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Louis Khan

Louis Kahn foi um dos maiores arquitetos do


século XX.
Apesar de não ser tão lembrado como seus
contemporâneos Le Corbusier, Frank Gehry e
Frank Lloyd Wright, ele marcou a história da
arquitetura com seu estilo monumental inspirado
nas obras clássicas.
Para ele, seguir os estilos que estavam em alta
na sua época, como a arquitetura moderna, não
era uma preocupação. Louis Kahn era movido
pela vontade de criar ambientes organizados e
iluminados de uma forma única.
• O arquiteto, cujo primeiro nome foi Itze-Leib Schmuilowsky, nasceu na
Estônia em 1901. Devido a Guerra entre a Rússia e o Japão, sua família
imigrou para a Pensivânia (EUA) em 1905.
Em 1914 ele conseguiu naturalizar-se americano e no ano seguinte teve o
nome mudado Louis Isidore Kahn.
Sua habilidade para o desenho surgiu ainda no colégio. Foi nessa época que
ele fez um curso sobre história da arquitetura e começou a desenhar
inspirado nos estilos grego, romano e gótico.
Seu talento fez com que ele ganhasse uma bolsa de estudos para a
universidade. Por volta de 1925, ele se formou em arquitetura na escola
Beaux-Arts, na Pensilvânia.
Na década de 30, Louis Kahn viajou pela Europa durante 1 ano e foi ali que
ele se apaixonou ainda mais pela arquitetura antiga, observando de perto
seus monumentos e ruínas.
Em 1937 o arquiteto abriu seu próprio ateliê, e na década de 40 se associou a
George Howe, com quem desenvolveu diversos projetos de conjuntos
habitacionais e urbanismo. Essa parceria durou cerca de 2 anos.
Loius Kahn passou boa parte de sua carreira trabalhando como professor e
fazendo projetos de pouco destaque, até que nos anos 50 tudo mudou.
Foi nessa época que o arquiteto recebeu a proposta do seu primeiro grande
projeto: a ampliação do Museu de Universidade Yale. A partir daí, ele
começou a escrever seu nome na história como um dos arquitetos mais
importantes do século XX.
Louis Kahn foi casado três vezes e teve três filhos. Ele faleceu em 1974,
vítima de um ataque cardíaco em uma estação de trem nos EUA.
Características dos projetos de Louis Kanh

Uma das principais características do arquiteto Louis Kanh é que ele não se prendia
aos estilos que estavam em alta na sua época. Suas grandes influências sempre
foram os estilos arquitetônicos clássicos.
O arquiteto deve sempre começar com os olhos postos na melhor arquitetura
do passado
– Louis Kanh
Suas obras sempre apresentavam formas geométricas elementais, volumetria
simples, grandes estruturas e materiais aparentes.
Ele preferia usar fachadas sem vão, feitas de concreto ou tijolos cerâmicos. Uma
curiosidade é que o arquiteto, em parceria com seus assistentes, trabalhou durante
muitos anos desenvolvendo um tipo de concreto que tinha a cor e a profundidade
que ele considerava ideal.
A monumentalidade

Louis Kanh era um grande apreciador da


monumentalidade presente nas obras da
arquitetura clássica e sempre levava esse
conceito para os seus projetos. Ele também tinha
grande preocupação sobre como usar a luz
natural.
Para ele, a combinação de grandes estruturas e
iluminação solar trazia uma certa espiritualidade
ao local, fazendo toda a diferença na percepção da
obra.
Espaços servidos e servidores

