Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Insuficiência Respiratória
Insuficiência Respiratória
Insuficiência Respiratória
Incapacidade do sistema respiratório em
manter níveis adequados de PaO2 e
PaCO2
Fatores determinantes:
Espessura da membrana (ex: doença intersticial pulmonar)
Extensão da superfície (ex: enfisema)
Solubilidade dos gases
Gradiente alveoloarterial
Normal: P(A-a)O2 de 5 a 10 mmHg
↑ na IR
Diferencia espaço morto de shunt:
Fornece O2 a 100%:
↑ SaO2 = má ventilação = espaço morto
Mantém hipoxemia = shunt verdadeiro
Mecanismos fisiopatologicos
Hipoventilação: não há renovação do ar
alveolar, reduzindo a concentração de O2 e
aumentando a concentração de Co2 no
alveolo. Como o consumo de O2 e a
produção de CO2 prosseguem o indivíduo
desenvolve hipoxemia e hipercapnia.
Mecanismos fisiopatologicos
Alteração na difusão: Ocorre por espessamento da
membrana alvéolo-capilar, criando um bloqueio à difusão
passiva de oxigênio e gás carbônico. Como há grande
reserva funcional na capacidade de difusão, esses defeitos
habitualmente não determinam insuficiência respiratória
isoladamente. Além disso, a difusão é muito mais fácil para
o gás carbônico do que para o oxigênio, fazendo com que
seu comprometimento contribua para hipoxemia, mas não
para hipercapnia, exceto em fases muito avançadas.
Mecanismos fisiopatologicos
Alteração V/Q: Na baixa V/Q, o sangue passa por alvéolos pouco
ventilados, sofrendo oxigenação insuficiente. Pela facilidade de difusão do gás
carbônico, não há hipercapnia, exceto em fases muito avançadas. Como
mecanismo de compensação, há vasoconstrição na circulação para os alvéolos
com baixa tensão de oxigênio (vasoconstrição hipóxica), na tentativa de desviar
o sangue para capilares cujos alvéolos estão ventilados, melhorando a V/Q.
Por outro lado, quando as áreas não ventiladas são extensas, como na
síndrome do desconforto respiratório agudo, este mecanismo de compensação
pode determinar hipertensão pulmonar e comprometimento da função
ventricular direita.
Na alta V/Q, áreas alveolares ventiladas adequadamente não são perfundidas.
Quando isso ocorre em grandes extensões, funciona como hipoventilação, pois
a ventilação alveolar está sendo "perdida" para áreas onde não há trocas
gasosas.
Classificação da IR
Velocidade de instalação:
Aguda
Crônica
Causa:
Tipo 1 ou hipoxêmica
Tipo 2 ou hipercápnica ou ventilatória
Tipo 3 ou mista
IR Aguda
Deterioração rápida da função respiratória
Manifestações clínicas intensas
Alterações gasométricas do equil. ác.- base
IR Crônica
Alterações progressivas
Manifestações clínicas sutis
Alterações gasométricas sutis ou ausentes
IR Crônica Agudizada
Classificação da IR
Tipo III – resultado de atelectasia pulmonar. Após
anestesia geral, as reduções da capacidade residual
funcional levam ao colapso das unidades pulmonares
inferiores.
Tipo IV - origina-se de hipoperfusão dos músculos
respiratórios nos pacientes em choque.
IR tipo 1
Hipoxêmica ou alveolocapilar
V mantêm, há lesão vascular, alveolar,
interstício pulmonar
PaO2↓, PaCO2↓ ou normal
P(A-a)O2 ↑ pelo distúrbio V/Q
EX:
Pnm,SARA, atelectasia, edema/embolia
pulmonar, DPOC exacerbado, asma grave,
pneumotórax
IR tipo 2
Hipercápnica ou ventilatória
Sobrepõe-se a IR tipo 1
PaO2↓, PaCO2↑ por falência ventilatória
P(A-a)O2 normal,pois hipoxemia é devido a
hipoventilação alveolar
Ex:
Depressão SNC, tétano, distrofias mm, tórax
instável, TU, edema de laringe
Classificação da IR - Gasometria
Aguda
pH muito baixo e BE normal
Crônica compensada
pH normal/quase normal, BE alto
Crônica agudizada
pH muito baixo, BE alto
IR tipo 3
Mista
Exacerbação de doença pulmonar crônica
Diagnóstico
História clínica
Dç de base, episódios prévios, AP
Exame físico
Cornagem, tiragem, enfisema subcutâneo
Uso mm acessória
PV = respiração paradoxal é indicação de VMI
SpO2 ↓ 90%
Gasometria
PaO2 < 60mmhg e PaCO2 > 50 mmhg
Quadro clínico
Varia conforme a causa
Sinais e sintomas comuns:
Dispnéia, ↑FR (ocorre precocemente)
Cianose (qdo HB reduzida for ↑5g/dL)
Manifestações neurológicas (agitação, ↓n.c.,
coma, morte)
Manifestações CVC: ↑FC, ↑DC,vasodilat.
