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PROTOCTISTAS: ALGAS E

PROTOZOÁRIOS
IFRJ Nilo Peçanha – Pinheiral
Professora Carla Lima
ALGAS
 São Eucariontes
 São Fotossintetizantes – fazem fotossíntese

 São Uni ou pluricelulares.

 Ocupam ambientes terrestres úmidos e aquáticos.


ALGAS
 Fitoplâncton – algas microscópicas
ALGAS
 Classificação:
 Algas Verdes
 Algas Vermelhas
 Algas Douradas
 Algas Pardas
 Euglenóides
 Algas pirróficeas
ALGAS
 Reprodução

 Assexuada

 Sexuada – alternância de gerações


(esporos e gametas)
ALGAS
 Importância
 Realiza a maior parte da fotossíntese da
Terra, “pulmão do planeta” – Fitoplâncton.
 Base da cadeia alimentar aquática –

primeiro alimento dos seres vivos.


 Usadas como alimentos.
 Aplicação industrial:
 Ágar (ou Ágar-Ágar) – acrescentado a vários alimentos (balas e
doces, meios de cultura para micro-organismos).
 Alginato – usado na fabricação de cosméticos, sorvetes e massa de

modelagem odontológica.
 Diatomito – Carapaças de diatomáceas q se depositaram no solo

oceânico. Usado em filtros ou abrasivo de creme dental.


ALGAS
 Marés vermelhas
 Proliferaçãode algas do grupo dos dinoflagelados.
 Liberam toxinas na água.
 Problema ambiental.
PROTOZOÁRIOS
 Vivem na água ou parasitas de outros seres vivos.
 Unicelulares.

 Heterotrófos.

 Movimentam-se por:
 Pseudópodes – amebas.
 Cílios – paramécios.
 Flagelos – tripanossomos.
 Sem locomoção – plasmódios.
PROTOZOÁRIOS
PROTOZOÁRIOS
 Doenças:
 Amebíase
 Amebas são protozoários cuja locomoção se dá via expansões
citoplasmáticas – pseudópodes.
 A Entamoeba histolytica é a responsável pela amebíase, embora possa estar

presente no organismo sem desenvolver a doença. Esta, de período de


incubação que varia entre 2 e 4 semanas, se caracteriza pela manifestação
de diarreias e, em casos mais graves, comprometimento de órgãos e
tecidos. É responsável por cerca de 100000 mortes ao ano, em todo o mundo.
 A amebíase é mais comum em regiões onde as condições de saneamento

básico são precárias, uma vez que a forma de contaminação se dá via


ingestão de seus cistos. Estes, liberados nas fezes da pessoa adoecida, podem
se espalhar na água e vegetais que, sem a devida higienização antes de ser
ingeridos, podem causar a doença. Vale pontuar que a resistência dos cistos é
muito grande: podem viver cerca de 30 dias na água, e 12 em fezes frescas.
PROTOZOÁRIOS
PROTOZOÁRIOS
 Para diagnóstico são necessários exames de fezes e, em casos mais
graves, de imagem e de sangue, além de punção das inflamações.
Para tratamento é feito o uso de fármacos antimicrobianos, prescritos
pelo médico.
 Medidas relacionadas a saneamento básico, como implantação de

sistemas de tratamento de água e esgoto, e controle de indivíduos


que manipulam alimentos, devem ser levadas em consideração para
se reduzir ou, em longo prazo, erradicar a amebíase.
PROTOZOÁRIOS
 Giardíase
 A giardíase, também conhecida por lambliose, é uma infecção
intestinal causada pelo protozoário flagelado Giardia lamblia. Ele
pode se apresentar em forma de cisto ou trofozoíto, sendo que a
primeira é a responsável por causar diarreia crônica com cheiro
forte, fraqueza e cólicas abdominais no hospedeiro (cão, gato,
gado, roedores, ser humano, dentre outros), graças às toxinas que
libera. Essas manifestações podem gerar um quadro de deficiência
vitamínica e mineral e, em crianças, pode causar a morte, caso não
sejam tratadas.
 Ocorre em todo o mundo, mas é mais frequente em regiões onde as

condições sanitárias e de higiene são precárias.


