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Preparação Testes/Exame Nacional

Biologia e Geologia
Geologia 11º ano

Ficha trabalho 3

GRUPO I

Génese e evolução da Rocha da Pena

A Rocha da Pena é um local de reconhecido interesse geológico dadas as suas características de


monumentalidade e particularidades ao nível da Geologia. Situa-se no Algarve, no concelho de Loulé, a oeste da vila
de Salir, encontrando-se na transição entre a serra algarvia e o barrocal algarvio (zona entre a faixa litoral e a serra).
Constitui um relevo de forma tabular, cujo eixo maior tem orientação E-O. Este relevo representa uma mesa com
cerca de 1850 m de comprimento, 455 m de largura máxima e uma altitude que varia entre os 440 m e os 480 m. O
topo do relevo, no essencial, é aplanado, inclinando geralmente para sul. As vertentes norte e sul são simétricas e
bastantes íngremes, sendo constituídas por escarpas, que atingem os 50 m de altura no setor sul, talhadas nas rochas
carbonatadas da formação de Picavessa. Sendo formada por rochas carbonatadas, é um local propenso à instalação
de fenómenos cársicos, apresentando, consequentemente, estruturas como lapiaz, dolinas, algares e grutas.
A estrutura da Rocha da Pena corresponde a uma dobra recortada e deslocada por falhas. As falhas principais
foram geradas durante o Triásico e o Cretácico Inferior, tendo depois rejogado durante a fase compressiva ocorrida
durante o Cretácico Superior e o Cenozóico. O dobramento que se vislumbra, terá sido gerado durante a fase de
tectónica compressiva do Cretácico Superior. Durante um período erosivo, terá sido gerada uma superfície
fundamental que nivelava os terrenos do Paleozoico e do Meso-Cenozóico. Porém, a partir do Pliocénico Superior
até à atualidade, a serra algarvia terá sofrido, relativamente à área de sopé, um levantamento de cerca de 200 m, que
promoveu o encaixe da rede hidrográfica e a erosão vertical que destacou a Rocha da Pena do relevo adjacente, por
erosão diferencial associada à litologia e à estratigrafia das unidades mesozoicas – os calcários e dolomitos da
formação de Picavessa, mais resistentes, subsistiram aos processos erosivos, enquanto as rochas subjacentes
vulcano-argilosas-areníticas do Triásico-Sinemuriano, menos resistentes, foram erodidas.

A figura 1 representa, em blocos-diagramas, a génese e a evolução da Rocha da Pena.

Figura 1-A: Triásico-Cretácico Inferior Figura 1-B: A partir do Cretácico Superior


Deposição das unidades litoestratigráficas triásicas e jurássicas. Regime compressivo N-S. Rejogo das falhas e
Formação de falhas de orientação preferencial E-O. dobramento. Instalação das linhas de água E-O e erosão.

Figura 1-C: Atualmente

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A Rocha da Pena é um relevo estrutural e residual herdado de fases morfogenéticas anteriores.

Figura 1-D: Coluna litostratigráfica sintética da Região de Pena e da área envolvente.

Adaptado de: http://rochadapena.no.sapo.pt/pages/estrutura_genese_evol_rp.htm

Nas questões de 1 a 6, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.

1. As formações rochosas da Rocha da Pena alteraram o seu comportamento mecânico ao longo do tempo,
passando de um regime predominantemente …

(A) … dúctil, no Triásico-Cretácico Inferior, para frágil, no Cretácico Superior.


(B) … frágil, no Triásico-Cretácico Inferior, para dúctil, no Cretácico Superior.
(C) … elástico, no Triásico-Cretácico Inferior, para dúctil, no Cretácico Superior.
(D) … dúctil, no Triásico-Cretácico Inferior, para elástico, no Cretácico Superior.

2. As falhas da Rocha da Pena originaram-se no Triásico…

(A) … num regime tectónico distensivo.


