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Efeitos e cuidados para exercícios em alta

temperatura

ACIMA DE 30°
Introdução

 O ser humano é homeotérmico, isto é, possui a capacidade de manter a


temperatura corporal dentro de uma faixa razoavelmente estreita – em
torno de 36,5 °C –, apesar das variações térmicas do ambiente. O
equilíbrio térmico é conseguido por meio do balanço entre a perda e a
produção ou aquisição de calor.
Introdução

 Uma das medidas indicadas é a adaptação ao calor e a reposição


hídrica, que reduzem o estresse gerado por este.

 Parte da energia liberada pelo funcionamento normal dos órgãos


internos e pelos músculos durante a atividade física é energia térmica
(calor).
Fisiologia das altas temperaturas e condições ambientais

 A temperatura corporal é subdividida em temperatura interna (central,


varia entre 36,6°C e 37°C) e externa (cutânea, varia entre 32°C a
35,5°C);
 Os receptores térmicos sensíveis ao frio e ao calor ficam no hipotálamo
do cérebro (receptores centrais) e na pele (receptores periféricos) os que
estão ligados ao córtex;
 Esses receptores enviam estímulos de frio ou calor para o centro
termorregulador;
Fisiologia das altas temperaturas e condições ambientais

 A termorregulação permite ao ser humano evitar o superaquecimento através


de mecanismos de perda e ganho de calor.
 Os mecanismos da termorregulação são:
Convecção – transferência de calor de um lugar para outro, ocorre
perda de calor principalmente nas extremidades.
Condução – transferência de calor de um corpo quente para outro
mais frio, através do contato físico.
Radiação – transferência de calor entre dois objetos através de ondas
eletromagnéticas.
Evaporação – provoca maior perda de calor durante a atividade física.
Temperatura e perda de calor de acordo com o mecanismo
termorregulador

Temperatura Perda de calor

10°C Predomina a radiação e a condução

30°C Diminui a convecção e a radiação. A evaporação


predomina

35°C Predomina a evaporação

37°C Somente evaporação


Perigo de uma inadequada regulação térmica

 Durante o exercício físico, boa parte da energia química degradada nos


processos bioenergéticos é convertida em calor, e o restante, em energia
mecânica;
 O calor metabólico gerado deverá ser dissipado para o meio externo,
para que não ocorra elevação da temperatura corporal em níveis
perigosos;
 O organismo responde através de adaptações circulatórias, aumentando
o fluxo sanguíneo cutâneo, na tentativa de reduzir a temperatura do
sangue, além de aumentar a secreção de suor, para que, através da
evaporação, também ocorra redução da temperatura corporal.
Perigo de uma inadequada regulação térmica

 Atletas que competem em esportes de endurance estão mais sujeitos a


uma falha da regulação térmica, podendo induzir problemas
termorregulatórios, associada ao exercício;
 Alguns indivíduos não toleram bem o calor e experimentam um mal-
estar, caracterizado por fadiga extrema, transtornos mentais e redução
no rendimento;
 Existem alguns sintomas do stress provocado pelo calor, como:
câimbras, síncope, exaustão pela depleção de água (desidratação),
exaustão pela depleção de sal e intermação.
 Intermação: cansaço, náuseas, calafrios, respiração superficial
palidez ou tonalidade azulada no rosto, temperatura corporal
elevada, pele úmida e fria, diminuição da pressão arterial, pulsação
rápida ou fraca, tontura e inconsciência.
Cãimbras

 As câimbras induzidas pelo calor ocorrem em pessoas normalmente não


aclimatadas, devido a uma perda elevada de sais, resultante de uma
transpiração abundante. Elas são caracterizadas por espasmos
musculares ou contrações musculares constantes, sem, contudo, haver
a necessidade de uma elevação da temperatura corporal.
 Sua prevenção inclui constante hidratação antes, durante e após a
prática de atividade física.
Síncope

 Síncope induzida pelo calor, tonteira, ataxia, dor de cabeça, náuseas.


vômitos, calafrio câimbras, sinais de desidratação, redução das funções
cerebrais, temperatura retal acima de 41 °C e hipotensão arterial.
 A síncope do calor surge devido a uma distribuição desfavorável do
sangue, ou seja, na tentativa do corpo de eliminar a maior quantidade
de calor possível, ocorre um deslocamento em nível periférico
(vasodilatação) de grande quantidade de sangue, resultando assim em
uma redução da P.A. e uma diminuição do suprimento de O2 em nível
de cérebro, o que induz os transtornos mentais, podendo chegar a
inconsciência.
Desidratação

 Objetivando evitar o aparecimento de um quadro de desidratação, é


consenso no meio científico de que é necessária uma hidratação durante
todo o decorrer da prática.
Hiponatremia

 A exaustão por depleção de sal (hiponatremia), provocada por uma redução


dos valores de normalidade da Na no plasma. Em situações de grande
quantidade de produção de sudorese, GOLDBERGER (1978) recomenda a
ingestão de uma solução que possua uma proporção de 500 ml de água e 0,5
g de sódio, ou seja, uma solução a 0.1% .

 A Hiponatremia é muito difícil de acontecer se comparada com a


desidratação

 Tornando-se mais comum em provas de longa duração como maratona e


triatlon.
 A combinação entre as quatro situações apresentadas anteriormente
pode acelerar o aparecimento de uma condição de desidratação e, como
consequência, de problemas termo regulatórios associados ao calor.
Conclusão

 Os problemas termo regulatórios associados ao calor podem produzir


uma redução da performance ou, ainda, gerar condições de um quadro
de risco de vida para o praticante.
 Nunca esqueça de ingerir líquido, utilizar roupas adequadas à pratica
do exercício físico e evitar praticar ao ar livre em horários de sol forte.

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