Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Full Download Poliedro Ingles 1St Edition Renan Bernardes Viani E Olivia Fortes Online Full Chapter PDF
Full Download Poliedro Ingles 1St Edition Renan Bernardes Viani E Olivia Fortes Online Full Chapter PDF
https://ebookstep.com/product/poliedro-ingles-1st-edition-renan-
bernardes-viani-e-olivia-fortes/
https://ebookstep.com/product/poliedro-fisica-1st-edition-
poliedro/
https://ebookstep.com/product/poliedro-fisica-1st-edition-
poliedro-2/
https://ebookstep.com/product/poliedro-quimica-1st-edition-
editora-poliedro/
Equipes brilhantes Como criar grupos fortes e motivados
Portuguese Edition Coyle Daniel
https://ebookstep.com/product/equipes-brilhantes-como-criar-
grupos-fortes-e-motivados-portuguese-edition-coyle-daniel/
https://ebookstep.com/product/poliedro-matematica-1st-edition/
https://ebookstep.com/product/poliedro-fisica-1st-edition/
https://ebookstep.com/product/poliedro-quimica-1st-edition-
guilherme-aulicino-bastos-jorge-e-thiago-bernini-gaspar/
https://ebookstep.com/product/veganizm-1st-edition-valery-giroux-
renan-larue/
LIV ê
s
1
gl
RO
In
AR
UL
TIB
ES
-V
RÉ
EP
O
DI
MÉ
NO
SI
EN
O
ED
RI
SÉ
3a
NOME:
CURSO: TURMA:
TELEFONE: E-MAIL:
OBSERVAÇÕES:
São José dos Campos – SP
Telefax: (12) 3924-1616
editora@sistemapoliedro.com.br
www.sistemapoliedro.com.br
carloscastilla/123rf.com
O estudo dos tempos verbais também está presente no decorrer da teoria,
mas vários capítulos têm como abordagem o entendimento textual, o que
compreende: comparação/contraste, falhas na interpretação, pontuação, no-
vas linguagens (relacionadas à tecnologia), retomada de pontos gramaticais,
entre outros tópicos.
Expressões idiomáticas, como os provérbios e os multi-word verbs, além
de estudos da variação linguística, são outros dos assuntos trabalhados,
apresentando os diferentes aspectos da língua inglesa americana e britânica.
Já os temas escolhidos como pano de fundo são atuais e com uma abor-
dagem leve, proporcionando o entendimento dos conceitos trabalhados e a
identificação de pontos particulares do idioma; serão abordadas, ainda, a
análise textual, a formação das palavras da língua inglesa e noções sobre
tipos e gêneros diversos de textos.
Gabaritos�������������������������������������������������������������������������������������������������������������268
Capítulo
1
Sua história,
minha história
bowie15/123rf.com
CAPÍTULO 1
Sua história, minha história
Em diversas situações de nossas vidas, como festas, viagens, almoços de família, entrevistas de emprego,
reuniões de negócios, entre outras, relatamos nossa história. Muitas vezes, fazemos novos amigos dessa forma
simplesmente ao descobrirmos coisas em comum entre nós, como gostos e experiências.
Partindo dessa reflexão, imagine ter acabado de conhecer alguém em sua turma que seja de outro país. Será
que vocês têm gostos e experiências em comum? Provavelmente, você já deve ter ouvido falar algo sobre o país
de onde essa pessoa veio, como comentários sobre a população e aspectos comuns dos hábitos ou das caracte-
rísticas físicas predominantes, além do país, em geral, com sua economia, seus aspectos geográficos etc. Será
que tudo o que você já escutou sobre esse país é verdade?
Com a expansão da internet, o aumento da presença de empresas multinacionais no Brasil e a internacio-
nalização das universidades, temos cada vez mais contato com línguas estrangeiras e, consequentemente, tor-
na-se mais comum nos depararmos com essas questões. Qual seria a maneira mais eficaz de aprender sobre
a cultura de outros países? O que é certo e o que é errado sobre os comentários que normalmente ouvimos?
Devemos estar atentos para entender uma história sem cair em generalizações equivocadas: seja ela sobre uma
pessoa ou até mesmo um continente.
C C2 - Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais*.
H H8 - Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade cultural e linguística.
Como ler histórias feita por Chimamanda Adichie, uma escritora nigeriana
Hoje, aprender inglês nos permite estar atualizados que aborda, entre outras questões, o contato entre cul-
facilmente ao ler notícias sobre todo o mundo, além de turas em nosso contexto globalizado atual. Nos trechos a
facilitar o contato com pessoas de diversos países. No seguir, ela nos conta um pouco de sua história, com base
entanto, ao entrarmos em contato com textos em língua em suas experiências e vivências, pelo aspecto cultural:
inglesa, muitas vezes não entendemos informações im- […] at about the age of seven [...] I wrote exactly the kinds of
portantes por desconhecer alguns aspectos de determi- stories I was reading: All my characters were white and blue-
nada cultura. Como então podemos nos preparar para a -eyed, they played in the snow, they ate apples, and they talked
leitura de textos em inglês diante de referências cultu- a lot about the weather, how lovely it was that the sun had
rais desconhecidas? Afinal, existem milhões de falantes come out. Now, this despite the fact that I lived in Nigeria. I
de inglês no mundo. had never been outside Nigeria. We didn't have snow, we ate
Encontraremos a resposta para esse questionamen- mangoes, and we never talked about the weather, because
to partindo da leitura dos trechos de uma apresentação there was no need to.
Robert Churchill/123rf.com
10 INGLÊS
CAPÍTULO 1
Sua história, minha história
absoluteindia/123rf.com
INGLÊS 11
CAPÍTULO 1
Sua história, minha história
ou valor diferente do nosso. Normalmente, por intermédio dos meios de comunicação, estamos expostos a diversas
mensagens que evocam determinadas culturas de modo imparcial ou impreciso, por exemplo, em algumas propagan-
das e revistas. Ao selecionar reportagens sobre um determinado lugar, os jornais também podem optar por privilegiar
certos aspectos de uma cultura e deixar outros de lado, o que pode levar o leitor a pensar que somente as informações
mencionadas são verdades exclusivas.
No segundo parágrafo do texto, a escritora Chimamanda Adichie enfatiza que nossa vulnerabilidade a essas sim-
plificações é maior quando somos crianças, o que pode ser associado à criatividade e à imaginação infantis, em que
fantasia e realidade se misturam de maneira indissociável. Observe a tirinha a seguir e responda: qual é a reflexão
proposta pelo autor?
Calvin & Hobbes, Bill Watterson © 1986 Watterson / Dist. by Universal Uclick
HABILIDADES Observe que Calvin, por influência de seus role models, imagina-se em
Na tirinha, trabalhamos a habili- uma guerra espelhada nas histórias de guerra que ouviu em seu país: do
dade H5 (Associar vocábulos e ex- ponto de vista estadunidense, dizia-se que o conflito ocorreu entre os defen-
pressões de um texto em LEM ao sores da liberdade e da democracia e os opressores comunistas. Em outras
seu tema). Observe que você preci- palavras, os papéis das personagens na brincadeira refletem a exposição de
sou perceber a escolha de palavras Calvin a uma simplificação dos países envolvidos, com base em um único
de Calvin para associar ao ponto de ponto de vista. Assim como explanado no texto de Chimamanda, o modo
vista dos EUA sobre a guerra que
como a história é contada não abre espaço para que os dois lados sejam
está embutido na tirinha.
vistos como iguais.