 Os protozoários são transmitidos pela ingestão dos cistos oriundos

das fezes de indivíduo contaminado, podendo estar presentes na


água, alimento ou mesmo nas mãos e objetos que entraram em
contato com ela. Moscas e baratas podem transportá-los.
PROTOZOÁRIOS
PROTOZOÁRIOS
 O diagnóstico é feito via exame de fezes ou, em casos raros, biópsia
de material duodenal. A prevenção é feita adotando-se hábitos de
higiene, como lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas,
brincar com animais e antes de comer ou preparar alimentos; ingerir
unicamente água tratada; higienizar os alimentos antes do consumo e
cura dos doentes. Vale lembrar que o cloro não mata os cistos e que,
portanto, alimentos ou água tratados unicamente com cloro não
impedem a infecção por este protozoário.
 O tratamento pode ser feito com uso de fármacos receitados pelo

médico. Adultos que têm contato mais próximo com crianças e


pessoas que trabalham no setor alimentício devem se afastar de suas
funções até a cura total.
PROTOZOÁRIOS
 Doença de Chagas
 O mal de Chagas, como também é chamado, é transmitido, principalmente,
por um inseto da subfamília Triatominae, conhecido popularmente
como barbeiro. Este animal de hábito noturno se alimenta, exclusivamente,
do sangue de vertebrados endotérmicos. Vive em frestas de casas de pau-a-
pique, camas, colchões, depósitos, ninhos de aves, troncos de árvores,
dentre outros locais, sendo que tem preferência por locais próximos à sua
fonte de alimento.
 Ao sugar o sangue de um animal com a doença, este inseto passa a carregar

consigo o protozoário. Ao se alimentar novamente, desta vez de uma pessoa


saudável, geralmente na região do rosto, ele pode transmitir a ela o parasita.
 Este processo se dá em razão do hábito que este tem de defecar após sua

refeição. Como, geralmente, as pessoas costumam coçar a região onde


foram picadas, tal ato permite com que os parasitas, presentes nas fezes,
penetrem pela pele. Estes passam a viver, inicialmente, no sangue e,
depois, nas fibras musculares, principalmente nas da região do coração,
intestino e esôfago.
PROTOZOÁRIOS
PROTOZOÁRIOS
 Febre, mal estar, falta de apetite, dor ganglionar, inchaço ocular e
aumento do fígado e baço são alguns sintomas que podem aparecer
inicialmente (fase aguda), embora existam casos em que a doença se
apresenta de forma assintomática.
 Em quadro crônico, o mal de Chagas pode destruir a musculatura

dos órgãos atingidos, provocando o aumento destes, de forma


irreversível.
 O diagnóstico pode ser feito via exame de sangue do paciente na

busca do parasita no próprio material coletado (microscopia) ou pela


presença de anticorpos no soro (através de testes sorológicos). O
tratamento, visando à eliminação dos parasitas, é satisfatório apenas
no estágio inicial da doença, quando o tripanossoma ainda está no
sangue. Na fase crônica, a terapêutica se direciona para o controle de
sintomas, evitando maiores complicações.
 O controle populacional do barbeiro é a melhor forma de prevenir a

doença de Chagas.
PROTOZOÁRIOS
 Leishmaniose Tegumentar
 A leishmaniose tegumentar americana, conhecida popularmente
pelos nomes: “úlcera de bauru”, “nariz de tapir” e “ferida brava”, se
caracteriza por apresentar feridas indolores na pele ou mucosas do
indivíduo afetado. É causada por protozoários do gênero
Leishmania, como o L. braziliensis, L. guyanensis e L. amazonensis:
parasitas de vertebrados mamíferos.
 Fêmeas de mosquitos do gênero Lutzomyia são os vetores. Esses, de

