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Trabalho realizado por:

Tânia Silva
Raquel Conceição
Andreia Picoto
Isa Santos

10º I
Era uma vez um príncipe que queria casar com uma
princesa — mas tinha de ser uma princesa
verdadeira. Por isso, foi viajar pelo mundo fora
para encontrar uma, mas havia sempre qualquer
coisa que não estava certa. Viu muitas princesas,
mas nunca tinha a certeza de serem genuínas
havia sempre qualquer coisa, isto ou aquilo, que
não parecia estar como devia ser. Por fim,
regressou a casa, muito abatido, porque queria
uma princesa verdadeira.
Uma noite houve uma terrível tempestade; os
trovões ribombavam, os raios rasgavam o céu e a
chuva caía em torrentes — era apavorante. No
meio disso tudo, alguém bateu à porta e o velho
rei foi abrir.
Deparou com uma princesa. Mas, meu Deus!, o estado em que ela estava! A
água escorria-lhe pelos cabelos e pela roupa e saía pelas biqueiras e pela
parte de trás dos sapatos. No entanto, ela afirmou que era uma princesa de
verdade.
— Bem, já vamos ver isso — pensou a velha rainha. Não disse uma palavra,
mas foi ao quarto de hóspedes, desmanchou a cama toda e pôs uma pequena
ervilha no colchão. Depois empilhou mais vinte colchões e vinte cobertores
por cima. A princesa iria dormir nessa cama.
De manhã, perguntaram-lhe se tinha dormido bem.
— Oh, pessimamente! Não preguei olho em toda a noite! Só Deus sabe o que
havia na cama, mas senti uma coisa dura que me encheu de nódoas negras.
Foi horrível.
Então ficaram com a certeza de terem encontrado uma princesa
verdadeira, pois ela tinha sentido a ervilha através de vinte edredões e
vinte colchões. Só uma princesa verdadeira podia ser tão sensível.
Então o príncipe casou com ela; não precisava de procurar mais. A ervilha
foi para o museu; podem ir lá vê-la, se é que ninguém a tirou.
Aqui têm uma bela história!

Hans Christian Andersen 


Era uma vez um coelhinho que foi à horta para apanhar
couves para o seu caldinho, quando chegou a casa a porta
estava fechada, e como ele a tinha aberta ficou muito
assustado e bateu à porta.
deixado 
Trus!! Trus!! Trus!! Quem está ai? – pergunta o coelhinho.
    - É a cabra cabrês que te salta em cima e te faço em três.
O coelhinho ficou muito aflito e foi pedir ajuda. Encontrou o
seu amigo cão e disse-lhe: - Oh,  amigo cão, eu estou com
muito medo: bati à porta de casa e respondeu-me a cabra
cabrês que me salta em cima e me faz em três. Por favor,
ajuda-me.
O cão respondeu-lhe: - Eu não. Cheguei da caça e estou muito
cansado; vai procurar ajuda a outro lado.
    O Coelhinho andou, andou, e encontrou o amigo Boi, e disse-
lhe.  - Oh, amigo boi,  na minha casa está a cabra cabrês que
me salta em cima e me faz em três. Por favor, ajuda-me.
O Boi respondeu-lhe: - Eu não. Acabei agora de pastar e
estou muito cansado vai procurar ajuda a outro lado.
O Coelhinho triste foi ter com o Galo, mas ele respondeu:
Estive a cantar e estou muito cansado, vai procurar ajuda
a outro lado.
O Coelhinho chorava e sem esperança encontrou a formiga
que lhe perguntou porque chorava. E o coelhinho disse-lhe:
- Ninguém me quer ajudar e eu tenho, em minha casa, a
cabra cabrês que me salta em cima e me faz em três.
A formiga pensou em ajudar o coelhinho e disse-lhe:
Então vamos lá a tua casa, bate tu à porta que eu
respondo.
O coelhinho com medo bateu à porta e a cabra cabrês
respondeu:
- Eu Sou a Cabra cabrês que te salta em cima e te faço em
três.
E a formiga responde: -E eu sou a formiga rabina que te
salta em cima e te fura a barriga.
A formiga entrou na casa picou a cabra cabrês e esta com
medo fugiu.
Marcham 10 soldados, ai, mas como chove!
Um escorregou na lama, só ficaram 9.
Os nove soldados cearam biscoito, um
comeu demais, só ficaram 8.
Os oito soldados seguem o cadete, Os cinco soldados encontraram um
Perde-se um na estrada, só ficaram 7. rato,
Vão sete soldados apanhar papéis, Um foge assustado, e só ficaram 4.
Um foge para casa, só ficaram 6. Os quatro soldados vão lavar os pés,
Estes seis soldados acharam um brinco, Cai um no ribeiro, e só ficaram 3.
Um vai ao ourives, e só ficaram 5. Ficam três soldados a guardar os
bois,
Um vai para toureiro, e só ficaram 2.
Dos dois um deitou-se a fazer ó - ó,
Foi-se embora o outro, e ficou 1 só.
Este era o tambor, e fez: trrum-tum-
tum
Cai de cansaço, não ficou nenhum.
Copo, copo, jericopo, jericopo, copo cá;
Quem não disser três vezes copo,
copo, jericopo, jericopo, copo cá, por
este copo não beberá.