12 INGLÊS
CAPÍTULO 1
Sua história, minha história
O leitor crítico, entretanto, ao ler sobre outros gru- principais que devem ser levados em consideração ao
pos étnicos ou culturais, tem como tarefa colocar-se no usarmos adjetivos: descrição, classificação e juízo de
lugar do outro, tentando entender seu ponto de vista. valor.
Hoje, muitas instituições e organizações ligadas à edu- Em geral, adjetivos descritivos, que indicam caracte-
cação, como universidades, museus e até setores de rísticas de forma objetiva, são usados antes de adjetivos
prefeituras, têm trabalhado constantemente na promo- e demais palavras que indiquem classificação. Veja os
ção desse tipo de leitura crítica, destacando, assim, a exemplos:
importância da diversidade cultural.
A new phylosophical concept
INGLÊS 13
CAPÍTULO 1
Sua história, minha história
Kittisak Taramas/123rf.com
Observation
Determiner Size Age Shape
(opinion)
A small square
A stunning modern
Qualifier
Colour Origin Material Noun
(purpose)
Italian dining table
green case
14 INGLÊS
CAPÍTULO 1
Sua história, minha história
INGLÊS 15
CAPÍTULO 1
Sua história, minha história
Adjetivos terminados em -ing descrevem determina- pectivamente). Geralmente, são introduzidas por prono-
do sentimento, estado ou uma atitude (interesting books mes, como that, which, who, whom, mas nos casos em
arouse interest); já os adjetivos terminados em -ed de- que o sujeito da oração adjetiva é diferente do objeto a
monstram em quem esse sentimento, esse estado ou que se refere, o uso do pronome é opcional, como em the
essa atitude está presente (an interested reader). kinds of stories (that) I was reading. Veja outros exemplos:
Orações adjetivas Who are the girls that live in that house?
Uma outra maneira de descrever sujeitos e objetos I recommend you read the book (which) my mother wrote.
em nossos textos é usando orações para indicar suas I recommend you read the book which is on the
características. Observe: dining table.
My mother, who enjoys physics, has just come back
I wrote exactly the kinds of stories I was reading... from the Museum of Science.
Because all I had read were books in which characters My sister is the person to whom you are supposed to speak.
were foreign, I had become convinced that books [...] had
to be about things with which I could not personally identify. Verbos que acompanham adjetivos
Existem alguns verbos em inglês que são frequente-
As orações destacadas são usadas para referir-se às mente empregados com adjetivos. Observe os exemplos
palavras que sucedem (stories, all, books e things, res- a seguir, retirados de algumas músicas:
Como podemos perceber nos trechos apresentados, esses verbos fazem a ligação entre o adjetivo e um aspecto
específico do sujeito, para, assim, dar mais informações sobre ele, estabelecendo sua caracterização. Veja que em “I
started to feel wonderful”, wonderful se refere ao sujeito I, do mesmo modo que em “She had felt sorry for me even
before she saw me”, sorry se refere a she.
Atenção!
Observe que os mesmos verbos também podem ser empregados com advérbios, em vez de adjetivos.
Chimamanda looked curiously at her roommate. (curiously – advérbio)
Note que curiously não está relacionado diretamente ao sujeito (Chimamanda); neste caso, o termo descreve a maneira como
Chimamanda olhou para a amiga, ou seja, o advérbio se refere diretamente ao verbo.
16 INGLÊS
CAPÍTULO 1
Sua história, minha história
PARA PRATICAR
1 (Unicamp 2015) Internautas costumam manifestar suas opiniões sobre
Income taxes artigos on-line por meio da postagem de comentários.
O comentário que exemplifica o engajamento proposto
na quarta dica da campanha apresentada no texto é:
A “Lá na minha escola, aprendi a jogar capoeira para
uma apresentação no Dia da Consciência Negra.”
B “Outro dia assisti na TV uma reportagem sobre res-
peito à diversidade. Gente de todos os tipos, várias
tribos. Curti bastante.”
C “Eu me inscrevi no Programa Jovens Embaixadores
para mostrar o que tem de bom em meu país e co-
nhecer outras formas de ser.”
D “Curto muito bater papo na internet. Meus amigos
estrangeiros me ajudam a aperfeiçoar minha profici-
ência em língua estrangeira.”
Disponível em: <www.politicalcartoons.com/cartoon/69af1b15-2271-45d4-be-
10-320535f6aa6c.html>. Acesso em: 15 mai. 2014 (Adapt.).
E “Pesquisei em sites de culinária e preparei uma fes-
ta árabe para uns amigos da escola. Eles adoraram,
O personagem do cartum principalmente, os doces!”
A considera tão difícil o processo de criação da fórmula no Enem
3 (Enem 2011)
Caiu
INGLÊS 17
CAPÍTULO 1
Sua história, minha história
Bob Marley foi um artista popular e atraiu muitos fãs Ruth Benedic’s observation seems self-evident: culture
com suas canções. Ciente de sua influência social, na is a learning process. “The cultural patterns which men in
música “War”, o cantor se utiliza de sua arte para aler- all societies invent for themselves and transmit down the
tar sobre generations have in each community a considerable degree
A a inércia do continente africano diante das injustiças of consistency within themselves […] and have to be taught
sociais. anew to each generation,” she wrote, before adding that
B a persistência da guerra enquanto houver diferenças recognition of “cultural differences” – a term that, a few
raciais e sociais. decades later was replaced by “cultural diversity” – “can
C as acentuadas diferenças culturais entre os países promote international co-operation” and cannot be blamed
africanos. for “the chaos of the world”, as some would have us believe,
D as discrepâncias sociais entre moçambicanos e an- even today. […]
golanos como causa de conflitos. Sixty years later, have we succeeded in guaranteeing a
E a fragilidade das diferenças raciais e sociais como quality education for all, which respects cultural diversity
justificativas para o início de uma guerra. and serves as a lever for sustainable development,
conceived and promoted by the people themselves?
Disponível em: <http://portal.unesco.org/en/ev.php-URL_ID=43982&URL_DO=DO_
O texto a seguir servirá de base para as questões de 4 TOPIC&URL_SECTION=201.html>. Acesso em: 2 jul. 2010. (Adapt.).
a 7.
4 (UFRN 2011) O Correio da UNESCO publicou o texto
Cultural diversity and education: what has changed since de Ruth Benedict
60 years ago? A na edição dedicada a Cécile Duvelle.
B em uma edição comemorativa.
1948: the American anthropologist, Ruth Benedict, C na primeira página de sua primeira edição.
emphasises the role of culture in education and D em uma de suas primeiras edições.
international cooperation.
2008: the French anthropologist, Cécile Duvelle, takes 5 (UFRN 2011) Ao ler o artigo de Ruth Benedict, a au-
stock – the idea has filtered into our thinking, but is still tora francesa
struggling to be turned into practice. A despertou para opiniões conflitantes sobre o papel
da cultura.
B criticou o entusiasmo com o progresso da UNESCO.