(B) … num regime tectónico compressivo.
(C) … devido à meteorização química das rochas carbonatadas.
(D) … num ambiente de cisalhamento.

3. A partir do Cretácico Superior, o movimento ao longo da falha 3 originou uma falha…

(A) … normal, visto que o teto sofreu um movimento de subida relativamente ao muro.
(B) … normal, visto que o teto sofreu um movimento de descida relativamente ao muro.
(C) … inversa, visto que o teto sofreu um movimento de subida relativamente ao muro.
(D) … inversa, visto que o teto sofreu um movimento de descida relativamente ao muro.

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4. As dobras e as falhas que afetam as formações rochosas da Rocha da Pena resultaram …

(A) … de regimes tectónicos compressivos e de cisalhamento.


(B) … de regimes tectónicos compressivos e distensivos.
(C) … todas da atuação de um regime tectónico compressivo.
(D) … todas da atuação de um regime tectónico distensivo.

5. Os arenitos resultam da acumulação de sedimentos…

(A) … angulosos e evidenciam boa calibração.


(B) … arredondados e evidenciam má calibração.
(C) … angulosos e evidenciam má calibração.
(D) … arredondados e evidenciam boa calibração.

6. Os fluxos de lava, formados durante o complexo Vulcano-Sedimentar, formaram, à superfície, rochas …

(A) … intrusivas em que a razão isótopo-pai/isótopo-filho é inferior à de rochas mais antigas.


(B) … intrusivas em que a razão isótopo-pai/isótopo-filho é superior à de rochas mais antigas.
(C) … extrusivas em que a razão isótopo-pai/isótopo-filho é superior à de rochas mais antigas.
(D) … extrusivas em que a razão isótopo-pai/isótopo-filho é inferior à de rochas mais antigas.

7. A temperatura e a pressão são fatores que condicionam o comportamento mecânico do material rochoso e que
variam com a profundidade.

Explique a alteração de comportamento do material rochoso com a profundidade, relacionando-a com os fatores
de deformação que condicionam essa alteração.

8. Faça corresponder a cada uma das afirmações relativas às estruturas de deformação das rochas, expressas
na coluna A, o respetivo conceito, que consta na coluna B.

COLUNA A COLUNA B
(1) Zona de charneira
A. Superfície de fratura onde se observa deslocamento entre blocos. (2) Rejecto
B. Deslocamento entre dois pontos originalmente contíguos num plano de falha. (3) Atitude
C. Linha de maior curvatura da dobra, onde os flancos convergem. (4) Plano de falha
D. Bloco que se encontra acima do plano de falha. (5) Teto
E. Região plana da dobra situada de um lado e do outro da zona de charneira. (6) Muro
(7) Flancos
(8) Superfície axial

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GRUPO II

A natureza carbonatada das litologias da Formação de Picavessa, em associação com condições


paleoclimáticas favoráveis, promoveu a instalação de fenómenos de carsificação. Deste modo, a Rocha da Pena
encerra várias formas cársicas, apesar de modestas e pouco exuberantes. Pode-se encontrar um campo de lapiás e
várias dolinas. O carso subterrâneo, encontra-se representado por grutas tipo algar (cavidades que se desenvolvem
no sentido vertical, mais profundas do que largas, e que podem comunicar com outras cavidades subterrâneas).

Figura 1-D: Esquema das grutas tipo algar.

1. Explique de que forma, a natureza carbonatada das litologias da Formação de Picavessa, em associação com
as condições paleoclimáticas, foram responsáveis pela formação de grutas.

2. Ordene as letras de A a F de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados


com a formação de estalactites. Inicie pela letra A.

A. Meteorização de rochas carbonatadas por águas que circulam em profundidade.


B. Formação de uma estrutura cónica invertida – estalactite.
C. Deposição dos minerais de calcite em formas circulares e na extremidade da estrutura.
D. Contacto da água saturada em bicarbonato de cálcio com uma atmosfera pobre em CO2, levando à
precipitação do carbonato de cálcio.
E. Saturação das águas subterrâneas em bicarbonato de cálcio.
F. Formação dos primeiros minerais de calcite.