Debaixo daquela pipa. Está


uma pita. Pinga a pipa. Pia a
pipa. Pia a pita. Pinga a pipa.
Lá vai uma,
lá vão duas,
três pombinhas a voar.
Uma é minha
Outra é tua, outra é de quem a
apanhar.
-------------------------------------------------- O rato rói a serralha
O rato nela rói
Um, dois, três, quatro... A Rosa Rita Ramalho
A galinha mais o pato Do roer do rato se ria.
Fugiram da capoeira
Foi atrás a cozinheira --------------------------------------------------
Que lhes deu com um sapato. Nove vezes nove
Um, dois, três, quatro. oitenta e um,
sete macacos e tu és um
fora eu que não sou nenhum!
Uma casa com doze meninas.
Cada uma com quatro quartos,
todas elas usam meias,
nenhuma rompe sapatos.
O que é?
R: Relógio Tem barbas e não tem queixo,
Este bicho montanhês;
Tem dentes mas não tem boca,
Tem cabeça e não tem pés.
Não é duro, R: Alho
não é mole;
não se apalpa,
não se come.
R: Vento
Uma raposa passou por um souto e sentiu piar um mocho;
disse ela para si:
– Ceia já eu tenho.
E foi muito sorrateira trepando pelo castanheiro em que
estava piando o mocho, e filou-o.
O mocho conheceu a sorte que o esperava, e viu que não
podia livrar-se da raposa sem ser por ardil. Disse então
para ela:
– O raposa, não me comas assim como qualquer frango
desses que furtas pelos galinheiros; tu também sabes
andar à caça de alternaria, e é preciso que todos o
saibam. Agora que me vais comer, grita bem alto:
«Mocho comi!»
A raposa levada por aquela vaidade, gritou:
– Mocho comi!
– A outro sim, que nenja a mim! replicou-lhe o mocho
caindo-lhe de entre os dentes e voando pelo ar fora, livre
do perigo.
(Airão)
A coruja encontrou a águia, e disse-lhe:
– O águia, se vires uns passarinhos muito lindos em um
ninho, com uns biquinhos muito bem feitos, olha lá não mos
comas, que são os meus filhos.
A águia prometeu-lhe que os não comia; foi voando e
encontrou numa árvore um ninho de coruja, e comeu as
corujinhas. Quando a coruja chegou e viu que lhe tinham
comigo os filhos, foi ter com a águia, muito aflita:
– O águia, tu foste-me falsa, porque prometeste que não me
comias 05 meus filhinhos, e mataste-mos todos!
Diz a águia:
– Eu encontrei umas corujas pequenas num ninho, todas
depenadas, sem bico, e com os olhos tapados, e comi-as; e
como tu me disseste que os teus filhos eram muito lindos e
tinham os biquinhos bem feitos entendi que não eram esses.
– Pois eram esses mesmos, disse a coruja.
– Pois então queixa-te de ti, que é que me enganaste com a
tua cegueira.
(Porto)
De uma vez uma raposa apanhou um buraquinho num galinheiro,
entrou para dentro fazendo-se muito esguia, e depois que se
viu lá, comeu galinhas à farta. Quando foi para sair estava com
a barriga muito cheia, e por mais que fez não pôde passar pelo
buraco. Viu-se perdida, porque já vinha amanhecendo. Por fim
teve uma lembrança: Fingiu-se morta.
De manhã veio o lavrador e viu-a:
– Cá está ela. E que estrago que me fez!
Vai para lhe dar pancadas e matá-la, mas vê-a hirta, com a
língua atravessada nos dentes e os olhos envidraçados:
– Poupaste-me o trabalho; morreste arrebentada. Foi bom.
E pegando-lhe pelas pernas atira-a para o meio da horta para
a enterrar. A raposa assim que se viu fora do galinheiro,
pernas para que te quero! botou a fugir pelos campos fora e
fez do rabo bandeira. O lavrador deu a cardada ao dianho, e
jurou que nunca mais se fiaria em raposas.
(Airão)
Passa, tempo, tic-tac
Tic-tac, passa, hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, e vai-te embora Toda a alegria
Passa, tempo De fazer
Bem depressa Meu tic-tac
Não atrasa Dia e noite
Não demora Noite e dia
Que já estou Tic-tac
Muito cansado Tic-tac
Já perdi Tic-tac . . .

