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.:: Francesco Luciani ::.

Concerto de guitarra clássica


Sábado, 6 de Dezembro de 2008 / 17:00 h
Entrada: € 7,00

Francesco Luciani leva a palco um concerto de


guitarra clássica no Museu da Música, numa
viagem pela música espanhola desde o século
XIX até aos nossos dias. Combinando com
mestria música clássica e ritmos flamencos, o
músico traz a público um programa constituído
por obras de compositores clássicos como
Fernando Sor, Isaac Albéniz e F. Moreno-
Torroba, passando pelas composições flamencas
de Paco de Lucía e Gerardo Nuñez.

FRANCESCO LUCIANI Nasceu em Avezzano,


Itália, tendo iniciado cedo os seus estudos de
Guitarra Clássica com o professor Filippo
Rizzuto, no Conservatório Superior de Musica
“A. Casella”, na vizinha cidade de L’Aquila,
para onde se transferiu ainda muito jovem.
Intercalando os estudos com concertos em
vários pontos da Itália, em 2002, concluiu, sob a
tutela do professor Rizzuto, o seu Diploma
Superior de Guitarra Clássica, com nota
máxima, passando a apostar no desenvolvimento
e melhoria da sua formação artística, o que o levou a frequentar master classes com professores como
Bruno Battisti D’Amario, Eduardo Isaac e Gerardo Nuñez, com quem fez uma incursão pelo mundo da
Guitarra Flamenca.
No final de 2002, Francesco Luciani transfere-se para Portugal, onde começou por dar aulas no
Conservatório – Escola de Artes, no Funchal (Madeira), e realizou alguns concertos de que se destaca um
para a RTP Madeira. Em 2003, transfere-se para Lisboa, onde, além de ter concluído a sua licenciatura
em Guitarra Clássica, sob a orientação dos professores José Piñeiro Nagy-Draskovich (Guitarra) e Olga
Prats (Música de Câmara), na Escola Superior de Música de Lisboa, iniciou uma série de concertos que o
levaram a actuar em vários locais desta cidade como a Casa da América Latina, o Museu Nacional de
Arte Antiga, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e o Museu da Música Portuguesa – Casa
Verdades de Faria. Realizou ainda um concerto para a Antena 2.
“Quando falham as palavras, fala a música.”

Hans Christian Andersen


A sua carreira de concertista, dividida entre Portugal e a Itália, levou-o a actuar também em várias
cidades portuguesas, como Albufeira, Porto, Vila Nova de Gaia, Coimbra, Sernancelhe e Portalegre, e
italianas, como Roma, Macerata, L’Aquila, Milão, Siena, Parma, Bisceglie e Fontecchio. Actualmente,
Francesco Luciani divide o seu tempo entre os concertos e as aulas que dá na Escola de Artes do Norte
Alentejano.

» Mais informações sobre Francesco Luciani em: http://www.francescoluciani.com

“Quando falham as palavras, fala a música.”

Hans Christian Andersen


.:: NOTA BIOGRÁFICA DOS COMPOSITORES ::.

» FERNANDO SOR
Conhecido em Espanha como o “Beethoven da guitarra”, Fernando Sor, ou Ferran Sors, seu nome
catalão, foi um guitarrista e compositor nascido em Barcelona em 1778.
Oriundo do seio de uma família abastada, Sor descendia de uma linha de soldados e tentou seguir essa
tradição familiar até que seu pai se interessou pela ópera italiana, o que fez com que o jovem Fernando
abandonasse a carreira militar para se dedicar à música.
Fernando Sor estudou música na Escolanía del Monasterio de Montserrat, próximo de Barcelona, tendo
sido obrigado a abandonar os estudos aquando da morte de seu pai. Foi nesse mosteiro que começou a
escrever as suas primeiras peças, dedicando-se, sob a influência do pai, a tocar também guitarra, numa
altura em que esse instrumento era considerado inferior aos outros instrumentos da orquestra.
Em 1797 trabalhou no Teatro de la Santa Cruz de Barcelona, e em 1808, aquando das invasões
napoleónicas na Espanha, passou a escrever música nacionalista e canções patrióticas para guitarra.
Tendo o exército espanhol sido derrotado, Sor aceitou um trabalho administrativo na monarquia de José
Bonaparte até 1813, quando os franceses foram expulsos do território espanhol. Transfere-se, então,
para Paris, com medo das represálias dos seus conterrâneos, nunca mais voltando à sua terra natal.
Em Paris privou com muitos músicos e artistas, tendo travado amizade com o também guitarrista
espanhol Dionisio Aguado. Na nova cidade que o acolheu, cedo começou a ficar conhecido pelas
composições e habilidade em tocar guitarra e iniciou algumas viagens pela Europa, que lhe trouxeram
fama e permitiram tornar a guitarra num instrumento de concerto.
Em 1827, já com idade avançada, decide retirar-se para Paris, onde passou o resto da sua vida. Durante
esse retiro escreveu as suas melhores obras, entre as quais o Método para Guitarra, publicado em 1830
e traduzido para vários idiomas. A sua última obra foi escrita em honra da filha, que morreu em 1837.
Esta morte abalou Sor, afundando-o numa depressão que levou à sua morte miserável em 1839.