3. Faça corresponder a cada um dos métodos que permitem compreender a estrutura e a dinâmica da geosfera,
expressos na coluna A, a respetiva designação, que consta da coluna B.

COLUNA A COLUNA B
A. Ciência que combina os princípios da física e da matemática com o uso de
(1) Geotermia
instrumentos de medição muito precisos para determinar as propriedades
(2) Geomagnetismo
físicas da Terra.
(3) Gravimetria
B. Operação destinada a reconhecer, em profundidade e a partir da superfície,
(4) Sondagens
a natureza e as características das formações geológicas.
(5) Afloramentos
C. Ramo da geologia que estuda as variações da temperatura que ocorrem no
(6) Planetologia
interior da Terra.
(7) Geofísica
D. Estudo geológico comparado dos astros do sistema solar.
(8) Astrogeologia
E. Parte de um jazigo mineral que aparece na superfície terrestre, mas que teve
posição original imersa, mais ou menos profunda.

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Nas questões 4. a 6., selecione a única opção que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços

4. A gravimetria é considerada um método _____ e nas grutas tipo algar, registam-se anomalias gravimétricas
_____.

(A) direto […] positivas


(B) direto […] negativas
(C) indireto […] positivas
(D) indireto […] negativas

5. As zonas onde existem grutas subterrâneas em elevado número apresentam um ______ risco geológico devido
ao possível abatimento de terrenos. Esse abatimento será ______ pela existência de inúmeras fraturas e pelo
peso das camadas suprajacentes.

(A) elevado […] minimizado


(B) elevado […] potenciado
(C) reduzido […] potenciado
(D) reduzido […] minimizado

6. A formação dos algares presentes no modelado típico observado na região é devida…

(A) … ao facto de a água da chuva adquirir menor acidez ao atravessar as diferentes camadas da atmosfera.
(B) … ao enriquecimento dos calcários em dióxido de carbono atmosférico.
(C) … à introdução de águas enriquecidas em iões e que precipitam nessas fraturas.
(D) … a um processo lento e natural de abertura de fraturas através da dissolução do carbonato de cálcio.

7. Faça corresponder a cada uma das caracterizações, que constam da coluna A, a rocha que as identifica,
expressa na coluna B.

COLUNA A COLUNA B
(1) Mármore
A. Rocha sedimentar quimiogénica formada por um processo de intensa (2) Gesso
evaporação, constituída por cristais de sulfato de cálcio. (3) Conglomerados
B. Rocha sedimentar consolidada impermeável, de granulometria muito fina. (4) Granito
C. Depósitos consolidados de balastros angulosos localizados, preferencialmente, (5) Filito
ao longo de vertentes ou na base das mesmas. (6) Argilito
D. Rocha ígnea com textura fanerítica. (7) Brechas
E. Rocha com textura foliada, característica de ambientes de baixo grau de (8) Siltito
metamorfismo. (9) Basalto
(10) Xisto
(11) Calcário