C considerou difícil a leitura do texto.
D reconheceu que o tema ainda é relevante.
18 INGLÊS
CAPÍTULO 1
Sua história, minha história
QUESTÕES EXTRAS
1 Leia os trechos das seguintes músicas.
California gurls
I know a place
Where the grass is really greener
Warm, wet and wild
[...]
You could travel the world
But nothing comes close to the golden coast
[…]
California gurls
We're unforgettable
Daisy dukes, bikinis on top
Sun-kissed skin, so hot
[…]
PERRY, Katy; BROADUS, Calvin; MARTIN, Max; GOTTWALD, Lukasz; MCKEE, Bonnie. “California Gurls (feat. Snoop Dogg)”.
Katy Perry. In: Teenage Dream. Los Angeles: Capitol Records, 2010. Faixa 3.
Californication
[…]
It's the edge of the world
And all of western civilization
[…]
It's understood that Hollywood
Sells Californication
Tanto a cantora pop Katy Perry como a banda de rock Red Hot Chili Peppers são artistas de carreira internacional
provenientes do estado da Califórnia. Pensando que demonstraram em suas respectivas músicas seu ponto de vista
acerca de seu estado de origem, responda às perguntas:
a) Identifique palavras e expressões descritivas usadas para referir-se à cultura do estado da Califórnia em cada
uma das músicas.
b) Em qual das músicas o autor assume uma posição mais crítica? Justifique sua resposta.
INGLÊS 19
CAPÍTULO 1
Sua história, minha história
a) Qual foi a intenção do garoto ao dizer: “she cleaned the entire house, cooked and even slept in their beds”?
b) Qual a relação da tirinha com o quadrinho de Calvin, apresentado na teoria deste módulo, quanto à forma de ver
o mundo das crianças?
20 INGLÊS
CAPÍTULO 1
Sua história, minha história
INGLÊS 21
CAPÍTULO 1
Sua história, minha história
no Enem
4 (Enem 2012)
Caiu
bikes”. When you’re done with it, simply throw it into the
I, too nearest canal. They’re disposable!
I, too, sing America. • Please aid the Olympic authorities and organisers by
demonstrating at all times that you are not a terrorist.
I am the darker brother. Do not perspire, take off your shoes, smile in a weird way
They send me to eat in the kitchen while texting someone, or point and shout: “Hey! Look at
When company comes, all those missiles on that roof over there!”. In fact, if you’re
But I laugh, not using your hands for anything, it’s probably best if you
And eat well, keep them in the air where everybody can see them.
And grow strong. DOWLING, T. London 2012: an etiquette guide for Olympics visitors. Disponível
em: <www.guardian.co.uk/sport/2012/jul/16/etiquetteguide-
visitors-london-olympics?fb=native&CMP=FBCNETTXT9038>. Acesso em: 16
Tomorrow, jul. 2012. (Adapt.).
22 INGLÊS
CAPÍTULO 1
Sua história, minha história
Reflita sobre
Em 2002, o secretário municipal de Turismo, José Eduardo Guinle, ameaçou processar o canal
de televisão Fox após a transmissão de um episódio da série Os Simpsons, passado na cidade do
Rio de Janeiro. A história se desenvolvia a partir da procura da família por um órfão brasileiro, e sua
repercussão no país se deu pelas imprecisões acerca da cultura brasileira. Por exemplo, o episódio
mostra que brasileiros se locomovem na cidade em uma fila de dançarinos de conga, que substituiu o
transporte público; além disso, Homer é sequestrado por um taxista que em seguida o mantém em um
cativeiro no meio de uma selva. Embora fictício, o episódio não foi bem aceito pelo secretário de Turismo,
que afirmou: “[...] não posso admitir que a imagem da cidade seja denegrida dessa forma. E usar órfãos
para fazer sátira é no mínimo deselegante.”1
No entanto, o então embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Rubens Barbosa, não concordou com
essa queixa, afirmando que outros países também são alvo da crítica do programa e que a sátira é algo
com que seus telespectadores estão acostumados. Barbosa concluiu que os jornais brasileiros e as
notícias divulgadas no exterior acarretam “um dano muito maior à percepção que se tem do país do que
alguma análise satírica ou gozadora que se faz de maneira estereotipada de uma realidade que existe
no Brasil”.2
Considerando os fatos apresentados, qual a sua opinião sobre esse episódio? Você acha que a queixa
do secretário de Turismo é válida? Concorda com o comentário feito pelo embaixador?
Atualmente, muitos jovens criam blogs para expôr seus pontos de vista sobre diferentes tópicos e
também discutir temas controversos que têm sido destaque na mídia. Como você poderia contribuir
para a discussão sobre a cultura brasileira usando a internet? Que ideias você poderia incluir em sua
publicação?
1. AGENCIA ESTADO. “Prefeitura do Rio quer processar produtora dos ‘Simpsons’”. Estadão, 6 abr. 2002. Disponível em: <http://brasil.estadao.com.
br/noticias/geral,prefeitura-do-rio-quer-processar-produtora-dos-simpsons,20020406p16522>. Acesso em: 4 mar. 2015.
2. “Embaixador brasileiro minimiza sátira dos Simpsons”. BBC, 9 abr. 2002. Disponível em: <www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2002/020409_
donm.shtml>. Acesso em: 4 mar. 2015.
INGLÊS 23
CAPÍTULO 1
Sua história, minha história
• Para exprimir melhor as características em inglês, são usados diferentes tipos de adjetivos, orações
adjetivas, adjetivos compostos, sufixos e formas comparativas e superlativas.
• O uso dessas estruturas linguísticas é também guiado pela nossa visão de mundo, que, às vezes, tende a
generalizar grupos étnicos pela falta de informação ou reflexão crítica.
• A generalização nos leva a criar estereótipos, cuja existência exerce um papel negativo no contexto de inter-
câmbio de conhecimentos e experiências entre pessoas de diferentes repertórios culturais.
m
co
rf.
23
oh/1
T
Ho
eng
Kh
24 INGLÊS
© Photopal604 | Dreamstime.com ● © Tupungato | Dreamstime.com ● © Simon Evans | Dreamstime.com
2
Capítulo
Inglês,
uma língua global
CAPÍTULO 2
Inglês, uma língua global
O inglês é hoje o idioma mais usado para a comunicação internacional, e saber uma língua global pode ser
bastante vantajoso. Ao viajar para o exterior, por exemplo, é possível perceber que o uso do inglês é comum em
companhias aéreas, hotéis, restaurantes, museus etc., e há, portanto, um grande esforço para que os profis-
sionais de tais áreas dominem essa língua. Além disso, o inglês pode ajudar a fazer amizades com pessoas em
viagens, programas de estudo, estágios profissionais, eventos acadêmicos e em muitas outras situações com as
quais você provavelmente vai se deparar no futuro, independentemente da carreira que escolher seguir.
Entretanto, quem nunca ouviu uma história sobre um mal-entendido que deixou alguém sem graça ou nervo-
so por não conseguir se comunicar efetivamente? E quando temos que conversar com um norte-americano ou
inglês que fala extremamente rápido e não tem paciência para repetir o que diz? Às vezes, por não dominarmos
uma língua estrangeira e desconhecer aspectos da cultura daquele país, temos problemas de comunicação com
falantes nativos.