arterial difusa, depressão miocárdica, ↓FC,
choque circulat., arritmia, PCR
Quadro clínico
Hipoxemia
Taquicardia
Taquipneia
Ansiedade
Estado mental alterado
Confusão
Cianose
Hipertensão
Bradcardia
Convulsões
Acidose láctica
Quadro clínico
Hipercapnia
Sonolência
Letargia
Tremor
Fala obnubilada
Cefaléia
Asterixe
Papiledema
Coma
Tratamento
Individualizado em função da causa
Manutenção das VAs pérvias
Evitar broncoaspiração (↓ n. c.)
Cânula orofaríngea (Guedel) evita obstrução
pela língua.
↓ n. c. prolongado = IOT
Obstrução das VAS (acima cordas vocais)
=TQT
Tratamento
PaO2<60 mmHg (ou SaO2<90%), mesmo após oferta de oxigênio
sob máscara;
PaCO2>55 mmHg (exceto em pacientes cronicamente retentores
de gás carbônico),sobretudo quando determinam acidose
respiratória (pH menor que 7,30 a 7,25).
nível de consciência rebaixado, impedindo o controle adequado do
paciente sobre a patência de suas vias aéreas superiores;
falência cárdio-circulatória concomitante: choque circulatório, sinais
de isquemia miocárdica, arritmias graves;
paciente com grande trabalho respiratório, com taquipnéia
persistente e utilização da musculatura acessória da respiração,
para manter valores limítrofes na gasometria arterial.
SDRA
Grave injúria inflamatória pulmonar, levando ao edema
pulmonar não cardiogênico, formação de membrana
hialina e colapso de diversos alvéolos, causando uma
IRpA hipoxêmica grave, com mecanismo de shunt
intrapulmonar (hipoxemia refretária), e um infiltrado
pulmonar difuso no exame de imagem de evolução
aguda (< 7 dias). No histopatológico a lesão é o dano
alveolar difuso.
SDRA
A principal causa de SDRA é a sepse (50% dos casos).
Quando a sepse precede a SDRA, a causa mais comum
é a infecção abdominal.
Quando a SDRA precede a sepse, a Pneumonia
bacteriana nosocomial passa a predominar.
SDRA
Fases:
Exsudativa: primeiros 1-2 dias de injuria pulmonar. Edema
intersticial e alveolar com membrana hialina e por um
infiltrado inflamatório, geralmente neutrofílico.
Proliferativa: regeneração dos pneumócitos tipo I pelos
pneumocitos tipo II, associado a um infiltrado mononuclear.
Fibrótica: fibrose intersticial e dos ductos alveolares
associados a fibroproliferação intimal com hipertensão
pulmonar.
SDRA
Distúrbio V/Q
Sunt intraparenquimatoso pulmonar
Aumento do trabalho respiratórios
Redução da complacência estática
SDRA
Manifestações clínicas:
Taquidispneia, taquicardia, cianose, agitação
Rx: infiltrado bilateral
↑ Oferta de O2 tecidual
Ventilação em pacientes com
LPA/SARA
Posição de Prona:
* Aumenta o intercâmbio de O2 em 50 a
70%
* Permite recrutamento de unidades
pulmonares dorsais
* Nescessidade de camas especiais
Medidas gerais de tratamento da
SARA
ATB
Balanço hídrico
Controle hemodinâmico
Nutrição