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HAZOP

HAZARD AND OPERABILITY STUDIES

Estudo de perigo e OPERACIONALIDADE


HAZOP - HAZARD AND OPERABILITY STUDIES

DESENVOLVIMENTO DA METODOLOGIA

• Utilizada pela primeira vez na ICI (IMPERIAL CHEMICAL INDUSTRY)

• Reportada pela primeira vez por Lawley em 1974 (Operability Studies and Hazard
Analysis” Loss Prevention vol.8 p.105)

Após alguns acidentes graves em fins da década de 60, a alta gerência da ICI
recomendou que as várias divisões da companhia desenvolvessem um enfoque para a
revisão das operações das suas plantas, com ênfase especial nos problemas de perigos e
operabilidade.

• Espalhou-se rapidamente pela indústria de processos e para outros tipos de indústria


durante a década de 80, na década de 90 passou a ser recomendada pelos órgãos
governamentais.
HAZOP - Estudo de Perigo e Operacionalidade

O HAZOP permite a pessoas com conhecimento diferenciado


(equipe multidisciplinar) deixarem as suas imaginações à
vontade e imaginarem sobre todas as maneiras possíveis que
perigos e problemas de operação possam surgir.
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Técnica preditiva aplicada a problemas específicos no projeto


de operações.

Objetiva identificar as maiores contribuições ao perigo total


oferecido por uma instalação, qualificando sua freqüência,
avaliando a eficácia das medidas de controle e auxiliando as
decisões.
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Dados da instalação Lista de ações para


EQUIPE
HAZOP trazer a instalação
para risco aceitavel

REQUER CONHECIMENTO DA
EQUIPE DE ELABORAÇÃO
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HAZARD AND OPERABILITY STUDIES

HAZOP aborda os possíveis desvios do sistema,

• Técnica de análise de sistemas que utiliza


um formato padrão para levantar causas e
efeitos de cada desvio.
• Pode detectar problemas operacionais bem
como de segurança, pois todos eles estão
relacionados aos desvios.
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PREMISSA

SÓ HÁ UM PROBLEMA COM UM SISTEMA SE


ALGUMA VARIÁVEL DE PROCESSO APRESENTAR UM
DESVIO EM RELAÇÃO A CONDIÇÃO NORMAL DE
OPERAÇÃO
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A operacionalidade é tão importante quanto os Perigos.

O estudo aborda, de uma forma sistemática cada segmento de


um processo e permite a tabulação de todos os Possíveis
Desvios, suas Causas e Conseqüências e nos leva a
Recomendar medidas mitigadoras adequadas.
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Planilha HAZOP
EQUIPE
NOME DO ESTUDO ________________________________________________
----------------------
----------------------
SISTEMA _________________________________________________________
---------------------
---------------------
NÓ: ___________________________PAG: _______ DATA: _______________
---------------------

DESVIO POSSÍVEIS MODOS DE CONSEQUÊNCIA RECOMENDAÇÕES


DESVIO CAUSAS DETECÇÃO OBSERVAÇÕES
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Os Desvios normalmente são formados por:


Palavras Guia + Variáveis do Próprio Processo

Nenhum
Nenhum Fluxo
Mais
Palavras Mais Temperatura
Menos
Guia Mais Fluxo
Reverso
Mais Pressão
Mais Viscosidade
Exemplos de
DESVIOS Menos Viscosidade
Temperatura
Menos Temperatura
Variáveis Fluxo

de Processo Pressão Fluxo Reverso

Viscosidade Troca Térmica Reversa


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OUTROS DESVIOS SÃO BEM ESPECÍFICOS:

Palavras Guia Exemplos de Desvios


Mudança na Composição Água em excesso
- proporção diferente - Hidrogênio a menos

Componente a Mais Contaminação com água


- algo que não tinha - Corrente com impurezas sólidas

Outro que não O que mais pode ocorrer além da operação normal?
- além de - Manutenção, mudança de catalisador, danos internos
nos equipamentos, etc.
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Planilha HAZOP
EQUIPE
NOME DO ESTUDO ________________________________________________
----------------------
----------------------
SISTEMA _________________________________________________________
---------------------
---------------------
NÓ: ___________________________PAG: _______ DATA: _______________
---------------------