» ISAAC ALBÉNIZ
Manuel Francisco Isaac Albéniz nasceu em Camprodón, Girona, em 1860, e foi um dos mais originais
representantes do nacionalismo musical da Espanha em fins do século XIX. Com apenas quatro anos deu
seu primeiro recital de piano em Barcelona, e a partir dos dez realizou numerosas tournées de
concertos, tanto na Espanha como pela Europa e América Latina. Ao mesmo tempo, continuou a
aperfeiçoar a sua formação musical, fundamentalmente em Barcelona e nos conservatórios de Leipzig e
Bruxelas.

“Quando falham as palavras, fala a música.”

Hans Christian Andersen


Em 1893 mudou-se para Paris onde conheceu vários artistas e deu largas à sua carreira de compositor. O
resultado foi uma extensa e original produção musical composta de mais de 200 peças de diversos
géneros musicais: zarzuelas e dramas líricos, suites orquestrais, obras camerísticas e canções. Os seus
melhores trabalhos, no entanto, foram as peças para piano, como Suite Espanhola e Rapsódia Espanhola,
nas quais o espírito da música hispânica tradicional aparece reflectido com magistral síntese.
Morreu em 1909 em Combo-les-Bains, na França.

» F. MORENO-TORROBA
Federico Moreno-Torroba nasceu em Madrid em 1891, tendo sido um crítico musical e compositor de
peças para guitarra, inclinando-se, desde cedo para o teatro musical. Nascido numa família de músicos,
o seu primeiro professor foi o seu pai, José Moreno Ballesteros, que era organista. Já no Conservatório
de Madrid teve aulas com Conrado del Carpio.
A sua carreira de compositor estendeu-se até ao campo sinfónico e à tradução de Zarzuelas, área em
que compôs aproximadamente cinquenta títulos. Tendo o seu próprio estilo em que expressava um
espanholismo ferrenho, nas suas composições utilizava linguagem directa e simples, mas ao mesmo com
grande elegância formal.
Até á sua morte em 1982, Moreno-Torroba, trabalhou para o ballet Don Quijote, desempenhou o cargo
de presidente da Sociedad General de Autores de España, que tomou em 1974, bem como o cargo de
presidente da Academia de Bellas Artes, que assumira em 1978.

» PACO DE LUCÍA
Paco de Lucía é o nome artístico do guitarrista espanhol de flamenco, Francisco Sánchez Gómez,
nascido em Algeciras em 1947. Filho do guitarrista de flamenco António Sánchez e o mais novo de cinco
irmãos, adoptou o seu nome artístico em honra da mãe Lúcia, de origem portuguesa, que por sua vez
adoptou o nome Lucía Gómez.
Foi com o pai e o irmão Rámon, também guitarrista, que Paco aprendeu a tocar guitarra, decidindo-se
por uma carreira que o levou ao reconhecimento internacional.
Em 1958, aos onze anos de idade, fez a sua primeira aparição pública na “Rádio Algeciras”, e no ano
seguinte recebeu um prémio especial numa competição de flamenco em Jerez de la Frontera em que
participou num duo com o seu irmão Pepe, que é cantor. A partir de então realizou várias digressões e
colaborações de que se destaca uma digressão com a trupe de José Greco, em 1961; uma colaboração
com Camarón de la Isla, um músico inovador do novo flamenco com quem gravou nove álbuns, entre
1968 e 1977; e a gravação com a Orquestra de Cadaques do famoso Concierto de Aranjuez de Joaquin
Rodrigo, em 1991.