É essencial discutir o papel que o inglês exerce hoje como língua global e o impacto que ele pode ter em nos-
sas vidas. Considerando os dois lados desse aprendizado, há pontos positivos e negativos que são geralmente
abordados por especialistas no assunto. Assim, entenderemos melhor como o inglês vem sendo usado em todo
o mundo, tornando-nos mais críticos e conscientes de sua importância e do impacto de seu uso.
Que diferenças podemos notar entre a importância de saber falar uma língua estrangeira 60 anos atrás e a necessida-
de atual?
O inglês tornou-se o que se considera a língua do mundo. Como isso aconteceu?
C C2 - Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais*.
H H6 - Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e culturas.
H7 - Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social.
Boiko Ilia/123rf.com
usadas. Diversas fontes estimam que o número de fa-
lantes não nativos do inglês já ultrapassou o de falantes
nativos. Além disso, hoje em dia, ao viajar, em muitos
casos, é indiferente se o país para o qual você vai tenha
o inglês como língua oficial ou não; você pode ir para a
China ou Bulgária, mas, se domina o inglês, provavel-
mente não passará apuros em seu passeio, pois encon-
trará nesses lugares pessoas que saibam se comunicar
usando o idioma também.
Levando isso em consideração, levantamos as se- eficaz no contexto de troca de mercadorias. Em alguns
guintes questões: quais seriam as consequências do casos da história, a necessidade de comunicação tem como
uso do inglês como segunda língua por pessoas de cul- consequência o nascimento dessas línguas (pidgins), as
turas tão diversas? Afinal, é mesmo necessário que um quais se formam pela combinação de diferentes idiomas
idioma tenha o status de língua global? em contato. Outro exemplo de língua que surge como
Reproduzimos a seguir o trecho de um livro do pro- resposta à dificuldade de comunicação é o esperanto.
fessor e pesquisador David Crystal, que discorre a res- Diferente dos pidgins, o esperanto é uma língua que
peito de como problemas de comunicação foram resol- foi inventada com o intuito de facilitar a comunicação
vidos ao longo da história. universal. Por meio de um planejamento linguístico com
foco em estruturas fonológicas e gramaticais simples, o
idioma foi criado com o intuito de ser uma língua perfeita,
Translation has played a central (though often facilmente aprendida por falantes de qualquer idioma.
unrecognized) role in human interaction for thousands O texto de Crystal também aponta que, em outros casos
of years. When monarchs or ambassadors met on da história, línguas como o francês e o inglês são adotadas
the international stage, there would invariably be devido à influência política, econômica ou religiosa de
interpreters present. But there are limits to what can potências estrangeiras, como a França, o Reino Unido e
be done in this way. [...] In communities where only os Estados Unidos. Nesse sentido, o contato entre idiomas
two or three languages are in contact, bilingualism (or está ligado às relações de poder entre seus falantes. Qual
trilingualism) is a possible solution, for most young seria então o impacto do uso global do inglês do ponto de
children can acquire more than one language with vista do falante nativo e do não nativo?
unselfconscious ease. But in communities where there A seguir, reproduzimos um outro trecho do texto de
are many languages in contact, [...] such a natural David Crystal, em que ele comenta tal questão sob es-
solution does not readily apply. ses dois pontos de vista:
The problem has traditionally been solved by finding
a language to act as a lingua franca, or “common
If English is your mother tongue, you may have mixed
language”. Sometimes, when communities begin to
feelings about the way English is spreading around the
trade with each other, they communicate by adopting a
world. You may feel pride, that your language is the one
simplified language, known as pidgin, which combines
which has been so successful; but your pride may be
elements of their different languages. [...] But most often,
tinged with concern, when you realize that people in other
a language is accepted from outside the community,
countries may not want to use the language in the same
such as English or French, because of the political,
way that you do, and are changing it to suit themselves.
economic, or religious influence of a foreign power.
We are all sensitive to the way other people use (it is
[…]
often said, abuse) “our” language. Deeply held feelings
The need for a global language is particularly
of ownership begin to be questioned. Indeed, if there is
appreciated by the international academic and business
one predictable consequence of a language becoming a
communities, and it is here that the adoption of a single
global language, it is that nobody owns it any more. [...]
lingua franca is most in evidence [...].
CRYSTAL, David. English as a global language. 2 ed. Cambridge: Cambridge
And if English is not your mother tongue, you may
University Press, 2012. pp. 11-3. still have mixed feelings about it. You may be strongly
motivated to learn it, because you know it will put you in
touch with more people than any other language; but at
O que nos chama a atenção no texto apresentado é the same time you know it will take a great deal of effort
a relevância das relações comerciais para o surgimento to master it, and you may begrudge that effort. Having
de línguas simplificadas, que possibilitam a comunicação made progress, you will feel pride in your achievement,
and savour the communicative power you have at your
lingua franca termo de origem italiana para designar uma disposal, but may none the less feel that mother-tongue
língua adotada como comum entre falantes cujos idiomas speakers of English have an unfair advantage over you.
nativos são diferentes. And if you live in a country where the survival of your
pidgin língua comum formada espontaneamente pela language is threatened by the success of English, you
mistura de duas ou mais línguas e que serve para a may feel envious, resentful, or angry. [...]
comunicação (principalmente na área comercial) entre
These feelings are natural, and would arise whichever
populações que falam idiomas diferentes. Acredita-se
que o vocábulo seja derivado da pronúncia chinesa para language emerged as a global language. [...]
business. CRYSTAL, David. English as a global language. 2 ed. Cambridge: Cambri-
dge University Press, 2012. pp. 2-3.
INGLÊS 27
CAPÍTULO 2
Inglês, uma língua global
28 INGLÊS
CAPÍTULO 2
Inglês, uma língua global
Por outro, ela não necessariamente ajuda na resolução Observe as palavras em destaque no trecho a seguir:
de conflitos.
Muitos escritores exploraram, inclusive, o contrário: Sometimes, when communities begin to trade with
que as línguas têm o potencial de controlar maneiras de each other, they communicate by adopting a simplified
pensar e agir. Um caso famoso da literatura britânica é language, known as pidgin, which combines elements
o idioma fictício newspeak, criado pelo escritor Geor- of their different languages. [...] But most often, a
ge Orwell em seu famoso romance 1984 (concluído em language is accepted from outside the community, such
1948, mas com a inversão dos dois algarismos finais). O as English or French, because of the political, economic,
livro, que descreve uma sociedade distópica de governo or religious influence of a foreign power.
totalitário, apresenta tal idioma como um planejamento CRYSTAL, David. English as a global language. 2 ed. Cambridge:
Cambridge University Press, 2012. p. 11.
do Estado para que a estrutura da língua censurasse
ideais contrários aos do regime ditatorial.