DESVIO POSSÍVEIS MODOS DE CONSEQUÊNCIA RECOMENDAÇÕES


CAUSAS DETECÇÃO OBSERVAÇÕES
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Planilha HAZOP

RECOMENDAÇÕES
POSSÍVEIS MODOS DE CONSEQUÊNCIA RISCO
OBSERVAÇÕES
DESVIO CAUSAS DETECÇÃO
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EXEMPLO- seleção de nós

PROCESSOA: p
Transferência
de
bomba
óleo tanque

Objetivo da instalação:
Tanque: armazenar o material do tanque de estocagem para o processo A
Tubulação/bomba-transferir o material do tanque de estocagem para o processo
PROCESSO A – Ocorre a tranformação do produto a ser bombeado
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ROTEIRO DO ESTUDO

 Definir o sistema a ser analisado seus limites e condições

 Definir a equipe que fará a análise

 Buscar um amplo envolvimento de todos

 Esclarecer para todos a sistemática que será empregada

 Dispor da documentação necessária

 Fluxogramas

 Rotinas operacionais
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ROTEIRO DO ESTUDO (CONT)

 Set de alarmes

 Intertravamentos

 Dados dos produtos

 Rotinas especiais

Fase de produção do estudo

 Marcar no fluxograma os ‘nós’e os limites

 Realizar as reuniões - preencher as planilhas

 Emitir o relatório com as recomendações


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Poucos acidentes ocorrem porque a equipe de projeto não tinha


o devido conhecimento; a maioria dos erros de projeto ocorrem
porque a equipe falhou na aplicação de seu conhecimento.

HAZOP lhes dá uma oportunidade de apreciar o projeto, linha a linha,

desvio por desvio, para ver o que deixaram de perceber.


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SELEÇÃO DOS NÓS


CONSISTE NA DETERMINAÇÃO DOS PONTOS DA INSTALAÇÃO
ONDE SERÁ PERGUNTADA CADA PALAVRA GUIA
CRITÉRIOS: •DICAS:
•A cada mudança no propósito
do projeto/processo
•Estude a planta aos poucos,
divida as seções maiores em
•A cada mudança relevante de compartimentos simples
estado
•Mantenha as causas dos
•Equipamentos separados, com desvios dentro da seção de
parametros distintos estudo
•Cada vaso de processo e seus
•Para cada desvio não mais
auxiliares
que cinco causas
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EXEMPLO- seleção de nós

PROCESSO:
Transferência p

de
óleo bomba
tanque
Planta A

NÓS para
análise
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Selecione um Nó no Processo

Inicie a analise vendo as possíveis causas para o desvio “Mais Fluxo” ;

Para cada causa de um desvio avalie o modo de detecção do ocorrido e as


possíveis conseqüências;

Se algum cenário for considerado inaceitável recomende melhoria nos


procedimentos ou no sistema de alerta ao operador ou no processo;
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Passe para o desvio “Menos Vazão” e repita a seqüência considerando


ainda o mesmo Nó

Quando todos os cenários forem considerados num Nó passe para outro


e retorne ao “Mais Vazão”

Quando todos os Nós das linhas de entrada de um vaso / equipamento


tiverem sido considerados considere o desvio “Outro que não” para
aspectos intrínsecos do vaso / equipamento
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Exercício
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SISTEMAS QUE OPERAM POR BATELADAS

A técnica originalmente foi concebida para plantas de operação


contínua, com algumas modificações é possível a sua aplicação em
sistemas que operam por bateladas.

Nestes casos, devemos considerar DESVIOS como os descritos a seguir:


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SISTEMAS QUE OPERAM POR BATELADAS

- NÃO CARREGA-SE "A" “A e B são dois produtos diversos como:

- CARREGA-SE MAIS "A" • Cimento e Brita


• Feijão e Água
- CARREGA-SE MENOS "A"

- CARREGA-SE "B" BEM COMO "A"

- CARREGA-SE PARTE DE "A" (Caso "A" seja uma mistura)

- CARREGA-SE "B" DIFERENTE DE "A"

- CARGA INVERSA (Retorno de produto para o tanque abastecedor de "A")


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SISTEMAS QUE OPERAM POR BATELADAS

Questões semelhantes são também aplicáveis às operações de partida,


regenerações e paradas de unidades que operam continuamente.

