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RÉPTEIS

CARACTERÍSTICAS GERAIS

 Répteis do latim REPTARE= RASTEJAR.


 Têm cerca de 7 mil espécies.
 Surgiram há cerca de 300 milhões de anos.
 Vivem em ambientes terrestres (secos) ou
alguns são aquáticos.
PELE DOS RÉPTEIS
 A pele é seca e impermeável.
 As células são ricas em queratina,
substância que protege o animal contra a
desidratação.
 Podem apresentar escamas,
placas,
carapaças.
TEMPERATURA DO CORPO

 São PECILOTÉRMICOS, ou seja, a


temperatura varia de acordo com a
temperatura do ambiente.
REPRODUÇÃO

 Sexos separados (macho e fêmea).


 Fecundação interna.
 OVÍPAROS em sua maioria.
 Podem ser, em alguns casos, OVOVIVÍPAROS (os
ovos se desenvolvem no interior do corpo do
animal e nascem com a aparência de indivíduos
adultos).
RESPIRAÇÃO

 É exclusivamente PULMONAR, mesmo


aqueles que vivem em ambiente aquático
CORAÇÃO

 Na maioria dos répteis o coração apresenta 4


cavidades, dois átrios e dois ventrículos,
parcialmente divididos.
 Nos crocodilianos, essas cavidades estão
completamente divididas.
ALIMENTAÇÃO

 Em sua maioria, os répteis são carnívoros,


mas alguns que são herbívoros e outros
onívoros.
CLASSIFICAÇÃO DOS RÉPTEIS

 Quelônios
 Crocodilianos
 Escamados – Lacertílios
- Ofídios
QUELÔNIOS

 São as tartarugas, jabutis e cágados.


 Têm o corpo coberto por uma carapaça.
 As tartarugas são aquáticas, com as patas em
forma de nadadeiras.
 Os jabutis são terrestres.
 Os cágados vivem em água doce.
ILUSTRAÇÕES
CROCODILIANOS
 São os crocodilos e jacarés.
 Vivem nas margens dos rios (aquáticos e
terrestres).
 Possuem o corpo coberto por placas
córneas.
 Habitam regiões tropicais.
 No Brasil só há jacarés.
CROCODILOS E
JACARÉS
 Crocodilos têm a cabeça mais estreita.
 Quando fecham a boca aparecem alguns
dentes.
JACARÉS
 Jacarés têm a cabeça mais larga e arredondada.
 Quando fecham a boca os dentes não
aparecem.
LACERTÍLIOS
 Compreendem os lagartos, lagartixas, camaleões,
iguanas.
 Possuem o corpo alongado, cabeça curta e presa
ao corpo por um pequeno pescoço.
 Têm quatro membros, sendo os anteriores mais
curtos do que os posteriores.
OFÍDIOS
 São répteis que não apresentam pernas.
 Compreendem as serpentes ou cobras.
 Corpo coberto de escamas, o que lhes confere um aspecto, às
vezes brilhante, às vezes opaco.
 As serpentes podem ser classificadas em dois grupos básicos:
 as peçonhentas, isto é,aquelas que conseguem inocular
seu veneno no corpo de uma presa ou vítima;
 e as não peçonhentas, não conseguem inocular o seu
veneno.
 Vivem em diferentes hábitat, inclusive em ambientes
urbanos.
Serpentes Peçonhentas e não-
peçonhentas

 Existem alguns critérios básicos para distinguir


serpentes peçonhentas de não peçonhentas a uma
distância segura:
 1) O primeiro deles é a presença de um orifício entre o
olho e a narina da serpente, denominado fosseta loreal.
Toda a serpente brasileira que possui esse orifício é
peçonhenta.
 A fosseta loreal é utilizada para perceber a
presença de calor, o que permite à serpente caçar
no escuro aquelas presas que tenham corpo
quente (homeotérmicas), tais como mamíferos e
aves. A única exceção para essa regra é a cobra-
coral que não possui essa estrutura .
C
A
O
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R
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C
A
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Jararacas = Bothrops jararaca