A esse conceito podemos associar a Política Linguís- Os conectores em destaque organizam as ideias do
tica: conjunto de ações governamentais relacionadas às trecho indicando relações de diferentes tipos: when in-
decisões (regras, regulamentações, guias e diretrizes) dica tempo; as, descrição; but, contraste; such as intro-
referentes ao status, ao uso, ao domínio e aos territórios duz exemplo, e because of indica causa. O uso desses
da língua e aos direitos dos falantes da língua em ques- conectores envolve também alguns aspectos relaciona-
tão. É preciso ter muito cuidado ao lidar com a política dos aos tipos de estrutura gramatical com que se com-
linguística, pois ela geralmente está carregada de um binam. A seguir, você encontrará os conectores mais
poderoso simbolismo relacionado à identidade de um comuns da língua inglesa.
povo.
Contraste
PONTO DE CONEXÃO English is one of the official languages of South
Veja, em História, mais sobre o período entreguerras Africa. However / Nevertheless / Nonetheless / Despite
e os Estados totalitários. Você perceberá que, durante this, it is not the only one.
muitos desses anos, às vésperas da Segunda Guerra Although / Though / Even though English is one of the
Mundial, o totalitarismo era a forma padrão de governo official languages of South Africa, it is not the only one.
dos países europeus. On the one hand, a global language facilitates
communication. On the other hand, it can threaten
languages considered less important in multilingual
Entendendo a língua countries.
Ao abordar visões diferentes sobre o uso global do Despite / In spite of being Canadian, he is not bilingual.
inglês, David Crystal expôs várias ideias, buscando or- Why don’t you read a British novel rather than /
ganizá-las de modo que seu texto fizesse sentido. O instead of an American one?
autor explorou ideias opostas, ilustrou seu texto com
exemplos e adicionou a ele informações extras sempre Adição
que julgou necessário. A organização de ideias é um Learning English is highly recommended for your
ponto central para a compreensão de textos, que se dá, professional plans. Furthermore / Moreover / In addition
sobretudo, por meio de palavras como conjunções, pre- / Also, it is a widespread language in the academic world.
posições e advérbios com função de conectores. The United States has some of the top-rated
universities in the world, as well as Canada and the UK.
Causa e consequência
Because / As / Since / For I want to move to Paris,
I am studying French.
3rf.com
studying French.
The UK colonized many countries around the world.
Consequently / Hence / As a result, English is widely
spoken in all continents.
The UK colonized many countries around the world.
English is thus / therefore widely spoken in all continents.
INGLÊS 29
CAPÍTULO 2
Inglês, uma língua global
Melting pot
Illia Uriadnikov/123rf.com
O Canadá tem duas línguas oficiais (inglês e francês) por consequência de sua coloniza-
ção britânica e francesa. Mas não é só isso que faz do Canadá um país de diversidades.
Ele possui uma das populações mais cosmopolitas do mundo; é um país de imigrantes.
Toronto tem uma taxa de imigrantes que representa mais de 40% dos habitantes da
região metropolitana e promove incentivos à diversidade multicultural, por meio, inclu-
sive, de políticas oficiais do governo e de instituições.
30 INGLÊS
CAPÍTULO 2
Inglês, uma língua global
PARA PRATICAR
no Enem
1 (Enem 2014)
Caiu
INGLÊS 31
CAPÍTULO 2
Inglês, uma língua global
QUESTÕES EXTRAS
1 (UEL 2014) Leia os textos a seguir. 2 Apesar de pertencerem a gêneros diferentes, am-
bos os textos da questão anterior abordam um tema em
Texto I comum. O que o eu lírico do texto II quis dizer com a
Language carries culture, and culture carries, expressão “de Queen’s English”?
particularly through orature and literature, the entire body
of values by which we come to perceive ourselves and our
place in the world. How people perceive themselves affects
how they look at their culture, at their politics and at the
social production of wealth, at their entire relationship to
nature and to other beings. Language is thus inseparable
from ourselves as a community of human beings with a
specific form and character, a specific history, a specific
relationship to the world.
(Ngugi Wa Thiong’o)
GREENBLAATT, Stephen et al. The Norton anthology of English literature. 8 ed.
v. 2. 2005. p. 2538.
Texto II
Listen Mr. Oxford Don
Com base na leitura do texto I, explique a relação entre The predominant paradigms of analysis of the spread of
o eu lírico e a língua inglesa no poema. Justifique com English around the world have by and large failed to problematize
exemplos do texto II. the causes and implications of this spread. The spread of
English is taken to be natural, neutral, and benefial. More
critical analysis, however, show that English threatens other
languages, acts as a gatekeeper to positions of wealth and
prestige both within nations and between nations and is the
language through which much of the unequal distribution
of resources and knowledge operates. Furthermore, its
spread has not been the coincidental by-product of changing
global relations but rather the deliberate policy of English-
-speaking countries protecting and promoting their
economic and political interests.
PENNYCOOK, Alastair. “English in the world / The world in English”. In: TOLLEF-
SON, J. W. (Org.). Power and Inequality in Language Education. Cambridge: CUP,
1995: 54.
32 INGLÊS
CAPÍTULO 2
Inglês, uma língua global
3 (Unicamp) Segundo o texto, o que provocou a ex- 5 (UEL 201 3) Leia o texto a seguir.
pansão da língua inglesa no mundo contemporâneo?
Let’s be clear. The United States has no official language.
It was quite intentionally left out of the constitutional
process by the founders.
Despite this, there is a growing “English Only” movement
in the U.S., which represents the white, Anglo supremacy in
this country. To say that people must speak English is not an
innocent statement rooted in a desire to have a functioning
society as is often asserted by those who argue for English-
-Only legislation. Demanding, mandating, and forcing those
who don’t speak English to do so has been a tool of cultural
genocide in an anti-immigration line in the United States
for a very long time. While English-Only campaigns have
targeted just about every non-English-speaking group of
immigrants in the history of the U.S., the current movement
is largely targeted at Spanish-speaking Latino immigrants.
As a result, the English-Only movement, as has often been
the case in our history, is inextricably tied to racism against
those who do not speak English (or don’t speak it in the
white vernacular that is prized by our dominant culture).
It’s time for us to change what it means when people
say “Speak American”. Rather than an intolerant call for
people to speak white, let’s change our cultural reality
so that “Speak American” implies that someone speaks
multiple languages, enhancing our cultural landscape and
furthering their own cognitive functioning in the process.
4 (Unicamp) Além de afirmar que o inglês ameaça UTT, J. Speak American – Multilingualism and the English-Only Movement. 12
maio 2011. Disponível em: <http://changefromwithin.org/2011/05/12/speak-
outras línguas e é, em grande parte, responsável pela american/>. Acesso em: 15 jul. 2012. (Adapt.).
distribuição desigual de recursos e conhecimento, que
outro argumento é utilizado pelo autor do texto para se a) O texto discute a proposta do Movimento denomi-
contrapor àqueles que consideram benéfica a expansão nado “English Only”, nos Estados Unidos, de tornar
da língua inglesa? o inglês a língua oficial do país. Segundo o autor,
qual parece ser a verdadeira motivação desse mo-
vimento?
INGLÊS 33
CAPÍTULO 2
Inglês, uma língua global
b) O autor defende um novo significado para o slogan “Speak American”. Qual é esse significado?
6 As conjunctions são tipos de conectores que fazem a ligação de ideias entre as partes de uma frase, sendo,
portanto, importantes na construção de seu sentido. Leia a tirinha a seguir.
