COMPORTAMENTO

ALIMENTAR

Maria Aparecida Bonfim

 Comportamento Alimentar

O que é mais apetitoso?

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Por que gostamos tanto de doces?

• Há algumas maneiras de responder a essa questão:

– Diferenças individuais, situacionais, etárias,
geográficas...
• Do ponto de vista do estudo do comportamento, há
duas formas básicas de responder essa questão:
– Causas próximas
– Causas últimas
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. Influências

- Sistemas sensoriais

- Memórias de experiências alimentares anteriores

Existe universalidades da espécie em relação aos

hábitos alimentares.
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. Diversidade de Itens da Dieta Humana

- Dieta Ancestral

Frutos, folhas e grãos → Sugerido pelo tipo de desgaste

encontrado nos dentes dos fósseis

Posteriormente, a carne passou a fazer parte da dieta humana e

passamos a ser uma espécie onívora

- Influência da diversidade de recursos

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. Escolha da Dieta
- Ambiente Ancestral
Constantes deslocamentos, o que levava a necessidade de analisar
cada item quanto a sua potencialidade para servir de alimento.
Risco elevado para a escolha.

- Ambiente Atual
Escolha associada a preferências já desenvolvidas

Entretanto

“Ainda carregamos em nossos genes predisposições que eram

adaptativas às pressões sofridas naquele ambiente hostil, e que
hoje, diante das alterações das condições de vida, não mais o
são”.
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. Neofobia Alimentar
Relutância inicial em ingerir o alimento

- Forma eficiente de reduzir os riscos associados com a

ingestão de alimentos tóxicos.

- Resposta que já foi um traço muito vantajoso para a

sobrevivência.

- Mas que não mais se justifica na medida em que os

alimentos já não oferecem riscos.
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. Papel do Grupo Social

- Núcleo Familiar
Oferece à criança suas primeiras experiências alimentares que
costumam favorecer a inclusão dos mais variados tipos de
alimentos.

A presença de modelos exerce um papel importante na

facilitação do consumo alimentar.

A presença de outras pessoas aumenta o consumo alimentar.

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. Gostos Básicos

- Somos guiados por pistas sensoriais

- Antes da ingestão de um alimento, criamos expectativas sobre

o mesmo, o que influencia a nossa avaliação sobre o seu gosto.

- O cheiro e a textura influenciam nosso desejo de

experimentá-lo.

- O sabor é uma interação entre as sensações olfativas,

gustativas e táteis.
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- O gosto é universal, graças à especificidade de receptores que

possuímos na boca, que respondem ao que chamamos de gostos
básicos: salgado, doce, azedo e amargo.

- As predisposições genéticas nos dotam de respostas muito

precoces aos gostos básicos, que agem como um fator limitante
sobre as preferências alimentares, levando-nos a preferir alimentos
doces e salgados e a rejeitar azedos e amargos.
Birch, apud Otta e Yamamoto, 2009

- A preferência por doces pode estar relacionada com o consumo

de frutos maduros por nossos ancestrais e a evitação do amargo
pode estar associada com a presença de toxinas no alimento.
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- Evidências sugerem que a responsividade aos gostos básicos está

presente antes do nascimento ou em momentos precoces do
desenvolvimento, apontando para uma disposição inata, modeladas
a partir de experiências sensoriais.

- A medida em que as pessoas envelhecem, diminui a sensibilidade

do paladar já que os botões gustativos são substituidos mais
lentamente, levando a diminuição da percepção dos gostos.

- A preferência pelo azedo ou amargo, na fase adulta, pode ser

atribuída a uma modificação fisiológica na percepção do gosto.
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- Durante o processo de evolução houve períodos de escassez

prolongada de recursos.

- Esse fato levou o organismo humano a adotar um modo

conservador de energia, tanto na absorção quanto no uso.

- O que antes era adaptativo, torna-se hoje um comportamento

não adaptativo que coloca em risco a saúde das pessoas.

Desafios nutricionais tiveram impacto

evolutivo e agora afetam a saúde de
populações humanas contemporâneas, Torna-
se um desafio a reavaliação de preferências e
hábitos, tendo em vista novas adaptações ao
ambiente atual.