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Critérios de licenciamento ambiental para

empreendimentos de parcelamento do solo

Iº Seminário Mineiro de Engenharia Civil


Regularização Ambiental

- Regularização ambiental:Conjunto de atos autorizativos na área


ambiental

- Em Minas Gerais as atribuições para a regularização ambiental são


exercidas pelo Copam – Conselho Estadual de Política Ambiental, por
intermédio das URC´s e SUPRAM´s.

URC - Unidades Regionais Colegiadas.


SU PR AM - Superintendência Regional de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável: Presta apoio
técnico e administrativo às URC´s
Regularização Ambiental

Classificação dos empreendimentos nos termos da DN Copam 74/04:

- Classe 1 – Pequeno porte e pequeno ou médio potencial poluidor;


- Classe 2 – Médio porte e pequeno potencial poluidor;
- Classe 3 – Pequeno porte e grande potencial poluidor ou médio porte e
médio potencial poluidor;
- Classe 4 – Grande porte e pequeno potencial poluidor;
- Classe 5 - Grande porte e médio potencial poluidor ou médio porte e
grande potencial poluidor;
- Classe 6 – Grande porte e grande potencial poluidor
Regularização Ambiental

CRITÉRIO DE PORTE PARA ENQUADRAMENTO NO


LICENCIAMENTO AMBIENTAL

D < 70 D > 70

25 < AT < 50 P (clas. 1) M (clas. 3)

50 < AT < 100 M (clas. 3) G (clas. 5)

AT > 100 G (clas. 5) G (clas. 5)

D = Densidade Populacional Bruta, expressa em habitante por hectare


AT = Área total da gleba, em hectares
P= Pequeno M= Médio G= Grande
Regularização Ambiental

- Empreendimentos classe 1 e 2: Considerados de impacto


ambiental não significativo, é obrigatória a obtenção da Autorização
Ambiental de Funcionamento (AAF).

- DN.58/02, Art. 2°, §4º - O órgão ambiental fará a convocação do


empreendedor nos casos em que considerar necessário o
licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades
enquadrados nas classes 1 e 2.

- Para as demais classes, o caminho para a regularização ambiental


é o processo de licenciamento.
Licenciamento

- Licenciamento ambiental é o procedimento administrativo por meio do


qual o poder público autoriza a instalação, ampliação, modificação e
operação de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos
ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidores.
- O processo é dividido em três etapas:
LP – Licença Prévia: Fase preliminar de planejamento do empreendimento
ou atividade, aprovando a localização e a concepção do empreendimento
bem como atestando sua viabilidade ambiental;
LI – Licença de Instalação: Autoriza a instalação do empreendimento ou
atividade;
LO – Licença de Operação: Autoriza a operação da atividade ou do
empreendimento, sujeita a revalidação periódica

- Li ce nça Cor re ti va: Ocorre quando o empreendimento encontra-se em


fase de instalação ou operação sem devida licença.
Loteamento – 6.766/79
- Lei 6 .766/79: Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá
outras providências.

Art. 2° § 5o - A infra-estrutura básica dos parcelamentos é


constituída pelos equipamentos urbanos de escoamento das águas
pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de
água potável, energia elétrica pública e domiciliar e vias de
circulação.

Art. 3º - Somente será admitido o parcelamento do solo para


fins urbanos em zonas urbanas, de expansão urbana ou de
urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou
aprovadas por lei municipal.
Loteamento – 6.766/79

Art. 3° - Parágrafo Único - Não será permitido o parcelamento do


solo:
I - Em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de
tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas;
II - Em terrenos que tenham sido aterrados com material
nocivo à saúde pública, sem que sejam previamente saneados;
III - Em terrenos com declividade igual ou superior a 30%
(trinta por cento) salvo se atendidas exigências específicas das
autoridades competentes;
IV - Em terrenos onde as condições geológicas não
aconselham a edificação;
V - Em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a
poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua correção.

