Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Plano de Abandono de Area
Plano de Abandono de Area
Introdução
“O fogo foi inventado na era pré-histórica, e o homem aprendeu a se defender, ao longo dos anos
novas tecnologias foram surgindo e novos processos de fabricação e novos tipos de materais
causam o surgimento de novos riscos, e a proteção deve evoluir no mesmo ritmo.”
Leandro A. Graton
O plano de evacuação de uma forma geral tem por objetivo minimizar e prevenir, o máximo possível
acidentes pessoais e danos na propriedade da empresa e áreas vizinha. É a eficiência de uma
evacuação que delimitará as perdas humanas principalmente em edifícios em altura e hospitais.
Deve-se levar em consideração que na hora de um sinistro o principal inimigo que se tem é o pânico.
Quanto mais preparadas às pessoas estiverem para enfrentar uma situação de emergência, maiores
as chances de se salvarem.
Infelizmente só começamos a nos dar conta disso depois de termos vivenciando várias tragédias
como a do Edifício Joelma no qual morreram mais de 180 pessoas e com mais de 300 feridos e a do
Edifício Andrauss que morreram 16 pessoas e com 345 feridos. Ainda assim se faz muito tímida esta
conscientização das pessoas e das organizações no sentido de que todos devemos estar
preparados para eventualidades. Existe sempre aquela mentalidade de que comigo não acontece e
no geral este tipo de preocupação vai ficando para 2°ou 3° plano.
Num desastre as comunicações podem ser interrompidas e as condições podem ser caóticas, por
isso o objetivo de um plano de controle de desastre deve ser o de desenvolver o planejamento que
permitirá aos responsáveis pela empresa, durante uma situação de emergência, se concentrarem
mais na solução dos problemas prioritários do que na tentativa de por alguma ordem ao caos.
Este trabalho tem por objetivo demonstrar a importância de uma boa organização e um bom
planejamento, sistematizando tecnicamente os planos de evacuação em especial as rotas de fuga, a
fim de que nós como profissionais saibamos organizar com certa destreza a evacuação de prédios
em situações de emergência.
Definições
Situações inusitadas que fogem as atividades normais da empresa e que podem trazer prejuízos de
qualquer tipo e de diversas proporções. Estas situações podem ser inesperadas, mas nunca
imprevistas.
É o planejamento do que deve ser feito em situações de emergência, através de um projeto de rotas
de fuga indicado com sinalizadores para que as pessoas possam fugir da situação da maneira mais
segura possível. É este plano que estabelece a hierarquia de responsabilidades de tomada de
decisão, o tipo de orientação e treinamento que deverá ser feito ao pessoal, bem como a freqüência
com que devem ocorrer. Enfim toda a organização da estrutura que garantirá o bom resultado em
casos de evacuação.
São caminhos previamente estabelecidos para onde as pessoas devem seguir em casos de
emergência. Estas rotas serão projetadas de acordo com um estudo de número de pessoas em
cada prédio, suas características físicas e uma análise do prédio em si.
São equipes de auxílio à evacuação formada por funcionários da própria empresa que serão
selecionados de acordo com sua liderança em relação ao grupo e que possuam equilíbrio físico e
emocional para orientar este grupo numa situação de emergência. Estes funcionários serão
devidamente treinados pelo corpo de bombeiros para desenvolver esta atividade.
2.5. Sinalizadores:
Podem ser sonoros (campainhas, alarmes, bips, etc.) e visuais (placas de orientação e informativas,
sinais luminosos, etc.)
É a orientação às pessoas de como agir em casos extremos. São feitas através de palestras,
orientações, cursos e ainda simulações periódicas de casos reais.
Situações de emergência
As situações de emergência podem, na maioria dos casos, serem prevenidas ou pelo menos
controladas através de um bom planejamento, fazendo com que suas conseqüências possam ser
praticamente insignificantes. Elas podem se dar de diversas maneiras:
3.1. Incêndios:
Os incêndios geralmente ocorrem sem aviso prévio das formas mais inusitadas, e em apenas alguns
segundos tomam proporções catastróficas. Normalmente este tipo de evento ocorre por erros
humanos como: deixar de se fazer o que é necessário (omissão), fazer o que é necessário, mas de
forma ineficaz, insuficiente ou incorreta (incompetência), não realizar esta ação em tempo hábil.