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GRUPO III

O metamorfismo da Serra da Freita

Na região norte de Portugal continental, o granito da serra da Freita enquadra-se no domínio dos granitos de duas
micas, tendo uma fácies de grão médio equigranular. Junto à aldeia da Castanheira, situada na mesma serra,
encontra-se uma das mais notáveis formações geológicas de Portugal: um outro granito de grão médio,
contemporâneo do granito da serra da Freita, envolvido por xistos metamórficos, que apresenta numerosos nódulos
biotíticos com a forma de discos circulares. O afloramento rochoso da Castanheira, uma pequena janela granítica,
como se representa na figura 2, parece corresponder à parte superior de um maciço granítico cuja cobertura de xisto
foi erodida. Este tipo de granito é considerado único em Portugal e raro no mundo.
Na região da serra da Freita, o metamorfismo orogénico foi, todo ele, gerado durante três fases de deformação
ocorridas durante a orogenia que afetou a Europa no Paleozóico.
As rochas metamórficas que afloram na área são, de uma maneira geral, rochas metassedimentares. Trata-se de
rochas que resultaram do metamorfismo de rochas sedimentares, essencialmente detríticas. De acordo com a figura
3, o metamorfismo reparte-se do baixo ao alto grau (com predomínio do médio grau na metade sudoeste da serra da
Freita, e do baixo grau na metade nordeste).
A ocorrência de distena, associada a andaluzite, em alinhamentos com a direção regional N120ºE é interpretada
como resultado de um processo de sobrepressão, gerado por fluidos provenientes dos níveis inferiores da crusta,
canalizados ao longo de fraturas e zonas de cisalhamento. Este processo terá ocasionado, simultaneamente,
abundantes filões de quartzo.
Há ainda a referir, quanto às formações metamórficas da Serra da Freita, a presença de uma auréola metamórfica
em torno dos maciços graníticos existentes na região.

Adaptado de: Inventariação, Caracterização e Avaliação do Património Geológico do Concelho de Arouca, 2008

Figura 3 – Condições de P e T para os diferentes graus de metmorfismo da serra da


Freita.

Figura 2 – Carta geológica


esquemática da área
envolvente da aldeia da
Castanheira.

Nas questões de 1 a 3, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.

1. O metamorfismo que originou as principais formações metassedimentares da Serra da Freita é do tipo…

(A) … de contato e resultou, principalmente, das altas temperaturas associadas aos movimentos orogénicos.
(B) … regional e resultou, principalmente, das pressões associadas aos movimentos orogénicos.
(C) … de contato e resultou, principalmente, da pressão litostática associada ao afundamento das rochas
sedimentares.
(D) … regional e resultou, principalmente, da pressão litostática associada ao afundamento das rochas
sedimentares.

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2. Na metade sudoeste da serra da Freita, tendo em conta o grau de metamorfismo, as rochas predominantes
deverão ser…

(A) … ardósias, rochas originadas a partir de metamorfismo em argilitos.


(B) … corneanas, rochas que, devido ás baixas temperaturas de metamorfismo, apresentam dureza elevada.
(C) … xistos, rocha que apresentam foliação.
(D) … gnaisses, rochas não foliadas.

3. A composição mineralógica dos filitos presentes na zona nordeste da serra da Freira não deverá incluir…

(A) … silimanite, porque este mineral forma-se em condições de pressão e temperaturas elevadas.
(B) … distena, porque este mineral forma-se em condições de pressão baixa.
(C) … andaluzite, porque este mineral forma-se em condições de temperatura baixa.
(D) … andaluzite e silimanite, porque são minerais de baixo grau de metamorfismo.

4. Relacione a inexistência de silimanite nas formações metassedimentares da metade nordeste da serra da Freita
com as condições que estiveram na origem dessas formações.

Nas questões 5 e 6, selecione a única opção que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços
seguintes, de modo a obter uma afirmação correta.

5. O quartzo presente nos filões da serra da Freita, é um mineral ____ porque as suas amostras apresentam
_____.

(A) alocromático [...] cores variáveis


(B) idiocromático [...] cores variáveis
(C) alocromático [...] uma cor característica
(D) idiocromático [...] uma cor característica

6. Minerais que se formem em condições ambientais _____ e que apresentem o mesmo tipo de átomos
empacotados em redes cristalinas diferentes dizem-se _____.

(A) semelhantes [...] isomorfos


(B) distintas [...] isomorfos
(C) semelhantes [...] polimorfos
(D) distintas [...] polimorfos

7. Denomine o processo que permite a formação de vários tipos de rochas magmáticas a partir de um magma
com composição mantélica.