Art. 6º - Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado


deverá solicitar à Prefeitura Municipal, que defina as diretrizes para o
uso do solo, traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e
das áreas reservadas para equipamento urbano e comunitário (...)
Loteamento – 6.766/79

Art.13 - Parágrafo único - No caso de loteamento ou


desmembramento localizado em área de município integrante de
região metropolitana, o exame e a anuência prévia à aprovação do
projeto caberão à autoridade metropolitana.
Loteamento – DN. 58/02
Documentação básica:
Fas e Licença Prév ia (L P):
- Cópia da publicação do pedido de LP;
- Estudos de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto
Ambiental - EIA/RIMA, Relatório de Controle Ambiental;
- Declaração da Prefeitura, comprobatória da conformidade da
localização do empreendimento à legislação de uso do solo ou ambiental
do Município;
- Anuência ou parecer técnico prévio expedido pelo órgão ambiental
competente, quanto à localização do empreendimento em área de
relevante interesse ambiental;
- Declaração do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico
-IEPHA sobre a existência de patrimônio histórico, arqueológico e
espeleológico na área do empreendimento;
Loteamento – DN. 58/02
- Apresentação das diretrizes para o parcelamento , uso e ocupação do
solo fornecidas pelo órgão estadual, metropolitano ou municipal
competente;
- ARTs dos técnicos responsáveis pelos projetos e pelo licenciamento
ambiental.

Fas e Licença d e In stalaçã o (LI ):


- Plano de Controle Ambiental – PCA;
- Cópia da licença para desmate expedida pelo órgão competente,
quando for o caso (AIA);
- Outorga do IGAM para uso da água, quando for o caso;
- Anuência prévia municipal no que se refere à adequação dos sistemas
de esgotamento sanitário e de destinação de resíduos sólidos;
- Comprovante de recolhimento do custo de licenciamento.
Loteamento – DN. 58/02
Fas e de Licença de Op eraç ão (L O):
- Comprovante de recolhimento do custo de licenciamento;
- Termo de verificação da execução das obras exigidas pela legislação
pertinente ao assunto, emitida pela Prefeitura Municipal;
- Certidão negativa de débito financeiro de natureza ambiental.
Loteamento – Requisitos urbanísticos

Lei Fed eral 6.766/ 79


Art.4°
III - ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio
público das rodovias e ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa
não-edificável de 15 (quinze) metros de cada lado, salvo maiores
exigências da legislação específica;
IV - As vias de loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes
oficiais, existentes ou projetadas, e harmonizar-se com a topografia local.
Loteamento – Requisitos urbanísticos

Res ol ução CON AMA 303/ 02


Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação
Permanente
Art. 3º Constitui Área de Preservação Permanente a área situada:
I - em faixa marginal, medida a partir do nível mais alto, em
projeção horizontal, com largura mínima, de:
a) trinta metros, para o curso d`água com menos de dez metros de
largura;
b) cinqüenta metros, para o curso d`água com dez a cinqüenta metros de
largura;
II - ao redor de nascente ou olho d`água, ainda que intermitente,
com raio mínimo de cinqüenta metros
V - no topo de morros e montanhas,
VII - em encosta ou parte desta, com declividade superior a 100%
Loteamento – Requisitos urbanísticos
Decret o 44.6 46/2007
Disciplina o exame e anuência prévia pelo Estado, por meio da SEDRU, para
aprovação de projetos de loteamentos e desmembramentos de áreas
para fins urbanos pelos municípios.
Art. 2º
§ 2º Não será permitido o parcelamento do solo:
III - em terreno com declividade igual ou superior a 47%,
V - em áreas de preservação permanente, salvo nos termos da Resolução do
Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA nº 369, de 28 de março de
2006, da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002, e mediante autorização do
órgão ambiental competente;
VIII - em zona de amortecimento de unidades de conservação de proteção
integral;
IX - em áreas total ou parcialmente ocupadas por vegetação nativa sem
prévia autorização do órgão competente.
Loteamento – Requisitos urbanísticos
Art. 3º - O parcelamento de áreas com declividade superior a 30% e inferior
a 47% somente será admitido mediante condições especiais de controle
ambiental e comprovação da estabilidade do solo por meio de laudo
geotécnico emitido por Responsável Técnico, devidamente acompanhado da
referente Anotação de Responsabilidade Técnica - ART.
Art. 11 O percentual de áreas públicas não poderá ser inferior a 35% da
gleba total a ser parcelada, observando-se maiores restrições da
legislação municipal.
§ 2º Constituem as áreas públicas: I - o sistema viário; II - as
institucionais para equipamentos públicos urbanos e comunitários, perfazendo
no mínimo 5% da gleba; e III - os espaços livres de uso público,
perfazendo no mínimo 10% da gleba.
Art. 12 § 2º Os fundos dos lotes não poderão fazer divisa com áreas verdes
e APPs, devendo haver entre eles vias veiculares.
Art. 15 Os lotes possuirão área mínima de 200m2 e frente mínima de 10m;
Muito obrigada!
luisa.castro@meioambiente.mg.gov.br
Tel. 3228-7801

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