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Colégio Uniesp- Presidente Pudente

As grandes navegações foram um conjunto de viagens marítimas que expandiram os limites do


mundo conhecido até então. Mares nunca antes navegados, terras, povos, flora e fauna
começaram a ser descobertas pelos europeus. E muitas crenças passadas de geração a
geração, foram conferidas, confirmadas, ou desmentidas. Eram crenças de que os oceanos
eram povoados por animais gigantescos ou que em outros lugares habitavam seres estranhos
e perigosos. Ou que a terra poderia acabar a qualquer momento no meio do oceano, o que
faria os navios caírem no nada.
O motivo poderoso que fez alguns europeus desafiar o desconhecido, enfrentando medo, foi a
necessidade de encontrar um novo caminho para se chegar às regiões produtoras de
especiarias, de sedas, de porcelana, de ouro, enfim, da riqueza.

Outros fatores favoreceram a concretização desse objetivo:

• Comerciantes e reis aliados já estavam se organizando para isso com capitais e estruturando
o comércio internacional;

• A tecnologia necessária foi obtida com a divulgação de invenções chinesas, como a pólvora
(que dava mais segurança para enfrentar o mundo desconhecido), a bússola, e o papel. A
invenção da imprensa por Gutenberg popularizou os conhecimentos antes restritos aos
conventos. E, finalmente, a construção de caravelas, que impulsionadas pelo vento
dispensavam uma quantidade enorme de mão-de-obra para remar o barco como se fazia nas
galeras nos mares da antiguidade, e era mais própria para enfrentar as imensas distâncias nos
oceanos;

• Histórias como a de Marcopolo e Prestes João aguçavam a imaginação e o espírito de


aventura;

• Até a Igreja Católica envolveu-se nessas viagens, interessada em garantir a catequese dos
infiéis e pagãos, que substituiriam os fiéis perdidos para as Igrejas Protestantes.

Conquistas portuguesas
Partindo de Lisboa, após a benção do sacerdote e da despedida do povo, caravela após
caravela deixava Portugal, voltando com notícias e lucros sempre crescentes. Inicialmente
contornando a África em:

• 1415 conquistaram Ceuta;

• durante o século XV o litoral da África e Ilha da Madeira, Açores, Cabo Verde e Cabo Bojador;

• 1488 chegaram ao Sul da África, contornando o Cabo da Boa Esperança;

• 1498 atingiram a Índia com Vasco da Gama. O objetivo fora atingido.

Conquistas espanholas
A Espanha começou a navegar mais tarde, só após conseguir expulsar os árabes de seu
território.

Mas em 1492, Cristóvão Colombo obteve do rei espanhol as três caravelas, Santa Maria, Pinta
e Nina, com as quais deveria dar a volta ao mundo e chegar às Índias. Após um mês de
angústias e apreensões chegou a terra firme, pensando ter atingido seu destino. Retorna à
Espanha, recebendo todas as glórias pelo seu feito.

Portugal apressou-se a garantir também para si as vantagens dessa descoberta e, em 1494,


assinou com a Espanha o famoso Tratado das Tordesilhas, que simplesmente dividia o mundo
entre os dois pioneiros das grandes navegações. Foi traçada uma linha imaginária que passava
a 370 léguas de Cabo Verde. As terras a Leste desta linha seriam portuguesas e as que
ficavam a Oeste seriam espanholas. Foi assim que parte do Brasil ficou pertencendo a Portugal
seis anos antes de Portugal aqui chegar.

Infelizmente para Colombo, descobriu-se pouco depois que ele não havia chegado às Índias, e
"apenas" tinha descoberto um novo continente, que recebeu o nome de América, em
homenagem a Américo Vespúcio que foi o navegador que constatou isso.

Colombo caiu em desgraça, morreu na miséria e a primeira viagem em torno da terra foi
realizada em 1519 por Fernão de Magalhães e Sebastião del Cano.

MERCANTILISMO

O mercantilismo envolve um conjunto de práticas e teorias econômicas desenvolvidas ao


longo da Idade Moderna. Nesse contexto histórico, observamos a relevante associação entre
os Estados nacionais, que buscavam meios de fortalecer seu poder político, e a classe
burguesa responsável pelo empreendimento das atividades comerciais. Essa experiência de
longo prazo teve grande importância para a acumulação primitiva de capitais.

Essa fase de acumulação de capitais (dinheiro, máquinas, bens de consumo e construções)


seria de suma importância para que o sistema capitalista fosse instituído. A reunião dessas
riquezas foi possível por meio de importantes transformações experimentadas no fim da
Idade Média. Entre outros fatores podemos salientar a distensão das obrigações feudais, a
apropriação dos meios de produção artesanal, a ampliação do trabalho assalariado e a
formação de um mercado mundial.

O processo de complexificação da economia foi responsável pela disputa comercial entre as


nações que se formavam nesse período. A disputa pelos mercados criou uma situação de
grande rivalidade onde cada um dos estados nacionais buscava a incessante ampliação de
seus lucros e o fortalecimento da sua economia. Nesse sentido, a teria da balança comercial
favorável estipulava que uma economia nacional forte dependeria de um volume de
exportações superior ao das importações.

No entanto, a manutenção de um alto nível de exportações exigia um tipo de economia


dinâmica que atuasse em diferentes campos da produção manufatureira. Sem atender esse
tipo de característica, uma economia nacional estaria à mercê dos produtos de outra nação,
cirando uma relação de dependência econômica. Uma outra tese defendida pela teoria
mercantilista exigia que o país fosse capaz de acumular um grande número de metais
preciosos. Dessa forma, os governos mercantilistas procuravam acumular metais preciosos e
evitar a perda de moedas de sua economia.

Em contexto econômico tão concorrencial, os Estados mercantilistas impunham pesadas


taxas alfandegárias que encareciam a entrada de produtos importados em sua economia.
Outra prática comum era a constituição de monopólios comercias que privilegiassem a
entrada de seus produtos em uma região colonizada ou em países que tivessem grande
demanda de um determinado produto. De forma geral, a economia mercantilista concebeu a
criação de um estado intervencionista capaz de atender as demandas de sua própria
economia.

A possibilidade de intervenção do Estado na economia era uma questão delicada no interior


das monarquias nacionais européias. Muitas vezes, as ações do governo iam de encontro
com costumes outrora estabelecidos ou exigiam a quebra dos privilégios de determinados
grupos sociais e econômicos. Sendo uma experiência de longo prazo, o mercantilismo abriu
portas para a criação de uma economia capitalista integrada internacionalmente.
CONCLUSÃO

As grandes navegações foram muito importantes para a descoberta de novos povos e


terras.
O que mais motivava esses aventureiros era a curiosidade pelo desconhecido, e sem
duvida nenhuma todos queriam marcar de alguma forma seu nome na historia. E sem
duvida nenhuma muitos marcaram, o mais conhecido para nós é Cristovão Colombo,
descobridor da América.
O mercantilismo foi muito usado naquele tempo para fortalecer o comercio e a
economia.

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