Cruzeira, urutu = Bothrops alternatus Jararacussu = Bothrops jararacussu


Cotiara = Bothrops cotiara Caiçaca = Bothrops atrox

Bothrops erythromelas Bothrops insularis


CASCAVEL =
Gênero Crotalus
Surucucu pico de jaca = Lachesis muta
Coral preta
Falsas corais
BOIPEVA
CANINANA
Cobra-Cipó

Jibóia = Boa constrictor


Jibóias
SUCURIS
Sucuri e a presa
Tipos de dentes
 ÁGLIFA: não existem dentes de
veneno. Todos os dentes são iguais.
Estão presentes nas serpentes não-
peçonhentas, como por exemplo as
jibóias, sucuri, caninana.
 OPISTÓGLIFA: dentes de
veneno localizados na
região posterior da boca.
Esse tipo de dentição
ocorre na falsa-coral,
cobra-cipó, na muçurana.
Devido a essa posição,
geralmente não
conseguem inocular o
veneno. Essas cobras não
representam perigo para o
homem.
 PROTERÓGLIFA: dentes de veneno
localizados na região anterior da boca. Eles
apresentam um sulco por onde corre o
veneno. Ocorre na coral verdadeira.
 SOLENÓGLIFA: dentes em posição
anterior na boca, são grandes, com um
canal interno por onde escorre o veneno.
Ocorre nas Bothrops, Crotalus, Lachesis
(jararacas, cruzeira; cascavéis; surucucu).
Tipos de soros
antiofídicos
 Anti-Botrópico = contra acidentes de jararacas .
 Anti-Crotálico = contra acidentes de cascavel .
 Anti-Laquésico = contra acidentes de surucucu .
 Anti-Elapídico = contra acidentes de cobra-coral .
 Anti-Crotálico/Botrópico = contra acidentes com cascavéis
e jararacas.
 Anti-Botrópico/Laquésico = contra acidentes com jararacas
e surucucus.
PRODUÇÃO DO SORO ANTIOFÍDICO

 O soro antiofídico é obtido a partir do sangue do cavalo


através da injeção de veneno de um animal peçonhento.
Em seguido ele sofre liofilização (remoção de água ) e é
armazenado.
 O processo de produção do soro antiofídico consiste na
aplicação de pequenas doses de veneno no animal. Neste
período, o organismo do cavalo produz anticorpos contra o
veneno. Depois de um determinado período sofre sangria.
Os anticorpos são separados por centrifugação do sangue.
GÊNERO AÇÕES DO VENENO SINTOMAS E SINAIS SINTOMAS E SINAIS
(ATÉ 6 HORAS APÓS (12 HORAS APÓS
O ACIDENTE) O ACIDENTE)
Bothrops Proteolítica Alterações Dor, edema, calor e rubor Bolhas, equimoses,
Jararaca Coagulante locais imediatos e no local da necrose, levando à
evidentes picada; Hemorragias, insuficiência renal
choque, nos casos aguda
graves
Lachesis Proteolítica Alterações Poucos casos estudados, manifestações clínicas
surucucu Coagulante locais semelhantes ao acidente por Bothrops, com sinais
Neurotóxica evidentes de respiração mais lenta, pressão baixa e
diarréia.
Micrurus Neurotóxica Alterações Queda palpebral (olhar de peixe morto, pois o
Coral locais pouco indivíduo não consegue manter os olhos
evidentes totalmente abertos),dificuldade de deglutição
(saliva grossa) e insuficiência respiratória aguda.
Crotalus Coagulante Aumento do tempo
Cascavél de coagulação;
Neurotóxica Alterações Urina: cor de "água de
locais pouco Alterações visuais: carne". Evolui com
Nefrotóxica evidentes queda palpebral,dores insuficiência renal
musculares (fácies aguda
neurotóxico)
PRIMEIROS SOCORROS
 Somente o soro constitui tratamento eficaz.
 A pessoa deve ser encaminhada para tratamento
médico o mais rápido possível.
 Sugere-se:
 Que não se entre em pânico.
 Lavar o local da picada.
 NÃO passar nenhum remédio no local.
 Não cortar ou fazer furos perto do local da picada.
 Não beber bebidas alcoólicas.
 NÃO fazer torniquete ou garrote (amarrar) no membro atingido.

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