Frank & Ernest, Bob Thaves © 2013 Thaves / Dist. by Universal Uclick for UFS
34 INGLÊS
CAPÍTULO 2
Inglês, uma língua global
Reflita sobre
A proposta de criação do esperanto teve como base sua neutralidade por ser uma língua “de ninguém”. A
ideia era que, por não ser vinculada a nenhum país ou a uma sociedade específica, a língua também não daria
vantagem à dominação cultural de qualquer sociedade específica. Assim, nenhum povo teria a vantagem de
ser falante nativo do esperanto.
No entanto, apesar de todo o estudo e planejamento para a criação de tal idioma, foi o inglês que acabou
se tornando a língua global das últimas décadas, atingindo esse status sem o planejamento explícito que foi
dedicado ao esperanto para que se tornasse uma língua universal. A expansão do inglês é geralmente associada
à ascensão dos Estados Unidos como potência econômica e militar, especialmente após a Segunda Guerra
Mundial. Contribuiu para essa expansão, sobretudo, o consumo de produtos culturais norte-americanos, tais
como filmes, séries de televisão e músicas.
Recentemente, com o crescimento econômico da China e suas novas políticas econômicas, tem-se discutido
com frequência sobre a expansão do mandarim. A procura e a oferta de cursos desse idioma têm aumentado
por todo o mundo, e algumas pessoas chegam a afirmar que o mandarim tomará o lugar do inglês como língua
global. Outras, no entanto, consideram essa previsão um exagero.
Você acha que o inglês sempre ocupará o status de língua global? Qual é a sua opinião sobre o planejamento
de uma língua como o esperanto? Quais seriam as vantagens e as desvantagens de o inglês ser, um dia,
substituído pelo esperanto ou mandarim? Reflita sobre a língua como ferramenta cultural e política, pensando,
por exemplo, em razões pelas quais o esperanto não se expandiu como planejado; ou ainda, caso fosse ele uma
língua global, quais mudanças (políticas, sociais, culturais etc.) poderiam ocorrer.
INGLÊS 35
CAPÍTULO 2
Inglês, uma língua global
• Dominar uma língua global pode ser bastante vantajoso. Atualmente, o inglês é a língua mais usada para a
comunicação internacional, e, sabendo disso, precisamos nos tornar mais críticos e conscientes do impacto
de seu uso.
• É importante destacar a importância da organização de ideias, ponto central para a compreensão de textos.
Essa organização se dá, entre outros fatores, por meio de palavras como os conectores.
• Além de dominarmos a língua, também é crucial conhecermos aspectos da cultura estrangeira, pois nela
estão contidas diversas referências que auxiliam muito na compreensão do texto.
Michal Bednarek/123rf.com
36 INGLÊS
Capítulo
3
É o mesmo
em inglês?
© Khunaspix | Dreamstime.com
CAPÍTULO 3
É o mesmo em inglês?
Quando lemos um texto em inglês sobre tecnologia, por exemplo, percebemos que diversas palavras são si-
milares às que temos em português, como telephone, text message, radio, battery. Encontramos, ainda, alguns
vocábulos cuja grafia é idêntica a vocábulos do nosso idioma.
Por que existem semelhanças entre algumas palavras das línguas portuguesa e inglesa? Isso nos
permite dizer que certos termos apresentam o mesmo significado nos dois idiomas? Em que deve-
mos focar nossa atenção ao identificar palavras parecidas? Em que situações esses termos realmente
nos ajudam a entender melhor os textos em inglês? Como podemos nos preparar de forma mais adequa-
da para que não haja equívocos ou confusões entre significados diferentes de palavras semelhantes em
português e inglês?
Essas questões revelam como é importante discutir o quão eficaz é basear-se na proximidade de palavras
entre as duas línguas ao lermos um texto em inglês. Assim, entenderemos melhor por que há tantas palavras
inglesas parecidas com o português e o que podemos levar em consideração nas relações de significado entre
termos aparentemente semelhantes. Isso contribuirá para nossa compreensão da origem dessas relações de
sentido e de como sua explicação pode desenvolver nossas habilidades de leitura em língua inglesa.
Além da área de tecnologia, em quais outras você acha que podemos encontrar um grande número de palavras ingle-
sas aportuguesadas ou não que foram incorporadas ao nosso vocabulário?
Você consegue se lembrar de alguma palavra ou expressão em inglês que parece ter uma tradução fácil, por ser pare-
cida com o português, mas que possui um significado bem diferente em nosso idioma?
C C2 - Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais*.
H H6 - Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e cul-
turas.
38 INGLÊS
CAPÍTULO 3
É o mesmo em inglês?
Garfield, Jim Davis © 2011 Paws, Inc. All Rights Reserved / Dist.
Universal Uclick
Na tirinha, Garfield demonstra ter tido certa dificul- Uma resposta já podemos adiantar: não é neces-
dade para compreender o significado de poignant, pa- sário saber a história das palavras para nossa for-
lavra que divide a origem latina com pungente, em por- mação como leitores. No entanto, conhecer um pouco
tuguês. Segundo o dicionário on-line Oxford, o adjetivo dessa origem pode nos ajudar a compreender melhor
poignant é usado para caracterizar um sentimento os principais aspectos do léxico das línguas atuais e,
agudo de tristeza ou arrependimento. De acordo com assim, estar mais preparados para possíveis casos
o dicionário Unesp do português contemporâneo, or- problemáticos que envolvam vocabulário.
ganizado por Francisco S. Borba, o adjetivo pungen- A seguir, reproduzimos um trecho de uma obra so-
te caracteriza “aquilo que afeta o ânimo; comovente; bre a história da língua inglesa, com foco especial no
doloroso”. Tais definições nos permitem dizer que as processo de diferenciação de algumas palavras com o
duas palavras são cognatas. passar do tempo:
Essa breve comparação nos leva a alguns questiona-
mentos sobre as relações de sentido entre as palavras, Where both the English and the French words
as quais vão além do conceito de cognato. Quando o seu survived they are generally differentiated in meaning. [...]
sentido muda, é possível identificar com facilidade suas we have kept a number of words for smell. The common
semelhanças? De que adianta basear-se em palavras word in Old English was stench. During the Middle
de origem latina nos casos em que se desconhece English period this was supplemented by the word smell
termos menos comuns, como pungente? É necessá- (of unknown origin) and the French words aroma, odor
rio saber a história da língua para poder ser um leitor and scent. To these we have since added stink (from
mais proficiente? Quais tipos de relação de sentido the verb) and perfume and fragrance, from French.
são relevantes para uma formação como leitor, além Most of these have special connotations and smell has
do conceito de palavras cognatas? become the general word. Stench now always means an
unpleasant smell. An interesting group of words
illustrating the principle is ox, sheep, swine and calf
beside the French equivalents beef, mutton, pork and
veal. The French words primarily denoted the animal,
as they still do, but in English they were used from the
beginning to distinguish the meat from the living beast.
BAUGH, Albert C.; CABLE, Thomas. A history of the English language. 5
ed. Londres: Routledge, 2002. pp. 180-1.
