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Biologia e Geologia – 10.

º Ano
Geologia - Tema 1: A Geologia, os geólogos e os seus métodos
Ficha de Trabalho: Datação relativa
Nome:______________________________ N.º:____ Turma:_____ Data: ___/___/20__

Resolução

Princípios da Estratigrafia
Princípio da horizontalidade
As rochas sedimentares resultam da deposição de sedimentos em estratos ou camadas horizontais e qualquer evento que
altere essa condição de horizontalidade é posterior à sua formação.

Princípio da sobreposição
Numa série de estratos na sua posição original, qualquer estrato é mais recente do que os estratos que estão abaixo dele e
mais antigo do que os estratos suprajacentes. Este princípio não pode ser aplicado a séries de estratos invertidas.

Princípio da identidade paleontológica


Estratos que contêm o mesmo conteúdo fossilífero ter-se-ão formado na mesma altura. Têm, portanto, a mesma idade.

Princípio da interseção
Qualquer corpo geológico ou estrutura que intersete outro é mais recente que o intersetado.

Princípio da inclusão
Fragmentos de rochas incorporados ou incluídos noutra rocha são mais antigos do que a rocha que os contém.

Princípio da continuidade
Os estratos podem estender-se lateralmente por longas distâncias. Assim, um estrato possui a mesma idade em toda a sua
extensão lateral.

Fósseis – restos ou vestígios de seres vivos que ficaram preservados nas rochas de cuja génese são contemporâneos; podem
ser fósseis de fácies (de ambiente) ou fósseis estratigráficos (de idade).

Somatofósseis - restos somáticos (isto é, de restos corpóreos, integrantes do corpo) de organismos do passado (do grego
sóma, sómatos = corpo + fóssil).

Icnofósseis – vestígios/marcas de atividade de organismos do passado (do grego icnós = traço, vestígio + fóssil).

Fósseis de idade ou fósseis estratigráficos - permitem datar as rochas, pois correspondem a espécies que existiram durante
intervalos de tempo relativamente curtos e que tiveram uma ampla distribuição geográfica.

Fósseis de ambiente ou de fácies - fósseis de organismos adaptados às condições específicas de um determinado ambiente;
a sua ocorrência permite caracterizar o paleoambiente em que se formou a rocha que os contém.

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1. Os esquemas I e II da figura 1 pretendem representar a história geológica de uma determinada região.

Fig. 1

1.1. Ordena os seguintes acontecimentos de modo a reconstituir a história geológica da região representada.
A. Sedimentação e formação de um novo estrato sobre a superfície erodida.
B. Formação de estratos, horizontalmente, numa zona imersa.
C. Nova imersão.
B, D, E, C, A
D. Atuação de forças que causaram a deformação (inclinação) dos estratos.
E. Emersão da região e consequente erosão das rochas.

1.2. Apresenta dois argumentos que justifiquem a seguinte afirmação: “O estrato F é mais recente do que o estrato E”.
O estrato F é mais recente do que o estrato E pois encontra-se sobre este (princípio da sobreposição) e inclui porções
dele (princípio da inclusão).

2. A figura 2 ilustra três cortes geológicos


observados em locais distintos (A, B e C).

2.1. Estabelece as correspondências possíveis entre


os estratos dos cortes A e C, com base no
conteúdo fossilífero.
O estrato A2 corresponde ao C2 e o estrato A4
corresponde ao C5.
2.2. Em que princípio da estratigrafia te baseaste
para fazer essa correspondência?
No princípio da identidade paleontológica.

2.3. As trilobites e as amonites constituem bons


fósseis estratigráficos ou de idade. Que
condições são necessárias para que uma
espécie possa originar bons fósseis de idade?
Para que uma espécie possa originar bons
fósseis de idade tem que apresentar curta Fig. 2

longevidade e ampla distribuição geográfica.

2.4. Que outras informações podem ser obtidas pelo estudo dos fósseis?
Os fósseis permitem conhecer formas de vida que existiram na Terra e caracterizar os paleoambientes em que se
formaram as rochas que os contêm.
2.5. Denomina o ramo da Geologia que se ocupa do estudo dos organismos que viveram no passado.
Paleontologia.

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3. Observa o corte geológico representado na figura 3. A letra D
representa uma falha (deformação das rochas em que ocorreu
fratura e deslocamento relativo dos blocos fraturados).

3.1. Seleciona a alternativa que permite preencher os espaços e obter


uma afirmação correta.
A falha ocorreu ____ da formação da camada E e é mais ____ do
que o estrato A.
A. antes […] antiga
B. depois […] antiga
C. antes […] recente
D. depois […] recente Fig. 3
3.2. Reconstitui a história geológica do local representado.
Formação dos estratos A, B, e C num local imerso.
Formação da falha D.
Emersão da região e consequente erosão das rochas.
Nova imersão e deposição do estrato E.

4. O esquema da figura 4 representa um corte geológico


onde se observam vários estratos e uma intrusão
magmática.
4.1. Apresenta dois dados da figura que permitem datar o
granito relativamente aos estratos inclinados.
O granito é mais recente do que esses estratos porque os
intersecta e inclui fragmentos deles.

4.2. Começando pela formação mais antiga, coloca por ordem


cronológica todas as rochas identificadas por letras.
A, B, C, D, E, F, M, L, G, K, J, I, H
Fig. 4
5. O corte geológico da figura 5 refere-se a uma dada região onde se formaram, em tempos diferentes, duas sequências
estratigráficas. A letra f representa um filão (intrusão magmática).

Fig. 5
5.1. Reconstitui a história geológica do local representado.
Formação dos estratos A, B, C e D numa zona imersa;
Atuação de forças que provocaram a deformação / inclinação desses estratos;
Emersão da região e consequente erosão das rochas;
Nova imersão e deposição dos estratos E e F.
Formação do filão f.
Nova emersão e consequente erosão das rochas;
5.2. A que se deve a descontinuidade lateral das camadas E e F?
Deve-se à erosão parcial dessas camadas.

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6. Na figura 6 estão representados, a diferentes escalas, diversos fósseis. Em legenda, indica-se o nome do género a que
pertencem e o intervalo de tempo em que existiram. A figura 7 ilustra a tabela das grandes divisões do tempo
geológico.

Helix Acidaspis
Miocénico / atualidade Ordovícico / Devónico

Pecopteris Gryphaea
Carbónico Triásico / Jurássico

Nautilus Encrinurus
Ordovícico / atualidade Ordovícico / Silúrico

Dente de Tubarão
Carcharocles Posidonia
Eocénico / Pliocénico Carbónico / Jurássico

Ginkgo Cyrtina
Triásico / atualidade Devónico / Pérmico

Fig. 7 Terebratula Pavlovia Fig. 7


Miocénico / Pliocénico Jurássico

Na figura 8 está indicada a composição fossilífera de duas rochas sedimentares.


Rocha A Rocha B

Fig. 8

Classifica como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações relativas à informação apresentada
anteriormente.
1. Ginkgo e Nautilus são bons fósseis estratigráficos.
2. É possível existirem, na mesma rocha, fósseis de Nautilus e de Gryphaea.
3. Uma rocha com fósseis de Nautilus e de Helix formou-se no Cenozoico.
4. Fósseis de Encrinurus são melhores para datar uma rocha do que os de Pecopteris.
5. A rocha A pode ter sido formada no período Carbónico.
6. A rocha B formou-se no Terciário.

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