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ABSTRACT
This paper shows how a third part certified SHE management system was planned and
implemented in Petrobras upstream, in a variety environment such as the Amazon rain forest
and a far offshore. The referred SHE management system, internally called SMS (Segurança,
Meio Ambiente e Saúde), is based in a group of international regulations, one of them,
specially dedicated to offshore activities: ISO 14001, BS-8800 and ISM Code.
Started as a pilot plan in 1996 in the Amazon rain forest, the first results were used as a
perfect school to the next steps, the last one concluded in May 2000, with a certification of
Campos Basin E&P operations, both for offshore platforms and onshore support and logistic
activities.
Special attention was given to the strategy adopted by the Company, which has resulted in a
great success and commitment from the top managers to contacting parties.
Este artigo apresenta como um sistema de Gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde,
certificado por terceira parte foi planejado e implementado no segmento de exploração e
produção da Petrobras em ambientes tão variados como a floresta amazônica e a área
marítima, onde estão localizadas plataformas de produção de petróleo, fixas e flutuantes,
algumas delas entre as maiores do mundo. Denominados de SMS (Segurança, Meio Ambiente
e Saúde),esse sistema, foi montado baseado em um grupo de normas e regulamentos
internacionais sendo um deles especialmente dedicado à gestão da segurança em atividade
marítima de plataformas e navios: o ISM Code, ou International Safety Maritime Code da
IMO – International Maritime Organization, além de dois outros conjuntos de normas a ISO
14001 (gestão ambiental) e a norma britânica BS-8800 (gestão de segurança e saúde). A
implantação efetiva do SMS, foi iniciada em 1997, através de um projeto piloto na região
amazônica, onde a Petrobrás produzia cerca de 15.000 barris/dia de petróleo. Os primeiros
resultados foram considerados como escola para os próximos passos. A implantação do SMS
na última Unidade de Negócios de E&P no Brasil foi concluída no mês de maio/2000, com a
certificação da Unidade de Negócios da Bacia de Campos (UN-BC), tanto em suas atividades
marítimas quanto terrestres e de logística. Merece especial atenção a estratégia adotada pela
Companhia que, por considerar desde o início o envolvimento de todas as partes interessadas,
foi um dos grandes fatores para o sucesso obtido na implementação do sistema.
1-INTRODUÇÃO:
Até 1996, a Petrobras enfrentava, como muitas outras companhias de petróleo e organizações
uma dificuldade muito comum, que seria a forma de implementar e manter um bom sistema
de gestão de segurança, meio ambiente e saúde, independente de seu criador. A essa
dificuldade, soma-se o problema de garantir que esse sistema tivesse uma abordagem comum
às atividades conduzidas em locais como a floresta amazônica – a mais de 2.000 Km da sede
da Companhia, localizada no Rio de Janeiro; às atividades terrestres e marítimas existentes;
em áreas maduras – como o nordeste brasileiro, onde mais de 50 pequenas plataformas estão
em operação assim como dezenas de pequenos campos de petróleo e gás; e atividades
conduzidas em áreas relativamente novas – como as Bacias de Santos e Campos, localizadas
no sudeste do País, com campos e plataformas gigantes, produzindo mais de 1.000.000 barris
de óleo por dia (bopd).
Entretanto, mesmo considerando as normas da série ISO 14000 muito úteis, elas não se
mostraram suficientes para as necessidades da PETROBRÁS. Eram necessários outros
padrões e diretrizes, tanto para garantir eficiente gestão em Segurança Industrial quanto para
Saúde Ocupacional. Era também necessário implementar um sistema de gestão originados na
IMO (International Maritime Organization), uma vez que nossas atividades de exploração e
produção marítima utilizam plataformas móveis de perfuração, plataformas de flutuantes de
produção e FPSO (Floating Production, Storage and Offloading vessel)/FSO (Floating
Storage Offloading ) .
Após intensa pesquisa bibliográfica e inúmeras entrevistas e discussões internas, foi decidida
a adoção do guia BS-8800 British Standard for Health and Safety management) – do Reino
Unido – para a gestão das questões de Segurança Industrial e Saúde Ocupacional – além do
ISM Code (International Safety Management Code) da IMO – para a gestão destas mesmas
funções na atividade marítima.
2- DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
Ressaltando que o objetivo principal era estabelecer um sistema que não dependesse de
pontos de vista pessoais era importante garantir que tal sistema não fosse afetado por desejos
particulares de gerentes ou técnicos. Era também necessário que tal sistema pudesse:
2.2-Planejamento
A primeira decisão tomada para a implantação do sistema foi a de contratar uma empresa de
consultoria especializada. Esta empresa acompanhou todo o processo garantindo a
manutenção de abordagens similares para situações semelhantes, em toda a atividade de E&P,
em todo o país.
Entretanto, cabe ressaltar que apesar de haver conceitos e objetivos comuns foi permitida
grande liberdade às equipes regionais de implantação do sistema face às situações particulares
que seriam enfrentadas. Foi encorajado o uso intensivo de toda a experiência técnica e
gerencial existente na Companhia assim como à sua rede interna de computadores e, sempre
que julgado necessário, à contratação de serviços técnicos profissionais externos.
Alguns programas e materiais foram providenciados pela coordenação central, tais como o
contrato de consultoria – que seria utilizado em todo o País – vídeos especiais utilizados no
programa de divulgação do sistema e material de comunicação visual. Nesta última categoria
enquadra-se o “logo” especialmente desenvolvido para o sistema que, simbolicamente,
procura mostrar que a digital de cada um está presente no sistema implantado, como se vê
abaixo
Foi também desenvolvida uma série especial de cartazes para utilização em todo o segmento
E&P, todos com diagramação padronizada para que cada empregado, em qualquer unidade
em que se implantava o SMS pudesse sentir a uniformidade do programa, conforme se vê a
seguir.
2.3- IMPLEMENTAÇÃO
• Grande programa de treinamento, que foi desenvolvido através de uma parceria com
uma Organização Não Governamental;
• Dois terços da mão de obra treinada eram empregados de empresas contratadas, boa
parte deles analfabeta ou com baixíssimo grau de instrução, o que gerou a necessidade de
desenvolvimento de técnicas e produtos (materiais didáticos) especiais de treinamento;
Em julho do mesmo ano (1.997), sete meses após o lançamento do programa na Amazônia,
foi iniciada a implementação nas demais regiões do País, nas atividades de E&P.
Para essa etapa nacional foi criada uma coordenação central, baseada na cidade do Rio de
Janeiro, onde está situada a sede da Companhia, e equipes regionais, com seus líderes
diretamente ligados ao gerente geral da Unidade de Negócios (UN). Em alguns casos, o
próprio gerente geral assumiu voluntariamente a coordenação geral da implantação local do
sistema.
SMS - IMPLEMENTAÇÃO
Petrobras - E&P
100
Planned
80
Done
60
40
20
0
nov
fev
nov
fev
mar
mar
dez
dez
out
abr
jun
jul
set
out
abr
mai
ago
set/97
jan/98
jan/99
Programmed to the month (%) Done - up to the month (%)
Todo o sistema foi planejado para estar plenamente implementado em 18 meses após o início
efetivo e alguns pequenos atrasos verificados em algumas regiões foram considerados pouco
significativos.
Na Bacia de Campos , situada ao largo dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, com
mais de 40.000 Km2 de extensão e 6.000 empregados próprios,– devido à complexidade do
Sistema, optou-se por sua implantação em duas fases, a saber:
Nas Bacias de Campos e de Santos (do sul da Bacia de Campos, até o litoral de Santa
Catarina), toda atividade de perfuração marítima foi objeto de implantação de sistema de
gestão que considerou a ISO 14001, a BS-8800 e o ISM Code. Na demais áreas, em função de
suas características operacionais, o sistema foi certificado considerando-se a ISO-14001 e a
BS-8800, com a incorporação de alguns requisitos presentes no ISM Code e nestas ausentes.
Desde então, as próprias Unidades certificadas têm se esforçado por manter a certificação,
buscando a identificação de pontos para melhoria, estabelecimento de benchmarking,
interação com cada uma das outras Unidades, com a sede da organização e de organismos
externos (a exemplo do organismo certificador), desenvolvimento ou implementação de
sistemas adequados às suas necessidades. Estes pontos são o objetivo do SMS: buscar a
melhoria contínua em Segurança, Meio Ambiente e Saúde, de forma sistêmica e integrada.
Estas duas últimas constatações sugerem que nova avaliação seja realizada e os resultados,
tanto na atividade de E&P quanto em toda a Companhia, sejam continuamente pesquisados e
avaliados, de forma a se identificarem eventuais lacunas no sistema ou se confirmarem e
quantificarem as vantagens até agora percebidas.
3- CONCLUSÕES
4- REFERÊNCIAS
1- GAIA, The Expert Meeting on offshore oil and gas activities, 1997, The Netherlands