O arquiteto criou um conceito que esteve presente na maioria


de suas obras e que marcou o seu estilo: a clara separação
entre os espaços servidores e servidos.
Espaços servidores: servem de apoio na circulação (como
escadas e corredores) ou no armazenamento de sistemas de
infraestrutura da obra, como sistema elétrico, por exemplo.
Espaços servidos: são os ambientes de circulação de
pessoas, de exposições de objetos, ou seja, de maior
importância dentro da obra.
Louis Kahn: obras mais famosas
Yale Art Gallery,
nos EUA
Nos anos 50, os reitores da universidade de Yale buscavam
uma mudança no edifício. O objetivo era consolidar os
departamentos de arte, arquitetura e história da
universidade. Louis Kahn, que já lecionava no local, foi o
escolhido para a realização do projeto.
Solicitaram a ele que fizesse espaços flexíveis, que pudessem
ser convertidos em sala de aula e galeria de exposições com
facilidade.
O arquiteto, então, criou um espaço onde centralizou os
espaços de serviços. Dessa forma, ele conseguiu criar uma
hierarquia perfeita entre os ambientes dedicados à arte e as
aulas e os menos “glamourosos”, sem tirar a importância de
nenhum espaço.
Assembleia
Nacional de
Bangladesh, em
Dacca
Essa imponente obra foi construída em
concreto aparente e tem as paredes
incrustadas com faixas de mármore branco.
No centro fica localizado o anfiteatro e ao seu
redor, composto de 8 volumes, estão a
biblioteca, uma mesquita, um restaurante e
escritórios.
A ausência de muitas aberturas e o lago que
envolve a construção funcionam como uma
espécie de isolante natural e, ao mesmo
tempo, um sistema de refrigeração.
Indian
Institute of
Management,
em
Bangladesh
(Índia)

O Instituto Indiano de
Administração foi a última obra
iniciada por Louis Kahn antes de
seu falecimento. A alvenaria das
paredes e arcos é a principal
característica dessa obra — mais
uma inspiração vinda da
arquitetura clássica.
Casa Fisher, na
Pensilvânia
(EUA)
A Casa Fischer (Fischer House) é um projeto
encomendado pelo casal Norman e Doris Fischer nos
anos 60. Ela consiste em 3 cubos, dois grandes
conectados e um pequeno.
Um dos cubos é destinado às atividades sociais,
enquanto no outro estão os quartos. Nesse segundo
estão localizadas fachadas com vista para o rio e a
natureza, o que traz um ar mais moderno em relação
às obras comerciais do arquiteto.
A clara separação dos ambientes privados do espaços
sociais é uma característica importante das residências
projetadas por Louis Kahn.
O principal material usado na construção é a madeira.
Casa Esherick,
na Filadélfia
(EUA)

A Casa Esherick (Esherick House) foi


encomendada por Margaret Esherick em 1961.
Assim como na Casa Fischer, os ambientes são
hierarquicamente separados de acordo com a sua
função. São 4 espaços alternados entre os
servidores e os servidos.
Sua fachada frontal conta com duas janelas em
formato de T, que trazem bastante iluminação
para a casa e, ao mesmo tempo, dão privacidade
aos moradores.
A obra foi construída em concreto e o seu interior
conta com vários revestimentos de madeira.
Hurva
Synagogue,
Jerusalém
(Israel)

Em 1967, Louis Kahn recebeu uma


proposta para construir uma Sinagoga
em Jerusálem para substituir o antigo
templo destruído de Salomão.
Ele realizou 3 projetos diferentes, que
não foram aprovados pelo prefeito de
Jerusalém e acabaram arquivados. O
principal modelo foi exibido em uma
exposição no museu de Israel.
Jonas Salk
Institute,
Califórnia
(EUA)
O Salk Institute for Biological Studies, também
conhecido como Jona Salk Institute, foi construído
em 1965. Trata-se de um Instituto de pesquisa sem
fins lucrativos fundado pelo pesquisador Jonas
Salk, o criador da vacina contra a poliomelite.
A obra conta com duas estruturas divididas em seis
pavimentos cada. Os materiais utilizados na
construção foram o concreto, a madeira, chumbo,
aço e vidro. Assim como várias outras obras do
arquiteto, é possível observar a preocupação na
divisão e hierarquia dos espaços.
Sistemas de infraestrutura, escritórios e
laboratórios encontram-se em torres diferentes,
oferecendo conforto e segurança aos funcionários.
Louis Kahn buscava a perfeição da
entrada da luz natural em suas obras.
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