio do adversário.
Deveríamos estudar de modo a nos mostrar aprovados para Deus,
como crentes que não precisam se envergonhar, assumindo nosso
lugar na família, sem condenação.
Alguém perguntaria, “Como o crente deve morrer?”
Deveríamos simplesmente ir desgastando e acabar adormecendo
sem dor, sem estas doenças horríveis que desonram nosso Senhor.
Que vida, que Redenção, que relacionamento são os nossos!
Capítulo XIX
O QUE JESUS DISSE SOBRE A FÉ

Me incomodava no princípio em saber por que Jesus exigia que os


judeus tivessem fé.
Depois vi por quê. Ele estava falando ao povo do Concerto de Deus
que tinha rompido sua fé em Jeová.
Em Mateus 9:28-30, quando os dois homens cegos vieram para ser
curados Ele disse, “Credes que eu posso fazer isso? Responderam-
lhe: Sim, Senhor! Então, lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se-vos
conforme a vossa fé. E abriram-se-lhes os olhos”.
Ele disse a Marta, “Se creres, verás a glória de Deus”.
De novo Ele disse, “Tudo é possível ao que crê”.
No que eles deviam crer? Não em que Ele morreu pelos seus
pecados e ressuscitou para sua Justificação, não que Ele era o seu
substituto que havia aniquilado o seu pecado, não que se eles O
aceitassem como Salvador pessoal e O confessassem como seu
Senhor, eles receberiam a Vida Eterna.
Que tipo de fé ele requeria?
Não era a fé salvadora como a entendemos: “Se, com a tua boca,
confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”.
Ele nunca pediu que alguém cresse nEle como o Salvador que daria
aos homens a Vida Eterna.
Ele pediu que eles cressem que Ele era o Filho de Deus, Aquele que
cura, o Messias.
Ele não lhes pediu que cressem no que chamamos Seu Sacrifício
Substitutivo.
Ele nunca mencionou isso. Ele não pediu que cressem em Sua
Ressurreição, pois Ele não tinha ainda morrido e ressurgido dentre
os mortos.
Marcos 11:20-24 é sugestivo. Eles viram a figueira seca desde a
raiz. Pedro chamando a lembrança Lhe disse, “Mestre, eis que a
figueira que amaldiçoaste secou. Ao que Jesus lhes disse: Tende fé
em Deus”.
Então Ele disse, “Porque em verdade vos afirmo que, se alguém
disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu
coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele.
“Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que
recebestes, e será assim convosco”.
Aqui Ele não está falando à Igreja. Está falando aos judeus sob a
Primeira Aliança. No entanto de certa forma isso se aplica a nós.
Ele está requerendo que eles creiam nEle.
Eles podem vê-lO como um homem. Eles vêem Seus milagres. Ele
alimentou a multidão; Ele transformou a água em vinho; Ele andou
sobre o mar; Ele dominou sobre os ventos e as ondas; Ele
ressuscitou os mortos.
Os judeus lhe disseram em João 6:29, “Que sinal fazes para que o
vejamos e creiamos em ti?”
A fé deles era a Fé do Conhecimento pelos Sentidos. Eles criam no
que viam ou ouviam.
João 20:24-29 é a história da incredulidade de Tomé.
Ele dizia, “Se eu não vir nas Suas mãos o sinal dos cravos, e ali não
puser o dedo, e não puser a mão no Seu lado, de modo algum
acreditarei”.
Oito dias depois disso Jesus apareceu de repente a Tomé e disse,
“Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-
na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente”.
Jesus não estava pedindo a Tomé que cresse que Ele havia
ressuscitado dentre os mortos porque havia aniquilado o seu pecado.
Na verdade Ele estava desafiando a Fé do Conhecimento pelos
Sentidos que cresse nEle.
A fé de Tomé estava nos Sentidos: no que ele podia ver, sentir e
ouvir.
Você pode entender que ninguém que andava com Jesus tinha fé no
sentido ao qual Paulo se refere no Livro de Romanos.
Jesus nunca exigiu que alguém cresse nEle como o Salvador que iria
morrer e ressuscitar por sua Justificação.
Em João 11:27, Marta disse a Jesus, “Tenho crido que tu és o Cristo,
o Filho de Deus que devia vir ao mundo”.
Esta não é uma confissão de salvação.
Se Marta confessasse salvação de pecado ela teria dito, “Sim,
Mestre, creio que Tu és o Filho de Deus. Creio que vais morrer por
meus pecados e ressurgir de novo para minha Justificação”.
João 20:9, “Pois ainda não tinham compreendido a Escritura, que era
necessário ressuscitar Ele dentre os mortos”.
Depois que Ele ressuscitou dentre os mortos ninguém expressou fé
nEle como o Salvador do pecado, doador da Vida Eterna e Autor do
Novo Nascimento.
Eles só criam que Ele ressuscitou dentre os mortos.
A Revelação Paulina teria que chegar antes que este conhecimento
de Cristo como Substituto e o Conhecimento da Nova Criação
pudessem ser conhecidos.
Jesus disse, “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos
guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá
tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir”.
Isto indica que deveria haver uma revelação de Jesus e do Pai além
daquela que Jesus havia ensinado em Sua caminhada terrena.
Essa Revelação chegou para o Apóstolo Paulo.
A base para ela é encontrada nos primeiros dez capítulos de
Romanos.
Ali nos é revelada a Justiça de Deus para o homem que crê em
Jesus.
A Justiça significa a capacidade de estar na presença de Deus tão
livre da consciência de pecado como Jesus estava na Sua caminhada
terrena.
Não há nenhum indício disso no ensino de Jesus.
O que Paulo Ensinava
A fé de Israel era toda futura.
Nossa fé encontra sua raiz no passado naquilo que Deus fez por nós
em Cristo. Abraão olhou para a promessa e nunca a questionou ou
desafiou.
Olhamos no Novo Testamento para o fato de nossa Redenção, de
nossa cura, do cuidado do Pai por nós, e de que como Abraão
ficamos fortes dando glória a Deus.
Eis aqui uns poucos fatos simples sobre os quais nós como filhos de
Deus devemos agir.
Efésios 1:3, “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas
regiões celestiais em Cristo”.
Isso significa que no momento que aceitamos Jesus Cristo como
nosso Salvador e O confessamos como nosso Senhor, tudo o que
Deus realizou em Cristo nos pertence. É nosso.
Assim Jesus pertence hoje ao mundo porque Deus disse em João
3:16, “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito”.
Deus deu Jesus ao mundo. O homem não salvo não precisa pedir
Jesus como Salvador. Jesus pertence ao homem não salvo.
O Pai nunca tomou de volta esse dom. Este dom pertence às pessoas
a quem ele foi dado.
Quando você aceita esse dom, tudo o que Jesus fez por você lhe
pertence.
Isso tem sido difícil para nós aceitar.
Fomos ensinados que temos de orar e agonizar e clamar pedindo
estas coisas.
Mas elas são nossas.
O Espírito Santo foi dado à Igreja.
Lucas 11:13, “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas
aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo
àqueles que lho pedirem?”
No momento em que você Nasce de Novo, Ele já é seu
gratuitamente.
A Vida Eterna pertence ao pecador.
No momento em que aceita Jesus Cristo, ele obtém a Vida Eterna.
“Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom
de Deus”.
Ela é um dom. “Somos feitura dEle, criados em Cristo Jesus”.
Quando fomos “criados em Cristo Jesus?” Durante os três dias e três
noites antes dEle ressurgir dos mortos.
Quando fomos declarados Justos? “Ele foi entregue por causa de
nossas transgressões e ressuscitou quando fomos Justificados” (ou
declarados Justos).
A Justiça é um dom. A Salvação é um dom. Não é algo que temos
que merecer.
Na Revelação que Deus deu a Paulo, Ele exigiu que o pecador
tivesse fé no que Ele fez em Cristo por ele.
O pecador precisa crer que Jesus morreu por seus pecados e que
ressurgiu dentre os mortos.
A Revelação Paulina declara que depois que você creu, que o
problema da fé não é levantado novamente, pois todas as coisas lhe
pertencem.
Você não precisa exercitar a fé para obter o que é seu. Somente é
necessário saber que elas pertencem a você.
RESUMO
Você acabou de ler este livro. Quais foram as suas reações?
Muita coisa é nova para você.
Parte destas coisas confundiam você porque são tão diferentes de
tudo o que você já ouviu antes.
Seu coração sabe que elas são verdadeiras.
O que você vai fazer com elas?
A Igreja está numa condição desesperadora.
Há pouca fé viva e ativa entre os crentes em todos lugares.
Você não nos ajudará a espalhar esta verdade gloriosa que tornam o
Pai e Jesus, o Espírito e a Palavra real?
Peça a seu professor da escola dominical que leia este livro para a
classe.
Convide alguns amigos seus e o leia, discutindo com eles.
Certifique-se de que seu pastor e cada professor da Bíblia em sua
comunidade tenha uma cópia.
Entre em contato conosco!
Leia nossos outros livros; eles o ajudarão.
UMA SUGESTÃO
Você viu a diferença entre a fé nos Sentidos e a fé na Palavra.
Qual é a sua responsabilidade para com aqueles que estão vivendo
nos Sentidos, porém lutando para obter resultados que só podem vir
através da fé na Palavra?
“Mas”, você diz, “como os posso ajudar?” Você os pode ajudar
fazendo circular esta literatura, formando classes de leitura na sua
comunidade, contando às pessoas o que Deus pode fazer por elas
através destes livros.
Se você não leu os outros livros publicados por este autor,
certifique-se de os conseguir.
Você quer tomar parte neste grande ministério, eu sei. Se não é
conveniente organizar uma classe, não seria do agrado do Senhor
que você vendesse os livros?
Estamos dependendo daqueles que lêem nossa literatura e são
ajudados por ela para nos ajudar a levá-la ao mundo.

Você também pode gostar