“Quando falham as palavras, fala a música.”

Hans Christian Andersen


» GERADO NUÑEZ
Gerardo Nuñez, guitarrista, concertista e compositor espanhol, nasceu em Jerez de la Frontera em
1961. Começou a tocar guitarra aos onze anos com o professor Rafael de Águila, e aos treze anos já
realizava os seus primeiros acompanhamentos.
Apesar de num concerto de flamenco o público esperar um espectáculo que envolva muita festa, canto,
baile e percussão, Gerardo Nuñez marca pela diferença propondo-se realizar concertos em que apenas
toca guitarra flamenca. A audácia levou a que alguns o apelidassem de “el superdotado”, reconhecendo
o seu valor e caracterizando-o como sendo um guitarrista com muita técnica e um dos mais bem
preparados devido ao seu som tão exacto e execução tão rápida.
A sua carreira tem-no levado a actuar em alguns dos festivais mais importantes do mundo.
A nível de composição, escreve música complexa e rica, explorando vários géneros musicais tais como o
rock, o jazz e a música clássica, cruzando sempre estes géneros com o flamenco. O seu sentido de
inovação fez com que se tornasse num dos melhores compositores de fusão flamenca da actualidade.

“Quando falham as palavras, fala a música.”

Hans Christian Andersen


O MUSEU DA MÚSICA é uma instituição tutelada pelo Instituto dos Museus e da Conservação (IMC) onde
se encontra uma das mais ricas colecções instrumentais da Europa, além de vários espólios documentais
e os acervos fonográfico e iconográfico.

Com mais de mil instrumentos musicais dos séculos XVI a XX, sobretudo europeus, mas também africanos
e asiáticos, de tradição erudita e popular - alguns deles classificados como de interesse nacional
(Tesouros Nacionais) - o museu possui instrumentos raros e de incalculável valor histórico e
organológico. São exemplo os corne ingleses de Grenser e de Grundman & Floth, o oboé de Eichentopf,
os cravos de Joaquim José Antunes e Pascal Taskin, o piano (Boisselot & Fils) que Franz Liszt trouxe de
França em 1845 ou o violoncelo de António Stradivari, que pertenceu e foi tocado pelo rei D. Luís. O
museu é ainda particularmente notável pela quantidade e qualidade de instrumentos de factura
portuguesa, espécimes pouco abundantes em museus congéneres.

O Museu está aberto ao público na estação do metro de Alto dos Moinhos, beneficiando de um protocolo de
mecenato assinado com o Metropolitano de Lisboa. Ao longo da sua existência, tem procurado valorizar e
divulgar as suas colecções, a música, sobretudo a portuguesa, o património organológico e musical de uma
forma geral, bem como as instituições ou particulares que contribuam de forma relevante na mesma
direcção. Tendo em vista esse objectivo, o Museu organizou várias exposições e catálogos.

Além de exposições, o Museu organiza periodicamente actividades que podem ser visitas de carácter
excepcional (visitas históricas, artísticas, visitas às reservas...), workshops (construção de um
instrumento, exploração de sons…), recitais (para adultos e crianças), conferências…

Para o público escolar estão disponíveis actividades pedagógicas fixas que procuram permitir o contacto
com as peças da colecção do Museu e com as suas características organológicas e musicais. Estas
actividades são realizadas mediante marcação prévia.

O Museu da Música possui um centro de documentação especializado em organologia, história e teoria


da música, onde é possível encontrar obras de referência para o estudo da música.

Para mais informações:


Estação do Metropolitano Alto dos Moinhos
Rua João de Freitas Branco
1500-359 LISBOA (Portugal)
Tel. 21 771 09 90 - 8 / Fax. 21 771 09 99 / e-mail: mmusica@ipmuseus.pt
site: http://www.museudamusica-ipmuseus.pt / blog: http://museu-musica.blogspot.com

“Quando falham as palavras, fala a música.”

Hans Christian Andersen

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