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» FERNANDO SOR
Conhecido em Espanha como o “Beethoven da guitarra”, Fernando Sor, ou Ferran Sors, seu nome
catalão, foi um guitarrista e compositor nascido em Barcelona em 1778.
Oriundo do seio de uma família abastada, Sor descendia de uma linha de soldados e tentou seguir essa
tradição familiar até que seu pai se interessou pela ópera italiana, o que fez com que o jovem Fernando
abandonasse a carreira militar para se dedicar à música.
Fernando Sor estudou música na Escolanía del Monasterio de Montserrat, próximo de Barcelona, tendo
sido obrigado a abandonar os estudos aquando da morte de seu pai. Foi nesse mosteiro que começou a
escrever as suas primeiras peças, dedicando-se, sob a influência do pai, a tocar também guitarra, numa
altura em que esse instrumento era considerado inferior aos outros instrumentos da orquestra.
Em 1797 trabalhou no Teatro de la Santa Cruz de Barcelona, e em 1808, aquando das invasões
napoleónicas na Espanha, passou a escrever música nacionalista e canções patrióticas para guitarra.
Tendo o exército espanhol sido derrotado, Sor aceitou um trabalho administrativo na monarquia de José
Bonaparte até 1813, quando os franceses foram expulsos do território espanhol. Transfere-se, então,
para Paris, com medo das represálias dos seus conterrâneos, nunca mais voltando à sua terra natal.
Em Paris privou com muitos músicos e artistas, tendo travado amizade com o também guitarrista
espanhol Dionisio Aguado. Na nova cidade que o acolheu, cedo começou a ficar conhecido pelas
composições e habilidade em tocar guitarra e iniciou algumas viagens pela Europa, que lhe trouxeram
fama e permitiram tornar a guitarra num instrumento de concerto.
Em 1827, já com idade avançada, decide retirar-se para Paris, onde passou o resto da sua vida. Durante
esse retiro escreveu as suas melhores obras, entre as quais o Método para Guitarra, publicado em 1830
e traduzido para vários idiomas. A sua última obra foi escrita em honra da filha, que morreu em 1837.
Esta morte abalou Sor, afundando-o numa depressão que levou à sua morte miserável em 1839.
» ISAAC ALBÉNIZ
Manuel Francisco Isaac Albéniz nasceu em Camprodón, Girona, em 1860, e foi um dos mais originais
representantes do nacionalismo musical da Espanha em fins do século XIX. Com apenas quatro anos deu
seu primeiro recital de piano em Barcelona, e a partir dos dez realizou numerosas tournées de
concertos, tanto na Espanha como pela Europa e América Latina. Ao mesmo tempo, continuou a
aperfeiçoar a sua formação musical, fundamentalmente em Barcelona e nos conservatórios de Leipzig e
Bruxelas.
» F. MORENO-TORROBA
Federico Moreno-Torroba nasceu em Madrid em 1891, tendo sido um crítico musical e compositor de
peças para guitarra, inclinando-se, desde cedo para o teatro musical. Nascido numa família de músicos,
o seu primeiro professor foi o seu pai, José Moreno Ballesteros, que era organista. Já no Conservatório
de Madrid teve aulas com Conrado del Carpio.
A sua carreira de compositor estendeu-se até ao campo sinfónico e à tradução de Zarzuelas, área em
que compôs aproximadamente cinquenta títulos. Tendo o seu próprio estilo em que expressava um
espanholismo ferrenho, nas suas composições utilizava linguagem directa e simples, mas ao mesmo com
grande elegância formal.
Até á sua morte em 1982, Moreno-Torroba, trabalhou para o ballet Don Quijote, desempenhou o cargo
de presidente da Sociedad General de Autores de España, que tomou em 1974, bem como o cargo de
presidente da Academia de Bellas Artes, que assumira em 1978.
» PACO DE LUCÍA
Paco de Lucía é o nome artístico do guitarrista espanhol de flamenco, Francisco Sánchez Gómez,
nascido em Algeciras em 1947. Filho do guitarrista de flamenco António Sánchez e o mais novo de cinco
irmãos, adoptou o seu nome artístico em honra da mãe Lúcia, de origem portuguesa, que por sua vez
adoptou o nome Lucía Gómez.
Foi com o pai e o irmão Rámon, também guitarrista, que Paco aprendeu a tocar guitarra, decidindo-se
por uma carreira que o levou ao reconhecimento internacional.
Em 1958, aos onze anos de idade, fez a sua primeira aparição pública na “Rádio Algeciras”, e no ano
seguinte recebeu um prémio especial numa competição de flamenco em Jerez de la Frontera em que
participou num duo com o seu irmão Pepe, que é cantor. A partir de então realizou várias digressões e
colaborações de que se destaca uma digressão com a trupe de José Greco, em 1961; uma colaboração
com Camarón de la Isla, um músico inovador do novo flamenco com quem gravou nove álbuns, entre
1968 e 1977; e a gravação com a Orquestra de Cadaques do famoso Concierto de Aranjuez de Joaquin
Rodrigo, em 1991.
Com mais de mil instrumentos musicais dos séculos XVI a XX, sobretudo europeus, mas também africanos
e asiáticos, de tradição erudita e popular - alguns deles classificados como de interesse nacional
(Tesouros Nacionais) - o museu possui instrumentos raros e de incalculável valor histórico e
organológico. São exemplo os corne ingleses de Grenser e de Grundman & Floth, o oboé de Eichentopf,
os cravos de Joaquim José Antunes e Pascal Taskin, o piano (Boisselot & Fils) que Franz Liszt trouxe de
França em 1845 ou o violoncelo de António Stradivari, que pertenceu e foi tocado pelo rei D. Luís. O
museu é ainda particularmente notável pela quantidade e qualidade de instrumentos de factura
portuguesa, espécimes pouco abundantes em museus congéneres.
O Museu está aberto ao público na estação do metro de Alto dos Moinhos, beneficiando de um protocolo de
mecenato assinado com o Metropolitano de Lisboa. Ao longo da sua existência, tem procurado valorizar e
divulgar as suas colecções, a música, sobretudo a portuguesa, o património organológico e musical de uma
forma geral, bem como as instituições ou particulares que contribuam de forma relevante na mesma
direcção. Tendo em vista esse objectivo, o Museu organizou várias exposições e catálogos.
Além de exposições, o Museu organiza periodicamente actividades que podem ser visitas de carácter
excepcional (visitas históricas, artísticas, visitas às reservas...), workshops (construção de um
instrumento, exploração de sons…), recitais (para adultos e crianças), conferências…
Para o público escolar estão disponíveis actividades pedagógicas fixas que procuram permitir o contacto
com as peças da colecção do Museu e com as suas características organológicas e musicais. Estas
actividades são realizadas mediante marcação prévia.