INGLÊS 39
CAPÍTULO 3
É o mesmo em inglês?
tribalium123/123rf.com
Seguindo o mesmo raciocínio, é possível
entender melhor por que algumas pala-
vras semelhantes possuem significa-
Our food is exquisite! dos distintos, as quais são conheci-
das como falsos cognatos. Em alguns
casos, não há razão histórica para a
semelhança de tais palavras, sendo esta
um acontecimento totalmente aleatório. Em
outras situações, é possível explicar a diferença de
sentido com base no processo de diferenciação de
significado descrito anteriormente.
Em inglês, an exquisite dinner pode ser traduzido
como um jantar requintado, sendo exquisite um ad-
jetivo de conotação extremamente positiva. Em con-
trapartida, um jantar esquisito não soa atraente a
ouvidos brasileiros. Embora parecidas, as palavras
exquisite e esquisito apresentam conotações opostas
Putut Handoko/123rf.com
40 INGLÊS
CAPÍTULO 3
É o mesmo em inglês?
Entendendo a língua
Veremos algumas estruturas que facilitarão a identificação de cognatos e suas principais estruturas semelhantes.
Estruturas cognatas
-ant; -ent / -ante; -ente:
-ty / -dade: -ate / -ar:
patient – paciente
necessity – necessidade donate – doar
adolescent – adolescente
accessibility – acessibilidade create – criar
important – importante
limbi007/123rf.com
Tendo em mente a possibilidade de diferentes
conotações, os adjetivos economic e economical
merecem atenção especial. Economic refere-
-se a algo relacionado a aspectos econômicos
gerais, enquanto economical é usado para
caracterizar algo cujo consumo seja abaixo da
média, por exemplo, an economical car.
INGLÊS 41
CAPÍTULO 3
É o mesmo em inglês?
Atenção!
Fique atento ao uso dos falsos cognatos em charges, letras de música e textos jornalísticos, frequente nos mais diversos tipos
de provas e exames. Busque ter bastante contato com esses tipos de texto e adquirir cada vez mais vocabulário.
42 INGLÊS
CAPÍTULO 3
É o mesmo em inglês?
PARA PRATICAR
As questões 1 e 2 referem-se ao texto 1. Texto para as questões 3 e 4.
INGLÊS 43
CAPÍTULO 3
É o mesmo em inglês?
QUESTÕES EXTRAS
1 (UEL 2012) Leia o texto a seguir.
The first Hard Rock Cafe (HRC) opened its doors to the public on June 14, 1971, in London, England. Founded by Isaac
Tigrett and Peter Morton, HRC was an instant classic, attracting customers with its moderately priced fare, warm service
and ever-present rock ’n’ roll music and sensibility. HRC was initially decorated with an eye toward eclectic Americana, but
it has ultimately become the world’s leading collector and exhibitor of rock ’n’ roll objects.
Hard Rock began its global expansion in 1982. Nowadays, with over 171 venues in more than 50 countries around the
world, including 134 cafes and 15 Hotels/Casinos, Hard Rock has become a truly global phenomenon, offering a special
experience to its devoted, ever-expanding clientele.
Its special collection, which consists of more than 70,000 pieces that are rotated from restaurant to restaurant,
provides the world’s most comprehensive “visual history” of rock ’n’ roll. These treasures include an outstanding
collection of classic guitars and other instruments, posters, costumes, music and lyric sheets, album art, platinum and gold
LPs, photos and much more, from Jimi Hendrix’s guitar to John Lennon’s handwritten lyrics to “Help” to one of Madonna’s
now-classic bustiers. And, like the true “living museum” that it is, Hard Rock’s collection remains a work in progress,
constantly expanding and deepening as new music – and new music history – is made every day.
Throughout its history, Hard Rock has been governed by a guiding service philosophy – “Love All – Serve All”. Created as a
place where all have always been welcome, independently of age, sex or class; this unconditional welcoming hand continues
today, as integral to Hard Rock’s present and future as it was to its beginnings.
The hard rock story: a brief history of a global phenomenon. Disponível em: <www.hardrock.com/corporate/history/>.
Acesso em: 13 jul. 2011. (Adapt.).
b) Segundo o texto, qual a filosofia de trabalho adotada no Hard Rock Cafe desde a sua criação?
44 INGLÊS
CAPÍTULO 3
É o mesmo em inglês?
Responda às questões 2 e 3 de acordo com o texto a seguir. 2 (UFRN 2013) Em relação aos avanços da genética
apresentados no texto,
Future hot careers: space tourism to genetic counseling a) o que os médicos poderão fazer no futuro?
Genetic counseling
Doctors will be able to test for dozens of genetic markers
and predict when a person will likely experience a genetically b) qual será o papel dos consultores genéticos?
based condition. With more tests and treatments available,
genetic counselors will be needed to help individuals and
families make decisions about genetic technologies as it applies
to science and personal beliefs. Today, about 2,000 counselors
are recognized by the American Board of Genetic Counseling.
Space tourism
While this one may sound far-fetched, the entire industry
of space tourism is poised to “take off”. There are already 200
reservations for space flights. Space Adventures plans on hiring
about 10 space tour guides to start, said spokeswoman Stacey
Tearne. The world’s first space hotel is also set to open, which
could be the beginning of a whole new sector of jobs which will
require the merging of space smarts with great hospitality.
Roboticists
In a way, robots have already taken over the world. The
components, processors and sensors for robots are getting
cheaper every quarter, said Paul Saffo, a technology forecaster.
Hundreds of new applications for robots are already being
developed. Robots already work in research laboratories,
factories, hospitals, daycares and housekeeping, and the
trend is only expected to grow as the field progresses.
Disponível em: <www.dailygalaxy.com/my_weblog/2008/08/future-top-10-h.
html>. Acesso em: 31 maio 2012. (Adapt.).
INGLÊS 45
Another random document with
no related content on Scribd:
Elle a dit « Paul » tout court. Il est vrai qu’on n’en doit rien
conclure. Elle a pu, dans le feu de sa réponse, le nommer ainsi
parce qu’elle répétait mes propres paroles. Elle ajoute :
— Avouez plutôt que vous m’aviez très bien devinée et, si vous
persistez à le nier, je croirai que vous étiez aveugle.
— Je voudrais n’être pas aveugle en ce moment.
Elle ne relève pas ce mot dont elle n’a peut-être pas saisi tout ce
qu’il contient de doute.
— Moi, dit-elle, je vous plaisais, je le savais.
— Comment ?
— Je l’ai compris ce soir, vous rappelez-vous, où je passais
avant le dîner. Il ne faisait pas encore nuit. Vous veniez de quitter le
docteur : vous étiez en bas. Je suis entrée un instant. Tenez, j’étais
près de la fenêtre et vous me regardiez comme vous m’avez
regardée tout à l’heure, d’une façon si intense que je sentais la
chaleur de votre regard sur moi. J’ai dû rougir un peu. Vous ne vous
souvenez pas ?
— Il me semble. N’était-ce pas le jour de la fourrure ?
— Quelle fourrure ?
— N’aviez-vous pas une fourrure sombre autour du cou, qui
glissait sur vos épaules ?
— Oui, c’est cela, je revois très bien mon geste pour la ramener.
Moi aussi ; je la revois, ramenant d’un geste vif cette bête brune
au poil tiède qui semblait s’animer au contact de son corps. Parce
qu’elle avait chaud, elle la rejetait un peu sur les épaules, et la
fourrure se remettait à glisser et à la découvrir jusqu’au moment où,
détachée d’un côté, elle se déroulait sur son dos comme une
chevelure, et je me rappelle, sans pouvoir le dire, ce que cette petite
chose avait de voluptueux et de presque impudique.
