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NOTÍCIAS DE ALVERCA

OUTUBRO 2008 FAUSTINO, O CONSTRUTOR DE SONHOS 05


Faustino tem actividade em quase reconhece que o negócio já teve me-
ORIGINALIDADE. “Cheguei à conclusão que este sistema construtivo era o ideal; as suas vantagens
todo o país, incluindo os arquipélagos lhores dias: “Só em 2004 fizemos 12
eram muitas e não encontrava um único inconveniente”, explica o empresário
da Madeira e Açores. Mas prefere in- casas, com áreas compreendidas entre
vestir “na periferia de Lisboa”. Se não os 200 e os 400 metros quadrados;
fosse “a crise”, acredita que este negó- agora estamos a fazer três ou quatro
cio poderia ir ainda mais de vento em casas por ano.” Talvez por isso
popa. Mas não se queixa: “Temos construa, pontualmente, habitações
imensas construções na zona de Lis- em tijolo. “Até há cerca de quatro
boa. Um T3, por exemplo, custa cerca anos éramos apenas uma empresa de
de 100 mil euros com tudo incluído. construção de casas de madeira, mas
Só na Herdade da Aroeira já construí- desde então passámos a ser uma em-
mos cinco casas.” A Finlusa tem ac- presa de construções e, neste mo-
tualmente oito trabalhadores. “Já mento, fazemos construção
tivemos 27, mas foram saindo devido tradicional em complemento às casas
sobretudo à falta de seriedade de al- de madeira porque o nosso objectivo é
guns deles; neste momento estamos a também fazer dinheiro.”
privilegiar trabalhar directamente com Trabalhando para um mercado de
subempreiteiros. Costuma-se dizer classes média e média/alta, António
que os empresários são uns malan- Faustino considera que tem uma mis-
dros, mas a classe trabalhadora é são: “Construir a casa dos sonhos dos
muitos dos seus clientes são precisa- habitação, em relação à construção substância altamente inflamável, logo, muito má actualmente.” meus clientes.”
mente empresários da construção civil tradicional, são a longevidade e a re- quando sujeita ao fogo, fecha-se e não Não nos consegue avançar qual o vo-
tradicional. sistência ao fogo!” alimenta as chamas.” lume de negócios anual da firma, mas Mário Caritas
De facto, é comum encontrar-se casas
Negócio já teve de madeira com mais de dois séculos,
ao passo que “quando uma casa em ti-
melhores dias jolo ultrapassa os 30 anos, o melhor
que o dono tem a fazer é pensar se não
“São esses os meus melhores clientes. valerá a pena deitar abaixo e construir
Já construímos uma casa para o Sér- uma nova; ou então o investimento
gio Torrão, numa herdade fabulosa, para a sua recuperação é tão violento
perto de Idanha-a-Nova; ele ficou que quase não é compensador. Esta
super-contente e nós orgulhosos casa onde estamos tem 16 anos e
quando ele nos disse: «Eh pá, esta parece que foi feita agora!” Em re-
casa é fantástica!».” Mas qualquer um lação à resistência ao fogo, a expli-
pode ter uma moradia totalmente feita cação é simples: “Um tijolo não arde
em madeira? “As nossas construções mas, passado meia hora de ser sujeito
podem ser ligeiramente mais caras em ao fogo, racha e deixa passar as
termos de investimento inicial, mas chamas para o lado de lá; estas pare-
aquilo que se recupera em termos de des, por seu lado, têm uma resistência
climatização e de manutenção, no fu- ao fogo de 113 minutos. É que esta
turo, é largamente compensador. Re- madeira (importada da Finlândia) tem
pare: por caricato que pareça, duas das muita fibra e é extremamente densa,
principais vantagens deste tipo de além disso não tem resina que é uma

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