Questões especiais devem também ser colocadas em relação às unidades


controladas por computadores ou outros elementos "INTELIGENTES"
para verificação da programação.
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QUANDO FAZER UM HAZOP

Mais cedo
• Mudanças ocorrem no papel
• Menor custo nos reparos
• Evita-se falhas na pré-operação

Mais tarde
• Há mais dados disponíveis
• Há mais pessoas experientes
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Idealmente devemos reavaliar o hazop nas diversas fases:

• Fase do Projeto Conceitual ou Projeto Básico


Seleção da localização e lay-out
Escolha da tecnologia
Impactos ambientais
Aspectos de segurança

• Fase de Projeto Detalhado


Avaliação da operacionalidade
Avaliação dos perigos em profundidade
Verificação das recomendações anteriores
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• Fase de pré-operação
Avaliação em profundidade dos procedimentos operacionais
Análise dos pontos que foram alterados no projeto
Verificação das recomendações anteriores

• Fase de operação
Avaliação de novos procedimentos sistemáticas operacionais
Análise dos pontos que foram alterados no projeto
Consideração do envelhecimento da planta
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DIFICULDADES DO HAZOP

A equipe deve se reunir sistematicamente

A equipe tem que ser multidisciplinar

O relatório fica grande se alguns cuidados não forem tomados


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VANTAGENS DO HAZOP
• Enfoque nas variáveis de estado, ao invés de nos componentes
mecânicos.

• Ênfase na sinergia de uma equipe experiente e multidisciplinar.

• Consideração explicita das conseqüências das ações operacionais

• Produção de observações numa boa forma para uma subsequente


avaliação quantitativa do risco / confiabilidade dos sistema.
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Informações Contidas num Hazop Tradicional


Identificação do Sistema

Pontos Analisados

Desvios Possíveis em Cada Ponto

Causas e Conseqüências Associadas a Cada Desvio

Os Modos de Detecção das Ocorrências

Recomendações Elaboradas pela equipe


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Perguntas que Normalmente Surgem APÓS a Realização do Estudo

Quais são os Cenários mais Críticos?

Quais as Recomendações mais Importantes?

Que Recomendações Representam um maior Benefício?

Quando realizar as Modificações? Na Próxima Parada?

Esta recomendação é Realmente Necessária?


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Respostas às Questões Anteriores

A resposta a todas as perguntas anteriores passa por um mecanismo que


permita a classificação de cenários e/ou recomendações.

Conclusão

O uso da Matriz de Aceitabilidade associada aos estudos


HAZOP permite respostas claras sobre a necessidade e
eficácia das recomendações feitas pela equipe de técnicos.
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Planilha HAZOP Opcional


EQUIPE
NOME DO ESTUDO ________________________________________________
----------------------
----------------------
SISTEMA _________________________________________________________
---------------------
---------------------
NÓ: ___________________________PAG: _______ DATA: _______________
---------------------

DESVIO POSSÍVEIS MODOS DE CONSEQUÊNCIA RECOMENDAÇÕES


CAUSAS DETECÇÃO
F S RISCO OBSERVAÇÕES
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EQUIPE DE TRABALHO

LÍDER

SUPERVISOR DA UNIDADE

ENGENHEIRO DE PROCESSO

REPRESENTANTE TÉCNICO-OPERADOR

INSTRUMENTISTA

SEGURANÇA

MEIO AMBIENTE

MANUTENÇÃO
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RESPONSABILIDADE DO LÍDER:

Seleção da equipe

Planejamento da análise

Realização da análise

Divulgação dos resultados

Monitoração da imlementação das recomendações


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RESPONSABILIDADE DO LÍDER:

QUESTÕES DE LIDERANÇA

• Limitar debates paralelos

•Entender bem o que está sendo discutido e garantir que todos


entendam

•Cobrar participação e pontualidade do grupo


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RESPONSABILIDADE DO LÍDER:

QUESTÕES DE RELACIONAMENTO NO GRUPO

• Monitorar o desempenho de cada membro

•Encorajar e controlar as discussões, sintetizar os resultados,


mas ao mesmo tempo permanecer neutro na discussão

•Buscar consenso no grupo

•Evitar responder perguntas, estimulando a discussão em grupo


MUITO
OBRIGADO!

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