GRUPO IV

Em zonas oceânicas distintas, foram recolhidas duas amostras de formações sedimentares (A e B), com o mesmo
peso. Em laboratório, foi feito o estudo granulométrico dessas amostras.
A separação dos detritos, nas duas amostras, fez-se recorrendo a uma coluna de crivos, cujas malhas,
rigorosamente calibradas, eram cada vez mais finas, do topo para a base da coluna. Os detritos ficaram retidos nos
crivos de acordo com as dimensões que apresentavam. Os resultados do estudo estão expressos no gráfico da Figura
1. Na tabela l, encontram-se as designações dos diferentes detritos, de acordo com as suas dimensões.

Figura 1

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1. As afirmações seguintes dizem respeito ao gráfico da figura 1.
Selecione a alternativa que as avalia corretamente.
(1) A amostra B é essencialmente constituída por detritos de dimensões inferiores a 0,2 mm.
(2) A amostra A é mais bem calibrada do que a amostra B.
(3) Os detritos da amostra A foram depositados num ambiente de elevada energia.

(A) 1 e 3 são verdadeiras; 2 é falsa. (C) 1 e 2 são verdadeiras; 3 é falsa.


(B) 3 é verdadeira; 1 e 2 são falsas. (D) 2 é verdadeira; 1 e 3 são falsas.

2. Selecione a alternativa que completa a frase seguinte, de modo a obter uma afirmação correta.
O objetivo do procedimento laboratorial foi determinar...

(A) …a distribuição granulométrica de cada uma das amostras.


(B) …o agente de meteorização dos detritos.
(C) …as fases de formação das rochas detríticas.
(D) …a composição química dos detritos das amostras.

3. Explique, com base no conceito de porosidade e nos resultados do estudo granulométrico apresentados no gráfico
da Figura 1, a diferença de porosidade das duas amostras.

4. Selecione a única alternativa que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços seguintes, de
modo a obter uma afirmação correta.
As zonas de subdução, que contribuem para a circulação da água entre a crosta e o manto, são limites tectónicos
_______ onde se exercem, predominantemente, forças _______.

(A) convergentes ... compressivas


(B) convergentes ... distensivas
(C) divergentes ... distensivas
(D) divergentes ... compressivas

5. Selecione a única alternativa que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços seguintes, de
modo a obter uma afirmação correta.
A água transportada pela litosfera e que mergulha na zona de subdução determina uma maior _______ das rochas,
porque _______ o ponto de fusão dos minerais.

(A) fragilidade … aumenta


(B) ductilidade … aumenta
(C) fragilidade … diminui
(D) ductilidade … diminui

6. O Parque Nacional de Yellowstone, o mais antigo parque nacional do mundo, está localizado nos Estados Unidos
da América e cobre uma área de 8987 Km2. Yellowstone é um ponto quente, com uma pluma de magma que se ergue
do manto, penetrando em rochas ácidas.
Apesar da atual aparência pacífica da paisagem, Yellowstone sofreu períodos de violência extrema no último milhão
de anos. Esse passado resultou na presença de milhares de fontes termais, fumarolas, géiseres e caldeiras naturais.
Pelas observações efetuadas em Yellowstone, os cientistas receiam que possam ocorrer, num futuro próximo,
erupções explosivas com consequências devastadoras.
Explique a possível ocorrência de erupções explosivas, tendo em conta que a atividade vulcânica em Yellowstone se
deve há existência de um ponto quente.