Pode ocorrer também por ações criminosa ou mau intencionadas.
Muitas vezes não passam de simples ameaças, sem risco real, mas se faz necessário discernimento
para se identificar às verdadeiras situações de risco. É preciso que seja feita uma estimativa de
danos conseqüentes, físicos e psicológicos, caso realmente ocorra o incidente; que sejam praticadas
medidas preventivas efetivas para reduzir a possibilidade de um evento deste tipo e ainda
desenvolver técnicas de controle e contenção para reduzir o dano conseqüente.
Estes tipos de acidentes podem ser esperados em determinadas regiões de acordo com suas
características geográficas e ou climáticas. Podem ser terremotos, inundações...
Desenvolvimento do Plano
4.2. Levantamentos:
Para que seja feito um bom plano de abandono se faz necessário um levantamento de informações
bem completo e atualizado. Os principais pontos que devem ser analisados são:
¨ Tipo de atividades que são desenvolvidas na organização geral e em determinados setores de
forma específica, verificando quais delas podem vir a causar algum risco a segurança;
¨ Possíveis alterações no projeto atual (AS BUILT) e a partir daí identificar os pontos críticos do(s)
prédio(s) que deverão sofrer algum tipo de alteração para tornarem-se mais seguros;
¨ Identificar os pontos de maior perigo Ex: Geradores, Depósito de gás...
¨ Identificar as circulações principais e secundárias;
¨ Identificar o que já existe na estrutura em termos de prevenção;
¨ Levantar os horários de maior pico, o número de pessoas que circulam pela organização, e seu
perfil (físico e psicológico);
¨ Fazer um levantamento do número de pessoas desabilitadas, que podem ser gestantes, idosos,
crianças, portadores de algum tipo de deficiência, ou que se tornem desabilitadas
temporariamente devido ao pânico.
Um dos componentes será responsável pela contagem das pessoas, apesar de sabermos que só
teremos a certeza de que o prédio foi totalmente evacuado após a primeira busca.
Para as funções de maior importância deverá ser treinado um segundo componente para substituir
as funções do componente designado como principal, caso esteja desabilitado (ferido, ausente)
Depois de definidos os integrantes será determinada a hierarquia dos decisores bem como suas
atribuições e responsabilidades.
Planejar o sentido que as pessoas devem seguir. São planejadas de acordo com as saídas de
emergência existentes e com o número de pessoas bem como suas características.
4.3.3. Sinalizadores
No momento da descoberta do problema, deverá ser acionado o alarme geral, é ele que
desencadeará o início do movimento de abandono, para isto deve ser característico e conhecido de
todos.
O sinal de alarme de incêndio deve ter uma tonalidade diferenciada da do sinal de abandono para
que fique bem claro o a ordem para a evacuação.
Os sinalizadores devem ser instalados em todos os pavimentos e nas áreas comuns como hall,
comedores, elevadores, etc.).
4.3.4. Treinamento
b) A segunda etapa do treinamento serão as simulações, que devem ser praticadas em quatro
passos:
Passo 1: Simulação avisando os condôminos sobre o dia e a hora, e manter toda a infra-estrutura
ligada. O objetivo deste treinamento é ambientar todos os usuários quanto aos procedimentos e
itinerários;
Passo 3: Simulação avisando somente o dia, sem comunicar a hora, imitando as condições em que
irá se realizar o sinistro. O tempo deverá ser anotado e comparado a da Segunda simulação.
Passo 4: Simulação sem avisar o dia nem a hora, deve ser bem realística.
4.3.5. Alterações
Depois da simulação pode se ter a certeza de que o plano funciona, ou fazer alguns pequenos
ajustes para que se tenha o melhor desempenho possível.
As alterações poderão vir também ao longo do tempo com a viabilização de mais verbas para
realizar adequações no prédio e investimentos em novas tecnologias.
Simulação feita pelo corpo de Bombeiros de São Paulo
1. 2. 3.
4. 5. 6.
7. 8. 9.
Legislação Estadual
Despacho Normativo do corpo de Bombeiros / decreto estadual 3.8069/1993 e 37380/ 1997.
Legislação Federal
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) - circular 006/1993
Ministério do Trabalho - lei n° 6.514, portaria 3.214, NR 23 e NR 26.