Vinícius De
Moraes
Quem mais sofria (coitada!)
Era a boneca. Já tinha
Toda a roupa estraçalhada,
E amarrotada a carinha.
Deixando a bola e a peteca,
Com que inda há pouco Tanto puxaram por ela,
brincavam, Que a pobre rasgou-se ao meio,
Por causa de uma boneca, Perdendo a estopa amarela
Duas meninas brigavam. Que lhe formava o recheio.

Dizia a primeira: "É minha!" E, ao fim de tanta fadiga,


— "É minha!" a outra gritava; Voltando à bola e à peteca,
E nenhuma se continha, Ambas, por causa da briga,
Nem a boneca largava. Ficaram sem a boneca . . .

Olavo Bilac
À tarde, o cavalinho branco
está muito cansado:

Mas há um pedacinho do campo


onde é sempre feriado. Seu relincho estremece as raízes
e ele ensina aos ventos a alegria de
O cavalo sacode a crina sentir livres seus movimentos.
loura e comprida e nas verdes
ervas atira sua branca vida. Trabalhou todo o dia, tanto!
desde a madrugada!

Descansa entre as flores, cavalinho


branco, de crina dourada!

Cecília Meireles
Papagaio louro
Papagaio louro
de bico dourado,
leva-me esta carta
ao meu namorado.

Ele não é frade


nem homem casado,
é rapaz solteiro
lindo como um
cravo.
A barca virou,
deixá-la virar,
a menina (Ana)
não sabe nadar.

A barca virou,
deixá-la virar,
a menina (Júlia)
não sabe voar.
Ai, ai, ai, minha machadinha
Ai, ai, ai, minha machadinha
quem te pôs a mão, sabendo que és minha.
quem te pôs a mão, sabendo que és minha.

Sabendo que és minha, também eu sou tua,


Sabendo que és minha, também eu sou tua,
salta machadinha, para o meio da rua.
salta machadinha, para o meio da rua.

No meio da rua, não hei-de eu ficar


No meio da rua, não hei-de eu ficar
Hei-de ir à roda, buscar o meu par
Hei-de ir à roda, buscar o meu par

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