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GRUPO V

A Serra da Estrela é um maciço montanhoso que atinge 1993 metros no planalto da Torre, no lado sudoeste. O seu
processo de formação iniciou-se ainda antes do Paleozóico, prolongando-se durante toda esta era geológica. Em
meio marinho, desde o Pré-câmbrico até ao Câmbrico, há cerca de 500 milhões de anos (M.a.), foram-se acumulando
sedimentos provenientes da erosão dos continentes então existentes, atingindo uma espessura estimada em alguns
quilómetros. Estes sedimentos, constituídos essencialmente por camadas alternadas de areias e argilas, deram
origem, primeiro, por diagénese, a alternâncias de argilitos e grauvaques e, depois, por metamorfismo, a alternâncias
de filitos e metagrauvaques, que observamos hoje no Complexo Xistograuváquico da Serra da Estrela.
No Devónico, há 380 M.a., os sedimentos acumulados sofreram movimentos compressivos, característicos do início
da orogenia hercínica, provocando dobras com orientação NO-SE. Debaixo destes sedimentos, foi-se instalando,
durante cerca de 30 M.a., uma grande massa de granitos, rocha predominante em todo o maciço. No final da orogenia
hercínica, há 240 M.a., ocorreu a fracturação das rochas formadas.
Durante o Mesozóico, por erosão dos níveis superiores da crosta, esta, por alívio de carga, foi subindo, trazendo para
a superfície as rochas que se formaram em profundidade. Originou-se, assim, uma superfície aplanada.
No Cenozóico, iniciou-se uma nova fase, relacionada com a orogenia alpina, que provocou nova movimentação das
falhas formadas na orogenia hercínica, que passaram de falhas de desligamento a falhas inversas. Mais
recentemente, iniciaram-se os movimentos de subida dos blocos responsáveis pela elevação do maciço e dos quais
resultou a actual estrutura da Serra da Estrela.
A tectónica mantém-se ativa, condicionada pelos grandes sistemas regionais de fraturas, com a ocorrência de
pequenos sismos e de nascentes termais em toda a região.
Há cerca de 20000 anos, ocorreu a última glaciação que deixou testemunhos geomorfológicos únicos em Portugal,
nomeadamente na Serra da Estrela. A temperatura atmosférica média mensal era sempre negativa, permitindo a
existência de neves perpétuas acima dos 1650 metros, formando uma calote de gelo. Esta calote deu origem aos
glaciares, cujos vestígios se encontram registados nos típicos vales glaciários da Serra.

1. Selecione a única opção que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços seguintes, de modo
a obter uma afirmação correta.
Os detritos acumulados na bacia de sedimentação marinha deram origem a argilitos, por _______ seguida de
desidratação, e a filitos, por metamorfismo _______.

(A) compactação … regional


(B) cristalização … de contacto
(C) cristalização … regional
(D) compactação … de contacto

2. Selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.


A existência de diferentes granulometrias nos granitos do maciço da Serra da Estrela deve-se ao facto de os minerais
que os constituem…

(A) provirem de magmas com teores de sílica variáveis.


(B) apresentarem pontos de fusão distintos.
(C) possuírem diferente composição química.
(D) terem tido tempos de cristalização diferentes.

3. Selecione a única opção que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços seguintes, de modo
a obter uma afirmação correta.
Durante a orogenia alpina, ocorreu a elevação do maciço da Serra da Estrela, por actuação de forças _______,
originando-se falhas _______.

(A) distensivas … normais


(B) distensivas … inversas
(C) compressivas … normais
(D) compressivas … inversas

4. A formação da Serra da Estrela foi um processo longo, iniciado no Pré-câmbrico.


Explique, a partir do texto, a génese do Complexo Xistograuváquico e a génese do granito, desde a sua génese até
ao seu afloramento, no maciço montanhoso da Serra da Estrela.

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5. Faça corresponder a cada uma das letras das afirmações de A a E o respetivo conceito indicado na chave.

Afirmações
A. Formação de novos minerais devido à reorganização espacial das partículas constituintes dos minerais de uma
rocha, quando fica submetida a novos parâmetros de pressão e temperatura.
B. Dobra cuja abertura está voltada para baixo em que o núcleo é formado por terrenos mais antigos.
C. Tipo de deformação que ocorre em níveis estruturais mais profundos, permitindo aos materiais geológicos uma
maior resistência à rutura.
D. Dobra cuja abertura esta voltada para cima em que o núcleo é formado pelos terrenos mais recentes.
E. Processo pelo qual um arenito é transformado num quartzito.