tamanho pequeno (menores que pernilongos), podem também ser


chamados de mosquito-palha, birigui, cangalhinha, bererê, asa
branca ou asa dura. Vivem em locais úmidos e escuros, preferindo
regiões onde há acúmulo de lixo orgânico, e movem-se por meio de
voos curtos e saltitantes.
PROTOZOÁRIOS
PROTOZOÁRIOS
 Na forma mais comum (cutânea), esta se inicia pequena, arredondada,
profunda e com borda avermelhada, crescendo progressivamente. Pode
surgir apenas uma ou em maior quantidade. Na maioria dos casos não
são curadas naturalmente, e tampouco com o uso de medicamentos
cicatrizantes comuns.
 Para diagnóstico pode ser feito exame de sangue, a fim de encontrar

anticorpos específicos; biópsia ou raspadura da lesão. O tratamento é


feito não só visando a cura clínica, mas também o impedimento de que a
doença evolua para as outras formas mais graves e, também, para evitar
recidivas. Como alopático, pode ser receitado um antimonial
pentavalente. Quando o tratamento com este não apresenta resultados
satisfatórios, imunoterapia e imunoprofilaxia podem ser requeridos.
 A utilização de roupas adequadas e uso de repelente quando estiver em

ambiente de mata, visitar o médico em casos de feridas, destinar


adequadamente o lixo, evitar banho de rio ao entardecer e, além de
evitar animais domésticos com feridas características, procurar a
prefeitura a fim de que o sangue destes seja recolhido para análise, são
medidas importantes para se evitar casos de leishmaniose
tegumentar. O uso de determinadas telas e mosquiteiros pode não ser
eficaz em face do tamanho diminuto do vetor.
PROTOZOÁRIOS
 Leishmaniose Visceral
 A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, esplenomegalia
tropical e febre dundun, é uma doença causada pelo protozoário
tripanossomatídeo Leishmania chagasi. É transmitida por vetores da
espécie Lutzomia longipalpis e L. cruzi; mosquitos de tamanho diminuto e
de cor clara, que vivem em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de
lixo orgânico (ex: galinheiros). Suas fêmeas se alimentam de sangue,
preferencialmente ao fim da tarde, para o desenvolvimento de seus ovos.
 Pessoas e outros animais infectados são considerados reservatórios da

doença, uma vez que o mosquito, ao sugar o sangue destes, pode


transmiti-lo a outros indivíduos ao picá-los. Em região rural e de mata, os
roedores e raposas são os principais; no ambiente urbano, os cães fazem
esse papel. Quanto a este fato, podemos entendê-lo ao considerarmos a
proximidade que estes animais têm com a nossa espécie e que nem todos,
quando infectados, apresentam os sinais da doença (emagrecimento, perda
de pelos e lesões na pele).
PROTOZOÁRIOS
PROTOZOÁRIOS
 Indivíduos humanos apresentam febre de longa duração, fraqueza,
emagrecimento e palidez como sintomas. Fígado e baço podem ter seu
tamanho aumentado, já que a doença acomete estes órgãos, podendo
atingir também a medula óssea. O período de incubação é muito
variável: entre dez dias e dois anos.
 Para diagnóstico, exame de sangue para análise de anticorpos

específicos, punção - com inoculação do material em cobaias - ou


biópsia dos possíveis órgãos afetados são as principais formas de
confirmar a presença do patógeno. O tratamento é feito com fármacos
específicos, distribuídos pelo governo em hospitais de referência.
 Medidas de prevenção e controle ainda não foram capazes de impedir

a ocorrência de novos surtos do calazar. Entretanto, usar repelentes


quando estiver em região com casos de leishmaniose visceral e
armazenar adequadamente o lixo orgânico (a fim de evitar a ação do
mosquito), além de não utilizar agulhas utilizadas por terceiros, são
medidas individuais que diminuem a probabilidade de ser contaminado.
O tratamento das pessoas doentes e eutanásia dos cães contaminados
são outras importantes formas para evitar a leishmaniose visceral.

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