Olive est entrée portant le courrier.
— Déjà la poste ! dit Javotte. Il doit être quatre heures passées.
— Cinq heures moins le quart, prononce Olive avec ce petit
sourire fourbe qu’elle consacre d’ordinaire à Paul.
Je l’entends qui redescend bruyamment l’escalier, comme pour
nous dire : « Je m’en vais. Ne croyez pas que j’écoute aux portes. »
Javotte s’est levée :
— Allons, dites-moi de partir ; sans cela je n’aurai pas le courage
de vous quitter.
Je prends ses mains. Elle tire. Je tire de mon côté. Les bras
tendus, nous nous regardons en souriant.
— Êtes-vous si pressée ? Restez encore un peu.
— Cinq minutes, alors, pas plus.
Elle marche dans la pièce, avise sur la table de nuit un livre.
— Tiens ! que lisez-vous là ? Essais de Michel Montaigne. Ah !…
Or sent, à son intonation, qu’elle n’a pas un respect excessif pour
les noms chargés de la dorure des siècles.
— Ce n’est pas votre livre de chevet ?
— Non, pas précisément.
Non, cela ne l’intimide pas, que, de si loin, un grand homme en
poussière éclaire encore la pensée humaine, pareil à ces astres
éteints depuis longtemps dont la lumière, lancée à travers l’espace,
continue de nous parvenir.
Cependant, le volume qu’elle retourne entre ses mains s’est
ouvert tout seul à une certaine page comme mû par la force de
l’habitude.
— Voyez, dit-elle, la trahison de ce livre qui s’ouvre de lui-même
au passage le plus familier. Nous allons tout savoir. Voyons un peu
le titre du chapitre : Que philosopher c’est apprendre à mourir. Oh !
oh ! c’est à cela que vous pensez, vous ? Vous pensez à la mort ?
— Quelquefois.
— Voilà. Je le disais bien : « Ce malade, si nous ne l’arrachons
pas à ses sombres pensées, finira par se détruire à petit feu !… »
Mais il faut réagir, vous secouer !… Rien n’est plus mauvais que de
demeurer là, entre quatre murs, seul avec votre tristesse. Il faut
sortir de vous-même, vous tourner vers la vie. Ne voyez-vous pas
que toutes sortes de bonheurs vous attendent qui s’impatientent
d’être ignorés, délaissés, oubliés par vous ?
— Ma petite Javotte, vous parlez là de choses…
— Que j’ignore ? Vous vous trompez ; j’ai vu assez de malades ;
j’en vois tous les jours ; dans ma famille même… et des malades
comme vous… D’abord, votre maladie, vous savez très bien qu’il
n’en est pas de plus curable.
— Oui, je sais, c’est une phrase de médecin, une phrase de
manuel. On la dit, on l’imprime. Cela remonte le moral à quelques-
uns, c’est parfait. Mais quand on est allé à Davos, on a vu assez de
choses pour connaître que tout ce qu’on peut demander à un
malade, c’est de faire consciencieusement son devoir. Le reste ne lui
appartient pas. C’est affaire au tempérament ; c’est le secret de
l’organisme.
— Et la volonté de guérir, qu’en faites-vous ?
— Le désir de guérir, qui ne l’a pas ? Qui ne désire pas guérir ?
Quant à la volonté de tous les instants, j’ai vu des individus qui
avaient cette volonté-là, des individus très énergiques qui étaient
persuadés qu’ils s’en tireraient et qui fondaient à vue d’œil. Aucune
rechute ne les décourageait ; ils n’en marchaient pas moins vers la
fin inévitable. J’en ai vu d’autres qui n’espéraient plus et dont l’état
n’empirait point. En réalité, chacun porte en soi, sans qu’il le veuille,
la victoire ou la défaite.
— Eh bien ! moi, je vous dis qu’il faut avoir confiance, que la
confiance en toutes choses est la moitié de la chance… Mais ce
n’est pas par des paroles que je veux vous convaincre… Vous allez
voir, à mesure que nous deviendrons amis, comme vous allez
reprendre courage… Et d’abord, pour commencer, il faut me jeter au
feu tous ces philosophes, penser à tout ce que la vie vous doit et
qu’elle vous donnera, quitter vos sombres idées, rire avec la folle
Javotte et prendre d’elle une leçon d’espérance. Si madame votre
mère était là, je suis sûre qu’elle m’approuverait, elle dirait : « Mais
cette frivole Javotte a raison. » Vous verrez que j’aurai sur vous une
bonne influence. Vous allez m’adorer… Allons, je vous laisse ; il est
temps que je parte.
— Déjà !
— Les cinq minutes sont loin ; il est cinq heures passées. Je m’en
vais. Ne me retenez pas. Vous savez bien qu’on vous quitte avec
regret.
— Si vous dites cela, je vais me croire riche et demain je
m’éveillerai pauvre, car vous m’aurez oublié.
— Là-dessus, vous savez très bien à quoi vous en tenir ; allons,
au revoir.
— Quand reviendrez-vous ?
— Plus tôt, peut-être, que vous ne pensez.
Elle est près de la porte.
— Dites-moi que je ne vous ai pas trop fatigué.
Elle me pose la question, mais elle est sans inquiétude, amusée,
rieuse. Elle sait d’avance ce que je vais lui répondre :
— Comment pouvez-vous me demander cela ?
— Vrai ? Bien vrai ? Allons, au revoir.
Elle s’en va. Je voudrais la retenir encore. Il est trop tard. La
porte s’est refermée. Elle s’en va, légère, un peu trop gaie peut-être,
déjà détachée de moi, et la chambre aussitôt se dépare, se
désembellit. Il ne me reste même pas aux doigts cette trace
argentée que vous laisse de son contact l’insecte chatoyant dont on
a tenu les ailes une seconde. Rien. Le charme s’est évaporé. Je suis
seul. Mes yeux étonnés cherchent quelque chose, je ne sais quoi,
qui prolongerait le prestige ; ils ne découvrent que l’air dévelouté,
que le morne décor d’une fête trop tôt finie. Elle est partie, elle qui
n’était rien pour moi, il y a une heure. Comme ma vie soudain s’est
éclairée et maintenant comme elle s’obscurcit !
Mais que fait-elle en bas ? Un bruit de voix étouffées me parvient
du vestibule. On a ouvert tout doucement la porte d’entrée. Il me
semble qu’on chuchote sous ma fenêtre. Quelques instants se
passent. Je me lève pour aller voir, lorsque soudain, lancée du
dehors, une petite branche de mimosa, coupée à un arbre qui
pousse contre la maison, tombe à mes pieds. En même temps, le
rire chaud de Javotte éclate dans le silence.
— Voilà ! c’est encore moi ! Au revoir, à bientôt !…
J’ai ramassé la branche de mimosa à laquelle est épinglé ce petit
billet qu’elle vient de griffonner en hâte au crayon :
Vers dix heures, Olive m’a remis ce billet qu’on venait d’apporter
de la part de Javotte :
Javotte.