Chave
1) Sinclinal
2) Deformação em regime frágil
3) Recristalização
4) Anticlinal
5) Deformação em regime dúctil
6) Minerais de neoformação
7) Metamorfismo regional
8) Metamorfismo de contato.

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Grupo I Versão 1
1. B
2. A
3. C
4. B
5. D
6. C
A resposta deve contemplar os seguintes tópicos:

• Os valores de temperatura e pressão aumentam com a profundidade.


• Em locais com maior profundidade, as condições de pressão e temperatura

7. existentes, possibilitam que as rochas evidenciem um comportamento


plástico/a deformação ocorre em regime dúctil.
• Em níveis estruturais pouco profundos, as condições de pressão e
temperatura existentes, possibilitam que as rochas evidenciem um
comportamento elástico/a deformação ocorre em regime frágil.
A. 4 A. 7

8. B. 2 B. 5
C. 1 C. 1
D. 5 D. 2
E. 7 E. 4
GRUPO II
A resposta deve contemplar os seguintes tópicos:

• Na formação de Picavessa está presente o calcário, rocha muito vulnerável


aos processos de meteorização química/reações de carbonatação.
1. • As águas acidificadas pelo CO2 podem reagir com a calcite, formando
produtos solúveis.
• Como os calcários existentes nos solos são alterados e destruídos, criam-se
fissuras que conduzem à formação de uma rede de galerias e grutas
subterrâneas.

2. AEDFCB AFBCED

A. 3 A. 5
B. 4 B. 8
3. C. 1 C. 1
D. 8 D. 4
E. 5 E. 3
4. D B

5. B C

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6. D A

A. 2 A. 5
B. 6 B. 4
7. C. 7 C. 7
D. 4 D. 6
E. 5 E. 2
GRUPO III

1. B D

2. C B

3. A C

A resposta deve contemplar os seguintes tópicos:

• Na região nordeste da Serra da Freita predominaram fenómenos de baixo


grau de metamorfismo.
4. • A este grau de metamorfismo estão associadas temperaturas inferiores a 500
ºC.
• A silimanite é um mineral estável a temperaturas muito superiores, daí a sua
inexistência na metade nordeste da Serra da Freita.

5. A A

6. D C

7. Diferenciação magmática.

Grupo IV
1. Opção D
2. Opção A

3. A resposta deve ser contemplar os seguintes tópicos:

- Sendo a porosidade o volume de espaços de vazios presentes numa rocha, ela é


condicionada pela calibração/selecção dos detritos.

- Como a amostra A apresenta melhor calibração de detritos, tem mais espaços, logo, tem
maior porosidade do que a amostra B.

Dito de outro modo, como a amostra B apresenta pior calibração de detritos, tem menos
espaços, logo, tem menor porosidade do que a amostra A.

4. Opção A
5. Opção D
6. A resposta deve ser contemplar os seguintes tópicos:

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• um ponto quente é alimentado por magma basáltico (que origina erupções efusivas);

• Yellowstone é uma região continental, constituída por rochas ácidas (ricas em sílica);

• ao ascender, o magma basáltico incorpora material de origem continental, que torna a


mistura mais viscosa, promovendo erupções explosivas.

Grupo V
1. Opção A
2. Opção D
3. Opção D

4. A resposta deve ser contemplar os seguintes tópicos:

- O complexo Xistograuváquico formou-se por metamorfismo regional de argilitos e


grauvaques;

- O granito formou-se pela instalação de magma, por baixo das camadas sedimentares
existentes, que posteriormente cristalizou;

- A existência de movimentos convergentes levou à formação de falhas inversas em que a


movimentação dos blocos da falha associada a processos de erosão permitiram o
afloramento das rochas que se formaram em profundidade.

5. A- 3
B- 4
C- 5
D- 1
E- 8

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